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Resumo GA DHAL-4

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1) Quais são as principais formas históricas de fundamentação dos Direitos Humanos? 
Conforme exposto nos textos, as principais formas de fundamentação dos Direitos Humanos, são: a Religiosa, Lei Natural Clássica, Marxismo, Positivismo e Sociológico.
2) Quais as principais características de cada um deles?
De acordo e com base nos textos estudados, a perspectiva Religiosa cria um conceito de homem originado segundo a imagem e semelhança de Deus e apresenta uma fundamentação calcada na religiosidade, trazendo consigo a universalidade de alguns direitos, os quais são provenientes de uma fonte divina e soberana, de uma lei superior.
Já a perspectiva da Lei Natural apresenta uma fundamentação racional de acordo com a natureza e a relatividade da moral, abordando o conflito entre a existência humana e a lei natural. Visualiza a Lei como uma suprema razão ou ordem da natureza, ou seja, uma lei da razão prática.
Com o Marxismo a fundamentação já apresenta uma noção de direitos individuais como sendo uma ilusão burguesa, fazendo alusão a supressão de direitos civis, políticos individuais e coletivos com a negação da individualidade sobre um sistema que ficou conhecido como totalmente partenalista.
A perspectiva do Positivismo sobre a fundamentação é de igualdade entre a moralidade da lei e a moralidade da autoridade que estabelece a lei e que todo direito deve ter como base a lei, pois o Estado é detentor do poder.
Porém, a fundamentação Sociológica apresenta um certo equilíbrio de interesses entre os sentimentos morais e as condições sociais e econômicas da sociedade, bem como uma visão pragmática onde a essência do bem é satisfazer demandas, ou seja, direitos x demandas sociais.
 3) Qual a(s) perspectiva(s) fundacionalistas que você julga mais adequada aos propósitos e por quê?
No meu ponto de vista a perspectiva mais adequada é a sociológica, pois equilibra as necessidades e direitos da sociedade tanto de forma individual como de forma coletiva, pois visa não só os interesses do Estado
1. Como podemos definir os conceitos de Pessoa e Dignidade Humana a partir de sua evolução histórico-conceitual?
Conforme expõe o texto "O conceito de pessoa e de dignidade humana", pessoa é sinônimo de ser humano, ou seja, todo homem ou pessoa é ser humano. Com o decorrer e passar do tempo o conceito de pessoa, seguiu uma linha cristã histórica sustentada pelas seguintes tradições: judaica, grega e romana. Para a grega, a pessoa era caracterizada como um caso da espécie, ou seja, pessoa como semblante ou semelhança de Deus, já para a tradição romana, a pessoa era levada para o aspecto formal e jurídico e por fim a judaica, envolve e enfatiza a interlocução divina com o ser humano/pessoa. Atualmente, após diversas modificações e influências da modernidade, o conceito de pessoa apresenta a distinção da pessoa através da natureza racional, trazendo a ideia de que só seres humanos sejam considerados pessoas, bem como a ideia de pessoa como personalidade titular de direitos, sendo capaz de adquirir obrigações.
Já o conceito de dignidade é inerente a pessoa humana. O conceito de dignidade segue duas correntes distintas, pois diferem entre si com relação ao significado de pessoa, são as correntes: vitalista e atualista. A primeira decorre do fato de ser pertencente a espécie humana, ou seja, de ser humano e a segunda, apresenta a dignidade pela posse atual de certas condições moralmente relevantes. A dignidade pode ser considerada como um conjunto de direitos derivados de atributos que necessitam de proteção.
2. Quais são as propriedades fundamentais dos Direitos Humanos?
As propriedades fundamentais dos Direitos Humanos, consistem em: Universalidade, inerência, indivisibilidade, transnacionalidade, fundamentalidade, imprescritibilidade, interdependência, unidade, indisponibilidade, inalienabilidade e proibição do retrocesso.
3. Como podemos relacionar tais propriedades àqueles conceitos de Pessoa e Dignidade. Dito de outro modo, como tais conceitos suportam ou embasam algumas daquelas propriedades?
