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Apostila 1500 questões IF

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PLANEJAMENTO 
 DE 
ESTUDOS 
(PIE) 
 
 
 1.500 QUESTÕES 
 
1 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 LÍNGUA PORTUGUESA 4 
Língua Portuguesa – 4 
Gabarito 32 
Língua Portuguesa 33 
Gabarito 70 
Língua Portuguesa – 71 
Gabarito 114 
Língua Portuguesa – 115 
Gabarito 152 
Língua Portuguesa – 153 
Gabarito 180 
Língua Portuguesa – 181 
Gabarito 208 
Língua Portuguesa – 209 
Gabarito 236 
Língua Portuguesa – 236 
Gabarito 265 
Língua Portuguesa – 266 
Gabarito 284 
Língua Portuguesa – 285 
Gabarito 325 
Língua Portuguesa – 326 
Gabarito 357 
Língua Portuguesa – 358 
Gabarito 388 
Legislação – 389 
Gabarito 403 
Legislação – 404 
Gabarito 419 
Legislação – 420 
Gabarito 433 
Legislação – 433 
Gabarito 446 
Legislação – 447 
Gabarito 461 
Legislação – 462 
Gabarito 473 
Legislação – 473 
Gabarito 483 
Legislação – 484 
Gabarito 495 
Legislação – 495 
Gabarito 506 
Legislação – 507 
Gabarito 517 
Legislação – 518 
Gabarito 529 
Legislação – 530 
Gabarito 540 
Informática – 540 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito 551 
Informática – 551 
Gabarito 564 
Informática – 565 
Gabarito 577 
Informática – 578 
Gabarito 589 
Informática – 590 
Gabarito 597 
Informática – 598 
Gabarito 607 
4 
 
 
 
1 LÍNGUA PORTUGUESA 
 
1.Tipologia textual; 
2.Interpretação de texto; 
3.Níveis de Linguagem; 
4.Tipos de discurso; 
5.Sinonímia e antonímia; 
6.Homonímia e paronímia; 
7.Polissemia; 
8.Denotação e conotação; 
9.Ambiguidade; 
10. Pressupostos e subentendidos; 
11. Figuras de linguagem; 
12. Classes de palavras e suas especificidades; 
13. Concordância verbal e nominal; 
14. Regência verbal e nominal; 
15. Crase; 
16. Ortografia; 
17. Acentuação; 
18. Pontuação; 
19. Paralelismo sintático e semântico; 
20. Coesão e Coerência. 
 
 
A disciplina de Língua Portuguesa está dividida 
em 12 dias, contendo 600 questões assim 
distribuídas: 
 
Língua Portuguesa – Dia 01/12 
 
2.Interpretação de texto; 
3.Níveis de Linguagem; 
10. Pressupostos e subentendidos; 
 
Questão 1: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL DF/Agente 
de Polícia Legislativa/2018 
 
O domínio das técnicas de produção de alimento foi 
determinante para que os seres humanos 
construíssem a base da civilização. A passagem do 
extrativismo para a agricultura e a mudança da caça 
para a domesticação de animais foram elementos 
centrais para que seres humanos se juntassem em 
grupos. Embora as evidências arqueológicas sejam 
menos precisas à medida que retrocedemos no 
tempo, é provável que os primitivos ajuntamentos do 
Paleolítico Superior já tivessem organização 
suficiente para deleitar o espírito do ser humano com 
a produção de artes. As cavernas desse período 
mostram que as pinturas das paredes exibem notável 
coincidência com as áreas de maior ressonância 
sonora, fazendo supor que esses espaços eram 
utilizados para o exercício do belo, algo muito mais 
sublime do que o ofício de sobreviver naqueles 
tempos tão duros. Uma hipótese é que o canto tenha 
precedido a fala, assim como a pintura tenha 
antecedido a escrita, o que demonstraria que, de 
alguma maneira, os seres humanos foram 
programados para as artes. Aparentemente, nosso 
genoma reage diante de estímulos estéticos desde 
tempos imemoriais: quando exposto ao belo, nosso 
encéfalo aumenta a atividade de áreas específicas 
relacionadas ao controle do estresse. Não é sem 
motivo que os hospitais estão cada vez mais verdes 
e incorporam expressões artísticas em suas 
dependências. 
 
(Adaptado de: SALDIVA, Paulo. Vida Urbana e 
Saúde: os desafios dos habitantes das metrópoles. 
São Paulo: Contexto, 2018, edição digital) 
 
Considere as afirmações abaixo. 
 
I. Pesquisadores acreditam que, no transcorrer da 
história humana, o canto tenha se manifestado antes 
do desenvolvimento da fala. 
 
II. O segmento sublinhado em A passagem do 
extrativismo para a agricultura expressa noção de 
finalidade. 
 
III. Mantendo-se as relações de sentido, o elemento 
sublinhado em quando exposto ao belo, nosso 
encéfalo aumenta a atividade de áreas específicas 
relacionadas ao controle do estresse pode ser 
substituído por “sempre que”. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
a) III. 
b) I e II. 
c) II. 
d) II e III. 
e) I e III. 
 
Questão 2: FCC - Estag 
(SABESP)/SABESP/Ensino Médio Regular/2018 
 
Casos de malária crescem 50% e põem Região 
Norte do país em alerta 
 
Depois de sete anos de queda, o número de casos 
de malária avançou 50% no último ano e tem gerado 
alerta na região Norte e em alguns outros estados do 
país. 
 
Dados contabilizados pelo Ministério da Saúde e 
obtidos pela Folha apontam 194 mil registros em 
todo o ano de 2017 − um aumento de 50% em 
relação ao ano anterior. Em 2016, para efeito de 
comparação, o país chegou a alcançar o menor 
número de casos já registrado nos últimos 37 anos: 
129 mil. 
5 
 
 
 
Em 2017, dados de janeiro, ainda preliminares, 
apontam que o avanço continua: são 17 mil 
confirmações. Desse total, 99% são em estados da 
região amazônica, que é endêmica para a doença, 
em especial Amazonas, Acre e Pará. O número de 
mortes ainda não foi atualizado. Foram 11, de janeiro 
a maio de 2017, o que não permite comparações com 
todo o ano de 2016. 
 
A doença, causada por protozoários transmitidos 
pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre 
em regiões rurais e acomete principalmente 
populações mais vulneráveis, em locais com más 
condições de saneamento e invasões em áreas de 
mata, por exemplo. Entre os registros, também 
cresceram casos de malária falciparum, nome dado 
à forma da doença causada pelo 
protozoário Plasmodium Falciparum,que é mais 
grave. 
 
(Adaptado de: CANCIAN, Natália. Disponível em: 
www.folha.uol.com.br) 
 
Pode-se deduzir da leitura do texto: 
 
a) Se providências mais eficazes não forem tomadas 
para o combate à malária, muitas pessoas podem 
ainda ser infectadas e morrer. 
b) Como a doença ataca mais as populações rurais, 
não há perigo de que ela se espalhe para as regiões 
urbanas e mais pessoas venham a morrer. 
c) O principal problema da doença é o fato de ela 
ser causada também por um protozoário mais 
perigoso, o Plasmodium Falciparum. 
d) A região amazônica é endêmica para a doença, 
mas o maior número de mortes e de infecções ocorre 
em outros estados. 
e) Não adianta o governo investir contra a doença, 
porque ela é causada pela fêmea de um tipo de 
mosquito que não pode ser combatido por 
inseticidas. 
 
Questão 3: FCC - Tec Leg 
(ALESE)/ALESE/Taquigrafia/2018 
 
Minha história começa numa ilha com pouco mais de 
duzentos habitantes, na baía de Todos os Santos. 
Uma fração de Brasil praticamente secreta, ignorada 
pelas modernidades e pelos mapas: nem o (quase) 
infalível Google Maps consegue encontrá-la. É nessa 
terra minúscula, a Ilha do Paty, que estão minhas 
raízes. O lugar é um distrito de São Francisco do 
Conde - município a 72 quilômetros de Salvador, 
próximo a Santo Amaro e conhecido por sua atual 
importância na indústria do petróleo. Na ilha, as 
principais fontes de renda ainda são a pesca, o 
roçado e ser funcionário da prefeitura. 
No Paty, sapatos são muitas vezes acessórios 
dispensáveis. Para atravessar de um lado para o 
outro na maré de águas verdes, o transporte oficial é 
a canoa, apesar de já existirem um ou outro barco, 
cedidos pela prefeitura. Ponte? Nem pensar, dizem 
os moradores, em coro. Quando alguém está no 
“porto" e quer chegar até o Paty, só precisa gritar: 
“Tomaquê!". 
 
Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba 
o que quer dizer “tomaquê". É uma redução, como 
“oxente", que quer dizer “O que é isso, minha gente". 
Ou “Ó paí, ó", que é “Olhe pra isso, olhe”. Ou seja, é 
simplesmente “Me tome aqui, do outro lado da 
margem". É muito mais gostoso gritar “Tomaquê!". 
 
Assim, algum voluntário pega sua canoa e cruza, a 
remo, um quilômetro nas águas verdes e calmas. 
Entre os dois pontos da travessia se gastam uns 
quarenta minutos. Essa carona carrega, na verdade, 
um misto de generosidade e curiosidade. Num lugar 
daquele tamanho, qualquer visita vira assunto, e é 
justamente o remador quem transporta a novidade. 
 
(Adaptado de: RAMOS, Lázaro. Na minha pele. Rio 
de Janeiro: Objetiva, 2017, p. 16-17) 
 
Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba 
o que quer dizer “tomaquê". É uma redução, como 
“oxente", que quer dizer “O que é isso, minha gente". 
Ou “Ó paí, ó", que é “Olhe para isso, olhe". Ou seja, 
é simplesmente “Me tome aqui, do outro lado da 
margem". É muito mais gostoso gritar “Tomaquê!". 
 
Considerado o fragmento, em seu contexto, nota-se 
que o autor 
 
a) opera com uma escala em que “oxente" e “Ó paí, 
ó" são supostamente mais bem conhecidos pelo 
leitor e, por isso, usa essas expressões para 
sustentar uma analogia. 
b) reconhece que as expressões citadas têm uso 
restrito à região do Paty, razão pela qual explica 
pormenorizadamente o processo de formação e o 
significado de cada uma delas. 
c) tem consciência de que os elementos que analisa 
são três substantivos abstratos, marcando esse fato 
na ortografia e no uso de aspas. 
d) assume que as expressões regionais pertençam 
à linguagem popular e informal, mantendo-se 
estritamente nesse registro ao propor equivalências 
de significado. 
e) mostra que cada sílaba de “oxente", “Ó paí", ó e 
Tomaquê corresponde a uma específica palavra 
dessas expressões da linguagem corrente no Brasil. 
 
