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PLANEJAMENTO DE ESTUDOS (PIE) 1.500 QUESTÕES 1 2 SUMÁRIO 1 LÍNGUA PORTUGUESA 4 Língua Portuguesa – 4 Gabarito 32 Língua Portuguesa 33 Gabarito 70 Língua Portuguesa – 71 Gabarito 114 Língua Portuguesa – 115 Gabarito 152 Língua Portuguesa – 153 Gabarito 180 Língua Portuguesa – 181 Gabarito 208 Língua Portuguesa – 209 Gabarito 236 Língua Portuguesa – 236 Gabarito 265 Língua Portuguesa – 266 Gabarito 284 Língua Portuguesa – 285 Gabarito 325 Língua Portuguesa – 326 Gabarito 357 Língua Portuguesa – 358 Gabarito 388 Legislação – 389 Gabarito 403 Legislação – 404 Gabarito 419 Legislação – 420 Gabarito 433 Legislação – 433 Gabarito 446 Legislação – 447 Gabarito 461 Legislação – 462 Gabarito 473 Legislação – 473 Gabarito 483 Legislação – 484 Gabarito 495 Legislação – 495 Gabarito 506 Legislação – 507 Gabarito 517 Legislação – 518 Gabarito 529 Legislação – 530 Gabarito 540 Informática – 540 3 Gabarito 551 Informática – 551 Gabarito 564 Informática – 565 Gabarito 577 Informática – 578 Gabarito 589 Informática – 590 Gabarito 597 Informática – 598 Gabarito 607 4 1 LÍNGUA PORTUGUESA 1.Tipologia textual; 2.Interpretação de texto; 3.Níveis de Linguagem; 4.Tipos de discurso; 5.Sinonímia e antonímia; 6.Homonímia e paronímia; 7.Polissemia; 8.Denotação e conotação; 9.Ambiguidade; 10. Pressupostos e subentendidos; 11. Figuras de linguagem; 12. Classes de palavras e suas especificidades; 13. Concordância verbal e nominal; 14. Regência verbal e nominal; 15. Crase; 16. Ortografia; 17. Acentuação; 18. Pontuação; 19. Paralelismo sintático e semântico; 20. Coesão e Coerência. A disciplina de Língua Portuguesa está dividida em 12 dias, contendo 600 questões assim distribuídas: Língua Portuguesa – Dia 01/12 2.Interpretação de texto; 3.Níveis de Linguagem; 10. Pressupostos e subentendidos; Questão 1: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL DF/Agente de Polícia Legislativa/2018 O domínio das técnicas de produção de alimento foi determinante para que os seres humanos construíssem a base da civilização. A passagem do extrativismo para a agricultura e a mudança da caça para a domesticação de animais foram elementos centrais para que seres humanos se juntassem em grupos. Embora as evidências arqueológicas sejam menos precisas à medida que retrocedemos no tempo, é provável que os primitivos ajuntamentos do Paleolítico Superior já tivessem organização suficiente para deleitar o espírito do ser humano com a produção de artes. As cavernas desse período mostram que as pinturas das paredes exibem notável coincidência com as áreas de maior ressonância sonora, fazendo supor que esses espaços eram utilizados para o exercício do belo, algo muito mais sublime do que o ofício de sobreviver naqueles tempos tão duros. Uma hipótese é que o canto tenha precedido a fala, assim como a pintura tenha antecedido a escrita, o que demonstraria que, de alguma maneira, os seres humanos foram programados para as artes. Aparentemente, nosso genoma reage diante de estímulos estéticos desde tempos imemoriais: quando exposto ao belo, nosso encéfalo aumenta a atividade de áreas específicas relacionadas ao controle do estresse. Não é sem motivo que os hospitais estão cada vez mais verdes e incorporam expressões artísticas em suas dependências. (Adaptado de: SALDIVA, Paulo. Vida Urbana e Saúde: os desafios dos habitantes das metrópoles. São Paulo: Contexto, 2018, edição digital) Considere as afirmações abaixo. I. Pesquisadores acreditam que, no transcorrer da história humana, o canto tenha se manifestado antes do desenvolvimento da fala. II. O segmento sublinhado em A passagem do extrativismo para a agricultura expressa noção de finalidade. III. Mantendo-se as relações de sentido, o elemento sublinhado em quando exposto ao belo, nosso encéfalo aumenta a atividade de áreas específicas relacionadas ao controle do estresse pode ser substituído por “sempre que”. Está correto o que se afirma APENAS em a) III. b) I e II. c) II. d) II e III. e) I e III. Questão 2: FCC - Estag (SABESP)/SABESP/Ensino Médio Regular/2018 Casos de malária crescem 50% e põem Região Norte do país em alerta Depois de sete anos de queda, o número de casos de malária avançou 50% no último ano e tem gerado alerta na região Norte e em alguns outros estados do país. Dados contabilizados pelo Ministério da Saúde e obtidos pela Folha apontam 194 mil registros em todo o ano de 2017 − um aumento de 50% em relação ao ano anterior. Em 2016, para efeito de comparação, o país chegou a alcançar o menor número de casos já registrado nos últimos 37 anos: 129 mil. 5 Em 2017, dados de janeiro, ainda preliminares, apontam que o avanço continua: são 17 mil confirmações. Desse total, 99% são em estados da região amazônica, que é endêmica para a doença, em especial Amazonas, Acre e Pará. O número de mortes ainda não foi atualizado. Foram 11, de janeiro a maio de 2017, o que não permite comparações com todo o ano de 2016. A doença, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre em regiões rurais e acomete principalmente populações mais vulneráveis, em locais com más condições de saneamento e invasões em áreas de mata, por exemplo. Entre os registros, também cresceram casos de malária falciparum, nome dado à forma da doença causada pelo protozoário Plasmodium Falciparum,que é mais grave. (Adaptado de: CANCIAN, Natália. Disponível em: www.folha.uol.com.br) Pode-se deduzir da leitura do texto: a) Se providências mais eficazes não forem tomadas para o combate à malária, muitas pessoas podem ainda ser infectadas e morrer. b) Como a doença ataca mais as populações rurais, não há perigo de que ela se espalhe para as regiões urbanas e mais pessoas venham a morrer. c) O principal problema da doença é o fato de ela ser causada também por um protozoário mais perigoso, o Plasmodium Falciparum. d) A região amazônica é endêmica para a doença, mas o maior número de mortes e de infecções ocorre em outros estados. e) Não adianta o governo investir contra a doença, porque ela é causada pela fêmea de um tipo de mosquito que não pode ser combatido por inseticidas. Questão 3: FCC - Tec Leg (ALESE)/ALESE/Taquigrafia/2018 Minha história começa numa ilha com pouco mais de duzentos habitantes, na baía de Todos os Santos. Uma fração de Brasil praticamente secreta, ignorada pelas modernidades e pelos mapas: nem o (quase) infalível Google Maps consegue encontrá-la. É nessa terra minúscula, a Ilha do Paty, que estão minhas raízes. O lugar é um distrito de São Francisco do Conde - município a 72 quilômetros de Salvador, próximo a Santo Amaro e conhecido por sua atual importância na indústria do petróleo. Na ilha, as principais fontes de renda ainda são a pesca, o roçado e ser funcionário da prefeitura. No Paty, sapatos são muitas vezes acessórios dispensáveis. Para atravessar de um lado para o outro na maré de águas verdes, o transporte oficial é a canoa, apesar de já existirem um ou outro barco, cedidos pela prefeitura. Ponte? Nem pensar, dizem os moradores, em coro. Quando alguém está no “porto" e quer chegar até o Paty, só precisa gritar: “Tomaquê!". Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba o que quer dizer “tomaquê". É uma redução, como “oxente", que quer dizer “O que é isso, minha gente". Ou “Ó paí, ó", que é “Olhe pra isso, olhe”. Ou seja, é simplesmente “Me tome aqui, do outro lado da margem". É muito mais gostoso gritar “Tomaquê!". Assim, algum voluntário pega sua canoa e cruza, a remo, um quilômetro nas águas verdes e calmas. Entre os dois pontos da travessia se gastam uns quarenta minutos. Essa carona carrega, na verdade, um misto de generosidade e curiosidade. Num lugar daquele tamanho, qualquer visita vira assunto, e é justamente o remador quem transporta a novidade. (Adaptado de: RAMOS, Lázaro. Na minha pele. Rio de Janeiro: Objetiva, 2017, p. 16-17) Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba o que quer dizer “tomaquê". É uma redução, como “oxente", que quer dizer “O que é isso, minha gente". Ou “Ó paí, ó", que é “Olhe para isso, olhe". Ou seja, é simplesmente “Me tome aqui, do outro lado da margem". É muito mais gostoso gritar “Tomaquê!". Considerado o fragmento, em seu contexto, nota-se que o autor a) opera com uma escala em que “oxente" e “Ó paí, ó" são supostamente mais bem conhecidos pelo leitor e, por isso, usa essas expressões para sustentar uma analogia. b) reconhece que as expressões citadas têm uso restrito à região do Paty, razão pela qual explica pormenorizadamente o processo de formação e o significado de cada uma delas. c) tem consciência de que os elementos que analisa são três substantivos abstratos, marcando esse fato na ortografia e no uso de aspas. d) assume que as expressões regionais pertençam à linguagem popular e informal, mantendo-se estritamente nesse registro ao propor equivalências de significado. e) mostra que cada sílaba de “oxente", “Ó paí", ó e Tomaquê corresponde a uma específica palavra dessas expressões da linguagem corrente no Brasil. Questão 4: FCC - Ass Adm (SEAD AP)/SEAD AP/2018 6 Contar histórias é o antecedente remoto da literatura, da história, das religiões e talvez, indiretamente, a locomotiva do progresso. A oralidade contribuiu de maneira decisiva para impulsionar a civilização da