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PROJETO DE ENSINO EDUCAÇÃO INFANTIL

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PAGE 
SUMÁRIO
1
 HYPERLINK "#__RefHeading___Toc430196989" 
INTRODUÇÃO
4
2
 HYPERLINK "#__RefHeading___Toc430196990" 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
5
3
 HYPERLINK "#__RefHeading___Toc430196991" 
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
13
 3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA…………………………………………………….13
 3.2 JUSTIFICATIVA……………………………………………………………………….13
3.3 PROBLEMATIZAÇÃO…………………………………………………………….…14
3.4 OBJETIVOS………………………………………………………………………. ….14
3.5 CONTEÚDOS………………………………………………………………………….14
3.6 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO……………………….………………….14
3.7 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO…………………………………...16
3.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS…………………………………………....16
3.9 AVALIAÇÃO…………………………………………………………………………....16
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………...17
5 REFERÊNCIAS ……………………………………………………………………….18
RESUMo
O projeto de ensino elaborado tem como tema a ludicidade: o brincar na Educação Infantil, onde o brincar é a principal linha de pesquisa, pois a brincadeira faz parte da vida da criança, sendo parte importante da construção cognitiva da mesma. O objetivo desse projeto é fazer do brincar base para o aprendizado, desenvolver o convívio social, respeitar a natureza da criança entre outras que favoreçam a educação.
As atividades lúdicas além de serem um modelo específico da criança, é também uma maneira de melhorar a prática pedagógica, ajudam no auxílio educacional e não apenas como atividades recreativas, pois possibilita melhoria no desenvolvimento das habilidades físicas e facilita o processo de aprendizagem.
Diante disso a escolha do tema será de fundamental importância para os educadores conhecerem o valor das brincadeiras na educação e, ajuda o educando para que o mesmo não se sinta no ato de ensinar uma rotina em que não se tem prazer em aprender.
Assim sendo o projeto contribui para esclarecer a importância das brincadeiras onde é possível construir conhecimentos que desenvolva os aspectos cognitivos, motor psíquico e social da criança e do adolescente, proporcionando ao educador uma descoberta da verdadeira importância que tem o lúdico da geração de conhecimento para a criança em processo de aprendizagem
Palavra-chave: ludicidade, brincadeiras, conhecimento
1 Introdução
O presente trabalho tem como objetivo de discutir sobre a importância dos jogos e brincadeiras no processo ensino aprendizagem, sobretudo na Educação Infantil e visa a ludicidade como o caminho para a aprendizagem e a construção do conhecimento através de brincadeiras, jogos e brinquedos.
A atividade lúdica pode contribuir para a aprendizagem na Educação Infantil pois notamos a sensação de prazer que envolve as crianças em suas atividades lúdicas, que por sua vez, desenvolvem maior interação entre professores e colegas. As brincadeiras e os jogos não são apenas um passatempo, são formas também de despertar na criança autoconfiança, desenvolvimento psicomotor, afetividade e que são as principais formas de socialização, pois através do brincar, a criança aprende regras e limites no qual usará respeitando o colega no seu dia a dia.
O brincar está presente no cotidiano da criança, pois é a fase fundamental e mais importante para o desenvolvimento. Sabendo que um dos principais objetivos da escola é proporcionar a socialização por esse motivo não se deve deixar as crianças presas em salas de aula com trabalhos tradicionais sem nenhuma motivação por parte do professor, mas contudo motivar os trabalhos em grupo, a troca de ideias onde a cooperação acontece através de jogos.
É importante ressaltar que brincadeiras e jogos contribuem para o desenvolvimento da autoestima da criança podendo ser início para se trabalhar ludicidade e também investigar como a criança vivencia atividades lúdicas na salsa de aula, no contexto familiar, além de analisar se a criança consegue aprender um conhecimento mais rápido através das atividades lúdicas.
