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LISTERIA MONOCYTOGENES

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO
CURSO DE MEDICINA
BRUNA FERNANDA DIAS
GRAZIELA GONÇALVES PRESOTTO PINTO NETO
JESSYCA MANZOLI ALBERNAZ
JULIANA FACCA MENDES 
MARIA JULIA MANZOLI
LISTERIA MONOCYTOGENES
Ribeirão Preto, SP
MAIO 2020
BRUNA FERNANDA DIAS
GRAZIELA GONÇALVES PRESOTTO PINTO NETO
JESSYCA MANZOLI ALBERNAZ
JULIANA FACCA MENDES
MARIA JULIA MANZOLI
LISTERIA MONOCYTOGENES
 Atividade apresentada ao curso de Medicina como requisito da disciplina Microbiologia
Orientador(a)Professora Juliana Issa Hori
Ribeirão Preto, SP
MAIO 2020
Sumário
1.	Introdução	3
2.	Transmissão	5
3.	Diagnóstico	6
4.	Sinais e Sintomas	7
5.	Síndromes Clínicas	8
6.	Tratamento	9
Referências	10
1. Introdução
A Listeria monocytogenes é um bacilo gram-positivo, beta-hemolítica fraca (fraca coloração amarelada), anaeróbia facultativa, sendo conhecido por causar natimorte e doença neurológica em animais muito antes mesmo de ser reconhecido como causador de doença em humanos.
Elas são móveis, arranjam-se em pares (assemelhando-se a enterocococo), são ubíquas (encontradas na água, vegetação em decomposição, fezes de animais), são resistentes a condições adversas (variações de temperatura, pH e salinidade), são capazes de polimerizar actina, que auxilia em sua protrusão para outras células adjacentes, entre outras características descritas posteriormente.
Os fatores de virulência e mecanismo de patogenicidade: 
Adesão: feita por invasinas (A e B – InIA e InIB). A bactéria é então fagocitada e fica em um vacúolo/fagossomo. Porém, ela escapa do vacúolo, lisa sua membrana e fica livre no citosol. A lise da membrana do fagossomo envolve outras proteínas, como listeriolisina (LLO), que é ativada pelo pH ácido do fagolisossomo e fosfolipases PlcA e PlcB, que degradam membrana do fagossomo, permitindo que a bactéria seja liberada no citoplasma da célula. Lá ela se replica e migra para a membrana celular (o movimento é mediado por ActA). Ou seja, quando ela é ingerida pelas células fagocíticas, ela não é destruída, podendo até proliferar dentro das células, principalmente no fígado. Elas produzem complexos de ataque à membrana, rompendo as membranas do fagolisossomo e liberando os micróbios dentro do citoplasma do fagócito, onde eles se propagam. Posteriormente, os micróbios secretam mais complexos de ataque à membrana que rompem a membrana plasmática e, assim, liberam os micróbios do fagócito, resultando na lise do fagócito e na infecção das células vizinhas pelo micróbio. Além disso, elas têm a habilidade de escapar de um fagossomo antes que ele se funda a um lisossomo.
Polimerização de filamentos de actina: proteína ActA (proteína indutora da montagem de polímeros de actina nos polos da célula bacteriana). Essa actina é responsável pela mobilidade da bactéria célula-célula). A transmissão célula a célula ocorre em uma sucessão de polimerização de actina, formação da cauda de cometa, fagocitose pela célula adjacente. Ou seja, elas também podem se mover diretamente de um fagócito para outro adjacente, característica bem especifica dela. 
O nome vem da proliferação dos monócitos encontrados em alguns animais que foram infectados pelo bacilo. Nos últimos anos, a doença listeriose tem sido causa de grande preocupação para a indústria de alimentos e para as autoridades de saúde. A listeriose, desde a introdução da vacinação Hib, se tornou a quarta causa mais comum de meningite bacteriana.
Ela aparece em duas formas: em adultos infectados e como uma infecção em fetos e recém-nascidos.
Nos adultos humanos, normalmente é uma doença branda, basicamente sem sintomas, porém o micróbio algumas vezes invade o Sistema Nervoso Central, sendo capaz de causar meningite, isso ocorre principalmente com pessoas com o sistema imune comprometido, como uma pessoa com diabetes, Aids ou que estejam tomando imunossupressivos; sendo a taxa de mortalidade, dessas infecções no sistema nervoso central, de 50%. A Listeria pode invadir a corrente sanguínea e causar uma variedade de condições clinicas, incluindo sepse. As pessoas que se recuperam ou aparentemente saudáveis podem liberar indefinidamente o patógeno nas fezes. 
Para mulheres gravidas, ela é bastante perigosa, já que as mulheres sofrem sintomas leves, parecidos com de refriado, porem o feto pode ser infectado via placenta e isso pode resultar em aborto ou bebe natimorto. Em alguns casos, a doença pode se manifestar após o nascimento, em geral como meningite, o que pode resultar em dano significativo ao cérebro ou morte. A taxa de mortalidade infantil associada com esse tipo de infecção é aproximadamente 60%. 
