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FERTILIZAÇÃO IN VITRO EM BOVINOS

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FERTILIZAÇÃO IN VITRO EM BOVINOS 
 
Histórico: 
• O procedimento foi desenvolvido 
pelo britânico Robert Edwards, que 
em 1969 conseguiu realizar a primeira 
fertilização de um óvulo humano em 
um tubo de ensaio. 
• A primeira criança “bebê de 
proveta”, Louise Brown, nasceu em 
1978. 
• Robert Edwards foi o vencedor do 
Prêmio Nobel de Medicina de 2010 
por suas pesquisas sobre a FIV. 
• Foi relatado em 1987 o primeiro 
nascimento de um bezerro 
totalmente produzido in vitro desde a 
maturação até o cultivo do embrião. 
Coleta de Oócitos: 
 
- A coleta do oócito pode ser feita de duas 
formas, primeiramente ela é feita in vivo, 
quando se faz isto diretamente no animal a 
nível comercial principalmente, e in vitro 
somente em pesquisa, onde isto somente é 
feito de ovários colhidos em matadouros 
para poder ser utilizado em pesquisas. 
Então no dia a dia ou comercialmente esta 
coleta dos oócitos é feito in vivo. 
A coleta in vivo pode ser feita pela OPU 
que é uma aspiração transvaginal guiado 
por ultrassom, assim, por uma guia de 
ultrassom apropriada coloca-se no fundo 
de vagina, palpamos a vaca, o primeiro 
ovário que se vai aspirar assim, pelo reto 
traciona o ovário trazendo-o para trás e 
ficar mais próximo do fundo de vagina e 
com a probe intravaginal posicionamos o 
ovário na imagem, onde introduzimos uma 
agulha no ovário que será aspirado, 
aspiramos o liquido folicular para tentar 
capturar o oócito. 
Então esta aspiração transvaginal guiada 
por US é o que mais se usa hoje para fazer a 
coleta dos oócitos. 
Antigamente usava-se a aspiração folicular 
cirúrgica, onde é feita uma incisão no 
flanco, traciona o ovário para fora da 
cavidade e aspira os folículos que contém 
no ovário, e depois sutura o animal. 
E existe também a aspiração transcutânea 
pelo flanco que também não se usa mais, 
por ser pouco pratica, onde é palpado o 
ovário, pega-se o ovário que vai ser 
aspirado, posiciona ele lateralmente 
próximo ao flanco, e outra pessoa pelo 
flanco entra com a agulha e aspira os 
folículos contidos neste ovário. 
Mas hoje em dia, o resultado é melhor e 
mais prático fazendo a aspiração guiada 
por ultrassonografia (OPU), principalmente 
por conseguir ver o que esta fazendo 
através das imagens ultrassonográficas. 
A coleta dos oócitos em vitro é mais usado 
em pesquisa, onde pode ser feita a 
aspiração folicular diretamente, onde se 
pega o ovário no laboratório (folículos da 
vaca fica na região cortical, na parte 
externa do ovário), e aspiramos folículo por 
folículo com seringa e agulha. Outra 
técnica utilizada é a do fatiamento (slicing), 
onde fatiamos o ovário e depois 
resuspendemos com um liquido e neste 
liquido procuramos os oócitos em uma 
placa. E a técnica de scraping é uma 
técnica onde separamos, retirando os 
folículos dos ovários para depois fazer a 
aspiração. 
Aspiração Folicular Guiada por 
Ultrasonografia: 
• Também chamada de Ovum pick-
up (OPU). 
• Técnica utilizada para recuperar os 
gametas femininos imaturos (oócitos) 
diretamente dos ovários (doadoras) 
com o auxílio de um ultrasom com 
uma guia de aspiração transvaginal, 
acoplado a uma bomba de vácuo. 
- A mais utilizada a nível de campo é a 
OPU. Podemos aspirar a vaca em qualquer 
fase do ciclo pois vamos fazer a maturação 
dos oócitos que fisiologicamente na fêmea 
aconteceria nos folículos e vamos fazer isto 
no laboratório in vitro. 
PIV (Produção in vitro): 
• Oócitos recuperados são avaliados 
em lupas e encaminhados ao 
laboratório para os processos de 
maturação in vitro (MIV), fertilização 
in vitro (FIV) e cultivo in vitro (CIV). 
• A técnica de OPU-FIV-TE 
corresponde à terceira geração das 
biotecnologias da reprodução em 
bovinos. 
- O nome correto da biotecnologia 
completa é PIV – produção in vitro de 
embriões, onde a primeira fase é a 
aspiração dos oócitos, depois tem as fases 
dentro do laboratório onde é feita a 
maturação destes oócitos, a fertilização in 
vitro e depois o cultivo destes embriões (no 
bovino em média até 6-7 dias)para depois 
ser transferido para as receptoras, assim, 
todo este processo é chamado de PIV. 
Então neste processo da produção in vitro, 
os oócitos são recuperados através da 
aspiração folicular, eles são colocados em 
placas, os oócitos vão ser localizados em 
placas e depois avaliados em lupas, 
levados até o laboratório para maturação 
até chegarem no ponto de fertilização 
(mimetizando o que acontece dentro do 
folículo), o próximo passo é a fertilização 
em vitro (colocação dos sptz junto com os 
oócitos, para que ocorra a fertilização - fiv), 
e os embriões formados vão ser colocados 
em uma outra placa onde será feito o 
cultivo in vitro, mimetizando o que 
acontece inicialmente na tuba uterina da 
vaca e depois posteriormente (depois de 4-
5 dias), no útero. Então o cultivo dura de 5-6 
dias, e depois são classificados, e os 
embriões que estiverem bons vão ser 
transferidos para o útero de receptoras, 
para ter a chance delas ficarem prenhas e 
levarem esta gestação até o final. 
Portanto, a técnica de produção in vitro 
engloba aspiração folicular, fertilização in 
vitro e a transferência de embrião para as 
receptoras. 
É a terceira geração de biotecnologias 
para os bovinos. 
PIV (Produção in vitro): 
 
