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Lucas Zara Marchesan 3º Período
1- Baseado nos conceitos de replicação viral, qual o efeito causado pelos medicamentos antirretrovirais da classe dos inibidores da transcriptase reversa, inibidores da integrase e inibidores da protease?
O efeito causado por antirretrovirais inibidores da transcriptase reversa consiste no bloqueio da fase inicial de replicação viral, e previne a infecção de novas células. Competem com a dideoxynucleoside-5’-trifosfato, um substrato essencial para a formação de DNA proviral pela transcriptase reversa, interrompendo o processo de replicação viral. Atuam também nas terminações de cadeia, prevenindo a adição de mais nucleotídeos à cadeia crescente de DNA. Inibidores da protease são essenciais para processamento de proteínas virais. Esta enzima é uma aspartylprotease, responsável pela clivagem da poliproteína codificada pelos genes gag (proteína p24) e pol (transcriptase reversa), formada no ribossomo da célula hospedeira, levando à formação de partículas virais defeituosas, incapazes de montar outro vírus completo seu uso isolado induz à resistência. Já os inibidores da integrase, ainda em andamento, como o zintevir (AR-177) tem seu mecanismo pouco conhecido. Acredita-se que a combinação de três inibidores seria uma potente arma contra o HIV. É um oligonucleotídeo composto de deoxyguanosina e timidina; demonstrou atividade anti-HIV em concentração micromolar.
2- Sobre o esquema de prevenção combinada do HIV, em que consiste a PEP (profilaxia pós-exposição) e a PreP (profilaxia pré-exposição)? Explique cada uma dessas estratégias.
A PEP é a utilização da medicação antirretroviral após qualquer situação em que exista o risco de contato com o vírus HIV. A medicação age impedindo que o vírus se estabeleça no organismo. Deve-se iniciar esta profilaxia o mais rápido possível após o contato: em até 72 horas, sendo o tratamento mais eficaz se iniciado nas duas primeiras horas após a exposição. O tratamento deve ser seguido por 28 dias.
A PrEP é a utilização do medicamento antirretroviral por aqueles indivíduos que não estão infectados pelo HIV, mas se encontram em situação de elevado risco de infecção. Com o medicamento já circulante no sangue no momento do contato com o vírus, o HIV não consegue se estabelecer no organismo. A PrEP se trata de uma estratégia eficaz, com mais de 90% de redução da transmissão e sem nenhuma evidência de compensação de risco. pessoas que usaram PrEP também tiveram maiores taxas de uso consistente de preservativo.
3- Dentre as vacinas do calendário nacional de imunizações, quais são contraindicadas para portadores de HIV e por qual razão?
Vacinas de vírus vivo atenuado são mais prejudiciais a portadores de AIDS, pois sofrem interferência de células imunológicas específicas. Além disso, portadores de HIV possuem uma pequena contagem de linfócitos CD4. As vacinas contraindicadas são: Vacina contra o vírus HPV (A orientação atual é que a vacina contra o HPV seja oferecida para homens e mulheres vivendo com HIV, com até40 anos de idade); Vacina BCG (Ela não deve ser dada a nenhum adulto, inclusive aqueles que vivem com HIV, pois não confere proteção e tem alto risco de eventos adversos.); Vacina tríplice viral – Sarampo, Caxumba, Rubéola (Pessoas vivendo com HIV com imunidade baixa, independente do estado vacinal e que tiveram contato com pessoa com sarampo, devem receber a imunoglobulina humana (soro)); Vacina oral da Poliomielite – VPO Não devem ser dadas a nenhuma pessoa vivendo com HIV; e também a Vacina contra a Varicela, que Não deve ser aplicada em pessoas com imunossupressão grave.
4- Por que é importante iniciar precocemente o tratamento para todos os portadores de HIV?
O tratamento deve ser iniciado assim que for estabelecido o diagnóstico, mesmo em pessoas com imunidade normal, pois dessa forma torna possível diminuir a taxa de replicação viral e aumentar a qualidade de vida da pessoa, além de também diminuir o risco do desenvolvimento de doenças e complicações que muitas vezes estão relacionadas com a AIDS, como tuberculose, pneumonia e criptosporidiose. Também é importante pois se o tratamento antirretroviral for iniciado quando o paciente já se encontra numa fase mais avançada da doença, é possível que haja uma inflamação chamada Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imune (SIR).

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