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TRABALHO RIQUEZA E DESIGUALDADE NO BRASI1 DOCUMENTO CERTO

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FACULDADE PITÁGORAS
BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
Hena Borges dos Santos
Sara Rebeca Soares Souza
Sonia Aparecida de Lima
Trabalho, riqueza e desigualdade no Brasil: uma analise na ótica do serviço social.
Santo Antônio de Jesus – Ba.
2020
 
 Hena Borges dos Santos
Sara Rebeca Soares Souza
Sonia Aparecida de Lima
Trabalho, riqueza e desigualdade no Brasil: uma analise na ótica do serviço social
Produção Textual em Grupo apresentado como Requisito de avaliação para obtenção de nota, da Disciplina Seminário Interdisciplinar, tendo como professores a Distância: Nelma dos santos Assuncao Galli , Hallynnee Hellenn Pires Rosetto , Paulo Aragao e Altair Ferraz Neto e Presencial Tutora Greice do curso Bacharelado Serviço Social da Faculdade Pitágoras.
 
 Santo Antônio de Jesus – Ba
2020
SUMÁRIO
1. INTRONDUÇÃO........................................................................................4
 
2. O TRABALHO E O CAPITALISMO NO BRASIL....................................5
2.1 DIVERSIDADE, DESIGUALDADE SOCIAL E REGIONAL DO BRASIL.....................................................................................................6
3. FORMAÇÃO SOCIAL, HISTÓRICA EPOLÍTICA DO BRASIL .............11
 3.1 VISIBILIDA E QUESTÕES SOCIAIS NO BRASIL.................................11
4. ACUMULAÇÃO CAPITALISTA E DESIGUALDADE SOCIAL..............12 4.1 AS CONDIÇÕES SOCIO ECONOMICO E DESIGUALDADE SOCIAL..........................................................................................................12
5. FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL .........................................................................................................14 5.1 SERVIÇO SOCIAL NO ÂMBITO DA CONTEMPORÂNIEDADE E ATUALIDADE.............................................................................................. 14
6. CONCLUSÃO..........................................................................................17
 
7. REFERÊNCIAS.......................................................................................18
 
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1. INTRODUÇÃO
O Brasil é um país marcado por profundas desigualdades sociais, econômicas e políticas, que influenciam o acesso à justiça, uma vez que poucas pessoas conhecem seus direitos ou têm condições de reivindicá-los, além do fato de que os processos judiciais são morosos e ineficientes na resolução de conflitos, o que tem por consequência a descrença da população no Poder Judiciário.
O Brasil, mesmo vivenciando algumas sistemáticas quedas da desigualdade no decorrer histórico, continua ocupando a posição de um dos países mais desiguais do mundo
Educação, saúde e moradia de má qualidade são algumas das consequências de um país com grande desigualdade social. Afinal, quanto maior a diferença econômica entre as classes, piores serão as condições de vida das pessoas que estão na base da nossa estrutura social. 
Ao longo da história, a preocupação com a desigualdade social começou a surgir, dando lugar a teoria que visam reduzir as diferenças econômicas  entre ricos e pobres. Assim tiveram origens os ideais socialistas, que visavam uma forma de organização estatal capaz de promover a igualdade econômica.
 
 5 
2. O TRABALHO E O CAPITALISMO NO BRASIL
O capitalismo gera problemas sociais de toda a ordem, não somente o fenômeno da fome, da miséria e da exclusão. Toda a sociedade é marcada pela má distribuição de renda e exploração permanente a que o cidadão comum é submetido. E uma das faces mais cruéis disso diz respeito à violência que explode todos os dias em nosso país. A violência está diretamente associada à população pobre, marginalizada; e o trabalho no Capitalismo na sociedade capitalista, a posse privada dos meios de produção impossibilita que o trabalho se materialize como uma atividade emancipadora, e os trabalhador es ficam alienados ao objeto que eles mesmos criam, na relação da atividade consigo mesmo e com os outros. A partir do instante em que o trabalhador é afastado dos meios de produção e, consequentemente, do planejamento e do resultado de seu trabalho, essa cisão provoca uma relação de estranhamento que não permite que a riqueza produzida socialmente seja apropriada pelos seus produtores (Marx, 2004). O próprio indivíduo transforma-se em objeto, e os objetos passam a valer como coisas (Barroco, 2001). Segundo Marx (2004), são vários os níveis de alienação que ocorrem durante os processos de trabalho: a do trabalhador em relação a si mesmo, com o produto do seu trabalho, e, em relação aos demais trabalhadores. 
