Buscar

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO Á PACIENTES VÍTIMAS DE AFOGAMENTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO Á PACIENTES VÍTIMAS DE AFOGAMENTO
E 
QUEIMADOS
UNIFACS 
DISCIPLINA: URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
PERÍODO: 2020.1
DOCENTE: JORGAS MARQUES RODRIGUES
DISCENTES: GRACIENE DE JESUS SOUZA, MILLA RAIETE MACHADO VIEIRA E MARIA CAROLINA MACHADO DA SILVA
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO À VÍTIMAS DE AFOGAMENTOS
1. Definição
“É a aspiração de líquido causada por submersão ou imersão.” O termo “aspiração” refere-se á entrada de líquido nas vias aéreas (traqueia, brônquios e/ou pulmões), e não deve ser confundido com “engolir água”. 
2. Epidemiologia na Bahia, no Brasil e no mundo
O número de óbitos por afogamento no Brasil, supera os 5.700 casos ao ano e mais de 100.000 não fatais. O perfil das vítimas são crianças e jovens entre 1 e 29 anos de idade, cerca de 16 brasileiros morrem afogados por dia no Brasil. (SOBRASA, 2019). Na Bahia, 
3. Mecanismos de Lesão 
A função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido nas vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio (O2) – gás carbônico (CO2) de duas formas principais: 
1ª Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de líquido, nos casos de submersão súbita e/ou;
2ª Pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos. 
Estes dois mecanismos de lesão provocam a diminuição ou abolição da passagem de O2 para a circulação e serão maiores ou menores de acordo com a quantidade e a velocidade em que o líquido foi aspirado. 
4. Diferença entre causas de afogamento primário e secundário
O afogamento primário é quando não existem indícios ou uma patologia associada ao afogamento, ou seja, houve uma subestimação do risco ou uma super estima da competência aquática do indivíduo que o levou ao afogamento.
O afogamento secundário é quando existe alguma causa que tenha impedido a vítima de se manter na superfície da água e, em consequência precipitou o afogamento (Drogas 36,2% - mais frequente o álcool), convulsão, traumatismos, mal súbito (doenças cardíacas), patologias pulmonares, acidentes de mergulhos e outras. 
OBS.: Usualmente a cãibra não se caracteriza como afogamento, como ex.: nadadores, surfistas e mergulhadores enfrentam cãibras dentro da água com frequência e não se afogam por esta razão. 
5. Tipos de acidentes na água e fases desse acidente
Tipos de acidentes na água - Quanto ao tipo de água: 
1º Afogamento em água doce: piscinas, rios, lagos ou tanques
2º Afogamento em água salgada: mar
3º Afogamento em água salobra: encontro de água doce com o mar
4º Afogamento em outros líquidos não corporais: tanque de óleo, lama e outros líquidos. 
As fases/processos do afogamento são: 
1º Angústia e pânico 
2º Luta para manter-se na superfície
3º Submersão 
4º Apnéia voluntária 
5º Aspiração inicial de líquido durante a submersão 
6º Entrada de água em vias aéreas inundando o pulmão
6. Classificação quanto à gravidade do Afogamento
	GRAU
	SINAIS E SINTOMAS
	Resgate
	Sem tosse, espuma na boca/nariz, dificuldade na respiração ou parada respiratória de PCR. 
	1
	Tosse sem espuma na boca ou nariz.
	2
	Pouca espuma na boca e/ou nariz.
	3
	Muita espuma na boca e/ou nariz, com pulso radial palpável.
	4
	Muita espuma na boca e/ou nariz sem pulso radial palpável.
	5
	Parada respiratória com pulso carotídeo ou sinais de circulação presente.
	6
	Parada Cardio Respiratória (PCR).
	Já cadáver
	PCR com tempo de submersão > 1 hora, ou rigidez cadavérica, ou decomposição corporal e/ou livores. 
7. Descrever as etapas de salvamento com a vítima já em terra firme, considerando o atendimento básico e o atendimento avançado com equipe completa e materiais completos disponíveis. 
Atendimento Básico 
1º passo: Ao chegar na areia, ou borda da piscina, coloque o afogado em posição paralela a água, de forma que o socorrista fique com suas costas virada para o mar e a vítima com a cabeça do seu lado esquerdo.
· A cabeça e o tronco devem ficar na mesma linha horizontal
· A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, pois esta tentativa prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do paciente, além de facilitar a ocorrência de vômitos.