As propriedades dos Direitos Humanos são fundamentais para garantir o exercicio adequado e equilibrado da Dignidade da pessoa humana, uma vez que é tido como pilar para operação dos direitos, podemos citar como exemplo a Transnacionalidade, faz com que os Direitos Humanos sejam alcançados independentemente do país, nacionalidade e etc e a imprescritibilidade, na qual não determina prazo de prescrição pra os Direitos Humanos, pois este é inerente a pessoa humana e não carece de prazo ou de algum determinado limite temporal.
1. Quais são as principais características de cada uma das declarações?
A Declaração de Independência dos povos da Virgínia: é nesta declaração que surge os primeiros sinais e indicativos do nascimento da dignidade humana e dos direitos humanos, pois acredita-se que por natureza, todos as pessoas são iguais perante a lei e livres, com direito a vida, a propriedade, a liberdade religiosa e a liberdade de imprensa, sem haver distinção racial ou de sexo. A Declaração versa também sobre a soberania da sociedade, pois acredita-se que o poder provém do povo e que o governo é estabelecido para proteger, salvaguardar, cumprir seus deveres e gerar felicidade a sociedade como um todo, zelando pela justiça e pela moderação.
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: nesta declaração igualmente a anterior, prevalece a concepção de liberdade e igualdade da pessoa humana sobre qualquer interesse, no qual os homens nascem com igualdade de direitos (civis, políticos, e etc.) e são livres para exercer seus direitos, liberdade esta, baseada em poder fazer "tudo", desde que não prejudique o próximo, porém, esta limitação ou limites só podem ser determinados por lei. Essa declaração também tem por característica a conservação dos direitos naturais, através da associação política, a qual deve apresentar segurança, igualdade e barrar toda e qualquer tipo de opressão a sociedade.
Declaração Universal da ONU, de 1948: Nesta declaração há universalização dos direitos humanos e da igualdade da pessoa humana, englobando em um contexto internacional os direitos de diversas áreas como, individuais, políticos, civis, econômicos e sociais. Com esta declaração ocorre a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que caracteriza a proteção e visa a conservação dos direitos inerentes à pessoa humana, se transformando em um "principio" ou "padrão" a ser seguido por todas as nações.
2. Segundo a sua análise, quais são os elementos mais relevantes de cada uma delas para pensarmos os Direitos Humanos atualmente?
Devido a cada uma das declarações citadas, terem sido promulgadas em épocas históricas distintas, há em comum alguns elementos relevantes, são eles: a igualdade e a tentativa da internacionalização dos direitos humanos entre os povos e nações. Cada uma das declarações reflete a luta pela igualdade, pelos direitos dos homens e pelos deveres do Estado com a sociedade. Ocorre que, refletindo e trazendo esses elementos para a atualidade, é difícil falar de direitos e igualdades com tantas desigualdades (de todas as formas: racial, sexo/gênero, classe social e etc.) e diferenças sociais e econômicas que percorrem o mundo. Com uma sociedade e um Estado frágil, a efetividade dos direitos humanos se torna pouco real no nosso dia a dia, ficando a mercê do tempo e da "conscientização" do exercício, permanência e da inserção ativa dessa declaração, para fazer valer esses direitos tão significativo para todos nós.
1. Quais são as características de cada uma das gerações ou dimensões dos direitos humanos?
Primeira Dimensão: são os direitos civis e políticos que identificam-se como direitos que protegem o seu titular em face do Estado. Os bens protegidos são a vida, a liberdade, a propriedade e a igualdade de todos perante a lei. É denominado também como direitos negativos, no qual o Estado deverá não fazer algo (abstenção), como por exemplo: não prender, não proibir. Caracteriza-se pela expressão do liberalismo jurídico e pela não interferênciaestatal no âmbito individual. Esses direitos tiveram como marco histórico de sua proclamação a "Declaração dos Direitos do homem e do cidadão" após a Revolução Francesa e da Independência Americana.