A alienação do trabalho, em relação ao processo de produção, acontece quando o mesmo não determina o que e como fazer; já a do trabalhador, em relação a si próprio, ocorre quando o trabalho se torna algo penoso, não possibilitando a realização pessoal; a alienação do trabalhador com os demais trabalhadores ocorre quando os vínculos de cooperação e solidariedade são substituídos pela competitividade. O trabalho produz mercadorias e faz do trabalhador uma mercadoria. 
Na sociedade capitalista, o trabalho aparece como algo estranho ao trabalhador, pois o produto do seu trabalho é algo que não lhe pertence e é apropriado pelos capitalistas, que são os proprietários dos meios de produção e controlam o sistema produtivo. O trabalho alienado possui várias implicações, aliena a natureza do homem e aliena o homem de si mesmo, de sua posição ativa, de sua atividade vital, de seu próprio corpo e de sua vida espiritual. Devido à alienação do trabalho, o ser humano aliena-se do seu produto de trabalho e de outros seres humanos. Ou seja, o homem está alienado da sua vida genérica e de outros homens que também estão alienados da vida humana, ocorrendo o predomínio da concorrência sobre a cooperação e do individual sobre o coletivo (Marx, 2004). No capitalismo, a liberdade de escolha dos trabalhadores é restrita, pois eles ficam impossibilitados de pensar no seu processo de trabalho, assim como de se apropriar dos frutos do mesmo. 
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O trabalho é a condição de subsistência dos trabalhadores e, nessa ótica, os mesmos trabalham para sobreviver e sobrevivem para trabalhar. Nos países periféricos, como o Brasil, as formas modernas passam a conviver com as formas arcaicas, uma vez que a alta tecnologia soma-se ao trabalho infantil, escravo, informal, etc., radicalizando a questão social. Então, a reestruturação produtiva não possui como característica somente as mudanças nos processos técnicos de trabalho nas empresas, posto que no Brasil a reestruturação é abrir capital, privatizar empresas estatais, terceirizar, demitir trabalhadores e aumentar a produtividade em até 100%. A marca da reestruturação produtiva, no país, é a diminuição dos postos de trabalho, o desemprego dos trabalhadores da economia formal e a sua transformação em trabalhadores por conta própria, sem carteira assinada, tornando-se vítimas do desemprego, em suas várias formas (Mota; Amaral, 2000). 
Em suma, a reestruturação produtiva é uma Toyotismo “Expressa a forma particular de expansão do capitalismo monopolista do Japão no Pós-45, cujos traços principais são: produção flexível, existência de grupos ou equipesde trabalho utilizando-se crescentemente da microeletrônica e da produção informatizada. A produção é bastante heterogênea, os estoques são reduzidos e há forte processo de terceirização e precarização do trabalho” (Antunes, 1999, p. 19). 
2.1 DIVERSIDADE , DESIGUALDADE SOCIAL E REGIONAL DO BRASIL.
A diversidade é construída, muitas vezes, com base na desigualdade de condições de vida. A questão da diversidade regional pode ser pensada tanto no âmbito cultural como por meio do estudo de fatores socioeconômicos que condicionam o maior ou menor acesso a: educação, rendimentos, saneamento e energia elétrica. O tema da diversidade é muito amplo e pode ser abordado sob os mais diferentes pontos de vista; 
As desigualdades sociais têm uma grande relação com a qualidade de vida das pessoas. No Brasil, por exemplo, as desigualdades regionais podem ser medidas a partir dos dados relacionados ao PIB (Produto Interno Bruto). Com os resultados, também é possível perceber o quantos essas esferas podem mexer no desenvolvimento regional. São elas que vão apresentar um desequilíbrio regional muito expressivo para compreender uma determinada população.
