Estrutura Organizacional e os serviços de enfermagem_nova

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Estrutura Organizacional 
e os Serviços de 
Enfermagem
Disciplina: Enfermagem na Administração dos Serviços de Saúde
Profa. Ceres Neide Almeida Costa
Estrutura organizacional do S.E.
 Formalmente determina quem faz, o que e 
onde nas organizações, assim como as 
relações de autoridade e poder existentes 
entre os componentes organizacionais.
 Refere-se ao modo como é formado um 
grupo, suas linhas de comunicação e os meios 
pelos quais se canaliza a autoridade e são 
tomadas as decisões.
 A estrutura divide-se em formal e informal.
Organização formal
 Na organização formal a ênfase recai sobre
as posições organizacionais e o poder
formal.
 A estrutura formal costuma ser planejada e 
visível.
 Papéis e funções estão claros e organizados
de forma sistemática, com pessoas
diferentes tendo papéis distintos, com 
cargos e hierarquia evidentes.
Organização informal
 Na organização informal o foco se 
concentra nos funcionários e em seus
relacionamentos, no poder informal que é 
inerente a estes relacionamentos.
 A estrutura informal não tem planejamento, 
e está normalmente oculta. 
 Costuma ser uma rede social que se forma 
naturalmente entre os funcionários. 
 A rede tem seus próprios líderes e seus
proprios canais de comunicação.
Teoria e Burocracia Organizacional
 Max Weber, cientista social alemão é 
conhecido como pai da teoria organizacional.
 Características das burocracia: autoridade 
legal-racional, divisão do trabalho, hierarquia 
de autoridade, impessoalidade nas relações 
interpessoais, padronização na realização de 
tarefas, descrição dos direitos e deveres de 
cada cargo e competência técnica como 
critério para admissão e promoção.
Componentes da Estrutura 
Organizacional
 Relações e cadeia de comando – organograma.
 Alcance do controle – relação entre o alcance do 
controle e o número de escalões em uma 
organização. Alcance ideal de controle. Amplitude da 
supervisão
 Níveis Administrativos – alto, intermediário e 
primeiro escalão.
 Centralização – localização de um cargo no gráfico 
organizacional, é determinada pela distância 
organizacional.
Organograma
 É a representação gráfica da estrutura, ou 
seja, é a representação gráfica de órgãos e 
relações de autoridade existentes entre 
eles – indicando os órgãos por meio de 
retângulos, e as relações de autoridade 
por meio de linhas.
Organograma
Configuração Específica
Configuração Específica
Aspectos da estrutura organizacional do S.E.
 Na definição do S.E. devem ser 
considerados: a filosofia e os objetivos do 
S.E., o volume e a complexidade das 
atividades a serem executadas, os recursos 
disponíveis e as características desejáveis 
na estrutura.
Aspectos da estrutura organizacional do S.E.
 O conjunto de aspectos que caracterizam 
a organização do S.E.:
1. Divisão do trabalho e especialização
a. Especialização horizontal
b. Especialização vertical
2. Hierarquia
3. Autoridade e responsabilidade
a. Autoridade integral
b. Autoridade administrativa
c. Autoridade técnica
Divisão do trabalho e especialização
Especialização horizontal - Departamentalização
Diretora do 
Serviço de 
Enfermagem
Seção de 
Enferm. 
Médica
Seção de 
Enferm. 
Cirúrgica
Seção de 
Enferm. 
Especializada
Divisão do trabalho e especialização
Especialização vertical - Departamentalização
Departamento de 
Enfermagem
Serviço de 
Enferm. 
Médica
Serviço de 
Enferm. 
Cirúrgica
Serviço de 
Enferm. 
Obstétrica
Divisão de 
Enfermagem 
Médico- Cirúrgica
Divisão de 
Enfermagem 
Materno-Infantil
Serviço de 
Enfermagem 
Pediátrica
Alcance do controle ou 
amplitude da supervisão 
 O alcance do controle é inversamente 
proporcional ao nº de escalões na hierarquia de 
uma organização.
