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CONCEITOS · PREVENIR - Para impedir que o desequilíbrio se instale. · INTERCEPTAR - As ações que interceptam uma má oclusão, evitando que ela se torne mais complexa. · Correção de mordidas cruzadas na dentadura decídua e mista. · Correção de mordidas aberta na dentadura decídua e mista. · Recuperação de pequenos espaços. · CORREÇÃO - As ações que corrigem a má oclusão já instalada em “estágio avançado”. ALTERAÇÕES NAS ARCADAS · Transversais -> “largura” Ex. Atresias de maxila, mordida cruzada posterior · Verticais Ex. Sobremordida profunda, mordida aberta · Anteroposteriores -> “no sentido frente trás” Ex. Excesso de overjet, mordida cruzada anterior FORMAS FACIAIS · Dólicofacial-> face longa. · Mesofacial-> relativo equilíbrio entre altura e largura da face. · Braquifacial-> face curta. Bochechas mais proeminentes. PERFIS FACIAIS • Convexo -> maioria dos brasileiros. • Reto • Côncavo-> bem característico nos orientais. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRANIO FACIAL · Aposição e reabsorção não possuem a mesma velocidade; · Indivíduo em crescimento -> aposição excede a reabsorção; · Indivíduo adulto jovem -> aposição iguala a reabsorção; · Indivíduo velho -> reabsorção excede a aposição; · Face é uma das últimas aquisições filogenéticas do homem; · É formada totalmente durante o período embrionário e se diferencia no período fetal. · Crescimento da face -> para baixo e para frente; · Sexo masculino e feminino possuem época e tempo de crescimento diferentes DESENVOLVIMENTO DA DENTIÇÃO · Erupção - movimento de um dente em direção oclusal. 1/3 da raiz formada (1/4); · Irrupção - perfuração do tecido gengival, é o aparecimento do dente na cavidade bucal. 2/3 da raiz formada (2/4); · Esfoliação - envolve o processo de reabsorção do dente decíduo e redução do osso que o circunda; DENTIÇÃO DECÍDUA · Sequência de irrupção: · Incisivo central inferior (6meses) · Incisivo central superior · Incisivo lateral inferior · Incisivo lateral superior (1ano) · 1ºs molares decíduos (16 meses) (1ª noção de DV) · Caninos (20 meses) · 2ºs molares decíduos (24 a 30 meses) · Com 2,5 anos - dentadura decídua completa · Decíduos erupcionados e os sucessores em formação · Na dentadura decídua · Apinhamentos - são raros · Diastemas - frequentes · 2,5 aos 5 anos poucas alterações; CARACTERÍSTICAS DA DENTADURA DECÍDUA · A dentadura decídua é formada ao redor da língua; · Forma do arco - semicircular/ovóide; · Dentes implantados verticalmente em suas bases apicais; · Ausência de curva de Wilson; · Ausência de curva de Spee; · ATM quase plana. · Inferiores ocluem ligeiramente para lingual em relação aos superiores. · Sobremordida e sobressaliência mínimas. · Podem ter espaços primatas. · Podem ou não ter diastemas anteriores; · Espaços primatas São diastemas encontrados na dentadura decídua (~3mm) • Superior - entre incisivo lateral e canino decíduo. • Inferior - entre canino e 1º molar decíduo. · Plano terminal dos 2ºs molares decíduos (a face distal) será responsável pela oclusão dos 1ºs molares permanentes. · Serve como guia para erupção dos molares permanentes. · Observações: · É impossível predizer tamanhos de dentes permanentes a partir dos decíduos. · As anomalias são mais frequentes nos dentes permanentes que nos decíduos. · Inflamações/traumas aceleram as reabsorções. · Anquiloses nos dentes decíduos (“Dentes Submersos”), geralmente 2º molar inferior. DENTIÇÃO MISTA · Dentes decíduos + dentes permanentes presentes nos arcos dentários; · Sequência de irrupção: · Início: erupção do 1º molar permanente; · Término: com a erupção dos caninos e pré molares; · 1º s molares · incisivo central inferior · incisivo