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HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA

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HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA (HDA) 
− É definido como qualquer sangramento do TGI que se origine até o ângulo de Treitz (transição duodeno jejunal). É uma 
condição clínica que precisa de cuidados intensivos, com taxa de mortalidade de 10% e é relacionada a comorbidades 
prévias. Metade dos pacientes tem mais de 60 anos. É 3x mais frequente que a baixa. Pode ser dividida em: 
• VARICOSA: ocorre quando há ruptura de varizes 
✓ A hipertensão portal pode levar ao desenvolvimento de varizes esofagogástricas, gastropatia hipertensiva 
portal, entre outros. Essas doenças aparecem principalmente em pacientes com cirrose 
• NÃO VARICOSA: ocorre quando há lesão da mucosa com ulceração ou erosão de um vaso subsequente 
✓ Essas causas são responsáveis por ~80% dos sangramentos; ex: úlcera péptica 
ETIOLOGIA 
− Doença Ulcerosa Péptica é a principal causa 
• AINES → úlceras gástricas 
• H. pilory → úlceras duodenais 
• Estresse → fundo e corpo do estômago 
• Acidez gástrica 
− Laceração de Mallory Weiss 
− Angiodisplasia do TGI alto 
− Neoplasia do TGI 
− Fístula aortoentérica 
− Esofagite erosiva 
− Varizes esofágicas 
QUADRO CLÍNICO 
− A suspeita de HDA é correta em 40% dos casos. 
É IMPORTANTE PESQUISAR no exame físico e anamnese: 
• SINAIS DE DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA (ascite, 
icterícia, telangiectasias, eritema palmar, 
ginecomastia, desnutrição, circulação colateral na 
parede abdominal, edema) que sugiram hemorragia 
varicosa associada a hipertensão portal 
• Dispepsia ou uso de AINES e AAS pode ajudar na 
suspeita de úlcera péptica (hemorragias devido a 
úlceras medicamentosas não são antecedidas por dor) 
• Pesquisar transfusões, uso de 
anticoagulantes/antiagregantes plaquetários 
− SINTOMAS 
• O sintoma mais comum é HEMATÊMESE (vômito com sangue vivo ou “em borra de café) acompanhado ou não de 
MELENA (fezes negras, de odor forte). 
✓ A ausência de melena não exclui a hipótese de sangramento digestivo 
✓ Após um episódio de HDA, a melena persiste por até 5 dias, sem significar novo sangramento. Trata-se 
somente a eliminação do sangue residual ao longo do TGI 
• Em até 10% dos casos pode haver hematoquezia 
− Deve-se fazer o toque retal para suspeitar de hemorroidas ou doenças retais 
− HDA pode ser classificada em: 
• AGUDA: tem sintomas e sinais de início recente, levando à procura por médico mais rapidamente 
• CRÔNICA: são geralmente assintomáticas, com perda de sangue oculto nas fezes e se manifesta com anemia 
persistente, geralmente hipocrômica e microcítica, com níveis de ferro sérico abaixo do normal 
− Quando há sangramento em grande quantidade, o paciente apresenta sinais de instabilidade hemodinâmica (taquicardia, 
hipotensão, palidez) → deve-se intervir rapidamente 
CONDUTA 
ESTABILIZAÇÃO INICIAL 
− A conduta independe da causa do sangramento e visa monitorar e estabilizar a via respiratória e o equilíbrio 
hemodinâmico, corrigir coagulopatias. 
− Todos os pacientes devem ter acesso venoso para reposição volêmica - 2 acessos periféricos de grosso calibre 
− EXAMES 
• Coleta de exames de sangue no momento da punção: Hemoglobina, hematócrito, TP, TTPA, plaquetas e tipagem 
sanguínea 
• Os exames de sangue não se alteram no mesmo ritmo do sangramento, no caso de hemorragias agudas → cuidado 
na interpretação 
• O hematócrito não é um bom indicador de severidade, pois leva de 24-72 horas para ocorrer o equilíbrio com o 
fluido extravascular. 
