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#Audiência de Instrução e Julgamento#

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#Audiência de Instrução e Julgamento#
Data da aula: 30/04/2020
Conteúdo da 2ª prova.
1.0 Base Legal (art. 358 e seguintes do CPC) : A audiência de instrução e julgamento, é designada antes da fase instrutória, a designação da audiência acontece antes da fase instrutória, por ocasião do saneamento do processo, isso ocorre porque entre as formas de saneamento a mais recorrente, é a decisão saneadora e entre os elementos que compõe o conteúdo da decisão saneadora, você vai observar no art.357,V, CPC exatamente que a audiência de instrução e julgamento, é designada na decisão senadora. A audiência de instrução portanto, se realiza na fase instrutória, que é o momento processual reservado para maior produção probatória.
2.0 Designação: A audiência de instrução e julgamento é designada na decisão saneadora (art.357, V, CPC). A audiência de instrução e julgamento, depois de designada na decisão saneadora, ela se realiza na fase instrutória e a regulação da audiência em si acontece a partir do art. 358 e seguintes do CPC. A designação da audiência acontece por ocasião do saneamento do processo, na decisão saneadora conforme previsão do art.357, V, CPC.
Obs: A audiência de instrução e julgamento vai acontecer, é obrigatória que essa audiência aconteça? Não. Sequer a fase instrutória é obrigatória que aconteça, tanto é verdade que nós já sabemos, que por ventura o feito pode ser extinto com ou sem julgamento de mérito ou posso observar ainda o julgamento antecipado do mérito ou ainda o julgamento antecipado parcial do mérito, ou seja resolve-se parte da pretensão autoral e apenas a outra parcela da pretensão é que vai demandar a continuidade do processamento do feito. Em havendo uma fase instrutória necessariamente haverá uma audiência de instrução e julgamento? Não. Audiência de instrução e julgamento, ela só se justifica para colher prova oral. A prova oral pode ser do autor, pode ser do réu, pode ser de um perito, pode ser de testemunhas, a necessidade de prova oral, atrai reivindica a necessidade da realização da audiência de instrução e julgamento. Sem necessidade de prova oral, você pode até ter fase instrutória, mas aí essa fase instrutória vai abraçar outras provas de outra natureza, e não necessariamente prova oral. A fase instrutória ela não existe em razão da audiência de instrução e julgamento, a audiência de instrução e julgamento, é o momento processual em que se produz prova oral, mas eu posso ter na fase instrutória a produção de provas de outra natureza, que não seja prova oral e mesmo assim podemos ter a fase instrutória.
3.0 Primeiro Ato do Juiz: Tendo havido ou não a audiência de conciliação e mediação. O CPC determina, que a primeira coisa que o juiz vai fazer, é tentar promover a conciliação das partes.
4.0 Deveres do Juiz:
- Manter o decoro e a ordem.
- Determinar a retirada de pessoa que não se comportar adequadamente na audiência.
- Requisitar se necessário força policial.
- Deve fazer constar ao seu mando os requerimentos formulados pelas partes, deve constar em ata de audiência.
- Dever de tratar todos com urbanidade.
5.0 Adiamento da Audiência: A audiência pode ser adiada? Bom, pode ser adiada com as seguintes hipóteses. (art.190)
- Convenção das partes.
- Atraso injustificado (maior que 30 minutos).
- Ausência motivada de quem dela deva participar.
Obs: Prova do Impedimento: Pode-se dar ali, até antes do pregão, no momento do pregão, até o pregão.
6.0 Sanção à parte pela ausência: Impossibilidade de produzir a prova que tenha sido requerida em audiência. A ausência do ADU e do MP (parte), vai importar em uma consequência. Eventuais provas a serem produzidas em audiência na ausência do ADU ou do MP, estas provas não poderão ser produzidas.
7.0 Ordem de Oitiva na Instrução: A primeira pessoa a ser ouvida é o perito, se tiver havido perícia, o perito nem sempre vai falar na audiência, a pericia quando apresentada, o juiz e as partes podem ter duvidas em relação a este laudo, o juiz pode entender que seja necessário intimar o perito para audiência para que o mesmo elucide algumas questões, então havendo perícia e considerando necessário o magistrado, o perito é intimado para ser ouvido em audiência, da mesma forma que o perito é ouvido, os respectivos assistentes técnicos das partes também serão ouvidos (as partes podem indicar assistentes técnicos), se o perito for ouvido em audiência as partes também podem requerer que os assistentes técnicos sejam ouvidos. Ordem de instrução: primeiro o perito, segundo o assistente técnico do autor e terceiro o assistente técnico do réu, terminado isso o autor é ouvido e depois o réu e por último testemunhas do autor e depois testemunhas do réu. 
8.0 Ordem de Oitiva no Debate: Ordem dos debates: primeiro o advogado do autor é ouvido, depois o do réu e depois o MP, cada um vai falar 20 minutos, podendo haver prorrogação por mais 10 minutos. Se houver litisconsórcio ativo (2 autores) este tempo será dividido, 10 minutos para o autor, 10 minutos para o réu, podendo ser prorrogado por mais 10 minutos, sendo 5 minutos para cada, 15 minutos no total, caso haja prorrogação.
9.0 Debates Orais ou Razões Escritas? Terminado os debates orais, vai haver uma sentença na audiência, mas antes disso, há uma segunda possibilidade, há depender da complexidade da causa, os advogados podem requerer que os debates orais sejam substituídos por razões escritas, tendo assim cada um o prazo de 15 dias.
10.0 Sentença em Audiência: A sentença se dará em audiência evidentemente. Caso haja os debates orais é muito interessante a depender do contesto da audiência pra você, que a sentença seja ali prolatada, agora se você tiver desconfiado com relação ao desfecho da audiência, seria interessante substituir os debates orais pelas razões escritas. Se houver a substituição dos debates orais pelas razões escritas, obviamente que a sentença então vai ter que aguardar as razões escritas serem apresentadas em juízo. Se houver debate oral na audiência, o juiz pode prolatar a sentença na audiência, mas também poderá prolatar essa sentença no prazo de 30 dias, não necessariamente só por haver os debates orais o juiz está obrigado a prolatar a sentença na audiência de instrução e julgamento.

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