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[pic] 
 
CURSO SUPERIOR 
DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA 
 
 
TERAPIA CAPILAR 
(ESTUDO E REVISÃO) 
Edição revista e atualizada 
 
Profª Rosiléa M. Lopes Machado 
Mestre em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente – Especialista em Massagem Científica 
e Naturopatia Clínica – Especialista em Docência do Ensino Superior - Bacharel em Serviço 
Social – Pós-graduanda em Estética e Saúde - Profª Estética Integral 
 
RIO DE JANEIRO 
2012 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 INTRODUÇÃO: A PSICOSSOCIOLOGIA CAPILAR 4 
 TRICOLOGIA 5 
 ASPECTOS ANATOMO-FISIOLÓGICOS 6 
 A Pele e os Anexos Cutâneos 6 
 Fisiologia dos pêlos 7 
 Estruturas formadoras do complexo piloso 8 
 HISTOLOGIA CAPILAR – ESTRUTURA ANATÔMICA CAPILAR 9 
 Potencial Hidrogeniônico ( pH) 9 
 Ciclo biológico capilar 10 
 Fatores determinantes no ciclo capilar 11 
 Composição química capilar 12 
 Fatores nutricionais do pigmento melânico: 14 
 Grisalhamento dos cabelos senis – Canície 14 
 TIPOS DE CABELO 16 
 Tipos (étnicos ) raciais de cabelos: 16 
 Características dos cabelos 16 
 DISTÚRBIOS DO COURO CABELUDO E DOS CABELOS 17 
 TRICOSES OU AFECÇÕES DOS PÊLOS 18 
 TIPOS DE ALOPECIAS: 19 
 DIAGNÓSTICO 20 
 ANÁLISE CAPILAR 21 
 ELETROTERAPIA APLICADA À ANÁLISE CAPILAR 25 
 VIAS DE PENETRAÇÃO COSMÉTICA X PERMEABILIDADE CUTÂNEA 26 
 INTRODUÇÃO À COSMETOLOGIA CAPILAR 27 
 NUTRIÇÃO x HIGIENIZAÇÃO CAPILAR 29 
 COSMETOLOGIA APLICADA À QUÍMICA CAPILAR 32 
 Coloração X Descoloração 32 
 Degradação da dinâmica capilar 32 
 Componentes e tipos de colorações: 33 
 DECAPAGEM x DESCOLORAÇÃO 34 
 Mecanismo de ação:contra-indicações 35 
 COSMETOLOGIA APLICADA Á QUÍMICA CAPILAR 36 
 Ativos utilizados para deformação da haste capilar 37 
 PROCEDIMENTOS COSMÉTICOS CAPILARES 38 
 ESTUDO DIRIGIDO.......................................................................................................51 
513REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 54 
 MASSOFILAXIA CAPILAR.........................................................................................554 
INTRODUÇÃO: A PSICOSSOCIOLOGIA CAPILAR 
 
 
 
 
 
Associada aos conceitos de força, poder e sensualidade, a importância dos cabelos há muito 
tempo tem o seu merecido reconhecimento na literatura antropológica e psiquiátrica. 
Os parâmetros de beleza atuais exigem uma preocupação constante fazendo com que a 
valorização do externo seja um reflexo interior. E os cabelos, por se encontrarem na área de 
maior destaque no corpo humano, são elementos fundamentais na composição da Imagem 
Corporal. E esta estilização é psicológica e extremamente relevante pois é fator determinante 
como moldura do rosto nos estereótipos em voga da Imagem pessoal e os principais 
elementos sujeitos às transformações visuais sejam elas relacionadas á mudanças na coloração 
natural como na modificação estrutural. 
A constante evolução da ciência reflete-se em todas as áreas do conhecimento humano, não 
só no sentido de minorar cada vez mais os efeitos adversos do tempo, os transtornos 
inestéticos, como também atuar de modo relevante nas interferências psicossomáticas e 
sociais. Esta evolução também permitiu o aparecimento de diversas especialidades voltadas 
para a abordagem estética multidisciplinar aonde a relação com a ciência vai se 
complexificando, legitimando a preocupação com a estética que sai da marginalidade histórica 
tornando-se um importante aliado na saúde integral do ser humano. Pois segundo a 
Organização Mundial da Saúde (OMS) a definição de saúde é o bem estar biopsíquico e social 
do indivíduo. Promover saúde é portanto possibilitar às pessoas que vivam, amem, trabalhem, 
se relacionem etc...desenvolvendo ao máximo o seu potencial. 
Desde uma das literaturas mais antigas –um best seller-a Bíblia Sagrada, no Livro de Juízes, 
Sansão consagra à Deus os seus cabelos, onde residia sua força física; e em todos os tempos da 
história humana teve grande significado seja no aspecto comportamental, sendo a sua 
aparência ou ausência, causa de complexos e tristezas. 
Na Tricologia, área que estuda os cabelos, para que existam alterações psicológicas não é 
necessária a instalação de uma doença, e em muitas pessoas que têem ou tiveram problemas 
com os seus cabelos, isto de alguma forma deve tê-las afetado, pois apesar de não possuir 
função vital eles tem uma forte influência psicossocial (MACHADO, 2004). 
 
 
 
TRICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tricologia (do grego trichos- cabelos e logos – estudo) , é o campo da Medicina que trata 
exatamente do estudo do cabelo – seus distúrbios e patologias, incluindo conhecimentos de 
Clínica Médica, Dermatologia, Endocrinologia e Psiquiatria. 
É de suma importância para a efetivação dos tratamentos capilares e para os processos 
químicos. 
 
 
 
Terapeuta Capilar ou Tricoterapeuta – Habilidades e competências: 
 
 
Como parte integrante da equipe multidisciplinar tem como atribuições e responsabilidades 
específicas da área de Estética, trabalhando em sinergia visando o esforço conjugado dos 
profissionais da área, na obtenção de excelência 
dos resultados devendo orientar os clientes sobre : 
 
 • O estado geral de seus cabelos e do seu couro cabeludo; 
 • As necessidades de hidratação para recuperação de fios e pontas ressecadas; 
 • Os procedimentos estéticos profiláticos para controle: da oleosidade excessiva do couro 
cabeludo, caspa, seborréia e alopecias. 
 
Nestas alterações fisiológicas quando não existirem nenhum tipo de lesão cutânea, nem 
exigirem o uso de princípios ativos medicamentosos que exijam uma formação de Clínica 
Dermatológica, o profissional da área de Estética pode atuar nesses casos onde for suficiente a 
profilaxia secundária, sabendo desta forma discernir os seus limites de atuação, trabalhando 
de forma multidisciplinar, evitando a intervenção nos quadros clínicos inflamatórios como: 
calor, dor, edema 
e rubor. 
 
Nos casos das alterações patológicas, devem ser tratadas por médicos dermatologista ou 
neurologistas, pois podem ter sua origem em vários fatores como: desequilíbrio hormonal, 
menopausa, bactérias, fungos, disfunção metabólica, desequilíbrio nervoso etc. 
 
 
ASPECTOS ANATOMO-FISIOLÓGICOS 
 
 
 
 
 
 A fim de compreendermos a Tricologia, será de suma importância que analisemos a 
anatomia e fisiologia do folículo pilossebáceo, que é uma estrutura complexa e de onde se 
originam os pêlos. 
 Com exceção das palmas das mãos, planta dos pés, glande, debaixo das unhas e nos 
pequenos lábios vaginais, possuímos cerca de 5 milhões de folículos pilossebáceos espalhados 
pelo nosso corpo. 
 Embriológicamente, o processo de surgimento do folículo piloso acontece pela 
invaginação das células que vêm da epiderme e entram na derme. Os cabelos crescem dos 
folículos, que são invaginados do epitélio superficial e cada um deles tem na sua base uma 
pequena área de derme conhecida como papila dérmica. 
 Os pêlos se desenvolvem nos folículos pilosos e já são determinados durante os primeiros 
meses da vida intra-uterina e será esta a quantidade que terá durante toda a sua vida, pois a 
partir do quinto ou sexto mês não há mais formação de novos folículos. 
 
 
 
Pêlos 
 
 
Os pêlos são estruturas filiformes, constituídas por células queratinizadas produzidas pelos 
folículos pilosos. Os pêlos são estruturas muito resistentes, suportando tensões da ordem de 
40 a 160g. São ainda flexíveis e elásticos, alongando-se 20 a 30% quando secos e até 100% 
quando embebidos em água. 
 
 
A Pele e os Anexos Cutâneos 
 
 
É o maior órgão do corpo, responsável pela sua proteção, sensibilidade táctil e auxiliarno 
controle térmico. 
Possui uma camada externa – a epiderme – formada por queratina, uma proteína fibrosa, 
insolúvel e o principal componente orgânico natural dos pêlos e unhas – e também pela 
melanina que é responsável pela pigmentação cutânea. 
E uma camada interna – a derme que contém: 
 
 • Os terminais nervosos; 
 • Os vasos sanguíneos; 
 • As glândulas sudoríparas que controlam a temperatura da pele; 
 • As glândulas sebáceas; 
 • Os músculos eretores do pêlo que pressionam as glândulas sebáceas à secretarem mais 
substâncias para proteção da pele, entre outros. 
 
 
 
 
FISIOLOGIA CAPILAR 
 
 
 
 O cabelo além de sua importância estética e de ter uma participação na sensibilidade táctil 
e um papel primordial na atração sexual, tem papel funcional protegendo áreas orificiais, 
narinas, conduto auditivo e nos, olhos e no couro cabeludo, protege das variações térmicas, 
radiações solares e traumatismos e fazem parte do aparelho sensorial cutâneo. 
 
Possuímos três regiões fisiológicas importantes para a área da estética capilar: 
 
 • Zona do cabelo permanente: nesta região não há um processo fisiológico natural, pois 
compreende uma área dita morta, mas é aonde o profissional cabeleireiro irá desenvolver o 
seu trabalho. É também a área que ao ser analisada revelará hábitos alimentares, de vida 
cotidiana, higiênicos, além de patologias capilares (tricoptilose, triconodose, pediculose etc.), 
psicológicas (tricotilomania, tricotilofagia) e existência de processos químicos. 
 • Zona de queratinização: é a área responsável pelo crescimento do cabelo próximo ao 
bulbo onde as células ao atingirem esta área perdem água formando assim a queratina e 
quando este processo se completa forma-se a haste capilar que é composta por células 
mortas. 
 • Zona de diferenciação celular: é a área responsável pela renovação da haste, pela saúde e 
vitalidade capilar, e que se for atingida por alguma patologia que possa prejudicar o 
fornecimento de elementos nutritivos pela circulação sanguínea para a papila dérmica leva-se 
à sua atrofia e impede-se a formação de uma nova haste capilar. 
 