central superior incisivo lateral inferior · incisivo lateral superior · canino inferior · 1º pré-molar superior · 1º pré-molar inferior · 2º pré-molar superior · 2º pré-molar inferior · canino superior · 2ºs molares DESENVOLVIMENTO DA DENTADURA MISTA DIVIDIDA EM: · 1º Período Transitório: · 1ºs molares e incisivos em oclusão · Primeiros permanentes a erupcionarem; · Sua posição final dependerá principalmente · Do plano terminal dos 2ºs molares decíduos; · Após erupção dos 1ºs molares teremos a classificação dentária de Angle. É uma classificação dentária sagital (antero-posterior); · Coroas dos sucessores são maiores que os antecessores; · Surgimento sobressaliência e sobremordida; · Ocorre aumento do perímetro do arco devido a erupção mais por vestibular dos incisivos permanentes; · Período Intertransitório · Dura cerca de 1,5 ano · Incisivos superiores se encontram geralmente sem ponto de contato e inferiores em íntimo contato e às vezes até apinhados; · Dentes permanentes que estão erupcionados(incisivos e 1ºs molares permanentes), terminam sua formação radicular; · Os decíduos presentes se encontram com grandes desgastes. · Fase de crescimento estável · Sobressaliênciae sobremordidamaior que na dentadura decídua · “Fase do Patinho Feio”, geralmente dos 8 aos 10 anos aproximadamente. Não se deve fechar diastemas ou corrigir apinhamento inferior. · 2º Período Transitório · Troca dos caninos e molares decíduos; · Início: Geralmente com a troca dos caninos inferiores; · Término: Geralmente com a erupção dos caninos superiores; · Podem sofrer alterações na sequência de esfoliação e de erupção; · Erupção dentária: Superiores 1. 1°pré-molar 2. 2°pré-molar 3. Canino Inferiores 1. Canino 2. 1º pré-molar 3. 2º pré-molar CARACTERÍSTICAS DA DENTRADURA MISTA · Inclinação dos incisivos permanentes é diferente dos decíduos. · Aumento do perímetro do arco na dentadura mista; · Surgimento sobressaliência e sobremordida; · A posição final dos incisivos dependerá: · Espaço presente · Língua / lábio · Musculatura · ESPAÇO LIVRE DE NANCE · É o espaço resultante da diferença de tamanho dos dentes decíduos posteriores e caninos e seus sucessores. (Diâmetro mésio-distal canino + molares decíduos) – (Diâmetro mésio-distal pré-molares + canino permanente) = Espaço livre de Nance. • Superior = 0,9 mm de cada lado (1,8mm) • Inferior = 1,7 mm de cada lado (3,4mm) · Coroas dos sucessores são menores que os antecessores; · Finalidade do Espaço livre de Nance: · Para o ajuste molar em neutroclusão (classeI) – aparelho que impeça a mesialização do 1º molar superior; · Para melhorar apinhamentos antero inferiores (utilizando aparelhos que evitem a mesialização dos molares inferiores); DENTIÇÃO PERMANENTE · Aproximadamente aos 13 anos todos os dentes permanentes estão irrompidos exceto 3ºs molares; · Localização e inclinação vestíbulo lingual das coroas dos permanentes, são determinadas predominantemente pela língua e pela musculatura peri bucal (lábios e bochechas); · Sobressaliência e Sobremordida de 2 a 3mm; · Língua e lábio têm função especial na manutenção da posição dos incisivos superiores e inferiores; · Presença de curva de Speee e Wilson; · Forma do arco: parábola; · Na dentadura permanente temos: · 3% -oclusão ideal · 27% -oclusão aceitável · 70% -má oclusão HÁBITOS DELETÉRIOS · Repetição frequente de um ato, inconsciente = desequilíbrio entre as forças externas e internas da boca; · Sintomas que dependerão da: frequência, intensidade e duração; · São eles: 1. Respiração bucal 2. Sucção de dedo ou chupeta 3. Onicofagia 4. Bruxismo (cêntrico ou excêntrio) 5. Deglutição atípica RESPIRADOR BUCAL · Diferença entre Respirador Nasal e Respirador Bucal Respirador nasal: · Selamento labial passivo; · Ao respirarem as narinas dilatam; Respirador bucal: · Boca frequentemente aberta; · Narinas imóveis; · Lábios hipotônicos e ressecados; · Funções da mucosa nasal: · Aquecer; · Filtrar; · Umidificar o ar; · Alterações que podem levar a uma respiração bucal: · Hipertrofia de adenóide; · Hipertrofia de corneto; · Desvio de septo nasal; · Problemas alérgicos(rinite); · Características dento esqueléticas geralmente encontradas em um Respirador Bucal · Palato profundo; · Palato atrésicoe/ou ogival; · Mordida cruzada posterior esquelética; · Incisivossuperiores vestibularizados – pela falta de força exercida pelo lábio superior; · Lábio superior hipotônico e ressecado; · Incisivos inferiores verticalizados – devido a força do lábio inferior; · Sobressaliência acentuada; · Selamento labial deficiente; · Palidez e aparência de cansado “perfil adenoideano” – devido a redução de oxigenação; · PROTOCOLO TRATAMENTO 1. Avaliação médica: OTORRINO (obstrução mecânica); 2. Correção das alterações dento esqueléticas: DENTISTA (forma); 3. Restabelecimento da função - após remoção da obstrução mecânica e devolução da forma - FONOAUDIÓLOGA (função); SUCÇÃO · Força inadequada excessiva; · Força excessiva contra o palato (superior); · Força excessiva entre os arcos; · Força excessiva anormal de contração bochechas (transversal); · Causas gerais: · Psicoemocionais; · Imaturidade neurológica; · Hábitos aprendidos; · Dedo · Primeiras semanas - reflexo alimentar; · Criança - época da erupção dos 1°s molares; · Mais tarde - para liberar tensões emocionais; · Polegar é o dedo mais frequentemente acometido; · Muito preocupante após 3 anos; · Possíveis consequências: · Mordida aberta anterior - deglutição atípica; · Maxila atrésica e palato ogival e profundo - mordida cruzada posterior esquelética; · Incisivo superiores vestibularizados e inferiores verticalizados -selamento labial deficiente; · Lábio superior hipotônico e inferior hipertônico; · Mandíbula com retrusão postural; · Tratamento sucção de dedo: · Recém-nascido - dar preferência a chupetas · Criança - intervir por volta dos 5 anos (compreende melhor, boa resposta tissular, antes da idade escolar, ...) · PROTOCOLO TRATAMENTO 1. PSICÓLOGO - preparar para interrupção do hábito; 2. DENTISTA - aparelhos impedidores e/ou aparelhos para correção das anomalias apresentadas; 3. SE NECESSÁRIO FONOAUDIÓLOGA; · Chupeta · Apresentará as mesmas consequências e tratamentos utilizados para a sucção de dedo; · Chupeta ideal · Ortodôntica de silicone preferencialmente sem argola; · Bico chato e curto – menor abertura da boca e abaixa menos a língua; · Remoção a partir de 2-3 anos · Quando removida em época correta - consequências poderão desaparecer; · Lábio · Consequências: · Incisivo superiores vestibularizados e inferiores verticalizados; · Lábio superior hipotônico e inferior hipertônico; · Frequentemente acompanhado de overjet acentuado; ONICOFAGIA · Hábito de roer unhas; · Pode causar: · Infecções na mucosa (higiene); · Micro-fraturas no esmalte dentário; BRUXISMO · Cêntrico - apertamento dentário; · Excêntrico - ranger dentes; · Geralmente são hábitos noturnos; · Causas: · Psicoemocional · Consequências: · Desgastes dentários - redução DV; · Dores musculares; · Hipersensibilidade térmica; · Mobilidade dentária; · Adulto - patológico · TRATAMENTO: · Ajuste oclusal · Placas acrílicas rígidas · Tratamento emocional · Criança - desde que não haja dores nem desgastes dentários muito acentuados não é necessário intervenção; Se houver dores e/ou desgastes dentários muito acentuados – tratamento; · TRATAMENTO: · Tratamento emocional; · Se houver dores e/ou desgastes dentários muito acentuados - placas com