Questão 4: FCC - Ass Adm (SEAD AP)/SEAD 
AP/2018 
6 
 
 
 
Contar histórias é o antecedente remoto da literatura, 
da história, das religiões e talvez, indiretamente, a 
locomotiva do progresso. A oralidade contribuiu de 
maneira decisiva para impulsionar a civilização da 
época das pinturas rupestres até a viagem dos 
homens às estrelas. Oralidade quer dizer pré- 
literatura, aquela que existia apenas graças à voz 
humana, antes que aparecesse a escrita. 
 
Os contos, as histórias inventadas, davam mais vida 
aos nossos ancestrais, tiravam homens e mulheres 
das prisões asfixiantes que eram suas vidas e os 
faziam viajar pelo espaço e pelo tempo e viver as 
vidas que não tinham nem nunca teriam em sua 
miúda e sucinta realidade. Sairmos de nós mesmos, 
sermos outros, graças à fantasia, nos entretém e 
enriquece. Mas, além disso, nos ensina como é 
pequeno o mundo real comparado com os mundos 
que somos capazes de fantasiar, e deste modo nos 
incita a agir para transformar nossos sonhos em 
realidade. O progresso nasceu assim, da insatisfação 
e do mal-estar com o mundo real que inspirava nos 
humanos a mesma ficção que os deleitava. 
 
As histórias que inventamos constituem a vida 
secreta de todas as sociedades, aquela dimensão da 
existência que, embora nunca tenha tido chance de 
se realizar, foi de alguma forma vivida pelos seres 
humanos, na incerta realidade dos desejos, 
fantasias, pesadelos e invenções, de toda essa 
projeção da vida que não tivemos e por isso devemos 
inventá-la. Ela existiu sempre na memória das 
gentes, mas só a escrita a fixou e lhe deu 
permanência, muitos séculos depois de que 
nascesse, ao redor das fogueiras, quando nossos 
antepassados contavam-se histórias à noite para 
esquecer o medo do trovão, as aparições e os 
milhares de perigos que os espreitavam em qualquer 
parte. 
 
(Adaptado de VARGAS LLOSA, Mario. Disponível 
em: www.brasil.elpais.com) 
 
Considere as afirmativas abaixo. 
 
I. Depreende-se do texto que o descontentamento 
com o mundo real instiga o ser humano a imaginar 
uma vida melhor e a transformar fantasia em 
realidade. 
 
II. A atividade de contar histórias possui, entre outras, 
a função de mitigar emoções como o temor. 
 
III. A linguagem escrita sobrepuja a oral, pois, 
enquanto esta apenas desperta a imaginação para 
fins de entretenimento, aquela permite que se 
transcendam obstáculos reais por meio da invenção 
de uma vida mais aprazível. 
Está correto o que consta de 
 
a) I e III, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) I, II e III. 
e) I, apenas. 
 
Questão 5: FCC - AssT (DETRAN MA)/DETRAN 
MA/2018 
 
Percursos 
 
Não há dúvida de que uma linha reta é o caminho 
mais curto entre dois pontos. Mas ninguém pode 
afirmar que seja também o melhor, o mais indicado, 
o mais proveitoso, por ser mais alegre, mais bonito 
ou mais surpreendente. Quem caminha pelas 
cidades sabe que há trajetos e trajetos: uns para a 
pressa, outros para animar o espírito. Numa época 
em que a velocidade se tornou uma espécie de 
paradigma geral, vale a pena experimentar 
alternativas para o nosso modo de atravessar os 
espaços e o tempo. 
 
Imagino quantos motoristas presos num 
congestionamento não sonharão em abandonar o 
carro, ou quantos passageiros em deixar o ônibus, e 
sair à toa e a pé em busca de novos caminhos, 
desistindo de se submeter à ditadura do relógio e dos 
compromissos. Se ninguém faz isso, o desejo de 
libertação existe para todos. As grandes cidades, em 
vez de oferecerem espaços de circulação ou 
acolhimento, impõem-nos caminhos intransitáveis, 
paralisantes. Nosso estilo de vida levou-nos aos 
impasses urbanos que impositivamente configuram 
nossa rotina. 
 
Dizia o poeta espanhol António Machado que o 
caminho se faz caminhando, que os caminhantes é 
que traçam e qualificam seu destino. Essa convicção 
deveria inspirar não apenas os responsáveis diretos 
pelo uso mais desfrutável do espaço urbano, mas 
todos aqueles que sentem seu compromisso com os 
rumos e o andamento da civilização. 
 
(Hermínio Toledo, inédito) 
 
Representa-se uma forte contradição da vida 
moderna entre as seguintes afirmações do texto: 
 
 
a) uma linha reta é o caminho mais curto entre dois 
pontos/ ninguém pode afirmar que seja também o 
melhor 
b) Quem caminha pelas cidades sabe que há 
trajetos e trajetos / vale a pena experimentar 
alternativas 
7 
 
 
 
c) a velocidade se tornou uma espécie de 
paradigma geral / motoristas presos num 
congestionamento 
d) Nosso estilo de vida levou-nos aos impasses 
urbanos / que impositivamente configuram nossa 
rotina 
e) o desejo de libertação existe para todos/ os 
caminhantes é que traçam e qualificam seu destino 
 
Questão 6: FCC - Estag 
(SABESP)/SABESP/Ensino Médio Técnico/2018 
 
Atenção: Para responder à questão, considere o 
texto abaixo. 
 
A Bola 
 
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando 
o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do 
pai. Uma número 5, de couro. 
 
Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas 
era uma bola. 
 
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse 
“Legal!”. Depois começou a girar a bola, à procura de 
alguma coisa. 
− Como é que liga? − perguntou. 
− Como, como é que liga? Não se liga. 
− O que é que ela faz? 
− Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela. 
− O quê? 
− Controla, chuta... 
− Ah, então é uma bola. 
− Claro que é uma bola. Você pensou que fosse o 
quê? 
− Nada, não. 
 
O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a 
pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola 
nova do lado, manejando os controles de um 
videogame. Algo chamado Monster Baú, em que 
times de monstrinhos disputavam a posse de uma 
bola em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo 
tempo que tentavam se destruir mutuamente. 
 
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas 
embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do 
pé, como antigamente, e chamou o garoto. 
 
− Filho, olha. 
O garoto disse “Legal” mas não desviou os olhos da 
tela. 
 
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis 
Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de 
Janeiro, Objetiva, p. 18-19) 
 
a) frustração ao ver que o pai não tinha muita 
habilidade com a bola. 
b) entusiasmo ao ver que o presente que ganhara 
era uma bola. 
c) interesse em aprender as manobras que o pai 
fazia com a bola. 
d) curiosidade em aprender a brincar com a bola que 
ganhara. 
e) desinteresse pelo presente que acabara de 
ganhar do pai. 
 
Questão 7: FCC - TJ TRT6/TRT 
6/Administrativa/Segurança/2018 
 
O carnaval do Recife deve ao Galo da Madrugada 
sua repercussão nacional. O bloco foi num crescendo 
ano a ano e virou o espetáculo grandioso que é. Tem 
futuro promissor. Mas precisa ser encarado como um 
negócio a ser tocado cada vez mais 
profissionalmente. 
 
O potencial do carnaval do Recife para crescer 
como um “negócio” poderá ser estimulado a 
beneficiar mais a cidade, gerando incremento de 
emprego, trabalho e renda nos hotéis, restaurantes, 
lanchonetes, oficinas de madeira e ferro, shoppings, 
meios de hospedagem em residências, segurança... 
entre outros segmentos ligados à cadeia produtiva do 
evento. 
 
Para ampliar a dimensão desse carnaval, há que 
se explorar ainda mais o potencial do Recife Antigo e 
o de Olinda. Uma cidade que dispõe, a seu lado, de 
uma festa tão singular, alegre e irreverente como a 
da vizinha cidade já é por si só um produto 
comercializável e lucrativo. Nossa proposta pontual é 
fundir os dois carnavais e transformá-los na marca 
“Carnaval Recife-Olinda”. Isto vai “pegar” e 
potencializará uma maior atratividade nacional para 
a festa pernambucana. Que estado no Brasil dispõe 
de um conjunto de atrativos em uma única festa 
como o “Galo” estrondoso, o frevo, os blocos antigos, 
maracatus, bonecos gigantes, caboclinhos, tambores 
silenciosos, virgens de Olinda, escolas de samba, 
prévias tradicionais e até espaço poprock para os 
mais alternativos? 
 
Qual caminho a seguir? Primeiro, institucionalizar a 
aliança entre Olinda e Recife. Em seguida, buscar os 
patrocínios e parcerias com as associações de bares 
e restaurantes, indústrias de bebidas, empresas de 
cartões de crédito, redes sociais e sites estratégicos. 
O estímulo para se conhecer o “Carnaval Recife- 
Olinda” já deverá estar em anúncios publicitários 
nesses sites ao menos três meses antes da festa. 
Isso despertará o interesse do público de diferentes 
localidades. É este o caminho para transformar 
O garoto demonstra 
8 
 
 
 
Pernambuco num destino ainda mais procurado a 
partir de 2019. 
(Adaptado de: LIMA, Mauro Ferreira. “Carnaval do 
Recife, proposta para crescer”. Disponível em: 
www.diariodepernambuco.com.br. 17.02.2018) 
 
No terceiro parágrafo, o autor indica como um dos 
pontos fortes do carnaval de Pernambuco 
 
a) a diversidade de atrações. 
b) a cultura marcadamente erudita. 
c) a homogeneidade de tradições locais. 
d) o predomínio do estilo poprock. 
e) o fato de já ter nascido como negócio. 
 