A aprendizagem através do lúdico, a função dos jogos e brincadeiras e suas contribuições para o ensino na Educação Infantil e muito importante no cotidiano escolar onde o papel do professor frente a ludicidade se faz relevante na medida em que o mesmo possa oferecer as crianças interação, aprendizagem e possibilidades. A brincadeira é uma rica fonte de comunicação, o jogo é uma maneira e as crianças interagirem entre si.
2 Revisão bibliográfica
Atualmente as atividades lúdicas são usadas por toda sociedade, porém antes do século XVI essas atividades não eram vistas, logo porque a criança não era valorizada, a tinham como adulto em miniatura. Sobre isso ÁRIES(1978) enfoca que no século XVII a arte medieval não conhecia a infância, pelo fato que não existia lugar para a criança naquele período. As crianças não tinham sua própria identidade e tudo que faziam eram viver a vida de um adulto, não existiam brinquedos e nem brincadeiras a elas atribuidas. No catolicismo as atividades lúdicas eram consideradas ociosas e geradoras de desvios.
Também no período revolução industrial as brincadeiras eram tidas como algo banal, mesmo porque não se tinham tempo para as brincadeiras, pois o trabalho era incessante, para as pessoas desse período o lazer, as atividades lúdicas eram uma fonte de pecado e perda de salvação. Daí se percebe a visão do ser humano na antiguidade, em relação a ludicidade.
Porém com o passar dos anos essa visão foi mudando, nasce um sentimento de infância a preocupação com o pudor e o cuidado em não corromper a “inocência infantil”, como salienta Aranha(1996 p.60). E nessa mudança os jogos e as brincadeiras passam a fazer parte do cotidiano infantil. E no que se refere as atividades lúdicas no enfoque educacional ainda não faz jus a sua real finalidade.
Porém a partir da antiguidade, os educadores começaram a trabalhar com as atividades lúdicas, no entanto, apenas na recreação, pois viam no brinquedo, um objeto educativo. Na Grécia antiga essas atividades eram usadas pelos filósofos gregos para ajudar os seus aprendizes em suas tarefas diárias, diante disso pode-se perceber que com o lúdico é uma ferramenta importante na educação, no que se refere a criatividade que cada criança apresenta quando brinca, o lúdico proporciona ao educando sentimento de satisfação, prazer e ajuda no desenvolvimento do seu interior, na memorização dos fatos, em testes cognitivos. Também é essencial para a saúde física e mental, e fundamental para sociedade e na família.
As atividades lúdicas vêm sendo usado por muitos educadores como uma forma de atividade educacional, na melhoria do ensino e aprendizagem, mas qual o real significado desta palavra que ainda hoje existe pessoas que não a conhecem? De acordo com Johan Huizinga(2000,p.33) o jogo é: uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, seguindo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana.
Diante dessa definição é percebido que o jogo é de livre escolha, podendo ser usado por adultos e crianças, mas com regras a serem seguidas, crianças com jogos infantis e adultos com jogos que a seja atribuído e sendo usados por ambos como uma fuga da realidade temporariamente, porém que traz prazer a quem joga, no entanto o jogador deve ter certos limites, não devendo usá-los de maneira inadequada. Sobre este assunto, Nóvoa(1991) afirma que não é possível construir um conhecimento pedagógico para além dos professores, isto é, que ignore as dimensões pessoais e profissionais do trabalho docente. Mas isso não quer dizer que o educador seja o único responsável pelas ações educativas, no entanto é um dos responsáveis pelo sucesso da ação. Neste sentido Kishimoto (2008) defende a ideia de que a brincadeira é o lúdico em ação, que a brincadeira deixa de ser coisa de criança e passa a se constituir em coisa séria, digna de fazer parte dos recursos didáticos. E é nesse ponto que a escola entra como bojo, como alicerce, para a realização da ludicidade,de forma que não seja nem apenas o brincar em ação, mas passe a ser uma diretriz para a transformação do ato de brincar.
O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantindo se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso a diante (ALMEIDA, 2000.p.63).
À medida que o brinquedo se desenvolve, observamos um movimento em direção a realização consciente de seu propósito. É necessário conceber o brinquedo como atividade, com propósitos que direciona as ações da criança.
