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I Coríntios 7 - contradições

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Aparentes contradições em I Cor. 7
"Não há contradição, há sim má interpretação." - A qual todos nós somos passíveis.
1ª Co 7.6 - Nesse trecho, o Apóstolo Paulo esclarece que ele não está ordenando a todos que se casem, porém, como uma solução ao problema comum aos crentes solteiros que se converteram porém já não eram virgens tratado anteriormente : A prostituição do corpo (6.13-20;7.1,2). Por isso diz que não é um mandamento para que todos os solteiros se casem, porém uma concessão, ou um escape para aqueles que não conseguem refrear seus desejo sexual (7.9).
1ª Co 7.10 - Agora, o Apóstolo aborda o problema limitado aos crentes casados : A permanência no estado de casado, apesar das tribulações. Ele esclarece que o mandamento de não separar-se não é dele, porém já foi ordenado pelo Senhor (Mt 19.6). Por isso ele diz: "mando, não eu mas o Senhor".
1ª Co 7.12 - Mais uma vez o Apóstolo muda a sua abordagem. Ele aborda agora o problema limitado a casais cujo um dos cônjuges não é crente; isto é, um dos cônjuges converteu-se após o casamento é passa a sofrer no relacionamento devido à sua nova fé. Ele ensina que nesse caso, o irmão casado, contrariamente ao caso do problema anterior fica livre do jugo do casamento, quando o cônjuge incrédulo decide partir e abanda-o (7.15) - Porém, caso o cônjuge incrédulo concorde em permanecer casado, vale o princípio anterior - não deve haver separação.
1ª Co 7.25 - Novamente você nota que o Apóstolo muda a sua abordagem. Agora ele passa a tratar sobre a situação das crentes virgens. Ele ensina que o problema não havia sido abordado anteriormente pelo Senhor, porém que ele abordaria o tema com a mesma fidelidade que o Senhor, pois Ele, O Senhor, concedera - a fidelidade - a ele , Paulo. Desse modo, o Apóstolo declara de modo arrojado que o que ele passaria a ensinar deveria ser considerado com a mesma seriedade como se fosse o Senhor ensinando.
1ª Co 7.28 - Não vejo contradição aparente no trecho. O Apóstolo ensina que o casamento em si não é pecado - talvez dirigindo-se a crentes que consideravam o ato conjugal pecaminoso. Porém, apesar de não ser pecado, o casamento trás tribulações - com certeza considerando os conflitos conjugais que todos os casais enfrentam.
1ª Co 7.29 - Embora você não citou esse versículo, creio que ele nos trás uma aparente contradição. O Apóstolo não ensina ou não ordena aos casados que se separem , ou vivam como solteiros. Ele porém incentiva aos casados, que apesar dos problemas, ou do seu estado emocional, eles não deveriam envolver-se tanto com esses problemas deixando de consagrar-se ao Senhor, porém, apesar deles, deveriam unir-se ao Senhor (7.29-35). Creio que Cl 3.1-17, é uma excelente ilustração ou ensino sobre como os casais ou mesmo jovens deveriam conciliar os problemas da vida, com a consagração ao Senhor.
1ª Co 7.38 - Aqui ele conclui a abordagem sofre a situação da crente virgem. O Pai que permite que sua filha virgem case age bem, pois considera que isso é o melhor para ela (7.36); porém o pai que não permite que sua filha virgem casem faz ainda melhor, pois também considera que isso é o melhor para ela, e que ela tem capacidade para suportar os apelos da carne, podendo dedicar-se com liberdade ao Senhor (7.37,32).
1ª Co 7.40 - É uma afirmativa do Apóstolo que é abrangente e universal : Tudo o que ele escreve é inspirado por Deus. Os coríntios devem portanto, considerar que o que ele, o Apóstolo Paulo escreve, e que não fôra dito anteriormente pelo Senhor , não está limitado somente a eles, porém é expansivo a tudo o que o Apóstolo fala e escreve, devido à sua autoridade apostólica- reconhecida inclusive pelo Apóstolo Pedro (2ª Pe 3.15,16). Quando ele diz : "..cuido que tenho o Espírito de Deus." Está selando a inspiração divina de todos os seus ensinos ou novas revelações.
Em Mt 5.31,32 O Senhor Jesus está citando Dt 24.1-4. No contexto da Lei , está óbvio que Moisés está legislando sobre uma prática comum em seus dias (e no nosso igualmente) : O divórcio e o novo casamento. A palavra "quando" evidencia o fato de que ele está tratando sobre o procedimento que se deve tomar, não primariamente do divórcio, porém sobre o retorno ao primeiro marido. Moisés está proibindo à mulher divorciada e que recasou que retorno ao primeiro marido, pois havia se contaminado. Portanto, o divórcio e o recasamento é considerado na Lei.
Deve-se lembrar que quando acontecia o adultério havia pelo menos três possibilidades de ação:
1- A pena Capital (Lv 20.10)
2- A reconciliação (Oséias)
3- O divórcio (Dt 24; Mt 5.31,32)
Ambas possibilidades deveriam ser por iniciativa do marido ou da esposa vítima do adultério.
Jesus quando foi questionado sobre o divórcio e o novo casamento, respondia claramente que o divórcio era uma concessão devida ao coração humano (pecado) e nunca foi a vontade de Deus, visto que Ele diz que odeia o repúdio (Ml). Porém, como Jesus ensinava, o divórcio era uma opção somente quando acontecia o adultério ou a prostituição de um dos cônjuges. Jesus não ensinava que a separação sem o motivo do adultério era pecado, porém o recasamento em tal caso gerava o pecado do adultério.
O ensino do Apóstolo Paulo em nada contradiz ao do Senhor Jesus. Ele ensina que uma separação sem o motivo do adultério seguido de um novo casamento é pecado - ratificando o ensino do Senhor (Rm 7).
Porém, ao escrever aos coríntios (1ª Co 7), Paulo diz que ele está ensinando algo que não foi abordado pelo Senhor Jesus, por isso ele afirma "digo eu, não o Senhor". Paulo começa a legislar sobre o recasamento para os novos convertidos da Igreja, oriundos do paganismo, que foram casados, porém agora estavam separados; aos quais o Apóstolo chamada de "solteiros" ou "hagamos" - não casados. Para esses casos, Paulo os aconselhava, se possível permaneceram como ele, e caso não tivessem auto-controle quanto ao desejo sexual, lhes era melhor casar (1ª Co 7.1,2,8,9).
Quanto ao seu texto (1ª Co 7.10,11), O Apóstolo claramente ratifica o ensino do Senhor Jesus quanto à separação sem o motivo do adultério. Ele diz que a ordem do Senhor é que não haja separação, porém se houver (sem adultério), não deve haver novo casamento, mas somente a opção de continuar separado ou de reconciliação. Ao comparar 1ª Co 7.10,11 com Mt 5.31,32, seu erro está em que no texto de Mt, Jesus contempla a separação devido ao adultério, enquanto o Apóstolo Paulo não está abordando o adultério. Você deve comparar o que o Apóstolo Paulo fala em 1ª Co 7.10,11 e Rm 7.1-3 com um texto onde Jesus também trata da separação sem o motivo de adultério (Lc 16.18). Assim, você não se confundirá.

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