1-Coleta de ovócitos: in vivo através de 
aspiração transvaginal. Depois estes oócitos 
são classificados e levados ao laboratório. 
2-Maturação in vitro: os oócitos no 
laboratório são colocados em placas, em 
meios de cultivo apropriados, mimetizando 
o que acontece no liquido folicular (no 
folículo pré ovulatório)e vão ser colocados 
em estufas de cultura. Estes oócitos vão ser 
maturados em média 24 horas, depois disso 
eles vão ser classificados novamente para 
ver quais tiveram uma boa maturação. 
3-Fertilização in vitro: os oócitos que tiveram 
boa maturação e de imaturos se tornaram 
maduros, vão ser mudados de placa, são 
colocados em outras placas com outros 
meios, onde vai ser acrescentado uma 
quantia calculada de espermatozóides 
conforme a quantidade de oócitos e 
deixamos em média 18 horas para que 
ocorra a fertilização. Este processo é a FIV 
onde os sptz vão fazer o processo de 
fertilização dentro da placa de cultivo. 
4-Cultivo em vitro- CIV: Depois deste tempo, 
os embriões vão ser classificados em 
estagio inicial de desenvolvimento e todas 
as estruturas fertilizadas vão ser passadas 
para outra placa, será mudado o meio e 
será feito o cultivo em vitro, que seria uma 
fase que vai durar em média de 6-7 dias 
(lembrar que no bovino não pode passar 
de 7 dias, pois com 8 dias tem risco dos 
embriões começarem a eclodir e se isto 
acontecer não conseguimos mais transferir 
ele). Então depois dessa fase de cultivo in 
vitro, estes embriões vão ser classificados e 
os com bom desempenho vão ser 
transferidos para receptoras que foram 
sincronizadas para receber o embrião no 
dia da transferência. 
Vantagens e aplicações da PIV: 
- Atraves da PIV é possível um maior número 
de descendentes gerados por período de 
tempo – desta maneira uma vaca pode ser 
aspirada o ano inteiro, e toda vez que for 
aspirar, será aspirado todos os folículos 
contidos nos dois ovários, então se tem um 
número de oócitos para fertilizar e depois 
de embriões para transferir muito maiores 
do que se fosse uma técnica de 
transferência de embrião. Na transferência 
de embrião em bovinos não se usa mais 
praticamente, porque a PIV é muito mais 
vantajosa e mais barata, com um numero 
muito maior de embriões produzidos. Mas 
quando se usava a transferência de 
embriões em bovinos, para se conseguir um 
número grande de embriões era feito uma 
superovulação com FSH, então essas vacas 
recebiam doses altas hormonais, assim, 
para poder ter vários folículos, varias 
ovulações e consequentemente uma 
produção embrionária satisfatória paraconseguir transferir vários embriões. Só que 
as vacas superovuladas com dose alta de 
hormônio não podia ser feito transferências 
a todo momento, não podia deixar diminuir 
estas taxas hormonais para não 
desbalancear a vaca. Desta maneira a 
transferência de embrião era feita a cada 
60 dias e no máximo duas transferências de 
embriões, e na terceira a vaca 
emprenhava e levar uma gestação. E 
depois que parir voltar novamente para 
este processo. E quando se retirava esta 
vaca do programa de transferência de 
embriões, esta vaca acabava possuindo 
diversos problemas de fertilização e muitas 
delas não emprenhavam mais, justamente 
pelo uso de grande quantidade de 
hormônios utilizados. 
Hoje em dia com a fertilização in vitro não 
tem necessidade de usar hormônios pois se 