Para Vygotsky (1991) o ensino sistemático não é o único fator responsável por alargar os horizontes da zona de desenvolvimento proximal. Ele considera o brinquedo a importante fonte de promoção de desenvolvimento, pela qual podemos reconhecer o valor do brincar nas atividades educativas da criança, pois i brinquedo, apesar de não ser o aspecto predominante na infância, exerce enorme influência no desenvolvimento infantil.
Vygotsky, ao empregar o termo brinquedo, num sentido amplo, refere principalmente a atividade ao ato de brincar. No entanto, é necessário ressaltar também que embora ele analise o desenvolvimento do brinquedo e mencione outras modalidades, procura evidencia o jogo de papéis ou a brincadeiras do faz de conta, por exemplo, a amarelinha, brincadeira muito antiga, faz parte do folclore, essa brincadeira estimula o equilíbrio, agilidade, socialização, que poderá brincar com uma ou mais crianças. Tal fato explica a importância dessas brincadeiras nas crianças que aprendem a falar e que já são capazes de representar simbolicamente, envolvendo-se numa situação imaginária.
Kishimoto (1999) observa a importância do jogo na educação infantil em sua pesquisa, procura discutir o significado atual do jogo na educação, sua função lúdica e pedagógica.
Faz uma abordagem histórica dá a construção do termo jogo educativo, demonstrando suas benéficas aplicações nos brinquedos e nas brincadeiras, desde Roma e a Grécia antigas.
Kishimoto (1999) ressalta que os jogos foram transmitidos de geração em geração por meio de sua prática, permanecendo na memória infantil. E que a tradicionalidade e a universidade dos jogos são observadas fato de que os povos, distintos e antigos, com os da Grécia e Oriente, brincaram de amarelinha, empinar papagaio e jogar pedrinhas. O jogo tradicional infantil é um tipo livre, espontâneo, no qual acriança brinca pelo prazer de fazê-lo.
Evidencia também os jogos tradicionais infantis, marginalizados em decorrência do acelerado processo de industrialização e urbanização.
Kishimoto (1999) apresenta que as concepções froebelianas de educação, homem e sociedade estão intimamente vinculadas ao brincar.
Brincar faz parte da vida e ao oferecermos a criança a possibilidade de brincar, reflete muito mais do que o ato em si mesmo, visível aos olhos, estendemos uma perspectiva de vida melhor. Estendemos a essa criança um desenvolvimento natural e eficiente, uma socialização decorrente de tão somente brincar e ainda mais, a possibilidades de reconhecer como ser, de expressar e concretizar criatividade seus desejos, necessidade e fantasias na criança pequena.
O brincar é uma experiência fundamental para qualquer idade, especialmente para as crianças com idade entre três e quatro anos de idade, que brincam para viver, interagem com o real, descobrem o mundo que as envolve organizam-se e se socializam. Dessa forma o brincar e o brinquedo já não mais, na escola e na creche aquelas atividades utilizadas pelo professor para recrear as crianças, como uma atividade em si mesma.
Quanto mais rica for experiência vivida pela criança, maior é o material disponível e acessível a sua imaginação. Assim há necessidade de o professor ampliar, significamente, as vivências da criança com o ambiente físico, com brinquedos, brincadeiras e com outras crianças.
Durante a infância, o desenvolvimento físico/motor não pode ser ignorado. Então, no ambiente escolar o educador deve se conscientizar de que por meio de muitas atividades lúdicas as crianças podem adquirir mobilidade corporal de modo orientado, calculado, podendo assim movimentar-se em diferentes espaços tendo como orientador espacial o próprio corpo. Em trabalho de campo constatamos que brincadeiras como pular corda, andar em linhas demarcadas com giz, imitar os movimentos de animais como sapo, coelho, pular com um pé só, pintar, desenhar, rasgar papéis, satisfazem os anseios dos alunos e auxiliam o desenvolvimento motor com maior satisfação.