 
Tipos de Pêlos 
 
 
Os tipos de pêlos são: 
 
 • Pêlo fetal ou lanugo: cobre todo o corpo do feto, pilosidade fina e clara; 
 • Pêlo velos: pequenos, finos, macios e recobrem todo o corpo com exceção das palmas das 
mãos, planta dos pés, debaixo das unhas, glande e pequenos lábios vaginais; 
 • Pêlo cerdoso: mais ou menos ásperos, localizados nas sobrancelhas, cílios, condutos 
auditivos e narinas; 
 • Pêlo terminal:pêlo espesso e pigmentado, com capacidade de crescimento, compreende 
os cabelos, barba, pilosidade pubiana e axilar. 
 
 
 ESTRUTURAS FORMADORAS DO COMPLEXO PILOSO 
 
 
 
 Os pêlos compõem-se de uma parte livre, haste, e uma porção intradérmica, a raiz. 
Anexam-se ao folículo piloso: a glândula sebácea, superiormente; o músculo eretor do pêlo, 
inferiormente; e, em certas regiões corpóreas, o ducto excretor de uma glândula apócrina que 
desemboca no folículo, acima da glândula sebácea. 
O folículo piloso compreende as seguintes porções: 
 1. infundíbulo: situado entre o óstio e o ponto de inserção da glândula sebácea; 
 2. acrotríquio: porção intra-epidérmica do folículo; 
 3. istmo: entre a abertura da glândula sebácea no folículo e o ponto de inserção do músculo 
eretor do pêlo; e 
 4. segmento inferior: porção restante, situada abaixo do músculo eretor. 
Nesta porção mais inferior do folículo piloso, encontra-se uma expansão, o bulbo piloso que 
contém a matriz do pêlo, onde se introduz a papila, uma pequena estrutura conjuntiva, 
ricamente vascularizada e inervada. 
 De permeio às células matrizes, encontram-se melanócitos ativos. A maior parte da atividade 
epiderme resultam em uma única linhagem de células, as células da matriz do pêlo são 
capazes de produzir seis diferentes linhagens, as três camadas componentes da bainha 
radicular interna e as três camadas do pêlo propriamente ditas. São elas: 
 • Bainha radicular interna; 
 • Camada de Henle: é a porção mais externa, a primeira a queratinizar-se e a proteção das 
partes mais centrais; 
 • Camada de Huxley: formada por duas camadas de células que apresentam grânulos de 
queratoialina; e 
 • Cutícula da bainha radicular interna: formada por uma única camada de células achatadas, 
ligadas à cutícula do pêlo indo até o nível do ducto sebáceo. A partir daí o pêlo emerge para a 
superfície. Estas camadas, após sua queratinização completa desintegram-se ao alcançar o 
istmo e, neste mesmo nível, a bainha radicular externa inicia sua queratinização. 
 
[pic] 
HISTOLOGIA CAPILAR – ESTRUTURA ANATÔMICA CAPILAR 
 
 
A haste capilar é constituída, histologicamente, por: 
 
 
 • Córtex: é composto de queratinócitos fortemente compactados,é uma camada 
intermediária, responsável pela elasticidade, resistência e fixação dos pigmentos que dão cor 
aos cabelos e onde o profissional irá introduzir uma pigmentação artificial; 
 • Medula: Situa-se na parte central da haste capilar por onde sobem os pigmentos naturais 
e os lipídeos secretados pelas glândulas sebáceas, visível pela microscopia eletrônica.É a matriz 
produtora do pigmento; e 
 • Cutícula: situa-se na periferia do córtex piloso, composta de células justapostas, fazendo 
uma barreira protetora para a penetração de agentes químicos e responsável pela proteção, 
brilho e porosidade capilar. Une-se fortemente com a cutícula da bainha radicular interna, 
resultando firme adesão do pêlo.Ausência de melanina. 
 
 A haste capilar é um anexo cutâneo como as unhas e as glândulas sebáceas e sudoríparas. 
 Os seus principais componentes são as proteínas (65 à95%), a queratina, os pigmentos 
melânicos, lipídeos, água e os elementos químicos (Enxofre, Carbono, Nitrogênio, Oxigênio, 
Hidrogênio, Cobre). 
 
 
Observe-se que para a aplicação de qualquer processo químico, não se pode esquecer dos 
elementos constituintes da haste, como também deve-se respeitar o pH da haste. 
[pic][pic] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POTENCIAL HIDROGENIÔNICO( pH) 
 
 
 
 O pH: é um padrão de medida que nos indica se o meio é Ácido, Neutro ou Básico 
(Alcalino). É a relação que eu tenho entre o hidrogênio e determina a concentração de íons de 
hidrogênio numa solução. 
Onde: 
 • pH ácido: contém maior íons de Hidrogênio; 
 • pH Básico ou alcalino: contém menor quantidade de íons de Hidrogênio. 
 
 
 
Para se conhecer o pH utilizamos uma escala que varia de Ø à 14. 
 
 
Ø--------------------------------------------------7-------------------------------------- --------------14 
ACIDO NEUTRO BÁSICO 
 
 
 A metade desta tabela equivale ao 7(sete), tido como pH Neutro, e isto não quer dizer que 
seja melhor ou pior, pois cada parte do corpo tem seu pH ideal. 
 
 
 O pH capilar e do couro cabeludo gira em torno de 4,5 à 5. Tanto para a Cosmetologia 
como para a Dermatologia, é primordial ter em conta as variações o pH cutâneo, pois pode ser 
fundamental para a boa tolerância dos produtos cosmetológicos. 
 
 
 O pH natural para a queratina do cabelo, o que faz com que as cutículas fiquem planas e 
alinhadas é em torno de 4 (condicionadores). 
 
 
 Quando utilizamos produtos de pH muito ácido(1,2) assim como produtos com pH muito 
alcalino(acima de 10) ocorre um inchamento do cabelo, pois as cutículas se abrem. O córtex 
fica mais exposto( menos protegido pelas cutículas) e dessa forma são efetuados os 
alisamentos, permanentes e colorações.Quando ocorre este processo dizemos que aumentou 
a porosidade do cabelo. 
 
 
 E quanto à porosidade capilar podemos encontrar: 
 
 • Cabelos porosos: cutículas abertas – absorção maior; 
 • Cabelos normais: cutículas semi-abertas– absorção seletiva; e 
 • Cabelos impermeáveis: cutículas fechadas – absorção dificultada. 
 
 
 
 
 
 
 
CICLO BIOLÓGICO CAPILAR 
 
 
 
 Compreende as fases de crescimento da haste capilar, onde há três fases distintas que 
podemos observar: 
 
 1. Anágena: caracterizada por intensa atividade mitótica, onde ocorre o crescimento que é 
de cerca de 1 cm por mês .Esta fase dura de 3 a 6 anos e 85 à 90% dos cabelos estão nesta 
fase,sendo mais longa no sexo feminino (hormonal); 
 
 
 2. Catágena: é uma fase de transição, nesta fase o cabelo pára de crescer, pois a papila 
dérmica diminui sua atividade. O folículo sofre involução e a haste interna começa a deslocar 
no sentido da epiderme.Esta fase dura cerca de 3 à 4 semanas,e cerca de 1 à 5% dos cabelos 
estão nesta fase; e 
 
 
 3. Telógena: Nesta fase há uma desvinculação completa entre a papila dérmica e o pêlo em 
eliminação não oferece resistência. Dura 3 a 4 meses e 10% estão nesta fase. 
 
 
 
 
 
 [pic] 
 
 
 
 
Fases de crescimento 
 
 
 As fases ocorrem simultaneamente. Os pêlos das sobrancelhas crescem durante um ou dois 
meses e, a seguir, seus folículos repousam no período de 3 a 4 meses. Os pêlos terminais do 
corpo crescem 1 cm ou mais de comprimento e são trocados duas vezes por ano. A vida média 
de um cabelo varia conforme sua localização: 
 
 • Axilas, 4 meses; 
 • Couro cabeludo; em média 4 anos. Cresce rapidamente dos 16 aos 45anos. Durante a 
gravidez cresce normalmente. Após o parto, evolui com queda temporária, pois muitos fios 
entram na fase telógena. Passado o puerpério, os cabelos voltam ao número normal uma vez 
restabelecidas as funções hormonais. 
 
 
Tricograma normal do couro cabeludo 
 
 
Distribuídos nas várias fases, são encontrados: 
 • 85% na fase anágena; 
 • 14% na fase telógena; 
 • 1% na fase catágena. 
 
 Levando-se em conta que o couro cabeludo possui aproximadamente de 100 a 150 mil 
folículos no couro cabeludo. Destes, de 10% à 20% encontram-se na fase telógena, ou seja, 
queda fisiológica normal.Se a fase de repouso dura 4 meses ao dividirmos os 10 mil folículos 
por mês, teremos 2.500 fios que divididos por dia darão uma queda de 80 à 100 fios diários, o 
que corresponderia à uma queda fisiológica normal. 
 
 
Fatores determinantes no ciclo capilar 
 
 
 Para que o ciclo capilar se desenvolva dentro da sua normalidade é importante a 
dependência de alguns fatores internos como: 
 
 • Irrigação sanguínea do folículo piloso; 
 • Presença de doenças sistêmicas ou locais (alopecias,dermatite seborréica etc.); 
 • Uso de medicamentos; 
 • Fatores emocionais e psíquicos; 
 • Fatores externos como calor excessivo local, traumas mecânicos, exposição solar, água do 
mar, frio, vento, poluição, agentes químicos e escovação entre outros; 
 
 
 • Equilíbrio hormonal (pode ser controlado pelos hormônios produzidos pela glândula 
hipófise: hormônios tireotróficos: condicionam a atividade de glândulas endócrinas; 
hormônios adrenocorticotróficos: que controlam as glândulas supra-renais). Os hormônios são 
lançados no sangue e vão estimular o metabolismo orgânico. São responsáveis pelas 
modificações, inclusive de tipo e textura do cabelo e pela transição de fases da vida como: 
infância, puberdade e adolescência; 
 • Proteínas, tudo em nosso corpo depende de proteínas. Uma nutrição desequilibrada 
compromete todo o sistema pilífero, já que os cabelos necessitam de muita proteína; 
 • Vitaminas, carência de vitamina do complexo B, levam à queda do cabelo; de vitamina C, 
leva à fragilidade e escassez dos fios e de vitamina D, leva à falta de proteção do bulbo piloso; 
e 
 • Minerais, a ausência de alguns minerais pode causar alterações no desenvolvimento 
capilar. A deficiência de Cobre provoca alterações na coloração do cabelo, assim como a 
deficiência de Ferro; deficiência de Zinco provoca fragilidade capilar e queda. 
 
 
 
 
Composição química capilar 
 
 
Proteínas: Estão envolvidas em aproximadamente todas as funções do corpo. Todas estas 
funções requerem algum tipo de proteína específica que é feita de unidades chamadas 
aminoácidos. 
 