Segunda Dimensão: espécie de direitos humanos que surgiu nos séculos XIX e XX. São os direitos econômicos e sociais. Caracteriza-se por exigir uma intervenção estatal no domínio socioeconômico. São direitos positivos que garantem a igualdade material e satisfazer as necessidades de ordem social, econômica e cultural, como por exemplo: reivindicações de todos ao amplo acesso aos meios de vida e de trabalho. Esses direitos foram ao longo do tempo positivados no ordenamento jurídico, como pela Constituição Mexicana de 1917, Constituição de Weimar de 1919 e atualmente no Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
 Terceira Dimensão: são os direitos culturais e ambientais, que surgiram nos séculos XIX e XX. Esses direitos possuem como destinatário o homem na sua coletividade social, ou seja, uma pluralidade de sujeitos credores, sendo as gerações futuras e os povos. São exemplos: direito ao meio ambiente equilibrado, ao patrimônio histórico e cultural, à qualidade de vida, à paz. Houve o reconhecimento destes direitos, na Conferência de Direitos Humanos da ONU, em Viena, no ano de 1993.
2. Há diferença entre nos referirmos a tal processo como o surgimento de novas "gerações" ou novas "dimensões"? Se sim, qual ou quais?
Sim, há diferenças, pois o termo novas "gerações" relaciona-se a épocas ou a reprodução ou superação de direitos humanos de forma isolada, ocorre que, esta denominação não é a mais adequada, uma vez que o termo novas "dimensões" associa-se com a ideia de relação ou complementação, conforme explicitado no texto Dimensões dos Direitos Humanos: " Assim, falar em gerações pode induzir erroneamente à ideia de superação ou substituição, quando, na realidade, se trata de um fenômeno de complementaridade e cumulação, o que vem determinando a adoção do termo “dimensões”, pois melhor reflete a evolução dos direitos humanos."
 1.Quais os impactos e avanços obtidos pelo processo de internacionalização dos Direitos Humanos desde a segunda metade do século XX até os dias de hoje?
Após a Segunda Guerra Mundial, diante das crueldades e violências cometidas durante o maior conflito bélico da história mundial, surge a necessidade da afirmação dos direitos humanos no âmbito internacional, bem como a ânsia de que fosse criado mecanismos realmente eficazes para a proteção desses direitos, desta forma, a internacionalização dos direitos humanos se iniciou através da positivação e da definição dos Direitos Humanos nas Constituições de diversos países do mundo, bem como com a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU de 1948, que trouxe a ideia de direitos inalienáveis. Esse marco significou a transposição interna dos Direitos Humanos para o âmbito internacional, promovendo a personalidade internacional do individuo. Com o advento da Declaração Universal dos Direitos Humanos, foi necessária a relativização do conceito de soberania estatal, possibilitando intervenções nacionais a favor da proteção desses direitos indispensáveis. Atualmente, os Direitos Humanos visam proteger não apenas liberdades e direitos individuais em si, mas também proteger nações, povos, grupos de indivíduos, como por exemplo, comunidades e indivíduos em situações de vulnerabilidade.
2. Escolha um dos tópicos ou documentos internacionais e exponha suas principais características.
Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher
Esta Convenção apresenta como principal característica a não discriminação e distinção entre homem e mulher, os quais independentemente do sexo, podem requerer seus direitos civis, econômicos, políticos, bem como liberdades, igualdades e etc., no qual os Estados membros da Convenção se responsabilizam a garantir a igualdade de direitos entre homem e mulher. Com a discriminação desses direitos, dificulta a participação da mulher no meio social (direito a educação, igualdade de emprego, remuneração), cultural, político (direito ao voto, exercer cargo público) em equiparação ao homem, pois há uma violação e um rompimento da igualdade de direitos e do respeito a dignidade humana. A Convenção apresenta a ideia de que a participação ativa das mulheres no meio social em igualdade real com os homens, contribui para o bem estar social, da família e para o progresso da sociedade. A Convenção visa acabar com todas as formas de discriminação, restrição, exclusão ou distinção de sexo em todos os âmbitos, por meio da consagração desses direitos nas Constituições dos Estados membros, ou através de medidas de leis especiais, para assegurar a não criação de normas desiguais que possam prejudicar a efetividade dos direitos das mulheres em relação aos homens ou que venham a favorecer a superioridade ou inferioridade destes em relação àqueles.
