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O que é sífilis

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O que é sífilis? 
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum, que quando não tratada precocemente, pode evoluir para uma enfermidade crônica com sequelas irreversíveis em longo prazo. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).
Nos estágios primário e secundário da infecção, tem a possibilidade de transmissão maior. A sífilis pode ser transmitida por meio de relação sexual (vaginal, anal e oral) sem camisinha com uma pessoa infectada, pode ser transmitida para a criança durante a gestação ou no parto de uma mãe com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente, ou pode ser transmitido através de sangue contaminado.
Não existe vacina contra a sífilis, e a infecção pela bactéria causadora não confere imunidade protetora. Isso significa que as pessoas poderão ser infectadas tantas vezes quantas forem expostas ao T. pallidum.
A infecção é passível de prevenção e tem cura, diferentemente de outras doenças. A melhor forma de estar protegido é com o uso de preservativo.
A doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo, então uma pessoa pode ter sífilis e não saber. Por isso é importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta. O não tratamento da sífilis pode levar a várias outras doenças e complicações, inclusive à morte.
A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também para o bebê durante a gestação. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal previne a sífilis congênita e é fundamental.
Como prevenir a sífilis?
O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida mais importante de prevenção da sífilis, por se tratar de uma Infecção Sexualmente Transmissível.
Toda gestante deve ser testada duas vezes para sífilis durante o pré-natal. Uma no primeiro trimestre de gravidez e a segunda no terceiro trimestre. A parceria sexual também deve ser testada. Além disso é obrigatória, ainda, a realização de um teste, treponêmico ou não treponêmico, imediatamente após a internação para o parto na maternidade, ou em caso de abortamento.
Quais são os sinais e sintomas da sífilis?
Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com cada estágio da doença, que divide-se em:
Sífilis primária - sintomas
· Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.
· Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Sífilis secundária - sintomas
· Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
· Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.
· Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.
Sífilis latente – fase assintomática 
· Não aparecem sinais ou sintomas.
· É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).
· A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
· O diagnóstico é realizado exclusivamente por meio de testes imunológicos.
Sífilis terciária - sintomas
· Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.
· Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
IMPORTANTE: Uma pessoa pode ter sífilis e não saber, isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo. Por isso é importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta. O não tratamento da sífilis pode levar a várias outras doenças e complicações, inclusive à morte.
Como é feito o diagnóstico da sífilis?
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático, de fácil execução e gratuito, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Esta é a principal forma de diagnóstico da sífilis.
O teste rápido de sífilis é distribuído pelo Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS) como parte da estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica da doença. 
Nos casos de teste rápido positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial (não treponêmico) para confirmação do diagnóstico, o enfermeiro tem capacidade legal para isso.
Em caso de gestante, devido ao risco de transmissão ao feto, o tratamento deve ser iniciado com apenas um teste positivo (reagente), sem precisar aguardar o resultado do segundo teste.
Na sífilis congênita, deve-se avaliar a história clínico-epidemiológica da mãe, o exame físico da criança e os resultados dos testes, incluindo os exames radiológicos e laboratoriais, para se chegar a um diagnóstico seguro e correto de sífilis congênita.
Como é feito o tratamento da sífilis?
Para o seguimento do paciente, os testes não treponêmicos devem ser realizados mensalmente nas gestantes, e, na população geral, a cada três meses no primeiro ano de acompanhamento do paciente e a cada seis meses no segundo ano.
O tratamento de escolha é a penicilina G benzatina (benzetacil), que poderá ser aplicada na unidade básica de saúde mais próxima de sua residência.
Esta é, até o momento, a principal e mais eficaz forma de combater a bactéria causadora da doença.
Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, com a penicilina benzatina. Este é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical, ou seja, de passar a doença para o bebê.
A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante. São critérios de tratamento adequado à gestante:
· Administração de penicilina G benzatina.
· Início do tratamento até 30 dias antes do parto.
· Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da sífilis.
· Respeito ao intervalo recomendado das doses.
O que é sífilis congênita?