época das pinturas rupestres até a viagem dos homens às estrelas. Oralidade quer dizer pré- literatura, aquela que existia apenas graças à voz humana, antes que aparecesse a escrita. Os contos, as histórias inventadas, davam mais vida aos nossos ancestrais, tiravam homens e mulheres das prisões asfixiantes que eram suas vidas e os faziam viajar pelo espaço e pelo tempo e viver as vidas que não tinham nem nunca teriam em sua miúda e sucinta realidade. Sairmos de nós mesmos, sermos outros, graças à fantasia, nos entretém e enriquece. Mas, além disso, nos ensina como é pequeno o mundo real comparado com os mundos que somos capazes de fantasiar, e deste modo nos incita a agir para transformar nossos sonhos em realidade. O progresso nasceu assim, da insatisfação e do mal-estar com o mundo real que inspirava nos humanos a mesma ficção que os deleitava. As histórias que inventamos constituem a vida secreta de todas as sociedades, aquela dimensão da existência que, embora nunca tenha tido chance de se realizar, foi de alguma forma vivida pelos seres humanos, na incerta realidade dos desejos, fantasias, pesadelos e invenções, de toda essa projeção da vida que não tivemos e por isso devemos inventá-la. Ela existiu sempre na memória das gentes, mas só a escrita a fixou e lhe deu permanência, muitos séculos depois de que nascesse, ao redor das fogueiras, quando nossos antepassados contavam-se histórias à noite para esquecer o medo do trovão, as aparições e os milhares de perigos que os espreitavam em qualquer parte. (Adaptado de VARGAS LLOSA, Mario. Disponível em: www.brasil.elpais.com) Considere as afirmativas abaixo. I. Depreende-se do texto que o descontentamento com o mundo real instiga o ser humano a imaginar uma vida melhor e a transformar fantasia em realidade. II. A atividade de contar histórias possui, entre outras, a função de mitigar emoções como o temor. III. A linguagem escrita sobrepuja a oral, pois, enquanto esta apenas desperta a imaginação para fins de entretenimento, aquela permite que se transcendam obstáculos reais por meio da invenção de uma vida mais aprazível. Está correto o que consta de a) I e III, apenas. b) II e III, apenas. c) I e II, apenas. d) I, II e III. e) I, apenas. Questão 5: FCC - AssT (DETRAN MA)/DETRAN MA/2018 Percursos Não há dúvida de que uma linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos. Mas ninguém pode afirmar que seja também o melhor, o mais indicado, o mais proveitoso, por ser mais alegre, mais bonito ou mais surpreendente. Quem caminha pelas cidades sabe que há trajetos e trajetos: uns para a pressa, outros para animar o espírito. Numa época em que a velocidade se tornou uma espécie de paradigma geral, vale a pena experimentar alternativas para o nosso modo de atravessar os espaços e o tempo. Imagino quantos motoristas presos num congestionamento não sonharão em abandonar o carro, ou quantos passageiros em deixar o ônibus, e sair à toa e a pé em busca de novos caminhos, desistindo de se submeter à ditadura do relógio e dos compromissos. Se ninguém faz isso, o desejo de libertação existe para todos. As grandes cidades, em vez de oferecerem espaços de circulação ou acolhimento, impõem-nos caminhos intransitáveis, paralisantes. Nosso estilo de vida levou-nos aos impasses urbanos que impositivamente configuram nossa rotina. Dizia o poeta espanhol António Machado que o caminho se faz caminhando, que os caminhantes é que traçam e qualificam seu destino. Essa convicção deveria inspirar não apenas os responsáveis diretos pelo uso mais desfrutável do espaço urbano, mas todos aqueles que sentem seu compromisso com os rumos e o andamento da civilização. (Hermínio Toledo, inédito) Representa-se uma forte contradição da vida moderna entre as seguintes afirmações do texto: a) uma linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos/ ninguém pode afirmar que seja também o melhor b) Quem caminha pelas cidades sabe que há trajetos e trajetos / vale a pena experimentar alternativas 7 c) a velocidade se tornou uma espécie de paradigma geral / motoristas presos num congestionamento d) Nosso estilo de vida levou-nos aos impasses urbanos / que impositivamente configuram nossa rotina e) o desejo de libertação existe para todos/ os caminhantes é que traçam e qualificam seu destino Questão 6: FCC - Estag (SABESP)/SABESP/Ensino Médio Técnico/2018 Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. A Bola O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Uma número 5, de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola. O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa. − Como é que liga? − perguntou. − Como, como é que liga? Não se liga. − O que é que ela faz? − Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela. − O quê? − Controla, chuta... − Ah, então é uma bola. − Claro que é uma bola. Você pensou que fosse o quê? − Nada, não. O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Baú, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente. O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto. − Filho, olha. O garoto disse “Legal” mas não desviou os olhos da tela. (Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro, Objetiva, p. 18-19) a) frustração ao ver que o pai não tinha muita habilidade com a bola. b) entusiasmo ao ver que o presente que ganhara era uma bola. c) interesse em aprender as manobras que o pai fazia com a bola. d) curiosidade em aprender a brincar com a bola que ganhara. e) desinteresse pelo presente que acabara de ganhar do pai. Questão 7: FCC - TJ TRT6/TRT 6/Administrativa/Segurança/2018 O carnaval do Recife deve ao Galo da Madrugada sua repercussão nacional. O bloco foi num crescendo ano a ano e virou o espetáculo grandioso que é. Tem futuro promissor. Mas precisa ser encarado como um negócio a ser tocado cada vez mais profissionalmente. O potencial do carnaval do Recife para crescer como um “negócio” poderá ser estimulado a beneficiar mais a cidade, gerando incremento de emprego, trabalho e renda nos hotéis, restaurantes, lanchonetes, oficinas de madeira e ferro, shoppings, meios de hospedagem em residências, segurança... entre outros segmentos ligados à cadeia produtiva do evento. Para ampliar a dimensão desse carnaval, há que se explorar ainda mais o potencial do Recife Antigo e o de Olinda. Uma cidade que dispõe, a seu lado, de uma festa tão singular, alegre e irreverente como a da vizinha cidade já é por si só um produto comercializável e lucrativo. Nossa proposta pontual é fundir os dois carnavais e transformá-los na marca “Carnaval Recife-Olinda”. Isto vai “pegar” e potencializará uma maior atratividade nacional para a festa pernambucana. Que estado no Brasil dispõe de um conjunto de atrativos em uma única festa como o “Galo” estrondoso, o frevo, os blocos antigos, maracatus, bonecos gigantes, caboclinhos, tambores silenciosos, virgens de Olinda, escolas de samba, prévias tradicionais e até espaço poprock para os mais alternativos? Qual caminho a seguir? Primeiro, institucionalizar a aliança entre Olinda e Recife. Em seguida, buscar os patrocínios e parcerias com as associações de bares e restaurantes, indústrias de bebidas, empresas de cartões de crédito, redes sociais e sites estratégicos. O estímulo para se conhecer o “Carnaval Recife- Olinda” já deverá estar em anúncios publicitários nesses sites ao menos três meses antes da festa. Isso despertará o interesse do público de diferentes localidades. É este o caminho para transformar O garoto demonstra 8 Pernambuco num destino ainda mais procurado a partir de 2019. (Adaptado de: LIMA, Mauro Ferreira. “Carnaval do Recife, proposta para crescer”. Disponível em: www.diariodepernambuco.com.br. 17.02.2018) No terceiro parágrafo, o autor indica como um dos pontos fortes do carnaval de Pernambuco a) a diversidade de atrações. b) a cultura marcadamente erudita. c) a homogeneidade de tradições locais. d) o predomínio do estilo poprock. e) o fato de já ter nascido como negócio. Questão 8: FCC - TJ TRT6/TRT 6/Administrativa/Segurança/2018 O carnaval do Recife deve ao Galo da Madrugada sua repercussão nacional. O bloco foi num crescendo ano a ano e virou o espetáculo grandioso que é. Tem futuro promissor. Mas precisa ser encarado como um negócio a ser tocado cada vez mais profissionalmente. O potencial do carnaval do Recife para crescer como um “negócio” poderá ser estimulado a beneficiar mais a cidade, gerando incremento de emprego, trabalho e renda nos hotéis, restaurantes, lanchonetes, oficinas de madeira e ferro, shoppings, meios de hospedagem em residências, segurança... entre outros segmentos ligados à cadeia produtiva do evento. Para ampliar a dimensão desse carnaval, há que se explorar ainda mais o potencial do Recife Antigo e o de Olinda. Uma cidade que dispõe, a seu lado, de uma festa tão singular, alegre e irreverente como a da vizinha cidade já é por si só um produto comercializável e lucrativo. Nossa proposta pontual é fundir os dois carnavais e transformá-los na marca “Carnaval Recife-Olinda”. Isto vai “pegar” e potencializará uma maior atratividade nacional para a festa pernambucana. Que estado no Brasil dispõe de um conjunto de atrativos em uma única festa como o “Galo” estrondoso, o frevo, os blocos antigos, maracatus, bonecos