Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Perguntas mais feitas para Ana Paula Pujol: 1) Como eu prescrevo uma formulação manipulada? 2) O que eu combino em uma fórmula? 3) Quais são as formas químicas mais biodisponíveis das vitaminas? 4) O que prescrever para determinado paciente? 5) Como fazer uma formulação segura e eficaz? Essas perguntas constantes, feitas por nutricionistas recém-formados e nutricionistas que se sentem inseguros e desatualizados, foi o motivo da criação desse curso. Pois, atualmente, o trabalho de um nutri vai muito além de ter conhecimento sobre a criação de um cardápio nutricional e comportamento alimentar, hoje em dia, é necessário ter entendimento sobre as prescrições de suplementos alimentares e que essas prescrições sejam personalizadas de acordo com as necessidades específicas de cada paciente. “Por isso, esse curso é uma necessidade emergente que todo profissional deveria fazer ou pelo menos que tenha domínio nessa área para prescrever de forma segura e personalizada”. O AMIGO FARMACÊUTICO O profissional farmacêutico pode auxiliar na hora de escolher que tipo de formas químicas usar, que tipos de excipientes e quais as formas farmacêuticas mais adequadas. Ele também, ao receber a formulação do nutri, se encontrar algo errado (ex. troca de unidade de medida de mcg por mg), irá entrar em contato. Por isso, a opinião dos farmacêuticos foi considerada ao elaborar esse curso. Principalmente sobre os erros mais comuns que os nutris cometem ao prescrever as formulações. O QUE VOCÊ IRÁ APRENDER NESTE CURSO: • Por que suplementar? • Quando suplementar? • Como escolher a forma química • A diferença de um suplemento nutricional, fitoterápico e nutracêutico • Como saber o que deve ser suplementado? • Como avaliar as deficiências nutricionais por meio de sinais, sintomas e exames bioquímicos • Quais as vantagens de um produto manipulado • Legislação – o que pode e o que não pode ser prescrito pelo nutricionista • O que não pode ser prescrito pelo nutricionista sem habilitação em fitoterapia? • Como prescrever um fitoterápico manipulado • Insumo patenteado x nutracêuticos: qual a diferença? • Formulação magistral - o que compõe? • Qual forma farmacêutica utilizar • Formas químicas disponíveis: qual escolher • Interações nas fórmulas: o que não pode ser misturado em uma fórmula • Qual dose suplementar • Por quanto tempo deve ser suplementado • Como preencher uma receita CONSIDERAÇÕES SOBRE ESSE CURSO: Através desse curso você irá adquirir um bom conhecimento para conseguir responder alguns itens que caem na prova da ASBRAN. Esse curso não te habilita para prescrever fitoterápicos, pois essa habilitação é concedida pela ASBRAN. Você terá mais conhecimento e, por conseguinte, mais segurança para prescrições eficientes, personalizadas e seguras. Os pacientes terão mais resultados, podendo gerar mais fidelização. Garantindo mais indicações e gerando mais satisfação profissional. X Esse curso não terá plano alimentar e suplementos. É um curso voltado para prescrição de suplementos manipulados. Pouco será abordado sobre suplementos prontos. X Não contém interpretação de exames bioquímicos. X Não terá doses exatas de cada suplemento para cada paciente. X Não abordará todos os efeitos adversos e todas as contraindicações de todos os nutrientes e fitoterápicos que será abordado no curso por ser um conteúdo muito extenso. As formulações manipuladas que serão abordadas são compostas por nutrientes, fitoterápicos e nutracêuticos e não medicamentos. CONFIRA TODOS OS EFEITOS ADVERSOS E CONTRAINDICAÇÕES NO LIVRO: TIPOS DE SUPLEMENTOS QUE O NUTRICIONISTA PODE PRESCREVER: *O termo Nutracêutico vem da junção de “Nutriente” + “Farmacêuticos”, pois os nutrientes têm a capacidade comprovada de proporcionar benefícios à saúde, como a prevenção e o tratamento de doenças. Suplemento NUTRICIONAL Vitamina Mineral Substâncias bioativas Proteína Aminoácido Lipídio Ácidos graxos Carboidratos Fibras Enzimas Probióticos Fitoterápico Substância ativa Nutracêutico* Vitamina Mineral Composto bioativo Fitoterápico POR QUE SUPLEMENTAR? • Pela baixa qualidade nutricional dos alimentos; • Aumento da demanda de nutrientes (vinda do tipo de estilo de vida, obesidade, DCNT, fatores ambientais e comportamentais) “Nutrição global 1990–2015: um mundo que encolhe com fome e expande a gordura” “Enquanto isso, a supernutrição está se tornando a principal causa de desnutrição da saúde pública. As consequências econômicas e de saúde da obesidade são bem conhecidas, incluindo aumento do risco de doença cardiovascular, câncer, diabetes, osteoartrite, doença renal crônica, mesmo diretamente associada ao aumento da morte prematura. Nos últimos 30 países do GNI (Índice Nutricional Global) em 1990, quase todos eram países "famintos" (apenas um com uma prevalência de obesidade feminina> 20%), enquanto em 2015, dez em cada 30 tinham uma prevalência de obesidade maior que 20%.”. Mesmo em um país que ainda é exemplo de desnutrição, como a Índia, observa-se essa mudança de desnutrição para a supernutrição: De acordo com o Report Global Nutrition (Relatório Global de Nutrição), estima-se que as deficiências de micronutrientes afetam um número significativo de pessoas em todo o mundo, mas ainda há carência de informação sobre o estado e as deficiências dos micronutrientes. Site: https://globalnutritionreport.org/ “Mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo sofrem de uma deficiência crônica de micronutrientes, uma condição conhecida como fome oculta” (FAO, 2006) https://globalnutritionreport.org/ Por que isso acontece? • Por conta da variabilidade alimentar: um indivíduo não come a mesma coisa todos os dias; • Pela diferença da composição em micronutrientes de um plano alimentar com a mesma composição, onde os equivalentes costumam ser macronutrientes e não em micronutrientes; • Hábitos alimentares regionais e familiares: Ex. o café da manhã do Sul é composto por pão e bolos, já o do Nordeste é composto por tubérculos; • A monocultura do solo interfere. Atualmente as plantações sobrecarregam o solo ao plantar somente um alimento e não variar conforme as épocas. • Vida moderna que proporciona o indivíduo a comer mais fora de casa; • Preparo incorreto dos alimentos, como cozinhar demais o brócolis e diminuir a quantidade de sulforafanos ou não deixar o feijão de molho e não retirar os compostos antinutricionais; 32.898 indivíduos O consumo médio diário de energia per capita foi de 1.866 kcal, sendo: • 69,5% fornecidos por alimentos in natura ou minimamente processados; • 9,0% por alimentos processados; • 21,5% por alimentos ultraprocessados. Os resultados deste estudo destacam os danos à saúde que surgem com base na tendência observada no Brasil de substituir as refeições tradicionais, baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados, por alimentos ultraprocessados. A INDÚSTRIA ATUALMENTE Já foi a época onde o objetivo da indústria era de aumentar a meia vida de prateleira de um produto. Hoje eles buscam melhorar o sabor, as características organolépticas e sensoriais, aumentar os níveis de prazer que um indivíduo tem ao consumir o alimento através de quantidades de gordura e açúcar, aumentar a vontade de repetir esse alimento, estimular o vício e entre outros fatores. Porém, esse consumo de alimentos ultraprocessados está totalmente associado a deficiências de vitaminas, minerais, compostos bioativos e fibras.20 adultos internados receberam dietas ultraprocessadas e não processadas por 14 dias cada. As dietas foram comparadas com as calorias, açúcar, gordura, fibra e macronutrientes apresentados. A ingestão ad libitum foi ∼500 kcal / dia a mais na dieta ultraprocessada versus não processada. Por isso, sugere-se que os alimentos ultraprocessados são capazes de alterar a regulação da fome/ saciedade. Foram estudados 54.369 indivíduos com idade >18 anos. OBJETIVO: Estimar a frequência do consumo de frutas e hortaliças e fatores associados. Os indicadores do consumo alimentar foram: consumo regular (>5 dias/semana) de frutas e hortaliças e consumo adequado (>5 vezes/dia). RESULTADOS: Menos da metade dos indivíduos referiu consumo regular de fruta (44,1%) ou hortaliças (43,8%), enquanto 23,9% referiram consumo regular de frutas e hortaliças em conjunto; o consumo adequado foi referido por 7,3% dos entrevistados “O acesso e o custo não estão viáveis para a maioria da população. E a utilização de agrotóxico na agricultura também está cada vez maior, colocando o Brasil em terceiro lugar no mundo no país que mais utiliza agrotóxico, interferindo também na qualidade nutricional desse alimento”. CONVENCIONAL X ORGÂNICO O estudo apresenta uma comparação de alguns valores nutricionais de sucos feitos de maçã orgânica e convencional, pera, groselha, cenoura, beterraba e aipo. Comparação do teor total de polifenois: Comparação da atividade antioxidante total: Os dados mostraram que os sucos orgânicos apresentam conteúdo de polifenóis e ácido ascórbico semelhantes e atividade antioxidante um pouco maior que os sucos convencionais. 