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Profa. Vani Teixeira Moura 
Vamos entender melhor de que forma uma restauração e um 
planejamento oclusal pode atuar de maneira preventiva no 
intuito de evitar uma patologia oclusal. 
Vamos entender também de que forma a inobservância dos 
princípios oclusais básicos podem atuar como fatores 
predisponentes a desarmonia do sistema mastigatório. 
 
Vamos estudar nesta unidade os Fundamentos da 
Oclusão Dentária, as Relações Maxilomandibulares, 
e sua aplicabilidade na Dentística, que tem como 
objetivo conhecer e identificar a relação interoclusal 
dos dentes na dinâmica mastigatória. conhecer, 
identificar e aplicar as relações oclusais entre dentes 
e arcos dentários às técnicas restauradoras em 
manequins, sendo nosso objetivo principal de 
aprendizagem: compreender e identificar o padrão 
de oclusão ideal e as variações de normalidade. 
 
O paciente Lucas, 15 anos, compareceu à clínica de odontologia da 
faculdade para tratamento dentário. Ao realizar o exame 
intrabucal e radiográfico interproximal, os alunos diagnosticaram: 
cálculo, gengivite, lesão de cárie nas faces mesial e oclusal do 
elemento 15 e área radiopaca, sugestiva de cárie, restrita à face 
distal no elemento 14. No elemento 15 a lesão era visível 
clinicamente, mas no 14 só foi possível identificá-la após o exame 
radiográfico. As lesões de cárie apresentavam-se aquém da metade 
da espessura de dentina, entre a junção amelodentinária e a câmara 
pulpar. A mãe de Lucas diz que seu filho se queixa de dor nessa 
região após se alimentar, especialmente com doces, mas não chegou 
a dar nenhum analgésico ao garoto, porque “depois de um tempo a 
dor passa”. 
Após remoção do cálculo, Luiz anestesiou, realizou o isolamento 
absoluto e fez um slot horizontal para amálgama, na distal do 
elemento 14. Bruna fez a outra restauração classe II na mesial do 
15, com amálgama. Bruna esculpiu sulcos e crista marginal bem 
pronunciadas, como aquelas do elemento 25, criando um efetivo 
ponto de contato interproximal com o dente ao lado, já restaurado 
por seu parceiro Luiz. Então, com Lucas ainda deitado na cadeira, 
Bruna colocou um pedaço de papel carbono e deu o comando: 
“morda e veja se está alto”. Lucas, balançando a cabeça, manifestou 
que não estava. Quando voltou, após dois dias, Lucas disse que 
estava sentindo dor naqueles dentes, só que agora era uma dor 
contínua, e parecia “sentir seu coração batendo do dente” 
Qual será o problema dessa vez? Os dentes inferiores também teriam 
cárie? Alguma alteração na polpa? Seria uma reação adversa ao 
amálgama? Falta de adaptação ou retenção do amálgama às paredes 
do preparo? No decorrer desta seção veremos que a aplicação de 
conhecimentos básicos em oclusão pode, já na anamnese, prevenir 
situações indesejadas como essa que foi descrita. 
 
