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AS_4_ESCOLAS_DO_PENSAMENTO_MACONICO pdf

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1 
 
 A R  L  S  
 “O TABERNÁCULO”, 361. 
Fundada em 28 de Setembro de 2012 
EV 
Filiada ao Grande Oriente Paulista. 
GOP – COMAB – C. M. I.. 
 
 
Trabalho: TEMPO DE ESTUDOS. 
 
Tema AS 4 ESCOLAS DO PENSAMENTO 
MAÇÔNICO. 
Ir Amaury Peleteiro. 
Gestão 2013/2014/2015. 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
ÀG D G A D U. 
S S S. 
Sapientia, Salus, Stabilitas. 
 
SABEDORIA – FORÇA - BELEZA. 
 
 
ESCOLAS DO PENSAMENTO 
MACÔNICO. 
Ir Roberto Bondarik**. 
RESUMO: 
O presente texto procura demonstrar as 
diferentes Escolas de Pensamento 
Maçônicas, e a sua influência nas 
diferentes concepções e conceitos sobre 
as origens e as influências recebidas e 
exercidas pela Ordem Maçônica ao 
longo da História. 
 
 
 Texto originalmente concebido como capitulo provisório de 
introdução a uma dissertação de mestrado, e adaptado para ser 
apresentado em Sessão da Aug e Resp Loj Simb 
"Cavaleiros da Luz" Nº 60, Or de Cornélio Procópio, filiada à 
Grande Loja do Paraná. Apresentação esta, ocorrida no dia 29 de 
Maio de 2002 da E V. 
 
4 
 
A Ordem Maçônica ou simplesmente 
Maçonaria1, quer enquanto ordem 
coletiva, quer através da ação isolada 
de seus membros, imbuída de valores 
iluministas, contribuiu para o processo 
de independência do Brasil e também 
para o processo de separação da Igreja 
e do Estado Brasileiro. 
 
Contribuiu para o processo a laicização2 
deste e da sociedade brasileira do 
século XIX e também para a difusão e a 
afirmação das idéias de cunho liberal e 
libertário. 
 
A Maçonaria teve um papel fundamental 
e essencial em quase todos os 
movimentos de emancipação política e 
independência de praticamente todo o 
continente americano, e na luta contra 
o absolutismo monárquico, surgidos nos 
séculos XVIII e XIX, época em que o 
mundo estava passando por grandes e 
 
1 O nome Maçonaria, ou Franco-Maçonaria deriva do termo francês "franc-
maçonnerie", ou seja, pedreiros-livres. (N.A) 
 
2 Por laicização, entende-se a separação ocorrida entre Estado e Igreja, ou ainda 
a sensível diminuição da influência desta dentro do governo. Em Portugal e no 
Brasil tal influência era conhecida ainda como regime do "Padroado". (N.A) 
 
5 
 
inúmeras transformações políticas e 
sociais. 
 
Nesta época, movimentos como a 
independência dos Estados Unidos da 
América, a Revolução Francesa 
difundiam idéias de liberdade política e 
emancipação que se disseminavam 
através de toda a América Espanhola3 e 
América Portuguesa, ou seja o Brasil 
(CASTELLANI: 1992, p. 32-34). 
 
Sobre a Maçonaria, é importante em 
primeiro lugar procurar defini-la e 
conceitua-la, tarefa um tanto difícil, 
pois nos cabem diversas definições e 
principalmente opiniões sobre suas 
origens. 
 
Opiniões estas nem sempre fundadas 
em fatos concretos, documentos ou 
opiniões concretas que possam ser 
apontados como autênticos do ponto de 
vista histórico. 
 
 
3 CASTELLANI, José. De Maia ao Tiradentes. Revista A Trolha, Londrina, 
Ano XXII, nº 66 p. 32-34, Abril 1992. 
6 
 
Estas diversas definições abrangem os 
diversos aspectos da Maçonaria, 
destacando segundo seus defensores os 
segmentos que mais lhes convém como 
os campos político, filosófico, 
econômico e também esotérico, 
religioso ou mesmo iniciático. 
 