Aminoácidos: são unidades que formam as proteínas e atuam reparando as estruturas 
danificadas dos cabelos e servem como nutrientes para a formação do fio. Os mais 
importantes são: 
 
 • Cistina (forma estável de um aminoácido que contém enxofre); 
 • Cisteína (nutriente que combate o envelhecimento precoce cutâneo proporcionando 
resistência e solidez ao cabelo); 
 • Metionina (dá condicionamento ao fio); e 
 • Arginina, Citronina e Filagrina (ligam as fibras de queratina). 
 
 
 
1) Queratina: 
 
 
 É uma proteína fibrosa, insolúvel, e que faz parte de uma classe de proteínas estruturais 
chamadas de filamentos intermediários que formam os componentes estruturais das células 
de muitos tecidos, incluindo a epiderme, ductos sudoríparos, folículos pilosos etc., sendo o 
principal componente orgânico natural do cabelo. 
 É composta por uma cadeia de 18 aminoácidos, interligados por Pontes de Hidrogênio, 
Salinas e Dissulfeto. 
 A vitalidade e aparência dos cabelos dependem da integridade, teor de umidade e 
distribuição de cargas elétricas alocadas ao longo das fibras queratinizadas. 
 A utilização de produtos que contém queratina auxiliam na restauração das regiões onde 
houve rompimento da cadeia (causada por agentes agressores como tensoativos, poluentes, 
alisantes, colorantes). 
 
 
 Há duas formas diferentes de queratina nos folículos pilosos: 
 
 
 • Queratina mole (beta): que cobre a pele como um todo e a medula dos pêlos. 
 • Queratina dura (alfa): contém mais cistina e ponte dissulfeto (enxofre).Somente existe no 
córtex e cutícula dos pêlos e nas placas ungueais das unhas dos dedos das mãos e dos pés. A 
queratina dura é sólida e não descama. 
 
 
Desmembramento químico da queratina 
 
 
- Enxofre (S) – 5% - Nitrogênio (N) – 20% 
- Carbono (C) – 50% - Hidrogênio (H) + Oxigênio (O) = Água – 25% 
 
O enxofre desempenha funções importantes: 
 
 • É fator de crescimento e amadurecimento, estabelecendo a resistência; 
 • Tem ação antiinfecciosa contra fungos e bactérias, anti-séptica e desintoxicante. 
 
 
 
Cadeias queratínicas 
 
 
São ligações dos elementos químicos da queratina chamadas ligações endotríquicas, existentes 
no interior do cabelo, e que formam unidades chamadas pontes. 
 • pontes salinas: são ligações secundárias compostas de hidrogênio e sais. São 
eletrostáticas, reagem com a umidade e podem ser abertas com água. 
 • pontes cistínicas: são ligações primárias compostas de blocos de proteína capilar que é a 
cistina do aminoácido. Em cada ponte existem 2 átomos de enxofre que dão ao cabelo 
estrutura e solidez e resistência aos processos químicos. Essas pontes são fortes e só podem 
ser abertas por meios químicos. São elas que determinam a forma do cabelo (liso, ondulado 
etc.) 
 
 Alguns processos químicos têm por objetivo romper as pontes cistínicas originais, mudando 
assim a estrutura molecular do cabelo, fazendo uma outra estilização. Os processos de 
relaxamento, alisamento e ondulação permanente são processos físico-químicos, cuja técnica 
baseia-se na alcalinização prévia da queratina, transformando a molécula de queratina alfa em 
queratina beta, mudando o estilo do cabelo. 
 Também na decorrência desses processos é que as pontes de dissulfeto (enxofre) sofrem a 
transformação de cistina para cisteína, como aminoácido que se forma no cabelo, pela ação do 
líquido redutor (líquido de permanente). 
 
 
2) Pigmento melânico: 
 
 Tem por base um corpo fisiológico, que se chama melanina, produzida pelas células 
melanogênicas e sintetizada pelos melanócitos, situada no bulbo piloso. A melanina é 
incorporada ao córtex, produzindoa cor. 
 
 
Pigmentação da haste capilar 
 
 
 A coloração da haste capilar é determinada geneticamente, levando-se em consideração a 
homozigose e heterozigoze, esta característica é chamada de genótipo e não pode ser mudada 
por nenhum tipo de tratamento estético ou médico.A aparência da haste é chamada de 
Fenótipo, nem sempre o Genótipo é expresso em fenótipo.Quer dizer que às vezes temos a 
capacidade de transmitir um tipo de informação para nossos filhos que não necessariamente 
temos expressa. 
 A Melanina provém da oxidação da tirosina. É uma proteína composta de carbono (C) – 
57%, nitrogênio (N) – 9%, hidrogênio (H) –4% e oxigênio (O) – 30%. 
É um pigmento fotoprotetor que participa ativamente do mecanismo de absorção e reflexão 
da luz solar. Atua como filtro, absorvendo a radiação solar transformando-a em calor. Ela 
determina a cor da pele, dos olhos e dos cabelos. 
 
 
Fatores nutricionais do pigmento melânico: 
 
 
O processo de melanogênese sofre influência do estado nutricional. Com isso podemos 
observar que: 
 • Metais o cobre (Cu) é fundamental para a atividade das enzimas que participam da 
formação da melanina, e a sua deficiência provoca a perda da coloração; 
 • O ferro (Fe) provoca o clareamento do cabelo preto para castanho; 
 • Aminoácidos são necessários para a formação da tirosina e da tirosinase; 
 • Vitaminas componentes do complexo B (ácido pantotênico, paraminobenzóico e biotina) 
quando deficientes levam à calvície. O ácido pantotênico é o principal vitamínico 
antiacromotríquico. As deficiências das vitaminas A e C, levam a um aumento de pigmentação; 
e 
 • fatores endócrinos influenciam na formação da melanina: - glândula hipófise: o MSH 
(hormônio melanóforo) age diretamente sobre o melanócito; - glândula tireóide: a tiroxina 
aumenta a oxidação da tirosina; -glândula supra-renais: entre os mais de 50 hormônios 
produzidos, encontramos alguns que são importantes no processo de melanogênese; -
gônadas: produzem aumento de pigmentos. 
 
 
Grisalhamento dos cabelos senis – Canície 
 
 
 O pigmento melânico determina as diversas tonalidades dos cabelos. A diferença da cor é 
produzida por três tipos de pigmentos: 
 
 • Eumelanina: dá os tons do preto ao marrom, são pigmentos granulosos; 
 • Feomelanina: dá os tons do amarelo, e são pigmentos difusos. 
 • Oximelanina ou Tricosiderina: dá os tons vermelhos. 
 
 
 Embora os cabelos tenham muitas cores diferentes, somente três cores distintas podem ser 
vistas ao microscópio: preto – castanho – amarelo e são controlados geneticamente como já 
vimos anteriormente. 
 
 Na medida em que as pessoas envelhecem, a ausência de pigmentos, geram um 
grisalhamento nos cabelos, e algumas teorias tentam explicar este fenômeno da CANÍCIE, 
como se segue: 
 
 • Os cabelos brancos derivam da perturbação metabólica no nível da raiz, isto é, no bulbo 
piloso, ocasionando uma falha dos melanócitos na matriz germinativa, de continuar formando 
grânulos de pigmento, ou seja, é um processo de redução progressiva na função dos 
melanócitos ,onde há a APOPTOSE = morte dos melanócitos; 
 • Os cabelos brancos surgem da formação de pequenas bolhas de ar no córtex e na medula 
da haste pilosa; 
 • Associa-se com uma paralisação da atividade da tirosinase no bulbo piloso, uma vez que a 
melanina que dá cor ao cabelo provém da oxidação da tirosina. Portanto, não havendo 
oxidação da tirosina, não poderá haver pigmentação no cabelo; 
 • Os cabelos brancos surgem a partir da ação dos radicais livres, que são moléculas instáveis 
de oxigênio produzidas pelo próprio organismo, e que são capazes de provocar danos 
celulares, uma vez que os radicais livres formam na pele e cabelos o melano-dialdeído, 
substância altamente tóxica que degrada as células, provocando o envelhecimento cutâneo e 
o grisalhamento dos cabelos; 
 • O organismo possui defesas biológicas naturais capazes de combater a degradação 
promovida pelos radicais livres, entretanto, elas se tornam menos eficazes com a idade, o 
stress, a exposição solar e a poluição; 
 • Existem fatores que aceleram o processo de envelhecimento, como por exemplo, a 
poluição ambiental, o desequilíbrio emocional, a predisposição genética, uma dieta 
desequilibrada, a vida sedentária. Esses fatores contribuem para o aumento da produção de 
radicais livres pelo organismo; 
 • A adrenalina é altamente oxidante e igualmente provoca o grisalhamento dos cabelos ou 
canície. 
 
 
3) Lipídeos: contém lipídeos internos e externos. Os externos são formados pela secreção 
sebácea e os internos fazem parte da estrutura capilar. 
 
4) Água: é um componente fundamental do cabelo e seu conteúdo aumenta de acordo com a 
umidade relativa do ar.O cabelo molhado torna-se menos resistente e rompe-se com mais 
facilidade. Todo processo químico pressupõe uma lavagem prévia, pois a água adicionada à 
haste rompe as ligações de Hidrogênio e Salinas momentaneamente. 
 
5) Minerais: são oligoelementos cuja quantidade é muito baixa, mas são de suma importância, 
pois sua carência pode causar alterações de coloração (cobre, ferro) e provocar fragilidade e 
queda capilar (Zinco) entre outros como Enxofre, Carbono, Hidrogênio e Oxigênio. 
 
 
 
 
 
Características dos cabelos 
 
 
Segundo o teor lipídico, os cabelos podem ser: 
 
 • Normais: tem aparência saudável, são cabelos brilhantes com viço, equilíbrio e volume 
ideal. Não apresentam disfunções dos cabelos oleosos ou secos; encontramos em crianças (2% 
da população); 
 • Oleosos: tem aparência pesada, com pouco volume, e brilhante decorrente do excesso de 
oleosidade que geralmente é acompanhada por queda (10%); 
 • Secos: tem aparência volumosa, com haste ressecada, de toque áspero e desagradável, 
podendo ser seco natural ou por excesso químico. (8%); e 
 • Mistos: é atualmente o tipo mais comum, devido as mudanças no visual, atividades diárias, 
intempéries, excesso de químicas, em geral os fios são secos e a raiz oleosa pelo uso de 
produtos inadequados. (80%). 
 
 
 
 
 
TIPOS DE CABELO 
 
 
 
Tipos (étnicos) raciais de cabelos: 
 
 
 A haste capilar pode possuir várias formas segundo o código genético de cada 
indivíduo.Importante destacar que a curvatura, a textura e a cor dos cabelos são 
características genéticas, e não mudam aleatoriamente, a não ser através de técnicas e 
processos químicos. 
 Quanto à forma temos três tipos principais de curvatura: 
 
 
 • Mongólico – liso (lisótrico)= orientais, asiáticos, esquimós, índios americanos. Têm 
estrutura grossa e são resistentes, porém rebeldes aos trabalhos de coloração e descoloração. 
Ao corte transversal, são cilíndricos. 
 