O Nordeste apresenta um produto per capita três vezes menor que o do Sudeste, já na questão de moradia, a região Nordeste sai na frente.
As desigualdades regionais apresentam um quadro de emprego bem aguçado. As regiões que apresentam menor índice de emprego formal são a Norte e a Nordeste. Já a região que tem um nível elevado de emprego é o Centro-Oeste.
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º Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das regiões brasileiras
 Fonte: Baltar e Rolin.p.258
Para compreender melhor as desigualdades regionais, basta fazer uma comparação com base nos dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
A região Nordeste possui a maior taxa de desempregados e de desocupação e quase três milhões de pessoas de desalento ou seja 2.919 milhões de habitantes por região que não procuram emprego por acreditar que não conseguem uma vaga no mercado de trabalho . O desemprego no Brasil e mais comum entre pretos , pardos , percebendo assim o estampado preconceito. Quatro estados do Nordeste estão ente os cinco maior taxa de desemprego: Sergipe 17,5% ,Alagoas 17,1%, Pernambuco 16,7% e Bahia 16,2%
A região sul possui a menor taxa de desemprego e de desocupação do país com, 7,9% e Santa Catarina tem o percentual de 6,2%
 A partir desse quadro comparativo é possível ter a seguinte escala:
1º lugar: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul;
2º lugar: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Roraima e Amapá;
3º lugar: Acre, Pará.
Por fim, encontram-se os estados do Nordeste, com exceção de Sergipe.
É importante lembrar que o IDH vai significar que a população de determinada região está vivendo dessa ou de outra forma a partir dos dados de qualidade de vida, mortalidade de crianças, renda per capita, taxas de analfabetismo, expectativa de vida, mensuração da qualidade dos serviços públicos: saúde, educação e infraestrutura em geral. A partir de todos esses dados, também é possível verificar que dentro de uma nação podem existir diferentes tipos de desigualdades causadas por um fator histórico, econômico ou social.
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A população brasileira deve atingir seu pico em 2030, com cerca de 206,8 milhões de habitantes, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O dado foi divulgado nesta quarta-feira (13) e integra um estudo de análises sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
° População em Idade Ativa (PIA)
O limite de idade para ser considerado em idade ativa pode variar entre países ou mesmo entre diferentes órgãos ou pesquisas dentro de um mesmo pais. Em alguns casos o limite é de 10 anos e em outros 14 anos . Indivíduos de 15 a 64 anos considerados População e Idade Ativa, sendo que a região Nordeste abrange esse patamar.
A região com maior índice de PIA e a região Nordeste onde fica concentrada todo o número de casos existente no Brasil valores. A população menor de 15 anos, responsável por 33,8% da população total em 1992, passou a constituir 24% desta população, em 2009. Por outro lado, a população idosa, que respondia por 7,9% da população brasileira, passou a responder por 11,4%.. Nas ultimas décadas aumentou muito o percentual de idosos e adultos e diminuiu a porcentagem de jovens Esse fato e resultado da dimensão das taxas de mortalidade e aumento da expectativa de vida. 
E dessa forma a desigualdade social colabora para o surgimento de uma série de outros problemas e conflitos sociais, como: Pobreza e Miséria, ocupação e invasão de imóveis, Fome, Desnutrição e Mortalidade infantil, Marginalidade de grupos sociais, Aumento de moradores em situação de rua, Aumento dos índices de violência e criminalidade.