Questão 8: FCC - TJ TRT6/TRT 
6/Administrativa/Segurança/2018 
 
O carnaval do Recife deve ao Galo da Madrugada 
sua repercussão nacional. O bloco foi num crescendo 
ano a ano e virou o espetáculo grandioso que é. Tem 
futuro promissor. Mas precisa ser encarado como um 
negócio a ser tocado cada vez mais 
profissionalmente. 
O potencial do carnaval do Recife para crescer 
como um “negócio” poderá ser estimulado a 
beneficiar mais a cidade, gerando incremento de 
emprego, trabalho e renda nos hotéis, restaurantes, 
lanchonetes, oficinas de madeira e ferro, shoppings, 
meios de hospedagem em residências, segurança... 
entre outros segmentos ligados à cadeia produtiva do 
evento. 
Para ampliar a dimensão desse carnaval, há que 
se explorar ainda mais o potencial do Recife Antigo e 
o de Olinda. Uma cidade que dispõe, a seu lado, de 
uma festa tão singular, alegre e irreverente como a 
da vizinha cidade já é por si só um produto 
comercializável e lucrativo. Nossa proposta pontual é 
fundir os dois carnavais e transformá-los na marca 
“Carnaval Recife-Olinda”. Isto vai “pegar” e 
potencializará uma maior atratividade nacional para 
a festa pernambucana. Que estado no Brasil dispõe 
de um conjunto de atrativos em uma única festa 
como o “Galo” estrondoso, o frevo, os blocos antigos, 
maracatus, bonecos gigantes, caboclinhos, tambores 
silenciosos, virgens de Olinda, escolas de samba, 
prévias tradicionais e até espaço poprock para os 
mais alternativos? 
Qual caminho a seguir? Primeiro, institucionalizar a 
aliança entre Olinda e Recife. Em seguida, buscar os 
patrocínios e parcerias com as associações de bares 
e restaurantes, indústrias de bebidas, empresas de 
cartões de crédito, redes sociais e sites estratégicos. 
O estímulo para se conhecer o “Carnaval Recife- 
Olinda” já deverá estar em anúncios publicitários 
nesses sites ao menos três meses antes da festa. 
Isso despertará o interesse do público de diferentes 
localidades. É este o caminho para transformar 
Pernambuco num destino ainda mais procurado a 
partir de 2019. 
(Adaptado de: LIMA, Mauro Ferreira. 
“Carnaval do Recife, proposta para crescer”. 
Disponível em: www.diariodepernambuco.com.br. 
17.02.2018) 
 
O autor defende a tese de que 
 
a) o potencial do Recife Antigo ainda não foi sequer 
explorado durante os festejos de carnaval. 
b) o carnaval do Recife não deve contar com o 
sucesso do Galo da Madrugada para prosperar. 
c) a oferta de emprego aumentou na cidade do 
Recife graças ao repentino sucesso de seu carnaval. 
d) Recife tem potencial de lucrar com a fusão entre 
o carnaval recifense e o carnaval de Olinda. 
e) Olinda deve ter suas festas transferidas para 
Recife, pois esta cidade tem melhor infraestrutura. 
 
Questão 9: FCC - Of Log Al (METRO SP)/METRO 
SP/2018 
 
Levante a mão quem nunca teve o azar de ser amado 
pelas razões erradas. Eis uma experiência capaz de 
produzir a angústia de quem se depara com um duplo 
de si mesmo: o espelho do olhar do outro te devolve 
uma imagem que parece sua, mas na qual você não 
se reconhece. Claro que ninguém ama com 
objetividade. O que o amante vê no ser amado é 
sempre contaminado pela fantasia. Não me refiro, 
então, à impossibilidade fundamental de 
complementaridadeentre os casais, mas aos 
encontros que se dão na base do puro mal- 
entendido. Sentir-se amado por qualidades que o 
outro imagina, mas não têm nada a ver com você, 
pode ser muito angustiante. E sedutor. Vale lembrar 
que a palavra “sedução” indica o ato de desviar 
alguém de seu caminho: “eis que chega a roda-viva 
e carrega o destino pra lá”. 
 
Pensava essas coisas de meu lugar na plateia lotada 
do Credicard Hall (que nome para um teatro, 
caramba!), onde fui ver o show de uma de minhas 
cantoras favoritas no momento: Maria Gadú. Com 
jeito de moleque, encarapitada no banquinho, de 
onde não desceu para rebolar nenhuma vez, 
composições muito pessoais que escapam ao clichê 
romântico e uma rara sofisticação musical, Maria 
Gadú parecia não se reconhecer diante do público 
que – vibrava? Não, vibrar seria compreensível. 
Delirava? Sim; mas o entusiasmo foi muito além 
disso. O público ululava desde os primeiros acordes 
de cada canção, que todos sabiam de cor, mas não 
conseguiam escutar. A energia com que aplaudiam 
mais parecia uma fúria, que a timidez da artista só 
fazia excitar mais e mais. Pareciam todos sedentos 
por uma experiência musical autêntica, promovida 
por alguém que não vendesse sensualidade barata, 
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9 
 
 
 
e ao mesmo tempo não se conformavam de não 
conseguir puxar a cantora para o terreno familiar da 
vulgaridade e do sex appeal. 
 
Mas estava espantada com a dimensão do sucesso. 
Como responderá ao apelo de um público que talvez 
esteja apaixonado por ela pelas razões erradas? 
Como não se espelhar na imagem banal de pop 
star que lhe oferecem? O que é mais difícil de 
enfrentar, na vida artística: a resistência do público 
para quem sua obra se dirige ou a fama vertiginosa 
que alavanca (ops) a carreira de alguns artistas 
iniciantes para o topo do mercado em algumas 
semanas? 
 
Ela diz ter com a música uma aliança impossível de 
desfazer. Sua intuição musical parece capaz de levá- 
la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação 
dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma 
espécie de Ivete Sangalo paulistana. O CD de estreia 
é dedicado à avó Cila. A terceira faixa é uma 
homenagem fúnebre tocante, uma toada em feitio de 
oração. Como outro grande compositor negro, 
Gilberto Gil, Gadú se mostra capaz de reverenciar a 
força de seus ancestrais. “Se queres partir, ir embora 
/ me olhe de onde estiver”, pede para a avó, contando 
com a ajuda dos orixás. Quem sabe a forte conexão 
com sua origem a proteja de se transformar em fast 
food para a voracidade dos consumidores. 
 
(Adaptado de: KEHL, Maria Rita. 18 crônicas e 
mais algumas. São Paulo: Boitempo, 2011) 
 
De acordo com o texto, 
 
a) angústia e sedução se opõem no processo de 
conquista amorosa, salvo em casos como o descrito 
no texto, em que se ama ou admira por razões 
equivocadas. 
b) sentir-se amado a partir de uma falsa imagem 
nutrida pelo outro corresponde a vender uma 
sensualidade banal. 
c) reconhecer-se na imagem que o apaixonado 
nutre, imbuído de fantasia, é o princípio do mal- 
entendido mais corriqueiro em relacionamentos. 
d) o amor que ocorre pelas razões erradas é 
correlato da amplificação expressa no segundo 
parágrafo com os termos “vibrava, “delirava”, 
“ululava”. 
e) a ausência de objetividade é fator decisivo nas 
relações amorosas e, por extensão, na definição do 
gosto musical, como prova o sentimentalismo da 
música de Maria Gadú para sua avó. 
 
Questão 10: FCC - Tec Prev (SEGEP MA)/SEGEP 
MA/2018 
 
Na guerra dos provérbios 
 
Os provérbios − pitadas de sabedoria popular − 
brigam muito entre si. Podem ser inteiramente 
contraditórios. “Cautela e caldo de galinha não fazem 
mal a ninguém”, diz um, elogiando a sábia prudência. 
Mas outro diz: “Quem não arrisca não petisca”, 
louvando a ousadia corajosa. Num dicionário de 
provérbios, a coisa mais fácil é encontrar 
disparidades de julgamento. E o que significa essa 
falta de consenso? 
 
Certamente não significa falta de sabedoria: os 
provérbios nascem de lições que ficam de 
experiências várias, vividas em sua verdade. Tudo 
está em saber o momento de aproveitá-los, de 
entender a situação a que cada um se ajusta, o 
momento em que um ganha plena validade. No 
conjunto, eles refletem situações díspares, vividas 
por personalidades distintas e em atendimento aos 
mais variados interesses. 
 
Ao longo da vida, sentimos que muita coisa tem valor 
momentâneo. Os provérbios não fogem a essa 
realidade. Com o acúmulo de experiências, situações 
parecidas podem e devem ser enfrentadas de modo 
a aproveitar a particularidade de cada circunstância. 
A prudência de um velho pode não ficar bem num 
jovem, assim como o arroubo juvenil se casa mal com 
a velhice. Os provérbios, nas diferentes idades da 
História e de cada ser humano, sabem adequar-se às 
nossas necessidades. O mais difícil é equacionar 
uma específica necessidade com o modo próprio de 
atendê-la. 
 
A cada momento cabe um provérbio justo. A nós, 
cabe uma escolha. 
 
(Ernani Frutuoso da Veiga, inédito) 
 
O título do texto ganha razão de ser ao longo dos 
argumentos do autor, e remete à ideia principal 
desenvolvida, qual seja: a de que os provérbios 
 
a) estabelecem entre si correspondências que 
reforçam uma mesma lição prática de sabedoria. 
b) contradizem-se tanto que acabam por 
impossibilitar a melhor lição que poderiam transmitir. 
c) espelham realidades distintas, razão pela qual um 
mesmo indivíduo não pode tirar deles pleno proveito. 
d) emergem de situações distintas, cabendo 
aproveitá-los segundo a particularidade de cada 
uma. 
e) nascem para ensinar a verdade que há nas 
contradições, negando-se a algum ensinamento 
direto. 
 
Questão 11: FCC - TJ TRT2/TRT 
2/Administrativa/"Sem Especialidade"/2018 
10 
 
 
 
Meditação e foco no macarrão 
 
"Sente os pés no chão", diz a instrutor a, com a voz 
serena de quem há décadas deve sentir os pés no 
chão, "sente a respiração”. 
 
"Inspira, expira", ela diz, mas o narrador dentro da 
minha cabeça fala mais alto: "Eis então que no início 
do terceiro milênio, tendo chegado à Lua e à 
engenharia genética, os seres humanos se voltavam 
ávidos a técnicas milenares de relaxamento na 
esperança de encontrar alguma paz e algum sentido 
para suas vidas simultaneamente atribuladas e 
vazias". 
 