gigantes, caboclinhos, tambores silenciosos, virgens de Olinda, escolas de samba, prévias tradicionais e até espaço poprock para os mais alternativos? Qual caminho a seguir? Primeiro, institucionalizar a aliança entre Olinda e Recife. Em seguida, buscar os patrocínios e parcerias com as associações de bares e restaurantes, indústrias de bebidas, empresas de cartões de crédito, redes sociais e sites estratégicos. O estímulo para se conhecer o “Carnaval Recife- Olinda” já deverá estar em anúncios publicitários nesses sites ao menos três meses antes da festa. Isso despertará o interesse do público de diferentes localidades. É este o caminho para transformar Pernambuco num destino ainda mais procurado a partir de 2019. (Adaptado de: LIMA, Mauro Ferreira. “Carnaval do Recife, proposta para crescer”. Disponível em: www.diariodepernambuco.com.br. 17.02.2018) O autor defende a tese de que a) o potencial do Recife Antigo ainda não foi sequer explorado durante os festejos de carnaval. b) o carnaval do Recife não deve contar com o sucesso do Galo da Madrugada para prosperar. c) a oferta de emprego aumentou na cidade do Recife graças ao repentino sucesso de seu carnaval. d) Recife tem potencial de lucrar com a fusão entre o carnaval recifense e o carnaval de Olinda. e) Olinda deve ter suas festas transferidas para Recife, pois esta cidade tem melhor infraestrutura. Questão 9: FCC - Of Log Al (METRO SP)/METRO SP/2018 Levante a mão quem nunca teve o azar de ser amado pelas razões erradas. Eis uma experiência capaz de produzir a angústia de quem se depara com um duplo de si mesmo: o espelho do olhar do outro te devolve uma imagem que parece sua, mas na qual você não se reconhece. Claro que ninguém ama com objetividade. O que o amante vê no ser amado é sempre contaminado pela fantasia. Não me refiro, então, à impossibilidade fundamental de complementaridadeentre os casais, mas aos encontros que se dão na base do puro mal- entendido. Sentir-se amado por qualidades que o outro imagina, mas não têm nada a ver com você, pode ser muito angustiante. E sedutor. Vale lembrar que a palavra “sedução” indica o ato de desviar alguém de seu caminho: “eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá”. Pensava essas coisas de meu lugar na plateia lotada do Credicard Hall (que nome para um teatro, caramba!), onde fui ver o show de uma de minhas cantoras favoritas no momento: Maria Gadú. Com jeito de moleque, encarapitada no banquinho, de onde não desceu para rebolar nenhuma vez, composições muito pessoais que escapam ao clichê romântico e uma rara sofisticação musical, Maria Gadú parecia não se reconhecer diante do público que – vibrava? Não, vibrar seria compreensível. Delirava? Sim; mas o entusiasmo foi muito além disso. O público ululava desde os primeiros acordes de cada canção, que todos sabiam de cor, mas não conseguiam escutar. A energia com que aplaudiam mais parecia uma fúria, que a timidez da artista só fazia excitar mais e mais. Pareciam todos sedentos por uma experiência musical autêntica, promovida por alguém que não vendesse sensualidade barata, http://www.diariodepernambuco.com.br/ http://www.diariodepernambuco.com.br/ 9 e ao mesmo tempo não se conformavam de não conseguir puxar a cantora para o terreno familiar da vulgaridade e do sex appeal. Mas estava espantada com a dimensão do sucesso. Como responderá ao apelo de um público que talvez esteja apaixonado por ela pelas razões erradas? Como não se espelhar na imagem banal de pop star que lhe oferecem? O que é mais difícil de enfrentar, na vida artística: a resistência do público para quem sua obra se dirige ou a fama vertiginosa que alavanca (ops) a carreira de alguns artistas iniciantes para o topo do mercado em algumas semanas? Ela diz ter com a música uma aliança impossível de desfazer. Sua intuição musical parece capaz de levá- la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. O CD de estreia é dedicado à avó Cila. A terceira faixa é uma homenagem fúnebre tocante, uma toada em feitio de oração. Como outro grande compositor negro, Gilberto Gil, Gadú se mostra capaz de reverenciar a força de seus ancestrais. “Se queres partir, ir embora / me olhe de onde estiver”, pede para a avó, contando com a ajuda dos orixás. Quem sabe a forte conexão com sua origem a proteja de se transformar em fast food para a voracidade dos consumidores. (Adaptado de: KEHL, Maria Rita. 18 crônicas e mais algumas. São Paulo: Boitempo, 2011) De acordo com o texto, a) angústia e sedução se opõem no processo de conquista amorosa, salvo em casos como o descrito no texto, em que se ama ou admira por razões equivocadas. b) sentir-se amado a partir de uma falsa imagem nutrida pelo outro corresponde a vender uma sensualidade banal. c) reconhecer-se na imagem que o apaixonado nutre, imbuído de fantasia, é o princípio do mal- entendido mais corriqueiro em relacionamentos. d) o amor que ocorre pelas razões erradas é correlato da amplificação expressa no segundo parágrafo com os termos “vibrava, “delirava”, “ululava”. e) a ausência de objetividade é fator decisivo nas relações amorosas e, por extensão, na definição do gosto musical, como prova o sentimentalismo da música de Maria Gadú para sua avó. Questão 10: FCC - Tec Prev (SEGEP MA)/SEGEP MA/2018 Na guerra dos provérbios Os provérbios − pitadas de sabedoria popular − brigam muito entre si. Podem ser inteiramente contraditórios. “Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”, diz um, elogiando a sábia prudência. Mas outro diz: “Quem não arrisca não petisca”, louvando a ousadia corajosa. Num dicionário de provérbios, a coisa mais fácil é encontrar disparidades de julgamento. E o que significa essa falta de consenso? Certamente não significa falta de sabedoria: os provérbios nascem de lições que ficam de experiências várias, vividas em sua verdade. Tudo está em saber o momento de aproveitá-los, de entender a situação a que cada um se ajusta, o momento em que um ganha plena validade. No conjunto, eles refletem situações díspares, vividas por personalidades distintas e em atendimento aos mais variados interesses. Ao longo da vida, sentimos que muita coisa tem valor momentâneo. Os provérbios não fogem a essa realidade. Com o acúmulo de experiências, situações parecidas podem e devem ser enfrentadas de modo a aproveitar a particularidade de cada circunstância. A prudência de um velho pode não ficar bem num jovem, assim como o arroubo juvenil se casa mal com a velhice. Os provérbios, nas diferentes idades da História e de cada ser humano, sabem adequar-se às nossas necessidades. O mais difícil é equacionar uma específica necessidade com o modo próprio de atendê-la. A cada momento cabe um provérbio justo. A nós, cabe uma escolha. (Ernani Frutuoso da Veiga, inédito) O título do texto ganha razão de ser ao longo dos argumentos do autor, e remete à ideia principal desenvolvida, qual seja: a de que os provérbios a) estabelecem entre si correspondências que reforçam uma mesma lição prática de sabedoria. b) contradizem-se tanto que acabam por impossibilitar a melhor lição que poderiam transmitir. c) espelham realidades distintas, razão pela qual um mesmo indivíduo não pode tirar deles pleno proveito. d) emergem de situações distintas, cabendo aproveitá-los segundo a particularidade de cada uma. e) nascem para ensinar a verdade que há nas contradições, negando-se a algum ensinamento direto. Questão 11: FCC - TJ TRT2/TRT 2/Administrativa/"Sem Especialidade"/2018 10 Meditação e foco no macarrão "Sente os pés no chão", diz a instrutor a, com a voz serena de quem há décadas deve sentir os pés no chão, "sente a respiração”. "Inspira, expira", ela diz, mas o narrador dentro da minha cabeça fala mais alto: "Eis então que no início do terceiro milênio, tendo chegado à Lua e à engenharia genética, os seres humanos se voltavam ávidos a técnicas milenares de relaxamento na esperança de encontrar alguma paz e algum sentido para suas vidas simultaneamente atribuladas e vazias". Um lagarto, penso, jamais faria um curso de meditação. "Sente a pedra. A barriga na pedra. Relaxa a cauda. Agora sente o sol aquecendo as escamas. Esquece as moscas. Esquece as cobras rondando a toca. Inspira. Expira." Eu imagino que o lagarto sinta a pedra. A barriga na pedra. O prazer simples e ancestral de lagartear sob o sol. Se o lagarto consegue esquecer as moscas ou a cobra rondando a toca, já não sei. A parte mais interna e mais antiga do nosso cérebro é igual à dos répteis. É dali que vem o medo, ferramenta evolutiva fundamental para trazer nossos genes triunfantes e nossos cérebros aflitos através dos milênios até aquela roda, no décimo segundo andar de um prédio na cidade de São Paulo. Não há nada de místico na meditação. Pelo contrário. Meditar é aprender a estar aqui, agora. Eu acho que nunca estive aqui, agora. O ansioso está sempre em outro lugar. Sempre pré-ocupado. Às vezes acho que nasci meia hora atrasado e nunca recuperei esses trinta minutos. "Inspira. Expira". Não é um problema só meu. A revista dominical do "New York Times" fez uma matéria de capa ano passado sobre o tema. Dizia que vivemos a era da ansiedade. Todas as redes sociais são latifúndios produzindo ansiedade. Mesmo o presente mais palpável, como um prato fumegante de macarrão, nós conseguimos