É importante criar uma parceria entre família e criança a fim de explicitar os benefícios do ato de brincar na educação infantil, visto que além de deixar as crianças mais alegres, possibilita o desenvolvimento de habilidades físicas, motoras, cognitivas, etc. Ocorre que quando as crianças têm essa estimulação na escola e no contexto familiar, os benefícios tem um valor muito maior.
Foi refletindo acerca dessa realidade que é vivida não só no Brasil, mas em toda América, que devemos considerar necessário resgatar o brincar como elemento essencial para o desenvolvimento integral da criança em sua criatividade, aprendizagem, socialização, enfim, em todos os ambientes e circunstancias de sua vida, no lar, na vizinhança, na escola e na comunidade.
Hoje o tempo das crianças é habitualmente saturado por deveres e afazeres, restando muito pouco para as atividades lúdico criativas. Assim, diminuem as possibilidades de a criança descobrir sua própria maneira de ser, construir, sua afetividade e fazer suas próprias descobertas por meio da brincadeira. O lúdico facilita a aprendizagem da criança, mas o professor precisa conhecer as maneiras de aplicá-lo, pois se não procurar compreender a ludicidade seu trabalho não terá rendimentos.
Acredita-se, que para conhecer e entender os problemas que interferem na aprendizagem dos alunos; o professor deve ter uma busca constante. Para isso, ele deve refletir sobre sua prática pedagógica e sala de aula. Este aprender a refletir, está relacionado com sua formação, com sua preocupação em estar atualizado, em procurar novas metodologias em querer inovar, fazer diferente.
No mundo infantil o espaço lúdico é essencial o período em que estamos na sala de aula precisa ser mágico e nesse momento onde conseguimos criar o encantamento necessário para que a criança se sinta apaixonada pelo instante em que vive na escola estamos proporcionando um ambiente afetuoso necessário para envolvê-la. Piaget afirma que o desenvolvimento da inteligência está voltado para o equilíbrio.
Na infância as brincadeiras e os jogos utilizados no contexto escolar devem produzir satisfação, subtraindo assim as atividades sofríveis, maçantes e repetidas que muitas vezes os alunos são submetidos a fazê-las, antes mesmo de aperfeiçoar seus movimentos motores.
O lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, que merecem atenção por parte de todos os educadores. Cada criança é um ser único, com anseios, experiências e dificuldades diferentes. Portanto nem sempre um método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia.
As crianças aprendem com maior eficácia a partir do momento que elas sentem prazer em aprender. Nesse sentido espera-se que os educadores reflitam e reconheçam a importância que as atividades têm em assegurar a eficácia no processo ensino aprendizagem.
Segundo Craidy e Kaercher (2001) Vygotsky relata novamente que quando uma criança coloca várias cadeiras uma através da outra e diz que é um trem, percebe-se que ela já é capaz de simbolizar, esta capacidade representa um passo importante para o desenvolvimento do pensamento da criança. Brincando, a criança exercita suas potencialidades e se desenvolve, pois há todo um desafio, contido nas situações lúdicas, que provoca o pensamento e leva as crianças a alcançarem níveis de desenvolvimento que só as ações por motivações essenciais conseguem. Elaspassam a agir e esforçar-se sem sentir cansaço, não ficam estressadas porque estão livres de cobranças, avançam, ousam, descobrem, realizam com alegria, sentindo-se mais capazes, portanto, mais confiantes em si mesmas e predispostas a aprender.
Na prática pedagógica, o lúdico modifica o ambiente à medida que o relacionamento professor/aluno ganha vida e produz conhecimento. As crianças na educação infantil descobrem que tem muito a aprender sobre ela e tudo que a cerca e que tem o professor como um aliado nessa construção que faz sentir cada vez mais entusiasmada em aprender brincando e brincar aprendendo. Duas ações que juntas tornam o ambiente escolar um lugar diferente e ao mesmo tempo surpreendente. A construção do saber trabalhado de modo lúdico confere um novo olhar político educacional no direcionamento na educação infantil por um profissional.
