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Vantagens e desvantagens das formas farmacêuticas

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VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS FORMAS 
FARMACÊUTICAS 
 
 
 
 
Material retirado do livro: Manual de 
Formulações na Prática Clínica – 1 ed. 
 
 
 
 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS 
CÁPSULAS 
São formas farmacêuticas sólidas de forma e capacidade variáveis, contendo 
normalmente uma dose unitária de um ou mais ativos. Elas podem ainda variar 
conforme sua consistência: 
• Dura: cápsula de gelatina, vegetal ou gastrorresistentes; 
• Mole: cápsula gelatinosa oleosa. 
Vantagens 
• Número de adjuvantes reduzidos; 
• Boa estabilidade em relação às demais formas farmacêuticas; 
• Protege contra luz, ar e outros pós; 
• Fácil identificação (cor ou impressão serigrafada); 
• Mascaram de forma eficaz o sabor e odor desagradável de alguns fármacos; 
• Boa biodisponibilidade (absorção média de 10 a 20 minutos); 
• Versatilidade para o preparo de fórmulas em pequenas quantidades e/ou com 
doses individualizadas. 
Desvantagens 
 
• Fácil adesão à parede do esôfago; 
• Não pode ser partida (não-fracionável); 
• Restrição de uso a pacientes com dificuldades de deglutição (geralmente 
crianças e idosos); 
• Comporta volume reduzido em uma formulação. 
PÓ 
É a forma farmacêutica sólida que contém um ou mais princípios ativos secos, 
com tamanho de partícula reduzido e com ou sem excipientes. Essa forma farmacêutica 
possibilita trabalhar com doses elevadas, que são limitadas pelo tamanho e quantidade 
de cápsulas. Em termos gerais, uma fórmula, na qual a dosagem de princípios ativos em 
que sua soma supere 500mg pode viabilizar a manipulação em pó, que pode ser 
apresentada como base comum, efervescente ou na forma de shakes. 
Esses pós podem ser acondicionados diretamente em embalagens plásticas 
(quando não há necessidade de precisão da dose e/ou baixo potencial de instabilidade 
físico-químico/microbiológico) ou em sachês (quando existir necessidade de precisão de 
dose e/ou risco potencial de instabilidade físico-químico/microbiológico significativo). 
 
Efervescentes: É o pó contendo, em adição aos ingredientes ativos, substâncias ácidas 
e carbonatos ou bicarbonatos, os quais liberam dióxido de carbono quando em contato 
com a água. 
Vantagens 
• Devido à presença do CO2 livre, pode mascarar o sabor desagradável leve à 
moderado de alguns princípios ativos; 
• Fácil deglutição; 
• Apresentação diferenciada, o que pode melhorar a adesão à terapêutica; 
• Boa palatabilidade; 
• Rápida absorção pelo trato gastrointestinal (TGI). 
Desvantagens 
• Baixa estabilidade físico-química (prazo de validade curto); 
• Pouco tolerado em pacientes com refluxo gastroesofágico; 
• O uso de pós efervescentes com dosagens superiores a 10g de princípios ativos 
não é recomendado, pois aumenta a necessidade de excipientes efervescentes, 
o que promove ingestão excessiva de conteúdo cítrico e de bicarbonato, gerando 
possível desequilíbrio eletrolítico. 
Shakes: Apesar de não serem reconhecidos oficialmente pelas autoridades sanitárias, 
os shakes são definidos pela indústria como produtos de maior espessura após sua 
 
dispersão em água ou bebidas. Trata-se de misturas em pós, que consistem em 
princípios ativos adicionados a veículos que contém valor nutricional agregado e 
consistência física mais espessa. Fornecidos na forma de pó, o paciente utiliza a dose 
recomendada, usando um medidor padronizado, ou mesmo utilizando sachês, para 
dispersão na água, homogeneização e posterior ingestão. 
Vantagens 
• Podem ser veiculados a nutrientes e fitoterápicos; 
• Os ativos veiculados são mais rapidamente absorvidos pelo trato 
gastrointestinal; 
• De fácil deglutição; 
• Dependendo dos ativos escolhidos, pode possuir valor nutricional agregado e 
então pode ser considerado como um hipercalórico ou um suplemento 
alimentar. 
Desvantagens 
• Quando armazenados em embalagens plásticas, são mais difíceis de transportar; 
• Menor estabilidade físico-química e microbiológica; 
• O paciente fica exposto ao sistema de medida caseira, ou seja, não é preciso. 
 
