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F. Silva Trabalhos acadêmicos 2 CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática.2 ed. São Paulo: Papirus, 1992. Daiane Aparecida Fernandes da Silva. Professora Especialista em Docência PTC- IFMS Graduada em Letras pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul No presente trabalho pontuaremos ideias existentes na pesquisa elaborada por Maria Isabel da Cunha, no intuito de pensarmos a prática docente encontradas no cotidiano do professorado. Primeiramente devemos ressaltar a importância do docente na formação dos seus alunos, esta pode ser bem sucedida ou não, e a partir disso construímos a ideologia de “Bom professor” na visão do senso comum e valorativo. A pesquisa foi desenvolvida com 21 professores, com a finalidade de entender como se elege bons professores, para isso a autora observou o cotidiano, a prática e seus resultados. Discutiremos diante dessa premissa a conclusão desse trabalho, vinculando com apontamentos sobre a prática docente, e o que deve ser imprescindível para tornar-se um bom professor. Cunha aponta em sua pesquisa que o professor busca novas formas de elaborar sua prática, e infelizmente há de fato uma ideia de dever-ser entre alunos e professores, assim como a autora cita, essa ideologia é construída socialmente, porém quando se há um fracasso escolar, esse mesmo é associado ao docente, pois dessa forma o conceito de “bom professor” vem com uma carga demasiadamente pesada, uma vez que para os alunos ser bom professor e ter consigo a capacidade intelectual e uma segurança afetiva, e para o sistema educacional esse conceito está diretamente ligado à eficácia do ensino/aprendizagem. O dever-ser do professor é postulado por uma série de expectativas, morais, comportamentais, e intelectuais, dessa forma há um conflito, pois acaba tornando-se uma pressão ideológica e socialmente imposta, e leva o docente a pensar uma nova forma de ser professor, e justamente como resposta a esta pressão, temos então a reflexão. Não podemos ignorar a teoria, mas temos que ter como sentença, sua ligação com a prática, a partir das condições dadas, adquirimos outras perspectivas do dever-ser, somente com formas concretas do cotidiano poderemos então formular, e reformular como ciclos, novas práticas. A autora aponta que estudar o professor revela práticas concretas, ou seja, situações reais de ensino, ignorando velhas teorias, é preciso repensar o método diante de resultados insatisfatórios, buscar outros meios como avaliação, estar aberto a novos conhecimentos, o que está relacionado a tempo e lugar. Em conclusão a teoria e a prática estão intimamente ligadas, porém situações concretas de exercício nos ajudarão a definir/traçar quais teorias e métodos que serão apropriados, repensar a nova forma de dever-ser do aluno e professor é necessária até para desmistificar expectativas.
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