 
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Com o crescimento da visibilidade de inúmeras questões sociais, como distribuição de renda, miséria, mortalidade infantil, criminalidade, qualidade da educação, entre outras, os dados estatísticos passam a fazer parte do monitoramento das ações governamentais pela sociedade civil. Isso gera a necessidade da produção de informações que permitam um acompanhamento das mudanças da realidade social da população.
O limite de idade para ser considerado em idade ativa pode variar entre países ou mesmo entre diferentes órgãos ou pesquisas dentro de um mesmo pais. Em alguns casos o limite é de 10 anos e em outros 14 anos . Indivíduos de 15 a 64 anos considerados População e Idade Ativa, sendo que a região Nordeste abrange esse patamar. 
Na participação relativa do PIA adulta a população de 30 a 44 anos deve permanecer estável até 2040 mas com o acréscimo em valores. Já PIA maduro e idosa segundo o Instituto deverá crescer tanto em valores absoluto quanto a sua participação no total segmento. 
"O envelhecimento da população em idade ativa, aliado às pressões no sistema previdenciário, deverá levar à necessidade de manter o trabalhador ativo o maior tempo possível. Para isso, o Ipea considera que será necessária uma política de saúde ocupacional, para diminuir as saídas do mercado de trabalho; a redução de preconceitos com relação ao trabalho dos idosos; e capacitação, para que eles possam acompanhar as mudanças tecnológicas."
Ter maior consciência da diversidade social brasileira é imprescindível para conhecer nosso país é grande a diversidade social no Brasil, não apenas entre as regiões, como em um mesmo município.
 Diante disso se diz que desigualdade social é um fenômeno existente quando a sociedade não conta com uma distribuição igualitária de renda que envolva os indivíduos ou trabalhadores em geral.
Neste caso a distribuição desigual de renda é tão acentuada em alguns países, que apenas uma mínima parcela da população concentra grande parte da renda, enquanto a menor parte da renda é distribuída entre a maior parte da população.
Consequentemente partir da divisão desigual de renda, o acesso a alguns bens de consumo e serviço também se tornam desiguais, afastando os grupos desfavorecidos da educação de qualidade e de bens culturais e históricos.
Consequentemente, a dificuldade em obter educação de excelência afasta a camadamais pobre dos bons empregos, lhes restando apenas baixos salários e condições precárias de sobrevivência. 
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Diante disso, compreendendo a questão social para além da desigualdade social e da pobreza historicamente produzida, mas também como banalização do humano, diante das indiferenças, Iamamoto (2007) pondera que, na contemporaneidade, as refrações da questão social acirram as contradições sociais, contribuindo para a potencialização das lutas coletivas da classe trabalhadora.
A partir da divisão desigual de renda, o acesso a alguns bens de consumo e viço também se tornam desiguais, afastando os grupos desfavorecidos da educação de qualidade e de bens culturais e históricos, desemprego ,falta de saneamento básico, moradores das favela que nem agua possuem beber e para manter sua higiene pessoal e domestica , precariedade na saúde publica esses direitos da cidadania que fazem o Brasil ser um pais tao desigual, onde os direitos e a renda perca pita dividida para cada família brasileira não é bem distribuída e a tendência e esse povo que tanto precisa para sobreviver vem empobrecendo tornando o Brasil o 10ª país mais desigual do mundo. 
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 1988). 
Resolvido o problema da escassez, pelo aumento da produção (Revolução Industrial). Ocorre a partir desse período o crescimento expressivo da pobreza. Isso por conta da exploração a que a classe trabalhadora é submetida. 
Neste cenário é importante destacar que esse sistema passou por várias fases ate chegar o modelo que temos atualmente. É uma fase na qual as grandes navegações estavam acontecendo e a Europa toda se mobilizava para se expandir comercialmente através das grandes expansões marítimas e navegações. Nessa época a burguesia buscava riquezas em outras terras e os comerciantes como a nobreza buscaram ouro, pedras preciosas, especiarias e outros produtos que não eram encontradas nos continentes. Nesse período, o quem se identificava eram as moedas mas acabou sendo substituídas pelo sistema de trocas, relações bancarias, criando o fortalecimento da burguesia.