[pic][pic] 
 
 • Caucasóide – ondulado (sinótrico)= vários grupos étnicos, principalmente na raça 
européia. São resistentes e bons para trabalhos capilares. O corte transversal é oval. 
[pic][pic] 
 
 • Negróide – crespo (ulótrico/afro)= é o cabelo característico de quase todas as raças negras. 
São mais sensíveis, mais frágeis, pouco resistentes e rompem com facilidade. Exigem cuidados 
especiais e produtos específicos de tratamento. Geralmente são ressecados e não suportam 
química muito forte. É preciso atenção redobrada para lidar com eles. É neste grupo que estão 
os cabelos dos brasileiros, já que o Brasil é uma nação miscigenada. Há uma predominância de 
65% da população, onde 48% de raça negra. Seu corte transversal é elíptico ou helicoidal. 
[pic][pic] 
 
 
 Obs.: É importante lembrar, que estas designações : mongólicos, caucasóides e negróides, 
não significam necessariamente que o indivíduo deva ser oriental, branco ou negro, pois no 
Brasil devido à miscigenação destas raças, podemos encontrar pessoas claras com hastes de 
curvatura acentuada ou pessoas de pele negra e hastes capilares não necessariamente 
negróides.DISTÚRBIOS DO COURO CABELUDO E DOS CABELOS 
 
 
 
 
Doenças papulo-escamosas que afetam o couro cabeludo e os pêlos: 
 
 
 1) Psoríase: Ocorre devido à maior velocidade do ciclo evolutivo dos ceratinócitos. São placas 
e pápulas vermelhas com escamas brancoprateadas, margens nítidas podendo ser localizada 
ou generalizada. Pode afetar unhas, couro cabeludo, mãos e pés, às vezes apresenta prurido; 
36% têm a predisposição genética. Doença autoimune, também relacionada ao emocional; 
 
 2) Dermatite Seborreica: São escamas gordurosas e eritematosas do couro cabeludo, orelhas e 
face. Há prurido e pode apresentar sangramento na remoção das crostas; 
 
 
 
 3) Dermatofitoses: Na pele, geralmente são anulares, com escamas eritematosas; as unhas 
apresentam-se distróficas e espessadas, virilhas também são afetadas. Áreas arredondadas de 
alopécia podem acontecer no couro cabeludo principalmente em crianças. 
 
 
Tipos de tinhas do couro cabeludo: 
 
 
 1) T. Tricofítica: pequenas áreas de pêlos tonsurados. O cabelo volta ao normal com o 
tratamento; 
 2) T. Favosa: promove alopécia definitiva; 
 3) T. Tonsuram: lesões de foliculite com túneis intercomunicando abcessos. Também pode ter 
o Estafilococos como agentes; e 
 4) Quérion: dermatofitose inflamatória aguda, com intensa supuração e cura espontânea. Às 
vezes faz alopécia cicatricial. 
 
 
Distúrbios da pigmentação: 
 
 
 
 
 1) Albinismo: a pele e os cabelos são hipo ou despigmentados. Também afeta os olhos. É uma 
alteração congênita; e 
 2) Vitiligo: áreas redondas ou ovais, despigmentadas que podem afetar qualquer área do 
corpo. 
 
 
Lesões pruriginosas: 
 
 
 1) Pediculose da cabeça: Causada pelo Pediculus Humanus (piolho) que parasita o cabelo e o 
couro cabeludo. Devido à coceira, provoca escoriações levando à infecção estafilocócica. 
Existem pápulas e escoriações no couro cabeludo. As lêndeas são encontradas principalmente 
nas áreas retroauriculares e occipitais. Ainda podemos encontrar a pediculose corporal e a 
pubiana. As lêndeas devem ser diferenciadas da Piedra branca, que é uma dermatofitose que 
acomete somente os fios. 
 2) Ptiriase capitis simplex: É a “caspa seca”, com prurido e pequenas escamas brancas 
dispersas pelo couro cabeludo. Pode resultar de uma circulação deficiente, falta de estímulo 
nervoso, dieta inadequada, distúrbios emocionais e glandulares e falta de asseio. É a fase 
inicial da dermatite seborréica. 
 3) Ptiríase capitis esteatóide:Formam-se escamas que se unem ao sebo ficando grudadas no 
couro cabeludo, provocando prurido. E por estarem aderidas, sangram ao se soltar, podendo 
ainda originar mais sebo. Caracteriza a dermatite seborréica onde há a hiperproliferação 
epidérmica com eventual participação do Pytirosporum ovale. 
 
 
TRICOSES OU AFECÇÕES DOS PÊLOS 
 
 
 
Distúrbios do crescimento dos cabelos: 
 
 
 As alterações que atingem os anexos cutâneos são numerosas e, às vezes, de diagnóstico e 
terapêutica complexos. Podem ser divididas em: 
 
 1) Primárias – quando se originam no próprio cabelo ou pêlo; e 
 2) Secundárias – quando a afecção inicial é de outra estrutura da pele, como vasos ou 
glândulas sebáceas ou de órgãos internos. 
 
 
Tricoses com aumento do número de pêlos ou hipertricose: 
 
 
 É o aumento do número de cabelos, que pode ser: 
 1) congênito: alteração que pode atingir o tegumento de forma difusa,com pelos tipo 
lanugem , o chamado “homem lobo”; e 
 2) Hirsutismo ou hipertricose adquirida: É o crescimento excessivo de pêlos terminais que 
tornam-se ásperos e pretos nas áreas andrógeno –dependentes. Pode indicar neoplasias, 
endocrinopatias, reações medicamentosas ou variações funcionais subjacentes. 
 
 1. 
 
Tricoses com diminuição do número de cabelos ou alopecias: 
 
 
 
As alopecias mostram redução ou ausência de cabelos e podem ser: 
 
 1) congênitas: não são muito freqüentes e já visualizadas ao nascimento, podendo ser 
parciais ou raramente difusas. 
 2) adquiridas: ocorrem em porcentagem bastante superior e são comumente divididas em 
alopecias cicatriciais e não cicatriciais. 
 
 
TIPOS DE ALOPECIAS: 
 
 
 
1 Alopecia androgênica : 
 
Sinonímia = alopecia androgênica na mulher, calvície comum, alopecia padrão masculino, 
alopecia androgênica padrão feminino, alopecia difusa crômica, alopecia difusa feminina, 
calvície clássica, alopecia androgênica e alopecia seborréica. 
 
Padrões básicos: 
 
 a) androgênica clássica ou hipocrática: inicia-se pelas regiões fronto-laterais e vértex do couro 
cabeludo, eventualmente com apenas uma retração em toda a região frontal ou apenas no 
vértex. Na maioria dos casos evolui ora lentamente, ou de forma acelerada levando á uma 
perda importante decabelos no alto do couro cabeludo. Nesta forma existe uma telogeinização 
interna, os cabelos são pequenos, finos e em flâmula na área central de início do processo, 
vértex ou regiões fronto-laterais, o nº de telógenos pode chegar à 100%. No início do quadro 
as alterações são qualitativas, e em casos avançados observamos alterações quantitativas. 
Acomete principalmente os homens. 
 b) alopecia androgenética difusa: se manifesta difusamente no alto do couro cabeludo. Os 
cabelos estão normais ou discretamente afinados. Não existe diminuição no tamanho final dos 
cabelos, ou seja, a fase anágena continua normal, sem haver telogeinização, e sim o 
aparecimento de cabelos distróficos. Existe uma perda quantitativa dos cabelos. Acometem os 
homens em 38,1% e mulheres em 96,5% dos casos estudados. 
 c) alopécia androgenética mista: ocorre pequeno número de telogeinização, discreta distrofia, 
o que determina de imediato alterações quantitativas e qualitativas. Acomete mais os homens 
e em menor proporção nas mulheres. 
 
 
 
2 Alopecia areata: 
 
São áreas circulares de alopecia não inflamatória e não cicatricial. Encontramos cabelos em 
ponto de exclamação na margem de expansão. Pode afetar qualquer superfície pilosa. Muitas 
vezes se associa á auto-imunes,inclusive da tireóide.A evolução pode seguir diferentes rumos: 
regressão após longa evolução, podendo recidivas; 
 • alopecia total: perda total dos cabelos no couro cabeludo; e 
 • alopecia universal: perda total dos pêlos corporais. 
 
 
 
3 Tricotilomania: 
 
Apresenta placas irregulares de alopecia de formas bizarras, onde os fios apresentam 
comprimentos diferentes, geralmente são não cicatriciais.Geralmente reflete uma reação à 
estresse intenso e/ou distúrbio psicológico subjacente. 
 
 
4. Eflúvio telógeno: 
 
É uma queda difusa e não cicatricial. Os cabelos se desprendem e apresentam bulbos não 
pigmentados. Essa perda é temporária, e geralmente ocorre cerca de 3 meses após um trauma 
constitucional, podendo curar espontaneamente. 
 
 
5. Alopecias associadas à outras doenças: 
 
 a) no hipertireoidismo notamos rarefação difusa dos cabelos, e no hipotireoidismo os cabelos 
estão secos, ásperos e quebradiços com alopecias em placa ou difusa. Ambos são não 
cicatriciais; 
 b) secundárias ás doenças metastásicas: São áreas em placas, com alopecias cicatriciais que 
podem se tornar esclerosadas; 
 c) o lúpus eritematoso crônico desenvolve placas cicatriciais de alopecia, com margens 
hiperpigmentadas, eritematosas e com cicatriz hipopigmentada central na posterior resolução. 
Na forma sistêmica desenvolve áreas difusas com placas não cicatriciais de alopecia ou de 
rarefação, com um leve eritema; 
 d) pseudopelada :é uma alopecia cicatricial em placas redondas ou ovais, com perda das 
estruturas foliculares normais e ausência de inflamação.Há eritema e inflamação na região ao 
redor do folículo (perifolicular).Apresenta evolução recalcitrante, e antes de curar, após anos, 
pode deixar alopecia cicatricial; e 
 e) alopecia traumática: é cicatricial e geralmente provocada por trauma físico, podendo ser 
eles:• tração: acometendo principalmente a parte frontal e margens temporais do couro 
cabeludo; 
 • pelo uso do pente quente: principalmente na área da coroa. 
 