· Cheque a resposta da vítima perguntando, “Você está me ouvindo?”
2º passo: Se houver resposta da vítima ela está viva, e indica ser um caso de resgate ou grau 1, 2, 3 ou 4. Coloque em posição lateral de segurança (preferencialmente sobre o lado direito) e aplique o tratamento apropriado para o grau de afogamento. Avalie então se há necessidade de chamar o socorro avançado (ambulância), aguardar o socorro chegar ou fazer a própria remoção ao hospital. 
Se não houver resposta da vítima (inconsciente) e for possível ligue 193/192 ou peça a alguém para chamar a ambulância ou o guarda-vidas. 
3º passo: Abra as vias aéreas, colocando dois dedos da mão direita no queixo e a mão esquerda na testa, e estenda o pescoço.
4º passo: Cheque se existe respiração – ver, ouvir e sentir - ouça e sinta a respiração e veja se o tórax se movimenta. Se houver respiração é um caso de resgate. Ou grau 1, 2, 3 ou 4. Coloque em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para o grau.
5º passo: Se não houver respiração – inicie ventilação boca-a-boca – obstrua o nariz utilizando a mão (esquerda) da testa, e com dois dedos da outra mão (direita) abra a boca e realize 5 ventilações boca-a-boca iniciais observando um intervalo entre cada uma que possibilite a elevação do tórax, e logo em seguida o seu esvaziamento. É recomendável a utilização de barreira de proteção (máscara).
6º passo: Cheque sinais de circulação (movimentos ou reação à ventilação realizada) – simplesmente observe movimentos na vítima ou reação da ventilação feita.
7º passo: Se houver sinais de circulação, é uma parada respiratória isolada – grau 5, mantenha somente a ventilação com 10 vezes por minuto até o retorno espontâneo da respiração (usualmente isto acontece antes de terminar as 10 ventilações). Se não houver sinal de circulação, retire os dois dedos do queixo e passe-os pelo abdômen localizando o encontro das duas últimas costelas, marque 2 dedos, retire a mão da testa e coloque-a no tórax e a outra sobre a primeira e inicie o RCP, 30 compressões e 2 ventilações. 
Atendimento Avançado
Ao contrário de opiniões passadas, levar o equipamento médico à vítima, ao invés de levá-la ao hospital, poupa um tempo precioso aos casos de afogamento. O tratamento médico avançado é instituído de acordo com a classificação do afogamento e de preferência no local do incidente onde todo atendimento inicial básico e avançado será realizado. Desta forma em situações críticas de atendimento avançado a casos de afogamento, prepare-se para ficar ao menos por 15 a 30 minutos no local do incidente. 
Grau 6 – Parada cardiorrespiratória – A ressuscitação iniciada por leigos ou guarda-vidas na cena deve ser mantida por pessoal médico especializado até que seja bem sucedida ou caso a vítima necessite de aquecimento por meios sofisticados, situação em que só o hospital poderá fornecer. Neste último caso, e como única exceção a vítima deve ser transportada ao hospital enquanto recebe ressuscitação. O pessoal médico deve continuar com as compressões cardíacas, e manter a ventilação artificial com máscara de ressuscitação e suplemento de oxigênio até uma bolsa auto inflável e oxigênio a 15 l/min esteja disponível e possível (necessita usualmente de 2 socorristas para manusear uma boa ventilação com a bolsa), e então assim que seja possível realizar a intubação orotraqueal. A aspiração das vias aéreas antes da intubação é geralmente necessária, mas não deve ser excessiva a ponto de prejudicar a própria ventilação. Uma vez entubada, a vítima pode ser ventilada e oxigenada adequadamente, mesmo na presença de edema pulmonar. A aspiração de vias aéreas ou do tubo orotraqueal (TOT) somente deve ser realizada quando a quantidade de fluido presente no interior da mesma interferir positivamente com a ventilação caso contrário a aspiração excessiva produz mais hipóxia. É recomendado na RCP dos afogados uma relação de 2 ventilações para 30 compressõesantes da inserção do TOT com um socorrista ou 2 x 15 com 2 socorristas. Desfibriladores externos podem ser utilizados para monitorar o ritmo