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O Início do Tratamento (1913)

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FACULDADE DA SERRA GAÚCHA
AREA DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
	
ALUNA: Keli Ferreira 
RGM: 0234739
Resenha crítica do texto: O Início do Tratamento (1913).
 
	O texto sobre o início do tratamento tem como finalidade demonstrar a posição de Freud em relação ao método que estava construindo em suas regras. O Freud chama estas regras de “recomendações” e não reivindica qualquer aceitação incondicional para elas. Freud faz uma ligação com o jogo de xadrez a psicoterapia, ele traz como exemplo para mostrar que não há como estabelecer regras no tratamento analítico e apenas recomendações.
	As recomendações podem ser utilizadas como não utiliza-las, vai depender de quem procura o tratamento, ele sugere as recomendações para o início do tratamento, o paciente era aceito temporariamente e essa condição tinha um período de uma ou duas semanas, a fim de decidir se o paciente era adequado para a análise, e vi tendo assim uma descontinuação após certo tempo, as razões diagnósticas. Quando se tem uma neurose com a sintomatologia de um quadro de histeria ou obsessão tem que levar em consideração a possibilidade de ser um estágio preliminar da esquizofrenia. Se caso o paciente estiver sofrendo de esquizofrenia, a promessa de cura ficaria afetada por esse motivo a psicanalista teria motivos fortes a evitar cometer equívocos no diagnóstico. Quando a pessoa do analista é o seu novo paciente ou familiar acham-se em posição de amizade ou algum laços com o outro devesse evitar o tratamento com qualquer vínculo emocional com a figura do terapeuta. Freud relata as combinações em questão de tempo e dinheiro, sendo que o tempo duraria entre uma hora de seu dia sendo o paciente é responsável pela sua hora. Freud diz que se o acordo for seguido, contratempos acidentais não ocorrem e moléstias intervenientes, apenas de modo muito raro. Nos casos onde ocorrem moléstias orgânicas que não podem ser afastadas, o tratamento tem uma interrupção e quando o paciente melhorar é aceito de volta em outro horário vago. O trabalho é feito todos os dias, com exceção dos domingos e feriado.
	Ele faz uma comparação entre neurose e organismo dizendo que suas manifestações não são independentes uma das outras. Freud mostra que e o paciente for liberto de um sintoma ele poderá descobrir que um sintoma suportável de maior proporção se tornou insuportável. O pagamento deve ser feito nos intervalos regulares evitando oacúmulo de grandes somas de dinheiro. Freud faz uma relação entre a sexualidade e o dinheiro, mostrando que o analista não deve ter pudor. Outra recomendação é evitar tratamento gratuito e sem exceções. O analista não pode exercer o papel de filantropo de interessado, pois ele pode se sentir explorado no decorrer do tratamento e isso pode lhe custar como analista.
	Freud faz a ilusão a certo “ritual” referente à posição que o tratamento é realizado e isso tem a ver com o método hipnótico e a partir dessa técnica desenvolveu a psicanalise, ele diz que o paciente devesse deitar num divã e a posição do analista seria atrás desse divã, fora de vista do paciente. O paciente ficar mais relaxado ao deitar no divã, ele não tem acesso as expressões faciais e emocionais do terapeuta frente ao seu relato, além do mais, Freud sentia-se incomodado pelo fato de estar sendo observado a todo momento pelo seu cliente. A análise pode ser iniciada pelas lembranças de infância, pelas histórias de vida ou até mesmo pela história da doença do paciente e é necessário deixar o paciente falar e ele mesmo deve se sentir à vontade para escolher por onde começar, tornando a técnica psicanalítica da associação livre. A resistência aparece quando o paciente relata que não conseguem pensar no que vai dizer ao analista. Freud explica que há uma forte resistência, que faz defender a neurose e o analista não deve atender a ação do paciente, ele diz que representa uma transferência que vem de encontro com as primeiras resistência. 
	Quando a transferência for estabelecida no paciente, a finalidade do tratamento é ligar o paciente a ele mesmo e a pessoa do analista. A forma mais provável para o paciente fazer essa ligação é garantir um interesse verdadeiro nas questões do paciente, evitando, certos equívocos que podem ocorrer, as resistências seriam sumidas e o próprio paciente vincularia a o analista a imagens das pessoas que o tratam com afeto. Outro ponto relevante é a linha de conduta que o analista deve ter para não traduzir os sintomas que o paciente apresenta, Freud diz: “mesmo nos estádios posteriores da análise, tem-se de ter cuidado em não fornecer ao paciente a solução de um sintoma ou tradução de um desejo até que ele esteja tão próximo delas que só tenha de dar mais um passo para conseguira explicação por si próprio.” 
	Por fim Freud faz seu fechamento da obra concluindo-se que a distinção de dois momentos importantes no processo analítico. O primeiro seria a entrevistas preliminares, momento que estabelecera a transferência, sem a transferência não haverá nenhum tratamento. E o segundo momento é caracterizado pela entrada em análise, o paciente já está num processo transferencial com o analista, permitindo assim que intervenções sejam feitas. É importante observar que com o amadurecimento da técnica, Freud vai abrir mão de algumas recomendações que ele mesmo deu, mostrando a seriedade e o comprometimento que a psicanálise trata das questões teóricas que Freud apresenta nos seus escritos.

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