1732 pacientes com Obesidade mórbida que desejam se submeter à cirurgia bariátrica Foram avaliados os níveis de ferro, vitamina B12, ácido fólico, 25-hidroxi (OH) - vitamina D, vitamina A e vitamina E. • 63,2% dos pacientes tinha déficit de ácido fólico (<5,3 ng / ml); • 97,5% de vitamina D (<75 nmol / l); • Um total de 5,1% apresentou déficit de vitamina B12 (<188 pg / ml); O VALOR APRESENTADO PELO ARTIGO FOI SUBESTIMADO → UM VALOR MENOR QUE 350pg/ ml JÁ ESTARIA ABAIXO DO IDEAL • 6,2% de vitamina A (<1,05 μmol / l); • Um total de 9,6% apresentou deficiência de ferro (pp. mulheres). “A vitamina D, juntamente com as vitaminas do complexo B, são deficientes, particularmente em indivíduos com obesidade mórbida. Esses resultados sugerem que o conteúdo vitamínico da dieta influencia a adiposidade e o conteúdo de gordura corporal. Indivíduos obesos também foram mostrados para ter um nível mais baixo das vitaminas antioxidantes C e E. Um nível adequado de vitamina C pode contribuir para a manutenção do peso corporal, enquanto a vitamina E tem mostrado impacto na biologia dos adipócitos, levando à modulação da secreção de adipocinas. No entanto, a causalidade entre baixo status vitamínico e obesidade permanece difícil de ser estabelecida, especialmente em humanos. Além disso, as vitaminas em outras doenças crônicas são tipicamente estudadas uma de cada vez, em vez de uma forma abrangente em uma abordagem sistêmica.” Existem outras causas que podem gerar uma deficiência: ➢ Má absorção de nutrientes, como doença celíaca ou de Crohn; ➢ Uma dieta vegana ou vegetariana mal planejada; ➢ Beber quantidades excessivas de álcool; ➢ Gestação; ➢ Fumo; ➢ Atleta; ➢ Pós bariátrico. ➢ Polimorfismos que podem causas deficiências, mais encontrados: homocisteína, ferro, B12, vitamina D e Ômega-3; Ao identificar um problema genético, por ser uma deficiência recorrente, pode-se indicar o uso de um suplemento com uma pequena dose de manutenção. Ex. Paciente com anemia recorrente Dose terapêutica: 3 meses com uma carga maior, como 40mg do ferro elementar. Dose de manutenção: dose menor que seja capaz de manter os níveis adequados para uso contínuo. Outras causas que podem gerar uma deficiência: ➢ Alergias e intolerâncias alimentares, como glúten, lácteos, veganos e FODMAPs ➢ Medicamentos o Inibidores da bomba de prótons: diminui vitamina C, B12, Ca, Fe e Mg; o Metformina: diminui a B12; o Estatina: diminui a Coenzima Q10. Então é simples assim: substituir o alimento por cápsulas? O SUPLEMENTO DEVE SER UM COMPLEMENTO DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL! O suplemento não consegue se igualar a um alimento, por conta da sinergia que existe. Um alimento possui fitoquímicos, fibras, água, tem diferentes biodisponibilidades, entre outros fatores. VITAMINA E No alimento ela possui 8 isoformas. Sendo 4 tipos de tocoferóis e 4 do tipo tocotrienóis. No suplemento seria a isoforma alfa-tocoferol, apenas 1 isoforma. O QUE OS ESTUDOS DIZEM: Meta-análises: diversos estudos já comprovaram a relação do consumo de vegetais e prevenções de doenças Meta-análises: suplementos multivitamínicos --> não encontrou nenhum benefício de maior expectativa de vida ou menores risco de doenças cardíacas ou câncer ao tomar suplementos. Consumir ou não multivitamínicos prontos? ➢ Dose não é personalizada e limitada pela legislação; ➢ Forma química não é a mais adequada; ➢ Existem interações nutricionais na fórmula; ➢ Hidrossolúveis com lipossolúveis; ➢ Normalmente não colocam nutrientes que aumentam a biodisponibilidade, como uma suplementação de cálcio que não possui junto vitamina K2*, iodo ou cromo. *A legislação da ANVISA não permite a utilização da vitamina K2 como suplemento alimentar. QUANDO SUPLEMENTAR? Optar por multivitamínicos que possuem formas químicas mais biodisponíveis Prescrever o multivitamínico e complementar com outra formulação Será que a suplementação deveria ser baseada somente na RDA? RDA O nutricionista não trata uma amostra estatística, ele trata o indivíduo, o ser humano! Mas será que todos os indivíduos precisam da mesma quantidade de nutrientes? Bom, a pesquisa de nutrigenômica nas duas últimas décadas já forneceu exemplos de variação interindividual nas respostas de nutrientes dependendo da composição genética. Ou seja, existe sim uma variabilidade interindividual das exigências nutricionais. Baseada para prevenção de doenças e promoção da saúde Definida em cima de uma amostra estatística e não no indivíduo ESTUDO PREDICT Apresentado nas conferências da Sociedade Americana de Nutrição e da Associação Americana de Diabetes em junho de 2019 1.100 adultos no Reino Unido e nos EUA (60% gêmeos) foram estudados durante duas semanas de monitoramento regular de açúcar no sangue (glicose), insulina, níveis de gordura (triglicérides), microbioma intestinal outros marcadores sanguíneos em resposta a uma combinação de refeições padronizadas ao longo de 14 dias Os resultados revelam uma ampla variação nas respostas do sangue às mesmas refeições, quer contenham carboidratos ou gordura. Gêmeos idênticos que compartilham todos os seus genes e a maior parte de seu ambiente frequentemente tinham respostas diferentes a alimentos idênticos. O estudo também descobriu que gêmeos idênticos compartilhavam apenas 37% da microbiota intestinal (não gêmeos compartilhavam 35%). Veja mais no site: https://predict.study https://predict.study/ MICROBIOTA E OS NUTRIENTES “A microbiota é essencial para a metabolização dos nutrientes” Nutrientes sintetizados pela microbiota:ROWLAND, Ian et al. Gut microbiota functions: metabolism of nutrients and other food components. European journal of nutrition, v. 57, n. 1, p. 1-24, 2018. N u tr ie n te s Vitamina K Complexo B Biotina Cobalamina Folatos Ácido nicotínico Ácido pantotênico Piridoxina Riboflavina Tiamina Bacteroidetes parece ser o filo com o maior número de produtores de vitamina B previstos. Mais de 90% das bactérias do filo Bacteroidetes foram previstos como produtores. Microbiota intestinal desequilibrada = pode levar a um baixo nível de vitaminas do complexo B A microbiota está envolvida no metabolismo de alguns minerais, como: SKRYPNIK, Katarzyna; SULIBURSKA, Joanna. Association between the gut microbiota and mineral metabolism. Journal of the Science of Food and Agriculture, v. 98, n. 7, p. 2449- 2460, 2018; Pacientes com Doença Inflamatória Intestinal, Síndrome do Intestino Irritável, obesidade e diabetes possuem uma menor quantidade do filo Bacteroidetes e por isso tendem a ter deficiência das vitaminas no complexo B. Sintomas relacionados a deficiência do complexo B: confusão mental, perda de memória, fraqueza, enxaqueca, boca seca, pele seca e entre outros. M IN ER A IS Cálcio Ferro magnésio Selênio Cobre Zinco O aumento da oferta de Ácido Graxos de Cadeia Curta produzido pela microbiota intestinal contribui para o aumento da absorção de Ca do lúmen intestinal OUTROS ARTIGOS: “Suplementação de ferro é prejudicial para a microbiota” Objetivo do estudo: A deficiência de ferro é uma complicação comum em pacientes com DII e a terapia oral com ferro é sugerida para exacerbar os sintomas da DII. Realizamos um ensaio clínico aberto para comparar os efeitos da terapia de reposição por ferro por via oral (PO) versus a intravenosa (IV). Conclusão do estudo: Mudanças na diversidade e composição bacteriana intestinal associadas ao tratamento com ferro são pronunciadas nos participantes da DII. Apesar do resultado clínico semelhante, a administração oral afeta diferentemente os filotipos bacterianos e os metabólitos fecais em comparação à terapia intravenosa. “O consumo de iogurte probiótico contendo L. acidophilus e B. lactis permite que as mulheres grávidas mantenham seu nível de Ca no nível adequado” Objetivo do estudo: Para alcançar um crescimento fetal adequado durante o terceiro trimestre, aumentam os requisitos para ingestão de cálcio e ferro na dieta durante a gravidez. Este estudo foi realizado para determinar os efeitos do consumo diário de iogurte probiótico nos níveis séricos de cálcio e ferro. Conclusão do estudo: O consumo de iogurte probiótico entre mulheres grávidas resultou na manutenção dos níveis séricos de cálcio em comparação com o iogurte convencional. “A microbiota possui extensa capacidade de metabolizar fitoquímicos, principalmente polifenois, por diversas vias bem caracterizadas” Os polifenois na forma conjugadas e poliméricas são geralmente pouco biodisponíveis e devem ser convertidas em agliconas antes da absorção. Embora para alguns glicosídeos, isso pode ser catalisado pelas enzimas da mucosa intestinal, a maioria dos conjugados e os ésteres não são absorvidos e passam para o cólon, onde são hidrolisados pela microbiota do cólon. Por isso, para ter um bom efeito sistêmico é necessário ter uma microbiota favorável. ≠ SOMOS SERES ÚNICOS Os estudos realizados pela PREDICT mostram: ➢ A genética explica menos da metade da resposta metabólica, o restante é potencialmente modificável; ➢ A composição de macronutrientes dos alimentos só explica de 16 a 32% das respostas dos indivíduos aos alimentos; ➢ Todos os seres são únicos na resposta alimentar, até mesmo gêmeos idênticos. O ORGANISMO SE ADAPTA AO SEU AMBIENTE Ex. 1) quando o corpo fica com deficiência de ferro e vitamina D, ocorre uma expressão genética para maior absorção. Um dos genes responsáveis pela redução do ferro é o gene TMPRSS6, que em situação de deficiência, ele é