Buscar

PROJETO DE ENSINO LEITURA E ESCRITA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PEDAGOGIA
Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
JACINTA APARECIDA TOLENTINO
 ANALISANDO A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E ESCRITA NA VIDA ESCOLAR DO ALUNO NAS SÉRIES INICIAIS COM O PROJETO “ERA UMA VEZ...”
 (
Espinosa
2018
)
	
JACINTA APARECIDA TOLENTINO
ANALISANDO A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E ESCRITA NA VIDA ESCOLAR DO ALUNO NAS SÉRIES INICIAIS COM O PROJETO “ERA UMA VEZ...”
 
Projeto de Ensino aprsentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de licenciado em Pedagogia.
Orientador: Prof. Natalia Gomes dos Santos
Tutora eletrônica: Suelen Bueno Carneiro Toledo
Tutor de sala: Valdirene Maria de Carvalho Soares
Espinosa
2018
JACINTA APARECIDA TOLENTINO. ANALISANDO A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E ESCRITA NA VIDA ESCOLAR DO ALUNO NAS SÉRIES INICIAIS COM O PROJETO “ERA UMA VEZ...”, 2018. 34 folhas. Projeto de Ensino do Curso Superior de Pedagogia – Centro de Ciências Humanas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Espinosa, 2018.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo evidenciar a importância da prática da leitura, escrita e a interpretação de textos em sala de aula. O professor deve buscar técnicas que possibilitem aos alunos sentir prazer na busca pelo conhecimento. A escolha de textos que estejam de acordo com a faixa etária da turma e de fundamental importância para que esse gosto pela leitura possa surgir de forma espontânea. Cabe ao professor elaborar propostas que faça os alunos pensar, indagar, imaginar e serem capazes de reproduzir um relato ou expor sua opinião sobre o tema lido. 
Desenvolver estratégias e procedimentos de leitura eficientes para ensinar os alunos, oportunizar aos estudantes o acervo de inúmeras obras literárias de variados autores, incentivar o estudante a compreender e utilizar melhor as regras ortográficas da Língua Portuguesa e reconhecer a leitura como uma fonte essencial para seu conhecimento de mundo e produzir textos. Estes são os principais objetivos para elaboração desse projeto. 
Há de ser considerado que a leitura a escrita são elementos indispensáveis em todos os graus educacionais, sendo embasadas nas séries iniciais do Ensino Fundamental, contribuindo assim para o desenvolvimento cognitivo dos educandos. O embasamento da tese e de caráter bibliográfico busca referência em grandes nomes como Luria, Vygotsky, Tfouni, Soares, dentre outros, além da análise de documentos como PCNs, no intuito de evidenciar de forma clara a importância do desenvolvimento desse projeto nos anos iniciais do ensino fundamental. 
Palavras chave: Leitura. Escrita. Conhecimento. Interpretação.
SUMÁRIO
1 Introdução......................................................................................................05
2 Revisão Bibliográfica .....................................................................................07
2.1 Papel do professor......................................................................................07
2.2 Alfabetização e letramento..........................................................................09
2.3 Leitura e escrita...........................................................................................12
2.4 Leitura de imagem.......................................................................................14
2.5 Textos e gêneros textuais............................................................................16
3 processo de desenvolvimento do projeto de Ensino......................................17
3.1 Tema e linha de pesquisa............................................................................17
3.2 Justificativa.................................................................................................18
3.3 Problematização.........................................................................................19
3.4 Objetivos.....................................................................................................19
3.5 Conteúdos...................................................................................................20
3.6 Processo de desenvolvimento....................................................................21
3.7 Tempo para a realização do projeto...........................................................24
3.8 Recursos humanos e materiais...................................................................24
3.9 Avaliação.....................................................................................................25
4 Considerações Finais....................................................................................25
5 Referências...................................................................................................26
6 Apêndice (opcional)......................................................................................27
7 Anexos (opcional) ........................................................................................28
1 INTRODUÇÃO
Devido à procura observada dentro do ambiente escolar, por propostas que incentivem o hábito da leitura e da escrita por parte dos alunos, surge a proposta de elaboração desse projeto, para ser desenvolvido nos anos iniciais do ensino fundamental, na tentativa de instigar nos alunos o gosto pela leitura, como também levando-os a aprimorar a escrita e interpretação, não apenas dos textos, mas da realidade a qual estão inseridos.
O presente estudo tem como objetivo auxiliar as práticas pedagógicas referentes à leitura, escrita e interpretação no processo de ensino aprendizagem desenvolvidas nos anos iniciais do ensino fundamental, que é o ciclo que garante a alfabetização e letramento dos alunos.
A temática da leitura e da escrita é sem dúvida um dos temas mais importantes a serem estudados e trabalhados. Uma escola que preza pelo incentivo a leitura por parte dos alunos contribui de forma satisfatória para formação de pessoas criticas capazes de contribuir de forma criativa para o aprimoramento da sociedade a qual vivemos. Propiciar aos alunos contato com contos e textos que estejam condizentes a sua faixa etária além de preservar a infância resgata a imaginação e propicia experiências que ficam para a vida toda. Lins 2003 diz:
 É verdade que as coisas que a gente lê quando é criança fica para o resto da vida. Servem para a vida; servem para pensar, para se emocionar, para questionar, para denunciar, para superar, para suportar, pra construir, servem para libertar, para viver e... ser feliz. (LINS, 2003)
 A formação de um bom leitor é imprescindível, pois aquele que sabe interpretar a palavra bem interpretará as coisas e os fatos do mundo. Sendo assim, o professor deve exercer com eficiência suas práticas pedagógicas relacionadas à aprendizagem da leitura e escrita para que o aluno desenvolva as aptidões que o leve ao hábito de ler, tornando-o um sujeito crítico, pensante, inserido de modo dinâmico na sociedade.