O tempo de aprender não se mensura pela idade, mais pelo interesse que tal objeto lhe atrai. É por isso que na sala de aula o professor deve ter entusiasmo no ato de coordenar as atividades propostas aos alunos fomentando a participação, curiosidade, enfim de gerar na criança a motivação para uma construção sólida do conhecimento de suas potencialidades efetivas, física e cognitiva como fruto das experiencias vividas pelas crianças em atos individuais ou sociais o (RCNEI, 1998).
Na educação de modo geral, e principalmente na educação infantil o brincar é um potente veículo de aprendizagem experiencial, visto que permite através do lúdico, vivenciar as aprendizagens como processo social. A proposta do lúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo. O lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido. Assim, Goês (2008, p.37), afirma ainda que:
(…) a atividade lúdica, o jogo, o brinquedo, a brincadeira, precisam ser melhorado, compreendidos e encontrar maior espaço para ser entendido como educação. Na medida em que os professores compreendem toda sua capacidade potencial de contribuir no desenvolvimento infantil, grandes mudanças irão acontecer na educação e nos sujeitos que estão inseridos nesse processo.
(…) a essência do bom professor está na habilidade de planejar metas para aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar sua rota quando necessário. Talvez os bons professores sejam os que respeitam as crianças e por isso levam qualidade lúdica para sua prática pedagógica. Gonzaga (2009, p.39).
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p.23, v.01):
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis interpessoal de ser e estar com outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança e o acesso pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
Educar não se limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mais ajudar a criança a tomar consciência de si mesma e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher caminhos. Educar é acima de tudo a inter-relação entre os sentimentos, os afetos, e a construção do conhecimento. Segundo este processo educativo, a afetividade ganha destaque, pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar o raciocínio do aluno. E muitos educadores têm a concepção que se aprende através da repetição, não tendo criatividade e nem vontade de tornar a aula mais alegre.
A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem. O afeto pode ser uma maneira eficaz de aproximar o sujeito e a ludicidade, em parceria com o professor/aluno, ajuda a enriquecer o processo de ensino aprendizagem. E quando o educador da ênfase as metodologias que alicerçam as atividades lúdicas, percebe-se um maior encantamento do aluno, pois se aprende brincando. Assim a ludicidade tem conquistado um espaço na educação infantil. O brinquedo é a essência da infância e permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção de conhecimento da criança. Ela estabelece com o brinquedo uma relação natural e consegue extravasar suas angustias e entusiasmos, suas alegrias e tristezas, suas agressividades e passividades.
O processo de ensino aprendizagem na escola deve ser construído então tomando como ponto de partida o conhecimento e desenvolvimento real da criança num dado momento e com sua relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola supostamente adequados a faixa etária do conhecimento e habilidades de cada um
A partir da leitura desses autores podemos verificar que a ludicidade, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos são meios que a criança utiliza para se relacionar com o ambiente físico e social de onde vive, despertando sua curiosidade e ampliando seus conhecimentos e suas habilidades, nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo, e assim temos os fundamentos teóricos para deduzirmos a importância que deve ser dada a experiência na educação infantil.
Na formação de profissionais da educação infantil deveriam estar presentes disciplinas de caráter lúdico, pois a formação do educador resultará na sua prática em sala de aula. Essas disciplinas ajudarão na formação e preparação dos educadores para trabalharem com as crianças
O educador é o mediador entre conhecimento e saber da criança, um organizador de tempo e das atividades propostas em sala. É a partir dessa mediação que a criança passa por seu processo de construção do conhecimento, então este educador tem que ter competência técnica para fazê-la. Além de desenvolver algumas capacidades, tais como, imitação, memória, imaginação entre outros aspectos relevantes.
Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar as crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis objetos e companheiros com quem brincam ou os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociáveis.
Diante de tal objetivo os jogos escolhidos pelos educadores precisam ser estudados intimamente analisados rigorosamente para serem de fato eficientes, porque os jogos que não são testados e pesquisados não terão seu exato valor, tronando-se ineficaz. O professor pode criar seus próprios jogos, a partir de materiais disponíveis na instituição em que leciona ou até mesmo em sala de aula, porém precisa atentar para a forma de como serão trabalhados, não esquecendo os objetivos e o conteúdo a ser desenvolvido. O professor precisa ter muita força de vontade e criatividade para construir um jogo onde irá fazer a diferença em sala de aula.