expansores; DEGLUTIÇÃO ATÍPICA · Deglutição normal · Dentes em oclusão · Ponta da língua toca a papila incisiva · Lábios vedados passivamente · Contração do masseter · Não há contração dos músculos da mímica (periorais) · Frequência da deglutição · Repouso -> 1x/min. (60 vezes/hora) · Refeições -> 9x/min · Sono -> 7,5x/hora de sono · Deglutição Atípica · É a projeção forçada da língua ou lábio inferior entre os dentes · Deglutição atípica com interposição de lábio · Geralmente é consequência de overjet acentuado; · Ao deglutir precisamos vedar, se overjet acentuado - difícil vedamento labial - interposição de lábio inferior entre incisivos para vedar ao deglutir; · Consequências: · Incisivos superiores vestibularizados e inferiores verticalizados; · Lábio superior hipotônico e inferior hipertônico; · Apinhamento ântero inferior; · Overjet aumentado; · Deglutição atípica com interposição de língua: · Possíveis causas das deglutições atípicas, com interposição de língua; · Desequilíbrio do controle nervoso; · Tonsilas inflamadas ou hipertróficas; · Macroglossia; · Perdas precoces na região anterior; · Má-nutrição (úlceras frequentes) - projeção lingual; · Ausência da amamentação natural; · Freio lingual extenso; · Características do paciente com deglutição atípica com interposição de língua · Língua interposta entre dentes - mordida aberta anterior; · Lábios frequentemente abertos (sem vedamento); · Contração dos músculos perioriais e mento; · Movimento de cabeça ao deglutir; · Intensa salivação; · Baba noturna; · Escoamento para fora de restos ao deglutir; · Dificuldade para deglutir comprimidos; · Masseter não contrai; · Contração da musculatura perioral; · Exame clínico: · Analisar musculatura facial · Afasta os lábios com espelho -> deglutir; · Verifico se há contração do mento e do lábio inferior; · Verifico se há contração do masseter; · Exame complementar: · Avaliar freio lingual, tamanho e motricidade da língua; · Avaliar amígdalas; · Avaliar perdas precoces anteriores e diastemas; · PROTOCOLO TRATAMENTO 1. Amígdalas, freios, tamanho de língua - deverão ser solucionados se necessário; 2. DENTISTA – restabelecer a forma; 3. FONOAUDIÓLOGA – restabelecer a função que está alterada; MÁ OCLUSÃO · Má oclusão - é um desvio morfológico e funcional do Aparelho Mastigatório. Desarmonias que podem ser: · Ósseas e/ou · Dentáriase/ou · Musculares (funcionais) · Má oclusão já instalada: · Nem sempre conseguimos detectar com precisão as causas, mas os efeitos são facilmente visualizados; · CAUSAS - TEMPO - TECIDO - EFEITOS · hereditárias; · contínuo; · dente; · má oclusão; · traumas; · intermitente; · osso; · disfunção; · hábitos; · pré/pós; · músculos; · deformação óssea; · má nutrição; · idade; · Causas das más oclusões: 1. Hereditariedade; 2. Anomalias congênitas; 3. Traumatismos; 4. Nutrição; 5. Agentes físicos; 6. Hábitos; 7. Causa de origem desconhecida; 8. Enfermidades: Sistêmicas/Endócrinas/Locais; · Enfermidades locais: · Traumas, perturbações da nasofaringe e respiração (adenóide, amigdalas hipertrófica, rinites alérgicas...); · Enfermidades locais relacionadas: 1. Anomalias de número: · Supranumerários; · Agenesias; · Oligodontias; · Anodontia; 2. Anomalias de tamanho: · Há variações de tamanho de dentes em um mesmo indivíduo; 3. Anomalias de forma: · Muito frequentes nos incisivos laterais, (conóide), mas ocorre também com 2º pré molar inferior que poderá vir maior; 4. Freios labiais: · Dificultam o fechamento de diastemas e estabilidade pós tratamento; 5. Perdas precoces de dentes decíduos: · Redução de espaço; · Extrusão do antagonista; · Inclinações dentária; 6. Retenção prolongada de dente decíduo: · Permanentes girados, impactados, ectópicos; 