Dentre os objetivos traçados para se alcançar com a realização do projeto “Era uma vez...”, será buscado o aprimoramento da leitura, na qual subsidiará a capacidade do aluno em adquirir e interpretar o que se leu, interiorizando conteúdos. Durante a leitura de diversas obras literárias os alunos serão orientados conforme o respeito à pontuação e a pronúncia correta das palavras, para que se faça uma boa leitura e interpretação do texto lido. No momento em fizerem a interpretação de texto ou produzirem o reconto a ortografia será avaliada conforme a escrita correta da palavra.
Para desenvolvimento deste projeto além de contarmos com materiais didáticos convencionais como o livro, o uso das novas tecnologias será muito bem vindo para desenvolvimento do projeto.
Muitas crianças não sabem que muitos dos filmes ou desenhos que assistem, foram inspirados por histórias contadas em livros, como por exemplo, Branca de neve e os sete anões, que deu origem ao filme Branca de neve e o Caçador, Deu a Louca na Branca de Neve e o desenho animado Os Sete Anões, e a históriada Cinderela que originou o filme para sempre Cinderela, Deu a louca na Cinderela.
 A idéia é que os alunos sejam capazes de produzir o reconto e também de se inspirarem a criar suas próprias histórias. Além dos contos que despertam a imaginação dos alunos, o trabalho com textos reflexivos também será útil para o desenvolvimento social dos educandos. Leituras como o Patinho Feio, O netinho e a avó e os próprios contos de fada, trazem uma mensagem reflexiva acerca de valores e ética.
A apropriação de novos conhecimentos se dá através da curiosidade e instigar os alunos a se desenvolverem intelectualmente, através de uma orientação de estudo que enfoque o ler e escrever para aprender, uma vez que o professor exerça a função de mediador entre os alunos e o texto trabalhado na escola e para isso, é importante que o professor introduza aos alunos práticas sociais de leitura, escrita e de comunicação oral e no desenvolvimento das competências de que eles necessitam para estudar, pesquisar e aprender.
A experiência com textos variados e de diferentes gêneros é fundamental para a constituição do ambiente de letramento. A seleção do material escrito, portanto, deve estar guiada pela necessidade de iniciar as crianças no contato com diversos textos e de facilitar a observação de práticas sociais de leitura e escrita, nas quais suas diferentes funções e características sejam consideradas. Nesse sentido, os textos de literatura geral e infantil, jornais, revistas, textos publicitários, entre outros, são os modelos que se podem oferecer às crianças para que aprendam sobre a linguagem que se usa para escrever.(BRASIL, 1998, P. 151-152)
	
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 O PAPEL DO PROFESSOR	
O presente trabalho tem como objetivo analisar como vem sendo desenvolvidas as práticas pedagógicas dentro do ambiente escolar, em relação à leitura escrita e a capacidade de interpretação dos alunos e diagnosticar a importância do trabalho desenvolvido pelo pedagogo e pelo professor para aperfeiçoamento do ensino aprendizagem.	
Ensinar língua portuguesa é uma grande responsabilidade do professor dos anos iniciais do ensino fundamental, pois é através do domínio da leitura e escrita que o aluno terá uma maior facilidade para aprender outras disciplinas. 
A formação de um bom leitor é imprescindível, pois aquele que sabe interpretar a palavra bem interpretará as coisas e os fatos do mundo. Sendo assim, o professor deve exercer com eficiência suas práticas pedagógicas relacionadas à aprendizagem da leitura e escrita para que o aluno desenvolva as aptidões que o leve ao hábito de ler, tornando-o um sujeito crítico, pensante, inserido de modo dinâmico na sociedade. 
Leite, (2001), diz que ler não é simplesmente decodificar, converter letras em sons, sendo a compreensão uma conseqüência natural dessa ação. Geradi, (2006). A escola vem produzindo grande quantidade de leitores que são capazes de identificar qualquer texto, porém, com enorme dificuldade para compreender o que lêem. 
Sabe-se que o processo de leitura indica que não se deve ensinar a ler por meio de práticas centradas na decodificação
O professor que atua na educação dos anos iniciais do ensino fundamental se torna responsável por propiciar aos educandos a descoberta da decifração dos códigos da leitura e da escrita, para que ele possa ler e posteriormente, seja capaz de entender o que se leu. Durante esse processo de interiorização do conteúdo, para que o aluno seja capaz de pensar e interpretar o texto lido sendo capacitado a usar o seu conhecimento no seu cotidiano, exige do professor a elaboração de proposta que promova situações que favorecerão o aprendizado e que possa instigar no aluno o hábito pela leitura.
 Partindo da teoria de FERREIRO (2000), a prática de cada professor (a) pode variar de acordo com a sua experiência e com os princípios que norteiam seu trabalho. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, cabe ao profissional dominar uma teoria e acreditar em sua capacidade de desenvolver um bom trabalho. Para isso, é necessário que conheça diferentes maneiras de se trabalhar de forma agradável com linguagem oral e escrita, favorecendo o avanço do aluno de um nível de aprendizagem a outro.
Segundo os PCNs, pode se considerar o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa, como prática pedagógica, resultantes da articulação de três variáveis:
. O aluno;
. Os conhecimentos com os quais se opera nas práticas de linguagem;
. A mediação do professor.
O primeiro elemento dessa tríade, o aluno, é o sujeito da ação de aprender, aquele que age com e sobre o objeto de conhecimento. O segundo elemento o objeto de conhecimento. São os conhecimentos discursivo-textuais e lingüísticos implicados nas práticas sociais de linguagem. O terceiro elemento da tríade é a prática educacional do professor e da escola que organiza a mediação entre sujeito e objeto do conhecimento.
O objeto de ensino e, portanto, de aprendizagem, é o conhecimento lingüístico e discursivo com o qual o sujeito opera ao participar das práticas sociais mediadas pela linguagem. Organizar situações de aprendizado, nessa perspectiva, supõe: planejar situações de interação nas quais esses conhecimentos sejam construídos e/ou tematizados; organizar atividades que procurem recriar na sala de aula situações enunciativas de outros espaços que não o escolar, considerando-se sua especificidade e a inevitável transposição didática que o conteúdo sofrerá; saber que a escola é um espaço de interação social onde práticas sociais de linguagem acontecem e se circunstanciam, assumindo características bastante específicas em função de sua finalidade: o ensino.