Sobre as origens da Maçonaria, Joaquim 
Gervásio de Figueiredo, historiador e 
pesquisador maçom, em seu "Dicionário 
de Maçonaria", fez uma importante 
citação de um texto relacionado 
pertencente a obra "Pequena História 
da Maçonaria" escrito por C. W. 
Leadbeater e publicado pela Editora 
Pensamento, o texto versa sobre as 
quatro "Escolas do Pensamento 
Maçônico", que congregam os 
diferentes escritores e pensadores, 
estudiosos e historiadores da Maçonaria 
e consequentemente o universo dos 
maçons: 
 
"... As origens da Ordem Maçônica se 
perdem nas brumas da Antiguidade. 
Sendo que os escritores maçônicos do 
século XVIII especularam sua história 
7 
 
sem o devido espirito critico ou 
cientifico, baseando seus conceitos em 
uma crença literal na história e na 
cronologia do Antigo Testamento, e nas 
Lendas curiosas da Ordem, oriundas dos 
tempos operativos das Antigas 
observâncias ou Constituições..."4 
 
Continuando com a citação do 
Dicionário de Maçonaria, aponta-se que 
no século XIX, também alguns autores 
apontavam origens remotas ou bíblicas 
para a Maçonaria: 
 
"...O Dr. Oliver (...) chegou a escrever 
que a Maçonaria, tal qual a temos hoje, 
é a única verdadeira relíquia da religião 
dos patriarcas (hebreus) antes do 
Dilúvio, ao passo que os antigos 
Mistérios do Egito e de outros países, 
que tão estreitamente se assemelhavam 
a ela, foram apenas corrupções da única 
e pura tradição..."5 
 
 
4 FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário de Maçonaria. São Paulo: 
Editora Pensamento, 1998, p. 239; 
5 Idem. Op cit. p.239 
8 
 
Reforçados pela difusão dos princípios 
iluministas, que fortaleceram as idéias e 
posições da Ordem, o pensamento 
científico e racional também ganha 
espaço entre os maçons. 
 
Com base na necessidade de se 
comprovar historicamente e 
documentalmente suas origens que 
puderam ser aos poucos estudadas a 
luz das ciências6 e do conhecimento. 
 
"... A medida em que os conhecimentos 
científicos e históricos progrediram em 
outros campos de pesquisas, e 
especialmente na análise critica da 
escrituras (BIBLIA), os métodos 
científicos foram gradativamente sendo 
aplicados ao estudo da maçonaria, de 
sorte que atualmente existe um vasto 
acervo de informações positivamente 
 
6 O conhecimento científico, resulta de investigação metódica, sistemática da 
realidade. transcende os fatos e os fenômenos em sí mesmos, analisa-os para 
descobrir suas causas e concluir as leis gerais que o regem 
É verificável na prática, por demonstração ou experimentação. explica e 
demonstra com clareza e precisão os segredos da realidade, além de descobrir 
suas relações de predomínio, igualdade ou subordinação com outros fatos ou 
fenômenos. De tudo isso conclui leis gerias, universalmente válidas para todos 
os casos da mesma espécie. (N.A.) 
9 
 
exatas e das mais interessantes sobre a 
história da Ordem ..."7 
 
Basicamente, podemos apontar que 
então, as linhas de investigação e 
estudo sobre as origens da Maçonaria 
dividem-se em quatro principais escolas 
ou tendências de pensamento: 
 
"... existem quatro principais escolas ou 
tendências do pensamento maçônico, 
ainda não necessariamente definidas ou 
organizadas como escolas, porém 
agrupadas, segundo suas relações, a 
quatro importantes departamentos de 
conhecimento, primitivamente não 
incluídos no campo maçônico (...) cada 
um deles tem seus próprios cânones de 
interpretação dos símbolos e cerimônias 
maçônicos, conquanto seja claro que 
muitos dos modernos escritores 
maçônicos são influenciados por mais 
de uma escola..."8 
 