aspira todos os oócitos, mesmo dos folículos 
imaturos e faz a maturação em laboratório. 
Desta maneira, tem as vacas por muito 
mais tempo na reprodução e além disso ela 
não precisa ser feita a cada 60 dias e 
depois parar para emprenhar, desta 
maneira, pode ser feita várias aspirações o 
ano todo, a cada 15 dias ou 30 dias, 
conseguindo um número muito maior de 
descendentes no final do ano gerados em 
um curto período de tempo. 
- Utilização de matrizes com problemas 
reprodutivos adquiridos – principalmente 
problemas uterinos, cérvix, desta forma não 
tem mais preocupação com isto, pois os 
oócitos vão ser aspirados dos ovários e todo 
o restante será feito no laboratório. 
- Fêmeas que não respondem à 
superovulação. 
- Uma dose de sêmen fertiliza os 
oócitos de várias doadoras – então além 
disso consegue-se uma economia na dose 
de sêmen congelado. Então alguns semens 
de touro com preço alto, assim com a PIV 
consegue com pouca quantidade de 
sêmen e com uma palheta de sêmen fazer 
a fertilização de várias doadoras, 
conseguindo uma economia grande do 
sêmen utilizado. 
- Utilização de sêmen sexado com 
bons resultados – sabe-se que o sêmen 
sexado tem uma fertilidade menor do que 
o convencional, pois cada processo feito 
com o sêmen diminui sua fertilidade. E este 
sêmen é sexado e depois congelado, 
então ele tem uma fertilidade menor que o 
sêmen que somente foi congelado 
convencionalmente. Assim na PIV 
consegue aproveitar melhor o sêmen com 
índices melhores de fertilidade. 
- Possibilidade de trabalhar com vacas 
gestantes – como não mexe no útero desta 
vaca, mesmo ela gestante e com corpo 
lúteo no ovário, podemos aspirar os outros 
folículos que estão nos dois ovários, sendo 
possível fazer produtos desta vaca. 
- Praticidade de execução – na 
aspiração dos oócitos. 
- Não utilização de estímulos 
hormonais – pensando na 
longevidade reprodutiva da vaca. 
- Utilização de fêmeas impúberes – ou 
seja, que não atingiram a 
puberdade ainda ou não atingiram 
a maturidade sexual. Então a partir 
do momento que essas fêmeas tem 
os folículos, elas nem precisam estar 
ciclando ainda, é possível aspirar 
estes oocitos que ainda estão 
imaturos, que não tiveram 
crescimento e nem ovulação e 
conseguimos maturar em laboratório 
e fazer produto destas fêmeas. Isto é 
feito em animais geneticamente 
superiores que compense fazer isto. 
- Utilização de fêmeas em pós-parto 
recente (30 dias) – na fase de 
puerpério, que a fêmea demora 30 
dias para ter uma involução uterina, 
e neste período fisiologicamente não 
consegue emprenhar esta vaca. 
Então através da aspiração, como 
não vamos mexer no útero, a vaca 
pariu então podemos aspirar ela sem 
problemas, não precisando esperar 
30 dias, tendo uma eficiência maior. 
- Ao aspirar o folículo, o oócito vai para um 
tubo de ensaio contendo EDTA, porque 
sempre vem um pouco de sangue, assim 
evita dele coagular e atrapalhar a 
avaliação/ procura dos oócitos. 
Desvantagens da PIV: 
- Menores taxas de gestações (35-40%)- mas 
devemos lembrar que como é feito um 
número maior de embriões e transferências 
, no final vamos ter um número maior de 
produtos. 
- Embriões FIV são pouco resistentes ao 
congelamento (15% de prenhez) – assim é 
ideal que ao transferir já tenha as 
receptoras no dia do final do cultivo, 
porque se congelarmos ele a taxa de 
prenhez cai. 
Colheita de oócitos in vitro: 
 