digitalizar e transformar em ansiedade. Eu preciso postar a minha selfie dando a primeira garfada neste macarrão, depois nem vou conseguir comer o resto do macarrão, ou sentir o gosto do macarrão, porque estarei ocupado conferindo quantas pessoas estão comentando a minha foto comendo o macarrãoque esfria, a minha frente. "Inspira, expira.” A voz da instrutora é tão calma e segura que me dá a certeza de que ela consegue comer o macarrão e me dá a esperança de que também eu, um dia, aprenderei a comer o macarrão. É só o que eu peço a cinco mil anos de tradição acumulada por monges e budas e maharishis e demais sábios barbudos ou imberbes do longínquo Oriente. "Inspira. Expira.” Foco no macarrão. (Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S. Paulo. Disponível em: www.folha.uol.com.br) A repetição do comando “Inspira, expira” ao longo do texto a) simboliza o ato de concentrar-se no aqui e agora realizado em sua plenitude pela instrutora, ato que é reproduzido pelo autor quando este reflete sobre seu papel na sociedade do terceiro milênio. b) representa textualmente a dificuldade que o autor tem em meditar, tendo em vista que se lança a conjecturas a respeito da condição de ansiedade generalizada da sociedade atual. c) enfatiza o esforço do autor em seguir as orientações da instrutora, o qual tem o resultado esperado, evidente quando é invocada a sabedoria que sábios acumularam ao longo dos anos. d) explicita uma ação que inicialmente o autor realiza de maneira mecânica, mas que vai sendo cada vez mais reproduzida de modo consciente à medida que ele adentra um profundo estado meditativo. e) revela o tom de deboche do autor com relação à postura daqueles que ainda se esforçam em controlar sua ansiedade, já que ele deixa claro seu ceticismo quanto aos benefícios da meditação. Questão 12: FCC - AssT (DETRAN MA)/DETRAN MA/2018 [Viagem sem volta] Uma das nossas contradições fundamentais é a gente desejar viver na cidade grande e levar no inconsciente a intenção de criar em torno de nós a aldeia natal. Sabemos que a tranquilidade e a solidariedade da vila são imprescindíveis à respiração normal do psiquismo; mesmo assim, no dia de cumprir nosso destino enfiamos as roupas melhorzinhas e partimos para a cidade, onde as aflições são certas, mas podem vir misturadas com um novo prazer, com uma alegria inédita. Movidos por essa sensualidade das experiências novas e desafiadoras é que trocamos a paz preguiçosa e angelical da nossa província pelo festival demoníaco da metrópole. Pensará o jovem: “a terra de meu pai está cansada para as batatas...” E é assim que tantos partem para os grandes centros, agravando a poluição humana e deixando preocupado o ministro da Agricultura. (Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. O mais 11 estranho dos países. São Paulo, Companhia das Letras, 2013, p. 104) Ao se considerar que muitos partem para a experiência de uma alegria inédita, enfatiza-se a circunstância de que a) a vida na metrópole não deixa de ser, de qualquer modo, um prolongamento da paz preguiçosa e angelical da província. b) o festival demoníaco que identifica o modo de vida na metrópole impede o desfrute de algum novo prazer. c) o prazer do novo acabará por eliminar de vez a suspeita de que nos grandes centros as aflições são certas. d) tal descoberta ocorre em meio a experiências outras, como a da poluição humana proporcionada pelos grandes centros. e) essa busca ilusória acarretará, entre outras consequências, prejuízos para a qualidade de vida nas pequenas cidades. Questão 13: FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE AM/Assistente Técnico Administrativo/2018 A questão baseia no texto apresentado abaixo. Crônica de gente pouco importante: Manaus, século XIX Sei que vocês nunca ouviram falar de Apolinária. Nem poderiam. Ela faz parte de um conjunto de pessoas que jamais usufruíram de notoriedade. Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto de Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico de escravos se tornou ilegal como parte de um conjunto de acordos internacionais, os africanos livres eram os indivíduos que compunham a carga dos navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 1831, se a apreensão ocorresse em águas brasileiras, eles ficavam sob tutela estatal e deviam prestar serviços ao Estado ou a particulares por 14 anos até sua emancipação. Com isso, os africanos livres chegaram aos quatro cantos do Império, inclusive ao Amazonas. Apolinária foi designada para trabalhar na recém- instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram junto. Ali já estavam outros africanos livres que, além da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram responsáveis pela supervisão do trabalho dos índios que vinham das aldeias para servir nas obras públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até 1858, quando a olaria foi fechada para se transformar em uma nova escola: os Educandos Artífices. A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos. Diferente dos outros, não ia precisar se mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar ali com os filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário não era grande coisa, mas a amizade antiga com Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. A tranquilidade durou pouco. O diretor dos Educandos, certamente mal informado pela boataria maledicente, a demitiu do cargo alegando que era ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses depois, Apolinária já estava de volta ao trabalho nas obras públicas, com destino incerto. Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceu com Apolinária porque ela desapareceu da documentação, mas os fragmentos de sua vida que pude recuperar são poderosos para iluminar cenas da vida desta cidade que estavam nas sombras. A presença negra no Amazonas é tratada de modo marginal na historiografia local e só muito recentemente vemos mudanças neste cenário. Há ainda muitas zonas de silêncio. A história de Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, entre eles, o fato de que a trajetória dessas pessoas que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite acessar um mundo bem pouco visível na história do Brasil: a diversidade de experiências que uniram índios, escravos, libertos e africanos livres no mundo do trabalho no século XIX. Falar dessa gente pouco importante é buscar dialogar com personagens reais e concretos. Suas vidas comuns foram, de fato, extraordinárias, cada uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que fazem a História acontecer todos os dias. (Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: http://amazoniareal.com.br. 06.08.2014) Uma das críticas expressas no texto recai sobre a) a falta de fiscalização dos navios de escravos que chegaram ao Brasil após a lei de 1831. b) o fato de os brasileiros desconhecerem a importância de Apolinária para a emancipação dos escravos. c) o tratamento degradante dado aos africanos em seu trajeto até os portos brasileiros no século XIX. d) a maneira como historiadores negligenciaram a participação africana na sociedade amazonense. e) o modo subserviente como escravos recém- libertos se relacionavam com seus antigos senhores. Questão 14: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL DF/Fotógrafo/2018 Durante o século XIX, as moças viviam reclusas sob o poder dos pais até o momento de passar, ainda adolescentes, às mãos do marido. Aos olhos dos estrangeiros, elas se interessavam prematuramente pelo sexo oposto: “antes de cumprir dez anos, uma menina conhece perfeitamente bem o valor dos http://amazoniareal.com.br/ 12 homens e o que é o flerte”, diria a inglesa May Frances em 1890. Não havia liberdade para escolher de acordo com o coração, e os arranjos promovidos pela família prevaleciam: “Minha filha, este é o teu futuro esposo”, sublinhava o missionário norte- americano Daniel Kidder, que, em 1837, via os pais entregarem as filhas aos amigos. Por muito tempo, o casamento foi um “negócio”, não só porque envolvia duas pessoas, mas porque se tratava de um mecanismopresidido pelos pais. (Adaptado de: DEL PRIORE, Mary. Histórias e conversas de mulher. São Paulo, Planeta, 2013, p. 44-45) A autora descreve o casamento no século XIX como um “negócio”, chamando a atenção para a) os arranjos matrimoniais que privilegiavam os pretendentes estrangeiros. b) o modo como os estrangeiros davam preferência às moças mais novas. c) o fato de as moças se casarem antes mesmo de ter interesse pelo sexo oposto. d) os conflitos que ocorriam quando a mulher se casava sem ter afeto pelo marido. e) a falta de autonomia das moças quanto à escolha de seus maridos. Questão 15: FCC - Estag (SABESP)/SABESP/Ensino Médio Regular/2018 Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. Casos de malária crescem 50% e põem Região Norte do país em alerta Depois de sete anos de queda, o número de casos de malária avançou 50% no último ano e tem gerado alerta na região Norte e em alguns outros estados do país. Dados contabilizados pelo Ministério da Saúde e obtidos pela Folha apontam 194 mil registros em todo o ano de 2017 − um aumento de 50% em relação ao ano anterior. Em 2016, para efeito de comparação, o país chegou a alcançar o menor número de casos