reduzido, regulando o equilibro de ferro no corpo. Ex. 2) quando ocorre baixo consumo de antioxidante exógenos, ocorre um aumento da expressão genética via Nrf2 para expressar enzimas antioxidantes endógenas, como a superóxido dismutase, catalase e entre outros. Ex. 3) quando ocorre um baixo consumo de zinco, o corpo reduz a excreção do mesmo. “Por isso que 10mg de zinco suplementado não equivalem a 10mg de zinco absorvido”. A absorção de β-caroteno de fontes vegetais varia de 5% a 65% em humanos. --------------------------------------------------------------------------------------------------- SAIBA MAIS O Papel dos Fatores Relacionados à Dieta e ao hospedeiro na Biodisponibilidade de Nutrientes e, portanto, nas Estimativas de Necessidades Alimentares Baseadas em Nutrientes Site: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/15648265070281S108 --------------------------------------------------------------------------------------------------- QUANDO SUPLEMENTAR? ➢ Avaliação do consumo alimentar (baixa precisão) – registro fotográfico; Ex. paciente com baixo consumo de verduras e frutas = podem ter deficiência de ácido fólico, magnésio, zinco, cobre e antioxidantes; Ex. pacientes low carb restrita ou cetogênica = podem ter deficiência de complexo b e ácido fólico; Ex. pacientes veganos = podem ter deficiências de vitamina B12, ácido fólico e ferro. Confirmando essas deficiências com sinais e sintomas e exames bioquímicos. ➢ Avaliação bioquímica; ➢ Avaliação de sinais e sintomas; https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/15648265070281S108 ➢ Patologias; ➢ Cirurgias – ex. estética ou bariátrica; ➢ Idade – estado fisiológico; ➢ Histórico do paciente, como anemia ou tabagismo; ➢ Exercício físico (na rua? No sol? Quanto tempo? O que faz?) OBJETIVOS DA SUPLEMENTAÇÃO: Um dos métodos que podem ser utilizados para avaliar se deve fazer a suplementação é o QUESTIONÁRIO DE SINAIS E SINTOMAS! *Avaliar o órgão mais relacionado com as queixas dos sinais e sintomas do paciente, dessa forma poderá trabalhar focado no órgão/ sistema específico. Terapêutico (tratar a doença ou amenizar os sintomas) Preventivo (polimorfismos; histórico familiar) QUESTIONÁRIO DE SINAIS E SINTOMAS DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD NOS MATERIAIS COMPLEMENTARES Avaliar possíveis deficiências nutricionais Avaliar o órgão alvo* DEFICIÊNCIAS MAIS APRESENTADAS NO CONSULTÓRIO DEFICIÊNCIA DE FERRO Sinais e sintomas Fraqueza, tontura, cansaço, falta de ar, palpitação cardíaca, unha quebradiça, queda de cabelo Avaliar Histórico de anemia, menstruação, veganismo e polimorfismos genéticos Genética Mutações no gene TMPRSS6 causam anemia ferropriva. Este gene fornece instruções para fazer uma proteína chamada matriptase-2, que ajuda a regular os níveis de ferro no organismo. Possui 64 genes envolvidos no metabolismo do ferro. DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D Sinais e sintomas Cansaço, baixo sistema imunológico, fraqueza óssea, osteopenia, dores musculares, ansiedade e depressão. Avaliar Avaliar com condições como doenças autoimunes; exposição solar e o tom de pele; obesidade. Genética 178 genes envolvidos no metabolismo da vitamina D. DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO Sinais e sintomas Fadiga, cabelo grisalho, aftas. Sintomas da anemia que ocorrem devido à deficiência de folato incluem: fadiga persistente, fraqueza, letargia, pele pálida, falta de ar e irritabilidade. Avaliar Avaliar com condições como doenças autoimunes; exposição solar e o tom de pele; obesidade.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ CURIOSIDADE Este site apresenta as relações dos nutrientes com a genética. Basta digitar na barra de busca o nutriente que você deseja pesquisar que o site indicará vários materiais que mostram a relação do nutriente com a genética. Site: https://ghr.nlm.nih.gov ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ https://ghr.nlm.nih.gov/search?query=iron DEFICIÊNCIA DE B12 Sinais e sintomas Fraqueza, cansaço, agulhadas, língua inchada e dolorida (glossite), visão embaçada, dificuldade em lembrar as coisas e deprimido. Avaliar A causa mais comum se dá pela falta da proteína, conhecida como Fator Intrínseco, que se encontra no estomaga e é essencial para a absorção da vitamina B12. Medicamentos como inibidores da bomba de prótons podem afetar a quantidade produzida de fator intrínseco. Ocorre uma queda nessa proteína em pessoas acima de 50 anos. Veganos e vegetarianos também correm o risco de uma deficiência, uma vez que a vitamina B12 não é encontrada naturalmente em alimentos à base de plantas. DEFICIÊNCIA DE MAGNÉSIO Sinais e sintomas Ansiedade, confusão, olhos fibrilando, cãibra (principalmente noturnas e na panturrilha), irritabilidade, fraqueza muscular, zumbido nos ouvidos, tendência a depressão, enxaqueca e dor de cabeça. Avaliar Avaliar o consumo alimentar, pois mais de 50% da população no mundo não consomem fontes suficientes de magnésio. Relacionado a diabetes, resistência à insulina, doenças inflamatórias e doenças cardiovasculares. DEFICIÊNCIA DE ZINCO Sinais e sintomas Pele áspera, imunidade baixa, hipogonadismo em homens, transtorno neurossensorial e comprometimento cognitivo Avaliar Avaliar o consumo alimentar. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA Principais exames: ➢ Vitamina D; ➢ Magnésio sérico ou urinário; ➢ B12; ➢ Ácido fólico (Fazer sempre juntos B6, B12 e homocisteína); B9, B6 e B12 baixa podem elevar a homocisteína = pode suplementar as vitaminas Homocisteína elevada e B9, B6 e B12 em níveis normais = pode ser polimorfismos, pensar em uma formulação isolada apenas do metilfolato ➢ Iodo urinário; ➢ Ferro sérico, ferritina, hematócrito, hemoglobina e saturação de transferrina; ➢ Zinco sérico ou eritrocitário; ➢ Vitamina A - solicitar como Proteína transportadora de retinol (RBP); ➢ Cálcio iônico; Exames que não são fidedignos: ➢ B6; ➢ Tiamina; ➢ Cobre; ➢ Selênio. TABELA DE VALORES ÓTIMOS DE EXAMES DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD NOS MATERIAIS COMPLEMENTARES QUE CONFUSÃO!!! POR ONDE EU COMEÇO?? Existem três perguntas chave que norteiam um atendimento de resultado com EMPATIA: 1) O que o paciente mais quer? 2) O que ele mais precisa? 3) O que ele dá conta? Ex. não gosta de tomar fórmulas, tem uma vida corrida e não quer investir R$ Deve existir um acordo entre o paciente e o nutricionista! GUIA PARA A PRESCRIÇÃO Para preencher na consulta: • Objetivo: • Patologias: • Sinais e sintomas mais importantes: • Exames bioquímicos: • Teste genético: • História pregressa e histórico familiar: • Particularidades: (ex. renda justa; não consegue deglutir cápsulas grandes; não gosta de tomar muitos medicamentos) LEGISLAÇÕES Legislações que embasam a Prescrição de Suplementos Nutricionais pelo Nutricionista A Lei Nº 8.234, de 17 de setembro de 1991 regulamenta a profissão de nutricionista e determina outras providências, como o direito à Prescrição de Suplementos Nutricionais pelo nutricionista. O nutricionista clínico, conforme a Resolução Nº 380/2005, poderá complementar a conduta com suplementos nutricionais, vitaminas e minerais, desde que esteja relacionada com alimentação e nutrição humana, e sejam necessários à complementação da dieta. Os suplementos nutricionais são alimentos que servem para complementar, com calorias e/ou nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos nos quais a sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente, ou quando a dieta requerer suplementação (CFN, 2005). ➢ O composto vitamínico NÃO pode estar registrado no Ministério da Saúde como MEDICAMENTO. ➢ “VENDA SEM EXIGÊNCIA DE PRESCRIÇÃO MÉDICA”. COMO ANALISAR O SITE: 1° passo: Acesse o site https://consultas.anvisa.gov.br/#/genericos/ 2° passo: digitar o nome do produto na barra correspondente; 3° passo: Clicar em consultar; Para verificar se um suplemento alimentar está registrado como medicamento, o profissional deve acessar o site da ANVISA em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/genéricos/ https://consultas.anvisa.gov.br/#/genericos/ 4° passo: Verificar o número de registro Os números de registro devem ter 13 dígitos, mas na embalagem pode conter somente nove dígitos, já que a presença dos últimos quatro números não é obrigatória. É o primeiro dígito que vai classificar o produto, caso inicie com o número 1, está registrado como medicamente e não deve ser prescrito por nutricionistas. Se iniciar com números 4, 5 ou 6 pode ser prescrito por nutricionistas. Número 1: medicamentos Número 2: cosméticos Número 3: saneantes Número 4, 5 e 6: alimentos Número 1 e 8: produtos para saúde (correlatos) Exemplos de polivitamínicos registrados como medicamento: Resolução CFN Nº 390, de 27 de outubro de 2006 O nutricionista ao prescrever suplementos alimentares deverá: 1. Considerar o indivíduo como um todo, respeitando suas condições clínicas, socioeconômicas, culturais e religiosas; 2. Avaliar as deficiências nutricionais, ocasionadas, eventualmente por deficiência de consumo ou distúrbios na biodisponibilidade; 3. Considerar que, após a correção de hábitos alimentares, poderá haver necessidade de suplementação nutricional para suprir possíveis deficiências de nutrientes; 