Levando em consideração que todas 
estas Quatro Escolas influenciaram e 
 
7 FIGUEIREDO, Op cit. p.239; 
8 FIGUEIREDO, Op cit. p.239-240; 
10 
 
ainda influenciam, de uma maneira ou 
de outra praticamente todos os 
escritores e historiadores maçônicos, 
faz-se necessário portanto que 
destaquemos cada uma delas, bem 
como as suas características mais 
importantes, pois de seu conhecimento 
dependerá toda a interpretação das 
idéias e feitos dos membros da 
maçonaria nos diversos eventos e 
acontecimentos que sucederam-se ao 
longo da História. 
 
1ª ESCOLA CHAMADA DE 
AUTÊNTICA OU HISTÓRICA. 
 
A primeira das escolas a serem 
retratadas aqui é a "Escola Autêntica", 
que tranquilamente poderíamos 
também chamar de Escola Histórica: 
 
"(...) surgiu na Segunda metadedo 
século XIX, em resposta ao 
desenvolvimento do conhecimento 
crítico em outros campos. 
 
As antigas tradições da Ordem foram 
minuciosamente examinadas à luz de 
11 
 
documentos autênticos ao alcance do 
historiador. 
 
Empreendeu-se uma enorme soma de 
pesquisas nas atas das Lojas e em 
documentos de todas as espécies 
tratando do passado e do presente da 
Maçonaria em arquivos de 
municipalidades e povoações, em 
decretos e sentenças judiciais (...) 
consultaram-se e classificaram-se todos 
os arquivos acessíveis (...) uma vasta 
soma de material de permanente 
utilidade para os estudiosos de nossa 
Ordem tornou-se assim acessível graças 
ao labor dos cultores das Escolas 
Autêntica. 
 
(...) Numa sociedade secreta como é a 
maçonaria, há de haver muita coisa que 
jamais foi escrita, mas apenas 
transmitida oralmente nas Lojas, e 
assim os documentos e registros têm 
apenas um valor parcial(...) a tendência 
desta escola é, portanto, muito 
naturalmente fazer a Maçonaria derivar 
das lojas e Guildas operativas da Idade 
Média, e fazer supor que os elementos 
12 
 
especulativos foram enxertados no 
tronco operativo (...) se pudermos 
admitir que o simbolismo (...) da 
Maçonaria é anterior a 1717, não 
haverá, praticamente, limites na 
computação de sua idade (...) outros 
escritores não vão além dos 
construtores medievais, na procura da 
origens de nossos mistérios (...)9 
 
É importante destacar que o nascimento 
oficial da Maçonaria ocorre em 1717, 
quando quatro Lojas Maçônicas, que se 
reuniam em Londres, Inglaterra, 
formaram a primeira Grande Loja do 
mundo, a qual passou a credenciar 
outras Lojas e Grandes Lojas em muitos 
países10. 
 
Devemos porém ressaltar que a Ordem 
Maçônica não surgiu simplesmente do 
“nada”. 
 
Existiu todo um trabalho de preparação 
de suas bases ao longo do tempo, e 
 
9 FIGUEIREDO, Op cit. p.240-241; 
10 GRANDE LOJA DO PARANÁ. Maçonaria: um informativo para quem não 
é maçom. Curitiba: Grande Loja do Paraná, 2000; 
13 
 
podemos afirmar com base nas 
tradições, sem trocadilhos, que foi um 
longo tempo. 
Ainda em alusão à “Arte da 
Construção”, de onde retiramos nossa 
simbologia, podemos dizer que primeiro 
foi encontrado o terreno para a 
construção, depois feita sua 
preparação, plantados os alicerces e, 
finalmente, iniciada a elevação das 
paredes e do prédio. 
 
Tornando-se este edifício representado 
pela Maçonaria uma obra conduzida por 
múltiplas mãos ao longo da História. 
 