já registrado nos últimos 37 anos: 129 mil. Em 2017, dados de janeiro, ainda preliminares, apontam que o avanço continua: são 17 mil confirmações. Desse total, 99% são em estados da região amazônica, que é endêmica para a doença, em especial Amazonas, Acre e Pará. O número de mortes ainda não foi atualizado. Foram 11, de janeiro a maio de 2017, o que não permite comparações com todo o ano de 2016. A doença, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre em regiões rurais e acomete principalmente populações mais vulneráveis, em locais com más condições de saneamento e invasões em áreas de mata, por exemplo. Entre os registros, também cresceram casos de malária falciparum, nome dado à forma da doença causada pelo protozoário Plasmodium Falciparum, que é mais grave. (Adaptado de: CANCIAN, Natália. Disponível em: www.folha.uol.com.br) A doença, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre em regiões rurais e acomete principalmente populações mais vulneráveis... (último parágrafo) De acordo com informações do texto, a explicação para o significado de populações mais vulneráveis está em: a) Sem casas de alvenaria e com distanciamento de áreas de matas. b) Com muita poluição do ar e com invasões em áreas empresariais. c) Com condições de sanidade ruim e com áreas invadidas por insetos. d) Sem condições adequadas de encanamento e de fornecimento de água potável. e) Com más condições de saneamento e invasões em áreas de mata. Questão 16: FCC - Tec Leg (ALESE)/ALESE/Apoio Técnico Administrativo/2018 Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. Um filme publicitário traz um ator interpretando um boçal no pavilhão de uma Bienal. O almofadinha, vestindo pulôver escuro com gola rolê, cita autores como Nietzsche e Méliès, entre outros, para compor um discurso afetado e vazio por meio do qual definia uma suposta obra de arte. É o velho clichê do crítico intelectual. Vi a propaganda no mesmo dia em que a Câmara Brasileira do Livro e a Amazon anunciaram uma nova categoria do prêmio Jabuti: a dos melhores romances, contos, crônicas e poesia, na opinião dos leitores. O prêmio da Escolha do Leitor foi anunciado em tom de inovação democrática. O mesmo argumento tem 13 sustentado algumas das estratégias de mercado draconianas de grandes corporações de internet. Afinal, dá-se voz ao leitor, que agora pode pôr em xeque decisões arbitrárias de um punhado de críticos que não representam a opinião da maioria. Nesse sentido, a Escolha do Leitor menos inova do que aperfeiçoa uma tendência que já coroava as edições anteriores do prêmio: o Livro do Ano. Escolhido pelos livreiros, ele contempla os títulos com mais chances de corresponder às expectativas do mercado, muitas vezes contrariando os resultados das categorias literárias. A principal ressalva à inovação democrática do Jabuti, entretanto, é que já existe um prêmio do leitor. Ele se chama lista dos mais vendidos e é outorgado no mundo inteiro. É claro que há diferenças. A favor da nova categoria, deve-se dizer que o leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas. Ou seja, pela via do meio, o novo prêmio atenderia ao mercado sem exonerar a crítica. Mas, então, por que prêmios literários prestigiados mundo afora ignoram a opinião da maioria? A resposta é simples. A despeito de seus eventuais equívocos (e não são poucos), os prêmios literários não foram criados para corresponder a critérios objetivos de mercado. Os prêmios literários são asserções (com frequência, inerciais; às vezes, justas e corajosas − e a coragem não costuma ser fruto do consenso) sobre o que um grupo de pessoas, selecionadas por motivos nem sempre claros ou acertados, acredita que deve ser defendido em termos de subjetividade e exceção. Ao atribuir o prêmio de literatura a Bob Dylan, por exemplo, o Nobel tomou uma decisão idiossincrática, mas que exalta o que há de subjetivo tanto em escrever como em ler e premiar literatura. Ao contrário, exceção e subjetividade não fazem parte do vocabulário das grandes corporações de internet. É o que torna tanto mais curioso que um dos poucos prêmios literários brasileiros de prestígio tenha incorporado a lógica pleonástica dos algoritmos que estruturam a rede (o que mais se lê também é cada vez mais lido). Não é mais uma perspectiva subjetiva, mas sim uma forma de endossar a premissa de que não se deve contrariar o gosto do "leitor" (seja ele quem for, de preferência uma média que represente muitos). Hoje, mais do que nunca, soa antipático e antidemocrático pôr em dúvida essa ideia generalizada de leitor. Mas fazer o indivíduo acreditar que não precisa se esforçar para entender o que lhe escapa ou o que o contraria (como propõe a propaganda da Bienal) tem menos a ver com o respeito pela formação de um leitor ou um espectador autônomo, reflexivo, do que com a sua redução a potencial de lucro e com o estreitamento correlato de seus horizontes intelectuais e subjetivos. (Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. “A opinião dos leitores e a crítica”. Disponível em: folha.uol.com.br. Acesso em: 10/3/2018) Depreende-se corretamente do contexto: a) O segmento soa antipático e antidemocrático pôr em dúvida essa ideia generalizada de leitor (último parágrafo) reitera o ponto de vista do autor de que a nova categoria do prêmio Jabuti (Escolha do leitor) é inovadora e democrática. b) O autor condena a escolha do compositor Bob Dylan para o prêmio Nobel de literatura, referindo-se ao teor excessivamente subjetivo nos critérios de tal premiação. c) As aspas que destacam o termo “leitor” (9o parágrafo) apontam para o questionamento de uma “ideia generalizada de leitor”, conforme se explicita no parágrafo seguinte. d) Os vencedores de prêmios literários são escolhidos por meio de critérios objetivos, os quais, atualmente, consideram também o desempenho nas vendas, que já indica quais obras possuem caráter de exceção. e) A categoria Escolha do leitor do prêmio Jabuti representa, para o autor, um aperfeiçoamento da tendência de reconhecer obras que atendem aos critérios objetivos do mercado, os quais deveriam balizar o teor um tanto presunçoso da crítica literária. Questão 17: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL DF/Fotógrafo/2018 É um pássaro? É um avião? Não, é uma borboleta Há 30 anos, Brasília se tornava Patrimônio Cultural da Humanidade. Primeira (e ainda única) cidade moderna com tal honraria, a capital do país foi inscrita na lista de Patrimônio da Unesco em 7 de dezembro de 1987. O Comitê do Patrimônio Mundialda Unesco reconheceu a capital obra-prima do gênio criativo humano e exemplo eminente de conjunto arquitetural que representava período significativo da história. Para o comitê, Brasília era um marco do movimento moderno. Mas, para ganhar o título de patrimônio mundial, precisava de leis para protegê-la de alterações e deturpações fatais. A cidade construída em 1.296 dias, a partir de 1956, não contava com essa cobertura. Não havia nada que a livrava dos males da especulação imobiliária e de outras ameaças. 14 Ao tomar conhecimento desse entrave, o então governador de Brasília, José Aparecido de Oliveira, publicou o decreto, em outubro de 1987, regulamentando a Lei nº 3.751, de 13 de abril de 1960, de preservação da concepção urbanística de Brasília. Em síntese, a lei manda respeitar as quatro escalas que definem os traços essenciais da capital, ou seja, as quatro dimensões dos quatro modos de viver na cidade. Criadas por Lucio Costa para organizar o sítio urbano que havia apresentado no concurso público aberto pelo Governo Federal para escolher o projeto da nova capital brasileira, as escalas são definidas como monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais, incluindo a vegetação nativa). Com elas, o urbanista deixou claras as funções de cada espaço da cidade, definindo os setores de trabalho, moradia, serviços e lazer, em harmonia com a natureza. Era justamente esse conceito o grande trunfo de Brasília, que trazia um desenho único de cidade. Diferentemente do que muitos pensam, seria tombado o projeto urbanístico de Lucio Costa e não os prédios modernistas de Oscar Niemeyer. Esses viriam a ser protegidos por meio de outras leis. Mas as obras de Niemeyer contribuíram para a conquista do título da Unesco. Os representantes da organização ressaltaram que cada elemento − da arquitetura das áreas residenciais e administrativas à simetria dos edifícios − dos traços de Niemeyer estavam em harmonia com o desenho geral da cidade. Assim como o plano de Lucio, a Unesco considerou os prédios inovadores e criativos. Para muitos, o Plano Piloto lembra um avião. Mas Lucio Costa o comparava a uma borboleta. O arquiteto Leon Pressouyre, o relator da candidatura de Brasília ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco, viu “um pássaro gigante voando em direção ao sudeste”. O certo é que o tombamento protegeu uma ideia de liberdade. (Adaptado de: ALVES, Renato. http://blogs.correiobraziliense.com.br) O tombamento de Brasília deveu-se, principalmente, a) ao plano urbanístico de Lucio Costa, que dividiu os espaços de acordo com suas funções. b) aos esforços de José Aparecido de Oliveira para criar uma lei regularizando os edifícios públicos da cidade. c) ao arquiteto Leon Pressouyre, que