4. Considerar que, para algumas patologias há a necessidade de restrições alimentares, além de uma necessidade aumentada de determinados nutrientes. Também, ao prescrever um suplemento alimentar, o nutricionista deverá se basear na adequação do consumo alimentar, definindo o período de utilização da suplementação e reavaliando o estado nutricional e plano alimentar do paciente/cliente. Prescrição pelo Nutricionista: Conforme a Resolução CFN nº 390/2006, o nutricionista deve: • Respeitar os níveis máximos pela ANVISA; • Na falta destes utilizar a UL. Níveis máximos da ANVISA: Portaria n. 40 de 13 de janeiro de 1998 Entretanto, conforme a Instrução normativa nº 28 da ANVISA, publicada no dia 27 de julho de 2018, novos valores de limites máximos diários de vitaminas e minerais foram publicados e podem ser levados em consideração na hora da prescrição. Caso não haja níveis estabelecidos pela ANVISA ou UL específico, a prescrição deverá se basear nos níveis sugeridos em estudos experimentais, publicados em revistas científicas indexadas (níquel, boro, colina e vanádio não possuem ANVISA ou UL). O UL é o valor mais alto da ingestão habitual de um nutriente e que aparentemente oferece maior segurança em quase todos os indivíduos de um determinado estágio de vida e gênero. À medida que a ingestão aumento acima do UL, o risco potencial de efeitos prejudiciais à saúde também se eleva. Ao utilizar o UL, o profissional deve levar em conta o estado fisiológico e patológico do indivíduo, fonte do nutriente, atividade física e período da ingestão habitual do nutriente, e assim evitar a ingestão excessiva. Além disso, o UL deve ser utilizado como valor limite e não como referência a ser atingida. Os valores de UL enfocamos riscos de um excesso na ingestão inadequada de nutrientes e são estabelecidos a partir de evidências qualitativas e quantitativas em estudos que avaliam a associação entre a ingestão de nutrientes e a probabilidade de efeitos adversos. Portanto, o UL é determinado a partir da avaliação dos níveis de ingestão, elegendo-se aquele nível em que não se observa nenhum efeito adverso, ou o nível mais baixo de ingestão que não esteja associado a efeitos negativos. Esse valor compreende a ingestão do nutriente proveniente dos alimentos que constituem a dieta, uso de suplementos e água. O UL ainda não foi estabelecido para todos os nutrientes, dentre eles, o cromo, vitamina K, cobalamina, ácido pantotênico, biotina e vitamina B12. CFN - Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN nº 390, de 22 de novembro de 2006. Regulamenta a prescrição dietética de suplementos nutricionais pelo nutricionista e dá outras providências. Disponível em: HTTP://www.cfn.org.br IOM - INSTITUTE OF MEDICINE. National Research Council. Dietary reference intakes (DRIs): recommended in- takes for individual, vitamins for vitamina C, vitamin E, selenium and carotenoids. Washington (DC): National Academy Press; 2004 VIEIRA, M.N.C.M; JAPUR, C.C; RESENDE, C.M.M; MONTEIRO, J.P. Valores de Referência de Ingestão de Nutrientes para avaliação e planejamento de dietas de crianças de um a oito anos. Medicina (Ribeirão Preto), v. 47, n. 1, p. 67-76, 2008. NÍVEIS MÁXIMOS – VITAMINAS Nutrientes UL adulto ANVISA -n° 40, janeiro de 1998 ANVISA - n° 28, julho de 2018 Ácido fólico (B9) 1.000 µg 1 mg 614,86 µg Ácido pantotênico (B5) ND* 1 g 5,64 mg Biotina (Vitamina H) ND* 2,5 mg 4 µg Cobalamina (B12) ND* 1 mg 9,94 mcg Colina 3,5 g -- 3.5g Niacina (B3) 35 mg -- 35 mg Piridoxina (B6) 100 mg 200 mg 98,60 mg Riboflavina (B2) ND* 200, mg 2,74 mg Tiamina (B1) ND* 200 mg 2,02 mg Vitamina A (Retinol) 10.000 UI 3.000 µg 25 mg (betacaroteno) 10.000 UI 3 mg 2.624 µg Vitamina C (Ácido ascórbico) 2 g 1 g 1.916 mg Vitamina D (Calciferol) 100 µg 4.000 UI 800 UI 5 µg 2000 UI Vitamina E (Tocoferol) 1.000 mg 671 UI 1.200 UI 1000 mg Vitamina K ND* 25 mg 149,06 µg NÍVEIS MÁXIMOS – MINERAIS Nutrientes UL adulto ANVISA -n° 40, janeiro de 1998 ANVISA - n° 28, julho de 2018 Boro 20 mg -- -- Cálcio 2,5 g 1,5 g 1.535 mg Cobre 10 mg 9 mg 8.976 µg Cromo ND* 1 mg 250 µg Ferro 45 mg 65 mg 34,31 mg Flúor 10 mg 4 mg --- Fósforo 4 g 1,5 g 2.084 mg Iodo 1.100 µg 0,6 mg 919,02 µg Magnésio 350 mg 700 mg 350 mg Manganês 11 mg 10 mg 1,66 mg Selênio 400 mcg 0,15 mg 319,75 µg Silício -- -- -- Vanádio 1,8 mg -- -- Zinco 40 mg 30 mg 29,59 mg Mudanças que ocorreram: Vale ressaltar que, apesar da mudança nos limites máximos diários, até a publicação da obra, a Portaria nº40 de 13 de janeiro de 1998, ANVISA está vigente, conforme foi respondido pelo CRN10, via e-mail, para a Nutricionista Ana Paula Pujol: Porém, outras nutricionistas foram consultar outros CRN’s e receberam resposta de que a portaria que está vigente é apenas a última publicada (normativa nº 28 da ANVISA, publicada no dia 27 de julho de 2018). Por isso, siga as orientações recebidas pelo CRN da sua região. Prescrição de Compostos Bioativos A recomendação do CFN nº 004 de 21 de fevereiro de 2016, que trata da prescrição de suplementos nutricionais, acrescentou que o nutricionista também pode prescrever compostos bioativos já aprovados pela ANVISA, conforme Resolução RDC Nº 2, de 7 de janeiro de 2002. Os compostos bioativos isolados, são carotenoides, fitoesterois, flavonoides, fosfolipídios, organosulfurados, polifenóis e probióticos, e devem estar presentes em fontes alimentares. Pode ser de origem natural ou sintética, desde que comprovada a segurança para o consumo humano. Vitaminas C, D, e para os minerais cálcio, molibdênio, fósforo, selênio e iodo. Vitaminas A, E, tiamina (B1), riboflavina (B2), niacina (B3), ácido pantotênico (B5), piridoxina (B6), biotina (B7), ácido fólico (B9), cobalamina (B12), vitamina K, e para os minerais cobre, manganês, zinco, ferro, magnésio e cromo. Conforme a Resolução ANVISA RDC Nº 2, de 7 de janeiro de 2002, substância bioativa é o nome da substância bioativa, seguido do nome da fonte da qual foi extraída, acompanhada da forma de apresentação do produto (formas sólida, semissólida ou líquida, tais como tabletes, comprimidos, drágeas, pós, cápsulas, granulados, pastilhas, soluções e suspensões) (ANVISA, 2002). A RDC N° 243, de 26 de julho de 2018 classifica substâncias bioativas e probióticos como suplementos alimentares. É importante ressaltar que substâncias bioativas classificadas como medicamento não podem ser prescritos por nutricionista. Um exemplo é a isoflavona, princípio ativo da soja (Glycine max L.). CFN - Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN nº 004, de 21 de fevereiro de 2016. Regulamenta a prescrição de suplementos nutricionais. Disponível em: <www.cfn.org.br/index.php/cfn-divulga-recomendação- sobresuplementosnutricionais>. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 2, de 07 de janeiro de 2002. Aprovar o Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com Alegação de Propriedades Funcional e ou de Saúde, constante do anexo desta Resolução. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br. EXEMPLOS DE COMPOSTOS BIOATIVOS Classificação Exemplos de Compostos Bioativos Carotenoides Luteína β-caroteno Zeaxantina Licopeno Fitoesterois Betasitosterol Campesterol Estigmasterol Brassicasterol http://www.anvisa.gov.br/ Classificação Exemplos de Compostos Bioativos Flavonoides Flavonois: Quercetina Campferol Flavanonas: Hesperidina Luteolina Apigenina Tangeretina Flavanois: Catequinas Epicatequinas Epigalocatequinas Proantocianidina Antocianinas: Pelargonidina Cianidina Delfinidina Malvidina Isoflavonas: Daidzeína Genisteína Classificação Exemplos de Compostos Bioativos Fosfolipídios Associação de fosfolipídios (Ex: Fosfolipídios do Caviar) Fosfatidilserina / Fosfatidiletanolamina / Fosfadilinositol Organosulfurados Alicina Aliina Cistina Metil sulfonil Metano Classificação Exemplos de Compostos Bioativos Polifenóis Catequinas Ácidos fenólicos (ácido clorogênico, estilbeno resveratrol, cumarinas, lignanas e flavonoides) Resveratrol Sulforano S-alil cisteína Isoticianatos 3 indol carbinol S-alilmercaptocisteína Sulforafona Cisteína Cistina Metionina Atenção: Ex. Qualquer nutri pode prescrever quercetina do alimento? SIM Ex. Qualquer nutri pode prescrever Asiaticosídeo da Centella asiática? NÃO, nem com habilitação em fitoterapia, pois é um medicamento! Ex. E o 5htp? Não é considerado uma substância bioativa por ser um metabolito do triptofano (triptofano se encontra no alimento, 5htp não). O 5htp se encontra na griffonia simplicifolia. Ou seja: 5htp é medicamento → NÃO PODE Griffonia simpliciflolia padronizado em 98% de 5htp é fitoterápico → NUTRICIONISTA HABILITADO EM FITOTERAPIA PODE SUBSTÂNCIA BIOATIVA DO ALIMENTO SUBSTÂNCIA BIOATIVA DO FITOTERÁPICO ≠ Suplemento alimentar Medicamento EXEMPLOS DE PROBIÓTICOS Probióticos Bacillus clausii Bacillus coagulans (sub. L. sporogenes) Bifidobacterium adolescentes Bifidobacterium animalis Bifidobacterium bifidum Bifidobacterium breve Bifidius Infantis Bifidobacterium lactis Bifidobacterium longum Enterococcus faecium Lactobacillus acidophilus Lactobacillus bulgaricus Lactobacillus bifidus Lactobacillus casei Lactobacillus casei Shirota Lactobacilluscrispatus Lactobacillus curvatus Lactobacillus delbrueckii (sub. L bulgaricus) Lactobacillus fermentum Lactobacillus gasseri Lactobacillus