cardíaco ainda na cena do incidente, porém o ritmo mais comum nestes casos é a assistolia. Em vítimas hipotérmicas (<34oC) e sem pulso, a RCP deve ser mantida. A PCR em afogamentos ocorre 100% em assistolia quando não existem comorbidades ou fatores precipitantes ao afogamento. A fibrilação ventricular pode estar presente em adultos com doença coronariana ou como consequência da terapia de suporte avançado de vida, com o uso de drogas pró-arritmogênicas (adrenalina). O acesso venoso periférico é a via preferencial para administrar drogas. Embora algumas medicações possam ser administradas por via traqueal, mesmo na vigência de edema agudo de pulmão, a absorção é incerta e deverá ser feita em último caso. A dose de adrenalina a ser utilizada ainda é um ponto de controvérsia, principalmente no afogamento, no qual o intervalo de tempo da PCR até o início da ressuscitação e o resultado da mesma pode variar muito, em comparação a outras causas. Uma dose inicial alta ou progressiva de adrenalina aumenta as chances de recuperação da circulação. Porém, altas doses de adrenalina não parecem melhorar a sobrevida nem o prognóstico neurológico em paradas por outras causas, quando utilizada como terapia inicial. Tampouco ficaram demonstradas que altas doses de adrenalina são prejudiciais. Portanto, dose alta de adrenalina não é recomendada como rotina, mas pode ser considerada, no
afogamento caso a dose de 1mg não tenha o efeito esperado (Classe indeterminada – aceitável, mas não recomendável). Nossa recomendação é que se utilize uma dose inicial de 0,01 mg/kg EV após 3 minutos de RCP e, caso não haja resposta, aumentar para 0,1 mg/kg infundida a cada 3 a 5 minutos de RCP. 
Grau 5 – Parada Respiratória – A vítima em apnéia exige ventilação artificial imediata. Estes são casos mais presenciados pelo socorrista no local do ocorrido. Os protocolos de ventilação e oxigenação, que são os mesmos do Grau 6, devem ser seguidos até que a respiração espontânea seja restaurada, o que usualmente ocorre após poucas ventilações, e, então, seguir os protocolos para o Grau 4.
Grau 4 – Edema Agudo de Pulmão com Hipotensão Arterial – Fornecer oxigênio com suporte de ventilação mecânica é a terapia de primeira linha. Inicialmente o oxigênio deve ser fornecido por máscara facial a 15 l/min até que o tubo orotraqueal possa ser introduzido. O afogado grau 4 necessita de intubação orotraqueal em 100% dos casos devido à necessidade de ventilação com pressão positiva. A ventilação mecânica é indicada, pois o paciente neste grau 4 apresenta SaO2p menor que 92% e frequência respiratória alta e grande esforço respiratório. Os pacientes nessa situação devem permanecer relaxados com drogas (sedativos, analgésicos e bloqueadores neuro-musculares), se necessário, para tolerarem a intubação e a ventilação mecânica, que deve fornecer um volume corrente de pelo menos 5ml/kg de peso. A fração de oxigênio inspirada (FiO2) pode ser 100% inicialmente, mas deve, assim que possível, ser reduzida para 45% ou menos. Uma pressão expiratória final positiva (PEEP) é indicada inicialmente, com valor de 5 cmH2O, e aumentada em 2-3 cmH2O até que atinja um shunt intrapulmonar (QS:QT) de 20% ou menos ou uma PaO2/FiO2 (P/F) de 250 ou mais. Caso a hipotensão arterial não seja corrigida com oxigênio, uma infusão rápida de cristalóide (independentemente do tipo de água responsável pelo afogamento) deve ser tentado primeiro, antes de reduzir temporariamente a PEEP ou dar início a terapia com drogas vasoativas.
Grau 3 – Edema agudo de Pulmão sem Hipotensão Arterial – Vítimas com SaO2p > 90% em uso de oxigênio a 15 l/min via máscara facial conseguem permanecer sem TOT e ventilação mecânica em apenas 27,6% dos casos. A maioria dos casos (72,4%) necessitam de intubação e ventilação mecânica, observando se os mesmos protocolos para os afogados Grau 4.
Grau 2 – Ausculta Pulmonar com Estertores – 93,2% das vítimas com este quadro clínico necessitam apenas de 5 l/min de oxigênio via cânula nasofaríngea e tem uma recuperação satisfatória em 6 a 24h com observação hospitalar.