Qual será o problema dessa vez? Os dentes inferiores também teriam 
cárie? Alguma alteração na polpa? Seria uma reação adversa ao 
amálgama? Falta de adaptação ou retenção do amálgama às paredes 
do preparo? No decorrer desta seção veremos que a aplicação de 
conhecimentos básicos em oclusão pode, já na anamnese, prevenir 
situações indesejadas como essa que foi descrita. 
P.Neff, 1 ed. 
É o relacionamento estático e dinâmico entre todos os componentes do sistema 
mastigatório na função normal, na disfunção e na parafunção, incluindo as 
características morfológicas e funcionais das superfícies contactantes dos 
dentes opostos, a articulação temporomandibular, o sistema neuromuscular, 
deglutição e mastigação e o diagnóstico, prevenção e tratamento das desordens 
do sistema mastigatório 
RAMJJORD; ASH,1984; DAWSON, 1980 
Qual é a aplicação clínica da oclusão na dentística? 
Aplicação clínica da oclusão é o manejamento da oclusão na prática diária, desde 
uma simples restauração a uma reabilitação complexa. O objetivo é reconstruir a 
anatomia oclusal perdida por cárie, trauma, exodontia ou por preparos para 
pilares em prótese fixa, por meio de uma anatomia oclusal fisiologicamente aceita, 
dentro dos princípios básicos da oclusão. 
Reconstruir a anatomia oclusal de maneira “perfeita” é impossível de se conseguir. 
 O que conseguimos é uma anatomia fisiologicamente aceita! CARDOSO, 2005. 
MONTAGEM EM ASA 
AÇÃO 
MUSCULAR 
CONTATOS 
DENTÁRIOS 
MOVIMENTOS 
MANDIBULARES 
A.T.M. 
“VISA ESTABELECER CONDUTAS TERAPÊUTICAS 
INDIVIDUAIS SEM PADRÕES RÍGIDOS DE 
CONDUTAS COLETIVAS.” Hobo et al, 1991 
PLANEJAMENTO 
 
 
 
 
 Dimensão Vertical de Repouso (DVR) 
 Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) 
 Espaço Funcional Livre (EFL) 
 Relação Cêntrica 
 Relações Excêntricas 
 
 
Dimensão vertical: É uma distância, no plano vertical, entre dois 
pontos localizados na face: um na maxila, outro na mandíbula. 
Dimensão vertical de repouso (DVR): 
 Separação vertical dos maxilares, em que os músculos elevadores e 
abaixadores da mandíbula encontram-se em estado de equilíbrio 
(tônus muscular). Posição postural ou de repouso da mandíbula. 
 Está relacionada a atividade neuromuscular, articulações e 
esqueleto da face! 
 
DVO: Espaço intermaxilar quando os 
dentes estão em contato intercuspídico em 
fechamento máximo, ou seja, em máxima 
intercuspidação. 
Dimensão Vertical de Oclusão (DVO): 
Considerações sobre a Dimensão Vertical de Oclusão: 
Espaço Funcional Livre(EFL): 
Distância intermaxilar correspondente ao deslocamento da mandíbula, 
da posição de dimensão vertical de repouso à dimensão vertical de 
oclusão. 
 
 
DVR - DVO = EFL Reflita !! 
 É a diferença entre DVR e DVO ! É importante para a fonética do paciente! 
 
 Relação Cêntrica 
 Relações Excêntricas 
RELAÇÃO CÊNTRICA 
MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO 
RELAÇÃO DE OCLUSÃO CÊNTRICA 
LADO DE TRABALHO 
LADO DE BALANCEIO 
MOVIMENTO PROTRUSIVO 
P.Neff P.Neff 
 
Até meados da década de 70: “Posição mais retruída da 
mandíbula em relação à maxila, com os côndilos na posição mais 
posterior da fossa glenóide, de onde a mandíbula pode realizar 
movimentos excêntricos dentro de um certo grau de abertura.” 
Peter Dawson: 
Posição mais superior que os côndilos podem assumir na fossa 
glenóide, firmemente apoiados no disco articular, pelos 
ligamentos e musculatura. 
Lucia, V.O: 
Posição mais superior e anterior da fossa glenóide durante a fase 
final do ciclo mastigatório. 
 
POSIÇÃO CONDILAR: 
A estabilidade posicional da A.T.M. deve-se à ação muscular. 
O músculo masseter e o pterigoideo medial (elevadores da 
mandíbula) direcionam o côndilo ântero-superiormente. 
Função: Elevador. Atua na PR e LT. 
Função: Elevador da Mandíbula 
 
Conceito Atual : 
O conjunto côndilo-disco está numa posição mais anterior e 
superior em relação à parede posterior da eminência articular, com 
o disco articular corretamente interposto. 
Dawson, Mc Horris, Okenson, Preston, Turell. 
 RC: É o relacionamento maxilo-
mandibular no qual os condilos se 
articulam com a parte central e 
avascular de seus respectivos 
discos articulares e este complexo 
condilo/disco se articulam contra 
a superfície antero-superior da 
parede posterior da eminência 
articular. 
Independe de contatos dentais! 
 