 
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3. FORMAÇÃO SOCIAL, HISTÓRICA E POLÍTICA DO BRASIL. 
3.1 VISIBILIDADE E QUESTÕES SOCIAIS NO BRASIL 
Com o crescimento da visibilidade de inúmeras questões sociais, como distribuição de renda, miséria, mortalidade infantil, criminalidade, qualidade da educação, entre outras, os dados estatísticos passam a fazer parte do monitoramento das ações governamentais pela sociedade civil. Isso gera a necessidade da produção de informações que permitam um acompanhamento das mudanças da realidade social da população.
O modo de produção capitalista se define, assim, como uma forma específica e peculiar de relações sociais entre os homens e entre esses e as forças produtivas. Essas relações são mediatizadas pela posse privada dos meios de produção que, consequentemente, estabelece uma nova estrutura social, ou seja, a concentração da propriedade dos meios de produção nas mãos de uma classe que representava apenas uma minoria da sociedade determinava o aparecimento de uma outra classe, constituída por aqueles que nada tinham a não ser a sua própria força de trabalho. (MARTINELLI, 2011, p. 29)
Dessa forma, a sociedade passa a ser dividida em classes distintas, ou seja, entre possuidores e não possuidores dos meios de produção. O trabalho se torna, nesse contexto, uma mercadoria como qualquer outra, comprável e vendável, ferindo aquilo que Marx define como essencialmente da natureza humana: Pressupomos o trabalho numa forma que pertence exclusivamente ao homem.
 A sociedade é vista como um todo, na qual os homens se agrupam para satisfazer suas necessidades, servindo-se de cooperação mútua, não compreendida em forma de classes opostas e com conflitos, mas como um todo, cujo fim último em sua cooperação dos homens para os homens deve servir a vontade desses mesmos homens (SILVA, 2003).
Através da decorrência da natureza humana, o homem, por ser um animal social, é um ‘animal político’, logo para que haja o bem comum, é necessário o Estado. Estado supõem autoridade. E ‘toda forma de autoridade deriva de Deus; toda forma de governo, desde que garanta os direitos da pessoa e o bem estar da comunidade é boa...’. O Estado deveria respeitar a Igreja. Assim, não existe conflito entre fé e razão, e se cada um procura realizar sua tarefa não há conflito entre Igreja e Estado. (AGUIAR, 1985, p. 43)
Diante disso, compreendendo a questão social para além da desigualdade social e da pobreza historicamente produzida, mas também como banalização do humano, diante das indiferenças, Iamamoto (2007) pondera que, na contemporaneidade, as refrações da questão social acirram as contradições sociais, contribuindo para a potencialização das lutas coletivas da classe trabalhadora.
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O desemprego começa a surgir com força em 2014, avança lentamente em 2015 e se acelera muito em 2016. Essas pessoas basicamente vão se acumulando na base da distribuição, porque elas não têm mais renda do trabalho são pessoas com renda zero , e a inflação da base da distribuição gera desigualdade. Essas pessoas se distanciam do topo e da base e são jogadas ao relento. Logo em seguida, pessoas que ficaram desempregadas há muito tempo deixaram de procurar emprego e há um crescimento dos desalentados, aqueles que não são computados como desempregados — a noção de desempregado é estar procurando emprego. Esses desalentados não eram antigamente medidos pelo IBGE; só existiam algumas pesquisas estaduais, principalmente no estado de São Paulo, que mediam o desalento. Essas pessoas também têm renda zero. Então, a segunda etapa é o crescimento do desalento
4. ACUMULAÇÃO CAPITALISTA E DESIGUALDADE SOCIAL.
4.1 AS CONDIÇÕES SOCIO ECONOMICO E DESIGUALDADE SOCIAL. 
Todavia questão social decorre das contradições e desigualdades sociais produzidas no capitalismo, caracterizadas por relações conflituosas e antagônicas entre capitalistas e trabalhadores. A questão social emerge na cena pública na primeira metade do século XIX, a partir da organização coletiva e luta dos trabalhadores reivindicando direitos de cidadania, assumindo assim, também uma dimensão política (Iamamoto, 2007). 