Grau 1 – Tosse com Ausculta Pulmonar Normal – Estes pacientes não necessitam de oxigênio ou suporte ventilatório e podem ser liberados a suas residências caso não exista comorbidades ou doença associada.
Resgate – Ausência de Tosse ou Dificuldade Respiratória – Avaliar e liberar do local do acidente sem necessidade de cuidados médicos, caso não apresente nenhuma comorbidades ou doença associada.
8. Conclusão 
Os afogamentos são incidentes evitáveis, se as pessoas forem responsáveis, cuidadosas e/ou cautelosas, é possível reduzir esses números consideráveis de mortes causadas por eles. É necessário haver um maior preparo tanto dos profissionais de salvamento, quanto de toda a população como um todo, para que quando ocorra um incidente deste tipo, seja possível salvar a vida de uma pessoa que está em apuros. As campanhas de prevenção são as maiores e mais eficazes aliadas nesse combate contra afogamentos e contra os casos fatais destes. Os banhistas devem respeitar mais as recomendações estabelecidas desde as crianças até os mais velhos, para que se torne algo comum na rotina de todos os brasileiros. A SOBRASA dispõe o material com todo o passo a passo para qualquer individuo ter acesso à essas manobras e medidas de salvamento e prevenção, tudo de graça, através da internet. 
9. Referencias Científicas 
Diretriz de Ressuscitação 2017 AFOGAMENTO Autor: David Szpilman: Fundador, Ex-Presidente e atual Diretor Médico da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático – SOBRASA; Médico da Defesa Civil da Cidade do Rio de Janeiro; Médico da reserva do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, Grupamento de Socorro de Emergência; Membro do Conselho Médico da Federação Internacional de Salvamento Aquático; Membro da Câmara Técnica de Medicina Desportiva do CREMERJ, Fundador da ―International Drowning Research Alliance‖ – IDRA.
SOBRASA Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático AFOGAMENTOS Curso de Emergências Aquáticas Manual resumido 2019 – versão Fevereiro Dr David Szpilman
ATIVIDADE SOBRE QUEIMADURAS
1. Definição de queimaduras. Diferentes tipos de queimaduras.
Segundo a Cartilha para tratamento de emergências das queimaduras do Ministério da Saúde (2012), as queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos decorrentes de agentes (tais como a energia térmica, química ou elétrica) que são capazes de produzir calor excessivo danificando os tecidos corporais e acarretando a morte celular. 
- Os tipos de queimaduras são: 
1º grau: Afeta apenas a epiderme (camada mais externa do tegumento)
2ª grau: Afeta a epiderme e parte da derme 
3º grau: Afeta todos as camadas do tegumento, além dos músculos e ossos. 
2. Dados epidemiológicos de vítimas de queimaduras: Bahia e no Brasil.
Apesar de todos os avanços nos tratamentos, as queimaduras se mantêm entre as principais causas externas de morte registradas no Brasil. Os afogamentos e as queimaduras destacam-se como a primeira causa de morte entre as crianças, enquanto as quedas aparecem na primeira posição entre os idosos (MASCARENHAS et al., 2011). 
No Brasil, dois terços dos acidentes envolvendo queimaduras são protagonizados por crianças, que passam a conviver com as sequelas, estéticas e funcionais, para o resto de suas vidas. Nesse sentido, explica-se os investimentos, parcerias e iniciativas cada vez mais encorpados em campanhas de prevenção das queimaduras na infância. De acordo com estudo, foi observado que em 80,7% dos casos de queimadura infantil um dos pais estava no local do acidente, mas não se encontrava alerta para o risco do acidente (LEONARDI; NAZARIO, 2012). 
Entre 1996 e 2011, o país registrou 13.769 mortes causadas por queimaduras, sendo que o maior número de vítimas são, por ordem, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife.
3. Descrever a composição da pele e zonas de lesão por queimaduras
A peleé o maior órgão do corpo. É composta pela epiderme, de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, e pela derme, de tecido conjuntivo. Subjacente, unindo-a aos órgãos, há a hipoderme (ou fáscia subcutânea), de tecido conjuntivo frouxo e adiposo. 
O sistema tegumentar recobre o corpo, protegendo-o contra o atrito, a perda de água, a invasão de micro-organismos e a radiação ultravioleta. Tem papel na percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor), na síntese de vitamina D, na termorregulação, na excreção de íons e na secreção de lipídios protetores e de leite.
