Buscar

Simulado de Direito Processual Penal II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Simulado AV2
1ª questão: (FGV/2013/AL/MT/Procurador) João foi denunciado e condenado no Jecrim pela prática de crime de ameaça à pena privativa de liberdade de 5 meses. Inconformado com a pena aplicada, o advogado decide interpor o seguinte recurso adequado:
a) Apelação, no prazo de 10 dias
b) Apelação, no prazo de 8 dias, com razões a serem oferecidas no prazo de 5 dias.
c) Recurso em sentido estrito, no prazo de 2 dias.
d) Apelação, no prazo de 5 dias, com razões a serem oferecidas no prazo de 8 dias.
e) Apelação, no prazo de 15 dias.
- Lei 9.099/95
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
§ 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente.
- CPP
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de 8 (oito) dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será de 3 (três) dias
2ª questão: (Cespe/2007/TSE/Analista judiciário/área administrativa) Acerca das leis brasileiras que instituíram o conceito de infração de menor potencial ofensivo, assinale a opção correta:
a) Como não há em lei qualquer menção aos delitos submetidos a procedimentos especiais, não se submetem à competência dos juizados especiais as infrações de menor potencial ofensivo a que sejam previstos ritos especiais. 
b) Mesmo havendo necessidade de diligências de maior complexidade para apuração dos fatos e da autoria de uma infração penal de menor potencial ofensivo, a exemplo de pedido de quebra de sigilo de dados, tais circunstâncias não autorizam o deslocamento de competência do juizado especial criminal para o juízo de direito comum.
c) Nas infrações de menor potencial ofensivo, o juiz não pode oferecer a proposta de transação penal de ofício ou a requerimento da parte, uma vez que esse ato é privativo do representante do Ministério Público (MP), titular da ação penal pública.
d) Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo os crimes a que a lei comina pena máxima não superior a um ano, ou multa. É irrelevante para tal conceituação o fato de os crimes serem de competência da justiça estadual ou da federal. 
3ª questão: (FCC/2014/MPE/PE-Promotor de justiça) Na instrução preliminar do procedimento do júri:
a) A sentença deve ser necessariamente proferida em audiência.
b) Não apresentada a resposta no prazo legal, o juiz considerará preclusa a oportunidade e designará audiência.
c) As exceções serão processadas em apartado. Art. 411 do CPP
d) O Ministério Público poderá arrolar até o máximo de oito testemunhas, concluindo-se o procedimento no prazo máximo de cento e vinte dias.
e) Arguidas preliminares na defesa, sobre elas o Ministério Público deverá ser ouvido em audiência. 
4ª questão: Marque a opção correta. Entendendo o juiz sentenciante ser possível dar nova definição jurídica ao fato criminoso da qual resultará pena mais grave, ainda que não modifique a descrição do fato contido na denúncia, deverá:
a) Proceder a emendatio libelli. Art. 383 do CPP
b) Reabrir a instrução criminal.
c) Abrir vista ao Ministério Público para aditamento da denúncia, no prazo de 5 dias.
d) Baixar os autos em cartório para as partes se manifestarem.
5ª questão: Nos Juizados Especiais criminais:
a) A composição dos danos civis, uma vez homologada judicialmente, formará título a ser executado no próprio juízo criminal.
b) A condução da conciliação é privativa do juiz de direito.
c) Uma vez homologada, a transação não acarretará reincidência, mas formará título passível de execução no juízo cível.
d) Se houver representação ou tratando-se de ação penal pública incondicionada, não pedido o arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou de multa, a ser especificada na proposta. Art. 76 da Lei 9.099/95 
6ª questão: Hélio Chagas está sendo processado por ter cometido um crime doloso contra vida. De acordo com as disposições do Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta acerca do julgamento em plenário do tribunal do Júri:
a) Será permitido o uso de algemas no acusado durante o período em que permanecer em plenário se lhe for imputada a prática de crime equiparado a hediondo. Sumula vinculante nº 24
b) Os jurados poderão formular perguntas diretamente ao acusado.
c) Havendo mais de um acusado, o tempo para acusação e defesa será acrescido de meia hora.
d) Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências à decisão de pronúncia. Art. 478, I do CPP.
e) O tempo inicial destinado à acusação e à defesa será de uma hora para cada. 
	
