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Leucose, Reticuloendoteliose e Bouba aviária

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LEUCOSE LINFOIDE E MIELÓIDE 
 
- São enfermidades oncogenicas que 
ocorrem em aves. 
 
Introdução: 
“É um termo genérico usado para designar 
doença neoplásica em aves causada por 
infecção por retrovírus indutores de 
neoplasias, sem especificação do tipo de 
tumor predominante ou tipo de vírus 
envolvido” 
Além de causar a leucose, o vírus afeta 
negativamente as aves para atingirem a 
maturidade sexual, intereferindo também 
na produção de ovos – com relação ao 
peso do ovo e também esta relacionado a 
mortalidade dos animais e dificuldade de 
manutenção e ganho de peso corporal. 
• Leucose linfoide (linfomatose 
visceral) 
• Leucose mieloide 
(mieloblastose/mielocitomatose) 
• Leucose eritroide (eritroblastose) 
 
Tumores malignos e benignos 
Alta mortalidade 
• Perdas de 1 a 2% podendo chegar a 
20% 
• Causada por tumores 
 
Etiologia 
Vírus membros do grupo leucose/sarcoma 
de retrovírus aviários 
Classificados no gênero VLA-relacionados 
(Vírus da Leucose Aviária) 
• Possuem transcriptase reversa – vírus 
oncogênico RNA 
• Apresentam diversos subgrupos A, B, 
C, D e J (alguns são exógenos – 
apresentam variabilidades) 
➢ Vírions infecciosos 
➢ A, B e C – comuns no campo 
➢ J – sofrendo mutações constantes → 
grande problema! 
Subgrupo E (endógenos): 
➢ Integrado no genoma da célula 
germinativa de aves normais. 
 
Epidemiologia: 
 
Distribuição Geográfica: 
• Várias partes do mundo 
 
Espécies susceptíveis: 
• Galinhas (hospedeiros naturais) 
• Faisões, galinha d’Angola, patos, 
pombos, codornas e perus 
 
Transmissão: 
Vírus exógenos: 
• Horizontal – de animal p/ animal 
• Vertical (das matrizes para o ovo 
através do albúmen do ovo) → as 
matrizes de tornam imunotolerantes 
→ permanentemente virêmicas → 
dessa forma eliminam o VLA por 
meio do ovo durante toda a vida. 
Endógenos são herdados como genes 
hospedeiros. 
 
Aspectos Clínicos: 
 
Leucose linfóide: 
• Quando as células alvo atingem a 
bursa de fabricius elas se espalham 
com o RNA vírus dentro delas para 
fígado e baço. 
• PI: 14 a 30 semanas – 
doença geralmente não ocorre 
antes da maturidade – casos em 
galinhas de 5 a 7 semanas de idade. 
 
Sinais clínicos não específicos: 
• Crista pálida, murcha e por vezes 
cianótica 
• Inapetência, emaciação e fraqueza 
• Pode ocorrer uma alta mortalidade, 
com inicio na maturidade sexual do 
animal 
• E com curso rápido 
 
Leucose mieloide: 
• PI: variável – tem ocorrido em aves 
de 5 semanas 
 
Sinais clínicos: 
• Letargia, fraqueza geral, 
desidratação, emaciação 
• Palidez da crista e diarreia 
• Curso variável – dependendo das 
características imunológicas do 
animal. 
 
Patologia: 
 
Macro: 
• Tumores esbranquiçados / 
amarelados – distribuição difusa ou 
focal em diversos órgãos. 
• Tumores no fígado, baço, bolsa 
cloacal, rim, pulmão, gônadas, 
coração e mesentério (e as vezes 
tonsilas dependendo da ave) → em 
leucose linfoide 
• Tumores em ossos → em 
leucose mieloide 
 
Micro: 
• Células neoplásicas (linfóides ou 
mielóides) na corrente sanguínea e 
infiltrações dessas células em diversos 
órgãos. 
 
Diagnóstico – vai ser realizada somando 
informações dos dados da: 
Avaliação clínica e Necropsia 
Histopatologia e testes de 
imunohistoquímica 
Identificação viral por: 
• Isolamento: 
➢ Por amostras de tumores, soro, 
plasma, swab cloacal, albúmen e 
mecônio 
➢ Fibroblastos de embrião de galinha 
• RT-PCR (PCR em tempo real) 
Provas sorológicas: 
• ELISA de captura (direto) para 
proteína p27 
• Vírus-neutralização 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico Diferencial: 
 
 
- A enfermidade relacionada no diag. 
Diferencial é a doença de Marek. E para 
comparar de forma didática será utilizada 
a leucose linfóide. 
A leucose linfóide ocorre em animais mais 
velhos, e a doença de Marek ocorre em 
animais mais jovens. E as apresentações de 
sinais neurológicos, tanto relacionado a 
paralisia como lesões em nervos vai ocorrer 
na doença de Marek, já as alterações em 
bursa de fabricius na leucose linfóide se 
observam tumores nodulares e na doença 
de Marek um aumento difuso. E com 
relação aos tumores de pele e músculo, 
somente vai acontecer na doença de 
Marek. 
 