A sífilis congênita é uma doença transmitida para criança durante a gestação e parto (transmissão vertical). 
Existe um amplo espectro de gravidade, que varia desde a infecção não aparente no nascimento aos casos mais graves, com sequelas permanentes ou aborto e óbito fetal.
Se a gestante receber tratamento adequado e precoce durante a gestação, o risco de desfechos desfavoráveis à criança é mínimo.
Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão.
Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em 3 momentos:
· Primeiro trimestre de gestação.
· Terceiro trimestre de gestação.
· Momento do parto ou em casos de aborto
A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança.
CUIDADOS COM A CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
Deve-se avaliar a história clínico-epidemiológica da mãe para conduta terapêutica.
Todas as crianças expostas à sífilis de mães que não foram tratadas ou não receberam tratamento adequado são submetidas a diversas intervenções, que incluem: coleta de amostras de sangue, avaliação neurológica (incluindo punção lombar), radiografia de ossos longos, avaliações oftalmológica e audiológica.
Muitas vezes, há necessidade de internação hospitalar prolongada.
Quais são as complicações da sífilis congênita?
São complicações da sífilis congênita:
· aborto espontâneo;
· parto prematuro;
· má-formação do feto;
· surdez;
· cegueira;· deficiência mental;
· morte ao nascer.
Atividades dos diferentes níveis de atenção em saúde no manejo operacional das IST
Atenção básica
•	 Garantir o acolhimento e realizar atividades de informação/educação em saúde;
•	 Realizar consulta imediata no caso de úlceras genitais, corrimentos genitais masculinos e femininos e de verrugas anogenitais;
•	 Realizar coleta de material cérvico-vaginal para exames laboratoriais;
•	 Realizar testagem rápida e/ou coleta de sangue e/ou solicitação de exames para sífilis, HIV e hepatites B e C, nos casos de IST;
•	 Realizar tratamento das pessoas com IST e suas parcerias sexuais;
•	 Seguir o protocolo do MS para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais;
•	 Notificar as IST, conforme a Portaria vigente. Os demais agravos são notificados de acordo com
recomendações dos estados/municípios, quando existentes;
•	 Comunicar as parcerias sexuais do caso-índice para tratamento, conforme protocolo;
•	 Referir os casos suspeitos de IST com manifestações cutâneas extragenitais para unidades que disponham de dermatologista, caso necessário;
•	 Referir os casos de IST complicadas e/ou não resolvidas para unidades que disponham de especialistas e mais recursos laboratoriais;
•	 Referir os casos de dor pélvica com sangramento vaginal, casos com indicação de avaliação cirúrgica ou quadros mais graves para unidades com ginecologista e/ou que disponham de atendimento cirúrgico.
Média complexidade
•	 Realizar todas as atividades elementares de prevenção e assistência, além do diagnóstico e tratamento das IST, dentro da competência das especialidades disponíveis;
•	 Realizar colposcopia, se disponível, ou encaminhar a paciente para serviços de referência que disponham de colposcópio e profissional habilitado, quando indicado;
•	 Realizar procedimentos cirúrgicos ambulatoriais;
•	 Notificar as IST, conforme a Portaria vigente. Os demais agravos são notificados de acordo com
recomendações dos estados/municípios, quando existentes;
•	 Comunicar as parcerias sexuais do caso-índice para tratamento, conforme protocolo;
•	 Promover capacitações para os profissionais de saúde da atenção básica.