VIA SUBLINGUAL 
 
Via de administração que não atravessa o trato gastrointestinal, não sofrendo efeito 
de primeira passagem hepática, e sendo lançada diretamente na circulação pela artéria 
carótida. Apresentando início da ação mais rápido e permitindo a absorção de 
nutrientes sensíveis à metabolização pré-sistêmica. Uma vez que o comportamento 
farmacocinético da via sublingual é distinto da via oral, seu pico de concentração 
plasmática geralmente é maior e é alcançado com maior rapidez. Por isso, para prevenir 
o risco de toxicidade, faz-se necessária à aplicação de alguns critérios, antes do uso 
racional dessa via, que são os seguintes: 
• Instabilidade conhecida do nutriente aos fluidos do trato gastrointestinal e sua 
microbiota; 
• Metabolização pré-sistêmica (enteral e/ou hepática) que inative o fármaco; 
• Baixa biodisponibilidade por via oral do(s) nutriente(s) (gerada pelas 
características de absorção destes e/ou estado fisiopatológico do paciente) 
associada à comprovação de biodisponibilidade clinicamente significativa pela 
via sublingual (exemplo: vitamina B12/Cobalamina); 
 
• Necessidade de rápida reposição nutricional (estados carências emergenciais), 
associada à indisponibilidade de administração pela via parenteral. 
PASTILHAS 
É uma forma farmacêutica de dissolução lenta e absorção rápida, que pode 
conter um ou mais princípios ativos, associados a uma base com ou sem sabor, e 
geralmente sem corante. Pode ser preparada por modelagem ou compressão, podendo 
ter ação local e sistêmica. As pastilhas permitem a adição de quantidades de fármacos 
que variam entre 2 a 3g, dependendo da forma e base utilizadas pela farmácia de 
manipulação. 
 
FILME ORODISPERSÍVEL 
Vantagens 
• Rápida desintegração e dissolução na cavidade oral; 
• Aumento da biodisponibilidade; 
• Rápido início de ação; 
• Água não utilizada ou mastigação para sua administração; 
Desvantagens 
• Possui dose máxima 
• Custo elevado 
Aplicações: O filme orodispersível é ideal para classes terapêuticas onde é necessário 
um pico de concentração plasmática para a escolha farmacológica desejada. A dose 
máxima de ação para a manipulação do filme orodispersível é de 50mg. 
Compostos que podem ser manipulados em filmes orodispersível: 
• 5HTP 
• Safrin 
• Coenzima Q10 
• Vitamina D 
• Metilcobalamina 
• Metilfolato 
• Demais ativos de baixa a média dosagem 
Sabores: menta, morango, uva, limão, morango, laranja e guaraná. 
 
