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Introdução ao APH Professora Monike Cordeiro dos Santos. MBA em Gestão de Projetos e Processos - IBMR Pós Graduada em Enfermagem Neonatal pela UniRio Graduada Enfermagem e Licenciatura pela UFF O QUE É O APH? Compreende a prestação do suporte básico ou avançado à vida, realizado fora do ambiente hospitalar, para vítimas de traumas ou emergências médicas. Esse atendimento deverá ser realizado por pessoal capacitado e habilitado para tal. O objetivo do APH é iniciar a avaliação e o tratamento das vítimas o mais precocemente possível, garantindo a elas sua estabilização e seu transporte seguro e rápido até um local onde possam receber tratamento definitivo. APH X Primeiros Socorros Primeiros Socorros: Atendimento prestado, por profissional ou por leigo, para manter a vida e evitar o agravamento das condições até o recebimento da ajuda especializada. APH Realizado por profissionais treinados e capacitados para prover os cuidados iniciais ao paciente, de forma organizada e sistematizada, seguido de transporte até o serviço de saúde que proverá o tratamento definitivo. O APH é sempre realizado por dois tipos de profissionais: os Oriundos da Área de Saúde – que inclui enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e médicos – e os Não Oriundos da Área de Saúde – que são os policiais, bombeiros, guardas municipais e militares -. Esses procuram estabilizar, mobilizar e socorrer a vítima no menor tempo possível e com o máximo de segurança para evitar traumas maiores. História do APH Esse atendimento pré-hospitalar teve início no final dos anos 1700 através do médico chefe militar francês de Napoleão, o Barão Dominique Jean Larrey (o pai do APH). O “Barão Larrey” é conhecido como o pai dos serviços de emergência médica na era moderna e conseguiu reconhecer a necessidade de atendimento pré-hospitalar imediato. História do APH Em agosto de 1864, a Cruz Vermelha Internacional foi criada na primeira convenção de Genebra na Suíça. A convenção reconheceu a neutralidade dos hospitais e garantiu a passagem segura para ambulâncias e equipes médicas para remover feridos em campo de batalha. Jean-Henri Dunant fundador do Comitê Internacional da Cruz Vermelha História do APH Mais adiante, já no século XX, as guerras foram responsáveis por aprimorar técnicas do atendimento pré-hospitalar, como por exemplo, primeira e segunda guerra mundial, guerra da Coréia, guerra do Vietnã. Em 1978 foi criado, nos EUA, o curso ATLS – Suporte de Vida Avançado no Trauma (Advanced Trauma Life Support , ATLS) e, por fim, no programa PHTLS (Pre Hospital Trauma Life Support) – Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado. O APH no Brasil Em 1808 o APH era prestado por carruagens, coordenado pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência - SAMDU O APH no Brasil Em 1982 o serviço de Resgate foi implantado no Distrito Federal sob responsabilidade do Corpo de Bombeiros. Em 1995 é criado o primeiro SAMU na cidade de Campinas SP, através da através da política da Secretaria de Saúde de São Paulo, que previa a estruturação dos Sistemas de Urgência no Estado. Inspirado no modelo francês de atendimento a urgências e emergências, e adaptado à situação brasileira, o primeiro SAMU também contava com uma equipe de motoristas com formação em suporte básico de vida e enfermeiros especializados para o atendimento pré-hospitalar. Política Nacional de Urgências e Emergências O Ministério da Saúde lançou, em 2003, a Política Nacional de Urgência e Emergência com o intuito de estruturar e organizar a rede de urgência e emergência no país. Desde a publicação da portaria que instituiu essa política, o objetivo foi o de integrar a atenção às urgências. Hoje a atenção primária é constituída pelas unidades básicas de saúde e Equipes de Saúde da Família, enquanto o nível intermediário de atenção fica a encargo do SAMU 192 (Serviço de Atendimento Móvel as Urgência), das Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24H), e o atendimento de média e alta complexidade é feito nos hospitais. As Unidades de Pronto Atendimento - UPA 24h são estruturas de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospitalares, onde em conjunto com estas compõe uma rede organizada de Atenção às Urgências. Política Nacional de Urgências e Emergências Portaria nº 1.864, de 29 de setembro de 2003, institui o componente pré-hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em municípios e regiões de todo o território brasileiro: SAMU- 192. 1 USB para cada 100.000 a 150.000 habitantes 1 USA para cada 400.000 a 450.000 habitantes Corpo de Bombeiros 193 A regulação das atividades dos profissionais Bombeiros Militares, preconizada pelo Ministério da Saúde, para o APH, estabelece formação com nível médio, reconhecidos pelo gestor público da saúde para o desempenho destas atividades, em serviços normatizados pelo SUS, regulados e orientados pelas Centrais de Regulação. Cabe a estes profissionais, atuar na identificação de situações de risco e comando das ações de proteção ambiental, da vítima e dos profissionais envolvidos no seu atendimento, fazer o resgate de vítimas de locais ou situações que impossibilitam o acesso da equipe de saúde. Podem realizar suporte básico de vida, com ações não invasivas, sob supervisão médica direta ou à distância, obedecendo aos padrões de capacitação e atuação previstos na Portaria 2.048/GM de 5 de novembro de 2002 . O Socorrista Socorrista é a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para, com segurança, avaliar e identificar problemas que comprometam a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões já existentes. Deveres do Socorrista Garantir a sua própria segurança, a segurança do paciente e a segurança dos demais envolvidos (testemunhas, familiares, curiosos, etc.); Usar equipamento de proteção individual; Controlar a cena e lograr acesso seguro até o paciente; Proporcionar atendimento pré-hospitalar imediato; Solicitar, caso seja necessário, ajuda especializada, por exemplo: Polícia Militar, Guarda Municipal, Polícia Rodoviária Federal, Companhia de Água, Celesc, Samu, Defesa Civil; Não causar dano adicional ao paciente; Conduzir adequadamente o paciente até um hospital; Transferir o paciente para a equipe médica e registrar a ocorrência.
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