Um lagarto, penso, jamais faria um curso de 
meditação. "Sente a pedra. A barriga na pedra. 
Relaxa a cauda. Agora sente o sol aquecendo as 
escamas. Esquece as moscas. Esquece as cobras 
rondando a toca. Inspira. Expira." Eu imagino que o 
lagarto sinta a pedra. A barriga na pedra. O prazer 
simples e ancestral de lagartear sob o sol. 
 
Se o lagarto consegue esquecer as moscas ou a 
cobra rondando a toca, já não sei. A parte mais 
interna e mais antiga do nosso cérebro é igual à dos 
répteis. É dali que vem o medo, ferramenta evolutiva 
fundamental para trazer nossos genes triunfantes e 
nossos cérebros aflitos através dos milênios até 
aquela roda, no décimo segundo andar de um prédio 
na cidade de São Paulo. 
 
Não há nada de místico na meditação. Pelo contrário. 
Meditar é aprender a estar aqui, agora. Eu acho que 
nunca estive aqui, agora. O ansioso está sempre em 
outro lugar. Sempre pré-ocupado. Às vezes acho que 
nasci meia hora atrasado e nunca recuperei esses 
trinta minutos. "Inspira. Expira". 
 
Não é um problema só meu. A revista dominical do 
"New York Times" fez uma matéria de capa ano 
passado sobre o tema. Dizia que vivemos a era da 
ansiedade. Todas as redes sociais são latifúndios 
produzindo ansiedade. Mesmo o presente mais 
palpável, como um prato fumegante de macarrão, 
nós conseguimos digitalizar e transformar em 
ansiedade. Eu preciso postar a minha selfie dando a 
primeira garfada neste macarrão, depois nem vou 
conseguir comer o resto do macarrão, ou sentir o 
gosto do macarrão, porque estarei ocupado 
conferindo quantas pessoas estão comentando a 
minha foto comendo o macarrãoque esfria, a minha 
frente. 
 
"Inspira, expira.” A voz da instrutora é tão calma e 
segura que me dá a certeza de que ela consegue 
comer o macarrão e me dá a esperança de que 
também eu, um dia, aprenderei a comer o macarrão. 
É só o que eu peço a cinco mil anos de tradição 
acumulada por monges e budas e maharishis e 
demais sábios barbudos ou imberbes do longínquo 
Oriente. "Inspira. Expira.” Foco no macarrão. 
 
(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S. Paulo. 
Disponível em: www.folha.uol.com.br) 
 
A repetição do comando “Inspira, expira” ao longo do 
texto 
 
a) simboliza o ato de concentrar-se no aqui e agora 
realizado em sua plenitude pela instrutora, ato que é 
reproduzido pelo autor quando este reflete sobre seu 
papel na sociedade do terceiro milênio. 
b) representa textualmente a dificuldade que o autor 
tem em meditar, tendo em vista que se lança a 
conjecturas a respeito da condição de ansiedade 
generalizada da sociedade atual. 
c) enfatiza o esforço do autor em seguir as 
orientações da instrutora, o qual tem o resultado 
esperado, evidente quando é invocada a sabedoria 
que sábios acumularam ao longo dos anos. 
d) explicita uma ação que inicialmente o autor 
realiza de maneira mecânica, mas que vai sendo 
cada vez mais reproduzida de modo consciente à 
medida que ele adentra um profundo estado 
meditativo. 
e) revela o tom de deboche do autor com relação à 
postura daqueles que ainda se esforçam em 
controlar sua ansiedade, já que ele deixa claro seu 
ceticismo quanto aos benefícios da meditação. 
 
Questão 12: FCC - AssT (DETRAN MA)/DETRAN 
MA/2018 
 
[Viagem sem volta] 
 
Uma das nossas contradições fundamentais é a 
gente desejar viver na cidade grande e levar no 
inconsciente a intenção de criar em torno de nós a 
aldeia natal. Sabemos que a tranquilidade e a 
solidariedade da vila são imprescindíveis à 
respiração normal do psiquismo; mesmo assim, no 
dia de cumprir nosso destino enfiamos as roupas 
melhorzinhas e partimos para a cidade, onde as 
aflições são certas, mas podem vir misturadas com 
um novo prazer, com uma alegria inédita. 
 
Movidos por essa sensualidade das experiências 
novas e desafiadoras é que trocamos a paz 
preguiçosa e angelical da nossa província pelo 
festival demoníaco da metrópole. Pensará o jovem: 
“a terra de meu pai está cansada para as batatas...” 
E é assim que tantos partem para os grandes 
centros, agravando a poluição humana e deixando 
preocupado o ministro da Agricultura. 
 
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. O mais 
11 
 
 
 
estranho dos países. São Paulo, Companhia das 
Letras, 2013, p. 104) 
 
Ao se considerar que muitos partem para a 
experiência de uma alegria inédita, enfatiza-se a 
circunstância de que 
 
a) a vida na metrópole não deixa de ser, de qualquer 
modo, um prolongamento da paz preguiçosa e 
angelical da província. 
b) o festival demoníaco que identifica o modo de 
vida na metrópole impede o desfrute de algum novo 
prazer. 
c) o prazer do novo acabará por eliminar de vez a 
suspeita de que nos grandes centros as aflições são 
certas. 
d) tal descoberta ocorre em meio a experiências 
outras, como a da poluição humana proporcionada 
pelos grandes centros. 
e) essa busca ilusória acarretará, entre outras 
consequências, prejuízos para a qualidade de vida 
nas pequenas cidades. 
 
Questão 13: FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE 
AM/Assistente Técnico Administrativo/2018 
 
A questão baseia no texto apresentado abaixo. 
 
Crônica de gente pouco importante: Manaus, século 
XIX 
 
Sei que vocês nunca ouviram falar de Apolinária. 
Nem poderiam. Ela faz parte de um conjunto de 
pessoas que jamais usufruíram de notoriedade. 
Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, 
cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto 
de Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico 
de escravos se tornou ilegal como parte de um 
conjunto de acordos internacionais, os africanos 
livres eram os indivíduos que compunham a carga 
dos navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 
1831, se a apreensão ocorresse em águas 
brasileiras, eles ficavam sob tutela estatal e deviam 
prestar serviços ao Estado ou a particulares por 14 
anos até sua emancipação. Com isso, os africanos 
livres chegaram aos quatro cantos do Império, 
inclusive ao Amazonas. 
Apolinária foi designada para trabalhar na recém- 
instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram 
junto. Ali já estavam outros africanos livres que, além 
da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram 
responsáveis pela supervisão do trabalho dos índios 
que vinham das aldeias para servir nas obras 
públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no 
mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até 
1858, quando a olaria foi fechada para se transformar 
em uma nova escola: os Educandos Artífices. 
A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que 
Apolinária soube que seria a lavadeira dos 
Educandos. Diferente dos outros, não ia precisar se 
mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar 
ali com os filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro 
Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário 
não era grande coisa, mas a amizade antiga com 
Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. 
A tranquilidade durou pouco. O diretor dos 
Educandos, certamente mal informado pela boataria 
maledicente, a demitiu do cargo alegando que era 
ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses 
depois, Apolinária já estava de volta ao trabalho nas 
obras públicas, com destino incerto. 
Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o 
que aconteceu com Apolinária porque ela 
desapareceu da documentação, mas os fragmentos 
de sua vida que pude recuperar são poderosos para 
iluminar cenas da vida desta cidade que estavam nas 
sombras. A presença negra no Amazonas é tratada 
de modo marginal na historiografia local e só muito 
recentemente vemos mudanças neste cenário. Há 
ainda muitas zonas de silêncio. A história de 
Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, 
entre eles, o fato de que a trajetória dessas pessoas 
que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite 
acessar um mundo bem pouco visível na história do 
Brasil: a diversidade de experiências que uniram 
índios, escravos, libertos e africanos livres no mundo 
do trabalho no século XIX. 
Falar dessa gente pouco importante é buscar 
dialogar com personagens reais e concretos. Suas 
vidas comuns foram, de fato, extraordinárias, cada 
uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que 
fazem a História acontecer todos os dias. 
(Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: 
http://amazoniareal.com.br. 06.08.2014) 
 
Uma das críticas expressas no texto recai sobre 
 
a) a falta de fiscalização dos navios de escravos que 
chegaram ao Brasil após a lei de 1831. 
b) o fato de os brasileiros desconhecerem a 
importância de Apolinária para a emancipação dos 
escravos. 
c) o tratamento degradante dado aos africanos em 
seu trajeto até os portos brasileiros no século XIX. 
d) a maneira como historiadores negligenciaram a 
participação africana na sociedade amazonense. 
e) o modo subserviente como escravos recém- 
libertos se relacionavam com seus antigos senhores. 
 
Questão 14: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL 
DF/Fotógrafo/2018 
 
Durante o século XIX, as moças viviam reclusas sob 
o poder dos pais até o momento de passar, ainda 
adolescentes, às mãos do marido. Aos olhos dos 
estrangeiros, elas se interessavam prematuramente 
pelo sexo oposto: “antes de cumprir dez anos, uma 
menina conhece perfeitamente bem o valor dos 
http://amazoniareal.com.br/
12 
 
 
 
homens e o que é o flerte”, diria a inglesa May 
Frances em 1890. Não havia liberdade para escolher 
de acordo com o coração, e os arranjos promovidos 
pela família prevaleciam: “Minha filha, este é o teu 
futuro esposo”, sublinhava o missionário norte- 
americano Daniel Kidder, que, em 1837, via os pais 
entregarem as filhas aos amigos. Por muito tempo, o 
casamento foi um “negócio”, não só porque envolvia 
duas pessoas, mas porque se tratava de um 
mecanismopresidido pelos pais. 
 
(Adaptado de: DEL PRIORE, Mary. Histórias e 
conversas de mulher. São Paulo, Planeta, 2013, p. 
44-45) 
 
A autora descreve o casamento no século XIX como 
um “negócio”, chamando a atenção para 
 
a) os arranjos matrimoniais que privilegiavam os 
pretendentes estrangeiros. 
b) o modo como os estrangeiros davam preferência 
às moças mais novas. 
c) o fato de as moças se casarem antes mesmo de 
ter interesse pelo sexo oposto. 
d) os conflitos que ocorriam quando a mulher se 
casava sem ter afeto pelo marido. 
e) a falta de autonomia das moças quanto à escolha 
de seus maridos. 
 