Ao professor cabe planejar, implementar e dirigir as atividades didáticas, com o objetivo de desencadear, apoiar e orientar o esforço de ação e reflexão do aluno, procurando garantir aprendizagem efetiva. Cabe também assumir o papel de informante e de interlocutor privilegiado, que tematiza aspectos prioritários em função das necessidades dos alunos e de suas possibilidades de aprendizagem.
2.2 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Definir o termo “alfabetização” parece ser algo desnecessário, visto que se trata de um conceito conhecido e familiar. Qualquer pessoa responderia que alfabetizar corresponde à ação de ensinar a ler e a escrever. Nos últimos vinte anos, principalmente a partir da década de 1990, o conceito de alfabetização passou a ser vinculado a outro fenômeno: o letramento. Segundo Soares (1998), o termo letramento é a versão para o Português da palavra de língua inglesa literacy, que significa o estado ou condição que assume aquele que aprende a ler e a escrever. Esse mesmo termo é definido no Dicionário Houaiss (2001) “como um conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito”.
Os PCNs (BRASIL, 1998) recomenda que a alfabetização não seja um aprendizado de decodificação e memorização e na tentativa de encontrar novos caminhos trazem novos conceitos.
Na alfabetização, a leitura como decifração é o objetivo maior ser atingido. Os próprios textos escritos são na maioria das vezes pretextos para trabalhar a leitura como decifração. O uso da leitura como forma de pesquisar adquire uma importância secundária. Depois que o aluno se tornou fluente na leitura, ou seja, sabe decifrar a escrita com facilidade, o uso da leitura como busca de informação torna-se o objetivo mais importante da escola, e a simples decifração deixa de ser uma preocupação constante nos estudos. CANGLIARI (1999, P. 312)
	Para que possamos ter alunos que sejam capazes de pensar por si só, sendo capazes de produzir uma reflexão que não seja alienada, é necessário que o aprendizado esteja voltado sempre para o letramento. Ler apenas não é o suficiente, é preciso que desde o início da sua vida escolar, os alunos sejam levados a perceber que o uso da leitura e interpretação está presente em tudo que fazemos por a importância de serem capazes de usá-la. 
Um dos problemas detectados no Brasil pelo Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica)do Inep) e pelo Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) da OCDE e também na experiência de muitos educadores é o fato de que muitos alunos até chegam a se alfabetizar, mas não desenvolvem adequadamente suas habilidades de leitura e escrita ao longo do ensino fundamental. São alunos que têm baixo desempenho nas avaliações, dificuldade de compreender o que lêem e dificuldade de se expressar.
A discussão entre o termo letramento e alfabetização é muito bem exemplificada pelas idéias de Soares e Tfouni retirada do livro didático Fundamentos da Alfabetização. Segundo Soares (1998), a palavra letramento, que aparece pela primeira vez no vocabulário da educação, no livro de Mary Kato, de 1986, No mundo da escrita: uma psicolingüística começa a ser usada a partir do momento em que o conceito de alfabetização tornou-se insuficiente e pode ser definida como o estado do individuo que foi alfabetizado e exerce as práticas sociais de leitura e de escrita que circulam na sociedade em que vive. 
Só nos demos conta da necessidade de letramento quando o acesso a escolarização se ampliou e tivemos mais pessoas sabendo ler e escrever, passando a aspirar a um pouco mais do que simplesmente, aprender a ler e a escrever. (SOARES, 1998 p.58)
Partindo desse pressuposto podemos dizer que para Soares uma pessoa para ser considerada letrada ela deve ser primeiramente alfabetizada, ou seja, uma pessoa considerada analfabeta também poderá ser chamada de iletrada.
Tfouni (1995) é contrária a essa visão, argumenta que o termo iletrado não possa ser usado como antítese de letrado, isto porque não existe, nas sociedades modernas, o letramento “grau zero”, equivaleria ao iletramento.
Para a autora, o que existe de fato são “graus de letramento”. Um sujeito analfabeto, isto é, que não sabe ler nem escrever, pode ser de certa forma “letrado”, pois estará sempre em um meio letrado, com forte presença da leitura e escrita: jornais, livros, avisos e placas, lidas por outros sujeitos alfabetizados, portanto, com o auxílio de outras pessoas, ele faz uso da escrita em práticas sociais de leitura e escrita, como por exemplo, “lê”, ou pede que alguém leia para ele a placa do ônibus, a conta de luz, o boleto de pagamento, os rótulos das coisas que compra no supermercado. 
Com isso a autora quer dizer que apesar da pessoa ser analfabeta por não saber ler nem escrever estando ela inserida num ambiente letrado é capaz de perceber seus usos e suas funções.
Também Tfouni (1995) compartilha da visão de a necessidade de abordar o termo letramento ter surgido da tomada de consciência que havia alguma coisa além da alfabetização, mais ampla, e até determinante desta. Distingue a alfabetização de letramento ao caracterizá-los como processos interligados, porém separados enquanto abrangência e natureza. 
Para a autora (1995, p. 9), a alfabetização refere-se à aquisição da escrita enquanto aprendizagem de habilidades para a leitura, escrita e as chamadas práticas de linguagem. Considera que o termo está relacionado à aquisição da escrita por meio do processo de escolarização e pode ser entendida de duas formas: ou como um processo de aquisição individual de habilidades requeridas para a leitura e escrita, ou como um processo de representação de objetos diversos de naturezas diferentes.
Já para Soares (1998, p.19), alfabetizado é aquele individuo que apenas aprende a ler e a escrever, mas não adquiriu o estado ou a condição de quem se apropriou das praticas sociais de quem a demanda.
alfabetizar e letras são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.(SOARES, 1998, p. 47)
No Brasil, o termo letramento não substituiu a palavra alfabetização, mas aparece associada a ela. Podemos falar, ainda nos dias de hoje, de um alto índice de analfabetos, mas não de “iletrados”, pois sabemos que um sujeito que não domina a escrita alfabética, seja criança, seja adulto, envolve-se em práticas de leitura e escrita através da mediação de uma pessoa alfabetizada, e nessas práticas desenvolve uma série de conhecimentos sobre os gêneros que circulam na sociedade.
