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APS Emergências e Cuidados Intensivos FMU- Medicina Veterinária 8° semestre matutino Andrea de Fatima Rafael Alano RA 8419275 Ingrid de Jesus Sousa RA 7698002 Leticia T Michelini RA 7958486 Frequência Cardíaca mínima: 75 bpm Frequência Cardíaca máxima: 120 bpm Referência = 70/160 bpm (adultos) a 220 bpm (filhotes) Atividade 2: Os alunos devem determinar o ritmo e possíveis arritmias do traçado proposto Ritmo irregular – possível arritmia sinusal A arritmia sinusal é caracterizada pelo cíclico aumento (taquicardia) ou diminuição (bradicardia) do ritmo sinusal, que tem origem no nó sinusal. Atividade 3: Os alunos devem mensurar as ondas e segmentos a seguir: P, PRI, QRS, R, ST e T, assim como, avaliação de marcapasso migratório Onda P: Duração da onda =0,04 s / Altura: 0,3 mV Intervalo PR: Duração: 0,08 s Complexo QRS: Duração 0,06 s Onda R: Altura 1,5 mV Seguimento ST: desvio do segmento = 0,1 s Onda T: altura da onda = 0,5mV 25% = 0,13mV Marcapasso migratório: No caso, a arritmia sinusal é caracterizada pelo cíclico diminuído ou aumentado do ritmo sinusal. Normalmente é associada a respiração, a frequência sinusal tende a aumentar na inspiração e diminuir na expiração, como resultado da flutuação do tônus. No traçado proposto há uma mudança cíclica na configuração da onda T (marcapasso migratório), tornando a onda T negativa ocorrendo alterações inespecíficas da repolarização ventricular, ocasionando uma leve bradicardia em determinados pontos. A arritmia sinusal é uma variação do ritmo normal e comum em cães, portanto, pode-se o marcapasso migratório não apresenta nenhuma anormalidade. Atividade 4: Os alunos devem interpretar os valores obtidos confeccionando a conclusão do exame. O paciente apresenta as mensurações do traçado proposto dentro do limite da normalidade, porém é compatível com arritmia sinusal. A variação gradual na morfologia das ondas T, ou seja, do marcapasso migratório são consideradas normais para a espécie canina. Considerar exames complementares para o diagnostico final. Atividade 5: Os alunos devem obter imagem dos ritmos e arritmias listados abaixo e confeccionar uma breve explicação sobre elas. a) Ritmo sinusal normal b) Arritmia sinusal c) Bradicardia sinusal d) Taquicardia sinusal e) Taquicardia atrial f) Fibrilação atrial g) Taquicardia ventricular h) Fibrilação ventricular i) Extrassístole ventricular j) Bloqueio átrio-ventricular de 2° grau. A) Ritmo Sinusal normal: Frequência cardíaca sem alterações (R-R entre 3 e 5 quadros grandes). Os intervalos R-R devem ser constantes e iguais. Onda P positiva em D2 e negativa em aVR. O ritmo sinusal normal é caracterizado pela presença de uma onda P para cada complexo QRS, com ritmo regular. Em pequenos animais, pode haver uma leve alteração entre os intervalos P-P ou R-R (de até 0,12 segundos, ou seja, 6 quadrados menores quando a velocidade do papel é de 50 mm/seg e 3 quadrados a 25 mm/seg). B) Arritmia Sinusal É o aumento normal da frequência cardíaca que ocorre durante a inspiração. O “sinus” refere-se ao marca-passo natural do coração, o nó sinoatrial (ou sinus). Arritmia sinusal é um ritmo em que apesar da frequência se manter dentro dos limites normais, o tempo entre duas ondas R consecutivas é variável ao longo do ECG, havendo assim diferenças, que, no entanto, não são maiores que o dobro do espaço R-R considerado normal nesse ECG. A arritmia sinusal nos cães está relacionada com a respiração. C) Bradicardia Sinusal Quando a frequência cardíaca está abaixo do normal e o ritmo cardíaco é comandado pelo nó sinusal (estrutura que normalmente comanda o ritmo do coração). A bradicardia sinusal caracteriza-se por um ritmo sinusal com uma frequência abaixo dos limites normais, sendo esta inferior a 70 bpm no cão e 120 bpm no gato, tendo em conta a espécie, raça, sexo, idade e condições físicas do paciente. Deve ser considerado como fisiológico ou normal quando estamos perante um animal de esportes, com treino físico, ou em raças braquicefálicas, onde a bradicardia não tem nenhum significado clínico. D) Taquicardia Sinusal Uma frequência cardíaca maior do que o máximo esperado, que se origina no nó sinusal. É um ritmo sinusal com frequência anormalmente elevada. Seus valores podem variar de acordo com a espécie, raça e idade. Em cães, o valor máximo normal para a frequência cardíaca é de 160 bpm (sendo 180 bpm em raças toy, 220 bpm em filhotes e 140bpm em raças gigantes), e em gatos o valor máximo normal é de 