 
 
 
ALOPECIA: é um conjunto de desordens que envolvem o estado de falta de cabelos ou pelos 
Androgenética 
[pic] 
[pic] 
Difusa 
[pic] 
Areata 
[pic][pic] 
 
Cicatricial 
[pic] 
 
Traumática - Tração 
[pic] 
 
Totalis 
[pic] [pic] 
 
Universal 
[pic] 
 
Tricotilomania 
[pic] [pic] 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
É fundamental uma história detalhada sobre como começou a doença, forma de evolução, 
estresse físico ou emocional, saúde do paciente, uso de drogas, casos familiares etc. O exame 
físico deve incluir a pele, couro cabeludo e cabelos. 
 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
 
 1) Tricograma: analisa o ciclo biológico dos cabelos, determinando em que fase eles estão 
num determinado momento, e se existe alguma alteração na morfologia. Podemos analisar os 
cabelos que caem espontaneamente ou extraídos sob tração. 
 2) Para medir a quantidade de cabelos por área usamos um marcador quadrado tipo “punch” 
com 0,5 cm de lado, que demarca no couro cabeludo uma área em que os cabelos são 
contados com um dermatoscópio; 
 3) Com um pequeno cartão de papel como fundo, podemos avaliar pequenos cabelos que 
estão nascendo ou já estão em seus limites de crescimento, porém, muito curtos como 
acontece na alopecia androgênica. 
 4) Na 1ª consulta cortar um pequeno chumaço de cabelos junto à região da interseção do 
plano sagital com a linha que une as duas orelhas. Prender esse chumaço na ficha do paciente 
e em consultas futuras, colher cabelos do mesmo local e fazer comparações. 
 5) Do mesmo modo os cabelos podem ser tracionados e avaliados com o (microvisor ótico) 
viewmaster desde o bulbo até as pontas. 
 6) A avaliação médica é recomendada em todos os casos, onde o profissional estará 
solicitando exames laboratoriais para avaliar o perfil hormonal, existência de anemias, doenças 
autoimunes e muito mais, podendo ainda recorrer à biópsia com análise histopatológica. 
 
 
 
ANÁLISE CAPILAR 
 
 
O cabelo deixa de ter o seu estado e forma normal por razões diversas e muitas vezes ele surge 
no exterior com irregularidades, e que poucas vezes são causadas por fatores internos.Na 
maioria das vezes são causados por agentes externos químicos ou mecânicos. Numa análise 
capilar o profissional deve levar em conta: 
 
 • Comprimento: cabelos compridos possuem ressecamento maior que os curtos; processos 
químicos presentes, porosidade capilar, espessura do fio, características e curvaturas étnicas, 
brilho da haste capilar, volume,elasticidade e resistência etc. 
 
Em uma análise capilar estaremos considerando os seguintes aspectos: 
 
 1) Alterações do crescimento: 
 a) Eflúvio: é a queda do pêlo, e o forte eflúvio caracteriza a alopecia. Na alopecia notamos que 
falta uma mecha, que com o crescimento do pêlo dá lugar a um pêlo vellus; 
 b) Hipertricose: não há nova formação de folículos, e sim uma transformação do pêlo vellus 
delicado em pêlo terminal, ou formação de lanugem ou vellus em grande número (hipertricose 
lanuginosa) 
 
 2) Alterações quanto ao número de folículos: 
 a) atriquia: não existem folículos; 
 b) hipotriquia: número reduzido de folículos 
 
 3) Alterações da cor: 
 a) ausência de pigmento: albinismo 
 
 4) Alterações na forma e aspecto: 
 a) Do Bulbo: 
 • Bulbo sadio: forma regular, com contornos nítidos. Se relaciona corretamente com o fio 
sadio. Quantidade normal de sebo; 
 • Bulbo seborréico: couro cabeludo oleoso com hipersecreção de sebo que se solidifica na 
raiz e sufoca o bulbo. Há falta de oxigenação e queda; 
 • Bulbo oleoso: as glândulas sudoríparas produzem suor em excesso, misturando-se ao sebo, 
causando asfixia e oleosidade no cabelo; 
 • Bulbo mal nutrido: (recurvo). A raiz não recebe nutrição correta e tende a ser anêmica. 
Falta de hidratação; 
 • Bulbo atrófico: uma raiz de transparência disforme e fina é indício de uma anomalia 
(alopécia areata). Cabelos geralmente secos; 
 • Bulbo residual: acúmulo de produtos na base da raiz provoca tampões que impedem o 
crescimento do cabelo e geram queda; 
 • Bulbo com explosão química: provocado pelo uso inadequado de químicas incompatíveis, 
tinturas e alisantes. O cabelo fragilizado se parte na base da raiz; e 
 • Bulbo mal nutrido (anêmico): a papila pilosa não é estimulada e a circulação sangüínea é 
insuficiente. 
 
 b) Fios: Análise geral: 
 • Sadios: diâmetro regular e coloração uniforme, aspecto brilhante e saudável; 
 • Desvitalizados: geralmente desidratado, pontas duplas, excesso de químicas etc.; 
 • Desidratado: anêmico, devido ao excesso de exposição ao sol ou à secagem muito 
prolongada e sucessiva; 
 • Fendido: ou com várias pontas, causado pelo excesso de ressecamento. O objetivo do 
tratamento é fazer o cabelo voltar ao normal com um creme nutritivo; 
 • Arrebentado: o uso de um permanente muito forte torna o fio achatado, com o canal 
medular fechado e o cabelo fragmenta-se, também por excesso de tração; 
 • Descolorido e colorido: o cabelo que sofre excesso de descolorações ou, é colorido com 
freqüência fica fragilizado, desbotado e partindo-se; 
 • Medula irregular: aparência pontilhada tornando o fio enfraquecido pela falta de 
transporte de nutrientes; 
 • Acúmulo de resíduos: fios impregnados com gel, cremes, condicionadores e outros, 
tornam os cabelos pesados e sem movimento; 
 • Fios desfibrados: desprovidos de hidratação, nutrição e proteção solar; e 
 • Cabelo crespo e poroso: escamas com cutículas abertas. O cabelo retém umidade e fica 
pesado com volume excessivo. 
 
 c) Pontas: 
 • Duplas: apresenta bifurcações (tricoptilose); 
 • Desfibradas: cabelos fragmentados, com espessura irregular; 
 • Cabelo traumatizado: secagem excessiva (secador) que leva à desidratação e eletriza o 
cabelo, provocando a perda da elasticidade dos fios (tricorrexe); e 
 • Trincadas: o bulbo mal nutrido não transporta as vitaminas até as pontas, que se partem 
(Tricoclasie traumática). 
 
 d) Couro cabeludo: 
 
 • Oleoso: aspecto brilhante, com crostas amiantáceas, queda etc.; e 
 • Seco: aspecto desidratado, descamações secas etc. 
 
 5) Alterações por doenças infecciosas: 
 • Furúnculo, impetigo, foliculite decalvante, sicose ou foliculite da barba, dermatofitoses. 
 
 6) Alterações na formação dos pêlos: 
 
 • Moniletrix (cabelos em contas de rosário): os cabelos apresentam variação regular na 
espessura, adquirindo a aparência de nodosidades; são facilmente quebráveis e de 
transmissão autossômica dominante. Há uma alopécia parcial com ceratose pilar. 
 • Trichorrhexis nodosa: os cabelos apresentam nódulos por haver uma dissociação 
longitudinal de fibras; é como se houvesse o engavetamento de duas escovas; em geral, os 
cabelos rompem-se nesse nível. Parece ser de natureza traumática; 
 • Pilli Torti: afecção congênita caracterizada por pêlos espiralados, secos e quebradiços, cuja 
localização mais freqüente é o couro cabeludo. É a anormalidade de pêlo encontrada mais 
amiúde na Síndrome de Menkes; 
 • Pilli Bifurcatti: Trata-se de cabelo com uma fenda longitudinal circunscrita, de modo a dar 
o aspecto de uma bifurcação; 
 • Pilli anulatti : (cabelo em anéis), apresenta faixa anulares alternantes, de coloração mais 
intensa e menos intensa (cavidades com ar); 
 • Pilli multigeminni: Caracteriza-se pela presença de vários pêlos saindo de um único 
aparelho pilossebáceo; 
 • Kinking hair (cabelo enroscado): O cabelo aparentemente normal na extremidade 
terminal, é enroscado e de coloração diferente. 
 • Pseudofoliculite (cabelos encravados): Os cabelos, após surgirem à superfície, encurvam-se 
e encravam-se na pele, o que provoca um aspecto de foliculite;na realidade é uma 
pseudofoliculite, cuja localização mais usual é na região da barba e na raiz das coxas de 
mulheres (depilação frequente); 
 • Trichostasis spinulosa: Trata-se de um feixe de pêlos moles com 2-3 mm de projeção para 
fora, simulando uma rolha córnea; ocorre em velhos e parece ser devido á retenção de pêlos 
telógenos originários de uma mesma matriz pilosa. 
 • Trichoptilosis: o pêlo parte-se espontaneamente e as pontas apresentam-se com 
filamentos de tamanhos diversos como uma pena de ave; 
 
 
[pic] Tricoptilose 
 
 [pic] [pic] Triconodose 
 
 [pic] [pic] Tricorrexis Nodosa 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
Avaliação e tratamento 
 
 
Imprescindível para um bom diagnóstico o levantamento histórico do cliente, através de uma 
ficha de anamnese (an=não, amnese=esquecer), para coletar dados de higiene, cosméticos e 
medicamentos em uso, antecedentes genéticos, como cuida de seus cabelos e do couro 
cabeludo, que tipo de preocupações tem, se está passando por algum estresse emocional e 
qual a queixa principal. 
A análise capilar poderá determinar que tipo de tratamento utilizar, bem como os cuidados e 
as recomendações para manutenção em casa. Também é importante investigar as contra-
indicações ao tratamento como: eczemas, pruridos, escoriações, pediculoses, quadro de 
hipersensibilidade, inflamatórios e infecciosos, delegando com indicação ao médico quando 
não for de sua competência ou em conjunto com a equipe multidisciplinar. 
 
 
ELETROTERAPIA APLICADA À ANÁLISE CAPILAR 
 
 
 
 • Lãmpada de Wood: para análise capilar do couro cabeludo, pele, haste.– emite radiação 
obtida após emissão da luz negra UV.É importante no diagnóstico de afecções no couro 
cabeludo pois visualiza corpos fluorescentes. Na anamnese é um valioso auxiliar onde : define 
lesões epidérmicas, diagnóstico de micoses, evidencia os cabelos desidratados( adquirem 
fluorescência esverdeada), seborréia ( fluorescência alaranjada), câncer de pele,etc.Deve ser 
feita em local escuro e não deve ser dirigida aos olhos sem proteção. 
 
 
 • Microvisor óptico: análise da raiz, fios e pontas dos cabelos.(120x).Sendo possível detectar: 
seborréia, pontas duplas(tricoptilose), triconodoses(nós nos cabelos),interrupção 
medular,atrofia,desnutrição do bulbo,etc. 
 [pic] 
 
 
 
 • Vídeocâmera digital: análise de alta precisão (250x) de cabelo e pele.Propicia além da 
análise dos fios e pontas dos cabelos,a visualização do couro cabeludo, a presença de 
seborréia, áreas sensíveis e de alopecia(queda ),crostas, escamações, etc. 
 
 
 • Lupa. : Aparelho que permite um exame mais preciso da superfície cutânea, pois 
proporciona uma imagem mais nítida devido a uma lente convexa de aumento. 
 