1. Quais são os princípios fundamentais do DIH?
Os princípios fundamentais do DIH são os seguintes:
Cláusula de Martens, descreve que todos os combatentes e civis serão protegidos e ficarão sob a autoridade dos princípios que regem o direito internacional naquelas situações não previstas em lei. 
Estatuto Jurídico das Partes, é uma espécie de segurança que as partes envolvidas em um conflito internacional ou não, possuem quanto a aplicação e efetivação das normas de DIH e assim evitar qualquer tipo de intervenção política;
Inviolabilidade, significa que todas as vítimas de um conflito armada, possuem a inviolabilidade de seus direitos, como: direito a vida, a crenças/religião, a moralidade, bem como ao bem estar pessoal necessário e ao direito humanitário.
Imparcialidade ou não discriminação, é o direito e segurança que cada vítima de um conflito armado ou adversário ferido não deverá sofrer discriminações quanto a raça, cor, sexo, religião, política, nacionalidade, entre outros.
Princípio da Segurança, significa que todas as pessoas que alcançadas e protegidas pelas Convenções, mesmo em conflitos armados, não serão submetidas a castigos coletivos e represálias, bem como não serão responsabilizados e penalizados por atos que não cometeram.
Princípio da Neutralidade, significa dizer que toda pessoa envolvida com ajuda humanitária durante um conflito armado, deverá permanecer neutra, evitando e afastando-se de qualquer ato hostil e só podendo portar arma de fogo para defesa pessoal.
Princípios de limitação, este princípio, oferece limitações as condutas e a condução de conflitos armados e das formas de combate, como por exemplo, existe a proibição do uso de armas que cause dano excessivo as pessoas.
2. Quais são seus âmbitos de aplicação?
Os âmbitos de aplicação do DIH são os seguintes:
1) Ratione materiae: deve ser utilizado em razão da matéria, e é aplicado nos conflitos armados internacionais (guerra declarada ou conflito armado entre duas ou mais altas partes contratantes) ou internos (conflito realizado “em território de uma Alta Parte contratante, entre suas forças armadas e grupos armados organizados que exerçam sobre uma parte de seu território um controle tal que lhes permita levar a cabo operações militares)
2) Ratione Temporis: deve ser utilizada em razão do tempo. Não há limitação temporal, mas em regra é aplicado quando se inicia um conflito armado ou quando há declaração de guerra e quando encerrado o conflito, deixa de ser aplicado, como por exemplo, com um acordo formal de paz ou em casos de conflito internacional, quando encerrada operação de tropas militares.
3) Ratione loci: deve ser aplicado em razão do lugar. deve ser aplicado em razão da pessoa. Todos os lugares atingidos ou envolvidos em conflitos serão alcançados pela aplicação dos DIH, não só apenas o campo de batalha.
4) Ratione Personae: deve ser aplicado em razão da pessoa. Porém, há duas situações, a primeira são os sujeitos de DIP vinculados ao DIH e a segunda são sujeitos que se beneficiam do DIH. Assim, os sujeitos de direito internacional e aquelesque não possuem tal capacidade, devem obedecer o DIH, como por exemplo, os grupos armados, CICV, organizações internacionais, entre outros. O DIH também protege as vítimas, os feridos, os prestadores de ajuda médica, religiosa, prisioneiros de guerra e etc.
3. A partir da sua reflexão, há algo de deficitário nos princípios ou âmbitos dos DIH em se tratando da tutela dos DH em conflitos? Se sim, explique.
Sim, podemos observar a insuficiência de proteção e segurança da população civil envolvida nos conflitos armados, gerando assim o deslocamento dos indivíduos de determinado local a procura de refugio, liberdade e segurança em outros países, bem como a deficiência na efetivação da defesa do meio ambiente onde ocorrem estes conflitos internacionais ou nacionais, os quais geram grandes prejuízos a comunidade local, com a destruição da fauna, flora, contaminação de água, rios, solo e a dificuldade e obstáculos políticos e sociais em face de uma efetiva limitação do uso de determinados armamentos ou de ”estratégias" por parte de grupos armados (por exemplo) sendo prejudiciais a população, causando mortes de civis, doenças graves, entre outros.