helveticus Lactobacillus johnsonii Lactobacillus lactis Lactobacillus paracasei Lactobacillus plantarum Lactobacillus reuteri Lactobacillus rhamnosus Lactobacillus salivarius Saccharomyces boulardii Streptococcus thermophilus SAIBA MAIS SOBRE ESSA ASSUNTO NA AULA DE PRESCRIÇÃO DE PROBIÓTICOS DISPONÍVEL PARA IAPP+ Outras substâncias que foram consideradas suplementos alimentares de acordo com a Instrução Normativa N.28 de 27 de julho de 2018: ➢ Aminoácidos, vitaminas, minerais e probióticos; ➢ Geleia real; ➢ Ácido clorogênico; ➢ Alicina; ➢ Astaxantina; ➢ Cafeína; ➢ Coenzima Q10; ➢ Compostos fenólicos; ➢ Fitoesterois e fitoestanois; ➢ Fosfatidilserina; ➢ Licopeno; ➢ Luteína; ➢ Proantociadininas; ➢ Rutina; ➢ Zeaxantina; ➢ Enzimas Lactase e Fitase. SAIBA MAIS SOBRE ESSA ASSUNTO NA CURSO DE MODULAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL DISPONÍVEL PARA IAPP+ EXEMPLOS: Possui combinação de enzimas: protease, lactase e lipase. Alfa-galactosidase Mix de enzimas digestivas (amilase, alfa- galactosidase, protease ácida estável, protease, glicoamilase, maltase, pectinase, amilase bacteriana, xilanase, lactase, lipase, celulase, bromelina, invertase, hemicelulase. Contém mix de enzimas: protease, lactase, lipase, bromelina e amilase. Contém cinco cepas: Lactobacillus acidophillus, Lactobacillus casei, Lactococcus lactis, Bifidobacterium lactis e Bifidobacterium bifidum. (1x109 UFC/g de cada um dos micro- organismos) – 5 bilhões de micro- organismos vivos. Contém cinco cepas: Lactobacillus paracasei, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium lactis (109 UFC de cada). Segundo Resolução CFN nº 390/2006: 4. É vedado ao nutricionista prescrever produto que use via de administração diversa do sistema digestório; 5. É vedado ao nutricionista prescrever produtos que incluam em sua fórmula medicamentos, isolados ou associados a nutrientes; 6. É vedado ao nutricionista a prescrição de suplementos nutricionais ou substâncias que não sejam controladas ou não atendam às exigências para produção e comercialização regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); RESOLUÇÕES DE FITOTERÁPICOS Resoluções nº 416/2008 e nº 525/2013 O Conselho Federal dos Nutricionistas (CFN), conforme a resolução CFN Nº 525/2013, regulamenta a prática da Fitoterapia pelo nutricionista, atribuindo-lhe competências para, nas modalidades que especifica, prescrever plantas medicinais e chás medicinais, medicamentos fitoterápicos, produtos tradicionais fitoterápicos e preparações magistrais de fitoterápicos como complemento da prescrição dietética e de outras providências. Ao adotar a Fitoterapia o nutricionista deve basear-se em evidências científicas quanto a critérios de eficácia e segurança, considerar as contraindicações e oferecer orientações técnicas necessárias para minimizar os efeitos colaterais e adversos das interações com outras plantas, com outras drogas vegetais, com medicamentos e com os alimentos, assim como os riscos da potencial toxicidade dos produtos prescritos. De acordo com a Resolução CFN Nº 525/2013, o nutricionista poderá adotar a fitoterapia, somente, quando os produtos prescritos tiverem indicações de uso relacionadas com o seu campo de atuação e suas eficácias embasadas em estudos científicos ou em uso tradicional reconhecido. Ainda, a prescrição de preparações magistrais e de fitoterápicos deverá ser feita exclusivamente a partir de matérias-primas derivadas de drogas vegetais, não sendo permitido o uso de substâncias ativas isoladas, mesmo as de origem vegetal ou de substâncias ativas isoladas ou de drogas vegetais associadas a vitaminas, minerais, aminoácidos ou quaisquer outros componentes. Resolução CFN Nº 556, de 11 de abril de 2015 Altera as Resoluções nº 416/2008 e nº 525/2013 e acrescenta disposições à regulamentação da prática da Fitoterapia pelo nutricionista. É permitida a todos os nutricionistas, a prescrição de plantas e chás medicinais, ainda que sem título de Especialista em Fitoterapia pela Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN). A prescrição de medicamentos fitoterápicos, de produtos tradicionais fitoterápicos e de preparações magistrais de fitoterápicos, como complemento de prescrição dietética, é permitida somente ao nutricionista portador de título de Especialista em Fitoterapia pela ASBRAN. § 1º O reconhecimento da especialidade nessa área será objeto de regulamentação a ser baixada pelo Conselho Federal de Nutrição, em conjunto com a ASBRAN. Os Nutricionistas que iniciaram ou concluíram a pós-graduação com ênfase em Fitoterapia antes do dia 14 de maio de 2015 (data de publicação da Resolução CFN/556 no Diário Oficial da União), após a conclusão e apresentando o diploma ao CRN inscrito, poderão prescrever medicamentos fitoterápicos, de produtos tradicionais fitoterápicos e de preparações magistrais de fitoterápicos, como complemento de prescrição dietética. CFN - Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN nº 525, de 25 de junho de 2013. Regulamenta a prática da fitoterapia pelo nutricionista, atribuindo-lhe competência para, nas modalidades que especifica, prescrever plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos como complemento da prescrição dietética e, dá outras providências. Disponível em: HTTP://www.cfn.org.br Sobre a prova: Podem se inscrever na prova da ASBRAN profissionais que fizeram pós-graduação em fitoterapia ou que tenham, no mínimo, dois anos de experiência como nutricionista, sendo que destes um ano comprovado em Nutrição Clínica. Receber habilitação por meritocracia: Os documentos exigidos no edital poderão conceder ao nutricionista o Título de Especialista em Fitoterapia por meritocracia, desde que o candidato alcance pontuação maior ou igual a 35 pontos na análise curricular. Caso a pontuação seja menor ou igual a 34,9 pontos, o mesmo terá de realizar a prova escrita. ASBRAN, 2017. Disponível em <https://www.asbran.org.br/noticias/asbran-lanca-titulo-de- especialista-em-fitoterapia> Data de acesso: 21 de fev. 2020. O que o profissional sem habilitação pode prescrever? ➢ Plantas medicinais e drogas vegetais; ➢ Preparadas unicamente por decocção, maceração ou infusão. https://www.asbran.org.br/noticias/asbran-lanca-titulo-de-especialista-em-fitoterapia https://www.asbran.org.br/noticias/asbran-lanca-titulo-de-especialista-em-fitoterapia Exemplos: Fazer infuso para: folhas, flores e plantas aromáticas. Fazer decocção para: cascas, raízes e sementes. Infusão: Conhecida popularmente como chá caseiro e, em várias citações científicas, como extrato aquoso por infusão. Colocar a planta seca ou fresca em vasilha de porcelana, barro ou vidro, adicionar água fervente e tampar. Após, no mínimo, 2 minutos (depende da planta), coar e tomar. Modo de preparo: cortar grosseiramente a planta medicinal. Despejar a água fervendo sobre as plantas secas ou frescas. Abafar e deixar em descanso por alguns minutos. Coar antes do uso. Decocção: É o processo de cozimento das plantas medicinais que são colocadas em recipiente adequado (não-metálico). Essa técnica é utilizada para plantas que contêm princípios mais compactados e de natureza lenhosa, tais como casca, raiz e folhas muito duras. ALECRIM ERVA DOCE CHÁ VERDE CAMOMILA HORTELÃ Na decocção, colocar a erva em água fria. Aquecer até a ebulição em recipiente tampado, deixandoferver por alguns minutos. Modo de preparo: colocar as plantas secas ou frescas, divididas grosseiramente, em um recipiente esmaltado, de aço inox ou de vidro com água fria. Aquecer até a ebulição em recipiente fechado, deixando ferver por, aproximadamente, de 10 a 15 minutos, em fogo brando. Deixar em repouso por alguns minutos, coar e tomar o chá. Maceração: É uma preparação líquida de requer longa imersão. Aplica-se a qualquer parte da planta. A droga vegetal fica em contato com um solvente (água/álcool/vinho/vinagre) durante um intervalo de tempo que pode variar de 30 minutos a vários dias. É uma preparação líquida que requer longa imersão. Colocar a planta em água fria, cobrir o recipiente e deixar repousar em lugar fresco. Modo de preparo: Colocar a planta amassada ou picada de molho. Cobrir o recipiente e deixar repousar à temperatura ambiente em local fresco, por um período de 6 a 12 horas, dependendo da parte utilizada. Folhas, sementes e partes tenras deixar descansando por 6 horas. Talos, cascas e raízes duras devem descansar por 12 horas. Após o tempo determinado, coar. A prescrição de preparações magistrais e de fitoterápicos deverá ser feita exclusivamente a partir de matérias-primas derivadas de drogas vegetais, não sendo permitido o uso de substâncias ativas isoladas, mesmo as de origem vegetal ou de substâncias ativas isoladas ou de drogas vegetais associadas a vitaminas, minerais, aminoácidos ou quaisquer outros componentes. Como fazer então? Exemplo: Hipoglicemiante e Antidiabético 1) Picolinato de cromo – 100µg Vanádio (quelado) – 75µg Benfotiamina – 50mg Aviar X doses em cápsulas. Posologia: Consumir uma dose, duas vezes ao dia, antes das refeições. Associar com: 2) Cinnamomum verum, Canela, extrato seco padronizado a 10% de polifenóis - 150mg Mormodica charantia L., Bitter mellon, extrato seco padronizado a 10% de charantia - 150mg Gymnema sylvestre, extrato seco