 
 
 
 
 
VIAS DE PENETRAÇÃO COSMÉTICA 
 
 
 • Transfolicular, através das paredes foliculares; 
 • glândulas sudoríparas;através dos poros; 
 • glândulas sebáceas; através dos óstios; 
 • Intercelular, através das ceramidas (subs.intercelulares); e 
 • Transcelular, através das membranas das células. 
 
 
 
GRAUS DE PERMEABILIDADE CUTÂNEA 
 
 
 
 • Permeação: penetração superficial epidérmica; 
 
 • Penetração: Fenômeno de profundidade.Introdução de cosméticos na pele, que entram 
em contato com células vivas, via preferencial,anexial ou transanexial; e 
 
 
 • Absorção: passagem de uma substância através da epiderme até a corrente sanguínea e 
linfática, de onde será transportada aos distintos órgãos, de acordo com suas afinidades. 
 
 
INTRODUÇÃO À COSMETOLOGIA CAPILAR 
 
 
 
Os cosméticos são formulações elaboradas com a finalidade de uso tópico com funções de: 
 
 • Higienização: eliminam sujidades da superfície cutânea. Ex.: xampus,sabonetes etc. 
 • Proteção e conservação: manutenção das características cutâneas. Ex.: filtros solares, 
hidratantes etc. 
 • Correção: corrigem disfunções cutâneas. Ex.:seborreguladores, 
depilatórios,despigmentantes etc. 
 • Decoração : realçam a beleza. Ex.: colorações, maquiagem, fixadores etc. 
 
 
Quando utilizados adequadamente sobre a pele sadia, assim como nos cabelos, proporcionam 
resultados satisfatórios não interferindo nos processos normais do metabolismo celular e sim 
colaborando para que estes ocorram de forma a melhorar satisfatoriamente a qualidade da 
pele, seus anexos e dos cabelos. 
 
 
Formulaçâo cosmética 
 
 
Para a formulação de um cosmético é necessária muita pesquisa e estudo: 
 
 • anatomia e fisiologia capilar, 
 • incompatibilidade físico-química entre os princípiosativos e o veículo, 
 • estabilidade farmacotécnica da formulação,microbiologia,biotecnologia, etc. 
 
A formulação de um cosmético envolve partes fundamentais como: 
 
 • Veículos ou excipiente, princípio ativo, aditivos etc. E cada uma dessas partes pode ser 
compostas por uma ou mais substâncias que compõem cada grupo; 
 • Veículos cosméticos: composto por duas ou mais substâncias cuja finalidade é dar forma 
ao cosmético. Podem ser: emulsões (cremes, leites, loções cremosas); géis (gel aquoso, gel 
oleoso); líquidos (loções); vetoriais (lipossomas, nanosferas, silanóis) e pós; 
 • Princípios ativos: são substâncias químicas ou biológicas (sintéticas ou naturais) que 
possuem atividade comprovadamente eficaz sobre as células. Enquanto o veículo é 
responsável pelo transporte, pela forma cosmética e finalmente por garantir a melhor 
penetração na pele, o princípio ativo promove a ação específica sobre a célula que pode ser de 
várias formas: hidratação, nutrição, cicatrização e revitalização. Podem ser de origem: 
 a) Mineral (quartzo, óleos superficiais); 
 b) Animal (direto: óleo de tartaruga ou indireto: lanolina); 
 c) Biotecnológico (bioex,complexos desenvolvidos em laboratórios); e 
 d) Vegetal (rico em ativos, apelo ao natural). 
 
 • Conservantes ou preservantes: substâncias capazes de evitar a deterioração do produto. 
Ex.: agentes antimicrobianos(ação fungicida e bactericida ) ;agentes anti oxidantes (evitam a 
oxidação dos elementos gordurosos); 
 • Espessantes: matérias primas que controlam a viscosidade das formulações e dão 
consistência ao produto. Ex.: Polímeros naturais ou sintéticos (Carbopol, glucamate, alginatos); 
Eletrólitos (cloreto de sódio, cloreto de amônio); 
 • Essências: fornecem sensação olfativa agradável de forma a mascarar odores 
desagradáveis de certos princípios ativos. Ex.: Vegetais (lavanda,rosas); Animais (âmbar, 
almíscar) e os sintéticos (aldeídos, eugenol etc.); 
 • Corantes ou pigmentos: tornam o produto mais atrativo dando cor à uma superfície ou 
formulação,devem ser sob o ponto de vista dermatológico i nofensivos e de inocuidade 
toxicológica (hipoalergênicos). Ex.: carotenos, melanina etc.; e 
 • Quelantes: têm ação anti-oxidante, evitando a proliferação dos radicais livres, além de ser 
seqüestrante de íons metálicos. Ex.: EDTA (EtilenoDiaminoTetracético) etc. 
 
Os cosméticos destinam-se ao combate e podem atuar das seguintes maneiras: 
 • promovendo vasodilatação local,visando melhorar a circulação sanguínea; e nutrindo o 
folículo piloso com substâncias ativas, vitaminas e aminoácidos; 
 
Os produtos capilares que antes se resumiam em produtos para lavagem e enxágüe hoje se 
estendem ao tratamento e cuidado dados aos cabelos, graças aos compostos ativos cada vez 
mais inovadores. 
 
Assim, encontramos hoje no mercado uma variedade muito grande de produtos de 
tratamento como: reparadores de pontas, ampolas estimulantes, hidratantes capilares, 
condicionadores, géis, leave-in (FPS) etc. 
 
O tipo de tensoativos detergentes, o equilíbrio deste com o sobreengordurante, o pH 
(potencial hidrogeniônico), os extratos vegetais, a qualidade da água, a quantidade de 
produtos catiônicos (+), os emolientes e formadores de filme, sãoalguns dos determinantes 
para uma boa formulação. 
 
Devemos lembrar que existem dois tratamentos distintos para uma mesma pessoa: o couro 
cabeludo e a haste capilar, respeitando-se a especificidade de cada biotipo cutâneo. 
 
 NUTRIÇÃO CAPILAR 
 
 
A prevenção e o controle da queda têm sido um desafio,tanto para médico quanto para 
formuladores. Portanto inúmeras substâncias ativas bem como formulações farmacológicas e 
cosméticas têm sido pesquisadas com intensidade para alcançar este objetivo. 
 • Os produtos seborreguladores removendo o excesso de oleosidade do couro cabeludo, 
combatendo a caspa; e 
 • Os tônicos capilares são loções aquosas ou hidroalcoólicas que veiculam substâncias 
ativas, tais como agentes anti-seborréicos, antiqueda, antifúngicos, vasodilatadores etc.e são 
aplicados no couro cabeludo,após lavagem dos cabelos com suaves massagens, com a 
finalidade de complementar o tratamento capilar. 
 
 
HIGIENIZAÇÃO CAPILAR 
 
 
 1) Xampus: 
São produtos destinados à limpeza da haste capilar e do couro cabeludo. Para remoção das 
secreções das glândulas sebáceas e sudoríparas,crostas, resíduos cosméticos, sujidades, 
poluentes etc. 
 
 a) Propriedades: facilidade na aplicação e no enxágue, capacidade espumante, coloração 
adequada e fragrância agradável, dar brilho, volume, maleabilidade aos fios e ter baixo poder 
de irritação do couro cabeludo. 
 b) Composição: 
 • Agentes de limpeza: tensoativos aniônicos e anfóteros, com ação detergente. Ex.: Lauril 
éter sulfato de sódio (poder espumante); anfótero betaínico ( para infantis e especiais).; 
 • Agentes sobre-engordurantes: protegem a haste capilar, devolvendo parte da oleosidade 
removida. Ex.: Alcanolamidas, Lecitina, lanolina e derivados hidrossolúveis; 
 • Agentes espessantes: dão consistência ao produto. Ex.: Polímeros naturais e sintéticos 
(alginatos, glucamate); Eletrólitos (sais orgânicos e inorgânicos – cloreto de sódio e de 
amônio); 
 • Estabilizadores de espuma: evitam que a oleosidade natural extinga a ação espumante. 
Ex.: alcanolamida de ácido graxo; 
 • Agentes perolantes ou opacificantes: dão aspecto nacarado ou opaco. Ex.: Monoesterato 
de glicerila, Mica; 
 • Agentes conservantes: proteção à proliferação de microorganismos. Ex.: Nipagin , Nipazol; 
 • Agentes seqüestrantes ou quelantes: inibem a ação oxidante dos radicais livres. Ex.: EDTA, 
Tocoferol; 
 • Agentes reguladores de pH (potencial hidrogeniônico): mantém o xampu mais próximo ao 
pH da haste e do couro cabeludo ( pH 5) ou neutro (pH7), evitando o volume nos cabelos 
danificados. Ex.:Ácido cítrico, ácido lático; 
 • Agentes diluentes: Água – destilada, desmineralizada e filtrada; 
 • Aditivos especiais: substâncias adicionadas ao xampu e têm por finalidade oferecer um 
caráter de tratamento, sendo que nem todos os xampus os possuem. Ex.:Extratos vegetais, 
Proteínas hidrolisadas (colágeno, elastina, seda,trigo), Vitaminas, Aminoácidos (AA da 
queratina, AA do leite), Seborreguladores-antimicóticos,antidescamantes(enxofre, 
cetoconazol, climbazol, octopirox,tioxalona; e 
 • Essências, corantes,nome do produto:marketing– atração e adequação ao xampu. 
 
 c) Tipos: 
 • Básicos = Dependem da quantidade de produção de sebo do couro cabeludo, diâmetro dos 
cabelos e condição dos cabelos – Normais, secos ou oleosos; 
 • Infantis = Não são irritantes para os olhos e destinam-se à limpeza branda, já que bebês 
produzem pouco sebo. São indicados para cabelos maduros e para o uso diário; 
 • Condicionadores = Não limpam e não condicionam bem; 
 • Tratamentos específicos = (anti-queda, anti-caspa, anti-resíduos). Controlam a oleosidade 
excessiva, diminuem a produção de crostas no couro cabeludo, e tem ação anti-bacteriana, 
antifúngica; e 
 • Profissionais = São mais concentrados e devem ser diluídos. Existem dois tipos: 
 • Ácidos = usados após a descoloração para neutralizar a alcalinização residual e 
preparar o cabelo para a tintura subseqüente; e 
 • Alcalinos = usados após a tintura como neutralizadores. 
. 
 2) Condicionadores: 
São preparações cosméticas utilizados após a lavagem dos cabelos com xampus e que tem na 
sua formulação agentes anti-estáticos,normalizando-os proporcionando maciez, deixando-os 
brilhosos, e recondicionar cabelo danificados por traumas químicos , mecânico, intempéries 
(sol, vento,poluição etc.) quando aditivados com proteínas, silicone, vitaminas etc. 
 
