HISTÓRIA ARQUITETURA - RENASCIMENTO E BARROCO II

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HISTÓRIA DA ARQUITETURA II
Renascimento e Barroco
Prof. Me. Fernanda D'Agostini
2º sem. 2017
O Renascimento
Inovações
Na arquitetura um novo método de trabalho é 
estabelecido por Filippo Brunelleschi (1377-1446).
1. A tarefa primeira do arquiteto é definir de antemão – com desenhos,
modelos, etc – a forma exata da obra a construir. Todas as decisões
necessárias devem ser tomadas em conjunto, antes de iniciar as operações de
construção; assim torna-se possível distinguir duas fases de trabalho: o
projeto e a execução.
O arquiteto faz o projeto, e não mais se confunde com os operários e suas
organizações, que se ocupam da execução.
(Benévolo, 2012: p.401)
2. Ao fazer o projeto, é preciso considerar os caracteres, que contribuem
para a forma da obra, nesta ordem lógica:
- os caracteres proporcionais, isto é, as relações e as conformações
dos detalhes e do conjunto, independentes das medidas;
- os caracteres métricos, ou seja, as medidas efetivas;
- os caracteres físicos, isto é, os materiais com suas qualidades de
granulosidade, cor, dureza, resistência, etc.
(Benévolo, 2012: p.402)
3. Os diferentes elementos de um edifício – colunas, entablamentos,
arcos, pilares, portas, janelas, etc. – devem ter uma forma típica,
correspondente à estabelecida na Antiguidade clássica e extraída dos
modelos antigos (isto é, dos modelos romanos, os únicos conhecidos
naquele tempo). Esta forma típica pode ser levemente modificada, mas é
preciso poder reconhece-la – isto é, apreciar com um juízo rápido, que se
baseie num conhecimento anterior -; portanto, a atenção pode ser concentrada
sobre as relações de conjunto, e se torna mais fácil julgar a forma geral do
edifício ou do ambiente.
(Benévolo, 2012: p.402)
A arquitetura muda de significado: 
adquire um rigor intelectual e uma 
dignidade cultural que distinguem do 
trabalho mecânico e a tornam semelhante 
às artes liberais: ciência e literatura –
razão humana.
Catedral de S. Lorenzo
Abóbada e Sacristia – obras 
de Brunelleschi
[...] Fundou uma arquitetura baseada na razão humana e
no prestígio dos modelos antigos, capaz de organizar e
controlar todos os espaços necessários à vida do homem, mas baseada em
formas simples e repetidas, facilmente reconhecíveis. A
sociedade europeia – que no século XV e no século XVI alarga seu campo
de ação no mundo inteiro – adota esta arquitetura como
instrumento de cálculo racional e de decoro civil, e
acaba por considera-la a única arquitetura possível.
(Benévolo, 2012: p.403)
A abóbada de S. Maria Del Fiore é a obra excepcional e celebrada que
conclui o ciclo das grandes obras públicas medievais, e inaugura a estação
da nova arquitetura. Esta grande estrutura completa o edifício fundado por
Arnolfo em fins do século XIII, e se torna o centro visivo de toda a cidade.
Nas vistas do século XV, Florença parece semelhante a flor da qual toma o
nome; o último cinturão de muros, simplificado em forma circular, é a corola;
a abóbada é o botão central. Brunelleschi inventa o sistema construtivo
para realiza-la e determina a forma externa simples e grandiosa,
apta à sua função paisagística.
(Benévolo, 2012: p.403)
Catedral Santa Maria del
Fiore - Florença
A cúpula, na verdade, é uma abóbada
em pavilhão octogonal, que revela
a orientação da igreja abaixo (duas faces
são paralelas e duas são perpendiculares
ao comprimento do edifício; as outras
quatro tem uma inclinação de 45º); os
oito gomos da abóbada são revestidos
de telhas de terracota vermelha, e os oito
espigões são marcados por oito grandes
arestas de mármore branco.
(Benévolo, 2012: p.403)
A gaiola formada por estes elementos se
vê claramente a muitos quilômetros de
distância, quando a igreja e o resto da
cidade se tornam manchas confusas;
assim, esta figura geométrica
elementar se sobressai no
céu e orienta todo o espaço
da cidade e do território em
torno.
(Benévolo, 2012: p.403)
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=ZKTtEe2t3Rg
Construção da Cúpula de Santa Maria del Fiore
O primeiro edifício a assumir as formas renascentistas é o Asilo
dos Enjeitados, de Filippo Brunelleschi, iniciado em 1421.