- Na técnica de Scraping é feita a 
individualização de cada folículo, 
divulsionando cada folículo do ovário e 
depois eles vão ser abertos na placa de 
Petri. Não é muito utilizado mais, técnica 
demorada e difícil de ser feita, usada 
somente em eqüino. 
 
- Outra técnica seria o fatiamento de toda 
a superfície do ovário, que é mais utilizada 
em bovinos. Onde ovário é fatiado pelo 
bisturi, coloca em um meio na placa, e 
estes oócitos vão ficar submersos neste 
liquido. 
 
- E o método mais utilizado é a aspiração 
do conteúdo do folículo com seringa e 
agulha, principalmente em bovinos, ovinos 
e suínos onde os folículos ficam na região 
externa e conseguimos visualiza-los fora do 
ovário. Não tem contaminação. Utilizado 
em todas as espécies. 
Classificação dos oócitos: 
 
- Depois da separação, é feita a 
classificação dos oócitos aspirados, onde 
somente vamos levar para frente e levar 
para o laboratório para ser maturado, 
fertilizado os oócitos de boa qualidade. 
Então vamos classificar estes oócitos de 
acordo com a sua morfologia, 
primeiramente na placa vamos colocar os 
oócitos em gotas com um meio próprio 
para melhorar a qualidade deles, assim, 
analisamos um por um. 
 
Na imagem observamos vários oócitos com 
células da granulosa em volta, também 
chamadas de células do cumulus, que no 
momento da ovulação elas saem 
envolvendo os oócitos, fazendo papel de 
proteção. 
Primeiramente vamos classifica-los através 
da quantidade de camadas de células do 
cumulus, pois, quanto maior o numero de 
camadas melhor a qualidade do oócito, 
devendo ter no mínimo de 2-3 camadas 
para ter uma boa qualidade. Depois vamos 
ver grau de captação de células do 
cumulus, pois quanto mais compactadas as 
células melhor. Vemos a homogeneidade 
do citoplasma, que no interior do oócito 
deve estar homogêneo, e se há presença 
de grânulos citoplasmáticos. 
 
Grau I → + 3 camadas de células do 
Cumulus bem compactadas. 
Grau II → 3, 2, 1 camada de célula. 
Grau III → Cumulus parcialmente 
expandido – células estão se soltando/ não 
estão muito compactadas. 
Grau IV → Cumulus expandido, sinais de 
degeneração – normalmente não 
utilizados. 
- A classificação dos oócitos vai influenciar 
diretamente na qualidade do embrião, 
portanto, todos os processos dependem da 
qualidade desse oócito. Onde ele vai 
influenciar na qualidade embrionária e na 
viabilidade até depois do 
descongelamento como em pesquisar. Mas 
na PIV comercial eles não são congelados. 
Assim, vamos classificar de acordo com as 
camadas em graus. Geralmente utilizamos 
grau I e grau II. 
 
 
 
Maturação de oócitos: 
 