 
 Carranza:Posição intercuspídea de acomodamento da mandíbula, na qual 
ocorrem o maior número de contatos dentários. É também chamada de 
Oclusão Habitual ou Oclusão Cêntrica. OC = OH = MIH = MIC = PMI = PIM 
 
 
 É uma posição maxilo-mandibular com coincidência da posição dentária de 
M.I.H e a posição craniomandibular de R.C 
 Garante equilíbrio funcional da prótese evitando o surgimento de 
desordens craniomandibulares. 
 É a mais indicada para harmonia do sistema mastigatório! 
 
 
 
Oclusão Cêntrica 
 PPF Unitária 
 PPR Classe III ou IV de kennedy 
 Próteses conjugadas 
 Prótese Total 
 Overdenture 
 PPFIS ou PPFDS 
 PPFIS (Carga Imediata) 
 TransfixaçãoZigomática 
 
Relação de Oclusão Cêntrica (ROC) 
 
Relação de Oclusão Cêntrica (ROC) 
Para reabilitar pacientes com perdas dentárias totais ou grandes 
reabilitações, com as seguintes características: 
 Presença de patologia articular 
 Instabilidade oclusal 
 Interferências oclusais 
 DVO alterada 
 
Relação de Oclusão Cêntrica (ROC) 
 PERDA DA DVO 
 ALTERAÇÃO DA GUIA ANTERIOR 
 ALTERAÇÃO DA CURVA DE SPEE 
Relação de Oclusão Cêntrica (ROC) 
Sabendo que a RC é uma posição terapêutica, e 
que idealmente deveria haver coincidência da 
posição de RC e da MIH, ou seja, ROC, como 
proceder clinicamente na hora de fazer ajustes de 
uma restauração de resina, amálgama, ou de uma 
coroa protética? 
 
 
Reflita !! 
Como já foi mencionado, a RC é uma posição que independe da presença de 
dentes, é determinada e mantida pelos músculos, ligamentos e disco articular. 
Toda restauração deve ser ajustada nas posições de RC e de MIH, permitindo 
um deslizamento mandibular no trajeto entre esses dois padrões de contatos 
oclusais, livre de interferências. 
Faça você mesmo!! 
Coloque o paciente deitado na cadeira, e 
naturalmente a mandíbula se deslocará para trás. 
Peça ao paciente que faça movimentos cêntricos 
de abertura e fechamento, colocando um papel 
carbono entre os dentes; haverá um padrão 
determinado de contatos estabelecido. 
Faça você mesmo!! 
 Logo após colocar o paciente sentado na cadeira, a 
mandíbula se deslocará automaticamente para anterior, então 
repita a ação. Um novo padrão de contatos oclusais será 
marcado na superfície oclusal dos dentes. 
A distância entre os dois padrões de contato é chamada 
liberdade em cêntrica. 
 Liberdade em cêntrica é a 
diferença entre RC e MIH !! Entenda !! 
 
 
 
Determinadas posições e certos movimentos mandibulares 
interessam intimamente à odontologia restauradora para que 
esta possa ser executada de forma a consolidar o 
funcionamento fisiológico do sistema estomatognático. 
Qual é o interesse das Posições e 
Movimentos Mandibulares para a odontologia 
restauradora? 
TIPO DE MOVIMENTO 
DIREÇÃO DO MOVIMENTO 
R.C. 
ROTAÇÃO TRANSLAÇÃO 
LADO DE TRABALHO LADO DE BALANCEIO MOVIMENTO PROTRUSIVO 
 
É aquele para o qual a mandíbula se movimenta, de forma que as 
cúspides vestibulares inferiores se opõem às cúspides e vertentes 
triturantes vestibulares superiores. 
Corresponde ao lado oposto ao qual a mandíbula se desloca! 
Em lateralidade o côndilo de trabalho rotaciona. O de balanceio, move-
se anterior, medial e inferiormente. A trajetória do côndilo de balanceio é 
mostrada nos planos: sagital, horizontal e frontal. 
 