Zona de coagulação: região de maior destruição de tecido, o tecido nesta zona está morto. Necrose de coagulação tecidual. Trombose dos vasos que circunda a lesão.
Zona de estase: células com lesão, mas não irreversível.
Zona de hiperemia: é a zona mais afastada da lesão. Caracterizada por apresentar lesões celulares mínimas e pelo aumento de fluxo sanguíneo depois de uma reação inflamatória iniciada pela lesão de queimadura. (Lesão reversível).
4. Descrever a Fisiopatologia das queimaduras: ressuscitação, reparação e reabilitação.
Segundo Sheridan (2003), as queimaduras comprometem a integridade funcional da pele, quebrando a homeostase hidroeletrolítica e alterando o controle da temperatura interna, flexibilidade e lubrificação da superfície corporal. O comprometimento da pele ocorre em virtude da extensão e profundidade das lesões. Mélega (2002), relata a participação de dois eventos fisiopatológicos nas queimaduras: o aumento da permeabilidade e, consequentemente, o edema. Com o trauma térmico, há exposição do colágeno e consequente ativação e liberação de histamina pelos mastócitos.
A histamina leva ao aumento da permeabilidade capilar que, por sua vez, permite a passagem do infiltrado plasmático para o interstício dos tecidos afetados, provocando edema tecidual e hipovolemia. A ativação do sistema calicreina produz cininas que colaboram, ainda mais, para o aumento da permeabilidade capilar, agravando o edema e a hipovolemia. As cininas e a exposição do colágeno ativam o sistema fosfolipase ácido araquidônico, originando prostaglandinas, mais especificamente a prostaglandina E2 (PGE2), potencializando a vasodilatação e causando dor. 
Outra via ativada é a via tromboxane (TXA), que junto com a plasmina e trombina circulante, provoca tampão nas paredes capilares, ocasionando um aumento na pressão hidrostática de até 250%, contribuindo para o edema tecidual. (MÉLEGA, 2002). Hettiaratchy et al. (2004) e Sheridan (2003), comentam que nas queimaduras superiores a 40% da superfície corporal, consideradas extensas, ocorre, além dos sinais cardeais inflamatórios locais, uma resposta sistêmica com presença de febre, circulação sanguínea hiperdinâmica e ritmo metabólico acelerado, além de aumento do catabolismo muscular, decorrente da alteração hipotalâmica (aumento da secreção de glucagon, cortisol e catecolameinas), da deficiência da barreira gastrointestinal com passagem de bactérias e toxinas bacterianas para a corrente sanguínea. Ainda, a perda de calor e de fluidos por evaporação através da ferida são eventos que levam à hipotermia e desequilíbrio hidroeletrolítico. (HETTIARATCHY, et al., 2004; SHERIDAN, et al., 2003).
Na primeira fase, são verificadas as vias aéreas e coluna vertebral, respiração e ventilação, circulação com controle de hemorragia, exame neurológico e, por fim, deve-se despir totalmente o paciente, mantendo-se a temperatura. Num segundo momento é coletada a história e realizado exame físico do paciente, bem como detalhamento do acidente. Esses dados coletados são analisados para se identificar os diagnósticos de enfermagem, que são de suma importância para a suficiência do tratamento. É feita uma avaliação de acordo com os critérios já citados para encaminhamento ao centro de referência para queimados.
O tratamento da reposição volêmica, para Brunner & Suddarth, deve ser realizado ainda nesta fase para que se previna a instalação do choque, repondo os líquidos e eletrólitos perdidos. A terapia varia de acordo com o paciente, pois a posição hídrica é determinada pelo total de débito urinário e o índice de perfusão renal.
Na fase de reparação ou aguda, que começa das 48 às 72 horas após a lesão, a assistência é ministrada para a avaliação da continuidade e da manutenção do sistemas respiratório e circulatório, equilíbrio hidroeletrolítico, funções gastrintestinais, além da prevenção de infecção, cuidado com a ferida (curativos, desbridamento e possíveis enxertos), controle da dor e suporte nutricional. Caso necessário, pode-se realizar a escaratomia, que segundo Morton2 "é feita uma incisão da pele em toda a sua espessura, atingindo-se o subcutâneo, permitindo a separação das bordas e sua descompressão".