 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 
SOLUÇÃO 
É uma forma farmacêutica líquida, límpida e homogênea, que contém um ou 
mais princípios ativos dissolvidos em um solvente adequado ou em uma mistura de 
solventes miscíveis. 
Vantagens 
• Rápida absorção pelo trato gastrointestinal; 
• Possui homogeneidade da dose e não requer agitação mecânica; 
• Fácil deglutição, condição importante para pacientes pediátricos ou geriátricos, 
ou para aqueles em condições crônicas que afetam a capacidade de deglutição 
de formas sólidas. 
Desvantagens 
• Mais difíceis de transportar; 
• A solubilização realça o sabor dos fármacos (princípios ativos com sabor 
desagradável, moderado a forte não devem ser veiculados nesta forma); 
• Apresentam menor estabilidade físico-química e microbiológica; 
• Paciente pode ficar exposto ao sistema de medida caseira (não preciso). 
SUSPENSÃO 
São preparações que contêm partículas finamente divididas da substância ativa, 
sendo dispersa de forma relativamente uniforme em um veículo no qual essa substância 
apresente solubilidade mínima. As partículas sólidas são insolúveis na fase líquida e 
tendem a sedimentar, porém, devem ser facilmente dispersas com agitação. 
Vantagens 
• Forma farmacêutica ideal para veicular ingredientes ativos insolúveis; 
• Opção para veicular fármacos de sabor desagradável (a suspensão realça menos 
o gosto quando comparada à solução); 
• Idealpara converter formas farmacêuticas sólidas (pós) em forma líquida, sendo 
indicada para pessoas com dificuldades de deglutição; 
• O fármaco se encontra finamente dividido, portanto, sua dissolução pode 
ocorrer mais rapidamente nos fluidos do trato gastrointestinal do que formas 
farmacêuticas sólidas; 
• Possibilidade de formulações extemporâneas (com uso em até 48h após o 
preparo). 
Desvantagem 
 
• Potentes fármacos insolúveis, empregados em pequenas doses, não devem ser 
veiculados devido ao maior risco de erro na sua administração. 
TINTURA 
É a preparação alcoólica ou hidroalcoólica resultante da extração de drogas 
vegetais ou animais. É classificada em simples e composta, conforme preparada com 
uma ou mais matérias-primas. A menos que indicado de maneira diferente da 
monografia individual, 10ml de tintura simples correspondem a 1g de droga seca. 
A tintura vegetal (20%) é preparada à temperatura ambiente pela ação do álcool 
sobre uma erva seca (tintura simples) ou sobre uma mistura de ervas (tintura composta). 
São preparadas por solução simples, maceração ou percolação. A tintura simples 
corresponde a 1/5 do seu peso em erva seca, isso quer dizer que: 20g de erva seca 
permitem preparar 100ml de tintura. Em sua maioria deve se utilizar álcool a 60°G.L. 
Tintura Mãe: A tintura mãe (10%) é preparada a partir da droga vegetal fresca ou seca, 
ou ainda de origem animal, extraída pelos métodos de maceração ou percolação 
utilizando como veículo extrator álcool em diferentes graduações segundo monografia 
da droga. Caso não haja especificação em monografias, o teor alcoólico durante e ao 
final da extração deverá ser de 60°G.L. A relação entre resíduo sólido e veículo extrator 
corresponde, geralmente, a 1g de resíduo sólido para 10ml de veículo extrator (1:10). 
A tintura está permitida para prescrição nutricional desde que seja utilizada 
como Tintura Vegetal (20%) e não como Tintura Mãe (10%), isso porque a maioria dos 
estudos e das posologias recomendadas em literatura técnico-científico levam em 
consideração a Tintura Vegetal (20%). 
Vantagens 
• Forma farmacêutica de fácil ingestão. 
Desvantagens 
• Difícil padronização exata, não garantindo dose precisa de ingestão do princípio 
ativo; 
• Pode conter álcool; 
• Sabor amargo. 
SOLUÇÃO SUBLINGUAL 
É uma forma farmacêutica líquida, límpida e homogênea, de dissolução e 
absorção rápidas. Possui ação sistêmica, que contém um ou mais princípios ativos, 
dissolvidos em um solvente adequado ou numa mistura de solventes miscíveis. Pode ou 
não conter sabor e geralmente são livres de corante. 
 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS SEMISSÓLIDAS 
GEL COMESTÍVEL 
Muito utilizado em produtos com aplicação na nutrição esportiva, é composto 
basicamente por água, agentes espessantes (gelatina e/ou polímeros) e demais 
adjuvantes que contribuem sensorialmente (sabor, cor e odor). Podem ser incorporadas 
grandes quantidades de insumos farmacêuticos ativos, geralmente até 25% da 
quantidade total do produto. 
Vantagens 
Forma farmacêutica ideal para manipular ingredientes ativos em grandes concentrações 
e de forma alternativa aos pós; 
• Rápida absorção pelo Trato Gastrointestinal; 
• Possui homogeneidade e individualização da dose; 
• São mais fáceis de deglutir, condição importante para pacientes pediátricos ou 
geriátricos, ou para aqueles em condições crônicas que afetam a capacidade de 
deglutição de formas sólidas; 
• Fácil transporte. 
Desvantagens 
• A solubilização na base gelificada realça o sabor de alguns fármacos, por isso 
princípios ativos com sabor desagradável moderado a forte não devem ser 
veiculados nessa forma; 
• Apresentam menor estabilidade físico-química e microbiológica. 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS DIFERENCIADAS 
 