2.3 LEITURA E ESCRITA
A alfabetização considerada como o ensino das habilidades de “codificação” e “decodificação” foi transposta para a sala de aula, no final do século XIX, mediante a criação de diferentes métodos de alfabetização – métodos sintéticos (silábicos ou fônicos) x métodos analíticos (global) –, que padronizaram a aprendizagem da leitura e da escrita. As cartilhas relacionadas a esses métodos passaram a ser amplamente utilizadas como livro didático para o ensino nessa área.
O método sintético parte da análise de elementos menores que a palavra e insistem na correspondência entre o oral e o escrito, entre o som e a grafia, iniciando pelas menores subdivisões das palavras para chegar ao todo; a criança aprende a pronunciar as letras e a estabelecer relações dos sons destas com a sua grafia. O método analítico parte da concepção que a criança capta unidades sonoras físicas. A alfabetização se dá dos sons das letras e a unidade mínima a ser aprendida é o fonema, inicia-se por este, associando a sua representação gráfica, para chegar a unidades significativas, como a sílaba, apalavra e o texto.
A partir da década de 1980, o ensino da leitura e da escrita centrado no desenvolvimento das referidas habilidades, desenvolvido com o apoio de material pedagógico que priorizava a memorização de sílabas e/ou palavras e/ou frases soltas, passou a ser amplamente criticado. Nesse período, pesquisadores de diferentes campos – Psicologia, História, Sociologia, Pedagogia, etc. – tomaram como temática e objeto de estudo a leitura e seu ensino, buscando redefini-los.
Luria diz que: 
“a escrita pode ser definida como uma função que se realiza, culturalmente, por mediação” (LURIA, 2012, p.144)
 “A escrita é uma dessas técnicas auxiliares usadas para fins psicológicos; a escrita constitui o uso funcional de linhas, pontos e outros signos para recordar e transmitir idéias e conceitos” (LURIA, 2012, p.146)
No campo da Psicologia, foram muito importantes as contribuições dos estudos sobre a psicogênese da língua escrita, desenvolvidos por Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1984). Rompendo com a concepção de língua escrita como código, o qual se aprenderia considerando atividades de memorização, as autoras defenderam uma concepção de língua escrita como um sistema de notação que, no nosso caso, é alfabético.
Para Vygotsky, a escrita não está separada da linguagem, e é constituída por um sistema de símbolos e signos (capacidade de atribuir significados) que determinam os sons e as palavras da linguagem oral. Para dominar esse sistema simbólico, é necessário que a criança desenvolva certas funções superiores, especificamente a abstração. 
- A função da abstração é fazer com que gradualmente a fala desapareça, sendo substituída pela escrita. Vygotsky nos mostra que a escrita é uma linguagem que se constitui primeiro no pensamento da criança, para depois ser registrada. 
- A abstração apresenta-se como uma das maiores dificuldades que a criança apresenta no processo de aprendizagem da linguagem escrita, já que antes de registrar ou grafar o sistema simbólico, ela precisa representá-lo no pensamento.
Segundo o Indequal (Indicadores de Qualidade na Educação) a leitura e a escrita são fundamentais para o aprendizado de todas as matérias escolares. Por isso, em cada ano/série, o aluno precisa desenvolver mais e mais sua capacidade de ler e escrever. Em sua proposta pedagógica, a escola precisa estabelecer claramente o que os alunos devem aprender em cada etapa, até a conclusão do ensino fundamental. 
Dessa forma, todos os professores podem coordenar seus esforços para conseguir os melhores resultados. Todas as crianças são capazes de aprender. Por isso, a escola precisa organizar suas aulas e suasatividades pensando em todos os alunos, garantindo que todos eles possam se desenvolver na leitura e na escrita. Esse compromisso com a aprendizagem de todos os estudantes deve ser assumido como uma das principais responsabilidades da equipe de gestão da escola, formada pela direção e pela coordenação pedagógica ou supervisão de ensino.
2.4 LEITURA DE IMAGEM
Sabe-se que uma das primeiras formas de comunicação do homem se deu através das pinturas e desenhos feitos nas cavernas. Até hoje estas imagens são utilizadas para investigar como era a vida na Pré-História. Por milhares de anos o homem vem contando sua história por meio das imagens o que produz e o que mudou ao longo dos séculos foi à tecnologia utilizada para a confecção destas imagens, principalmente com a descoberta da fotografia e de outros meios como o cinema e o computador
 Diante da multiplicidade de códigos e linguagens com os quais contracenamos diariamente, exercitamos conscientemente ou não, diversos tipos de leitura, entre elas destaca, nesse tópico, a leitura de imagem.
Segundo Trevisan (1984) na leitura formal analisa-se a imagem em si. Seus elementos como: cor, linha, textura, volume, plano, espaço, luz, sombra, movimento, tema. Na medida em que tais elementos se unem produzem uma forma, portanto a noção de composição é essencial neste tipo de leitura. A leitura formal oscila entre a análise e a síntese. É também uma leitura estrutural ou sintática. No livro A Imagem no Ensino da Arte (2007), Ana Mãe nos informa: 
“Temos que alfabetizar para a leitura da imagem. Através da leitura das obras de artes plásticas estaremos preparando a criança para a decodificação da gramática visual, da imagem fixa e, através da leitura do cinema e da televisão, a preparamos para aprender a gramática da imagem em movimento" (p. 34).
Devido o domínio das imagens no dia-a-dia das pessoas faz-se necessário alfabetizar as crianças preparando-as para a decodificação das imagens. Para a autora essa alfabetização deve ocorrer através de um currículo escolar que interligue o fazer artístico, a história da arte e a análise da obra de arte. Sendo que a leitura da imagem seja feita pela análise estética e crítica da imagem onde a criança tenha a oportunidade de fazer a releitura das imagens. Trata-se da associação entre o entendimento da realidade do aluno e os elementos por ele percebidos na imagem. Para Luigi Pareyson (1997) o ato de contemplação de uma imagem, é um estado de quietude e calma que se olha o objeto e de extrema receptividade, no qual se deixa o objeto ser, na sua verdadeira natureza.