 
Questão 15: FCC - Estag 
(SABESP)/SABESP/Ensino Médio Regular/2018 
 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à 
questão. 
 
Casos de malária crescem 50% e põem Região 
Norte do país em alerta 
 
Depois de sete anos de queda, o número de casos 
de malária avançou 50% no último ano e tem gerado 
alerta na região Norte e em alguns outros estados do 
país. 
 
Dados contabilizados pelo Ministério da Saúde e 
obtidos pela Folha apontam 194 mil registros em 
todo o ano de 2017 − um aumento de 50% em 
relação ao ano anterior. Em 2016, para efeito de 
comparação, o país chegou a alcançar o menor 
número de casos já registrado nos últimos 37 anos: 
129 mil. 
 
Em 2017, dados de janeiro, ainda preliminares, 
apontam que o avanço continua: são 17 mil 
confirmações. Desse total, 99% são em estados da 
região amazônica, que é endêmica para a doença, 
em especial Amazonas, Acre e Pará. O número de 
mortes ainda não foi atualizado. Foram 11, de janeiro 
a maio de 2017, o que não permite comparações com 
todo o ano de 2016. 
 
A doença, causada por protozoários transmitidos 
pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre 
em regiões rurais e acomete principalmente 
populações mais vulneráveis, em locais com más 
condições de saneamento e invasões em áreas de 
mata, por exemplo. Entre os registros, também 
cresceram casos de malária falciparum, nome dado 
à forma da doença causada pelo 
protozoário Plasmodium Falciparum, que é mais 
grave. 
 
(Adaptado de: CANCIAN, Natália. Disponível em: 
www.folha.uol.com.br) 
 
A doença, causada por protozoários transmitidos 
pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre 
em regiões rurais e acomete principalmente 
populações mais vulneráveis... (último parágrafo) 
 
De acordo com informações do texto, a explicação 
para o significado de populações mais vulneráveis 
está em: 
 
a) Sem casas de alvenaria e com distanciamento de 
áreas de matas. 
b) Com muita poluição do ar e com invasões em 
áreas empresariais. 
c) Com condições de sanidade ruim e com áreas 
invadidas por insetos. 
d) Sem condições adequadas de encanamento e de 
fornecimento de água potável. 
e) Com más condições de saneamento e invasões 
em áreas de mata. 
 
Questão 16: FCC - Tec Leg (ALESE)/ALESE/Apoio 
Técnico Administrativo/2018 
 
Atenção: Para responder à questão, considere o 
texto abaixo. 
 
Um filme publicitário traz um ator interpretando um 
boçal no pavilhão de uma Bienal. O almofadinha, 
vestindo pulôver escuro com gola rolê, cita autores 
como Nietzsche e Méliès, entre outros, para compor 
um discurso afetado e vazio por meio do qual definia 
uma suposta obra de arte. É o velho clichê do crítico 
intelectual. 
 
Vi a propaganda no mesmo dia em que a Câmara 
Brasileira do Livro e a Amazon anunciaram uma nova 
categoria do prêmio Jabuti: a dos melhores 
romances, contos, crônicas e poesia, na opinião dos 
leitores. 
 
O prêmio da Escolha do Leitor foi anunciado em tom 
de inovação democrática. O mesmo argumento tem 
13 
 
 
 
sustentado algumas das estratégias de mercado 
draconianas de grandes corporações de internet. 
Afinal, dá-se voz ao leitor, que agora pode pôr em 
xeque decisões arbitrárias de um punhado de críticos 
que não representam a opinião da maioria. 
 
Nesse sentido, a Escolha do Leitor menos inova do 
que aperfeiçoa uma tendência que já coroava as 
edições anteriores do prêmio: o Livro do Ano. 
Escolhido pelos livreiros, ele contempla os títulos 
com mais chances de corresponder às expectativas 
do mercado, muitas vezes contrariando os resultados 
das categorias literárias. 
 
A principal ressalva à inovação democrática do 
Jabuti, entretanto, é que já existe um prêmio do leitor. 
Ele se chama lista dos mais vendidos e é outorgado 
no mundo inteiro. É claro que há diferenças. A favor 
da nova categoria, deve-se dizer que o leitor elegerá 
títulos apenas entre os finalistas. Ou seja, pela via do 
meio, o novo prêmio atenderia ao mercado sem 
exonerar a crítica. 
 
Mas, então, por que prêmios literários prestigiados 
mundo afora ignoram a opinião da maioria? A 
resposta é simples. A despeito de seus eventuais 
equívocos (e não são poucos), os prêmios literários 
não foram criados para corresponder a critérios 
objetivos de mercado. 
 
Os prêmios literários são asserções (com frequência, 
inerciais; às vezes, justas e corajosas − e a coragem 
não costuma ser fruto do consenso) sobre o que um 
grupo de pessoas, selecionadas por motivos nem 
sempre claros ou acertados, acredita que deve ser 
defendido em termos de subjetividade e exceção. 
 
Ao atribuir o prêmio de literatura a Bob Dylan, por 
exemplo, o Nobel tomou uma decisão idiossincrática, 
mas que exalta o que há de subjetivo tanto em 
escrever como em ler e premiar literatura. 
 
Ao contrário, exceção e subjetividade não fazem 
parte do vocabulário das grandes corporações de 
internet. É o que torna tanto mais curioso que um dos 
poucos prêmios literários brasileiros de prestígio 
tenha incorporado a lógica pleonástica dos 
algoritmos que estruturam a rede (o que mais se lê 
também é cada vez mais lido). Não é mais uma 
perspectiva subjetiva, mas sim uma forma de 
endossar a premissa de que não se deve contrariar o 
gosto do "leitor" (seja ele quem for, de preferência 
uma média que represente muitos). 
 
Hoje, mais do que nunca, soa antipático e 
antidemocrático pôr em dúvida essa ideia 
generalizada de leitor. Mas fazer o indivíduo acreditar 
que não precisa se esforçar para entender o que lhe 
escapa ou o que o contraria (como propõe a 
propaganda da Bienal) tem menos a ver com o 
respeito pela formação de um leitor ou um 
espectador autônomo, reflexivo, do que com a sua 
redução a potencial de lucro e com o estreitamento 
correlato de seus horizontes intelectuais e subjetivos. 
 
(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. “A opinião 
dos leitores e a crítica”. Disponível em: 
folha.uol.com.br. Acesso em: 10/3/2018) 
 
Depreende-se corretamente do contexto: 
 
a) O segmento soa antipático e antidemocrático pôr 
em dúvida essa ideia generalizada de leitor (último 
parágrafo) reitera o ponto de vista do autor de que a 
nova categoria do prêmio Jabuti (Escolha do leitor) é 
inovadora e democrática. 
b) O autor condena a escolha do compositor Bob 
Dylan para o prêmio Nobel de literatura, referindo-se 
ao teor excessivamente subjetivo nos critérios de tal 
premiação. 
c) As aspas que destacam o termo “leitor” (9o 
parágrafo) apontam para o questionamento de uma 
“ideia generalizada de leitor”, conforme se explicita 
no parágrafo seguinte. 
d) Os vencedores de prêmios literários são 
escolhidos por meio de critérios objetivos, os quais, 
atualmente, consideram também o desempenho nas 
vendas, que já indica quais obras possuem caráter 
de exceção. 
e) A categoria Escolha do leitor do prêmio Jabuti 
representa, para o autor, um aperfeiçoamento da 
tendência de reconhecer obras que atendem aos 
critérios objetivos do mercado, os quais deveriam 
balizar o teor um tanto presunçoso da crítica literária. 
 
Questão 17: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL 
DF/Fotógrafo/2018 
 
É um pássaro? É um avião? Não, é uma borboleta 
 
Há 30 anos, Brasília se tornava Patrimônio Cultural 
da Humanidade. Primeira (e ainda única) cidade 
moderna com tal honraria, a capital do país foi 
inscrita na lista de Patrimônio da Unesco em 7 de 
dezembro de 1987. 
 
O Comitê do Patrimônio Mundialda Unesco 
reconheceu a capital obra-prima do gênio criativo 
humano e exemplo eminente de conjunto arquitetural 
que representava período significativo da história. 
Para o comitê, Brasília era um marco do movimento 
moderno. Mas, para ganhar o título de patrimônio 
mundial, precisava de leis para protegê-la de 
alterações e deturpações fatais. A cidade construída 
em 1.296 dias, a partir de 1956, não contava com 
essa cobertura. Não havia nada que a livrava dos 
males da especulação imobiliária e de outras 
ameaças. 
14 
 
 
 
 
Ao tomar conhecimento desse entrave, o então 
governador de Brasília, José Aparecido de Oliveira, 
publicou o decreto, em outubro de 1987, 
regulamentando a Lei nº 3.751, de 13 de abril de 
1960, de preservação da concepção urbanística de 
Brasília. Em síntese, a lei manda respeitar as quatro 
escalas que definem os traços essenciais da capital, 
ou seja, as quatro dimensões dos quatro modos de 
viver na cidade. 
 
Criadas por Lucio Costa para organizar o sítio urbano 
que havia apresentado no concurso público aberto 
pelo Governo Federal para escolher o projeto da 
nova capital brasileira, as escalas são definidas como 
monumental (a do poder), residencial (das 
superquadras), gregária (dos setores de serviços e 
diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas 
nas demais, incluindo a vegetação nativa). Com elas, 
o urbanista deixou claras as funções de cada espaço 
da cidade, definindo os setores de trabalho, moradia, 
serviços e lazer, em harmonia com a natureza. 
 
Era justamente esse conceito o grande trunfo de 
Brasília, que trazia um desenho único de cidade. 
Diferentemente do que muitos pensam, seria 
tombado o projeto urbanístico de Lucio Costa e não 
os prédios modernistas de Oscar Niemeyer. Esses 
viriam a ser protegidos por meio de outras leis. Mas 
as obras de Niemeyer contribuíram para a conquista 
do título da Unesco. Os representantes da 
organização ressaltaram que cada elemento − da 
arquitetura das áreas residenciais e administrativas à 
simetria dos edifícios − dos traços de Niemeyer 
estavam em harmonia com o desenho geral da 
cidade. Assim como o plano de Lucio, a Unesco 
considerou os prédios inovadores e criativos. 
 