Nos humanos, o microrganismo é principalmente de origem alimentar (como alimentos frios prontos para o consumo e laticínios) e pode causar surtos. A L. monocytogenes é um dos poucos patógenos que podem se proliferar em temperaturas de refrigerador, o que pode resultar em um aumento do seu número pelo tempo que o alimento fica na geladeira. 
A Food and Drug Administration (FDA) aprovou recentemente o uso de um spray que contem bacteriófagos capazes de matar pelo menos 170 cepas de L. monocytogenes em frios (que estão ponrtos para o consumo), podendo o spray ser um modelo para o controle de outros patógenos de origem alimentar. 
Um progresso para detecção da L. monocytogenes em alimentos tem sido feito através de meios de crescimento seletivo e testes bioquímicos rápidos. Porém, as sondas de DNA e testes sorológicos que usam anticorpos monoclonais se mostram os mais satisfatórios. 
O diagnóstico em seres humanos depende do isolamento e do cultivo do patógeno, geralmente do sangue, um método de prevenção seria a pasteurização e cozimentos dos alimentos e, a penicilina G é o antibiótico de escolha para o tratamento.
Um desenvolvimento recente na preservação de alimentos é o uso de técnicas de processamento de alta pressão. Alimentos embalados são submergidos em tanques de água pressurizada, o que pode matar muitas bactérias, incluindo a Listeria, por interromper muitas funções celulares. 
Imunidade humoral não é importante para o controle das infecções causadas pela Listeria. As bactérias podem se replicar nos macrófagos e movimentarem-se dentro das células, impedindo a depuração mediada pelos anticorpos. Pacientes com falhas na imunidade celular, mas não na imunidade humoral, são particularmente sensíveis às infecções graves. 
2. Transmissão
A maioria das infecções ocorre por consumo de alimentos contaminados. Há relatos de casos raros de transmissão nosocomial, pelo contato direto com material infeccioso devido a lesões em mãos e braços, e infecções neonatais, onde o microrganismo pode ser transmitido da mãe para o feto no útero ou no canal do parto ao nascimento e surtos em enfermeiras por contato com equipamento ou material contaminado. Quanto à infecção por alimentos, surtos registrados estavam associados à ingestão de leite contaminado (inadequadamente pasteurizados e de fontes não seguras, ou cru), queijos, sorvetes, água, vegetais crus, patês de carnes, molhos de carne crua fermentada, aves cruas ou cozidas, peixes (inclusive os que passam pelo processo de defumação) e frutos do mar.
Epidemiologia: ​as principais fontes da bactéria ​Listeria monocytogenes​ são derivadas do solo, água, fezes de vários animais e na matéria vegetal em decomposição. Foram notificados grandes surtos com produtos alimentares contaminados por esse microrganismo. Os picos de incidência ocorrem em períodos quentes. A ​Listeria monocytogenes​ cresce em uma ampla faixa de pH e em baixas temperaturas, sendo resistentes a essas condições de ambiente. A taxa de mortalidade desta bactéria é maior do que quase todas as doenças causadas pela ingestão de alimentos.
3. Diagnóstico
Infecções por Listeria são diagnosticadas por meio de cultura de sangue ou de líquido cefalorraquidiano. Em todas as infecções por Listeria, os títulos mais altos de aglutininas de imunoglobulina G (IgG) são encontrados em 2 a 4 semanas após o início da doença. É necessário cuidado na identificação,pois o microrganismo é facilmente confundido com difteroides (estreptococos e enterococos).
Em espécies ambientais e alimentares, são utilizados diversos caldos seletivos de enriquecimento e ágares disponíveis para recuperação e multiplicação de L. monocytogenes. Também são necessários vários testes bioquímicos para a classificação taxonômica dos isolados e confirmação do gênero para a identificação da espécie.
Uma técnica muito utilizada é a de enriquecimento a frio que é baseada na taxa de recuperação de bactérias em temperaturas de 4° C. Esta embora seja útil, demanda muito tempo de incubação, necessário para a obtenção de resultados. Os meios de cultura poderão variar de acordo com a natureza da amostra a ser analisada, assim, deve-se considerar o tipo da amostra em teste, a qualidade e quantidade do agente possivelmente presente e o tipo de microbiota acompanhante. 
O diagnóstico da listeriose causada pela L. monocytogenes inicia pela obtenção de amostras das fezes, medula, sangue e cérebro provenientes das aves ou do meio ambiente. Os meios de culturas utilizados são ALOAgar, BCM L. monocytogenes, CHROMagar, ágar PALCAM, ágar Oxford, ágar sangue, ágar sangue com telurito de potássio 0,05%.
Para identificar a bactéria, deve-se atentar para as seguintes características: bacilo em célula única ou cadeia curta, Gram positivo ß-hemolítico na coloração, colônia branca, lisa em ágar sangue e não há crescimento em meio sólido no ágar MacConkey. 
Como as técnicas convencionais de isolamento e identificação de Listeria necessitam de etapas trabalhosas e de longa duração, as indústrias de alimentos necessitam de metodologias rápidas e sensíveis para monitorar a incidência de L. monocytogenes. Neste contexto, a utilização das técnicas de PCR na detecção e identificação de L. monocytogenes tem se demonstrado eficiente, segundo vários trabalhos (McGinnis, 2006).