A leitura para chamar assim o acesso às obras de qualquer arte, e não apenas àquela da palavra – é, sem dúvida, um ato bastante complexo. Com efeito, trata-se de reconstruir a obra na plenitude de sua realidade sensível, de modo que ela revele, a um só tempo, o seu significado espiritual e o seu valor artístico e se ofereça assim um ato de contemplação e de fruição: em suma, trata-se de executar, interpretar e avaliar a obra, para chegar a contemplá-la e a gozá-la. (Luigi Pareyson, 1997 p. 201)
O mundo é cada vez mais visual e a escola ainda não encontrou a forma adequada de utilizar a imagem a seu favor. ”A pedagogia deve criar pele nova, para integrar, sem deformá-los, os produtos da cultura de massa” (TARDY,1976,p.59).Também deve-se levar em conta que este universo imagético exige tanto por parte dos professores,quanto dos alunos, uma decodificação dos signos que se colocam diante de todos para que sejam interpretados e apreendidos.
2.5 TEXTOS E GÊNEROS TEXTUAIS
Segundo os PCNs, os textos organizam-se sempre dentro de certas restrições de natureza temática, composicional e estilística, que os caracterizam como pertencentes a este ou aquele gênero. Desse modo, a noção de gênero, constitutiva do texto, precisa ser tomada como objeto de ensino. Nessa perspectiva, necessário contemplar, nas atividades de ensino, a diversidade de textos e gêneros, e não apenas em função de sua relevância social, mas também pelo fato de que textos pertencentes a diferentes gêneros são organizados de diferentes formas.
Ainda segundo o PCNs, os gêneros existem em número quase ilimitado, variando em função da época (epopéia, cartoon), das culturas (haikai, cordel) das finalidades sociais (entreter, informar), de modo que, mesmo que a escola se impusesse a tarefa de tratar de todos, isso não seria possível. Portanto, é preciso priorizar os gêneros que merecerão abordagem mais aprofundada.
	O gênero textual não exclui ou despreza a tipologia textual tradicional (narração, descrição e dissertação), pelo contrário, os aspectos tipológicos são apresentados de forma mais ampla, já que passam a ser analisados a partir das situações sociais em que são usados.
“Os textos se organizam sempre dentro de certas restrições de natureza temática, ‘composicional’ e estilística, que os caracterizam como pertencentes a esse ou aquele gênero. Desse modo, a noção de gênero, constitutiva do texto, precisa ser tomada como objeto de ensino” (PCN, p. 23).
 
Segundo as Práticas de Leitura e Escrita do Ministério da Educação, 2006 os gêneros podem ser considerados como instrumentos que fundam a possibilidade de comunicação (Schneuwly & Dolz, 1997; Dolz & Schneuwly, 1996). Trata-se de formas relativamente estáveis, tomadas pelos enunciados em situações habituais, entidades culturais intermediárias que permitem estabilizar os elementos formais e rituais das práticas de linguagem.
Ainda segundo esse documento, o gênero como forma historicamente cristalizadas nas práticas sociais, fazem a mediação entre a prática social, ela própria e as atividades de linguagem dos indivíduos. Os locutores sempre reconhecem um evento comunicativo, uma prática de linguagem, como instância de um gênero (a ação de telefonar como um telefonema, a ação de ensinar na escola como uma aula, a ação de escrever um texto como este para um programa de formação de professores como um artigo de divulgação e assim por diante). 
O gênero funciona, então, como um modelo comum, como uma representação integrante que determina um horizonte de expectativas para os membros de uma comunidade confrontados às mesmas práticas de linguagem. Os gêneros, portanto, intermedeiam e integram as práticas às atividades de linguagem. São referências fundamentais para a construção dessas práticas. Como tal, do ponto de vista da aprendizagem escolar, os gêneros podem ser considerados como ‘megainstrumentos’ (Schneuwly,1994) que fornecem suporte para as atividades de linguagem nas situações de comunicação e que funcionam como referências para os aprendizes.
Para Bakhtin (1953/1979), os gêneros do discurso apresentam três dimensões essenciais e indissociáveis:
• os temas – conteúdos ideologicamente conformados – que se tornam comunicáveis (dizíveis) através do gênero;
• os elementos das estruturas comunicativas e semióticas compartilhadas pelos textos pertencentes ao gênero (forma de composição); e
• as configurações específicas das unidades de linguagem, traços da posição enunciativa do locutor e da forma de composição do gênero (marcas lingüísticas ou estilo).
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1 Tema e linha de pesquisa
	O projeto de ensino foi elaborado tendo sua linha de pesquisa bibliográfica embasada em diversos autores, e trabalhando práticas que auxiliam os alunos no processo de desenvolvimento da leitura, escrita e capacidade de interpretar e elaborar textos, como por exemplo, a produção de recontos.
	A importância de incentivar o hábito da leitura e da escrita dos alunos nos anos iniciais do ensino fundamental garante a eles um vasto conhecimento em relação ao aumento do vocabulário, escrita correta das palavras entendimento do texto lido independente do gênero que lhe é apresentado, possibilitando um pensar mais coerente e criativo.
Cabe ao professor elaborar propostas que despertem o interesse dos alunos pelo hábito de ler, escrever e criar. Devem estar atento na escolha de livros e textos de vários gêneros, que possam despertarnos alunos o interesse em ler e entender o que esta lendo, sendo capaz de expressar o seu entendimento e propor situações que possam tornar ainda mais interessante a história contada.
A leitura e a escrita devem estar pautada no processo de ensino aprendizagem, visando sempre o desenvolvimento pleno do aluno, para que sua interpretação ultrapasse a decodificação de letras e garanta a eles uma visão critica de mundo.
