3 Índia, China e Hebreus

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HISTÓRIA GERAL – ÍNDIA E CHINA 
 
A CIVILIZAÇÃO DO VALE DO RIO INDO 
 
A civilização do Vale do Rio Indo é uma das mais antigas do mundo, 
sendo encontrados vestígios de milhares de anos atrás, assim como a civilização da 
Mesopotâmia e do Egito. Ela se localizava onde hoje é o Paquistão e foi um dos 
epicentros de florescimento das cidades e das aglomerações humanas como 
conhecemos hoje. No mapa abaixo vemos a localização da Civilização do Vale do 
Indo e sua distância da Mesopotâmia. Vestígios arqueológicos comprovam que as 
civilizações já efetuavam trocas marítimas desde 2.600 a.C. 
 
 
 
Assim como nas civilizações da Mesopotâmia e do Egito, o 
desenvolvimento dessas civilizações também se deu diante da proximidade de um 
grande rio: o Rio Indo. Ocorreu o desenvolvimento da agricultura e técnicas de 
irrigação, produção de trigo, cevada, ervilha, gergelim, legumes e frutas. Além disso, 
produtos tipicamente indianos, como tintas, refinado artesanato em ouro, prata, 
bronze, marfim e pedras preciosas eram comercializados com a Ásia Central e a 
Mesopotâmia. 
Das primeiras civilizações de que se tem conhecimento, a Civilização do Vale do Indo 
foi a que abrangeu 
uma maior área 
territorial. O grupo 
étnico que mais se 
despontou nesse 
período foram os 
harapenses, 
civilização urbana 
cujo estilo de vida foi 
encontrado até 
800km longe da 
cidade em si. 
BRAMANISMO 
Por volta de 1.900 a 1.300 a.C. ocorreu o declínio da sociedade 
harapense e a região passou a ser dominada pelos árias, ou arianos, povos nômades 
que praticavam o pastoreio, com possível oriegm da Rússia Meridional. Esses povos 
tinham uma religião politeísta de muitos rituais, o bramanismo. Nesses rituais, ascendiam-
se fogos sagrados e ofereciam-se animais e banquetes aos deuses como sacrifícios e 
homenagens. 
A SOCIEDADE DE CASTAS NA ÍNDIA 
As sociedades de castas na Índia surgiram por volta de VI a.C.. O sistema 
de Castas tinha como características: 1) a atividade econômica era reservada aos 
homens, 2) o indivíduo pertencia à casta de seu pai, 3) o matrimônio permitido somente 
entre as castas e 4) a existência de uma hierarquia entre as castas. Além disso, há a 
crença no darma (dever moral) de cada casta. 
 
 
 
Abaixo, segue o mito de Purusha, história sobre a divisão de castas na Índia: 
 
 
NOVAS CRENÇAS RELIGIOSAS 
O sistema de castas foi desafiado por novas crenças religiosas, entre elas, a ioga e o 
budismo. A ioga é um conjunto de técnicas mentais e corporais que tem como 
finalidade atingir a ampliação da consciência e da lucidez. Sempre em busca da 
concentração plena e da imperturbabilidade da mente. 
O Budismo consiste em práticas de meditação e adoção de normas éticas e de uma 
filosofia de vida que busquem conhecer as causas do sofrimento e a conduta 
necessária para superá-lo. O budismo é, até hoje, uma religião que tem milhares de 
adeptos no mundo e teve como idealizador Sidarta Gautama (565 a.C. até 486 a.C.). 
Além destas, também o jainismo, o taoísmo chinês, o cristianismo e o islamismo são 
exemplos de revoluções culturais que passaram a oferecer às pessoas uma “saída” ou 
uma “esperança” de uma “libertação” desse sistema. 
 
A ORIGEM DA CIVILIZAÇÃO CHINESA 
 
As comunidades agrícolas chinesas também deram origem às primeiras 
civilizações de que se tem conhecimento. Os vestígios arqueológicos datam de cerca 
de 7.500 a.C. Da mesma forma como vimos nas civilizações EGÍPICIA, MESOPOTÂMICA 
E VALE DO INDO, também se desenvolveu às margens de rios. Na China foram o Rio 
Amarelo (Hung Ho) e o Rio Yang-Tsé (também chamado de Rio Azul). 
A civilização chinesa foi a combinação de diversos Impérios, formada 
no decorrer de um longo período. Segundo a tradição, primeiro surgiu a DINASTIA DOS 
CHI’A. Contudo, a dinastia que deixou vestígios arqueológicos é a DINASTIA CHANG. 
 
Rios Amarelo 
(Hung Ho) e 
Azul (Yang Tsé) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A sociedade 
chinesa a.C. foi 
caracterizada por 
uma forte 
aristocracia 
guerreira, 
comunidades 
camponesas 
agrícolas que 
produziam, 
principalmente, 
arroz (nas 
planícies 
inundadas das 
margens dos rios) 
e pela instituição 
de uma 
monarquia 
baseada no culto 
dos ancestrais. 
 
 
IMPÉRIO CHINÊS 
Por volta do século VIII a.C., o Reino dos Ch’in foi tomando controle dos demais reinos 
que ainda existiam no território e promovendo a unificação da China. Com a 
concentração política, surgiram novas relações de poder. Havia uma burocracia 
centralizada formada por funcionários leais e educados. A burocracia controlava os 
estoques agrícolas, a produção e distribuição dos cereais, a mao de obra de grandes 
construções e aplicação de recompensas ou punições. 
Uma das grandes obras do Ch’in foi a construção da GRANDE MURALHA DA CHINA. A 
Muralha se estende desde a fronteira norte de Beijing (Pequim) até o deserto de Gobi, 
sendo declarada a construção humana mais extensa do mundo. Declarada patrimônio 
mundial da Unesco em 1987. 
 
 
Vale ressaltar que esse foi um momento de grande atividade intelectual 
na China, com o surgimento do Confucionismo e do Taoismo. 
 
O Taoísmo, por sua vez, consistia em um pensamento que buscava restaurar a harmonia 
entre o homem e a natureza por meio de práticas meditativas e místicas. 
 
 
HEBREUS, FENÍCIOS E PERSAS 
 
DA ERA DO BRONZE À ERA DO FERRO 
 
Entre os séculos XII e X a.C., muitas inovações técnicas, políticas e tecnológicas se 
perceberam no Oriente Médio. Nesse período, muitos historiadores concordam que há 
um relativo colapso das sociedades da Era do Bronze, principalmente em virtude de 
algumas sociedades passarem a deter conhecimento acerca da transformação do 
ferro, mais abundante que o bronze, mais duro e mais resistente. O desenvolvimento da 
metalurgia nessa época deixou vestígios arqueológicos impressionantes. 
Uma outra teoria para o colapso dos reinos da Era do Bronze também se explica pela 
invasão de povos estrangeiros, principalmente os arameus e os “povos do mar” 
(provavelmente do Mar Egeu e a Anatólia). 
 
Jarro persa em bronze, do 
século VIII a.C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIGEM DOS HEBREUS 
De acordo com a narrativa bíblica, Abraão foi 
o primeiro grande líder dos israelitas e deu aos 
hebreus sua identidade. A história narra que 
Abraão recebeu a missão divina de partir 
para Canaã, ou Palestina, e ali se fixar. 
Abraão deveria abandonar o culto a outros 
deuses. 
A Palestina é uma estreita faixa de terra 
espremida entre a Fenícia (atual Líbano), o 
Mar Mediterrâneo e Deserto da Arábia.