1) Quais as características que você julga mais relevantes de todo o histórico, documentos ou agências referentes ao SIDH? Você pode escolher algum aspecto histórico, ação da ACNUR, pactos etc.
 Após a Segunda Guerra mundial diversas medidas foram vinculadas na defesa da democracia e dos direitos humanos, prova disso são os vários tratados com proteção a esses direitos.
Tais proteções são elencadas por quatro disposições importantes:
Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem- 1948
Carta da Organização dos Estados Americanos- OEA 1948
Convenção Americana de DH -1969
Protocolo de San Salvador- 1988
São vários os fatos que contribuíram para a formação dos direitos humanos e o seu estabelecimento como esfera importante em um mundo dos conflitos mundiais.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi em seu primeiro momento o fato mais importante de início porque reafirmou a necessidade dos direitos humanos fundamentais, fundados na dignidade e valor da pessoa humana, bem como na igualdade de direitos do homem e da mulher.
Outro ponto de extrema relevância foi o Pacto de São José, isso porque ele buscava garantir a todos os nacionais e estrangeiros que vivessem em território americano, direitos que assegurassem a eles respeito à vida, integridade física, existência de juiz natural e etc.
O Pacto de São José da Costa Rica que entrou em vigor em 1978, ou como também é chamada a Convenção Americana de Direitos Humanos, possui 81 artigos, com disposições transitórias, com o objetivo de estabelecer:
Direitos fundamentais da pessoa humana, como direito à vida, à liberdade, à dignidade, à integridade pessoal e moral, à educação;
Proibindo a escravidão, e a servidão humana
Trata das garantias judiciais, a liberdade de consciência, religião, pensamento e expressão, bem como a liberdade de associação e da proteção e família;
Tem como objetivo por possuir e se introduzir como tratado internacional a consolidação entre os países americanos, fundado no respeito aos direitos humanos essenciais;
Introduziu o direito à nacionalidade, à propriedade privada, direito de circulação e residência, direitos da criança, direitos políticos;
Possui uma grande influência da Declaração Universal dos Direitos Humanos por compreender o ser humano como ser livre, isento do temor, da miséria e sob condições que lhe permitam gozar de seus direitos econômicos, sociais e culturais, bem como seus direitos civil e políticos.
Seu principal legado foi a criação do sistema Comissão interamericana de Direitos Humanos/Corte Interamericana de Direitos Humanos, que avalia os casos de violação dos direitos humanos ocorridos em países que integram a OEA;
Esse documento só foi reconhecido e ratificado pelo Brasil em 25 de setembro de 1992 e passou a ter validade como decreto em novembro do mesmo ano com o artifício da promulgação da Emenda Constitucional número 45 de 2004, a partir desse momento os tratados cuja matéria sejam de questões de direitos humanos passaram a vigorar de imediato e ser equiparados a normas constitucionais, por um quórum de três quintos dos votos da Câmara dos Deputados e no Senado Federal em dois turnos de cada casa, para aprovação.
O Pacto de São José introduziu variados elementos dos direitos humanos, reafirmando que a lei deve regular esses direitos, conceder, o homem é livre para viver em sociedade em conformidade com as disposições legais.
Esse pacto ao se tornar na esfera Internacional tem um grande alcance nas Constituições justamente por defender veemente a dignidade humana, os valores do homem em sociedade, e sem dúvida a criação da Corte Interamericana de Direitos Humanos foi o maior ápice alcançado por esse pacto que até os dias de hoje é mencionado em infinitos institutos jurídicos, emendas, Constituições, tratados, porque alcançou na luz da persistência da luta pelos direitos humanos um caminho trilhado digno de se valorizar.
2. Escolha, no site da Corte Interamericana de DH (http://www.corteidh.or.cr/cf/Jurisprudencia2/busqueda_casos_contenciosos.cfm?lang=en), um dos casos contenciosos brasileiros e poste uma pequena análise, contemplando os direitos violados e a decisão.
 CASO ESCOLHIDO:
I/A Court H.R., Case of Escher et al. v. Brazil. Preliminary Objections, Merits, Reparations, and Costs. Judgment of July 6, 2009. Series C No. 200.
