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VÍCIOS DE LINGUAGEM
Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens 
emitidas, os vícios de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas 
gramaticais. 
Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das 
regras por parte do emissor. Sendo assim, chama-se vício de linguagem ao modo de falar ou 
escrever que contraria as normas de uma língua. A infração à norma só recebe o nome de vício 
quando se torna frequente e habitual na expressão de um indivíduo ou de um grupo. 
 Os vícios de linguagem se classificam em: 
1. Barbarismo 
 É o uso de formas linguísticas que não estão de acordo com os princípios e regras de uma língua: pronúncia incorreta, troca de letras, uso de formas gramaticais erradas ou emprego de palavras com significado diferente do exato. 
O Barbarismo é o desvio de norma quanto à: 
 Grafia 
 Ela fez uma proesa (em vez de proeza); 
 Fiz um mingau de maizena (em vez de maisena). 
 Pronúncia 
 O pograma acabou (em vez de programa); 
 A entrada é gratuíta (em vez de gratuita). 
 Morfologia 
 Os cidadões lutam por seus direitos (em vez de 
 cidadãos) 
 Ela me deu uma tapa (em vez de um tapa) 
 Semântica 
 Ele comprimentou o tio (em vez de cumprimentou) 
 O controlador de tráfico aéreo está exausto. (em vez 
 de tráfego) 
2. Solecismo 
 Colocação inadequada de algum termo, contrariando as regras da norma culta em relação à sintaxe (parte da gramática que trata da disposição das palavras na frase e das frases no período). 
 O Solecismo é o erro de sintaxe quanto à: 
 Concordância 
 Sobrou muitas vagas (em vez de sobraram) 
 O pessoal já saíram (em vez de saiu) 
 Regência 
 Cheguei no Brasil em 1990 (em vez de ao) 
 Hoje assistiremos o filme (em vez de ao) 
  Colocação 
 Foi João quem avisou-me (em vez de me avisou) 
 Não falou-me sobre o assunto (em vez de Não me falou) 
 Me faça um favor? (em vez de Faça-me) 
3. AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA 
 É o duplo sentido que alguns textos podem apresentar. Em textos literários, principalmente na poesia, a ambiguidade pode ser uma qualidade, um recurso de expressão valioso. Mas em textos que devem apresentar informações mais objetivas, a ambiguidade deve ser evitada, pois compromete o sentido que se 
pretende expressar. Um texto dissertativo, por exemplo, deve apresentar linguagem objetiva, sem ambiguidades. É preciso deixar claro ao leitor a quem ou a que se referem verbos e pronomes de seu texto, evitando duplos sentidos ou mesmo interpretações absurdas.
  O prefeito encontrou-se com o governador em seu gabinete. 
 (De quem é o gabinete?) 
 Encontrei-o preocupado. 
 (Quem estava preocupado: eu ou ele?) 
 
 O vendedor disse ao cliente que seu preço estava incorreto. (Não é possível saber se o preço incorreto era o do vendedor ou o do cliente.) 
4. Cacófato 
· A palavra "cacófato", dos elementos gregos "kakós" ( = mau) e "phaton" ( = que pode ser dito ou expresso), designa a produção de um som ruim, oriundo da junção da sílaba final de uma palavra com a inicial da seguinte. Estas palavras, no entanto, podem produzir formações obscenas. Por isso, temos de cuidar para não ofender a pessoa que ouve.
·  Maria nunca ganha. 
· Ela se disputa para ele. 
· Vou-me já, pois estou atrasado. 
· A boca dela é linda! 
5. Pleonasmo Vicioso 
· É a repetição supérflua da palavra ou da ideia contida nela, são vícios de linguagem. Trata-se de uma palavra de origem grega que significa superabundância. Chama-se pleonasmo o uso de expressão redundante. 
· Hemorragia de sangue 
· Repetir de novo 
· Segredo secreto 
· Voltou a estudar novamente.
 
 6. Neologismo 
 
· É um fenômeno linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de um novo sentido a uma palavra já existente. É uma nova palavra criada na língua, e geralmente surge quando o indivíduo quer se expressar, mas não encontra a palavra ideal. 
· Como o falante nativo tem total domínio dos processos de formação de palavras, pois tem a língua internalizada, para ele é fácil criar uma nova palavra sem nem mesmo se dar conta de que está utilizando um dos processos existentes na língua como a prefixação, a sufixação, a aglutinação ou a justaposição. 
· Os “neologismos” como costumam ser chamadas estas palavras ou expressões, podem surgir de um comportamento espontâneo, das relações entre as pessoas na linguagem natural ou artificial. 
· Exemplo de linguagem natural: conversação espontânea do dia a dia. 
· Exemplo de linguagem artificial: bate-papo eletrônico (chat) via internet. 
· O neologismo pode surgir também com um fim pejorativo (palavrões, gírias, ironias, etc) ou para fins comunicativos simplesmente. O neologismo passa a ser parte do léxico da língua quando é dicionarizado e admitido na linguagem padrão. Isto acontece frequentemente, pois a língua se adapta ao uso que a comunidade linguística faz dela, e não o contrário. 
· A neologia do português existe porque a língua é viva, ou seja, é passível de mudanças constantes que podem vir a ser determinantes. 
Algumas formas de Neologismos: 
 
· NEOLOGISMO SEMÂNTICO: a palavra já existe, mas ganha uma nova conotação, um novo significado. 
· Estou a fim de Fulano. (estou interessado). 
· Beltrano, não vai dar, deu zebra. (algo não deu certo). 
· Vou fazer um bico. (trabalho temporário). 
· NEOLOGISMO LEXICAL: é criada uma palavra nova, com um novo conceito. 
· deletar (eliminar). 
· abobado (aquele que é “bobo”, sonso). 
· internetês (a língua da internet). 
· NEOLOGISMO SINTÁTICO: são resultados da organização de um novo vocábulo. Supõem a combinatória de elementos já existentes na língua como a derivação ou a composição. 
· “A não informação conduz o homem à caverna”. 
· “João Paulo II reinventa a Igreja papalizando com exito”. 
· “A operação-desmonte é uma invenção política mentirosa”. 
 7. Eco 
 
· É uma espécie de cacofonia que consiste na sequência de sons vocálicos idênticos (assonância), ou na proximidade de palavras que têm a mesma terminação. 
· A decisão da eleição não causou comoção na população. 
· Vicente já não sente dores de dente tão frequentemente como antigamente quando estava no Oriente. 
 