Brunelleschi (1377-1446) era ouvires de profissão. No entanto, havia sido
escolhido para terminar a catedral de Florença; acrescentou um domo
sobre o cruzeiro, obra-prima de construção, cuja a forma é nitidamente
gótica. Simultaneamente, porém, ele projetava a fachada do Asilo, obra de
tipo completamente diferente [...]
(Pevsner, 2002: p.177).
O andar térreo apresenta uma
colunata com delicadas colunas
coríntias e amplos arcos
semicirculares que permitem a
passagem de sol e calor para a
loggia; o primeiro andar
apresenta uma série de janelas
retangulares, de tamanho
reduzido e bem espaçadas,
encimadas por frontões pouco
salientes que correspondem
exatamente a cada um dos
arcos.
Medalhões em terracota
colorida, de Andrea dela
Robbia – os famosos
bebês enfaixados vendidos
em cópias baratas pelos
comerciantes de souvenirs
de Florença – estão
colocados no espaço livre
entre um arco e outro
Basílica de São Lorenzo
Basílica de São Lorenzo
Palácio Médici Riccardi
Foi o primeiro grande palácio do
século XV. Apesar da obra ter
sido entregue a Brunelleschi por
Cosimo de Médicis em 1434 a
obra ficou a cargo de Michelozzo
di Bartolomeo.
Palácio Médici Riccardi
Palácio Pitti
O Palácio Pitti foi mandado construir por
Lucca Pitti com a intenção de suplantar o
palácio dos Médicis, mas acabou por ser a
residência privada desta última família a
partir de 1549.
A ânsia de competir com a família Médici e o 
infeliz destino político de Luca Pitti, 
conduziram a família Pitti à falência e 
consequente interrupção dos trabalhos de 
construção do Palácio Pitti no decorrer do 
ano de 1464.
Eleonora de Toledo, esposa de Cosimo I de 
Médici, comprou o edifício em 1550 para ter 
uma residência alternativa num bairro mais 
saudável do que a área do Palazzo Vecchio 
onde se fixava frequentemente.
Palácio Pitti
Palácio Pitti
Giotto (1266-1337) foi um pintor e
arquiteto italiano, autor do desenho do
"Campanário de Giotto", torre que se ergue
na Praça do Dumo, junto à Catedral de
Florença. Realizou obras em Assis, Roma,
Pádua, Florença, Nápoles, Bolonha e Milão.
“Virgem com o Menino e os Anjos”
(1295 - acervo do Museu Diocesano da Igreja de San Giorgio ala Costa, Florença)
"O Milagre da Fonte", o "Sermão aos Pássaros", 
“Lamentação” e “A Morte de São Francisco”
1296 - Igrejas construídas sobre o túmulo de São Francisco de Assis
"Cristo Andando Sobre as Águas" 
acervo da Catedral de São Pedro
Em 1304, Giotto se encontra em Pádua, para executar a
encomenda da decoração da Capela dos Scrovegni, onde
pintou um grande número de afrescos, entre eles, o "Último Juízo",
"Vida de Maria", “Anunciação", "Pentecostes", “As Virtudes e os
Vícios” e "A Vida e Paixão de Cristo".
Campanário de Giotto - Florença
Afrescos da capela Degli Scrovegni
No ano de 1425, Lorenzo Ghiberti
recebeu da Arte di Calimala, ou seja, a 
arte dos mercantes de Florença, a 
tarefa de construir uma outra porta do 
Batistério, a porta leste, que conforme 
diz a tradição foi batizada pela sua 
beleza, por Micheangelo, como a Porta 
do Paraíso, porém é importante 
lembrar que Paraíso era conhecido 
também como o espaço entre o 
Batistério e a Catedral de Florença, que 
é exatamente o local onde a porta se 
encontra. Anteriormente, no ano de 
1401, Ghiberti foi o vencedor do 
concurso para a construção da Porta 
Norte do mesmo Batistério.
01) Adão e Eva
02) Caim e Abel
03) Noé
04) Abraãm
05) Isaque, Esaú e Jacó
06) José do Egito
07) Moisés
08) Josué
09) David
10) Salomão e a Rainha de Saba
DESAFIO
(Atividade 2)
Quais as inovações apresentadas no início do 
Renascimento italiano que podem ser vistas 
atualmente na arquitetura? Exemplifique por meio de 
croquis.
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