 O alcance ideal de controle depende de fatores 
como a natureza do trabalho, as capacidades do 
administrador, sua maturidade, a complexidade 
da tarefa e o escalão em que o trabalho se dá na 
organização.
 O excesso de funcionários se reportando ao 
mesmo administrador leva a um atraso nas 
decisões, e o inverso leva a ineficiência e 
inchaço de chefias.
Hierarquia/Níveis administrativos
Diretora da Divisão de 
Enfermagem
Assistentes
Diretoras de Área
Enfermeira Chefes e demais 
categorias da equipe de 
enfermagem
Nível Decisorial
Nível Intermediário
Nível 
Operacional
Tomada de decisão na 
hierarquia da organização
 Nas organizações com processos 
decisórios centralizados a execução das 
decisões são bastante ágeis.
 Já o processo decisório descentralizado 
permite que a solução de alguns 
problemas seja no nível em que ele 
ocorre.
 Quanto maior a organização, maior a 
necessidade de descentralizar o processo 
decisório.
Autoridade e Responsabilidade
Pirâmide Hierárquica
Área de Autoridade
Enfermeiras Chefes e demais 
categorias da equipe de 
enfermagem
Diretoras de Àrea
Diretora da Divisão de Enfermagem
Assistentes
Vantagens e limitações do 
organograma
Vantagens
1. Mapeia linhas de autoridade de tomada de decisão.
2. Ajuda as pessoas compreenderem suas tarefas e a dos colegas de trabalho.
3. Revela a administradores e novos funcionários sua posição na organização.
4. Contribui para uma estrutura organizacional sólida.
5. Mostra as linhas formais de comunicação.
Limitações
1. Apresenta somente as relações formais.
2. Não indica graus de autoridade.
3. É difícil de manter atualizado.
4. Pode mostrar mais as coisas como deveriam ser ou costumavam ser, do que 
como realmente são.
5. Pode limitar demais as funções de cada cargo.
6. Pode suscitar confusão entre autoridade e status.
Tipos de Estruturas 
Organizacionais
1. Estruturas lineares
2. Configuração Específica
3. Estrutura de matriz
Estruturas lineares
1. Estrutura de organização funcional
2. Estrutura de organização linear
3. Estrutura de organização linha-
assessoria
4. Configurações horizontais
Estrutura de organização funcional
É o tipo de estrutura organizacional que tem 
como base a “supervisão funcional”, 
proposta por Taylor (Administração 
Científica), que aplica o princípio da 
especialização das funções. Tem como 
característica a autoridade funcional.
Estrutura de organização funcional
Diretora do 
Serviço de 
Enfermagem
Assistente 
Técnica
Assistente 
Administrativa
Enfª Chefe 
da CM
Enfª Chefe 
da CC
Enfª Chefe da 
C. Pediátrica
Enfª Chefe 
da C. 
Obstétrica
Estrutura de organização funcional
 Vantagens: proporciona a especialização 
nos diversos órgãos ou cargos; permite 
melhor supervisão técnica; desenvolve 
comunicações diretas.
 Desvantagens: nem sempre é feito o que 
é solicitado; subordinação múltipla; 
tendência à concorrência entre 
especialistas.
Estrutura de organização linear
Constitui a forma mais simples, e foi 
concebida por Fayol (Teoria Clássica), 
influenciado pelas organizações militares 
e eclesiásticas dos tempos 
medievais.Apresenta uma forma piramidal
Estrutura de organização linear
Divisão de 
Enfermagem
Serviço de 
Enferm. 
Médico-
Cirúrgica
Serviço de 
Enferm. 
Materno-
Infantil
Seção de 
Enferm. 
Médica
Seção de 
Enferm.
Cirúrgica
Seção de 
Enferm. 
Obstétrica
Seção de 
Enferm. 