3.2 Justificativa
O tema do projeto ANALISANDO A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E ESCRITA NA VIDA ESCOLAR DO ALUNO NAS SÉRIES INICIAIS COM O PROJETO “ERA UMA VEZ...”, refere-se à importância da leitura, escrita, interpretação e criação dos alunos a partir de textos apresentados.
O estudo faz-se necessário, pois a partir dele os alunos serão estimulados espontaneamente a construir, modificar e relacionar idéias, interagindo com outros e com o mundo. A leitura só desperta o interesse quando interage com o leitor, quando faz sentido e trás conceitos que se articula com as informações que já possui. 
O objetivo deste estudo é despertar a sensibilidade e o prazer pela leitura, levando o educando a refletir sobre seus atos, possibilitando que eles participem de situações de comunicação oral e escrita, como contar e recontar histórias, podendo também escrevê-las, Formar leitores é algo que requer condições favoráveis, não só em relação aos recursos materiais disponíveis, mas, principalmente, em relação ao uso do que se faz deles nas práticas de ler é, também, um modo de produzir sentidos. 
A sugestão da atividade elencada para o desenvolvimento do projeto, visa alcançar os objetivos propostos em relação ao processo de ensino aprendizagem no diz respeito à leitura e a escrita propostos pelos PCNs.
Assim, este Projeto tem a finalidade de despertar, nos educandos, o gosto pela leitura, interpretação de textos e pela escrita convencional. 
3.3 Problematização
O processo de ensino aprendizagem deve estar sempre voltado para o aperfeiçoamento da leitura, da escrita e interpretação de textos, pois independente da disciplina que o aluno esteja estudando no momento e necessário que ele consiga ler e interpretar o que esta estudando, para adquirir conhecimento e ser capaz de usá-lo em sua vida. Mas qual a importância da leitura e escrita da vida do indivíduo? 
 O processo de letramento do aluno deve ser contínuo e pautado para capacidade de visão e interpretação de mundo, o exercício de ler é o que há de mais oportuno para se compreender o que se está lendo.
Nessa perspectiva, aprender a ler não tem um fim em si mesmo; não basta memorizar os símbolos da escrita e saber juntá-los, usando apenas a codificação e a decodificação. Entende-se que o conteúdo usado é também pré-texto para desenvolver funções cognitivas e operações mentais, tais como identificar, analisar, selecionar, organizar, comparar, diferenciar, representar mentalmente, levantar hipóteses, promover relações virtuais e outros que, se bem desenvolvidos, beneficiarão a criança em outras situações de raciocínio.
3.4 Objetivos
Geral:
· Auxiliar as práticas pedagógicas referentes à leitura, escrita e interpretação no processo de ensino aprendizagem desenvolvidas nos anos iniciais do ensino fundamental, que é o ciclo que garante a alfabetização e letramento dos alunos.
Específicos:
· - Contribuir para o processo de alfabetização e letramento das crianças nos anos iniciais do ensino fundamental.
· - Desenvolver estratégias e procedimentos de leitura eficientes para ensinar os alunos.
· - Propor situações didáticas que garantam, de maneira contínua, a abordagem de gêneros diversos selecionados em função de temas de estudo e com grau de dificuldade crescente;
· - Fazer parte de situações sociais de leitura, como as discussões sobre obras lidas e a indicação das apreciadas; 
· - Buscar informações, selecionar estratégias de leitura conforme os propósitos específicos fazendo uso também das lustrações;
· - Oportunizar aos estudantes o acervo de inúmeras obras literárias de variados autores, buscando sempre, ampliar seus conhecimentos e sua capacidade criativa;
· - Incentivar o estudante a compreender e utilizar melhor as regras ortográficas da Língua Portuguesa;
· - Reconhecer a leitura como uma fonte essencial para produzir textos;
· - Revisar textos e produzir reconto para promoção da “feira do reconto”.
3.5 Conteúdos
Dentre os conteúdos a serem trabalhados para realização do projeto: “ERA UMA VEZ...” estão: a leitura, escrita, interpretação de textos, imagens, vídeos, capacidade de produzir textos e recontos respeitando a pontuação tanto na escrita quanto na leitura, pronuncia correta das palavras, leitura compassada, ortografia e apresentação de vários gêneros literários, estão dentro do planejamento de serem trabalhados para desenvolvimento do projeto. 
Nos textos reflexivos, por exemplo, deve se explorar as noções de ética e cidadania, direitos, deveres e atitudes que leve a sua prática, valores que os alunos adquiriram no convívio familiar, enfatizando o respeito ao próximo e atitudes que possam favorecer uma boa convivência dentro e fora do espaço escolar.
Nos textos jornalísticos trabalhar a visão de mundo em relação a realidade que norteia nossa comunidade, instigando os alunos a propor sugestões criativas que possam melhorar nossa rotina.
Cabendo ao professor a observação para aproveitar as oportunidades que podem surgir com execução do projeto no trabalho com conteúdos que não foram elencados.
 
3.6 Processos de desenvolvimento
Para realização do projeto “ERA UMA VEZ...” serão desenvolvidas diversas atividades que visam alcançar os objetivos propostos na temática do projeto. Ao decorrer do projeto serão desenvolvidas atividades que visem a produção do reconto de contos de fadas, leitura e interpretação de textos de diversos gêneros literários e analise de imagens retiradas de fontes distintas como internet, jornais e revistas.
O intuito do projeto “ERA UMA VEZ...” é a adequação ao currículo proposto pela escola na apresentação dos conteúdos propostos, na intenção de propiciar aos alunos novas experiências que garantam a eles a interiorização do aprendizado.
Através das atividades propostas os alunos farão leitura e releitura de contos de fadas como: Cinderela, Branca de Neve, Rapunzel, A Bela e a Fera, O gato de botas, A pequena sereia, João e Maria, dentre outros, alterando seu final e o desfecho de alguns personagens. O ideal é que os alunos possam ler de forma simultânea a mesma história, num espaço de tempo proposto pelo professor durante as aulas em espaços distintos como na sala, biblioteca ou no pátio da escola e também em casa. 