padronizado a 75% de ácidos gimnêmicos - 100mg Aviar X doses em cápsulas. Posologia: Consumir uma dose, duas vezes ao dia, antes das refeições. FITOTERÁPICOS SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Resolução Nº 89/2004; Resolução Nº 5/2008; Resolução Nº 10/2010, Resolução Nº 17/2000 e Instrução Normativa Nº 02 de 13 de maio de 2014 ➢ Arctostaphylos uva-ursi Spreng/ Uva-ursi; ➢ Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. / Cemicifuga; ➢ Echinacea purpurea Moench/Equinácea; ➢ Ginkgo biloba L./ Ginkgobiloba; ➢ Hypericum perforatum L./ Hipérico; ➢ Piper methysticum Forst. f./Kava-kava; ➢ Valeriana officinalis/ Valeriana; ➢ Serenoa repens (W. Bartram) / SmallSaw palmeto; ➢ Tanacetum parthenium (L.) Sch. Bip. / Tanaceto. NÃO PODE SER PRESCRITO POR NUTRICIONISTA Fitoterápicos separados de vitaminas, minerais, aminoácidos ou quaisquer outros componentes. O que deve conter na prescrição de fitoterápicos: A prescrição de plantas medicinais ou drogas vegetais deverá ser legível, conter o nome do paciente, data da prescrição e identificação completa do profissional prescritor (nome e número do CRN, assinatura, carimbo, endereço e/ou outra forma de contato) e conter todas as seguintes especificações quanto ao produto prescrito: I - Nomenclatura botânica, sendo opcional incluir a indicação do nome popular; II - Parte utilizada; III - Forma de utilização e modo de preparo; IV - Posologia e modo de usar; V - Tempo de uso 1) Exemplo de prescrição de fitoterápico manipulado: Cinnamomum verum, Canela, extrato seco padronizado a 10% de polifenois - 150mg Mormodica charantia L., Bitter mellon, extrato seco padronizado a 10% charantia - 150mg Gymnema sylvestre, extrato seco padronizado a 75% de ácidos gimnêmicos - 100mg Aviar X doses em cápsulas. Posologia: Consumir uma dose, duas vezes ao dia, antes das refeições. Tempo estimado para consumo: 3 meses Entenda: I - Nomenclatura botânica, sendo opcional incluir a indicação do nome popular II - Parte utilizada; III - Forma de utilização e modo de preparo; IV - Posologia e modo de usar; V - Tempo de uso Para o fitoterápico as cápsulas mais indicadas são cápsulas vegetais, pois retém menos umidade e conserva as características do fitoterápico. Sempre que disponível na literatura científica, o nutricionista deve incluir na prescrição a padronização do marcador da parte da planta prescrita, a forma ou meio de extração e a forma farmacêutica, exclusivamente para consumo via oral. CFN - Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN nº 525, de 25 de junho de 2013. Regulamenta a prática da fitoterapia pelo nutricionista, atribuindo-lhe competência para, nas modalidades que especifica, prescrever plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos como complemento da prescrição dietética e, dá outras providências. Disponível em: HTTP://www.cfn.org.br Ex. Curcuma longa, Açafrão, extrato seco padronizado a 95% de curcuminoides, raiz - 400mg Cúrcuma longa – nomenclatura botânica Açafrão – nome popular Extrato seco – meio de extração Padronizado a 95% de curcuminoides – padronização Raiz – parte da planta utilizada 2) Exemplo de prescrição de fitoterápico manipulado: DIURÉTICO Componentes da fórmula: Equisetum arvense L., Cavalinha, extrato seco padronizado em 2,0 a 2,5% de flavonoides - 80mg Aesculus hippocastanum L., Castanha da índia, extrato seco – 80mg Centella asiatica (L.) Urban, Centela Asiática, extrato seco padronizado a 40% Asiaticosideo – 45mg Aviar 60 doses em cápsulas* transparentes para 30 dias. *Isentas de açúcar, corantes, edulcorantes artificiais e lactose. Posologia: Consumir 2 doses ao dia longe das refeições, durante 30 dias. 3) Exemplo de prescrição de fitoterápico manipulado: COMPOSTO CARDIOPROTETOR SIMPLES Componentes da fórmula: Punica granatum, Romã, extrato seco padronizado a 40% de ácido elágico – 150mg Vinoxin®, Vitis vinífera, extrato padronizado – 250mg Aviar 30 doses em cápsulas* transparentes para 30 dias. *Isentas de açúcar, corantes, edulcorantes artificiais e lactose. Posologia: consumir 1 dose pela manhã, durante 30 dias. Obs.: o padronizador pode modificar conforme fornecedor e lote Fagron: laboratório que fornece insumos farmacêuticos (produtos para manipulação). Ela recebe o lote de um país (no ex., a Índia), faz os testes de qualidade e emite o laudo. Solicite às farmácias de manipulação o laudo da matéria prima que eles utilizam, por questão de segurança e para avaliar o percentual do marcador biodisponível. Por que as formulações podem mudar de uma farmácia para a outra? 1) Falta de padronizador na prescrição; 2) O orçamento também pode variar do tipo de cápsula que é utilizado, por exemplo, a cápsula vegetal é a mais indicada, porém tem um valor maior. 3) Se não colocar também qual a forma de extração do fitoterápico a farmácia pode optar em escolher o extrato seco por pó. Pó A droga vegetal seca submetida ao processo de moagem, dando origem ao pó. As drogas vegetais EM PÓ apresentam grande variabilidade e menor biodisponibilidade das substâncias ativas (o sistema digestivo teria que atuar como extrator), isso pode interferir dificultando em determinar a sua real eficácia. Extrato – utilização de solvente para extrair o princípio ativo da planta Devido à maior concentração dos princípios ativos, que são os responsáveis pelas ações farmacológicas, geralmente a dosagem usual é menor, mais precisa e mais eficaz. Possui maior adequação aos procedimentos farmacotécnicos. MANUAL DE EQUIVALÊNCIA E CORREÇÃO DO CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA Ex. O prescritor solicita um fito patenteado, o KSM-66 KSM-66 (Whitania somnifera padronizada em 5% de Whitanolides)A farmácia não possui o KSM-66, possui apenas a Whitania Somnifera Whitania Smnifera padronizada a 3.79% conforme o laudo. A farmácia pode entrar em contato e avisar caso não tenha o KSM-66 e aplicar o fator de correção Dose final com a aplicação do fator de correção: Substância prescrita: 250 mg extrato de Whitania Somnífera a 5% de Withanolides. Substância disponível: extrato de Whitania Somnífera a 3.79% de Withanolides. Fator de correção em fitoterápicos Muitos fitoterápicos são disponíveis no mercado na forma de pó ou de extrato seco. Eles não são equivalentes entre si e, portanto, não há fator de equivalência ou de correção para usar um no lugar do outro. A grande dúvida é saber o que foi prescrito efetivamente, pois na maioria das vezes o prescritor não especifica se quer o pó ou o extrato seco. Nesses casos, é muito importante conhecer como são usados os fitoterápicos e as suas doses. A Cáscara Sagrada, por exemplo, é usada na forma de extrato seco, nas doses de 100 a 500mg ao dia, enquanto o pó é usado nas doses de 500 a 2.000mg ao dia. Fórmula: FCr= 5/ 3,79 = 1,32 Cálculo 250mg (substância prescrita padronizada 5%) x 1,32 = 330 mg Se aplicar o fator de correção é igual? O KSM-66 Ashwagandha é um extrato de espectro total de marca, com a maior concentração de todos os principais extratos de raiz disponíveis atualmente no mercado (NÃO USA FOLHAS). A maioria predominante de ensaios clínicos publicados hoje está na raiz e não na folha. É produzido usando um processo exclusivo de extração patenteado, baseado nos princípios da “Química Verde”, sem o uso de álcool ou qualquer outro solvente químico. Orçamento: KSM X ASHWAGANDHA 60 doses de 250 mg de KSM-66 = R$ 110,00 60 doses de 330 mg de ASHWAGANDHA R$ 55,00 INSUMOS FARMACÊUTICOS PATENTEADOS OU NUTRACÊUTICOS MANIPULADOS No Brasil, o termo nutracêutico não é reconhecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O termo Nutracêutico vem da junção de “Nutriente” + “Farmacêuticos”, pois os nutrientes têm a capacidade comprovada de proporcionar benefícios à saúde, como a prevenção e o tratamento de doenças. Um nutracêutico pode ser: fitoterápico, composto bioativo e nutrientes. Sendo eles isolados ou combinados. Exemplos de nutracêutico conhecidos: ➢ Morosil® é extraído da Laranja Moro com antocianina CG3 (no Brasil está classificado como alimento); ➢ Neuravena® é extraído de uma variedade específica de aveia verde silvestre (no Brasil está classificado como alimento); ➢ Exsynutriment ® silício orgânico estabilizado em colágeno marinho ➢ Verisol ® peptídeos do colágeno marinho ➢ Biointestil ® constituído por dois componentes: o óleo essencial extraído da Cymbopogon martinii (Roxb.) Wats, padronizado em geraniol, e a fibra em pó obtida do rizoma de Zingiber officinale Roscoe, padronizado em 6-gingerol É importante de inserir ® ™- selo de Trade Mark (marca comercial, em inglês), sendo um selo de autenticidade. A MAIORIA SÃO RECONHECIDAS COMO ALIMENTO, MESMO QUANDO A NATUREZA É FITOTERÁPICA A Infinitypharma é um laboratório que distribui insumos farmacêuticos para farmácias de manipulação. Todos esses ativos são patenteados pela Infinitypharma. Quando chega ao Brasil, ele sofre uma classificação pela ANVISA. Como pode ser visto na imagem, a maioria dos insumos estão classificados como alimento, mesmo tendo uma natureza fitoterápica, por isso, pode ser prescrito por quem não tem a habilitação em fitoterapia. Você pode consultar a classificação dos produtos através das farmácias de manipulações ou dos laboratórios que distribuem os insumos. De acordo com a resposta