criou um comitê próprio para a avaliação de cidades modernas. d) à parceria de Oscar Niemeyer e Leon Pressouyre, cuja meta era desenhar uma cidade que privilegiasse o lazer. e) a Lucio Costa, que, atendendo à orientação de José Aparecido de Oliveira, buscou integrar espaço urbano e natureza. Questão 18: FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE AM/Assistente Técnico Administrativo/2018 A questão baseia no texto apresentado abaixo. Limites da ciência Os deuses parecem ter um prazer especial em desmoralizar quem faz profecias sobre os limites da ciência. Auguste Comte afirmou, em 1835, que nunca surgiria um meio para estudarmos a composição química das estrelas. Bem, o método existe e hoje sabemos do que elas são feitas. Sabemos até que nós somos feitos de poeira estelar. É verdade que Comte não era cientista, mas filósofo. Só que cientistas não se saem muito melhor. Um dos maiores físicos de seu tempo, lorde Kelvin, escreveu em 1900: "Não há mais nada novo a ser descoberto na física; só o que resta fazer são medidas cada vez mais precisas". Vieram depois disso relatividade, mecânica quântica, modelo padrão etc. Marcus du Sautoy conta essas histórias em The Great Unknown (O Grande Desconhecido). Ele sabe, portanto, que caminha em terreno perigoso quando se propõe a discutir os limites do conhecimento humano. Mas Du Sautoy, que é professor de matemática em Oxford e autor de vários livros de divulgação, tenta jogar em território razoavelmente seguro. Ele vai às fronteiras da ciência em que já temos informações suficientes para saber que há barreiras formidáveis a um conhecimento total. A teoria do caos, por exemplo, assegura que nunca conseguiremos fazer previsões de longo prazo acerca de fenômenos como a meteorologia e engarrafamentos de trânsito. O problema é que alterações mínimas nas condições iniciais podem produzir alterações dramáticas depois de um tempo – e nós nunca temos conhecimento completo do presente. Analogamente, ele mostra como o princípio da incerteza, a extensão do cosmo e a provável inexistência do tempo também limitam a possibilidade de conhecimento. Ao final, Du Sautoy retorna à sua especialidade e mergulha nas implicações dos teoremas da incompletude de Gödel, que criam embaraços para a própria matemática. É diversão certa para quem gosta de grandes questões. (Hélio Schwartsman. Disponível em: www.folha.uol.com.br. 19.11.2017) http://www.folha.uol.com.br/ 15 Entre os objetivos do texto estão a) questionar a existência do tempo e censurar a teoria do caos. b) apresentar o livro de Du Sautoy e recomendar a sua leitura. c) conferir à filosofia status de ciência e opor-se à tese de Du Sautoy. d) reprovar o obscurantismo dos filósofos e elogiar a clareza dos cientistas. e) detalhar as correntes científicas atuais e anunciar seus limites. Questão 19: FCC - Tec Leg (ALESE)/ALESE/Taquigrafia/2018 Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. Dialeto do Planalto Brasília é recente - foi fundada há menos de 60 anos -, mas, com contribuições de várias partes do país, formou a própria identidade. Descubra expressões típicas de lá que ajudam a revelar o jeito de ser do povo da capital federal. Ele é muito aguado. Refere-se a alguém que chora por qualquer coisa e de forma fingida - ou seja, um manteiga-derretida especializado em lágrimas de crocodilo. Nunca vi garçom tão apagado! É assim que os brasilienses se referem a alguém lento, lerdo. “Apagar” também pode ser sinônimo de assassinar. Só pode ser agá. “Agá”, em Brasília, é piada. E por lá corre o seguinte “agá”: não é à toa que o prédio do Congresso Nacional tem o formato dessa letra... Eu vou de camelo. Famoso por fazer parte da letra da música Eduardo e Mônica, da Legião Urbana, o termo “camelo” denota bicicleta. Quando ela chegou, dei de cabrito. Sabe-se lá por que o filhote da cabra ganhou essa fama no Distrito Federal: “dar de cabrito” é sair de fininho, à francesa. (Adaptado de: IACONIS, Heloísa. Todos. São Paulo: Mol, Fevereiro/março, p. 37) É correto afirmar: a) A articulação do texto explora, além das relações linguísticas, recursos gráficos, permitindo estes, por exemplo, a precisa identificação do elemento que se define. b) O uso simultâneo da expressão popular sair de fininho e da expressão erudita sair à francesa confirma, pela heterogeneidade dos registros, o tom jocoso do texto. c) O emprego de essa, em essa fama, é inapropriado, uma vez que não há referência anterior nem posterior ao termo fama. d) O parágrafo em que se define aguado oferece como sinônimo, após o segmento ou seja, uma única expressão popular em todo o país. e) No trecho do texto relativo a agá, o uso de aspas é inconsistente e dificulta a identificação da palavra sinônima. Questão 20: FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE AM/Assistente Técnico Administrativo/2018 A questão baseia no texto apresentado abaixo. Crônica de gente pouco importante: Manaus, século XIX Sei que vocês nunca ouviram falarde Apolinária. Nem poderiam. Ela faz parte de um conjunto de pessoas que jamais usufruíram de notoriedade. Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto de Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico de escravos se tornou ilegal como parte de um conjunto de acordos internacionais, os africanos livres eram os indivíduos que compunham a carga dos navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 1831, se a apreensão ocorresse em águas brasileiras, eles ficavam sob tutela estatal e deviam prestar serviços ao Estado ou a particulares por 14 anos até sua emancipação. Com isso, os africanos livres chegaram aos quatro cantos do Império, inclusive ao Amazonas. Apolinária foi designada para trabalhar na recém- instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram junto. Ali já estavam outros africanos livres que, além da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram responsáveis pela supervisão do trabalho dos índios que vinham das aldeias para servir nas obras públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até 1858, quando a olaria foi fechada para se transformar em uma nova escola: os Educandos Artífices. A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos. Diferente dos outros, não ia precisar se mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar ali com os filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário não era grande coisa, mas a amizade antiga com Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. A tranquilidade durou pouco. O diretor dos 16 Educandos, certamente mal informado pela boataria maledicente, a demitiu do cargo alegando que era ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses depois, Apolinária já estava de volta ao trabalho nas obras públicas, com destino incerto. Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceu com Apolinária porque ela desapareceu da documentação, mas os fragmentos de sua vida que pude recuperar são poderosos para iluminar cenas da vida desta cidade que estavam nas sombras. A presença negra no Amazonas é tratada de modo marginal na historiografia local e só muito recentemente vemos mudanças neste cenário. Há ainda muitas zonas de silêncio. A história de Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, entre eles, o fato de que a trajetória dessas pessoas que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite acessar um mundo bem pouco visível na história do Brasil: a diversidade de experiências que uniram índios, escravos, libertos e africanos livres no mundo do trabalho no século XIX. Falar dessa gente pouco importante é buscar dialogar com personagens reais e concretos. Suas vidas comuns foram, de fato, extraordinárias, cada uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que fazem a História acontecer todos os dias. (Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: http://amazoniareal.com.br. 06.08.2014) A autora explicita uma conjectura na seguinte passagem do texto: a) Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto de Manaus. (2° parágrafo) b) Com isso, os africanos livres chegaram aos quatro cantos do Império, inclusive ao Amazonas. (2° parágrafo) c) Diferente dos outros, não ia precisar se mudar para o outro lado do igarapé. (4° parágrafo) d) Apolinária foi designada para trabalhar na recém- instalada Olaria Provincial. (3° parágrafo) e) O diretor dos Educandos, certamente mal informado pela boataria maledicente, a demitiu do cargo [...]