 a) Função: Melhorar a penteabilidade dos cabelos úmidos e secos, lubrificar, 
normalizar, embelezar, eliminar o efeito do ressecamento (fly away) 
 
 b) Composição: 
 • Agentes sobreengordurantes-substâncias destinadas à repor um teor de oleosidade ao 
cabelo ,atenuando o ressecamento da haste capilar.Ex.:óleos vegetais, derivados de lanolina, 
óleo mineral, etc.; 
 • Agentes antiestáticos – reduzem a eletricidade estática, condicionando e melhorando a 
penteabilidade.São ideais para cabelos que passaram por processos químicos.Ex.: quaternário 
de amônio; 
 
 • Agentes de consistência-substâncias que dão corpo ao produto, ou seja, de sua maior ou 
menor concentração, depende a viscosidade do produto.Também possuem ação 
sobreengordurante.Ex.; álcool cetílico, álcool cetoestearílico; 
 • Agentes acidificantes ( reguladores do pH) –os condicionadores possuem pH entre 3,5 e 
4,5 e contribuem para a normalização do cabelo após seu uso.Ex.: Ácido cítrico; 
 • Conservantes; 
 • Diluentes; e 
 • Essências e corantes. 
 
 
 c) Tipos: 
 • Instantâneos: aplicados nos cabelos pós xampu, úmidos e devem ser enxaguados e 
removidos após 5 mim..Possuem uma viscosidade média, são mais elaborados e com maior 
quantidade de aditivos na sua formulação; 
 • Profundos: aplicados nos cabelos ainda úmidos pós xampu, são mais concentrados e em 
forma cremosa e devem permanecer por 15 à 20 min.,antes do enxágüe. O tempo de aplicação 
permite maior condicionamento; 
 • Leave In: aplicados nos cabelos úmidos ou após sec agem dos cabelos com uma toalha e 
devem permanecer na haste capilar, sem enxágüe; 
 • Loções de secagem termoativadas: servem para alisar os cabelos com o calor. Ex.: 
queratina hidrolisada; 
 • Loções de secagem com espessantes: destinados aos cabelos secos e danificados, pois 
contém copolímeros de silanóis e proteínas termoativadas; 
 • Filtro solar: a exposição dos cabelos ao sol pode torná-los enfraquecidos, ásperos, 
desbotados, duros e opacos. Agem melhor quando incorporados a produtos que permanecem 
nos cabelos como sprays e auxiliares no penteado. 
 
 
COSMETOLOGIA APLICADA À QUÍMICA CAPILAR 
 
 
 
Coloração X Descoloração 
 
 
A cor natural dos cabelos: 
Os pigmentos melânicos são responsáveis pelas cores da pele e dos cabelos. Na papila 
dérmica, os melanócitos secretam grânulos de pigmentos absorvidos pelos queratinócios. 
Cada melanócito cercado de 30 queratinócitos constitui uma unidade de melanização, que 
repousa sobre a membrana basal. 
 
Os melanócitos possuem dendritos que servem para injetar os grãos de melanina nos 
queratócitos. Em seguida, esses grãos de melanina se distribuem no córtex, e quanto maior for 
a atividade dos melanócitos, mais escuros serão os cabelos. 
 
A cor dos cabelos é determinada geneticamente, como já vimos anteriormente, e ela vai 
depender das diferentes proporções dos pigmentos de melanina encontradas no córtex, 
ocasionalmente na medula e nunca na cutícula.São elas: 
 
1) Eumelaninas, pigmentos granulosos que variam do preto ao marrom; 
2) Feomelaninas, pigmetos difusos que vão louro ao amarelo pálido; e 
3) Oximelaninas ( tricosiderina) promovendo coloração avermelhada. 
 
Com a idade, a cor do cabelo torna-se mais escura e os cabelos brancos vão aparecendo 
progressivamente. Conclui-se que o ritmo de produção de melanina não é constante. A 
interrupção da p nroduçãode melanina explica o desaparecimento da cor ou Canície, como já 
vimos anteriormente, existe uma pré-disposição genética e fisiológica. A morte em cadeia de 
alguns melanócitos também é tida como causa desse processo, tendo como origem o acúmulo 
de um metabólito chamado dopaquinona. Outro fator de embranquecimento seria o grau d e 
porosidade do córtex, que compõe 70% da fibra capilar. 
 
O processo de coloração dos cabelos consiste em adicionar aos fios, grupamento químico 
corado, que ao entrar em contato com a queratina do cabelo,altera a sua estrutura , o que 
conseqüentemente poderá deixá-lo sem brilho e poroso. 
 
 
Degradação da din âmica capilar 
 
 
Qualquer que seja o procedimento químico, se constituirá num conjunto de agressões 
químicas ao cabelo e cujo mecanismo de ação acarretará conseqüências de degradação 
cuticular, como por exemplo: 
 • O cabelo tem seu diâmetro alterado em até 6 vezes, levando uma semana para voltar ao 
normal; 
 • Alteração do pH do cabelo e do couro cabeludo; 
 • Alteração da constituição protéica do cabelo com a degradação da filagrina; 
 • Alteração da queratina alfa para queratina beta; 
 • Fragilização capilar com aumento do ácido cisteicoe diminuição da cistina; aumento da 
porosidade capilar; 
 • Propensão à fragilização e à queda capilar; 
 • Destruição das cadeias queratínica pontes salinas/pontecistínicas; 
 • Aumento das cargas eletrostáticas dos fios e sensibilidade à variação da umidade relativa 
do ar; 
 • Perda de 20% da massa capilar (que deverá ser reposta através de nutrição, e hidratações 
para reestruturação capilar); e 
 • Desidratação capilar; perda de brilho; cabelos ásperos ao toque e de difícil penteabilidade, 
entre outros. 
 
 
Componentes das colorações: 
 
 
 • Suporte (base cremosa); 
 • Resorcina (uniformiza a oxidação da coloração); 
 • Corantes (base + acopladores que dão a cor); 
 • Anti-oxidantes (impedem a oxidação da coloração na embalagem); 
 • Amônia (abre as cutículas, libera o oxigênio contido no oxidante, facilitando a penetração 
dos colorantes e regulando o pH); e 
 • Peróxido de Hidrogênio (H2O2) – agente que oxida a melanina do fio. 
 
 
 
Tipos de coloração 
 
 
1) Coloração Temporária ou matizadores:.São de enxágue e por isso facilmente removidas com 
uma só lavagem, porque a partícula é muito grande para atravessar a cutícula. Apenas 
adicionam uma coloração ligeira sobre a cutícula, clareiam uma nuance natural, ou melhoram 
um tom de tintura existente. Por serem facilmente removíveis, podem manchar roupas com a 
chuva e o suor. N ão danificam os cabelos. Não contém oxidantes, nem amônia, mantendo-se 
na superfície dos fios. São compatíveis com outras substâncias químicas, geralmente. 
Encontrada em xampus, sprays loções. Saem nas primeiras lavagens; 
 
2) Coloração semi-permanente. É uma tintura isenta de amoníaco. Adicionam reflexos ou 
disfarçam tons indesejáveis. Podem ser removidas em 4 a 6 lavagens porquê suas partículas 
são de tamanhos intermediários,podendo tanto entrar, quanto sair dos fios. Com a adição do 
peróxido de hidrogênio ficam mais tempo na haste. Devem se aplicadas em cabelos úmidos e 
posteriormente enxaguados após 20 à 40 min. Em cabelos porosos podem tornar-se 
permanentes.É a chamada “tom sobre tom”,sendo usada no mesmo tom ou em tom mais 
escuro. Camufla os fios brancos para quem tem menos de 30 %. É feita com produtos prontos 
para o uso; 
3) Coloração permanente: Dá coloração definitiva à base de amônia e oxidante, e é a única 
capaz de alterar a cor natural dos cabelos devolvendo o tom natural, recobrindo os cabelos 
brancos.Necessita de três elementos: 
 
a) Amônia: aumenta o volume da fibra capilar, abrindo escamas do cabelo para possibilitar a 
penetração dos precursores libera o oxigênio contido no oxidante. 
b) Oxidante: Age sobre os pigmentos do cabelo para clareá-los,oxidando-os. Oxida os 
precursores para revelar os corantes; e 
c) Precursores, classificam-se em: 
 • • Bases de oxidação que controlam a intensidade da cor e o recobrimento dos fios 
brancos; e 
 • • Acopladores que possibilitam a variação dos reflexos. 
 
4) Colorações metálicas ou progressivas: Utilizam sais metálicos para tingir o cabelo, e são 
progressivas porque a cor vai se desenvolvendo dia a dia em sucessivas aplicações. Obtém-se 
tons mal definidos e não é possível ser clareada. O princípio colorante é uma reação de sais de 
meta com o enxofre do cabelo, obtendo-se sulfetos metálicos de cores escuras que se 
depositam externamente ao fio capilar com uma pequena penetração. Deixam os cabelos 
opaco, duro e quebradiço. Incompatível com qualquer outro processo químico. Com isso o 
cabelo não resiste, podendo levar à ruptura do fio. Deve-se aguardar o crescimento, cortando 
os fios coloridos. É o ideal para homens que sempre cortam os cabelos e que precisam do 
mínimo de escurecimento; e 
 
5) Coloração vegetal: São as mais antigas (LAUSONA, HENNA, CAMOMILA), instáveis e de difícil 
fixação sobre a fibra. Podem provocar manchas.Não cobrem fios brancos, realçam reflexos. 
 
 
 DECAPAGEM 
 
 
 É processo químico que permite a retirada parcial ou total dos pigmentos artificiais do cabelo. 
Como é feito num cabelo já processado quimicamente, seu limiar de sensibilidade é mais 
acentuado, necessitando de um tratamento intensivo de reestruturação.Incompatível com 
relaxamentos, alisamentos ou permanente. 
 
 
 
DESCOLORAÇÃO 
 
 
É o processo químico que permite a retirada dos pigmentos naturais do cabelo. 
 
Obs.: Posso descolorir um cabelo relaxado, mas não devo relaxar um cabelo descolorido. 
 
Existem sete graus de clareamento e quanto mais estágios forem necessários, mais forte a 
substância a ser usada , e mais danificado ficará o cabelo: 
 
Preto- marrom- vermelho – ouro avermelhado-Ouro- amarelo-amarelo pálido. 
 
Por isso, é recomendado que seja mantida a cor do cabelo do seu grupo, para que se obtenha 
uma aparência natural, diminuindo os danos dos fios. 
 
Cabelo alvejado é poroso, e por isso fica opaco e difícil de desembaraçar. Não há como 
reverter o processo, sendo a única solução o corte.Mas o cliente com mais de 60% de fios 
cinzas pode ser bem sucedido, já que pode optar por clarear os fios remanescentes, ou por 
restaurar a cor original. 
 