enviada pelo CRN10 para a Dr. Ana Paula Pujol, o nutricionista deve levar em consideração o registro da ANVISA, mesmo que o insumo tenha natureza fitoterápica. ÉTICA NA PRESCRIÇÃO DE INSUMOS PATENTEADOS ➢ Havendo necessidade de conter as marcas de produtos, o nutricionista deverá apresentar mais de uma opção, quando disponível; ➢ Não havendo outra opção que tenha a mesma composição ou que atenda a mesma finalidade, é permitido indicar o único existente; ➢ Ex: Biointestil®; De acordo com o novo código de ética 2018. Por que manipular um suplemento e não comprar pronto? ➢ Individualizar o suplemento conforme as necessidades daquele paciente específico; ➢ Escolher formas químicas mais biodisponíveis; ➢ Escolher a melhor forma farmacêutica (ex. sem corantes, lactose, xilitol, açúcar), cápsulas veganas; ➢ Escolher o tamanho das cápsulas de acordo com a individualidade do paciente; ➢ Variação no custo; ➢ Associação de substâncias em uma mesma fórmula para reduzir a quantidade de suplementos a ser ingerido; CONCEITOS PRÁTICOS EM PRESCRIÇÃO MAGISTRAL O que compõem uma fórmula magistral: Os princípios ativos são substâncias responsáveis pela ação farmacológica, ou seja, pelo efeito desejado do suplemento. E os coadjuvantes técnicos ou terapêuticos, conhecidos como excipientes ou adjuvantes, são substâncias em geral inertes, cuja função é estabilizar a fórmula em nível químico, físico ou microbiológico, além de garantir processabilidade de fabricação e modificar a solubilidade dos princípios ativos (a fim de reduzir toxicidade ou aumentar sua absorção). Ex. A Vitamina E (coadjuvante técnico) associada ao ômega 3 (princípio ativo) prevenindo da oxidação desse óleo. Ex. Frutooligossacarídeo (coadjuvante terapêutico) associado ao probiótico princípio ativo) ampliando a estabilidade desses probióticos e ainda servindo como prebiótico. Os excipientes (sólido) ou veículos (líquido) têm como finalidade completar a massa ou volume especificado. Ex: celulose microcristalina, lactose ou amido. Um termo muito utilizado é o QSP (quantidade suficiente para), sendo empregado quando não se tem uma quantidade definida de um excipiente, veículo líquido ou sólido para se completar um determinado peso. Ex. 1 Verisol ® – 2,5g Exsynutriment® – 150 mg Inulina qsp – 5g Aviar 30 doses em sachês Princípio ativo Coadjuvante: técnico ou terapêutico Excipiente ou veículo Fórmula magistral Um sache costuma ter no mínimo 5g. Então para que o conteúdo seja preenchido foi inserido Inulina QSP, ou seja, deverá ser inserido a quantidade suficiente de inulina para chegar a 5g de conteúdo de sache (não significa que terá 5g de inulina) Ex. 2 Lactobacillus rhamnosus – 1 bilhão de UFC Lactobacillus helveticus – 1 bilhão de UFC FOS qsp – 5g Aviar 30 doses em sachês Ex. 3 Lactobacillus plantarum - 2 bilhões Lactobacillus casei- 1 bilhão Lactobacillus helveticus-2 bilhões Bifidobacterium infantis - 2 bilhões Bifidobacterium longum 2 bilhões Lactobacillus reuteri- 600 milhões Lactobacillus gasseri-3 bilhões Fibergrum® qsp– 5g Aviar 30 doses em sachês para 30 dias. *Isentas de açúcar, corantes artificiais, edulcorantes artificiais e lactose. Posologia: Consumir 1 dose antes do almoço, durante 30 dias. De acordo com a RECOMENDAÇÃO Nº 004 DE 21 DE FEVEREIRO DE 2016 PRESCRIÇÃO DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS: 3. A prescrição de suplementos nutricionais a serem formulados em farmácias de manipulação deverá obedecer aos itens 1 e 2 acima e, ainda, indicar forma de apresentação do produto: cápsula, pó, tablete, gel, líquido, drágea ou outra; a identificação do nutriente com a respectiva forma química e a concentração por unidade de consumo; 4. É vedado ao nutricionista prescrever produto que use via de administração diversa do sistema digestório; Recomendação Nº 004 de 21 de fevereiro de 2016. Prescrição de Suplementos Nutricionais. Recomendação sobre Suplementos Nutricionais. Disponível em: < Deverá serinserido a quantidade suficiente de FOS para chegar a 5g de conteúdo de sache (não significa que será inserido 5g de FOS) Deverá ser inserido a quantidade suficiente de Fibergrum para chegar a 5g de conteúdo de sache (não significa que será inserido 5g de Fibergrum) https://www.asbran.org.br/noticias/recomendacao-sobre- suplementos-nutricionais> Data de acesso: 23 mar. 2020. FORMAS FARMACÊUTICAS Quais formas farmacêuticas o nutricionista pode prescrever? TODAS! Cápsulas, comprimido, pó, tablete, pastilhas, goma, gel, drágea, líquido, spray, sopa etc. É vedado ao nutricionista prescrever produtos que usem uma via de administração diversa do sistema digestório. Ex. uso tópico e injetável. Classificação das formas farmacêuticas O GAMATOP é um gel tópico composto pelo fitoterápico ácido gama-linolênico, vindo do óleo de prímula e borragem. Ele é indicado para dores nas mamas. Como o GAMATOP é para uso tópico, não é permitido ser prescrito pelo nutricionista. Esse fitoterápico pode ser prescrito apenas em forma oral. https://www.asbran.org.br/noticias/recomendacao-sobre-suplementos-nutricionais https://www.asbran.org.br/noticias/recomendacao-sobre-suplementos-nutricionais Critérios para escolher as formas farmacêuticas ➢ Quantidade a ser administrada Uma cápsula pequena comporta no máximo 100mg, já uma grande 750mg. Então se, por exemplo, fizer uma prescrição de 5g de colágeno + excipientes, quantas capsulas dariam? Não é viável. O adequado seria prescrever na forma de pó. Por isso, deve-se ficar atento nas quantidades administradas para escolher sua forma farmacêutica. ➢ Características do paciente Exemplos: Paciente não consegue digerir capsulas; pacientes com paladares sensíveis não se beneficiariam da forma em pó. ➢ Praticidade Exemplos: o paciente está fora de casa na hora de tomar o suplemento em pó. Prescrever esse suplemento em pó a granel seria viável? O paciente teria que levar o pote onde fosse. Será que a prescrição na forma de unidades por sache não seria melhor? ➢ Características do suplemento Nem todos os suplementos se encaixariam na forma em pó, por terem sabor desagradável, como os derivados de enxofre, cisteína, aminoácidos em geral, sulfato ferro entre outros. Peça ajuda ao farmacêutico!! TIPOS DE CÁPSULAS Elas possuem tipos, tamanhos e cores diversificadas. Alguns aspectos: ➢ Animal ou vegetal; ➢ Cápsulas vegetais de clorofila; ➢ Gastrorresistente; ➢ Tapiocaps (fermentação da tapioca); ➢ Liberação modificada (slow release) – melatonina – T3; ➢ Sprinkle caps. Cápsulas gastrorresistentes: Destinam-se a resistir ao ataque do suco gástrico, de modo a que a libertação da substância ativa ocorra no intestino delgado. Ela ajuda a mascarar o sabor e o odor, além de reduzir gostos residuais ruins. Cápsulas sprinkle: ativo de pequeno volume em cápsulas que precisa abrir para consumo. Especialmente para aqueles que tem dificuldade em deglutir a cápsula, muito comum em crianças. Vcaps (cápsulas vegetais): O polímero é fisicamente estável e resistente a condições severas de calor e umidade. Para cidades quentes ou em época de verão, o indicado seria usar as capsulas vegetais. Possuem uma ótima barreira antioxidante, podendo ser útil para suplementação de substâncias que podem oxidar. Tapiocaps: Possui uma barreira antioxidante eficaz. Possui uma grande resistência e estabilidade a temperatura e umidade. A desvantagem é que essa capsula se quebra muito fácil e possui um custo alto. Quando o prescritor não especificar a cápsula, a de gelatina normalmente que será utilizada. https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino_delgado Quando for especificar na receita, colocar: Aviar em cápsulas gastrorresistentes Você também pode colocar na sua prescrição o tamanho da cápsula que você deseja: Tamanhos disponíveis: Tamanho Capacidade (variação) Capacidade média 000 822-1644mg 750mg 00 570-1140mg 500mg Deve-se verificar a condição financeira do paciente Orçamento feito pela Drª. Ana Paula Pujol para 30 dias: Capsulas gelatinosas: 190 reais Tapiocaps: 270 reais Capsulas vegetais: 235 reais 0 408-816mg 400 mg 01 300-600mg 350mg 02 222-444mg 250mg 03 180-360mg 200mg 04 126-252mg 150mg Exemplo: Se você tem um paciente que prefere tomar 5 cápsulas pequenas à uma 1 grande, porque ele tem dificuldade de deglutir essa cápsula, você pode solicitar isso na prescrição. Nesse caso, é interessante cápsulas de número 3 ou 4. Caso você não queira colocar o número da cápsula na prescrição, pode apenas inserir uma observação de que o paciente tem dificuldades para ingerir cápsulas grandes e que gostaria que fosse nos menores tamanhos possíveis. Quem escolhe é a farmácia, mas o nutricionista pode incluir na prescrição o número, caso o paciente tenha dificuldade de deglutição por exemplo. Normalmente as farmácias disponibilizam do número 000 ao 04 apenas. Cores das cápsulas: ➢ O nutricionista pode variar nas cores das cápsulas principalmente quando o paciente for manipular muitas prescrições. Se forem todas das mesmas cores, o paciente pode confundir. As farmácias tendem a já mudar as cores, para não ocorrer a confusão. ➢ As cápsulas com cores podem ser benéficas em suplementos como coenzima Q-10 e vitamina C que são suscetíveis a oxidação, não sendo indicado, nessas suplementações citadas, o uso das cápsulas transparentes. Caso