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LAJE STEEL DECK Seminários Integrados em Engenharia Civil Introdução • Implementar soluções que economizam material, insumos e dinheiro é um requisito de boa parte das obras nacionais. As lajes steel deck surgem como boa opção, pois são práticas, de rápida execução e colaboram com uma obra mais limpa. • As lajes steel deck são consideradas mistas de aço e concreto. Sua nomenclatura oficial é “Laje Mista com Forma de Aço incorporada”. • De forma simplificada esta laje é uma telha de aço galvanizada que é preenchida com uma camada de concreto. Desta forma, a telha de aço galvanizado funciona como forma para a estrutura de concreto e como armadura de flexão positiva. • O sistema foi desenvolvido por volta do ano de 1950, nos Estados Unidos e chegou ao Brasil na década de 70. Introdução Introdução • As chapas mais comuns no mercado brasileiro têm espessura de 0,80mm, 0,95mm e 1,25mm, feitas em perfis conformados a frio em aço especial ZAR 280 galvanizado Z275. • Esse tipo de laje foi concebido para o trabalho em estruturas metálicas, provendo um rápido e perfeito apoio nas mesas dos perfis, ondem devem ser soldadas para evitar o deslocamento horizontal. Introdução • O formato trapezoidal confere aumento do momento de inércia de área (segundo momento de inércia) e consequentemente maior resistência à flexão, o que permite a utilização das chapas de Steel Deck como plataformas de trabalho. Também é possível descartar a utilização de escoramento para a concretagem desde que sejam respeitados os vãos máximos indicados pelos fabricantes. Componentes • Uma laje de steel deck é composta basicamente de cinco elementos: a telha de aço galvanizada, o concreto estrutural, tela nervurada, armadura adicional e conectores de cisalhamento. 1 – Telha de aço galvanizada • A telha de aço galvanizado funciona como forma para o concreto e como armação de flexão positiva para todo o conjunto. Esta telha de aço galvanizado é perfilada e formado a frio, além disso possui ranhuras nas faces da chapa para colaborar com a aderência ao concreto. • No mercado é possível encontrar chapas com espessura de 0,80 mm, 0,95 mm e 1,25 mm, com comprimento de até 12 metros. Componentes Componentes 2 – Concreto estrutural • O concreto a ser utilizado é o concreto convencional, na maioria dos caso o concreto usinado. Não é exigido nenhuma especificação diferenciada. Deve-se tomar um cuidado quanto ao lançamento na hora da concretagem, fazendo o lançamento paralelo às nervuras, partindo de um apoio até o outro. Componentes 3 – Tela nervurada • A tela nervurada é colocada a 20 mm da face superior do concreto. Tem como objetivo absorver possíveis esforços de tração, além de combater os efeitos da retração no processo de cura do concreto. • A tela também colabora no processo de distribuição dos esforços, evitando possíveis fissuras no concreto. Componentes 4 – Armadura adicional • A armadura adicional é utilizada quando o aço da telha galvanizada não é suficiente para suportar todos os esforços de flexão. Desta forma, são adicionadas barras de aço nas nervuras que colaboram com a telha galvanizada. • As barras de aço são posicionadas 20 mm acima da face da telha galvanizada. Componentes 5 – Conectores de cisalhamento • Os conectores de cisalhamento têm como objetivo garantir a interação da estrutura de concreto com a estrutura de aço. É utilizado quando existir estruturas mistas. Os conectores são, na maioria dos casos, pinos com cabeça (stud bolt). Processo Executivo 1 – Projeto • A obra já deve ser projetada e planejada para este sistema. Assim, será garantido o máximo aproveitamento das características e vantagens dos elementos utilizados na construção. • Em diversas situações é utilizado em substituição a outros sistemas durante a execução da obra. Este tipo de improvisação é possível, mas não garante o melhor aproveitamento das lajes steel deck. Processo Executivo 2 – Transporte e movimentação • O transporte e a movimentação das telhas galvanizadas é simples. Os elementos são leves e possibilitam ser colocados no local da montagem utilizando equipamentos já instalados na obra como guinchos e gruas. 3 – Limpeza do local • Antes de instalar as telhas todo o ambiente deve estar limpo. É necessário eliminar manchas de óleo, humidade e arestas da estrutura. Processo Executivo 4 – Colocação e alinhamento • Durante a instalação das telhas é importante garantir que toda a estrutura de apoio esteja perfeitamente nivelada. Os painéis devem ser posicionados sobre as vigas e bem alinhados, garantindo que sejam instalados com a largura útil correta. 5 – Realização de recortes • Neste momento devem ser realizados todos os recortes necessários. Recortes próximos à pilares e recortes de aberturas. Caso seja necessário a utilização de reforço nas aberturas eles já devem ser instalados. Processo Executivo 6 – Armaduras e Pinos de Cisalhamento • Em seguida são colocadas todas as armaduras, tanto a tela soldada quanto as armaduras complementares, caso necessário. Além disso, devem ser instalados os pinos de cisalhamento. 7 – Concretagem • O último passo é a concretagem. É realizada de forma convencional, com auxílio de bomba na maioria dos casos. Um cuidado importante é evitar que durante o lançamento o concreto se acumule no meio do vão. Processo Executivo 8 – Manutenção • A laje steel deck deve passar por observações periódicas em ambientes agressivos, em ambientes convencionais dificilmente apresentam problemas. • A anomalia mais comum é o aparecimento de oxidação. Neste caso, é necessário a limpeza do local oxidado e realizar a zincagem à frio do local que estava oxidado. Vantagens • São leves e práticas para montar; • Dispensam escoramentos para vãos de 2 a 4 metros; • Rapidez construtiva; • Eliminação de boa parte da armadura positiva; • Facilidade na passagem de tubulações para instalações prediais; • Proporciona maior segurança para os trabalhadores da obra; • Alta qualidade de acabamento da laje; • Evita desperdício de materiais; • Produto industrializado e controlado. Desvantagens • Demanda por uma maior quantidade de vigas secundárias, caso não se utilize o sistema escorado; • Método novo no Brasil, existem poucos tipos de fôrmas comercializadas no mercado brasileiro; • Alto custo em logística (transporte de capitais com grandes centros industriais até o canteiro); • Necessidade de verificação para situações de incêndio quanto à adição de armaduras passivas, instalação de forro de proteção e aplicação de tintas especiais; • Caso existam cargas dinâmicas consideráveis, são necessárias armaduras de reforço, pois estas cargas podem prejudicar a união entre a chapa de aço e o concreto; Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).NBR 8800: projeto de estruturas de aço e estruturas mistas de aço e concreto de edifício, Rio de Janeiro, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).NBR 6118: projeto de estruturas de concreto - procedimento, Rio de Janeiro, 2014. REIS, LUCAS VINÍCIUS NGUEIRA DOS, Trabalho de Conclusão de curso sobre Lajes Mistas Com Fôrma De Aço Incorporada: Aplicações, Dimensionamento E Metodologia De Análise Numérica, São Carlos 2012. CALIXTO, J. M. et al. Comportamento de lajes mistas com fôrma de aço incorporada com armaduras de reforço. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DA CONSTRUÇÃO METÁLICA, 3, 2006, Ouro Preto. Resumos... Ouro Preto, 2006. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Introdução Introdução Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Referências
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