Constantemente “escavando masmorras 
aos vícios e erguendo templos à 
virtude”, os maçons encontram-se em 
constante labor. 
 
2ª ESCOLA CHAMADA DE 
ANTROPOLÓGICA. 
 
A próxima a ser retratada é a "Escola 
Antropológica": 
 
14 
 
"(...) Aplica as descobertas da 
Antropologia aos estudos da história 
maçônica (...) os antropologistas têm 
reunido um vasto cabedal de 
informações sobre os costumes 
religiosos e iniciatórios de muitos 
povos, antigos e modernos (...). 
 
A Escola Antropológica, concede a 
Maçonaria uma antiguidade muito maior 
que a tida pela Escola Autêntica, e 
assinala surpreendentes analogias com 
os antigos Mistérios de muitas nações 
(...). 
 
Os antropologistas não confinam seus 
estudos apenas ao passado, mas têm 
investigado os ritos iniciatórios de 
numerosas tribos selvagens existentes 
tanto na África como na Austrália (...) 
tem encontrado gestos e sinais ainda 
em uso entre os maçons. 
 
Entre os habitantes da Índia e da Síria 
têm sido encontradas impressionantes 
analogias com os ritos maçônicos (...) é 
evidente que ritos análogos aos que 
chamamos de maçônicos existem entre 
15 
 
os mais antigos do globo, e podem ser 
encontrados sob uma forma ou outra 
em quase todas as partes do mundo. 
 
(...) sinais existem no Egito e México, 
na China e Índia, na Grécia e Roma, nos 
templos de Burma e nas catedrais da 
Europa medieval (...) no sul da Índia 
existem santuários onde são ensinados 
os mesmos segredos sob compromissos 
de juramento tal como nos são 
comunicados na Ordem e nos graus 
superiores da Europa e América 
modernas. (...). 
 
À obra da Escola Antropológica se deve 
uma clara revelação da imensa 
antiguidade e difusão daquilo que 
atualmente chamamos simbolismo 
maçônico (...). 
 
Das pesquisas dos antropologistas 
resulta perfeitamente claro que, 
quaisquer que sejam os exatos elos na 
cadeia da descendência, na Maçonaria 
somos os herdeiros de uma tradição 
antiquíssima, durante incontáveis 
idades tem estado associada com os 
16 
 
mais sagrados mistérios do culto 
religioso.11 
 
3ª ESCOLA CHAMADA DE ESCOLA 
MÍSTICA OU INICIÁTICA. 
 
A Terceira Escola que foi relacionada 
por Joaquím Gervásio do Nascimento, 
trata-se da "Escola Mística"12ou 
"Iniciática": 
 
"(...) Encara os mistérios da Ordem (..) 
vendo neles um plano para o despertar 
espiritual do homem e seu 
desenvolvimento interno (...) declaram 
 
11. FIGUEIREDO. Op cit. p.241-242; 
12 “(...) Misticismo (ou Mística), é uma palavra originado grego ‘MYO’, que 
significa ‘fechar a boca’ e que, como mistério (do grego ‘MYSTERÍON’), 
provinda da mesma raíz, tem o significado de algo que se percebe, 
profundamente, no íntimo , mas que não pode ser revelado, ou de que não se 
pode falar . 
 O misticismo representa um tendência para a busca de um 
ABSOLUTO com o qual pretende, o místico, unir-se, moralmente, através de 
meios simbólicos e nasce do esforço que faz o homem para abarcar a 
realidade absoluta, ou divina, e que está em íntima relação com as coisas. 
 Em última análise, o misticismo é, na realidade, um conjunto de atos 
e disposições, cuja finalidade é a união com a divindade, considerada como 
espirito criador e regulador de tudo o que existe. Para atingir essa finalidade, 
é armado um complexo sistema especulativo, que procura compreender os 
atributos divinos, buscando a união íntima com a divindade e a concretização 
de UM ABSOLUTO, ou do ENTE ÚNICO, supremo e onipotente. (..)" - 
(CASTELLANI, José. O Rito Escocês Antigo e Aceito: História, Doutrina e 
Prática. 2ª ed, Londrina: A Trolha, 1996. Pag. 91) 
17 
 
que os graus da Ordem são simbólicos 
de certos estados de consciência, que 
devem ser despertados no iniciado 
individual, se ele aspira ganhar os 
tesouros do espirito (...). 
Um testemunho que pertence mais à 
religião do que à ciência. 
 