Para muitos, o Plano Piloto lembra um avião. Mas 
Lucio Costa o comparava a uma borboleta. O 
arquiteto Leon Pressouyre, o relator da candidatura 
de Brasília ao título de Patrimônio Cultural da 
Humanidade da Unesco, viu “um pássaro gigante 
voando em direção ao sudeste”. O certo é que o 
tombamento protegeu uma ideia de liberdade. 
 
(Adaptado de: ALVES, 
Renato. http://blogs.correiobraziliense.com.br) 
 
O tombamento de Brasília deveu-se, principalmente, 
 
a) ao plano urbanístico de Lucio Costa, que dividiu 
os espaços de acordo com suas funções. 
b) aos esforços de José Aparecido de Oliveira para 
criar uma lei regularizando os edifícios públicos da 
cidade. 
c) ao arquiteto Leon Pressouyre, que criou um 
comitê próprio para a avaliação de cidades 
modernas. 
d) à parceria de Oscar Niemeyer e Leon 
Pressouyre, cuja meta era desenhar uma cidade que 
privilegiasse o lazer. 
e) a Lucio Costa, que, atendendo à orientação de 
José Aparecido de Oliveira, buscou integrar espaço 
urbano e natureza. 
 
Questão 18: FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE 
AM/Assistente Técnico Administrativo/2018 
 
A questão baseia no texto apresentado abaixo. 
Limites da ciência 
Os deuses parecem ter um prazer especial em 
desmoralizar quem faz profecias sobre os limites da 
ciência. Auguste Comte afirmou, em 1835, que nunca 
surgiria um meio para estudarmos a composição 
química das estrelas. Bem, o método existe e hoje 
sabemos do que elas são feitas. Sabemos até que 
nós somos feitos de poeira estelar. 
É verdade que Comte não era cientista, mas 
filósofo. Só que cientistas não se saem muito melhor. 
Um dos maiores físicos de seu tempo, lorde Kelvin, 
escreveu em 1900: "Não há mais nada novo a ser 
descoberto na física; só o que resta fazer são 
medidas cada vez mais precisas". Vieram depois 
disso relatividade, mecânica quântica, modelo 
padrão etc. 
Marcus du Sautoy conta essas histórias em The 
Great Unknown (O Grande Desconhecido). Ele sabe, 
portanto, que caminha em terreno perigoso quando 
se propõe a discutir os limites do conhecimento 
humano. Mas Du Sautoy, que é professor de 
matemática em Oxford e autor de vários livros de 
divulgação, tenta jogar em território razoavelmente 
seguro. Ele vai às fronteiras da ciência em que já 
temos informações suficientes para saber que há 
barreiras formidáveis a um conhecimento total. 
A teoria do caos, por exemplo, assegura que nunca 
conseguiremos fazer previsões de longo prazo 
acerca de fenômenos como a meteorologia e 
engarrafamentos de trânsito. O problema é que 
alterações mínimas nas condições iniciais podem 
produzir alterações dramáticas depois de um tempo 
– e nós nunca temos conhecimento completo do 
presente. 
Analogamente, ele mostra como o princípio da 
incerteza, a extensão do cosmo e a provável 
inexistência do tempo também limitam a 
possibilidade de conhecimento. Ao final, Du Sautoy 
retorna à sua especialidade e mergulha nas 
implicações dos teoremas da incompletude de Gödel, 
que criam embaraços para a própria matemática. É 
diversão certa para quem gosta de grandes 
questões. 
(Hélio Schwartsman. Disponível em: 
www.folha.uol.com.br. 19.11.2017) 
http://www.folha.uol.com.br/
15 
 
 
 
Entre os objetivos do texto estão 
 
a) questionar a existência do tempo e censurar a 
teoria do caos. 
b) apresentar o livro de Du Sautoy e recomendar a 
sua leitura. 
c) conferir à filosofia status de ciência e opor-se à 
tese de Du Sautoy. 
d) reprovar o obscurantismo dos filósofos e elogiar 
a clareza dos cientistas. 
e) detalhar as correntes científicas atuais e anunciar 
seus limites. 
 
Questão 19: FCC - Tec Leg 
(ALESE)/ALESE/Taquigrafia/2018 
 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
 
Dialeto do Planalto 
 
Brasília é recente - foi fundada há menos de 60 
anos -, mas, com contribuições de várias partes 
do país, formou a própria identidade. Descubra 
expressões típicas de lá que ajudam a revelar o 
jeito de ser do povo da capital federal. 
 
Ele é muito aguado. 
Refere-se a alguém que chora por qualquer coisa e 
de forma fingida - ou seja, um manteiga-derretida 
especializado em lágrimas de crocodilo. 
 
Nunca vi garçom tão apagado! 
É assim que os brasilienses se referem a alguém 
lento, lerdo. “Apagar” também pode ser sinônimo de 
assassinar. 
 
Só pode ser agá. 
“Agá”, em Brasília, é piada. E por lá corre o seguinte 
“agá”: não é à toa que o prédio do Congresso 
Nacional tem o formato dessa letra... 
 
Eu vou de camelo. 
Famoso por fazer parte da letra da música Eduardo 
e Mônica, da Legião Urbana, o termo “camelo” 
denota bicicleta. 
 
Quando ela chegou, dei de cabrito. 
Sabe-se lá por que o filhote da cabra ganhou essa 
fama no Distrito Federal: “dar de cabrito” é sair de 
fininho, à francesa. 
 
(Adaptado de: IACONIS, Heloísa. Todos. São 
Paulo: Mol, Fevereiro/março, p. 37) 
 
É correto afirmar: 
 
a) A articulação do texto explora, além das relações 
linguísticas, recursos gráficos, permitindo estes, por 
exemplo, a precisa identificação do elemento que se 
define. 
b) O uso simultâneo da expressão popular sair de 
fininho e da expressão erudita sair à francesa 
confirma, pela heterogeneidade dos registros, o tom 
jocoso do texto. 
c) O emprego de essa, em essa fama, é 
inapropriado, uma vez que não há referência anterior 
nem posterior ao termo fama. 
d) O parágrafo em que se define aguado oferece 
como sinônimo, após o segmento ou seja, uma única 
expressão popular em todo o país. 
e) No trecho do texto relativo a agá, o uso de aspas 
é inconsistente e dificulta a identificação da palavra 
sinônima. 
 
Questão 20: FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE 
AM/Assistente Técnico Administrativo/2018 
 
A questão baseia no texto apresentado abaixo. 
 
Crônica de gente pouco importante: Manaus, século 
XIX 
 
Sei que vocês nunca ouviram falarde Apolinária. 
Nem poderiam. Ela faz parte de um conjunto de 
pessoas que jamais usufruíram de notoriedade. 
Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, 
cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto 
de Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico 
de escravos se tornou ilegal como parte de um 
conjunto de acordos internacionais, os africanos 
livres eram os indivíduos que compunham a carga 
dos navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 
1831, se a apreensão ocorresse em águas 
brasileiras, eles ficavam sob tutela estatal e deviam 
prestar serviços ao Estado ou a particulares por 14 
anos até sua emancipação. Com isso, os africanos 
livres chegaram aos quatro cantos do Império, 
inclusive ao Amazonas. 
Apolinária foi designada para trabalhar na recém- 
instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram 
junto. Ali já estavam outros africanos livres que, além 
da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram 
responsáveis pela supervisão do trabalho dos índios 
que vinham das aldeias para servir nas obras 
públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no 
mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até 
1858, quando a olaria foi fechada para se transformar 
em uma nova escola: os Educandos Artífices. 
A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que 
Apolinária soube que seria a lavadeira dos 
Educandos. Diferente dos outros, não ia precisar se 
mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar 
ali com os filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro 
Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário 
não era grande coisa, mas a amizade antiga com 
Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. 
A tranquilidade durou pouco. O diretor dos 
16 
 
 
 
Educandos, certamente mal informado pela boataria 
maledicente, a demitiu do cargo alegando que era 
ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses 
depois, Apolinária já estava de volta ao trabalho nas 
obras públicas, com destino incerto. 
Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o 
que aconteceu com Apolinária porque ela 
desapareceu da documentação, mas os fragmentos 
de sua vida que pude recuperar são poderosos para 
iluminar cenas da vida desta cidade que estavam nas 
sombras. A presença negra no Amazonas é tratada 
de modo marginal na historiografia local e só muito 
recentemente vemos mudanças neste cenário. Há 
ainda muitas zonas de silêncio. A história de 
Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, 
entre eles, o fato de que a trajetória dessas pessoas 
que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite 
acessar um mundo bem pouco visível na história do 
Brasil: a diversidade de experiências que uniram 
índios, escravos, libertos e africanos livres no mundo 
do trabalho no século XIX. 
Falar dessa gente pouco importante é buscar 
dialogar com personagens reais e concretos. Suas 
vidas comuns foram, de fato, extraordinárias, cada 
uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que 
fazem a História acontecer todos os dias. 
(Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: 
http://amazoniareal.com.br. 06.08.2014) 
 
A autora explicita uma conjectura na seguinte 
passagem do texto: 
 
a) Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, 
cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto 
de Manaus. (2° parágrafo) 
b) Com isso, os africanos livres chegaram aos 
quatro cantos do Império, inclusive ao Amazonas. (2° 
parágrafo) 
c) Diferente dos outros, não ia precisar se mudar 
para o outro lado do igarapé. (4° parágrafo) 
d) Apolinária foi designada para trabalhar na recém- 
instalada Olaria Provincial. (3° parágrafo) 
e) O diretor dos Educandos, certamente mal 
informado pela boataria maledicente, a demitiu do 
cargo [...]. (4° parágrafo) 
 
Questão 21: FCC - Tec Fis Ag (AGED MA)/AGED 
MA/2018 
 
A questão baseia no texto apresentado abaixo. 
 
Visitante 
ao penetrar neste país 
deixe a alma entreaberta 
quem dorme em São Luís 
acorda poeta. 
(Adaptado de: CASSAS, Luís Augusto. A poesia sou 
eu − Poesia reunida. Rio de Janeiro, Imago, 2012, v. 
2, p. 410) 
 
 
Com a palavra visitante, o eu poético 
 
a) nomeia seu interlocutor, a quem dirige um 
conselho. 
b) critica o turista que não escolhe São Luís como 
seu destino. 
c) satiriza o compatriota insatisfeito com sua terra 
natal. 
d) invoca o poeta nascido em São Luís, cuja 
sensibilidade é especial. 
e) censura a alienação do turista, alheio às mazelas 
do lugar que visita. 
 