Com o desenvolvimento do mercado nutricional para farmácias de manipulação 
nos últimos anos, houve uma retomada na pesquisa, desenvolvimento e inovação de 
formas farmacêuticas que apresentem aspecto físico de alimento ou bebida, com a 
finalidade de reduzir o impacto do aspecto medicamentoso que as formulações 
apresentam, e favorecer assim a adesão do tratamento pelo paciente. 
Gomas, chocolates, sucos, sopas, sorvetes, frappés, caldas e mousses são alguns 
dos exemplos disponíveis na farmácia de manipulação. Entretanto, é muito importante 
que o nutricionista se certifique junto ao farmacêutico se a forma farmacêutica 
solicitada em prescrição é viável e apresenta comprovação de estabilidade e sensorial, 
seja por estudos próprios ou por literatura farmacêutica confiável, uma vez que, 
conforme legislação vigente é de responsabilidade da farmácia garantir a qualidade do 
 
produto, no prazo de validade determinado e, dessa forma, favorecer a eficácia e 
segurança do tratamento. 
GOMAS 
São formas farmacêuticas diferenciadas ricas em gelatina e/ou colágeno 
(dependendo da farmácia de manipulação, a goma pode ser composta de 1 a 2g de 
colágeno hidrolisado e até 1g de gelatina), macias e flexíveis, mastigáveis e em sua 
maioria com sabor e corante, artificial ou natural. 
Vantagens 
• Mascaram facilmente o sabor de compostos de sabor leves a moderados; 
• São menos irritantes para a mucosa bucal; 
• Possuem atrativo sensorial de cor, odor, paladar e consistência, favorecendo a 
adesão à terapia; 
• Proporcionam a suplementação simultânea de colágeno hidrolisado. 
Desvantagens 
• Não permitem a veiculação de fármacos termossensíveis ou de sabor 
desagradável forte; 
• Possuem custo de produção elevado. 
 
CHOCOLATES 
Com estudos experimentais farmacêuticos é possível fazer uso de suplementos 
nutricionais e fitoterápicos em tabletes de chocolates, evitando o gosto amargo de 
algumas substâncias e proporcionando os benefícios do cacau simultaneamente. Os 
chocolates para manipulação, em geral, devem possuir quantidade elevada de cacau 
(mínimo 50%) de fornecedores de matérias-primas com autorização para comercializar 
estes chocolates como insumos farmacêuticos. Algumas farmácias disponibilizam a base 
farmacêutica sem glúten/lactose/açúcar, direcionados a pacientes com restrições e os 
tabletes podem variar o peso entre 5 e 10g, podendo comportar até 2g de ativos. 
Vantagens 
• Mascaram facilmente compostos de sabor leve a moderado; 
• Menos irritante para a mucosa bucal; 
• Possuem atrativo sensorial de cor, odor, paladar e consistência, favorecendo a 
adesão à terapêutica; 
• Geram aporte dos compostos bioativos e nutrientes do cacau. 
Desvantagens 
 
• Não permitem a veiculação de fármacos termossensíveis ou de sabor 
desagradável forte; 
• Possuem custo de produção elevado.

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