 CASO ESCHER E OUTROS VS. BRASIL
Trata-se de um caso que aconteceu no ano de 1999, em que foram solicitadas por um oficial da Polícia Militar do Paraná à juíza Elisabeth Kather da comarca de Loanda, uma autorização para grampear linhas telefônicas de cooperativas de trabalhadores ligadas ao MST.
Ocorre que a juíza autorizou as escutas sem qualquer fundamentação, sem inclusive notificar o Ministério Público para ter ciência, e ainda o fato de que não compete à PM investigação criminal. Os telefonemas foram gravados durante 49 dias.
Ficou evidenciado que sem qualquer embasamento legal as gravações não poderiam ter sequer terem sido gravadas, esse material começou a ser divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná em convocação por imprensa, eram gravações de trechos editados, fazendo insinuações grotescas, de um suposto atentado à juíza e ao fórum.
Ocorre que esse material foi vinculado em diversos meios da imprensa, e sem dúvida como ficou evidenciado isso criminalizava mais ainda a imagem do MST.
Esse acontecimento foi um violento processo de perseguição aos trabalhadores rurais e movimentos sociais paranaenses.
Com o advento dessas ações ocorreram aumento nos índices de violência no campo, em que autoridades e ruralistas se uniram contra os trabalhadores rurais, e através do uso da máquina pública do Estado compactuaram com espionagem e criminalização, fazendo com que 16 trabalhadores rurais fossem assassinados.
A Corte Interamericana da OEA ciente de tais fatos e ponderações demonstradas nas alegações infundadas do Brasil reconheceu a ilegalidade das escutas, bem como todo o contexto que foi originado em torno do MST, como uma perseguição.
O Estado ainda tentou argumentar que a Corte declarasse inadmissível a demanda por não cumprir com os requisitos previstos nos artigos 67 da Convenção e 29.3 e 59.1 do Regulamento.
Dentre os pontos mencionados pela OEA são:
É evidente que o Estado violou o direito à vida, à honra, e a reputação reconhecidos no artigo 11 da Convenção Americana de Direitos Humanos, em prejuízo das vítimas dos grampos;
Também violou o direito à liberdade de associação reconhecido no artigo 16 da Convenção Americana em prejuízo das vítimas, integrantes dos Trabalhadores Rurais Sem Terra/
Do mesmo modo violou os direitos às garantias judiciais e à proteção judicial reconhecidos nos artigos 8.1 e 25 da Convenção Americana em prejuízo das vítimas a respeito da ação penal seguida contra o ex-secretário de segurança do Paraná, da falta de investigação dos responsáveis pela primeira divulgação das conversastelefônicas e da falta de motivação da decisão em sede administrativa à conduta funcional da juíza que autorizou a interceptação telefônica.
 
Na sentença proferida pela convenção ficou determinado que o Estado deve:
a)    Indenizar as vítimas do prazo de um ano;
b)    Como medida de reparação realizar um ato público de reconhecimento de responsabilidade internacional com o objetivo de reparar violações aos direitos à vida, à integridade e a liberdades pessoais;
c)    Investigar os fatos que geraram as violações/
d)    Publicar a sentença no Diário Oficial, em outro jornal de ampla circulação nacional e em outro jornal de ampla circulação no Estado do Paraná, além de em um sítio web da União Federal e do Estado do Paraná. Determinou um prazo de seis meses para os jornais e dois meses para internet//
e)    O Estado deve restituir as custas dos processos
f)     O Estado deverá apresentar um relatório do cumprimento da sentença no prazo de um ano. A corte supervisará o cumprimento íntegro da sentença e só dará por concluído o caso quando o Estado cumprir integralmente a sentença.
Esse caso nos evidencia a extensa problemática e o perigo com que as instituições lidam com as situações, a tentativa de criminalizar mais ainda a imagem do MST através de gravações editadas, com o aparato do Estado, com autorização judicial, esta que sem respaldo qualquer para tal artifício, só nos demonstra como a monstruosidade tem duas faces ás vezes, através do fundo da legalidade mas com outras intenções.

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