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Resumo do Livro Aprendendo a observar

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FACULDADE PITÁGORAS DE CONTAGEM
UBIRAJARA NONATO DUMBÁ
FERNANDA DE CÁSSIA
GLAUCIANE SOARES
LIDIANE POLICARPO
MARESSA DE OLIVEIRA
MARIANA DOS SANTOS
PATRICIA APARECIDA 
ESTÁGIO I – RESUMO DO LIVRO: APRENDENDO A OBSERVAR.
 (CAPÍTULOS 8,9 E 10)
EVENTOS FÍSICOS E SOCIAIS
Em geral, o observador do comportamento está interessado em obter dados referentes não só a características próprias do comportamento – duração, frequência, forma etc. – mas também, e principalmente, referentes as circunstâncias mas quais o comportamento ocorre. Procedendo desse modo, o observador pode identificar relações funcionais entre os eventos.
A identificação e descrição de relações funcionais permite ao cientista analisar, predizer e alterar, se for o caso, os eventos observados. Por exemplo, pouco se pode fazer com a informação de que uma criança chora em média uma hora e meia por dia. Por outro lado, se além de informações sobre a duração do choro, o registro permitir identificar o momento em que o choro ocorre mais frequentemente, o local, há quanto tempo após a última refeição, condições físicas da criança, o que as pessoas fazem quando a criança chora, o observador poderá identificar se há problemas, a sua natureza e o que deve ser feito para modificar a situação. Independentemente de haver ou não problema, poderá descrever condições físicas, socioeconômicas e culturais, como por exemplo características de um grupo de crianças que apresentam choro de maior duração, e comparar com outro grupo.
Os comportamentos de uma pessoa não só alteram as condições do ambiente, mas, por sua vez, também são afetados por alterações que ocorrem neste ambiente. As mudanças que ocorrem no ambiente durante a observação são denominadas de eventos ambientais. Os eventos ambientais podem ser físicos ou sociais. 
EVENTOS FÍSICOS
São mudanças no ambiente físico. Por exemplo: o ambiente se iluminar ou escurecer quando o sujeito pressiona o interruptor; o som do telefone; a porta bater pela a ação do vento etc.
Os eventos físicos podem aparecer em decorrência de uma ação da pessoa observada, ou da ação de outras pessoas, ou ainda da natureza. Ao analisar os eventos físicos citados acima verificamos que: a iluminação ou escurecimento do ambiente é decorrente de uma ação da pessoa observada; o som do telefone é decorrente da ação de outra pessoa (não observada); e que a batida, e consequente fechamento da porta são decorrentes da ação da natureza (o vento).
Os eventos físicos, isto é mudanças no ambiente físico, podem vir antes ou após um comportamento. Os eventos que ocorrem antes do comportamento e se relacionam a este comportamento são denominados de eventos antecedentes. Os eventos que vem após o comportamento e se relacionam a ele são denominados de eventos consequentes.
EVENTOS SOCIAIS 
São os comportamentos das outras pessoas presentes no ambiente. O comportamento do sujeito é aquele que eu estou analisando, os comportamentos das outras pessoas presentes são uma das circunstâncias que podem afetar o comportamento do sujeito.
Essa simultaneidade de comportamentos, emitidos pelo sujeito e outras pessoas presentes, bem como sua rapidez e interdependência, produzem uma situação de observação extremamente complexa. Devido a isso, o registro de eventos sociais requer uma atenção especial. Razão pela qual estabelecemos, a seguir, alguns critérios que orientem o leitor na seleção dos eventos sociais a serem registrados.
Em geral, o observador registra os eventos sociais: 
1. Quando a pessoa emite um comportamento em relação ao sujeito ou ao grupo do qual o sujeito faz parte.
2. Quando a pessoa apresenta um comportamento em relação a um objeto que pertence ou está relacionado ao sujeito observado.