A fase de reabilitação começa ainda na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Corresponde à reabilitação física, como a dieta hiperproteica para melhorar a cicatrização e o posicionamento dos membros inferiores estendidos, evitando-se cicatrizes hipertróficas e contraturas articulares.
5. Descrever as etapas de atendimento às vítimas de queimaduras, com protocolo oficial e científico. 
1. Tratamento imediato de emergência:
• Interrompa o processo de queimadura. 
• Remova roupas, joias, anéis, piercings e próteses. 
• Cubra as lesões com tecido limpo. 
2. Tratamento na sala de emergência: 
a. Vias aéreas (avaliação): 
• Avalie a presença de corpos estranhos, verifique e retire qualquer tipo de obstrução. 
b. Respiração:
• Aspire as vias aéreas superiores, se necessário.
• Administre oxigênio a 100% (máscara umidificada)
e, na suspeita de intoxicação por monóxido de carbono, mantenha a oxigenação por três horas.
• Suspeita de lesão inalatória: queimadura em ambiente fechado com acometimento da face, presença de rouquidão, estridor, escarro carbonáceo,
dispneia, queimadura das vibrissas, insuficiência respiratória.
• Mantenha a cabeceira elevada (30°).
• Indique intubação orotraqueal quando:
- A escala de coma Glasgow for menor do que 8;
- A PaO2 for menor do que 60;
- A PaCO2 for maior do que 55 na gasometria;
- A dessaturação for menor do que 90 na oximetria;
- Houver edema importante de face e orofaringe.
c. Avalie se há queimaduras circulares no tórax, nos membros superiores e inferiores e verifique a perfusão distal e o aspecto circulatório (oximetria de pulso).
d. Avalie traumas associados, doenças prévias ou outras incapacidades e adote providências imediatas.
e. Exponha a área queimada.
f. Acesso venoso:
• Obtenha preferencialmente acesso venoso periférico e calibroso, mesmo em área queimada, e somente na impossibilidade desta utilize acesso venoso central.
g. Instale sonda vesical de demora para o controle da diurese nas queimaduras em área corporal superior a 20% em adultos e 10% em crianças.
Cálculo da hidratação:
Fórmula de Parkland = 2 a 4 ml x % SCQ x peso (kg):
• 2 a 4 ml/kg/% SCQ para crianças e adultos.
• Idosos portadores de insuficiência renal e de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) devem ter seu tratamento iniciado com 2 a 3 ml/kg/%SCQ e necessitam de observação mais criteriosa quanto ao resultado da diurese.
• Use preferencialmente soluções cristaloides (ringer com lactato).
• Faça a infusão de 50% do volume calculado nas primeiras 8 horas e 50% nas 16 horas seguintes.
• Considere as horas a partir da hora da queimadura.
• Mantenha a diurese entre 0,5 a 1 ml/kg/h.
• No trauma elétrico, mantenha a diurese em torno de 1,5ml/kg/hora ou até o clareamento da urina.
• Observe a glicemia nas crianças, nos diabéticos e sempre que necessário.
• Na fase de hidratação (nas 24h iniciais), evite o uso de coloide, diurético e drogas vasoativas.
Tratamento da dor:
Instale acesso intravenoso e administre:
• Para adultos:
Dipirona = de 500mg a 1 grama em injeção endovenosa (EV); ou
Morfina = 1 ml (ou 10mg) diluído em 9ml de solução fisiológica (SF) a 0,9%, considerando-se que cada 1ml é igual a 1mg. Administre de 0,5 a 1mg para cada 10 kg de peso.
• Para crianças:
Dipirona = de 15 a 25mg/kg em EV; ou
Morfina =10mg diluída em 9 ml de SF a 0,9%, considerando-se que cada 1ml é igual a 1mg. Administre de 0,5 a 1mg para cada 10 kg de peso. 
Medidas gerais imediatas e tratamento da ferida:
• Limpe a ferida com água e clorexidina desgermante a 2%. Na falta desta, use água e sabão neutro.
• Posicionamento: mantenha elevada a cabeceira da cama do paciente, pescoço em hiperextensão e membros superiores elevados e abduzidos, se houver lesão em pilares axilares.
• Administre toxoide tetânico para profilaxia/ reforço antitétano.
• Administre bloqueador receptor de H2 para profilaxia da úlcera de estresse.
• Administre heparina subcutânea para profilaxia do tromboembolismo.
• Administre sulfadiazina de prata a 1% como antimicrobiano tópico.