7. Erupção tardia do dente permanente: · Devido a presença de odontomas, supranumerários, restos radiculares de decíduos, perda muito precoce do decíduo; 8. Anquliose: · Causas idiopáticas ou traumatismos podem gerar a anquilose -> podem levar a má oclusão; 9. Restaurações inadequadas: · Podem ficar maiores; · Podem ficar menores; 10. Cárie: · É a maior causa local de má oclusão; · Poderá levar a perdas totais ou parciais de decíduos: · Redução de espaço devido inclinações dentárias · Redução do perímetro do arco · Extrusões do antagonista OBSERVAÇÃO: A perda precoce mais grave é a do 2º molar decíduo, uma vez que é o responsável pelo estabelecimento das relações oclusais dos primeiros molares permanentes. CLASSIFICAÇÃO DAS MÁS OCLUSÕES CLASSIFICAÇÃO LISHER 1911 · Classifica os dentes individualmente; · Utiliza o sufixo “versão” · Nome da alteração + sufixo versão · Mesioversão - coroa para mesial; · Distoversão - coroa para distal; · Vestibuloversão - coroa para vestibular; · Linguoversão -coroa para lingual; · Infraversão - dente aquém do plano oclusal; · Supraversão - dente além do plano oclusal; · Transversão - o dente sofreu transposição, dente trocou de posição com outro; · Giroversão - rotação do dente em torno do seu longo eixo; · Perversão - impacção do dente; CLASSIFICAÇÃO I DE ANGLE · Cúspide mesio vestibular do 1º molar superior oclui no sulco mésio vestibular do 1º molar inferior; · É conhecida como neutroclusão; · Corresponde a 70% das más oclusões, ou seja, apesar da relação ântero-posterior normal pode apresentar outras alterações; · Perfil geralmente harmônico; · Más oclusões tipo classe I - relação molar normal, podendo apresentar as seguintes alterações: · Apinhamentos/Diastemas; · Biprotrusão; · Mordida cruzada; · Sobressaliência aumentada devido a vestibularização dos incisivos; · Mordida aberta anterior ou sobremordida profunda; CLASSE II DE ANGLE · Cúspide mesio-vestibular do 1º molar superior oclui à frente do sulco mésio vestibular do 1º molar inferior; · É conhecida como distoclusão; · Corresponde a 23% das más oclusões; · Pode ocorrer tanto por falta de mandíbula como por excesso de maxila, ou por ambos; · Geralmente vem acompanhada de overjet ou overbite acentuado; · É dividida em: · 1º divisão - incisivos superiores vestibularizados. Características geralmente apresentadas: · Molares em classe II; · Overjet acentuado; · Palato profundo e atrésico, podendo estar associadas a mordidas cruzadas, mordidas abertas (hábitos), ou sobremordidas; · Lábio sem vedamento passivo e ressecados; · Curva de Spee acentuada; · Quase sempre dentes bem alinhados; · Perfil convexo; · 2º divisão - incisivos centrais superiores verticalizados e laterias vestibularizados. · Molares em classe II; · Sobremordida profunda; · Apinhamento ântero superior; · Perfil levemente convexo ou reto; · Sulcos mentonianos profundos (redução DV); · Função labial mais próxima da normalidade; CLASSE III DE ANGLE · Cúspide mesio vestibular do 1º molar superior oclui atrás do sulco mésio vestibular do 1º molar inferior; · É conhecida como mésio oclusão; · Corresponde a 7% das más oclusões; · Perfil geralmente côncavo; · Características comumente encontradas: · Prognatismo mandibular; · Mordida cruzada anterior; · Presença de algum apinhamento; · Subdivisões: · Quando de um lado for classe I e do outro lado classe II ou III. O termo subdivisão é dado para o lado alterado; Ex.: Classe II subdivisão esquerda –> Classe II esquerda e Classe I direita OBSERVAÇÃO: Classe II ou III podem ser tanto dentárias, esqueléticas, dento-esqueléticas e/ou funcionais. VARIAÇÕES VERTICAIS DE GRUPOS DE DENTES · Sobremordida profunda: · Sobremordida maior que 3mm; · Ausência localizada