Controle: 
• Boas práticas gerais de 
biosseguridade 
• Vacinação ineficiente 
• Erradicação de plantéis de elite e 
biosseguridade correta de 
reprodutoras 
• Vacinação contra Marek 
• Controle de outras doenças 
 
RETICULOENDOTELIOSE 
 
Introdução: 
• É uma enfermidade que causa 
neoplasias agudas nas células 
reticulares e crônica nos tecidos 
linfóides de aves. 
• Austrália e EUA associadas a vacinas 
contra doença de Marek e Bouba 
• Caracterizada como a síndrome da 
ave refugo. 
• Possui sinais clínicos inaparentes e 
inespecíficos. 
 
Etiologia: 
• Retrovírus 
• RNA de fita simples envelopados 
• Possui transmissão vertical (da matriz 
para o ovo) e horizontal (de animal 
para animal). 
 
Patologia: 
 
Macro: 
• Fígado e baço aumentado com 
lesões focais difusas 
• Em casos de neoplasia crônica 
➢ É semelhante a leucose aviária 
• Em quadros de síndrome da ave 
refugo 
➢ Não há tumores 
➢ E sim, atrofia do timo, bursa, enterite, 
anemia e aumento dos nervos 
periféricos. 
 
Micro: 
• Infiltração de células do sistema 
reticuloendotelial – que é o mesmo 
sistema mononuclear fagocitário, 
representado pelos monócitos 
circulantes na corrente circulatória e 
dos macrófagos nos seus tecidos 
correspondentes. 
 
Diagnóstico: pode ser feito com: 
• Isolamento viral (efeitos citopáticos) 
• Confirmação da presença do 
agente com imunofluorescência 
• RT- PCR 
 
Controle: 
• Biossegurança 
• Medidas de monitoria e controle em 
avós que deve ser empregada pelas 
empresas de linhagens de aves 
 
 
 
BOUBA AVIÁRIA 
Introdução: 
Ela não tem características de doença 
oncogenica, mas tem característica de 
formação tumoral, ou seja, de aumento de 
volume. 
Sinonímia: 
• Epitelioma contagioso 
• Varíola aviária 
• Difteria aviária 
• Bexiga ou pipocas 
Afecção infecciosa, altamente 
contagiosa, caracterizada pelo 
aparecimento de erupções na pele e 
mucosas; 
 
Distribuição e ocorrência: 
• Dissemina-se em todo o mundo 
 
Etiologia 
• Poxvírus – assim como a varíola 
humana 
• Família Poxviridae 
• Gênero Avipoxvirus 
• Vírus de DNA, grande, formato 
ovoide 
 
4 cepas: 
• Poxvirus aviário (galinhas) 
• Poxvírus de perus 
• Poxvírus de pombos 
• Poxvírus de canários e codornas 
 
Epizootia: 
— 
Hospedeiros/Animais suscetíveis: 
• 60 spp de aves selvagens 
• Galinhas, Perus – podem apresentar 
lesões de bouba aviária cutânea. 
• Canários e codornas – mortalidade 
de até 100% 
 
Transmissão: 
• Aerossóis com partículas contendo o 
vírus (descamação de pele ou 
folículos das penas) 
• Carreadores do vírus – moscas, 
mosquitos, artrópodes hematófagos 
PI: 4-10 dias (galinhas, perus e pombos), 4 
dias (canários). 
 
Sinais Clínicos e Lesões Macro: 
 
2 formas de apresentação: 
• Ambas tem sinais clinicos 
inespecíficos: como redução no 
ganho de peso e postura. Lesões 
oculares podem causar cegueira 
com consequente inanição – 
dificuldade de ingestão de alimentos 
e água. 
• Forma Cutânea (seca) ou 
epiteliomatosa cutânea 
➢ Pele desprovida de penas: crista, 
cabeça, barbela, pernas e ao redor 
da cloaca 
➢ Pápulas, vesículas, pústulas e crostas 
em pele desprovida de penas 
➢ Mortalidade baixa 
 
• Forma Diftérica (úmida) ou diftérica 
mucosa 
➢ Mucosas aéreas superior e TGI 
➢ Placas amareladas e sobressalentes 
na boca, seios nasais, conjuntiva, 
faringe, laringe, esôfago e traqueia 
 
Sinais Clínicos e Lesões: 
As lesões macroscópicas são as mesmas 
descritas acima. 
 
Micro: 
• Alterações de células epiteliais 
(hiperplasia) 
•Corpúsculo de inclusão 
intracitoplasmático (Bollinger) 
 
Diagnóstico: será feito com a associação 
das informações: 
 
Clínico: 
• Lesões cutâneas 
• Alterações respiratórias (forma 
diftérica) ± difícil 
Histopatologia 
Isolamento viral: 
• Aves vivas – inoculação de mat 
suspeito (escarificar crostas) 
• Ovos embrionados – inoculação na 
memb corioalantoide 
• Cultura de células – efeito citopático 
• Fibroblastos, células da pele e rins de 
embrião de galinha/pato 
Sorologia 
• Imunodifusão, ELISA, 
soroneutralização 
 
Prevenção e Controle 
Biosseguridade: 
• Controle de vetores!! 
• Vacinas 
• Poxvírus galinha e pombo 
• Vacinar todas as aves! 
• Seguir instruções do fabricante 
• Imunoestimulante 
• Fitoterapia com Thuya 
 
- Esta é uma única virose que existe uma 
indicação de utilização como 
imunoestimulante como fitoterápico com 
Thuya, ele tem uma boa ação na forma 
clinica cutânea.

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