A método místico é a união consciente 
com Deus, e para um maçom desta 
escola a Ordem objetiva representar a 
Senda para essa meta, oferecer um 
mapa, por assim dizer, para guiar os 
passos do buscador de Deus. 
 
(...)Estes estudiosos estão mais 
interessados em interpretações do que 
em pesquisas históricas. 
 
Sua preocupação principal consiste (...) 
em viver a vida indicada pelos símbolos 
da ordem, com o fim de atingir a 
realidade espiritual de que estes 
símbolos são apenas pálidos reflexos 
(...) sustentam que a Maçonaria tem 
pelo menos parentesco com os antigos 
Mistérios, que visavam precisamente a 
mesma finalidade: 
18 
 
 
A de oferecer ao homem uma via pala 
qual possa encontrar Deus (...)."13 
 
Segundo José Castellani, a Maçonaria 
não é todavia uma Ordem Mística, já 
que, nela a Razão sobrepuja o 
misticismo14. 
 
Porém ele destaca a Importância do 
Misticismo e da Simbologia Mística para 
a construção e manutenção da doutrina 
Moral da Ordem Maçônica: 
 
"(...) Embora a Maçonaria não seja uma 
religião e nem seja uma ordem mística, 
ela utiliza, em seus rituais, na sua 
simbologia e na sua estrutura filosófica 
e doutrinária, os padrões místicos de 
diversas seitas, associações e 
civilizações antigas, principalmente os 
relativos às religiões e às ordens 
iniciáticas de cunho religioso daqueles 
povos que representaram o alvorecer 
 
13 FIGUEIREDO. Op cit. p.243; 
14 “ (...) O maçom é livre para investigar a verdade, portanto, pode discordar ou 
discutir os princípiosmaçônicos, notadamente, porque as instruções maçonicas 
não tem natureza dogmática (verdades absolutas) (...)” (GRANDE LOJA DO 
PARANÁ Op cit. p.14) 
19 
 
das civilizações e que representam o 
alvorecer das civilizações e que 
concentravam, desde o século V a. C., 
em torno dos rios Tigre e Eufrates e do 
Mar Mediterrâneo. 
 
(...) [A Maçonaria] nascida em sua 
forma moderna, nas asas das 
aspirações liberais e libertárias dos 
povos subjulgados pelo poder real 
absoluto e pelos privilégios do clero, 
ela, também, é liberal e libertária, 
evolutiva e adaptável às épocas, 
racional e democrática. 
 
Para armar todavia, a sua doutrina 
moral, ela buscou o simbolismo nascido 
da mística de civilizações perdidas na 
noite dos tempos; e o simbolismo, fonte 
de espiritualidade oculta, será, sempre, 
por mais que a cibernética e a 
materialidade dominem o mundo, uma 
LUZ no caminho da humanidade.15 
 
 
 
 
15 CASTELLANI, José. O Rito Escocês Antigo e Aceito: História, Doutrina e 
Prática. 2ª ed, Londrina: A Trolha, 1996. Pag. 92 
20 
 
4ª E ÚLTIMA ESCOLA CHAMADA DE 
ESCOLA OCULTA. 
 
A Quarta e Última Escola do 
pensamento maçônico, por fim, é a 
aquela chamada de "Escola Oculta": 
 
"(...) Está representada por uma 
corporação sempre crescente de 
estudiosos na Ordem Co-maçônica (ou 
Ordem Maçônica Mista Internacional Le 
Droit Humain), que esta 
progressivamente atraindo também 
aderentes da Maçonaria masculina. 
 