Vinculada à luta de classes e reconhecida suas contradições, a questão social envolve conformismo, resistência e rebeldia dos indivíduos sociais diante das formas de exploração e opressão vigentes na sociabilidade do capital. A partir de uma perspectiva de totalidade, a questão social precisa ser analisada com base no processo de acumulação e reprodução capitalista, pois, contraditoriamente, na medida em que a produção da riqueza é coletivizada, o seu resultado final é apropriado de maneira privada. 
No Brasil e em como em todas as regiões há um fenômeno de criminalização da juventude pobre, sendo algo ainda mais perverso quando se trata da juventude negra. Amorim (2007) apontacomo a violência contra a juventude pobre e negra tem se expressado nas políticas de segurança, em que a morte de jovens só tem significado para suas famílias, o que somente reforça a histórica invisibilidade que o grupo tem, quando se trata de ter seus direitos preservados. 
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Segundo MARX, a questão social é uma necessidade do desenvolvimento capitalista em todos seus estágios advém do conflito Capital X Trabalho; No capitalismo, a escassez é produzida socialmente, denota a contradição entre as forças produtivas e as relações de produção, que garantem a apropriação privada do excedente e a decisão privada de sua destinação; sendo a questão Social diferente, portanto, de problemas sociais e dessa forma a desigualdade social colabora para o surgimento de uma série de outros problemas e conflitos sociais, como: Pobreza e miséria Ocupação e invasão de imóveis, Fome, desnutrição e mortalidade infantil, Pobreza e miséria; Fome, desnutrição e mortalidade infantil, Marginalidade de grupos sociais, Aumento de moradores em situação de rua, Aumento dos índices de violência e criminalidade.
Entretanto a questão social decorre das contradições e desigualdades sociais produzidas no capitalismo, caracterizadas por relações conflituosas e antagônicas entre capitalistas e trabalhadores. A questão social emerge na cena pública na primeira metade do século XIX, a partir da organização coletiva e luta dos trabalhadores reivindicando direitos de cidadania, assumindo assim, também uma dimensão política (Iamamoto, 2007). 
Vinculada à luta de classes e reconhecida suas contradições, a questão social envolve conformismo, resistência e rebeldia dos indivíduos sociais diante das formas de exploração e opressão vigentes na sociabilidade do capital. A partir de uma perspectiva de totalidade, a questão social precisa ser analisada com base no processo de acumulação e reprodução capitalista, pois, contraditoriamente, na medida em que a produção da riqueza é coletivizada, o seu resultado final é apropriado de maneira privada. Portanto, por mais que se propague a ideia de uma igualdade e liberdade entre trabalhadores e capitalistas no mercado, estas são meramente formais e fundamentais para reprodução das classes sociais, pois sua base desigual é real, sua eliminação não se resolve com a redistribuição de riquezas, ou incentivando a solidariedade entre os indivíduos.
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5. FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL
5.1 SERVIÇO SOCIAL NO ÂMBITO DA CONTEMPORANIEDADE E ATUALIDADE.
A ação do Serviço Social neste espaço possuía o enfoque de atender às situações relacionadas à legislação do trabalho, especialmente, ao trabalho de mulheres e crianças, mas também se destacaram as ações em creches, ação educacional, visitas domiciliares, encaminhamentos, entre outras. 