Pediátrica
Estrutura de organização linear
 Vantagens: é uma estrutura simples e de 
fácil compreensão, apresenta nítida e clara 
delimitação das responsabilidades.
 Desvantagens: rigidez e inflexibilidade da 
organização, dificultando a inovação e a 
adaptação da organização a novas situações, 
e congestionamento das linhas formais de 
comunicação, que geralmente são 
demoradas e sujeitas a distorções.
Estrutura de organização linha-
assessoria
Para o aconselhamento e recomendações aos 
órgãos de linha, Fayol propôs órgãos staff 
ou de assessoria, que não obedecem aos 
princípios de hierarquia e da autoridade de 
comando, dando origem a esse tipo de 
estrutura, que busca incrementar asvantagens das estruturas linear e funcional 
e reduzir suas desvantagens.
Estrutura de organização linha-
assessoria
Diretora da 
Divisão de 
Enfermagem
Assistente Assistente
Enfª Chefe 
da CM
Enfª Chefe 
da CC
Enfª Chefe da 
C. Pediátrica
Enfª Chefe 
da C. 
Obstétrica
Comissão de 
Auditoria
Estrutura de organização linha-
assessoria
 Vantagens: Permite a manutenção da 
hierarquia (linha) e de especialização (staff) 
que fornece os serviços de assessoria e de 
consultoria.
 Desvantagens: Podem ocorrer conflitos 
entre os órgãos de linha e de assessoria, 
uma vez que o assessor não tem 
autoridade linear sobre os executores.
Configuração Horizontal
Diretora do 
Serviço de 
Enfermagem
Seção de 
Enferm. 
Médica
Seção de 
Enferm. 
Cirúrgica
Seção de 
Enferm. 
Especializada
Estrutura de matriz ou matricial
 É criada para dar ênfase a produto ou 
função.
 Tem uma cadeia de comando vertical e 
horizontal.
 É uma forma de manter as unidades 
funcionais, criando relações horizontais 
entre elas.
Estrutura de matriz ou matricial
Departamento 
de 
Enfermagem
Diretora da 
Divisão de 
Enferm. 
Médica
Diretora da 
Divisão de 
Enferm. 
Cirúrgica
Diretora da 
Divisão de 
Enferm. 
Pediátrica
Coordenador 
do Programa 
A
Coordenador 
do Programa 
B
Estrutura de matriz ou matricial
 Vantagens: Baixo nível de formalização, 
menos níveis hierárquicos, centralização 
de conhecimentos e experiência.
 Desvantagens: Tomadas de decisões 
lentas, dupla ou múltipla subordinação, 
complexidade da comunicação horizontal.
Administração Compartilhada
Posição hierárquica do S.E. na estrutura 
geral da organização
Subordinação imediata do S.E a pessoa ou 
grupo deliberativo da organização
Conselho 
Deliberativo
Superintendente
Departamento 
de 
Enfermagem
Departamento 
Médico
Departamento 
de 
Administração
Posição hierárquica do S.E. na 
estrutura geral da organização
Subordinação a 
pessoa ou serviço 
tecnicamente 
diferente
Conselho 
Deliberativo
Superintendente
Divisão de 
Farmácia
Departamento 
Médico
Departamento 
de 
Administração
Divisão de 
Enfermagem
Divisão de 
Nutrição
Atividades complementares 
para próxima aula
 Diferencie Cultura Organizacional. E 
Clima Organizacional 
 Exemplifique uma situação de Cultura 
Organizacional.
 Descreva o papel dos Comitês em 
organização. Exemplifique um Comitê e 
descreva seu papel dentro da organização.
 Quais as exigências mínimas necessárias 
para uma estrutura organizacional 
eficiente?
Referências
 KURCGANT, P. et al. Administração 
em enfermagem. Cap. 11. São Paulo, 
EPU, 1991.
 MARQUIS, B. L.; HUSTON, C. 
J. Administração e liderança em 
enfermagem: teoria e prática. 8. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2015.