Infelizmente ainda há muitas escolas que tratam as crianças da educação infantil como adultos em miniatura. Não valorizam a fantasia e as atividades motoras próprias dessa etapa da vida que é a infância. A ideia de ludicidade nessas escolas está intimamente ligada a instrumentalização apenas, pois o processo ensino aprendizagem baseado numa metodologia tradicional contribui para o desenvolvimento da consciência bancária, assim denominada por Paulo Freire (1983, p.38) que consiste em: O educando recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito do educador. Educa-se para arquivar o que se deposita. Mas o curioso é que o arquivado é o próprio homem, que perde assim seu poder de criar, se faz menos homem, é uma peça. O educador consciente de seu compromisso social e que trabalha numa escola cujas concepções de ensino priorizada é a emancipatória, planejará situações lúdicas em que a criança vivenciará experiências de construção e reconstrução de saberes existentes no seu mundo real, além se significativas interaçõessociais.
É essencial que o professor não confunda o lúdico com passatempo, pois conforme menciona Freire (1997), isso equivale a camuflar o problema e não ter coragem de lidar com ele. Do ponto de vista educacional seria como dar água a quem não tem sede. Brincar é muito mais que isso.
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1Tema e a linha de pesquisa
O meu projeto de ensino abordará sobre a ludicidade na educação infantil, considero a ideia de fundamental importância pois trata-se de assuntos relacionados ao meu curso, e está relacionado as disciplinas estudadas por mim, sendo assim o meu crescimento profissional será de muito valor onde refletirei sobre o assunto abordado no projeto e aplicarei seguindo as orientações aqui apresentadas.
3.2 Justificativa
Escolhi o tema ludicidade pelo fato de gostar de trabalhar com crianças menores e pela importância do trabalho de socialização que deve ser feito com elas pois hoje em dia o convívio social começa dentro da escola e que são fatores primordiais para se formar um cidadão consciente e formador de opiniões. Os jogos em grupos ajudam muito a criança se relacionar com as pessoas e entender o direito igual para todos na sociedade.
3.3 Problematização
O meu interesse sobre a pesquisa ludicidade surgiu quando eu já trabalhava em uma creche como estagiária, observando que alguns educadores não se interessavam com este tipo de trabalho com as crianças e não utilizavam os brinquedos nem os jogos, vi o quanto as crianças se interessavam em fazer uma aula diferente, vi que o teórico não condiz com a realidade daquela creche.
3.4 Objetivos
· Incentivar o convívio social
· Incentivar o trabalho em grupo
· Buscar o direito da criança em brincar
· Explorar o trabalho com jogos pedagógicos, que estimulem o raciocínio lógico
· Capacidade de concentração
· Criatividade, memória, e inteligência da criança
· Identificar através dos jogos os níveis de dificuldade de cada criança
3.5 Conteúdos
Língua Portuguesa, matemática, ciências, geografia, história e artes.
3.6 Processo de desenvolvimento
Utilizarei cadeiras, cds, anel cartaz com figuras.
DANÇA DAS CADEIRAS: crianças acima de quatro anos pode brincar, pode ser feito no pátio ou em sala de aula, onde trabalhará estímulo, atenção, concentração, movimento e ritmo, no máximo seis crianças.
COMO BRINCAR: coloque as cadeiras em círculo sendo o número de cadeiras menos do que o de participantes. Coloque uma música para tocar onde todos os jogadores dancem ao redor. Quando a música parar, cada um deve tentar ocupar um acento. A criança que não conseguir sentar deve sair do jogo tirando uma cadeira. O vencedor será aquele que conseguir sentar na última cadeira.
PASSA ANEL: crianças acima de seis anos, pode ser em sala de aula ou pátio, onde estimulará a criatividade, atenção e imaginação.