Quanto à legislação trabalhista, o Assistente Social passa a se associar à concessão de seus benefícios, como licença maternidade, acidentes de trabalho, aposentadoria, seguro de vida etc. A segunda etapa, articulados os serviços anexos e ‘conquistada a simpatia’ de uma parcela dos operários, consistirá na atuação voltada para o controle do ‘fator humano da produção’: seleção profissional, prevenção de acidentes, ‘vigilância sobre saúde dos operários’, vigilância sanitária e assistência às gestantes e nutrizes etc. (IAMAMOTO; CARVALHO, 2000, p. 194)
O início da sociabilidade humana também é importante trabalhar na linha do pensamento neotomista. Deste modo, o homem, sendo formado de corpo e alma, em busca de uma felicidade suprema que se manifesta em Deus, dotado de racionalidade que reflete a sua personalidade humana, podendo realizar escolhas conscientes, também é contemplado com a sociabilidade. Firmado nesta linha de raciocínio, sendo o ser humano um ser inteligível e, consequentemente, racional, sua condição de consciência e liberdade se destaca, a partir da qual temos a expressão “livre arbítrio” sobre seus desígnios, manifestação de sua vontade, com capacidade de escolhas em seu campo de ação.
Caminhando na ótica das influências que incidiram sobre o Serviço Social brasileiro, teremos também a presença do Funcionalismo, o qual exercerá uma incidência por longos anos junto a profissão no Brasil. Essa corrente entrará em contato com o Serviço Social brasileiro por meio do convite do governo norte-americano para participação da Conferência Nacional de Serviço Social, em 1941, e, posteriormente, do oferecimento de 62 bolsas de estudos para aperfeiçoamento e especialização profissional naquele país (AGUIAR, 1985). 
Aqui, temos a presença de três metodologias que se consagraram por longos períodos entre os assistentes sociais brasileiros: as técnicas de Serviço Social de Caso, Serviço Social de Grupo e Desenvolvimento de Comunidade. Destaca-se que tais metodologias conviveram harmonicamente com os pressupostos neotomistas em adaptação às suas técnicas (AGUIAR, 1985). 
 15
Como grande pensador, temos a presença de Émile Durkheim, um filósofo francês, nascido em 1858, que teve sua influência marcada por Auguste Comte e é considerado um dos grandes fundadores da sociologia, concebendo que esta deveria ser considerada mais um método para aplicação nos fenômenos sociais. Certamente, diante das condições de exploração da classe trabalhadora, e de suas incansáveis investidas colocando em risco o próprio sistema capitalista, é que tivemos a necessidade de alterações das funções do Estado, buscando mediar também os conflitos sociais com as ações que ultrapassavam o uso da força, como era tradicionalmente utilizada. É assim que argumentamos que foi por meio da pressão política dos trabalhadores que o Estado impulsionou o surgimento de ações e medidas que pudessem atender parcialmente às reivindicações destes trabalhadores sem, contudo, ferir centralmente os interesses da classe dominante.
Dessa maneira, buscando dar resposta às pressões dos trabalhadores, é que surgiram os germes da profissão, visto que a primeira metade do século XIX deflagrou a questão social e esta impulsionou diferentes revoluções. E assim, diante desta necessidade: A tarefa de racionalizar a assistência impusera-se ao final do século XIX, pois os trabalhadores revelaram-se inarredáveis de sua causa, não obstante tivessem sofrido importantes derrotas naquele momento. Da aliança da alta burguesia inglesa com a Igreja e com o Estado nascera, sob a iniciativa da primeira, a Sociedade de Organização da Caridade. Em seus esforços de racionalizar a assistência, ela criara a primeira proposta de prática para o Serviço Social no terço final do século XIX (MARTINELLI, 2011, p. 99).
Com as bases para o surgimento do Serviço Social brasileiro se deram em plena efervescência de um movimento político de alteração de poder, que culminaria na década de 1930. Uma das organizações que se destacaram nesse processo embrionário do Serviço Social foi a organização da Ação Social Católica, que lançou suas ações sobre a classe operária, materializando-se na institucionalização da Juventude Operária Católica (JOC) e ainda outras derivações desta, tais como:a Juventude Estudantil Católica, Juventude Independente Católica, Juventude Universitária Católica e Juventude Feminina católica.