Durante a realização da atividade os alunos serão orientados em relação a ortografia, pontuação, escrita correta das palavras, criação do reconto na tentativa de enriquecer o seu conhecimento e aprimorar suas capacidades.
Para o desenvolvimento dessa atividade o auxílio de filmes como “Deu a louca na cinderela” ou “Deu a louca na Chapeuzinho Vermelho”, poderão ilustrar muito bem a proposta do reconto para os alunos. 
Após leitura de cada conto de fadas proposto, os alunos assistirão a um filme que reconte essa história, em seguida participarão de uma roda de conversa para falar sobre as diferenças entre a história contada no texto e a passada pelo filme, ou seja, fazer a leitura de algo e imaginar as cenas conforme são narradas no livro e poder assistir no vídeo.
 Cabe ao professor mediar esse diálogo de maneira que todos possam falar e expor seus pensamentos, propor questões para que os alunos não dispersem sua atenção é uma ótima forma de fazer com que os alunos fiquem atentos e se sintam capazes para realizarem o reconto. 
Após os alunos elaborarem o reconto, terão a oportunidade de fazerem a leitura do mesmo em voz alta de preferência a frente da turma viabilizando a avaliação da leitura do aluno e sua criatividade em criar. O professor deverá orientar os alunos segundo a ortografia, escrita convencional e não aquela utilizada nas redes sociais e a pontuação que dá sentido ao texto. 
Para dinâmica dessaatividade o professor poderá fazer o uso de fantoches, teatro ou livro de pano para contar uma história aos alunos, assim eles poderão perceber a forma correta da leitura compassada respeitando os sinais de pontuação. Com os recontos produzidos o professor poderá trabalhar junto com os alunos na criação do livro do reconto, onde os alunos anexarão suas histórias e ao final do ano letivo poderão fazer uma feira do reconto e ao final poderão doar os livros para biblioteca da escola. 
Cada criança poderá criar seu próprio livro trabalhando na confecção da capa, dedicatória, índice entre outros. O professor deve orientar os alunos em relação a critica convencional e regras de pontuação, estimulando os alunos a usarem a criatividade.
A realização dessa atividade será durante todo ano letivo cabendo ao professor estipular o espaço de tempo dentro das aulas para desenvolvê-la, dependendo é claro do nível de aprendizagem da turma. Uma alternativa viável é que o professor após fazer apresentação do conto iniciar a leitura e pedir que os alunos continuem em casa o que deve levar uma semana para que terminem, após o professor passará o vídeo e iniciará a roda de conversa logo após os alunos começaram a trabalhar na criação do reconto e farão leitura do mesmo. Essa segunda parte da atividade entre mostra do vídeo e leitura do reconto deve durar mais uma semana, o que permitirá a criação de dois recontos por mês para criação do livro do reconto a ser apresentado na feira do reconto e por fim doado a biblioteca.
Outra atividade para ser desenvolvida com a realização do projeto implica na apresentação de imagens retiradas de jornais, revistas e internet aos alunos onde será proposta a elaboração de um pequeno texto sobre a mensagem que aquela figura está passando para eles, o professor deve sempre buscar imagens que façam os alunos a refletirem sobre suas práticas e possibilitem a eles a terem noções de ética, cidadania, respeito e valores que os levem ao exercício do bem comum e coletivo e que estimulem a preservação do patrimônio escolar. 
O uso de diversos gêneros textuais também será usado para valorizar a leitura e o uso correto da escrita na produção e interpretação de textos. O trabalho com textos diversificados como receita de bolo, bula de remédio, bilhete, carta dentre outros garante aos alunos apropriação de conhecimentos significativos para sua vida.
Para cada gênero textual trabalhado em sala, o professor pode solicitar que os alunos produzam um texto conforme as características adequadas. O professor fará a leitura do texto e os alunos produziram um texto equivalente. Para se trabalhar com o bilhete o professor pode solicitar que os alunos montem um mural como o tema: “DE/PARA”, nesse mural através de sorteio os alunos escreverão um bilhete para o colega ressaltando alguma qualidade que o outro possui. Para receita de bolo o professor pode solicitar para as crianças uma receita milagrosa para melhorar o mundo ou alcançar o seu sonho. 
Os textos da literatura infantil brasileira também serão usados para aperfeiçoamento na prática da leitura e da escrita assim também como na capacidade de interpretação do texto lido e produção de relatos referentes ao que se leu.
Enfim, cabe ao professor elaborar situações favoráveis para problematização dos conteúdos, instigar o pensamento e raciocínio na resolução de exercícios. A valorização da leitura, escrita e interpretação de texto, deve estar presentes em todos os conteúdos da grade curricular, por isso o professor deve estar atento para o desenvolvimento do aluno individualmente no processo de ensino aprendizagem.
3.7 Tempo para a realização do projeto
	
	ATIVIDADE
	AGOSTO
	SETEMBRO
	OUTUBRO
	Preparação da pesquisa
	X
	X
	
	Revisão de literatura
	
	X
	
	Análise das informações
	
	
	X
	Elaboração do TCC
	
	
	X
	Entrega do TCC
	
	
	X
O projeto ‘ERA UMA VEZ...” deve ser realizado ao decorrer do ano letivo, pois o aperfeiçoamento da leitura e da escrita se dará mediante a pratica e estímulos adequados. 	.
3.8 Recursos humanos e materiais
Dos recursos utilizados para elaboração desse projeto materiais como livros dos contos de fadas, da literatura infantil brasileira, vídeos para exposição dos filmes, aparelho de DVD, TV, textos em folhas A4 para os textos de diferentes gêneros textuais, ilustrações retiradas de jornais, revistas e internet, cartolina, pinceis, lápis de cor, EVA, cola, fita adesiva, lápis de escrever serão utilizados. E acima de tudo contaremos com professores dispostos para incentivar os alunos, uma gestão participativa para ajudar na conclusão do mesmo.