• Curativo exposto na face e no períneo.
• Curativo oclusivo em quatro camadas: atadura de morim ou de tecido sintético (rayon) contendo o princípio ativo (sulfadiazina de prata a 1%), gaze absorvente/gaze de queimado, algodão hidrófilo e atadura de crepe.
• Restrinja o uso de antibiótico sistêmico profilático
apenas às queimaduras potencialmente colonizadas e com sinais de infecção local ou sistêmica. Em outros casos, evite o uso.
• Evite o uso indiscriminado de corticosteroides por qualquer via.
• As queimaduras circunferenciais em tórax podem necessitar de escarotomia para melhorar a expansão da caixa torácica.
• Para escarotomia de tórax, realize incisão em linha axilar anterior unida à linha abaixo dos últimos arcos costais (veja a figura 2). 
• Para escarotomia de membros superiores e membros inferiores, realize incisões mediais e laterais
• Habitualmente, não é necessária anestesia local para tais procedimentos; porém, há necessidade de se proceder à hemostasia.
6. Descrever a Fórmula de Parkland, o que é? Por que deve ser utilizada? 
Uma das fórmulas usadas para a reposição hídrica é a de Parkland/Baxter, que consiste numa solução de 4 ml de lactato de ringer por quilograma de peso corporal X a porcentagem da área de superfície corporal queimada. 
É administrada nas primeiras 24 horas, sendo a metade nas primeiras 8 horas e a outra metade durante as 16 horas seguintes. Nas 24 horas seguintes, varia e tem a adição de glicose e líquido com potássio e coloide.
7. Quais os diferentes agentes de queimaduras? Diferenciar mecanismos de ações.
• Queimaduras químicas: produtos corrosivos que podem ser bases fortes ou de origem ácida, como exemplos temos: álcool, gasolina, bases e ácidos.
• Queimaduras térmicas: têm origem no calor ou no frio, por meio de exposição, condução ou radiação eletromagnética. Através da temperatura, temos: líquidos e sólidos ferventes, frio excessivo, chama, vapor, objetos aquecidos, geada, neve, entre outros.
• Queimaduras elétricas: raio, corrente elétrica, entre outros.
• Queimaduras ionizantes ou por radiação temos: raios solares, aparelhos de raios X ou ultravioleta, nucleares, entre outros.
• Queimaduras biológicas: são as queimaduras provocadas por animais e vegetais, como exemplo tem: vegetais como urtiga, látex etc., e animais como água-viva, lagarta-de-fogo, medusa, entre outros.
• Queimaduras por atrito ou fricção
8. Como fazer o cálculo da Superfície Corporal Queimada- SCQ? Como fazer avaliação da profundidade da lesão por queimadura?
Método de Lund e Browder: método mais exato para avaliar a extensão da queimadura, reconhece o percentual da superfície corporal queimada (SCQ) de diversas regiões anatômicas ao dividir o corpo em áreas muito pequenas e dar uma estimativa da proporção da SCQ atribuída para essas partes do corpo, pode se obter uma estimativa do total de SCQ (Smeltzer e Bare, 2002);
A soma das respectivas porcentagens representa a magnitude da lesão. Regra dos nove: é atribuído, a cada segmento corporal, o valor nove (ou múltiplo dele):
· cabeça - 9%
· tronco frente - 18%
· tronco costas - 18%
· membros superiores - 9% cada
· membros inferiores - 18% cada
· genitais - 1%
A avaliação da profundidade deve ser considerada da seguinte forma: 
Profundidade da queimadura:
a. Primeiro grau (espessura superficial) – eritema solar:
• Afeta somente a epiderme, sem formar bolhas.
• Apresenta vermelhidão, dor, edema e descama em 4 a 6 dias.
b. Segundo grau (espessura parcial-superficial e profunda):
• Afeta a epiderme e parte da derme, forma bolhas ou flictenas.
• Superficial: a base da bolha é rósea, úmida e dolorosa.
• Profunda: a base da bolha é branca, seca, indolor e menos dolorosa (profunda).
• A restauração das lesões ocorre entre 7 e 21 dias.
c. Terceiro grau (espessura total):
• Afeta a epiderme, a derme e estruturas profundas.
• É indolor.
• Existe a presença de placa esbranquiçada ou enegrecida.
• Possui textura coreácea.
• Não reepiteliza e necessita de enxertia de pele (indicada também para o segundo grau profundo).