de oclusão; · Pode ser anterior ou posterior; · Sobremordida negativa; VARIAÇÕES ANTERO POSTERIORES DE GRUPOS DE DENTES · Mordidas cruzadas anteriores · Relação vestíbulo lingual anormal dos dentes na região anterior; VARIAÇÕES TRANSVERSAIS DE GRUPOS DE DENTES · Mordidas cruzadas posteriores; · Relação vestíbulo lingual anormal dos dentes na região posterior - ALTERAÇÃO TRANSVERSAL; · Pode ser uni ou bilateral; APARELHOS INTERCEPTIVOS GRADE IMPEDIDORA · Móvel (15 –15 dias) · Fixa (1X por mês) OBSERVAÇÃO: Não há necessidade de ativações da grade, apenas a móvel para melhor adaptação do aparelho. · Indicações: · Deglutição atípica; · Mordida aberta anterior; · Instalação da grade fixa: 1. Remover separadores; 2. Experimentar o aparelho; 3. Profilaxia dos dentes que receberão as bandas; 4. Isolamento relativo; 5. Manipulação do cimento (ionômero de vidro); 6. Preenchimento das bandas com cimento; 7. Cimentação; APARELHO ORTODÔNTICO REMOVÍVEL COM ARCO VESTIBULAR · Indicações: · Perdas precoces de dentes decíduos anteriores - poderá gerar mordida aberta anterior – hábitos; Associar grade à um mantenedor de espaço funcional. · Vestibularização dos incisivos superiores com diastemas; É feito desgastes no acrílico por palatino dos incisivos e arco vestibular é ativado. · Controle: de 15 em 15 dias. PLACA LÁBIO ATIVA · Indicações: · Incisivos inferiores lingualizados ou hábito de interposição do lábio inferior; · Função: · Criar ou remover espaços; · Remover a pressão que o lábio inferior faz sobre os incisivos inferiores, permitindo sua vestibularização (melhorando inclinações e apinhamentos). · Controle: quinzenal (ajustes no looping). DISJUNTORES · Indicações: · Mordida cruzada posterior esquelética (atresia de maxila) ou apenas atresia de maxila; · Função: · Correções transversais da maxila; · São eles: · McNamara · Hyrax · Haas · Protocolo ativação e contenção para Haas, Hyraxou McNamara: · Ativação - 4/4 de volta no ato da instalação e 4/4 de volta ao dia, até cúspide palatina superior tocar na cúspide vestibular inferior, quando isso ocorrer - travamento do disjuntor (cada 4/4 de volta corresponde a 1mm transversal); · Contenção - Aguardar 6 meses pós travamento. · Instalação do disjuntor tipo Hyrax: · Remover separadores; · Profilaxia dos dentes que receberão as bandas; · Isolamento relativo; · Manipulação do cimento (ionômero de vidro); · Preenchimento das bandas com cimento; · Cimentação; · Após cimentação do disjuntos de Haas: · Se houver grampo em C nos caninos, pós presa do cimento, deverá ser confeccionado em resina, por vestibular, um “batente” abaixo dos grampos em C. IMPORTANTE: · Avisar ao responsável que é necessário a presença dele no dia da instalação do aparelho para aprender a ativar e limpar adequadamente; · Passar por escrito a ativação diária para o responsável e os cuidados; · Após devolver a forma a função deverá ser restabelecida com a fonoaudióloga, afim de evitar possíveis recidivas; · Aspecto clínico que deverá ter após uso do disjuntor: · Evidência radiográfica após disjunção: MANTENEDORES DE ESPAÇO · Mantenedores de espaço são aparelhos preventivos para manter o espaço destinado aos dentes permanentes frente a perdas precoces dos dentes decíduos. · Função dos mantenedores de espaço: · Para manter o espaço destinado ao dente permanente · Para manter função e/ou estética, evitando a instalação de hábitos deletérios OBSERVAÇÃO: Todo caso deve ser analisado individualmente. · Época ideal para usar o mantenedor: · O dente permanente deverá estar aquém do estágio 7 de Nolla; · Fatores a serem considerados: · Estágio de desenvolvimento do dente permanente (aquém estágio 7 Nolla); · Tipo de oclusão; · Tempo que faz que perdeu