4. Sinais e Sintomas
Os sintomas da contaminação por Listeria Monocytogenes variam com a idade possuindo aspectos variáveis: de sintomas leves, simulando uma gripe, a sepse grave, publico alvo recém nascidos e acima de 60 anos de idade, além de pacientes imunossuprimidos. A listeremia pode provocar infecção intrauterina, corioamnionite, partos prematuros, óbito fetal ou infecção do recém nascido causando sequelas graves, principalmente neurológicas. Na maioria desses casos os sintomas clínicos são agudos, com algumas exceções de casos subagudos além de formas de envolvimentos do Sistema Nervoso Central (SNC).
Sintomas da infecção por Listeria Monocytogenes são semelhantes a qualquer meningite bacteriana sendo febre, cefaléia, fotofobia, vômito, diminuição da consciência e sinais meníngeos, alguns pacientes podem se queixar de sinais focais como peritonite (6,2%), pleurisia, endocardite, osteomielite, hepatite, artrose e ou convulsões generalizadas. Rigidez de nuca pode estar presente em crianças menores de 2 anos de idade. Sinais e sintomas podem indicar que o microorganismo pode ser encontrado no trato digestivo antes de entrar na corrente sanguínea como por exemplo dores de cabeça, dor abdominal, vômitos e diarreia. 
A Listeria Monocytogenes esta intimamente relacionada com sistema nervoso central onde a meningoencefalite é sua forma mais comum de apresentação. Pode haver envolvimento do SNC que pode ou não estar associado à bacteremia, enquanto os outros casos são considerados sepse primária. Atualmente houve um aumento no número de casos de bacteremia primária sem o envolvimento do sistema nervoso central. A infecção com bacteremia primária por Listeria Monocytogenes tem como sintomas febre e calafrios, sendo excepcional a evolução para choque séptico.
Algumas formas clínicas de envolvimento do SNC progridem para cerebrite, tanto para encefalite difusa como para romboencefalite, em raras ocasiões, em abscesso cerebral. A romboencefalite se manifesta com alteração do nível de consciência, paralisia de nervos cranianos, perda de sinais cerebelares e perda motora e sensitiva. 
Síndrome de Parinaud pode ser consequência da listeriose oculoglandular, apresentando oftalmite e aumento de linfonodos regionais. Podendo seguir à inoculação conjuntival e caso não seja tratrada pode progredir para bacteremia e meningite.
5. Síndromes Clínicas
 Entre as síndromes clínicas descritas na infecção por Listeria monocytogenes estão:
· Sepse neonatal e meningite (de início precoce e tardio)
· Meningite bacteriana em adultos
· Rombencefalite em adultos
· Sepse ou bacteremia isolada em adultos (incluindo mulheres grávidas)
· Endocardite em válvula nativa ou protética
· Infecções protéticas arteriais
· Pneumonia
· Pleuropneumonia
· Hepatite
· Abscesso hepático
· Gastroenterite febril
· Peritonite bacteriana espontânea
· Peritonite em pacientes com diálise peritoneal ambulatorial contínua
· Osteomielite
· Colicistite
· Artrite
6. Prevenção e Tratamento
Alguns métodos de prevenção podem ser adotados, como o preparo adequado de produtos industrializados, lavagem de produtos consumidos crus, e em pessoas com maior risco, ou seja, gestantes, idosos e imunocomprometidos, é recomendado evitar o consumo de alimentos que não passaram por nenhum processo de cozimento.
O tratamento deve ser realizado com antibióticos que tenham ação intracelular, já que a bactéria possui alguns meios de burlar os mecanismos de defesa humoral e antibióticos com ação nos fluidos extracelulares, sendo assim necessário que o antibiótico seja transportado para dentro da célula hospedeira, seja por meio de difusão passiva ou por transporte ativo.
É recomendado como tratamento o uso de antibióticos combinados, como a penicilina associada a gentamicina, pois produz sinergismo com efeito bactericida. Em pacientes alérgicos a beta-lactâmicos, o co-trimoxazol pode ser considerado como terapia alternativa.
Referências
RANA, et. Al. Listeria meningitis and resultant symptomatic hydrocephalus complicating infliximab treatment for ulcerative colitis. 2014. Disponível em: <https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/2054270414522223> acesso em 14 de Maio de 2020.
BUSH, et. al. Listeriose. 2017. Disponível em <https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doenças-infecciosas/bacilos-gram-positivos/listeriose> acesso em 14 de Maio de 2020.
ANDRADE, et. Al. Métodos diagnósticos para os patógenos alimentares: campylobacter sp., salmonella sp. E listeria monocytogenes. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.77, n.4, p.741-750, out./dez., 2010. Disponível em: <http://www.biologico.sp.gov.br/uploads/docs/arq/v77_4/andrade.pdf> aceso em 16 de maio de 2020.
TORTORA, J Gerard; FUNKE, Berdell R; CASE, Chistine L. Microbiologia. Artmed. 10 ed. Porto Alegre, 2012. 
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