 
Mecanismo de ação: 
 
 
Atua diretamente no CÓRTEX do cabelo. Consiste em solubilizar os pigmentos naturais e 
descolorir a melanina. Os produtos químicos utilizados possuem qualidades higroscópicas 
(absorvente), em que estão incorporados produtos alcalinos e sais amoníacos, que misturado 
ao oxidante (peróxido de hidrogênio) provocam alteração e desaparecimento dos pigmentos 
naturais ou artificiais do cabelo. 
Nos processos de descolora ção parcial como mechas, luzes, reflexos, ballayagens, 
mordaçagens, strongs etc. Os produtos serão os mesmos a serem utilizados, isto é, pó 
descolorante + oxidante. 
 
 
Contra-indicações: 
 
 
 • Menstruação (metabolismo alterado); gravidez; dermatoses; alergia enfermidades; 
 • febre alta (baixa o sistema imunológico); cabelos extremamente agredidos; e 
 • ingestão de medicamentos para tratamentos da glândula Tireóide etc. 
 
COSMETOLOGIA APLICADA Á QUÍMICA CAPILAR 
 
 
 
Agentes de transformação da haste capilar 
 
 
 
Ondulação X Alisamento 
 
 
Todo o mecanismo físico-químico desencadeado pelos processos químicos deve ser bem 
estudado pelo profissional de beleza capilar para que antes de alguma transformação seja 
efetuada, conheçam-se os seus efeitos fisiológicos. 
 
Alguns processos químicos teem por objetivo romper as pontes cistínicas (ligações 
dissulfúricas) que dão ao cabelo estrutura, solidez força e resistência aos processos químicos 
alterando desta forma a estrutura molecular e transformando a queratina alfa em queratina 
beta, mudando totalmenteo estilo do cabelo e em decorrência destes processos é que as 
Pontes de Enxofre sofrem a transformação de Cistina em Cisteína. 
Esses vínculos de dissulfeto são responsáveis pela elasticidade do cabelo e podem ser 
reformados para alterar a configuração da raiz do cabelo. 
É o que ocorre com as técnicas de relaxamento, alisamento, ondulação, permanente – com a 
alcalinização prévia da queratina, transformando queratina alfa em beta. 
Tais agressões combinadas com o trau ma das escovações sucessivas, penteados, exposição 
às intempéries do tempo (sol, vento, poluição etc.) sem a devida proteção aceleram mais ainda 
o processo de degradação cuticular. 
 
 
Mecanismo de ação: 
 
 
Conjunto de manobras químicas que tem por princípio alterar a ondulação natural, genética da 
haste capilar e introduzir uma ondulação artificial. O processo físico-químico destas técnicas 
baseiam-se na alcalinização prévia da queratina transformando a queratina alfa em beta e 
posteriormente à este fenômeno de neoformação de novas pontes dissulfúricas, dependendo 
da forma desejada da curvatura que se deseja ( ondulado ou alisado) , neutralizar com 
substâncias que possuam o pH ácido que estancam a ação das substâncias de pH alcalino 
utilizados para a deformação da haste capilar. Em suma compreende 3 fases : 
 
 
 • Desestruturação molecular (agentes de redução); 
 • Neoformação molecular (moldagem : ondular ou alisar ); e 
 • Fixação da nova forma (agentes neutralizantes). 
 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS UTILIZADOS PARA DEFORMAÇÃO DA HASTE CAPILAR 
 
 
São substâncias que possuem o pH alcalino e são agentes de redução com capacidade de 
quebrar as Pontes salinas, sulfúricas (Enxofre) e de hidrogênio. Sendo os mais utilizados: 
 
 • Bissulfito de Amônio ( uso doméstico); 
 • Ácido Tioglicólico e seus derivados (pH entre 9 e 9,5); 
 • Hidróxido de Potássio (pH entre 10 e 12); 
 • Hidróxido de Cálcio-Guanidinas ( pH 10); 
 • Hidróxido de Lítio (pH 10); e 
 • Hidróxido de Sódio- soda cáustica (pH 13). 
 
 
Princípios ativos neutralizantes: 
 
 
São substâncias que possuem o pH ácido e estancam a ação das substâncias alcalinas utilizadas 
para a deformação da haste. Ex.: 
 • Peróxido de Hidrogênio (H2O2- água oxigenada); 
 • Perborato de sódio; 
 • Bromato de sódio; e 
 • Bromato de Potássio (muito tóxico). 
 
OBS.: Cada base é quimicamente incompatível com a outra, exigindo-se para o seu uso um 
diagnóstico completo, e todas elas são incompatíveis com tinturas metálicas e Henê. 
 
As contra indicações e as conseqüências da degradação cuticular são as mesmas das citadas 
anteriormente nos agentes de coloração, bem como os cuidados e as recomendações para 
manutenção em casa. 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS COSMÉTICOS CAPILARES: 
 
 
 1-ARGILATERAPIA OU GEOTERAPIA 
 
 
INDICAÇÃO: Couro cabeludo com oleosidade excessiva, seborréia, caspa intensa (pitiríase 
simplex e esteatóide), alopecias (queda difusa, areata, tração etc.) psoríase (fase passiva) etc. 
 
OBJETIVO: promover uma ação seborreguladora capilar com higienização profunda do couro 
cabeludo, ativando a circulação sanguínea e linfática, estimulando e fortalecendo o bulbo 
piloso. 
 
SEQUÊNCIA DO TRATAMENTO: 
 • 01- Anti-sepsia mãos do cliente e do profissiona (colocar luvas)l; 
 • 02- Anamnese: análise da haste capilar, bulbo piloso e couro cabeludo; 
 • 03-Higienização do couro cabeludo (desincruste com laurilsulfato ou salicilato de sódio)-
eletroterapia opcional; 
 • 04-Esfoliar placas de seborréia,queda,crostas etc.;(opcional) 
 • 05- Aplicar coquetel de Argila( 40 grs ou 1 col.sopa) + 30ml ou 2 col. sopa de loção de ervas 
e própolis ou água destilada e 5 gotas de óleo essencial de limão (opcional); Circulando 
inicialmente a área a ser trabalhada e em seguida da nuca para a testa, como se fosse retoque 
de raiz. Ocluir com filme osmótico e deixar por 10m. .Enxaguar e aplicar xampu de jaborandy, 
confrey (queda) argila, própolis (crostas e oleosidades) lavar por 2 vezes. 
 • 6-Hidratação dos fios com hidratante instantâneo (óleo de Buriti, manteiga de Karite, 
silicones etc.), fazer unificação dos fios e pontas com enluvamento. Deixar agir por 5m. No 
vapor de ozônio ou oclusão filme osmótico.Enxaguar. 
 • 07-Eletroterapia (opcional) Aplicar Corrente de Alta freqüência com os cabelos limpos, 
úmidos quase secos, com a técnica de fluxação (couro cabeludo oleoso), ou com a técnica de 
faíscamento direto (quedas, alopecias)-3 a 5 “ 
 • 08- Massofilaxia capilar. 
 • 09-Nutrição: ionizar(opcional) ou aplicar complexo fortalecedor( D-Pantenol, Própolis, aloe 
Vera etc.) couro cabeludo oleoso e com queda. 
 • 10-Finalizar com leave-in com fps. 
 
MANUTENÇÃO: Xampu (Jaborandy, confrey, argila, própolis) 
 
 
 
 
 
 
 
2 - DESINTOXICAÇÃO CAPILAR 
 
 
INDICAÇÃO: Couro cabeludo sensibilizado por excesso de químicas, toxinas, metais pesados 
(henê, henna etc.) 
 
OBJETIVO: promover uma desintoxicação capilar com higienização profunda do couro 
cabeludo, auxiliando na remoção de toxinas e metais pesados, estimulando e fortalecendo o 
bulbo. 
 
SEQUÊNCIA DO TRATAMENTO: 
 • 01- Anti-sepsia mãos do cliente e do profissional(colocar luvas); 
 • 02- Anamnese: análise haste capilar, bulbo piloso e couro cabeludo. 
 • 03-Higienização do couro cabeludo (desincruste com laurilsulfato ou salicilato de sódio)-
eletroterapia opcional. 
 • 04-Peeling: Esfoliar placas de seborréia,queda,crostas,etc.(opcional); 
 • 05- Aplicar coquetel de Argila (40 grs ou 1 col.sopa) + 30ml ou 2 col. sopa de loção de 
isoflavonas ou água destilada e 5 gotas de óleo essencial de lavanda(opcional). Circulando 
inicialmente a área a ser trabalhada e em seguida da nuca para a testa como se fosse retoque 
de raiz. Ocluir com filme osmótico e deixar por 10m. Enxaguar Aplicar xampu de ceramidas, 
macadâmia, tília ou camomila por 2 vezes e enxaguar. 
 • 6-Hidratação dos fios com hidratante instantâneo (óleo de Buriti, manteiga de 
Karite,silicones,etc...), fazer unificação dos fios e pontas com enluvamento. Deixar agir por 5m. 
No vapor de ozônio ou oclusão filme osmótico.Enxaguar. 
 • 07-Eletroterapia (opcional) Aplicar Corrente de Alta freqüência com os cabelos limpos, 
úmidos quase secos, com a técnica de fluxação (couro cabeludo oleoso), ou com a técnica de 
faíscamento direto (quedas, alopecias)-3 a 5 “; 
 • 08- Massofilaxia capilar; 
 • 09- Nutrição: couro cabeludo sensível: aplicar loção tília, camomila, ácido 
glicirrético(alcaçuz). 
 • 10-Finalizar com leave-in com fps. 
 
MANUTENÇÃO: Xampu de Tília, Camomila, Ceramidas. Hidratante (queratina, proteínas) 
Leave-in com fps. 
3 – CONTROLE DA CASPA E OLEOSIDADE EXCESSIVA 
 
 
INDICAÇÃO: Couro cabeludo extremamente seborréico, oleoso, com descamações, crostas, 
pitiríases etc. 
 
OBJETIVO: após desintoxicação capilar com argilaterapia para controle da oleosidade e 
remoção de crostas,etc... 
 
SEQUÊNCIA DO TRATAMENTO: 
 • 01- Anti-sepsia mãos do cliente e do profissional(colocar luvas); 
 • 02- Anamnese:análise da haste capilar, bulbo piloso e couro cabeludo. 
 • 03-Higienização do couro cabeludo (desincruste com laurilsulfato ou salicilato de sódio)-
eletroterapia opcional. 
 • 04-Peeling-esfoliação crostas e placas de seborréia. 
 • 05- Aplicar xampu peeling (própolis, ácido cítrico)ou de Argila, anti-resíduos ou 
antifúngcico (octopirox, climbazol, cetoconazol, piritionato de zinco, enxofre etc.) enxaguar. 
 • 06-Hidratação dos fios: aplicação de hidratante específico, fazer unificação dos fios e 
pontas com enluvamento. Deixar agir 10 a 20m. no vaporizador, vapor de ozônio (5m. na 
hidratação e 5m. no ozônio) ou ocluir com touca metalizada ou filme osmótico.Enxaguar após 
10 a 20m. 
 • 07-Eletroterapia (opcional) Aplicar Corrente de Alta freqüência com os cabelos limpos,

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