9. Como deverá ser os curativos aos diferentes tipos de queimaduras, profundidades e diferentes momentos: na hora do acidente, tardiamente (manutenção dos curativos e reparadores).
QUEIRADURAS DE 1° GRAU: 
A queimadura de primeiro grau compromete somente a epiderme, causando eritema e dor.  A lesão apresenta rubor (aspecto avermelhado), calor e é dolorosa. Faça compressas frias nas primeiras horas após sua ocorrência. Não coloque pasta de dente ou manteiga em nenhuma hipótese. Use vaselina líquida para manter a queimadura hidratada.
Uma vez que esta queimadura afeta a camada superior da pele, os sinais e os sintomas desaparecem uma vez que as células da pele se regeneram. As queimaduras de primeiro grau geralmente curam dentro de 7 a 10 dias sem deixar cicatrizes.
QUEIMADURAS DE 2° GRAU
Evitar romper as bolhas que tenham se formado, mas, se necessário, utilizar uma agulha esterilizada; Aplicar uma gaze com pomada de sulfadiazina de prata a 1%; Enfaixar o local cuidadosamente com uma atadura. Este tipo de queimadura faz com que a pele se torne extremamente vermelha e dolorida. Devido à natureza delicada destas feridas, manter a área limpa e com curativo adequado é necessário para prevenir a infecção. Algumas queimaduras de segundo grau demoram mais do que três semanas para cicatrizar, mas a maioria cura dentro de duas a três semanas sem cicatriz, mas muitas vezes com alterações pigmentares na pele.
QUEIMADURAS DE 3° GRAU:
 
Apesar de acometerem todas as camadas da pele, são indolores porque destroem inclusive os nervos da região. Podem atingir os músculos e causar deformidades graves. Em geral causam manifestações sistêmicas, como desequilíbrio dos níveis de sódio, potássio e/ou cálcio e desidratação, muitas vezes é preciso retirar os tecidos necrosados e realizar limpeza e enxertos.
Lavar a região queimada com água por mais de 10 minutos para limpar a região e diminuir a dor; Evitar romper as bolhas que tenham se formado, mas, se necessário, utilizar uma agulha esterilizada; Aplicar uma gaze com pomada de sulfadiazina de prata a 1%; Enfaixar o local cuidadosamente com uma atadura. Queimaduras de 3º grau podem ser muito graves e até fatais. Na evolução, sempre deixam cicatrizes e podem requerer tratamento cirúrgico e fisioterápico para retirada de lesões e aderências que afetem a movimentação. As sequelas podem ser foco de carcinomas de pele, o que justifica um acompanhamento continuado.
Queimadura grave - insuficiência respiratória instalada ou potencial (face e pescoço) - queimaduras de segundo ou terceiro grau superior a 10% SC (crianças) e 15% SC (adultos) Nesses casos toda e qualquer medicação deverá ser administrada exclusivamente por via endovenosa, exceto o reforço de toxóide tetânico, se necessário, que será intramuscular. Deve-se, portanto, providenciar imediatamente um acesso venoso superficial com catéter de polietileno agulhado.
Queimadura benigna - ausência de insuficiência respiratória instalada - ausência de risco de insuficiência respiratória futura (queimaduras de face e pescoço) - queimadura de segundo ou terceiro grau inferior a 10% SC (crianças) e 15% SC (adultos) Embora no caso de queimadura benigna o paciente raramente corra risco de vida, há situações que indicam sua remoção paraatendimento em nível hospitalar, por exigir cuidado especializado, como no caso de lesões de terceiro grau superiores a 1% da SC e de lesões de mãos, ou por oferecer maior risco devido às condições da vítima, como faixa etária crítica (idosos e crianças) e doenças associadas (diabete, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e insuficiência renal, entre outras).
 
10. Citar FONTES CIENTÍFICAS: 
MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Especializada CARTILHA PARA TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA DAS QUEIMADURAS Série F. Comunicação e Educação em Saúde Brasília – DF 2012
Módulo Eventos Agudos em Situações Clínicas - QUEIMADURAS - UNA-SUS UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA FLORIANÓPOLIS – UFSC – 2014. 
http://www.rbqueimaduras.com.br/details/282/pt-BR/curativos-utilizados-no-tratamento-de-queimaduras--uma-revisao-integrativa

Outros materiais