 8. Colisão 
· É uma espécie de cacofonia que consiste na sequência de sons consonantais idênticos (aliteração), ou na proximidade de palavras que têm a mesma terminação. 
· Sua saia saiu suja da máquina.
· No mato tu matarás o tatu. 
· O rato roeu a roupa da rainha.
· Futebol define finalistas do final de semana. 
 9. Arcaísmo 
 
· É a utilização de palavras , formas ou expressões antigas, que já caíram em desuso.
· Ceroula (cueca) 
· Vosmecê (você) 
· Quiçá (talvez) 
· Apalermado (bobo) 
· Magote (grande quantidade)
 
 10. ESTRANGEIRISMO 
 
· Todo e qualquer emprego de palavras, expressões e construções estrangeiras em nosso idioma recebe denominação de estrangeirismo. Classificam-se em: francesismo, italianismo, espanholismo, anglicismo (inglês), germanismo (alemão), eslavismo (russo, polaco, etc.), arabismo, hebraísmo, grecismo, latinismo, tupinismo (tupi-guarani), americanismo (línguas da América) etc. 
· Francesismo: abajur, chefe, carnê, matinê
· Italianismos: ravioli, pizza, cicerone 
· Espanholismos: camarilha, guitarra, quadrilha 
· Anglicanismos: futebol, telex, bofe, ringue, sanduíche 
· Germanismos: cerveja, gás, touca
· Eslavismos: gravata, estepe 
· Arabismos: alface, tarimba, açougue, bazar 
· Hebraísmos:amém, sábado 
· EXERCÍCIOS 
1. Qual o vício de linguagem que se observa na frase: “Eu não vi ele faz muito tempo”. 
a) solecismo 
b) cacófato . 
c) arcaísmo 
d) barbarismo 
e) colisão 
 1. Qual o vício de linguagem que se observa na frase: “Eu não vi ele faz muito tempo”. 
a) solecismo 
b) cacófato . 
c) arcaísmo 
d) barbarismo 
e) colisão 
 2. Identifique a alternativa em que ocorre um pleonasmo vicioso: 
a) Bondade excessiva, não a tenho. 
b) A casa, já não há quem a limpe. 
c) Para abrir a embalagem, levante a alavanca para cima. 
d) Ouvi tudo o que ele disse. 
e) N.D.A. 
 3. Diante dos enunciados que seguem, analise-os, apontando qual o vício de linguagem predominante nestes: 
a – Peguei o ônibus correndo. 
b – Por estar inconsciente, não entendi o que realmente quis dizer. Contudo, possivelmente conversaremos depois. 
c – Aquele ambiente é bastante aconchegante, que tal fazermos um happy-hour, ou talvez um breakfast? 
d – Na geladeira há sanduiches de mortandela, coloque-os na bandeija e sirva aos convidados. 
e – Durante o evento, não vi ela nem um instante. 
f – Suba lá em cima e pegue as encomendas para mim. 
a) ambiguidade 
b) eco 
c) estrangeirismo 
d) barbarismo 
e) cacofonia 
f) pleonasmo vicioso 
4. Em “Vamos adiar para depois a discussão deste contrato” ocorre um dos seguintes vícios de linguagem: 
a) pleonasmo 
b) barbarismo 
c) solecismo de regência 
d) solecismo de concordância 
e) n.d.a 
5. Em todas as frases abaixo, há solecismos. Corrija-os: 
a) Fazem dois meses que os funcionários do correio estão em greve. 
b) Quando chegamos na cidade, começou a chover. 
c) Existe nesta cidade poucas pessoas que sabem falar inglês. 
d) Devem haver poucos recursos para realizar esta obra. 
 5. Em todas as frases abaixo, há solecismos. Corrija-os: 
a) Fazem dois meses que os funcionários do correio estão 
em greve. 
b) Quando chegamos na cidade, começou a chover. 
c) Existe nesta cidade poucas pessoas que sabem falar inglês. 
d) Devem haver poucos recursos para realizar esta obra. 
a) Faz dois... 
b) ...chegamos à cidade,... 
c) Existem... 
d) Deve haver... 
6. Identifique e classifique os vícios de linguagem: 
a) Espero que você seje feliz. 
b) O guarda nortuno da noite não veio. 
c) Eu nunca ganho nada em sorteio. 
d) Meu patrão tinha confusão quando se falava em inflação. 
e) Fernando visitou sua irmã e depois saiu com seu carro. 
f) O embaixador cometeu uma gafe. 
g) Ele comprimentou o amigo. 
a) seje - barbarismo 
b) noturno - noite - pleonasmo 
c) Caga – cacofonia 
d) ão - eco 
e) Fernando saiu com seu próprio carro ou com carro da irmã dele - ambiguidade 
f) Gafe - estrangeirismo 
g) Cumprimentou - Barbarismo

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