o paciente tenha alguma restrição ao corante, pode-se utilizar cápsulas brancas. Exemplos de prescrições em cápsulas: Vitamina C 100 mg Zinco quelado 10mg Aviar em cápsulas 30 doses Posologia: Consumir 1 dose ao dia, via oral com o almoço Tempo estimado de uso: 30 dias Coenzima Q-10 10mg Vitamina E 100 mg Vitamina C 200mg Aviar 30 doses em Tapiocaps® Posologia: Consumir 1 dose pela manhã Tempo estimado de uso: 30 dias Outra forma de prescrição: Efervescentes: Vantagens: ➢ Por conta da quantidade de gás carbônico livre, pode mascarar o sabor desagradável, funcionando muito bem com os aminoácidos; ➢ Fácil deglutição; ➢ Apresentação diferenciada, o que pode melhorar a adesão à terapêutica; ➢ Boa palatabilidade; ➢ Rápida absorção pelo trato gastrointestinal (TGI) via para celular; É indicado para pacientes com hipocloridria como omeprazol, idosos, bariátricos Desvantagem: ➢ Custo; ➢ Instabilidade por causa da umidade; ➢ Elevado teor de sódio e potássio. Outra forma de prescrição: Filme orodispersível: Vantagens: ➢ Rápida desintegração e dissolução na cavidade oral; ➢ Aumento da biodisponibilidade; ➢ Rápido início de ação; ➢ Água não utilizada ou mastigação para sua administração; Aplicações: O filme orodispersível é ideal para classes terapêuticas onde é necessário um pico de concentração plasmática para a escolha farmacológica desejada. A dose máxima de ação para a manipulação do filme orodispersível é de 50mg. Creatina 5g Aviar em base efervescente QSP* 21 doses Sabor a escolher** Posologia: Dissolver em 200ml de água; Consumir 1 dose, via oral, 3 vezes ao dia. Tempo estimado de uso: 7 dias SUBLINGUAL Compostos que podem ser manipulados em filme orodispersível: ➢ 5HTP ➢ Safrin ➢ Coenzima Q10 ➢ Vitamina D ➢ Metilcobalamina ➢ Metilfolato ➢ Demais ativos de baixa a média dosagem Sabores: menta, morango, uva, limão, morango, laranja e guaraná. Exemplos: Gymnena silvestre, extrato seco padronizado a 75% de ácidos gimnêmicos, folhas - 50mg; Striporal/filme orodispersível – 90 unidades; Posologia: Colocar o filme sobre a língua e deixar dissolver. Usar 03 vezes ao dia antes das refeições OBS.: Não requer água para ser administrado. Age nas papilas gustativas para diminuir a vontade de doce Gymnena silvestre, extrato seco padronizado a 75% de ácidos gimnêmicos, folhas -25mg Garcinia camboja, extrato seco padronizado a no mínimo de 50% de ácido hidroxicítrico – 25 mg Strip oral/filme orodispersível – 90 unidades Posologia: Colocar o filme sobre a língua e deixar dissolver. Usar 03 vezes ao dia antes das refeições. OBS.: Não requer água para ser administrado. Vitamina D3 - 2000 UI Strip oral/filme orodispersível – 90 unidades Via de administração sublingual não atravessa o trato gastrointestinal, VAI PELAS ARTÉRIAS SUBLINGUAIS indo para artéria carótida. Compostos que podem ser manipulados via sublingual: ➢ B12; ➢ Médicos costumam prescrever melatonina; Nutricionista pode prescrever sublingual? Pode! E-mail do CRN10 da região da Dr. Ana Paula Pujol em resposta à essa pergunta: Estudo sobre a prescrição da B12 na forma sublingual: 30 indivíduos com deficiência de vitamina B12 Foi descoberto que a administração sublingual e oral de 500µg de cobalamina COMPARADO A 1000µg foi igualmente eficaz na correção das concentrações de cobalamina. Sendo 500 µg é suficiente para corrigir a deficiência de cobalamina. O objetivo do estudo foi avaliar a capacidade de duas doses diferentes 50 mcg/ dia vs 2000 mcg/ dose única semanal De suplementos sublinguais em melhorar o estado nutricional da cianocobalamina em um grupo de veganos e vegetarianos com uma deficiência marginal. Qual foi o mais eficaz: 50mcg por dia (sendo 350mcg por semana) ou 2000 mcg por semana em dose única? Ambos foram eficazes para aumentar a cobalamina e outros biomarcadores do estado de cobalamina. Outra forma de prescrição: Shakes ou pós Vantagens dos shakes: • Possibilidade de prescrever ativos com maior volume; • Podem ser veiculados a nutrientes e fitoterápicos; • Os ativos veiculados são mais rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal; • De fácil deglutição. Desvantagens dos shakes: • Quando armazenados em embalagens plásticas, são mais difíceis de transportar; • Menor estabilidade físico-química e microbiológica; • O paciente fica exposto ao sistema de medida caseira, ou seja, não é preciso; para garantir a precisão, é indicado a utilização de sachê. Exemplo de formulação utilizando sachê: SHAKE SACIETOGÊNICO Slendesta® 150mg Glucomannan 500mg Peptídeos de Colágeno 2,5g Whey protein isolado 10g Aviar em Sachê QSP* 60 doses Sabor a escolher** Posologia: Diluir o conteúdo do sachê em 200ml de água; Consumir 1 dose via oral, 2 vezes ao dia. Tempo estimado de uso: 30 dias Uma formulação dessa, com essas quantidades, é inviável na forma de cápsula. Outras formas de prescrições pouco utilizadas: ➢ Gomas de colágeno; ➢ Pastilhas; ➢ Géis; ➢ Xaropes. FORMAS QUÍMICAS São classificadas em três grandes grupos: ➢ Sais Inorgânicos, ex: óxidos, carbonatos, sulfatos (menor disponibilidade) ➢ Sais Orgânicos, ex: lactato, gluconato, fumarato, citrato, quelados (maior disponibilidade) ➢ Minerais Quelatos, ex: magnésio glicina, zinco quelado (maior disponibilidade) É mais comum encontrar em forma inorgânica por ser mais barato e ter um volume menor Caso o nutricionista não especifique qual a forma química que deverá ser usada, a farmácia de manipulação irá escolher e ela costuma optar pela forma inorgânica por ser mais barato. MATERIAL SOBRE AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS FÓRMAS FARMACÊUTICAS DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD NOS MATERIAIS COMPLEMENTARES Exemplos de magnésio: A biodisponibilidade relativa de três preparações de Mg (quelato aminoácido, citrato e óxido) foi comparada a uma dose diária de 300 mg de Mg elementar em 46 indivíduos saudáveis. O Magnésio quelato e citrato de Mg apresenta biodisponibilidade superior após 60 dias de tratamento, quando comparada com outros tratamentos estudados. Suplementação de óxido de magnésio resultou em nenhuma diferença em comparação com placebo. Magnésio Tast free - quelato Mangésio glicina – quelato Magnésio gluconato – orgânico Magnésio citrato – orgânico Magnésio sulfato - inorgânico Óxido de magnésio – inorgânico Exemplo de suplementação de óxido de magnésio comumente encontrada em farmácias: 20 homens adultos e saudáveis para investigar e comparar a biodisponibilidade do citrato de Mg, um composto orgânico de Mg e óxido de Mg, um composto inorgânico de Mg. OBJETIVO: A fim de avaliar de forma confiável a biodisponibilidade de ambos os compostos de Mg, os indivíduos foram suplementados com magnésio para saturar seus pools de Mg antes da administração de cada produto do estudo. A biodisponibilidade de ambos os compostos de Mg foi então avaliada por excreção urinária e níveis séricos após a administração de uma única dose. RESULTADO: Houve maior biodisponibilidade do citrato de magnésio em comparação com o óxido de magnésio demonstrado pela avaliação da excreção urinária e dos níveis séricos após administração de dose única em um estudo cruzado randomizado. COMO SABER A FORMA QUÍMICA EM UM SUPLEMENTO PRONTO Analisando a lista de ingredientes! Exemplo de suplemento pronto: Sulfato ferroso: inorgânico Sulfato de zinco: inorgânico Sulfato de manganês: inorgânico Ácido ascórbico: inorgânico BAIXA BIODISPONIBILIDADE Será que para ter minerais com alta biodisponibilidade precisa somente ser manipulados? Não, no mercado de suplementos já é possível encontrar alguns suplementos prontos que possuem uma forma mais biodisponível Exemplo de suplementação pronta com uma maior biodisponibilidade: POLIVITAMÍNICO VITALIFT ESSENTIAL Magnésio bisglicinato, zinco bisglicinato, seleniometionina e piridoxal-5-fosfato são exemplos de compostos utilizados nesta fórmula com uma maior biodisponibilidade. Exemplos de suplementos prontos com minerais quelatos: Mix de vitaminas e minerais (magnésio bisglicinato, ácido ascórbico revestido, zinco bisglicinato, hexanicotinato de inositol, selenometionina, mix de tocoferóis (gama- tocoferol, delta-tocoferol, alfa-tocoferol, beta-tocoferol), ácido pantotênico, cobre bisglicinato, manganês bisglicinato, tiamina cloridrato, riboflavina-5-fosfato, piridoxal-5- fosfato, acetato de retinol, betacaroteno, cromo picolinato, molibdato de sódio, metilfolato, iodeto de potássio, fitomenadiona, menaquinona, biotina, colecalciferol, metilcobalamina), cápsula vegetal, estabilizante celulose microcristalina, antiumectante dióxido de silício. Inorgânicos: São mais utilizados por motivos de: ➢ Menor custo; ➢ Menor massa; Veja na tabela abaixo as quantidades de zinco elementar em 1g de cada forma química de zinco: Exemplo: o zinco (quelato) não possui apenas zinco elementar, ele possui os coadjuvantes que irão quelar esse zinco, são ligações que irão favorecer a absorção desse mineral. 1g de zinco (quelado) teria apenas 200mg de zinco elementar 1g de óxido de zinco teria 803,4mg de zinco elementar Ou seja, para ter 15mg de zinco de (quelado) o volume terá que ser muito maior do que na forma de óxido de zinco. 1g QUANTIDADE DE ZINCO ELEMENTAR Zinco (quelado) 20% (200mg/g) Zinco (Gluconato) 14,35% (143,5mg/g) Zinco (Oxido) 80,34%
Compartilhar