. (4° parágrafo) Questão 21: FCC - Tec Fis Ag (AGED MA)/AGED MA/2018 A questão baseia no texto apresentado abaixo. Visitante ao penetrar neste país deixe a alma entreaberta quem dorme em São Luís acorda poeta. (Adaptado de: CASSAS, Luís Augusto. A poesia sou eu − Poesia reunida. Rio de Janeiro, Imago, 2012, v. 2, p. 410) Com a palavra visitante, o eu poético a) nomeia seu interlocutor, a quem dirige um conselho. b) critica o turista que não escolhe São Luís como seu destino. c) satiriza o compatriota insatisfeito com sua terra natal. d) invoca o poeta nascido em São Luís, cuja sensibilidade é especial. e) censura a alienação do turista, alheio às mazelas do lugar que visita. Questão 22: FCC - Estag (SABESP)/SABESP/Ensino Médio Regular/2018 Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. Casos de malária crescem 50% e põem Região Norte do país em alerta Depois de sete anos de queda, o número de casos de malária avançou 50% no último ano e tem gerado alerta na região Norte e em alguns outros estados do país. Dados contabilizados pelo Ministério da Saúde e obtidos pela Folha apontam 194 mil registros em todo o ano de 2017 − um aumento de 50% em relação ao ano anterior. Em 2016, para efeito de comparação, o país chegou a alcançar o menor número de casos já registrado nos últimos 37 anos: 129 mil. Em 2017, dados de janeiro, ainda preliminares, apontam que o avanço continua: são 17 mil confirmações. Desse total, 99% são em estados da região amazônica, que é endêmica para a doença, em especial Amazonas, Acre e Pará. O número de mortes ainda não foi atualizado. Foram 11, de janeiro a maio de 2017, o que não permite comparações com todo o ano de 2016. A doença, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre em regiões rurais e acomete principalmente populações mais vulneráveis, em locais com más condições de saneamento e invasões em áreas de mata, por exemplo. Entre os registros, também cresceram casos de malária falciparum, nome dado à forma da doença causada pelo protozoário Plasmodium Falciparum, que é mais grave. (Adaptado de: CANCIAN, Natália. Disponível em: www.folha.uol.com.br) http://amazoniareal.com.br/ 17 De acordo com o texto, é correto afirmar: a) Os casos de morte não foram totalmente computados – foram 11, de janeiro a maio de 2016, não permitindo comparações com esse ano todo. b) A maior quantidade de ocorrências de casos de malária em 2016 foi no estado do Amazonas, que é endêmico para a doença. c) Os estados mais afetados pela doença em 2017 foram os do Nordeste do país, perfazendo um total de 99% dos casos. d) Existe um tipo de malária menos preocupante, menos grave atualmente, denominado malária falciparum. e) Em 2016 o país chegou a apresentar o menor número de casos de malária nos últimos 37 anos; já em 2017 houve um aumento de 50% dos casos em comparação com 2016. Questão 23: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL DF/Fotógrafo/2018 É um pássaro? É um avião? Não, é uma borboleta Há 30 anos, Brasília se tornava Patrimônio Cultural da Humanidade. Primeira (e ainda única) cidade moderna com tal honraria, a capital do país foi inscrita na lista de Patrimônio da Unesco em 7 de dezembro de 1987. O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco reconheceu a capital obra-prima do gênio criativo humano e exemplo eminente de conjunto arquitetural que representava período significativo da história. Para o comitê, Brasília era um marco do movimento moderno. Mas, para ganhar o título de patrimônio mundial, precisava de leis para protegê-la de alterações e deturpações fatais. A cidade construída em 1.296 dias, a partir de 1956, não contava com essa cobertura. Não havia nada que a livrava dos males da especulação imobiliária e de outras ameaças. Ao tomar conhecimento desse entrave, o então governador de Brasília, José Aparecido de Oliveira, publicou o decreto, em outubro de 1987, regulamentando a Lei nº 3.751, de 13 de abril de 1960, de preservação da concepção urbanística de Brasília. Em síntese, a lei manda respeitar as quatro escalas que definem os traços essenciais da capital, ou seja, as quatro dimensões dos quatro modos de viver na cidade.Criadas por Lucio Costa para organizar o sítio urbano que havia apresentado no concurso público aberto pelo Governo Federal para escolher o projeto da nova capital brasileira, as escalas são definidas como monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais, incluindo a vegetação nativa). Com elas, o urbanista deixou claras as funções de cada espaço da cidade, definindo os setores de trabalho, moradia, serviços e lazer, em harmonia com a natureza. Era justamente esse conceito o grande trunfo de Brasília, que trazia um desenho único de cidade. Diferentemente do que muitos pensam, seria tombado o projeto urbanístico de Lucio Costa e não os prédios modernistas de Oscar Niemeyer. Esses viriam a ser protegidos por meio de outras leis. Mas as obras de Niemeyer contribuíram para a conquista do título da Unesco. Os representantes da organização ressaltaram que cada elemento − da arquitetura das áreas residenciais e administrativas à simetria dos edifícios − dos traços de Niemeyer estavam em harmonia com o desenho geral da cidade. Assim como o plano de Lucio, a Unesco considerou os prédios inovadores e criativos. Para muitos, o Plano Piloto lembra um avião. Mas Lucio Costa o comparava a uma borboleta. O arquiteto Leon Pressouyre, o relator da candidatura de Brasília ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco, viu “um pássaro gigante voando em direção ao sudeste”. O certo é que o tombamento protegeu uma ideia de liberdade. (Adaptado de: ALVES, Renato. http://blogs.correiobraziliense.com.br) Considerando-se o contexto, o vocábulo Mas, em Mas as obras de Niemeyer contribuíram para a conquista do título da Unesco, sinaliza que a) não é certo que as obras de Niemeyer possam ter contribuído para a conquista do título da Unesco. b) há quem possa concluir que as obras de Niemeyer não tenham contribuído para a conquista do título da Unesco. c) tem razão quem defende que as obras de Niemeyer não contribuíram para a conquista do título da Unesco. d) a conquista do título da Unesco não tem qualquer tipo de relação com as obras de Niemeyer. e) a Unesco agiu mal em não considerar as obras de Niemeyer ao atribuir o título à cidade. Questão 24: FCC - Tec Fis Ag (AGED MA)/AGED MA/2018 Diógenes de Sínope viveu no ano 336 a.C., em Corinto. Alexandre Magno, rei da Macedônia, foi ao seu encontro, para satisfazer o desejo de falar com o 18 grande sábio. Ao encontrá-lo, disse-lhe: − Sou Alexandre, rei da Macedônia. E aproximou-se tanto do velho filósofo, que sua sombra se projetou sobre ele. Respondeu Diógenes: − Eu sou Diógenes, o cínico. Alexandre, vendo o estado de fragilidade material do velho filósofo, que não acreditava em bens materiais, disse-lhe: − Ó Diógenes, formula um desejo, e eu farei com que ele se cumpra, por mais difícil que seja! Entre os dois, estabeleceu-se um silêncio. Diógenes encontrava-se na mesma posição, à sombra do rei da Macedônia. E respondeu: − Afasta- te, não me tapes o sol. Alexandre atendeu ao pedido e afastou-se rapidamente. A resposta de Diógenes ficou para a história, como expressão de humildade, desapego e desprendimento. Ele não queria mais do que a luz do sol, um bem que não precisava do poder do rei para ser usufruído. (Adaptado de: NETO, Aureliano. Sei lá, a vida tem sempre razão. www.oprogressonet.com) No último parágrafo, o autor a) contesta o rótulo de sábio atribuído a Diógenes de Sínope. b) propõe uma reflexão sobre os significados de riqueza e autoridade. c) confirma a postura altruísta de Alexandre Magno, rei da Macedônia. d) questiona a validade histórica do encontro entre Diógenes e Alexandre. e) sugere que os ricos estão moralmente impedidos de desfrutar da luz solar. Questão 25: FCC - Ass TD (DPE AM)/DPE AM/Assistente Técnico Administrativo/2018 A questão baseia no texto apresentado abaixo. Crônica de gente pouco importante: Manaus, século XIX Sei que vocês nunca ouviram falar de Apolinária. Nem poderiam. Ela faz parte de um conjunto de pessoas que jamais usufruíram de notoriedade. Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto de Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico de escravos se tornou ilegal como parte de um conjunto de acordos internacionais, os africanos livres eram os indivíduos que compunham a carga dos navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 1831, se a apreensão ocorresse em águas brasileiras, eles ficavam sob tutela estatal e deviam prestar serviços ao Estado ou a particulares por 14 anos até sua emancipação. Com isso, os africanos livres chegaram aos quatro cantos do Império, inclusive ao Amazonas. Apolinária foi designada para trabalhar na recém- instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram junto. Ali já estavam outros africanos livres que, além da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram responsáveis pela supervisão do trabalho dos índios que vinham das aldeias para servir nas obras públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até 1858, quando a olaria foi fechada para se transformar em uma nova escola: os Educandos Artífices. A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos. Diferente dos outros, não ia precisar se mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar ali com os filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário não era grande coisa, mas a amizade antiga com Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. A tranquilidade durou pouco. O diretor dos Educandos, certamente mal informado pela boataria maledicente, a demitiu do cargo alegando que era ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses depois, Apolinária já estava de volta ao trabalho nas obras públicas, com destino incerto. Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceu com Apolinária porque ela desapareceu da documentação, mas os fragmentos de sua vida que pude recuperar são poderosos para iluminar cenas da vida desta cidade que estavam nas sombras. A presença negra no Amazonas é tratada de modo marginal na historiografia local e só muito recentemente vemos mudanças neste cenário. Há ainda muitas zonas de silêncio. A história de Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, entre eles, o fato de que a trajetória dessas pessoas que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite acessar um mundo bem pouco visível na história do Brasil: a diversidade de experiências que uniram índios, escravos, libertos e africanos livres no mundo do trabalho no século XIX. Falar dessa gente pouco importante é buscar dialogar com personagens reais e concretos. Suas vidas comuns foram, de fato, extraordinárias, cada uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que fazem a História acontecer todos os dias. (Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: http://amazoniareal.com.br. 06.08.2014) A grafia de história, em minúscula no penúltimo parágrafo, e a de História, iniciada por maiúscula no último parágrafo, enfatizam a distinção estabelecida entre os dois usos do vocábulo, empregado, respectivamente, com os sentidos de a) particularidade e coletividade. http://amazoniareal.com.br/ 19 b) invenção e fato. c) certeza e dúvida. d) universalidade e individualidade. e) emoção e razão. Questão 26: FCC - Contr SS (SABESP)/SABESP/2018 Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. Foi em 1964. Vinícius de Moraes esperava pelo jornalista e compositor Antônio Maria num chalezinho em Barão de Mauá, onde tinham combinado passar alguns dias. Eram mais que amigos − irmãos. De repente, foram dar a Vinícius a notícia de que Antônio Maria morrera na véspera, de infarto. Viníciussentiu o que chamou de “coice da morte” e se deixou ficar, arrasado, na varanda do chalé. Naquele momento, um passarinho entrou pela varanda e começou a fazer evoluções à sua volta. Era um passarinho gordo, como Maria. O poeta escreveu depois: “Tenho certeza que aquele passarinho gordo era você, meu Maria, fazendo palhaçada para me tirar da fossa”. Vinícius tinha prática nesses assuntos. Em 1955, morrera-lhe outro amigo querido, Jayme Ovalle. Dias depois, Vinícius escreveu a Manuel Bandeira: “Ele [Ovalle] não tem me largado um instante. Agora mesmo que estou te escrevendo, está sentado na poltrona em frente” − e descreveu uma longa cena do amigo morto que o visitava. Ovalle morrera no Rio e Vinícius estava em Paris, detalhe insignificante no além. Quando se perde um amigo, vêm o vazio e a sensação de que, por mais que se falassem, os dois não disseram tudo. (Adaptado de: CASTRO, Ruy. Disponível em: folha.uol.com.br. Acessado em: 30/3/18) Considere as afirmações abaixo a respeito da crônica de Ruy Castro. I. Em Vinícius de Moraes esperava pelo jornalista e compositor Antônio Maria num chalezinho em Barão de Mauá, onde tinham combinado passar alguns dias (1º parágrafo), os tempos verbais indicam, respectivamente, uma ação que estava se processando e outra anterior a ela. II. A partir da afirmação de que Vinícius tinha prática nesses assuntos (2º parágrafo), depreende-se que ele já havia escrito poemas sobre tais questões, de modo que pôde enfrentar a perda de Maria com serenidade. III. Com o comentário detalhe insignificante (2º parágrafo), o autor refere-se, com humor, à grande distância entre o Rio e Paris. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) I e II. c) I e III. d) III. e) I. Questão 27: FCC - Tec Leg (CL DF)/CL DF/Fotógrafo/2018 As cirurgias plásticas nunca estiveram tão presentes e ao alcance como agora. A partir do barateamento dos recursos de reprodução de imagens em grande escala, ocorreu um fenômeno diferente, senão oposto, daquele proposto por Oswald de Andrade e pelo movimento antropofágico de 1928. Da antropofagia criativa, nós, consumidores, passamos para a “iconofagia”, a devoração indiscriminada de padrões de uma cultura universal de imagens pasteurizadas e homogeneizadas. A transformação do corpo em corpo-imagem é alardeada pelos mais diversos aparatos midiáticos como um avanço da medicina estética. Existem inúmeros veículos destinados a mostrar que nosso corpo não corresponde ao modelo imagético vigente e que cada um deve investir tempo e dinheiro para ficar “em forma”. O “corpo ideal” almejado por tantas mulheres (famosas ou não) faz parte de um ideal estético que Umberto Eco denominou “beleza da mídia”. Uma beleza “de e para o consumo” (de coisas ou imagens). Portar uma “beleza midiática” não significa ser saudável, mas ter uma imagem moldada para ser exposta. As diversas possibilidades de tornar o formato dos corpos reais o mais próximo possível da “beleza midiática” são artifícios de uma era iconofágica, de uma era de imagens que valem mais do que os corpos. Quando milhares de mulheres veem na mídia atributos esculpidos digitalmente, ou encontram nas celebridades exemplos de formatos corporais a serem seguidos, essas imagens não fazem outra coisa senão devorá-las diariamente. A “beleza midiática”, ou seja, tornar-se uma imagem poderosa, arrebata a mulher de forma avassaladora. Se há uma propriedade inerente às imagens, é sua capacidade de condensar e carregar sentidos, 20 emoções e sentimentos, histórias, anseios, sonhos e projetos. Daí emerge seu enorme poder de captura. (Adaptado de: SANCHES, Rodrigo Daniel e BAITELLO Jr, Norval. Folha de São Paulo.) Identifica-se noção de causa e consequência, respectivamente, entre as seguintes ideias do texto: a) a capacidade das imagens de condensar e carregar sentidos // a transformação do corpo em corpo-imagem b) o fato de milhares de mulheres verem na mídia corpos esculpidos digitalmente // a transformação do corpo em corpoimagem c) o “corpo ideal” almejado pelas mulheres // o ideal estético denominado por Umberto Eco de “beleza da mídia” d) o barateamento dos recursos de reprodução de imagens // o surgimento da “iconofagia” e) o surgimento da “iconofagia” // o ideal estético denominado por Umberto Eco de “beleza da mídia” Questão 28: FCC - Aux Fis Ag (AGED MA)/AGED MA/2018 A questão baseia no texto apresentado abaixo. GATONET' poderá render multa e cadeia para quem instala e para quem usa Ter TV por assinatura com 'sinal pirateado', prática mais conhecida como 'gatonet', poderá se tornar crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n° 186/2013 começou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta semana e, caso aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação e recepção clandestina de sinal de TV por assinatura. Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. Também está prevista reclusão de seis meses a dois anos, com a possibilidade de aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a terceiros. Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para piratear sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no sistema sob legislação específica. Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a comercialização de equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos oficialmente pelas operadoras. A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A importação de produtos como esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem notícia da responsabilização penal de seus fornecedores pelo crime de contrabando. (Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br) Compreende-se corretamente do texto que, caso o projeto de Lei do Senado n° 186/2013 seja aprovado, a) a pirataria de sinal de TV será combatida. b) os aparelhos para piratear o sinal de TV terão permissão para ser livremente comercializados. c) muitas pessoas que já utilizaram a pirataria de sinal de TV serão beneficiadas. d) os fornecedores de equipamentos para piratear sinal de TV precisarão deixar o país. e) aqueles que já possuíram sinal de TV pirateado serão multados. Questão 29: FCC - Tec Leg (ALESE)/ALESE/Taquigrafia/2018 Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. Minha história começa numa ilha com pouco mais de duzentos habitantes, na baía de Todos os Santos. Uma fração de Brasil praticamente secreta, ignorada pelas modernidades e pelos mapas: nem o (quase) infalível Google Maps consegue encontrá-la. É nessa terra minúscula, a Ilha do Paty, que estão minhas raízes. O lugar é um distrito de São Francisco do Conde - município a 72 quilômetros de Salvador, próximo a Santo Amaro e conhecido por sua atual importância na indústria do petróleo. Na ilha, as principais fontes de renda ainda são a pesca, o roçado e ser funcionário da prefeitura. No Paty, sapatos são muitas vezes acessórios dispensáveis. Para atravessar de um lado para o outro na maré de águas verdes, o transporte oficial é a canoa, apesar de já existirem um ou outro barco, cedidos pela prefeitura. Ponte? Nem pensar, dizem os moradores, em coro. Quando alguém está no “porto" e quer chegar até o Paty, só precisa gritar: “Tomaquê!". Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba o que quer dizer “tomaquê". É uma redução, como “oxente", que quer dizer “O que é isso, minha gente". Ou “Ó paí, ó", que é “Olhe pra isso, olhe”. Ou seja, é simplesmente “Me tome aqui, do outro lado da margem". É muito mais gostoso gritar “Tomaquê!". Assim, algum voluntário pega sua canoa e cruza, a remo, um quilômetro nas águas verdes e calmas. Entre os dois
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