Doenças Virais em Aves

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Doenças Virais em Aves06/04
Influenza Aviária 
Doença exótica no Brasil. Nunca tivemos diagnóstico de influenza aqui!
Somos livres da doença sem a vacinação.
Melhor status que o país pode ter! Não temos a circulação do vírus em nossas aves. 
Se fizesse titulação dos anticorpos da Influenza nas aves aqui do Brasil, dariam nulos! Precisam da exposição ao antígeno para titulação. Antígeno de campo ou vacinal. 
Doenças do PNSA
Têm rápida disseminação, geram altíssimas perdas produtivas e alguns podem ter potencial zoonótico, como influenza.
Na Influenza: diversos vírus diferentes pois são mutagênicos (só perdem pro HIV). Os mais agressivos podem gerar perdas de até 100% do plantel.
Zoonose da Influenza: doença ocupacional! A doença fica apenas na pessoa, não tendo contágio para outros seres humanos.
Vacinação das aves aqui no Brasil é proibida, devido a soroconversão: não saberíamos se os anticorpos seriam da vacina ou pós contato com doença
Epidemiologia da Influenza Aviária 
Contágio dos Seres-humanos: Aves excretam alta carga viral através das fezes e secreções do sistema respiratória. Uma vez liberados, os vírus entraram nos seres humanos através das mucosas! 
30% de mortalidade dos seres-humanos contaminados 
Transmissão Vertical: Ave doente não transmite para o ovo.
Composição dos Vírus da Influenza 
Hemaglutinina: Já foram diagnosticados 16 hemaglutininas. 
Neuraminidase: Libera novas partículas das células. Já foram diagnosticados 1 a 9 neuraminidase. 
A hemaglutinina (HA) é uma proteína que se situa na camada mais externa do vírus, o envelope. Ela reconhece um açúcar da nossa membrana celular, o ácido siálico, e é a responsável pelo reconhecimento e ligação do vírus a nossas células do sistema respiratório.
Exemplo: H1N1
H: hemaglutinina 
N: neuraminidase 
Prazo de soroconversão em seres humanos após vacinação: 21 dias!
Ecologia do Vírus da Influenza 
Galicáceos: Os mais agressivos estão em vermelho. Aves de vida podem abrigar todos os H e N!
Suínos: H5N1, H9N2, H797.
Suínos: Recipiente de mistura para o vírus da influenza humanos e aviários
Ave possui o vírus da Influenza, o humano também tem um vírus da influenza. Se um suíno entrar em contato com os dois, poderá formar um vírus mutado!
Transmissão do vírus por consumir alimentos contaminados: não existe! O cozimento destes alimentos degrada o vírus. 
Influenza não existe no Brasil devido as medidas tomadas, além do clima tropical, que não é propenso a multiplicação viral. 
Transmissão do galináceo para gato: Não comum, mas tem um caso relatado. Pode ter sido transmitido quando o gato caçou um passarinho de vida livre.
Diagnóstico em Aves
Coleta de sangue, fezes e swab de cloaca.
Contaminação entre países
Contrabando pode carrear diversas doenças importantes para os países! Além de aves exóticas, pessoas com roupas contaminadas 
Vias de Transmissão
.Via de transmissão horizontal indireta: de ave para ave através de fômites contaminados. 
Via de transmissão horizonta direta: de ave a ave, por contato direto.
Não ocorre devido ao cozimento da carne!
Lembrar que as doenças do PNSA, não podem ter diagnóstico fechado a campo.
Sinais Clínicos
Respiratórios e Neurológicos na Influenza	
· Olhos fechados, dispnéia, edema de face, pescoço esticado, penas eriçadas.
· Posição atípica, extensão de membros.
Procedência após diagnóstico de Influenza
Carcaças mortas devem ser retiradas e deve ser feito o sacrifício dos animais subsequentes, que serão posteriormente colocados em valas sanitárias.
1- Esplenomegalia (aumento de volume do baço)
2- Tonsilas cecais (localizadas próximas ao ceco) hemorrágicas
3- Hemorragia de folículos ovarianos 
3
2
1
Diagnóstico Laboratorial
Colheita de Material
Animais vivos: suabe de cloaca, fezes frescas, suabe de traqueia e soro sanguíneo
Animais mortos: Baço, fígado, cérebro, traqueia, pulmão, proventrículo, sacos aéreos, suabes oro-nasais, tonsilas secais e intestino delgado
Identificação do agente
· Isolamento viral
· PCR
· Imunohistoquímica
· Precipitação em gel de agarose
· ELISA 
Caso negativo, pesquisar o outro agente envolvido.
Caso positivo, notificar OIE e abater todos os animais em até 24h.
Vacinação
Não existe vacina registrada no Brasil (pois não temos a doença).
Nos países que têm a doença: vacina inativada ou recombinante.
Medidas pós abate das aves
· Queima do solo e das camas usadas anteriormente. 
· As camas passam pelo processo de enleiramento: camas são empilhadas e cobertas com lona preta, os microrganismos fermentam, elevam a temperatura e isso garante a morte dos mesmos. A temperatura deve ser medida! Lembrar do uso de EPIs em todo o processo. 
· Após o tratamento das camas, elas são descartadas (não podem ser usadas como adubo)