Questão 22: FCC - Estag 
(SABESP)/SABESP/Ensino Médio Regular/2018 
 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à 
questão. 
 
Casos de malária crescem 50% e põem Região 
Norte do país em alerta 
 
Depois de sete anos de queda, o número de casos 
de malária avançou 50% no último ano e tem gerado 
alerta na região Norte e em alguns outros estados do 
país. 
 
Dados contabilizados pelo Ministério da Saúde e 
obtidos pela Folha apontam 194 mil registros em 
todo o ano de 2017 − um aumento de 50% em 
relação ao ano anterior. Em 2016, para efeito de 
comparação, o país chegou a alcançar o menor 
número de casos já registrado nos últimos 37 anos: 
129 mil. 
 
Em 2017, dados de janeiro, ainda preliminares, 
apontam que o avanço continua: são 17 mil 
confirmações. Desse total, 99% são em estados da 
região amazônica, que é endêmica para a doença, 
em especial Amazonas, Acre e Pará. O número de 
mortes ainda não foi atualizado. Foram 11, de janeiro 
a maio de 2017, o que não permite comparações com 
todo o ano de 2016. 
 
A doença, causada por protozoários transmitidos 
pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre 
em regiões rurais e acomete principalmente 
populações mais vulneráveis, em locais com más 
condições de saneamento e invasões em áreas de 
mata, por exemplo. Entre os registros, também 
cresceram casos de malária falciparum, nome dado 
à forma da doença causada pelo 
protozoário Plasmodium Falciparum, que é mais 
grave. 
 
(Adaptado de: CANCIAN, Natália. Disponível em: 
www.folha.uol.com.br) 
http://amazoniareal.com.br/
17 
 
 
 
 
De acordo com o texto, é correto afirmar: 
 
a) Os casos de morte não foram totalmente 
computados – foram 11, de janeiro a maio de 2016, 
não permitindo comparações com esse ano todo. 
b) A maior quantidade de ocorrências de casos de 
malária em 2016 foi no estado do Amazonas, que é 
endêmico para a doença. 
c) Os estados mais afetados pela doença em 2017 
foram os do Nordeste do país, perfazendo um total 
de 99% dos casos. 
d) Existe um tipo de malária menos preocupante, 
menos grave atualmente, denominado malária 
falciparum. 
e) Em 2016 o país chegou a apresentar o menor 
número de casos de malária nos últimos 37 anos; já 
em 2017 houve um aumento de 50% dos casos em 
comparação com 2016. 
 
 
Questão 23: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL 
DF/Fotógrafo/2018 
 
É um pássaro? É um avião? Não, é uma 
borboleta 
 
Há 30 anos, Brasília se tornava Patrimônio Cultural 
da Humanidade. Primeira (e ainda única) cidade 
moderna com tal honraria, a capital do país foi 
inscrita na lista de Patrimônio da Unesco em 7 de 
dezembro de 1987. 
 
O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco 
reconheceu a capital obra-prima do gênio criativo 
humano e exemplo eminente de conjunto arquitetural 
que representava período significativo da história. 
Para o comitê, Brasília era um marco do movimento 
moderno. Mas, para ganhar o título de patrimônio 
mundial, precisava de leis para protegê-la de 
alterações e deturpações fatais. A cidade construída 
em 1.296 dias, a partir de 1956, não contava com 
essa cobertura. Não havia nada que a livrava dos 
males da especulação imobiliária e de outras 
ameaças. 
 
Ao tomar conhecimento desse entrave, o então 
governador de Brasília, José Aparecido de Oliveira, 
publicou o decreto, em outubro de 1987, 
regulamentando a Lei nº 3.751, de 13 de abril de 
1960, de preservação da concepção urbanística de 
Brasília. Em síntese, a lei manda respeitar as quatro 
escalas que definem os traços essenciais da capital, 
ou seja, as quatro dimensões dos quatro modos de 
viver na cidade.Criadas por Lucio Costa para organizar o sítio urbano 
que havia apresentado no concurso público aberto 
pelo Governo Federal para escolher o projeto da 
nova capital brasileira, as escalas são definidas como 
monumental (a do poder), residencial (das 
superquadras), gregária (dos setores de serviços e 
diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas 
nas demais, incluindo a vegetação nativa). Com elas, 
o urbanista deixou claras as funções de cada espaço 
da cidade, definindo os setores de trabalho, moradia, 
serviços e lazer, em harmonia com a natureza. 
 
Era justamente esse conceito o grande trunfo de 
Brasília, que trazia um desenho único de cidade. 
Diferentemente do que muitos pensam, seria 
tombado o projeto urbanístico de Lucio Costa e não 
os prédios modernistas de Oscar Niemeyer. Esses 
viriam a ser protegidos por meio de outras leis. Mas 
as obras de Niemeyer contribuíram para a conquista 
do título da Unesco. Os representantes da 
organização ressaltaram que cada elemento − da 
arquitetura das áreas residenciais e administrativas à 
simetria dos edifícios − dos traços de Niemeyer 
estavam em harmonia com o desenho geral da 
cidade. Assim como o plano de Lucio, a Unesco 
considerou os prédios inovadores e criativos. 
 
Para muitos, o Plano Piloto lembra um avião. Mas 
Lucio Costa o comparava a uma borboleta. O 
arquiteto Leon Pressouyre, o relator da candidatura 
de Brasília ao título de Patrimônio Cultural da 
Humanidade da Unesco, viu “um pássaro gigante 
voando em direção ao sudeste”. O certo é que o 
tombamento protegeu uma ideia de liberdade. 
 
(Adaptado de: ALVES, 
Renato. http://blogs.correiobraziliense.com.br) 
 
Considerando-se o contexto, o vocábulo Mas, em 
Mas as obras de Niemeyer contribuíram para a 
conquista do título da Unesco, sinaliza que 
 
a) não é certo que as obras de Niemeyer possam ter 
contribuído para a conquista do título da Unesco. 
b) há quem possa concluir que as obras de 
Niemeyer não tenham contribuído para a conquista 
do título da Unesco. 
c) tem razão quem defende que as obras de 
Niemeyer não contribuíram para a conquista do título 
da Unesco. 
d) a conquista do título da Unesco não tem qualquer 
tipo de relação com as obras de Niemeyer. 
e) a Unesco agiu mal em não considerar as obras 
de Niemeyer ao atribuir o título à cidade. 
 
Questão 24: FCC - Tec Fis Ag (AGED MA)/AGED 
MA/2018 
 
Diógenes de Sínope viveu no ano 336 a.C., em 
Corinto. Alexandre Magno, rei da Macedônia, foi ao 
seu encontro, para satisfazer o desejo de falar com o 
18 
 
 
 
grande sábio. Ao encontrá-lo, disse-lhe: − Sou 
Alexandre, rei da Macedônia. 
E aproximou-se tanto do velho filósofo, que sua 
sombra se projetou sobre ele. 
Respondeu Diógenes: − Eu sou Diógenes, o 
cínico. 
Alexandre, vendo o estado de fragilidade material 
do velho filósofo, que não acreditava em bens 
materiais, disse-lhe: − Ó Diógenes, formula um 
desejo, e eu farei com que ele se cumpra, por mais 
difícil que seja! 
Entre os dois, estabeleceu-se um silêncio. 
Diógenes encontrava-se na mesma posição, à 
sombra do rei da Macedônia. E respondeu: − Afasta- 
te, não me tapes o sol. 
Alexandre atendeu ao pedido e afastou-se 
rapidamente. 
A resposta de Diógenes ficou para a história, como 
expressão de humildade, desapego e 
desprendimento. Ele não queria mais do que a luz do 
sol, um bem que não precisava do poder do rei para 
ser usufruído. 
(Adaptado de: NETO, Aureliano. Sei lá, a vida tem 
sempre razão. www.oprogressonet.com) 
 
No último parágrafo, o autor 
 
a) contesta o rótulo de sábio atribuído a Diógenes de 
Sínope. 
b) propõe uma reflexão sobre os significados de 
riqueza e autoridade. 
c) confirma a postura altruísta de Alexandre Magno, 
rei da Macedônia. 
d) questiona a validade histórica do encontro entre 
Diógenes e Alexandre. 
e) sugere que os ricos estão moralmente impedidos 
de desfrutar da luz solar. 
 
Questão 25: FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE 
AM/Assistente Técnico Administrativo/2018 
 
 
A questão baseia no texto apresentado abaixo. 
 
Crônica de gente pouco importante: Manaus, século 
XIX 
 
Sei que vocês nunca ouviram falar de Apolinária. 
Nem poderiam. Ela faz parte de um conjunto de 
pessoas que jamais usufruíram de notoriedade. 
Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, 
cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto 
de Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico 
de escravos se tornou ilegal como parte de um 
conjunto de acordos internacionais, os africanos 
livres eram os indivíduos que compunham a carga 
dos navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 
1831, se a apreensão ocorresse em águas 
brasileiras, eles ficavam sob tutela estatal e deviam 
prestar serviços ao Estado ou a particulares por 14 
anos até sua emancipação. Com isso, os africanos 
livres chegaram aos quatro cantos do Império, 
inclusive ao Amazonas. 
Apolinária foi designada para trabalhar na recém- 
instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram 
junto. Ali já estavam outros africanos livres que, além 
da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram 
responsáveis pela supervisão do trabalho dos índios 
que vinham das aldeias para servir nas obras 
públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no 
mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até 
1858, quando a olaria foi fechada para se transformar 
em uma nova escola: os Educandos Artífices. 
A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que 
Apolinária soube que seria a lavadeira dos 
Educandos. Diferente dos outros, não ia precisar se 
mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar 
ali com os filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro 
Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário 
não era grande coisa, mas a amizade antiga com 
Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. 
A tranquilidade durou pouco. O diretor dos 
Educandos, certamente mal informado pela boataria 
maledicente, a demitiu do cargo alegando que era 
ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses 
depois, Apolinária já estava de volta ao trabalho nas 
obras públicas, com destino incerto. 
Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o 
que aconteceu com Apolinária porque ela 
desapareceu da documentação, mas os fragmentos 
de sua vida que pude recuperar são poderosos para 
iluminar cenas da vida desta cidade que estavam nas 
sombras. A presença negra no Amazonas é tratada 
de modo marginal na historiografia local e só muito 
recentemente vemos mudanças neste cenário. Há 
ainda muitas zonas de silêncio. A história de 
Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, 
entre eles, o fato de que a trajetória dessas pessoas 
que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite 
acessar um mundo bem pouco visível na história do 
Brasil: a diversidade de experiências que uniram 
índios, escravos, libertos e africanos livres no mundo 
do trabalho no século XIX. 
Falar dessa gente pouco importante é buscar 
dialogar com personagens reais e concretos. Suas 
vidas comuns foram, de fato, extraordinárias, cada 
uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que 
fazem a História acontecer todos os dias. 
(Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: 
http://amazoniareal.com.br. 06.08.2014) 
 
A grafia de história, em minúscula no penúltimo 
parágrafo, e a de História, iniciada por maiúscula no 
último parágrafo, enfatizam a distinção estabelecida 
entre os dois usos do vocábulo, empregado, 
respectivamente, com os sentidos de 
 
a) particularidade e coletividade. 
http://amazoniareal.com.br/
19 
 
 
 
b) invenção e fato. 
c) certeza e dúvida. 
d) universalidade e individualidade. 
e) emoção e razão. 
 