Como um de seus principais e 
característicos postulados é a eficácia 
sacramental do cerimonial maçônico, 
quando devida e fielmente executada, 
talvez nos seja lícito, chamá-la a escola 
Sacramental ou Oculta (...). 
 
O objetivo do ocultista, não menos que 
o do místico, é a união consciente com 
Deus, porém diferem seus métodos de 
busca. 
 
21 
 
(...) o método ocultista se desenvolve 
através de uma série de etapas 
gradativas, de uma Senda de Iniciações 
conferindo sucessivas expansões de 
consciência e graus do poder 
sacramental. 
 
O místico é frequentemente mais de 
caráter individual, um 'vôo do solitário 
para o solitário' (...) o método do 
místico é pela prece e oração (...)."16 
 
Sem desmerecer ou contradizer 
nenhuma das Escolas do Pensamento 
Maçônico, importantes apontamentos 
sobre as origens da Maçonaria, foram 
feitos por Marcello Francisco Ceroni, em 
seu trabalho intitulado "O Surgimento 
da Maçonaria", e publicado pela 
Confederação da Maçonaria Simbólica 
do Brasil, que apesar de não muito 
extenso, é bastante rico em 
informações, citações e referencias bem 
fundamentadas e embasadas: 
 
"... A história, o desenvolvimento e a 
evolução da maçonaria como 
 
16 FIGUEIREDO. Op cit. p.243-244; 
22 
 
agremiação, deve ser iniciada com a 
história da Fraternidade dos Pedreiros e 
Canteiros da Idade Média, por razões da 
relação intima existente entre a 
irmandade e a Fraternidade dos Franco-
Maçons, porque efetivamente, a história 
de uma é unicamente a introdução à 
história da outra."17 
 
Por ser este um trabalho que se 
pretende ser histórico e dentro do 
possível racional, não poderíamos nos 
ater a fatos cuja autenticidade poderia 
vir a ser questionada. 
 
Ficaríamos portanto, também 
impossibilitados de utilizar Lendas e 
Tradições de uma maneira mais geral, 
apesar de muitas verdades podem ser 
retiradas de simples relatos, por mais 
fantasiosos que poderiam parecer. 
 
Surgida na Europa, segundo muitos 
historiadores maçons, sendo portanto 
originada das antigas corporações18 ou 
 
17 CERONI, Marcello Francisco. O Surgimento da Maçonaria. Brasília: 
Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), 2000, p. 5; 
18 "... O termo "corporação" não foi utilizado na Idade Média. Em seu lugar 
empregava-se mesteres ou guildas. Apesar das controvérsias sobre a origem 
23 
 
guildas de pedreiros construtores de 
catedrais, apesar de outros procurarem 
indicar origens mais antigas, como os 
Colégios Romanos, ou "Collegia 
Caementariorum", associações de 
pedreiros e construtores que 
apareceram em vários países e regiões 
dominados pelo Império Romano. 
 
Estes Colégios erigiam Templos e outros 
diversos Edifícios Públicos19. 
 
A Maçonaria foi se imbuindo de valores 
e ideais liberais e libertários ao longo 
de seu desenvolvimento. 
 
Influenciada principalmente pelo 
Iluminismo, no século XVIII, teve a 
Ordem Maçônica importante papel na 
luta contra o absolutismo político, e na 
conquista e consolidação do poder 
político pela burguesia, quer seja na 
Europa, quer seja na América. 
 
das associações profissionais da Idade Média, os historiadores procuram filiar 
as corporações de oficio as instituições antigas ou as confrarias religiosas da 
própria Idade Média. Contudo, as corporações tinham bases próprias e não 
poderiam ser consideradas continuação de uma tradição antiga ou religiosa ..." 
(KOSHIBA, Luiz. História: origens, estruturas e processos. São Paulo: Atual, 
2000, p. 173) 
19 KOSHIBA, Idem. Op cit. p. 6 
24 
 