3.9 AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser dar de forma sistemática e contínua ao longo de todo processo de aprendizagem no projeto em estudo. A avaliação, ela deve ser entendida como um instrumento de compreensão do nível de aprendizagens dos alunos em relação aos conceitos estudados às competências e às habilidades desenvolvidas
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Após realização deste trabalho, para obtenção do título de pedagoga sinto-me muito bem preparada para cumprir com as obrigações que implicam essa tão nobre profissão. 
Durante esse período de conclusão do curso foi possível perceber que existem várias ferramentas que auxiliam tanto o professor quanto o pedagogo na execução do seu ofício, dentre elas destaco a observação e a pesquisa.
 Saber olhar para uma comunidade e enxergar quais pontos precisam ser tratados e através da pesquisa propor soluções para saná-las, é algo gratificante que nos impulsiona a lutar cada dia mais.
Costumo dizer que para o trabalho com educação e necessário ter muito amor, ser persistente e não desistir, mesmo que os obstáculos sejam muitos. O dom do ensino é algo que deve ser cultivado para que possa dar muitos frutos, alunos letrados e capazes de pensar e expressar seus pensamentos. Ser professor é ser capaz de instruir alguém durante o seu processo de formação, dando a este pressupostos de consciência tornando-o capaz de agir de maneira benéfica na construção de uma sociedade melhor.
REFERÊNCIAS
Alfabetização e letramento: conceitos e relações / organizado por Carmi Ferraz Santos e Márcia Mendonça. 1ed., 1reimp. – Belo Horizonte: Autêntica, 2007.152 p.
http://www.pedagogia.com.br/artigos/pratica_da_escrita_e_da_leitura/ ACESSO DIA 10 DE OUTUBRO DE 2018
Indicadores de qualidade na educação: dimensão ensino aprendizagem da leitura e da escrita/Ação educativa , SEB/MEC (Cordenadores), São Paulo: Ação Educativa 2006, 20 p.
Orientações Curriculares e Proposição de Expectativas de Aprendizagem para o Ensino Fundamental : ciclo I / Secretaria Municipal de Educação – São Paulo : SME / DOT, 2007. 208p.
Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental. . Brasília : MEC/SEF, 1998 
Práticas de leitura e escrita / Maria Angélica Freire de Carvalho, Rosa Helena Mendonça (orgs.). – Brasília :Ministério da Educação, 2006.180 p. ; 28.
VIGOTSKII, LURIA & LEONTIEV. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem . São Paulo: Ícone, 2001. 
APÊNDICES
O instrumento de pesquisa foi unicamente de caráter bibliográfico.
ANEXOS
Segue abaixo algumas atividades de leitura e escrita que se adequam em qualquer instituição de ensino na melhoria do processo de ensino aprendizagem no que diz respeito a leitura e escrita.
ATIVIDADES DE LEITURA	
• Leitura compartilhada:
Na leitura compartilhada, o professor lê um texto com a classe e, durante a atividade, os alunos acompanham essa leitura tendo cópias desse texto em mãos. O professor questiona os estudantes sobre as pistas lingüísticas que dão sustentação aos sentidos atribuídos. A estratégia favorece a formação de leitores, sendo indicada principalmente para o tratamento de textos que se distanciam do nível de autonomia dos alunos.
• Leitura em voz alta pelo professor:
São atividades realizadas pelo professor, como a leitura de livros em capítulos, que possibilitam o acesso a textos longos (e às vezes difíceis)que, por sua qualidade e beleza, podem vir a encantar o estudante, mas que, talvez, sozinho não o fizesse. Ler para crianças é uma prática importante para despertar nelas a curiosidade e a imaginação, como também para estimulá-las a refletir sobre temas complexos da experiência humana. Essa prática, se regular, faz com que os estudantes construam um repertório de textos, aprendendo como funciona a linguagem que se usa para escrever.
• Leitura autônoma:
Envolve a prática de leitura em que o estudante, de preferência silenciosamente, lê textos sem a mediação do professor. Tais situações são importantes, pois a criança aumenta a confiança que tem em si enquanto leitor, encorajando-se para aceitar desafios mais complexos. Além disso, a leitura autônoma é uma situação didática que considera condições de uso da leitura aproximando-se da prática de leitores proficientes.
.
 ATIVIDADES DE PRODUÇÃO DE TEXTOS
• Produção oral com destino escrito:
É atividade em que os estudantes, em especial os que ainda não são alfabetizados, compõem o texto oralmente e o professor o escreve. Durante essa atividade, eles experimentam a tarefa de composição, sem a preocupação com o sistema ou com os padrões da escrita, mas testando suas hipóteses sobre as condições de textualidade da estrutura composicional do gênero a que pertence o texto.
• Escrever texto de memória:
Envolve a escrita de textos que os estudantes sabem de cor. Sem a preocupação com o conteúdo a ser escrito, os alunos podem ficar atentos a como se escreve, tanto em relação ao sistema de escrita alfabética como sobre os padrões da escrita. Gêneros como parlendas, cantigas, trovas etc. prestam-se a esse tipo de atividade.
• Produção de texto de acordo com sua hipótese de escrita:
É atividade em que o estudante experimenta a produção de textos, mesmo sem o domínio da hipótese alfabética. Durante essa atividade ele testa suas hipóteses sobre a escrita e, se é realizada em duplas, a troca com o colega pode propiciar o avanço nas hipóteses que ambos sustentam.
• Reescrita de texto a partir de modelos:
Tomar um texto como modelo e reescrevê-lo é atividade que coloca o estudante no papel do autor para produzir uma nova versão do texto-fonte. Essa atividade possibilita compreender o funcionamento do gênero em questão e a observação dos padrões da escrita.
• Produção de novo texto a partir de modelos:
É atividade em que o estudante produz um novo texto, apropriando-se de traços da estrutura composicional do texto selecionado que serve de modelo, para desenvolver conteúdo temático de sua escolha. É o caso das paródias, por exemplo.
• Produção de texto a partir de necessidades e escolhas pessoais:
É a atividade de produção autônoma em que o estudante mobiliza seus conhecimentos prévios para compor texto de autoria.

Outros materiais