- Depois que os oócitos chegam no 
laboratório, a primeira fase vai ser maturar. 
Devemos lembrar que todo esse 
procedimento in vitro devemos mimetizar o 
que acontece dentro do organismo da 
fêmea, por isso é importante conhecer a 
fisiologia e a endocrinologia das fêmeas. 
Então esta maturação tem que mimetizar o 
que ocorre dentro do folículo pré ovulatório 
em fase de maturação. 
Nesta fase de maturação primeiramente 
tem o crescimento do oócito, capacitação 
do oócito para que ele possa ser fertilizado, 
uma maturação que também faz parte da 
capacitação e no final haverá a ativação 
do oócito, ficando pronto para ter contato 
com o espermatozoide e ser fertilizado. 
Todo este processo ocorre dentro do liquido 
folicular, em um folículo pré ovulatório em 
fase de maturação. 
• O nome “maturação” se deve pelo 
estágio em que os oócitos se 
encontram, e a necessidade de 
completarem seu desenvolvimento 
para tornarem-se aptos à fertilização 
pelo espermatozóide, uma vez queforam retirados do ovário e não 
ovulados naturalmente. O processo 
de maturação envolve modificações 
no núcleo e no citoplasma do oócito 
e dependem de um meio de cultura 
específico (mimetizando o que 
acontece dentro do liquido folicular), 
bem como condições ótimas de 
temperatura, umidade e atmosfera 
gasosa, ajustados e mantidos pela 
incubadora. 
- Processo de maturação = serem aptos a 
passar pelo processo de fertilização. 
- Deve ser usado meios de cultura 
diferentes. Os hormônios presentes na fase 
de folículo pré ovulatorio são estrógeno 
porque o folículo esta grande, inibina que 
vai fazer o bloqueio seletivo e o aumento 
de LH, então o meio de cultura deve conter 
estes hormônios – o meio de cultura deve 
ser enriquecido com estrógeno, inibina e LH. 
 Existem vários métodos diferentes que 
podem ser utilizados e que já foram 
testados durante a maturação in vitro (MIV) 
em bovinos, sendo que a grande maioria 
dos laboratórios tem optado pela 
suplementação do meio de maturação 
com soro fetal bovino (SFB) e 
gonadotrofinas (FSH, LH e estradiol) em 
condições controladas de atmosfera 
gasosa e temperatura. 
Após o tempo de incubação da MIV, os 
oócitos completam a maturação com a 
extrusão do primeiro corpúsculo polar e 
estando prontos para a fecundação. 
 
- A maioria dos laboratórios usa como meio 
de cultura o soro fetal bovino, associando 
as gonadotrofinas FSH, LH e o estradiol e 
também a inibina. Em condições 
controladas de atmosfera gasosa e 
temperatura regulada na encubadora. 
Após o período de incubação eles 
completam a maturação, liberando o 
primeiro corpúsculo polar , assim eles estão 
maduros e prontos para a fertilização. 
Maturação de citoplasma: 
Junções GAP e Cumulus expandido 
 
• Mitocôndrias e complexo de Golgi 
migram para periferia. 
• Expansão das céls do cumulus e 
modificações das junções de GAP. 
• Microtúbulos e microfilamentos são 
organizados. 
- Nesta fase de maturação do citoplasma e 
do núcleo, temos as modificações nas 
junções GAP, vai ocorrer a expansão das 
células do cumulus, as mitocôndrias e os 
complexos de golgi irão migrar para a 
periferia, os microtubulos e os 
microfilamentos vão se organizando nesta 
fase. 
Maturação in vitro de oócitos: 
 
- Porque os ovinos ficam de 20 a 24 h de 
incubação até maturar? Porque é o tempo 
que a vaca fica no cio até ela ovular. 
Assim, mimetizando o que ocorre na 
fisiologia. 
 