7ª questão: Netinho no seu interrogatório, se recusa a dizer seu nome, sua idade e sua filiação, bem como se nega a falar sobre os fatos a ele imputados. O corréu confessa espontaneamente a prática do crime além de atribuir a Netinho a autoria intelectual do crime. Diante do exposto, responda.
a- Aplica-se a Netinho o art. 5°, LXIII da CR/88.
b- A confissão do réu é prova suficiente a ensejar uma condenação? E a delação do corréu, pode servir de elemento de convicção do juiz?
a- Quanto aos fatos o réu terá direito de permanecer em silêncio, já em relação aos dados qualificativos não se aplica o direito ao silêncio.
b- A confissão do réu é uma prova relativa. Essas provas devem estar reforçadas com as provas produzidas nos autos.
8ª questão: João e Maria iniciaram uma paquera no Bar X na noite de 17 de janeiro de 2011. No dia 19 de janeiro do corrente ano, o casal teve uma séria discussão, e Maria, nitidamente enciumada, investiu contra o carro de João, que já não se encontrava em bom estado de conservação, com três exercícios de IPVA inadimplentes, a saber: 2008, 2009 e 2010. Além disso, Maria proferiu diversos insultos contra João no dia da sua festa de formatura, perante seu amigo Paulo, afirmando ser ele “covarde”, “corno” e “frouxo”. A requerimento de João, os fatos foram registrados perante a Delegacia Policial, onde a testemunha foi ouvida. João comparece ao seu escritório e contrata seus serviços profissionais, a fim de serem tomadas as medidas legais cabíveis. Você, como profissional diligente, após verificar não ter passado o prazo decadencial, apresenta queixa-crime ao juízo competente em 18/07/11. O magistrado ao qual foi distribuída a peça processual profere decisão rejeitando-a, afirmando tratar-se de calra decadência, confundindo-se com relação à contagem do prazo legal. A decisão foi publicada dia 25/07/11. Com base somente nas informações acima, responda:
a) Qual é o recurso cabível contra essa decisão?
b) Qual é o prazo para a interposição do recurso?
c) A quem deve ser endereçado o recurso?
d) Qual é a tese defendida?
a) Como se trata de crime de menor potencial ofensivo, o recurso cabível é Apelação, de acordo com o artigo 82 da Lei 9099/95.
Vale lembrar que a qualificadora do art. 163, parágrafo único, IV, do CP, relativa ao motivo egoístico do crime de dano, caracteriza-se apenas quando o agente pretende obter satisfação econômica ou moral.
Assim, a conduta de Maria, motivada por ciúme, não se enquadra na hipótese e configura a modalidade simples do delito de dano (art. 163, caput). Cabe ainda destacar que não houve prejuízo considerável a João, já que o carro danificado estava em mau estado de conservação, o que afasta definitivamente a qualificadora tipificada no art. 163, parágrafo único, IV, do CP. Assim, o concurso material entre o crime patrimonial e a injúria não ultrapassa o patamar máximo e 2 anos, que define os crimes de menor potencial ofensivo e a competência dos Juizados Especiais Criminais, sendo cabível, portanto, apelação (art. 82 da Lei 9.099/95).
b) 10 dias, de acordo com o §1º do artigo 82 da Lei 9099/95;c) Turma Recursal, consoante art. 82 da Lei 9099/95;
d) O prazo para interposição da queixa-crime é de seis meses a contar da data do fato, conforme previu o artigo 38 do CPP. Trata-se de prazo decadencial, isto é, prazo de natureza material, devendo ser contado de acordo com o disposto no artigo 10 do CP – inclui-se o primeiro dia e exclui-se o último.
9ª questão: Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de fornecimento de material de informática, se apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta descontadas, utilizando o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A partir de comunicação feita por Adolfo, empregado da referida empresa, tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à instauração de inquérito para apurar o crime previsto no artigo 168-A do Código Penal. No curso do aludido procedimento investigatório, a autoridade policial apurou que Caio também havia praticado o crime de sonegação fiscal, uma vez que deixara de recolher ICMS relativamente às operações da mesma empresa. Ao final do inquérito policial, os fatos ficaram comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, ele afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento exclusivamente das contribuições previdenciárias devidas ao INSS, pagamento realizado após a instauração da investigação, ficando não paga a dívida relativa ao ICMS. Assim, o delegado encaminhou os autos ao MPF, que denunciou Caio pelos crimes previstos nos artigos 168-A do Código Penal e 1°, I da Lei 8137/90, tendo a inicial acusatória sido recebida pelo juiz da vara federal da localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo advogado de Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso de absolver sumariamente, tendo designado audiência de instrução e julgamento. Com base nos fatos narrados no enunciado, responda aos itens a seguir empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do magistrado que não o absolvera sumariamente? B) A quem a impugnação deve ser endereçada? C) Quais fundamentos devem ser utilizados?
a) Caberia habeas corpus, uma vez que não há previsão de recurso contra a decisão que não absolvera sumariamente o acusado, sendo cabível ação mandamental, conforme estabelece o art. 647 e seguintes do CPP.
No presente caso não caberia recurso em sentido estrito, uma vez que o enunciado da questão não traz qualquer informação acerca da fundamentação utilizada pelo magistrado, face ao indeferimento expresso de reconhecimento da extinção da punibilidade em relação ao INSS.
b) O Habeas corpus deverá entrar no TRF da respectiva região que o processo está tramitando.
c) Extinção da punibilidade pelo pagamento do debito, quanto ao. delito, previsto no art. 168 A. CP, e, após restando apenas acusa o pertinente, a sonegação de tributo de natureza estadual, por ser incompetência absoluta, em razão da matéria.
A sum. vinculante n. 24 do STF, estabelece que a discussão do pagamento do tributo na esfera administrativa impede a propositura da ação penal.
10ª questão: Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática de crime de estupro (art. 213, caput do CP). Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza pedido de revisão criminal da sentença que lhe fora desfavorável, sustentando vício processual insanável consistente na ausência da intimação de seu então patrono para a apresentação de resposta preliminar obrigatória (art.396 CPP) O tribunal de Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. Nesta hipótese, pergunta-se: Seria juridicamente possível que, após a anulação, por meio de revisão criminal, do primeiro julgamento de Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de primeiro grau, sentença condenatória com imposição de sanção penal mais gravosa do que aquela que lhe fora anteriormente imposta?
R.: A vedação constante no parágrafo único do art. 626 do CPP, diz respeito tanto a refortio in pejus como também a refortio in pejus indireta, de sorte que, se depois de declarada nula a sentença em sede de revisão criminal, por algum vicio insanável, e vedado que juiz prolate nova decisão com pena exasperada tendo em vista que seria incabível revisão criminal pro societate.

Outros materiais