COMO BRINCAR: antes da brincadeira começar, um dos participantes é escolhido para passar o anel. O restante do grupo forma um a fila e todos com as mãos unidas e entreabertas, como uma concha. O participante escolhido ficará com o anel dentro da mão e com o mesmo posicionamento do grupo , ele deve passar a mão dele por dentro da mão de cada participante, em um determinado momento ele escolhe um dos jogadores e deixa o anel cair nas mãos dele sem que o resto do grupo perceba, depois ele deve passar pelo menos mais uma vez pela fila inteira novamente para que ninguém desconfie onde está o anel, depois disso ele deverá escolher outro participante que não esteja com o anel, e este deverá adivinhar onde está o anel, se errar será eliminado do jogo e chamará outro participante do mesmo modo até acertar.
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COM CARTAZ: acima de quatro anos, pode ser em sala de aula ou pátio, estimulará a imaginação, curiosidade e atenção.
COMO BRINCAR: o educador colocará as crianças sentadas no chão em círculos, e ele dentro começando a contar a história, sendo que ao mesmo tempo usará muito a expressão facial e vocal a criatividade ficará por conta do educador, ao mesmo tempo mostrando o cartaz com figuras sobre a história, a cada trecho contado levantará o cartaz onde condiz com cada trecho e fará perguntas dentro das figuras mostradas, isso ajudará muito o educador no processo pedagógico em questão de memorização no texto trabalhado e também interpretação de leitura.
3.7 Tempo para a realização do projeto
O tempo gasto seria durante todo ano letivo pois será um projeto contínuo e favoráveis em todas as aulas, dependendo da faixa etária. Cada brincadeira citada acima usará uma aula, dependendo até mais.
3.8 Recursos humanos e materiais
Usei diversas pesquisas e acervos da internet, planos de aula usados durante meu estágio, materiais utilizados foram da própria escola, e outros adquiridos com recursos próprios.
3.9 Avaliação
Avaliarei através da observação dos níveis de aprendizagem dos alunos e linha de dificuldade de cada um, buscando formas de melhor método de ensino.
4 Considerações finais
Muitos autores foram destacados neste trabalho, comprovando que os jogos e brincadeiras fazem parte o processo de formação do ser humano. Tal evidencia justifica as raízes da atividade lúdica e sua consciência no trabalho de alfabetização da criança. Pois se trata de uma atividade necessária, já que permite que a criança expresse seus sentimentos, sejam eles positivos ou negativos.
Deste modo, acredita-se que a utilização de jogos na alfabetização possa vir a melhorar a forma de ensinar e aprender. Assim, o jogo compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior espaço para ser entendido como instrumento de alfabetização na medida em que os professores compreendem melhor toda sua capacidade potencial de contribuir para o desenvolvimento da criança.
Não basta levar o jogo para sala de aula, sem ter conhecimentos pérvios sobre como aplicá-los, ou seja, com seu devido planejamento voltado para a realidade do aluno, objetivos propostos, critérios avaliativos, pós, durante ou após a atividade. Só assim, a atividade lúdica poderá trazer resultados positivos, tanto para o professor, quanto para os demais profissionais da instituição.
REFERÊNCIAS
 http://www.uff.br/?q=projeto-de-iniciacao-docencia-em-escola-publica-revela-possibilidade-do-ensino-da-quimica-por-meio
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/desafios-entre-a-teoria-e-a-pratica-na-educacao-infantil/20611
https://www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/ludico.pdf
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/jogos-brincadeiras-na-construcao-das-aprendizagens-crianca.htm
http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos-cientificos/jogos-e-brincadeiras-no-processo-de-ensino-aprendizagem-na-educacao-infantil 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
evelyn caroline heinzen 
projeto de ensino
Ludicidade na educação infantil
Rio Negro
2020
evelyn caroline heinzen
projeto de ensino
ludicidade na educação infantil
Trabalho de Interdisciplinar Individual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito de título
Orientador: Prof. Natália Gomes dos Santos
Rio Negro
2020

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