A grande necessidade da ação do Serviço Social era para os fins de ajustamento à sociedade. Tais iniciativas iriam comungar com a absorção do quadro técnico que estava em processo de formação no período, revelando um estreito vínculo entre a Igreja Católica, a qual fora precursora da implantação dos cursos de Serviço Social no Brasil, e sua legitimação com a absorção dos quadros técnicos em formação. 
 16
Aqui, já se percebe que no processo de desenvolvimento da profissão, a formação técnica vai agregando valor de mercado, sendo reivindicada para assumir funções específicas em órgãos públicos e instituições sociais. Nesse sentido, o Serviço Social, enquanto profissão que tem sua legitimidade na execução de políticas e programas para responder a questão social exerce um papel fundamental, posto que sua inserção perpassa o conflito capital / trabalho, na medida em que responde as demandas da classe trabalhadora e do capital. Cabe ao Serviço Social politizar a classe trabalhadora sob suas condições materiais de vida para que possam lutar para uma efetiva emancipação humana, posto que sob a égide do capital, está limita-se a esfera dos direitos, que expressam apenas uma igualdade e liberdade formais, que nada mais são que expressões de sua desigualdade real.
A ação do Serviço Social neste espaço possuía o enfoque de atender às situações relacionadas à legislação do trabalho, especialmente, ao trabalho de mulheres e crianças, mas também se destacaram as ações em creches, ação educacional, visitas domiciliares, encaminhamentos, entre outras. Quanto à legislação trabalhista, o Assistente Social passa a se associar à concessão de seus benefícios, como licença maternidade, acidentes de trabalho, aposentadoria, seguro de vida etc. 
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6. CONCLUSÃO 
Portanto  o capitalismo, o lucro e a acumulação de dinheiro, eles andam juntos, então a divisão de classe fica muito mais exposta a polarização entre os ricos e os pobres ficam cada vez mais explícita e cada vez mais distante e isso afeta diretamente nossa sociedade e o nosso cotidiano.  Sabemos que a desigualdade social sempre existiu  bem antes do capitalismo,  a nossa sociedade sempre teve algum tipo de desigualdade,  só que com o capitalismo esse processo de empobrecimento vai se agravando. Por  isso são feitas várias políticas públicas pra tentar amenizar esses problemas, já que a desigualdade nesse sistema não tem como eliminar totalmente e para isso temos o LOAS: Lei Orgânica de Assistência, que prevê os mínimos sociais a quem precisa e é aí que entra os assistentes sociais possibilitando o acesso aos direitos do usuário.  Mas o assistente social não trabalha sozinho, depende de políticas públicas que funcione e também de outras instituições. Apesar de tudo, existem políticas que funcionam e amparam a população, porém precisamos continuar lutando pra que essa desigualdade acabe e possamos garantir os direitos de todos os cidadãos. Somente dessa forma, poderemos caminhar para a redução da desigualdade social no Brasil. Não adianta tentar combater essa causa agindo nas suas consequências como os problemas com a segurança, o aumento da criminalidade e a miséria. É muito importante olhar para essa situação e tentar minimizar o sofrimento de quem é afetado pela desigualdade, mas também precisamos trabalhar na causa, promovendo políticas sociais justas e uma distribuição adequada da verba, além do investimento na educação de qualidade para todos. Assim, estaremos proporcionando um Brasil mais humano e com boas condições de vida para todos.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 
BRAVO, M. I.; PEREIRA, P. Política social e democracia. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
BENEVIDES, Maria Victoria. A questão social no Brasil: os direitos
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www.hottopos.com/vdletras3/vitoria.htm>. Acesso em: out. de 2014.
FORTI, V. ; BRITES, C. M. Direitos humanos e serviço social: polêmicas,
debates e embates. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2013.
IAMAMOTO, Marilda; CARVALHO, Raul de. Relações sociais e serviço
social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica.
São Paulo: Cortez, 2006.