Questão 26: FCC - Contr SS 
(SABESP)/SABESP/2018 
 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à 
questão. 
 
Foi em 1964. Vinícius de Moraes esperava pelo 
jornalista e compositor Antônio Maria num chalezinho 
em Barão de Mauá, onde tinham combinado passar 
alguns dias. Eram mais que amigos − irmãos. De 
repente, foram dar a Vinícius a notícia de que Antônio 
Maria morrera na véspera, de infarto. Viníciussentiu 
o que chamou de “coice da morte” e se deixou ficar, 
arrasado, na varanda do chalé. Naquele momento, 
um passarinho entrou pela varanda e começou a 
fazer evoluções à sua volta. Era um passarinho 
gordo, como Maria. O poeta escreveu depois: “Tenho 
certeza que aquele passarinho gordo era você, meu 
Maria, fazendo palhaçada para me tirar da fossa”. 
 
Vinícius tinha prática nesses assuntos. Em 1955, 
morrera-lhe outro amigo querido, Jayme Ovalle. Dias 
depois, Vinícius escreveu a Manuel Bandeira: “Ele 
[Ovalle] não tem me largado um instante. Agora 
mesmo que estou te escrevendo, está sentado na 
poltrona em frente” − e descreveu uma longa cena do 
amigo morto que o visitava. Ovalle morrera no Rio e 
Vinícius estava em Paris, detalhe insignificante no 
além. 
 
Quando se perde um amigo, vêm o vazio e a 
sensação de que, por mais que se falassem, os dois 
não disseram tudo. 
 
(Adaptado de: CASTRO, Ruy. Disponível 
em: folha.uol.com.br. Acessado em: 30/3/18) 
 
Considere as afirmações abaixo a respeito da crônica 
de Ruy Castro. 
 
I. Em Vinícius de Moraes esperava pelo jornalista e 
compositor Antônio Maria num chalezinho em Barão 
de Mauá, onde tinham combinado passar alguns 
dias (1º parágrafo), os tempos verbais indicam, 
respectivamente, uma ação que estava se 
processando e outra anterior a ela. 
 
II. A partir da afirmação de que Vinícius tinha prática 
nesses assuntos (2º parágrafo), depreende-se que 
ele já havia escrito poemas sobre tais questões, de 
modo que pôde enfrentar a perda de Maria com 
serenidade. 
 
III. Com o comentário detalhe insignificante (2º 
parágrafo), o autor refere-se, com humor, à grande 
distância entre o Rio e Paris. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
a) II e III. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) III. 
e) I. 
 
Questão 27: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL 
DF/Fotógrafo/2018 
 
As cirurgias plásticas nunca estiveram tão presentes 
e ao alcance como agora. 
 
A partir do barateamento dos recursos de reprodução 
de imagens em grande escala, ocorreu um fenômeno 
diferente, senão oposto, daquele proposto por 
Oswald de Andrade e pelo movimento antropofágico 
de 1928. Da antropofagia criativa, nós, 
consumidores, passamos para a “iconofagia”, a 
devoração indiscriminada de padrões de uma cultura 
universal de imagens pasteurizadas e 
homogeneizadas. 
 
A transformação do corpo em corpo-imagem é 
alardeada pelos mais diversos aparatos midiáticos 
como um avanço da medicina estética. Existem 
inúmeros veículos destinados a mostrar que nosso 
corpo não corresponde ao modelo imagético vigente 
e que cada um deve investir tempo e dinheiro para 
ficar “em forma”. 
 
O “corpo ideal” almejado por tantas mulheres 
(famosas ou não) faz parte de um ideal estético que 
Umberto Eco denominou “beleza da mídia”. Uma 
beleza “de e para o consumo” (de coisas ou 
imagens). Portar uma “beleza midiática” não significa 
ser saudável, mas ter uma imagem moldada para ser 
exposta. 
 
As diversas possibilidades de tornar o formato dos 
corpos reais o mais próximo possível da “beleza 
midiática” são artifícios de uma era iconofágica, de 
uma era de imagens que valem mais do que os 
corpos. 
 
Quando milhares de mulheres veem na mídia 
atributos esculpidos digitalmente, ou encontram nas 
celebridades exemplos de formatos corporais a 
serem seguidos, essas imagens não fazem outra 
coisa senão devorá-las diariamente. 
 
A “beleza midiática”, ou seja, tornar-se uma imagem 
poderosa, arrebata a mulher de forma avassaladora. 
Se há uma propriedade inerente às imagens, é sua 
capacidade de condensar e carregar sentidos, 
20 
 
 
 
emoções e sentimentos, histórias, anseios, sonhos e 
projetos. Daí emerge seu enorme poder de captura. 
 
(Adaptado de: SANCHES, Rodrigo Daniel e 
BAITELLO Jr, Norval. Folha de São Paulo.) 
 
Identifica-se noção de causa e consequência, 
respectivamente, entre as seguintes ideias do texto: 
 
a) a capacidade das imagens de condensar e 
carregar sentidos // a transformação do corpo em 
corpo-imagem 
b) o fato de milhares de mulheres verem na mídia 
corpos esculpidos digitalmente // a transformação do 
corpo em corpoimagem 
c) o “corpo ideal” almejado pelas mulheres // o ideal 
estético denominado por Umberto Eco de “beleza da 
mídia” 
d) o barateamento dos recursos de reprodução de 
imagens // o surgimento da “iconofagia” 
e) o surgimento da “iconofagia” // o ideal estético 
denominado por Umberto Eco de “beleza da mídia” 
 
Questão 28: FCC - Aux Fis Ag (AGED MA)/AGED 
MA/2018 
 
A questão baseia no texto apresentado abaixo. 
 
GATONET' poderá render multa e cadeia para quem 
instala e para quem usa 
 
Ter TV por assinatura com 'sinal pirateado', prática 
mais conhecida como 'gatonet', poderá se tornar 
crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n° 
186/2013 começou a tramitar na Comissão de 
Constituição e Justiça do Senado nesta semana e, 
caso aprovado, vai tipificar os crimes de 
interceptação e recepção clandestina de sinal de TV 
por assinatura. 
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e 
instala os famosos 'gatonets' quanto os clientes que 
solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa 
de até R$ 10 mil. Também está prevista reclusão de 
seis meses a dois anos, com a possibilidade de 
aumentar a pena em 50% caso fique provado danos 
a terceiros. 
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas 
confiscar equipamentos utilizados para piratear sinal 
de TV por assinatura, mas também poderão prender 
os responsáveis e colocá-los no sistema sob 
legislação específica. 
Acredita-se que o grande problema da pirataria de 
TV por assinatura hoje é a comercialização de 
equipamentos decodificadores que substituem os 
oferecidos oficialmente pelas operadoras. 
A venda, compra ou fabricação desses aparelhos 
também será punida. A importação de produtos como 
esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não 
se tem notícia da responsabilização penal de seus 
fornecedores pelo crime de contrabando. 
(Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br) 
 
Compreende-se corretamente do texto que, caso o 
projeto de Lei do Senado n° 186/2013 seja 
aprovado, 
a) a pirataria de sinal de TV será combatida. 
b) os aparelhos para piratear o sinal de TV terão 
permissão para ser livremente comercializados. 
c) muitas pessoas que já utilizaram a pirataria de 
sinal de TV serão beneficiadas. 
d) os fornecedores de equipamentos para piratear 
sinal de TV precisarão deixar o país. 
e) aqueles que já possuíram sinal de TV pirateado 
serão multados. 
 
Questão 29: FCC - Tec Leg 
(ALESE)/ALESE/Taquigrafia/2018 
 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
 
Minha história começa numa ilha com pouco mais de 
duzentos habitantes, na baía de Todos os Santos. 
Uma fração de Brasil praticamente secreta, ignorada 
pelas modernidades e pelos mapas: nem o (quase) 
infalível Google Maps consegue encontrá-la. É nessa 
terra minúscula, a Ilha do Paty, que estão minhas 
raízes. O lugar é um distrito de São Francisco do 
Conde - município a 72 quilômetros de Salvador, 
próximo a Santo Amaro e conhecido por sua atual 
importância na indústria do petróleo. Na ilha, as 
principais fontes de renda ainda são a pesca, o 
roçado e ser funcionário da prefeitura. 
 
No Paty, sapatos são muitas vezes acessórios 
dispensáveis. Para atravessar de um lado para o 
outro na maré de águas verdes, o transporte oficial é 
a canoa, apesar de já existirem um ou outro barco, 
cedidos pela prefeitura. Ponte? Nem pensar, dizem 
os moradores, em coro. Quando alguém está no 
“porto" e quer chegar até o Paty, só precisa gritar: 
“Tomaquê!". 
 
Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba 
o que quer dizer “tomaquê". É uma redução, como 
“oxente", que quer dizer “O que é isso, minha gente". 
Ou “Ó paí, ó", que é “Olhe pra isso, olhe”. Ou seja, é 
simplesmente “Me tome aqui, do outro lado da 
margem". É muito mais gostoso gritar “Tomaquê!". 
 
Assim, algum voluntário pega sua canoa e cruza, a 
remo, um quilômetro nas águas verdes e calmas. 
Entre os dois

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