240 bpm. Suas causas podem ter origem fisiológica (associada com exercícios, estresse, ansiedade ou dor) ou patológica. Dentre as causas patológicas estão: febre, choque, anemia, infecção, hipóxia, hipovolemia, hipertireoidismo, hemorragia, aumento do tônus simpático ou diminuição do parassimpático, administração de vasodilatadores, insuficiência cardíaca congestiva ou em traumatismos cardíacos. E) Taquicardia Atrial As taquicardias atriais podem ocorrem em pacientes com coração estruturalmente danificado ou em pacientes com coração normal. É caracterizada pela presença de atividade elétrica anormal originária em um ou mais focos no miocárdio atrial. É uma taquicardia paroxística originada no tecido atrial (além do nodo SA). Em geral, as causas incluem quaisquer doenças associadas a dilatação atrial – doença valvular degenerativa, doença cardíaca congênita, cardiomiopatia. Outras causas incluem hipóxia, neoplasia atrial e doença pulmonar obstrutiva crônica. Pode ter significado clínico, dependendo da frequência e duração da taquicardia. F) Fibrilação atrial Também conhecida como AF ou Afib, é um ritmo cardíaco irregular e muitas vezes muito rápido. Isso pode causar sintomas como palpitações, fadiga e falta de ar. É uma arritmia comum em cães, caracterizada por ausência de ondas P, frequência ventricular elevada e irregularidade na despolarização ventricular. No caso de fibrilação atrial, existem vários locais de despolarização atrial ectópicos e refratariedade variável no nodo AV. A fibrilação atrial é rara em gatos. Na maioria dos casos, a importância clínica depende da frequência ventricular. Na fibrilação atrial também há perda de contração atrial (descarga atrial), podendo haver redução no desempenho ventricular. Se não for controlada a fibrilação atrial esporádica, pode causar deterioração do miocárdio e cardiomiopatia dilatada secundária. G) Taquicardia Ventricular A taquicardia ventricular pode ser definida como uma série de batimentos ventriculares consecutivos. Poucos batimentos desse tipo ocorrem de cada vez e, em seguida, o coração recupera seu ritmo normal. A taquicardia ventricular que dura mais de 30 segundos é chamada de taquicardia ventricular sustentada. A taquicardia ventricular é a sucessão de três ou mais complexos ventriculares seguidos. Estes têm origem num foco ectópico ventricular. Podem ser intermitentes ou contínuos. A frequência ventricular é de aproximadamente 40 a 50 bpm (com bloqueio cardíaco total). Em animais normais, isso é acelerado pelo ritmo sinusal. H) Fibrilação Ventricular É um ritmo cardíaco acelerado, com risco de vida, que se inicia nas câmaras inferiores do coração. Pode ser desencadeada por um ataque cardíaco. Como o coração não bombeia adequadamente durante a fibrilação ventricular, a FV sustentada pode causar diminuição da pressão arterial, perda de consciência ou morte. Caracteriza-se por ondas caóticas, de amplitude e frequências variáveis que indica falta de despolarização ventricular organizada (taquicardia ventricular) evoluindo para fibrilação ventricular; esta fibrilação causará parada cardiorrespiratória levando o animal ao óbito.I) Extrassístole Ventricular O termo extra-sístole significa uma batida extra do coração, podendo ocorrer tanto nas regiões mais altas do coração (átrios) como nas regiões mais baixas do coração (ventrículos). Apresenta-se como batimento originado precocemente no ventrículo, com pausa pós extrassistólica, quando recicla o intervalo RR. Caso não ocorra modificação do intervalo RR, é chamada de extrassístole ventricular interpolada. Se apresentar à mesma forma eletrocardiográfica, deve ser denominada monomórfica e, se tiver diversas formas, de polimórfica. De acordo com sua inter-relação, pode ser classificada em isolada, pareada, em salva, bigeminada, trigeminada, quadrigeminada, etc. As extrassístoles ventriculares podem ser divididas em estreitas (QRS com duração < 120 ms) e largas (QRS com duração ≥ 120 ms). J) Bloqueio Átrio-ventricular de 2 ° grau Está presente quando alguns impulsos atriais deixam de ser conduzidos aos ventrículos. O Bloqueio átrio-ventricular grau 2 é a interrupção parcial da transmissão do impulso dos átrios aos ventrículos. As causas mais comuns são fibrose e esclerose idiopáticas do sistema de condução. O diagnóstico é realizado por ECG; os sintomas e o tratamento dependem do grau do bloqueio, mas o tratamento, quando necessário, geralmente envolve estimulação artificial.
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