Alta complexidade
•	 Realizar todas as atividades elementares e intermediárias de prevenção e assistência das IST;
•	 Ter um laboratório de pesquisa equipado e em funcionamento, realizando os seguintes testes diagnósticos:
testes treponêmicos e não treponêmicos, exame a fresco, bacterioscopia, cultura para gonococo, biologia
molecular para Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis e histopatologia;
•	 Interagir com outras instituições, a fim de agregar outras tecnologias e massa crítica;
•	 Oferecer sistematicamente estágios, cursos e treinamento em prevenção, manejo clínico e laboratorial para profissionais de saúde dos demais níveis de atenção;
•	 Ter equipe composta por especialistas e pós-graduados (ex.: mestres e doutores) e/ou com experiência comprovada em pesquisa;
•	 Ter um núcleo para avaliação epidemiológica, incluindo atividades de vigilância e notificação;
•	 Realizar diagnóstico das IST apoiado em todos os recursos laboratoriais recomendados;
•	 Realizar periodicamente, pelo menos uma vez ao ano, vigilância de resistência microbiana aos fármacos e vigilância da etiologia dos corrimentos uretrais e vaginais, ulcerações genitais e cervicites;
•	 Dispor de comitê de ética ou acesso a um comitê de ética externo;
•	 Apoiar o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde nas atividades de supervisão integradas;
•	 Apresentar coerência com as necessidades da população e prioridades do Ministério da Saúde.
BRASIL. Ministério da Saúde. Sífilis: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: < http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/sifilis-2 > Acesso em: 07 de julho de 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Campanha SÍFILIS. Disponível em: < http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/sifilis/ > Acesso em: 05 de abril de 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. SÍFILIS Estratégias para Diagnóstico no Brasil. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sifilis_estrategia_diagnostico_brasil.pdf > Acesso em: 05 de abril de 2019.
Os meios de contaminação se dividem em duas formas: sífilis (adquirida) que se dá pelo contato direto com as feridas abertas (cancro duro- sendo lesões contaminadas, podendo ser o indivíduo infectado no ato sexual) e sífilis (congênita), o contágio é através da placenta da gestante para o bebê.
A patologia intensifica através de estágios gradativamente: a sífilis primária, secundária e terciária. Desse modo, no primeiro estágio, surge a lesão mais característica desta doença: o cancro duro. A úlcera indolor aparece nesta altura na zona genital da pessoa contaminada.
· Sífilis Primária: apresenta após um tempo de incubação (entre 10 e 90 dias), com uma média de 21 dias após o contato com o agente etiológico. Nesse período inicial o paciente apresenta-se assintomático até o aparecimento do chamado “cancro duro”, (DONALIGIO, FREIRE e MENDES, 2007; SÁ et al, 2010).
O diagnóstico no homem é simples de ser detectado, pois a lesão localizar-se no pênis do paciente, sendo de fácil visualização; já na mulher, os ferimentos podem surgir no interior da vagina, somente com o exame com um especulo pode-se detectar com mais precisão o diagnóstico (ARAÚJO, 2008). Esta lesão permanece por 4 a 6 semanas, desaparecendo espontaneamente, sendo assim, a pessoa infectada pode pensar erroneamente que está curada.
· Sífilis Secundária: Instala-se decorrente da sífilis primária não tratada. É denominada através da erupção cutânea que aparece de 1 a 6 meses (6 a 8 semanas) após a lesão primária ter desaparecido (ARAÚJO, et al, 2008). Entre os sintomas citados, podem surgir de forma acentuada: mal-estar, cefaleia, febre, prurido e hiporexia.
· Sífilis Terciária: Desenvolve um ano depois da infecção inicial, mas, existem episódios que manifestam após de 10 anos. Esse estágio é caracterizado por formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas na pele e nas mucosas, existe a possibilidade de se instalarem em qualquer parte do corpo, inclusive no sistema ósseo. As manifestações mais graves incluem neurossífilis e a sífilis cardiovascular. (PIRES et al, 2007).
uadro 1 – Oportunidades de planos de ação. Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE-Secretaria de Vigilância em Saúde-Departamento de Vigilância Epidemiológica Brasília/DF – 2007
ORIENTAÇÕES NA GESTANTE COM SIFILIS 
O Brasil vive uma epidemia de sífilis. A infecção é transmitida sexualmente e pode pôr em risco não apenas sua saúde, como ser transmitida para o bebê durante a gestação. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal previne a sífilis congênita. Por isso, é importante que você e seu parceiro façam o primeiro teste o quanto antes, preferencialmente nos primeiros 3 meses de gestação. Caso o resultado dê positivo, o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS.
ANO 2018.

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