o dente; · Qual dente foi perdido; · Espaço presente; · Métodos para diagnóstico: · Exame clínico - idade, tempo que faz que perdeu o dente, quais dentes envolvidos, hábitos, espaço presente, oclusão; · Modelos- espaço presente, oclusão; · Panorâmica - estágio de Nolla, sequência de erupção, quantidade de osso que recobre o permanente, agenesias, supranumerários, anquiloses... Se necessário peça radiografia periapical. OBSERVAÇÃO: Em casos de perda de espaço, primeiro devemos recuperar o espaço, depois colocar o mantenedor. · Características ideais do mantenedor: · Manter a distância mesio distal; · Não lesar dentes nem estruturas de suporte; · Ser simples, resistente e de fácil higienização; · Não interferir na erupção do permanente; · Não atrapalhar fonética nem deglutição; · Prevenir extrusão do antagonista; · Estético para a região anterior; · Contra indicação: Quando já houver perda de espaço; Quando sucessor tiver mais de 1/3 da raiz formada (a partir do estágio 7 de Nolla); · Tipos de mantenedores: · Fixos (não colaborador) ou removíveis (colaborador); · Funcionais (restabelecem função) ou não funcionais. MANTENEDORES FIXOS · Indicações gerais: · Para pacientes não colaboradores. · Vantagem: · Não necessita da cooperação do paciente. MANTENEDORES FIXOS E NÃO FUNCIONAIS · Desvantagem: não evita extrusão do antagonista, não é estético e não restabelece função; · Aparelhos: banda alça, arco lingual de Nance, botão de Nance. · BANDA ALÇA: · Para perdas unitárias posteriores,uni ou bilaterais, superior ou inferior, sendo que o dente vizinho esteja hígido. · ARCO LINGUAL DE NANCE: · Arcada inferior com perdas unitárias ou múltiplas uni ou bilaterais; · Bandas nos 2ºs molares decíduos ou nos 1ºs molares permanentes, fio em forma de U passando por lingual dos dentes; · BOTÃO DE NANCE: · Arcada superior com perdas unitárias ou múltiplas uni ou bi laterais superiores · Bandas nos 2ºs molares decíduos ou nos 1ºs molares permanentes, fio e botão de acrílico na região de rafe palatina. MANTENEDORES REMOVÍVEIS FUNCIONAIS · Indicações: · Para pacientes colaboradores; · Para perdas de um ou mais dentes anteriores e/ou posteriores; · Para restabelecer estética e função; · Para prevenir hábitos; · Quando não temos dentes para fixar o aparelho fixo; · Vantagens: · Estético; · Evita instalação de hábitos deletérios; · Versátil (podemos acrescentar acessórios, como grade...); · Evita extrusão; · Fonação; · De fácil construção; · Menor trabalho clínico; · Desvantagens: · Depende da cooperação do paciente; · Pode ser perdido com facilidade; · Para perdas posteriores - não são resistentes; OBSERVAÇÃO: A perda de todos os incisivos decíduos não leva a redução do perímetro do arco quando a oclusão estiver satisfatória e caninos decíduos estiverem presentes, mas poderá predispor à instalação de hábitos deletérios PERDAS PREMATURAS CAUSAS DAS PERDAS PREMATURAS · Extração; · Cárie - maior causa e geralmente acomete os molares; · Trauma – Incisivos; · Arcos apinhados; · Arcos apinhados; · Reabsorção prematura de raízes (principalmente dos incisivos laterais superiores e caninos inferiores - desvio de linha média); CONSEQUÊNCIA DAS PERDAS PREMATURAS · Migração dos dentes adjacentes para o espaço - reduzindo o perímetro do arco; · Retardo da erupção do permanente (perda muito precoce); · Aceleramento da erupção do permanente (perdas próximas a época normal); · Perda precoce de incisivos desde que a oclusão posterior esteja satisfatória, com caninos presentes - não gera redução de perímetro de arco (perda de espaço); · Perda de 2°molar decíduo é de grande impacto, por ser um dente chave - migração do 1°molar permanente;
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