3. Quando o sujeito observado emite um comportamento em relação a uma pessoa ou grupo de pessoas.
A DEFINIÇÃO DE EVENTOS COMPORTAMENTOS E AMBIENTAIS
Nas unidades anteriores, vimos que o uso da linguagem cientifica nos relatos de observação, permite a comunicação e elimina as divergências entre os observadores com relação à interpretação dos eventos observados. A compreensão exata de um relato, entretanto, só é obtida se o observador definir estes eventos.
A definição é condição indispensável para que os dois ou mais observadores concordem quanto à ocorrência e características de um determinado evento.
A definição identifica o evento que está sendo observado e, consequentemente, garante a comunicação e facilita a compreensão deste evento. A importância principal da definição é permitir que as pessoas interessadas em certo conjunto de fenômenos sejam perfeitamente capazes de compreenderem-se umas às outras e identificar o fenômeno em discussão.
Segundo Bijou, Peterson e Ault “o problema principal na definição de eventos é estabelecer um critério ou critérios, de forma que os dois ou mais observadores possam concordar sobre sua ocorrência”. Por exemplo, se o observador deseja registrar o numero de vezes que uma criança bate em outra, os critérios que distinguem o comportamento “bater” do comportamento “encostar a mão” ou “empurrar” devem ser claramente especificados.
Definir um evento é descrever as características através das quais o observador identifica o evento, isto é, enunciar os atributos e qualidade próprias e exclusivas de um evento de modo a caracterizá-lo e distingui-lo de outros.
Visto a importância da definição devemos saber como elaborar:
1. A definição deve ter uma linguagem objetiva, clara e precisa.
2. Deve ser feita de forma direta ou afirmativa, indicar as características do objeto ou do comportamento.
3. Incluir somente elementos pertinentes que constituam características intrínsecas ao fenômeno ou objeto que esta sendo definido. 
A definição é explicita e completa quando se refere às condições necessárias a ocorrência do evento. Unidade de analise são os critérios utilizados pelo observador para delimitar o inicio e o fim de um comportamento ou sequencia comportamental. Isso se faz necessário quando se quer quantificar os comportamentos, a precisão na contagem dos eventos depende desta explicação.
Ao definirmos eventos comportamentais e ambientais devemos ser: Objetivos, claros, precisos e diretos. Devemos cuidar para que a definição só inclua elementos que lhe sejam pertinentes e que seja explicita e completa.
MORFOLOGIA E FUNÇÃO DO COMPORTAMENTO.
Ao analisarmos um comportamento existem dois aspectos a serem considerados:
- Morfológico que diz respeito a forma do comportamento (postura,aparência e movimentos apresentados). Ao elaborar uma definição morfológica, devemos utilizar como referencial o próprio corpo da pessoa, descrever o movimento, indicar a direção e o sentido da pessoa tomando como referencia as partes do corpo.
- Funcional que diz respeito às modificações ou efeitos produzidos pelo comportamento no ambiente. Na definição funcional é feito o inverso da definição morfológica, o referencial utilizado é o ambiente externo (físico e social) e não o próprio sujeito.
Então, definições morfológicas focalizam a postura, aparência e movimentos apresentados pela pessoa. Definições funcionais salientam os efeitos produzidos pelo comportamento no ambiente, e definições mistas focalizam ambos.
Para diferenciar uma definição morfológica de uma funcional, verifique se o referencial utilizado na definição é o sujeito ou ambiente externo. A escolha do tipo de definição a ser utilizada depende do objetivo do estudo observacional. Quando a observação tem como objetivo avaliação ou seleção de pessoas definições funcionais são suficientes, quando se trata de treinamento de pessoa é necessário especificar a morfologia do comportamento.
A descrição da morfologia do comportamento é importante no caso de tratamento ou recuperação de pessoas com deficiência física, por exemplo, acompanhar o progresso de uma criança com lesão cerebral a mudança de critério para requerer dela novos comportamentos vai depender das pequenas alterações na forma de seu comportamento.
Contudo,mudanças como expressão facial e de postura quase sempre ocorrem emum contexto de uma interação social,nesse caso as definições mistas ou funcionais são mais adequadas.

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