Fertilização in vitro: 
- Depois de passar as 24 horas no caso dos 
bovinos de maturação, deve ser feita uma 
nova classificação dos oócitos para vermos 
os que realmente maturaram. E só vamos 
passar para outra placa onde vamos 
colocar os espermatozóides e fazer a FIV, 
somente os oócitos que tiveram uma boa 
maturação. 
O que é fertilização in vitro? 
• Promoção do encontro do ovócito II 
com o sptz fora do organismo 
feminino. 
• Normalmente esse encontro 
aconteceria na tuba uterina – desta 
maneira temos que mimetizar o que 
acontece de forma fisiológica. 
• Assim, deve ser feita uma grande 
comparação com a monta natural – 
então se a fertilização acontece na 
tuba uterina, assim este meio de 
fertilização deve conter substâncias 
que mimetizam a constituição dos 
nutrientes que contém na tuba 
uterina nesta fase de fertilização. 
Modalidades de FIV: 
• FIV convencional. 
• ICSI (intra cytoplasmic sperm 
injection). 
- A FIV pode ser feita de duas formas, a 
convencional que é mais utilizada em 
bovinos e a ICSI que é pouco utilizada em 
bovinos e veremos posteriormente. 
Na FIV convencional, tanto os oócitos já 
maturados e espermatozóides, vão ser 
colocados em placas de petri, vão ser 
mantidos em estufa, com controle de 
umidade e temperatura, em meio 
adequado mimetizando os nutrientes de 
tuba uterina onde vai ocorrer a fertilização. 
A ICSI é uma injeção espermática 
intracitoplasmática, é uma técnica utilizada 
quando normalmente se tem um sêmen 
ruim ou que não tem uma disponibilidade 
muito grande, onde é colocado um único 
espermatozoide (uma palheta pode ser 
fracionada de 10 até 16 fragmentos), e o 
espermatozoide selecionado é colocado 
dentro do oócito. 
FIV convencional: 
Os espermatozóides são colocados junto 
aos ovócitos em um ambiente que simula 
as trompas. 
• Retirada dos ovócitos (aspiração 
transvaginal por ultrasom; 
• Descongelação do sêmen e seleção 
de espermatozóides; 
• Espermatozóides colocados junto 
aos ovócitos. 
- Então depois dos oócitos retirados, e 
maturados, fazemos a descongelação do 
sêmen e a seleção espermática, e os 
melhores colocados numa placa junto com 
os ovócitos para ser feita a fertilização. 
Fertilização in vitro: 
⚫ Após o final do processo de 
maturação, os oócitos são 
transferidos para uma nova placa 
contendo o meio de fertilização 
específico onde serão co-cultivados 
com os espermatozóides durante um 
período determinado. 
⚫ A Fertilização pode ser feita com 
uma concentração de 
espermatozóides (vários 
espermatozóides serão colocados 
juntos ao oócito), ou com apenas 
um espermatozóide, que será 
desflagelado e colocado no interior 
do oócito. 
⚫ Para a fertilização dos oócitos, duas 
condições são essenciais: a completa 
maturação do oócito e a capacitação do 
espermatozóide (ou seja, a célula 
espermática sofre uma série de 
modificações bioquímicas que possibilitam 
sua penetração no oócito. 
*Lembrar que os sptz congelados já estão 
capacitados, pois o processo de 
congelação induz a capacitação. E o 
sêmen fresco se for usado deve ser 
capacitado. 
A descongelação de uma dose de sêmen 
ou mesmo um ejaculado recém obtido não 
garante aos espermatozóides a habilidade 
ou capacidade de fertilizar o oócito. No 
laboratório, o sêmen criopreservado ou 
fresco são processados de maneira que 
sejam obtidos apenas os espermatozóides 
vivos. Em seguida, os espermatozóides são 
avaliados quanto à concentração e 
motilidade para ajuste da dose 
inseminante, ou seja, deve haver um 
número adequado de espermatozóides 
para a quantidade de oócitos. 
⚫Em geral, a concentração usada para a 
fertilização in vitro é de 2 milhões 
espermatozóides / ml, calculada de 
acordo com a motilidade e concentração 
da fração viva de espermatozóides obtida 
após a centrifugação em gradiente Percoll 
(para fazer a seleção espermática). 
 ⚫O período de incubação na fase de 
fertilização dos oócitos com os 
espermatozóides varia entre 12 a 20 horas. 
 
 
 
- E os ovócitos fertilizados vão sofrer 
clivagem e começar o processo 
embrionário. Estes embriões vão ser 
transferidos para outra placa para ser feito 
o cultivo embrionário. 
FIV convencional: 
 
Acima é as imagens de classificação de 
embriões de acordo com a morfologia, e os 
embriões classificados até grau III vão ser 
transferidos para as receptoras. 
Cultivo embrionário: 
• Após a fertilização, os zigotos são 
lavados e transferidos para micro-
gotas de meio de cultivo (baseado 
no fluido uterino e do oviduto 
durante o início da gestação) – 
lembrar que esta fase inicia-se na 
tuba uterina – ate o 4-5 dia o 
embrião se desenvolve na tuba 
uterina e depois ele desce para o 
útero, então isto deve ser 
mimetizado na fase de cultivo. Onde 
nos primeiros dias o meio vai se 
basear no fluido do oviduto e depois 
acrescentado outras substancias 
para mudar esta constituição 
mimetizando o fluido uterino. 
• O meio de cultivo é renovado em 
cada micro-gota no quarto dia (que 
o embrião desce para o útero) e 
sexto dia. No sétimo dia observa-se o 
desenvolvimento embrionário. 
• Ao final desta etapa, os embriões 
viáveis são classificados e envasados 
individualmente em palhetas para 
que possam ser inovulados 
(transferidos) nas vacas receptoras – 
pré selecionadas e pré sincronizadas. 
• Na data da tranferência (dia 6 ou 
dia 7) as receptoras devem estar 
sincronizadas com os embriões.• Para melhores resultados, deve ser 
usado nestes animais um protocolo 
hormonal semelhante ao de IATF. 
- As vacas devem estar ovuladas de 5-8 
dias no dia da transferência dos embriões.

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