 Contatos dos dentes posteriores no LB aumentam a atividade muscular na região. 
 Contatos com LB são danosos ao sistema mastigatório devido à quantidade e 
direcionamento das forças por eles gerados. 
Os contatos no L.B. eliminam a guia lateral aumentando temporariamente a DV 
do LT, o que induz a um estiramento do masseter e temporal, provocando uma 
supercontração reflexa. 
 
 
Lat. Esq. 
Lat. Dir. 
É o descolamento mandibular anterior que pode iniciar na RC ou OC, no 
qual os côndilos se deslocam para baixo e para frente simetricamente, 
enquanto os dentes anteriores se tocam e os posteriores desocluem 
progressivamente. 
 
 Os caninos e incisivos inf. deslizam sobre a concavidade palatina dos superiores. 
 As cúspides VI deslizam sobre fossas e sulcos antagonistas e sobre planos 
inclinados. 
 
Reflita !! 
OCLUSÃO 
ORGÂNICA 
BALANCEADA 
BILATERAL 
 GUIA CANINA 
 PARCIAL DE GRUPO 
 Anterior ou Posterior 
 TOTAL DE GRUPO 
 Anterior ou Posterior 
 
 
Os dentes devem tocar em grupos especializados, de modo que em posições 
cêntricas e excêntricas, certos dentes ou grupo de dentes, sejam capazes de suportar 
as cargas, protegendo os outros de forças indesejáveis. (Hobo, 1991). 
Função em Grupo 
Guia Canina 
 RC = MIH >>> ROC 
 Contatos bilaterais efetivos nos posteriores em ROC. 
 Leve Toque nos anteriores em ROC. 
 Relação oclusal: Cúspide / Fossa 
 Direcionamento axial de carga oclusal. 
 Guia incisal eficiente com desoclusão posterior. 
Guia canina: desoclusão LT e LB. 
 Relação de trespasse vertical e horizontal adequada. 
RELACIONAMENTO DOS DENTES NAS EXCURSÕES LATERAIS 
FUNÇÃO EM GRUPO: Contato de um grupo de dentes 
no LT durante a lateralidade, com desoclusão no LB. 
GUIA CANINA: Contato entre caninos no LT com 
desoclusão dos posteriores no LT e desoclusão no LB. 
Corresponde ao contato entre caninos no LT durante o 
movimento lateral da mandíbula com desoclusão dos 
dentes posteriores do LT e desoclusão dos dentes da LB. 
Vantagens da Guia Canina: 
 Os caninos possuem: 
 Melhor proporção raiz-coroa 
 Tolera melhor as forças mastigatórias por estar envolto 
por osso denso e compacto 
 Diminui atividade muscular ao liberar os dentes 
posteriores de contato 
 
 
Cabe lembrar a IMPORTÂNCIA de ajustar 
corretamente as restaurações. 
Assimile! 
Reveja a situação-problema 
apresentada no início da seção! 
OKESON, J. P. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. 7. ed. Rio de 
Janeiro: Editora Elsevier, 2013. 
 CARDOSO, A. C. Oclusão para você e para mim. São Paulo: Livraria Santos, 2005. 
 CONCEIÇÃO, E. N. Dentística: saúde e estética. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 584 p. 
DAWSON, P. E. Avaliação, diagnóstico e tratamento dos problemas oclusais. Rio de Janeiro: 
Artes Médicas, 1980. 
 FERNANDES NETO, - Parte Clínica. Oclusão. Série ABENO. São Paulo: Artes Médicas, 
2013. 160 p.

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