BIBLIOGRAFIA: 
 
ASLAN, Nicola. História Geral da Maçonaria: 
Fastos da Maçonaria Brasileira. Londrina: 
A Trolha, 1997; 
CALDEIRA, Jorge. Mauá: Empresário do 
Império. São Paulo: Companhia das Letras, 
1995; 
CAMINO, Rizzardo da; CAMINO, Odéci Schilling 
da. Vade Mécum do simbolismo 
Maçônico. São Paulo: Madras, 1999; 
CASTELLANI, José. A Maçonaria e o 
Movimento Republicano Brasileiro. São 
Paulo: Traço, 1989; 
CASTELLANI, José. De Maia ao Tiradentes. 
Revista A Trolha, Londrina, Ano XXII, nº 
66 p.32-34, Abril 1992 
CASTELLANI, José. O Rito Escocês Antigo e 
Aceito: História, Doutrina e Prática. 2ª ed, 
Londrina: A Trolha, 1996; 
CASTELLANI, José. Os Maçons na 
Independência do Brasil. Londrina: A 
Trolha, 1993; 
CERONI, Marcello Francisco. O Surgimento da 
Maçonaria. Brasília: Confederação da 
Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), 
2000; 
COLUSSI, Eliane Maria. A Maçonaria Brasileira 
e a defesa do ensino laico (século XIX). 
In História & Ensino, vol. 6. Londrina: 
Universidade estadual de Londrina, 2000. 
Pag. 47-55 
25 
 
COSTA, Frederico G. Breves Ensaios Sobre a 
História da Maçonaria Brasileira. 
Londrina: A trolha, 1993; 
FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário 
de Maçonaria. São Paulo: Editora 
Pensamento, 1998, 
GRANDE LOJA DO PARANÁ. Maçonaria: um 
informativo para quem não é maçom. 
Curitiba: Grande Loja do Paraná, 2000; 
KOSHIBA, Luiz. História: origens, estruturas 
e processos. São Paulo: Atual, 2000 
LINHARES, Marcelo. História da Maçonaria: 
Primitiva, Operativa e Especulativa. 2ª 
ed. Londrina: A Trolha, 1997. 
PRADO JUNIOR, Caio. Formação do Brasil 
Contemporâneo: Colônia. São Paulo: 
Brasiliense: Publifolha, 2000; 
SAVI, Hamilton. Maçonaria como uma escola 
de formação. Revista O Prumo. 
Florianópolis, Ano XXII, nº 141, 
Janeiro/Fevereiro de 2002, p. 30-31; 
 
 
** Roberto Bondarik - M M 
 
- Obreiro do Quadro da Aug e Resp Loj 
Simb "Cavaleiros da Luz" Nº 60, Or de 
Cornélio Procópio, filiada a Grande Loja do 
Paraná, tendo sido iniciado em 25 de junho 
de1997, tendo sido Secretário por duas vezes e 
atualmente Chanceler. 
- Professor Graduado e Pós-Graduado em História 
e Geografia; 
- Atua nas seguintes instituições: 
26 
 
 
- Centro Federal de Educação Tecnológica do 
Paraná – CEFET-PR, Unidade de Cornélio 
Procópio; 
- Faculdade de Educação, Administração e 
Tecnologia de Ibaiti - FEATI, em Ibaiti, Paraná; 
- Faculdades Cristo Rei – FACCREI, em Cornélio 
Procópio; 
- Professor da Rede Estadual de Ensino do Estado 
do Colégio Estadual “Castro Alves” em Cornélio 
Procópio;Amaury Peleteiro. MM - CIM: 11749. 
amaurypeleteiro@gmail.com 
CEL- 11 – 98584-3759. 
SKYPE- peleteiro1 
 
 
mailto:amaurypeleteiro@gmail.com

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