• O coagulograma e contagem de plaquetas devem ser feitos, pois alterações na coagulação podem agravar o 
caso. O tempo de sangramento avalia a função plaquetária, determinando a capacidade de formação do coágulo 
primário 
− SONDA NASOGÁSTRICA 
• A passagem de sonda nasogástrica não pode ser considerada método diagnóstico, pois pode não haver refluxo de 
resíduos hemáticos em até 18% dos casos, mesmo em pacientes com sangramento ativo. A saída de sangue vivo 
pela sonda este associado a grandes sangramentos 
• Mesmo que haja saída de suco gástrico ou não saia nada pela sonda, NÃO podemos excluir HDA, porém se sair 
bile oriunda do duodeno, provavelmente não houve HDA 
• A lavagem gástrica pode ser realizada, mas NUNCA COM SOLUÇÃO FRIA, pois pode causar hipotermia e 
coagulação. Sempre se usa soro morno ou em temperatura ambiente. 
• Contudo, a lavagem pode aumentar o risco de aspiração pulmonar e não serve para interromper o sangramento. 
Isso interrompe os vômitos. A aspiração periódica da sonda nasogástrica, mantida sempre aberta, ajuda na 
pesquisa de possíveis ressangramentos 
REPOSIÇÃO SANGUÍNEA 
− Após avaliar os sinais vitais e testes laboratoriais, se determina a quantidade de sangue a ser reposta. Pode-se usar a 
tabela de choque hipovolêmico usada no trauma para balizar a reposição volêmica na sala de emergência. 
• O hematócrito deve estar entre 25% e 30%. 
• Na ausência de sangramento ativo, o hematócrito aumenta 3% e a hemoglobina, 1g/dL para cada unidade de 
concentrado de hemácias transfundida. 
• Crianças com menos de 15 kg devem receber 10ml/kg de peso desse concentrado 
• Nos sangramentos ativos, a transfusão de plaquetas deve ser empregada se os valores foram menores que 
50.000/ml ou quando houver suspeita de disfunção plaquetária pelo uso de AAS, utilizando-se 1 unidade para cada 
10kg de pesoou 1 aférese de plaquetas (7 unidades) 
• A transfusão de plasma fresco congelado para pacientes com coagulopatias é capaz de trazer os valores de Razão 
Normatizada Internacional (RNI) para 1,5. 
✓ Níveis menores que esse não se beneficiam o plasma. Quando necessário, usa-se 10-20 ml/kg de peso 
• Nas hemorragias maciças usa-se 5 bolsas de plasma fresco para cada unidade de concentrado de hemácias 
transfundidas 
− A reposição de Ca++ é feita seguindo os resultados de exames 
TERAPIA MEDICAMENTOSA 
− Inclui INIBIDORES DA SECREÇÃO CLORIDROPÉPTICA, evitando-se administrar antiácidos ou sucralfato, que geralmente 
aderem à parede gástrica e impedem a visualização na endoscopia. 
• O ideal é usar inibidores da bomba de prótons ou inibidores de receptores H2. 
− O uso de DROGAS VASOATIVAS (somatostatina, octreotida ou terlipressina) deve ser iniciada de imediato quando há 
suspeita de etiologia varicosa. Estas têm ação vasoconstritoras na circulação esplâncnica e inibem a secreção acida. 
• Elas são capazes de aumentar o sucesso de hemostasia endoscópica inicial e reduzir os incides de ressangramento, 
mas ainda não foram capazes de reduzir a mortalidade dos pacientes com cirrose 
• A TERLIPRESSINA, atualmente, é a preferida, pois pode ser administrada em bolus, sem a necessidade de bomba 
de infusão contínua, o que facilita muito o manejo clínico, além de causar menor número de reações adversas, 
como isquemia miocárdica. A dose é de 2 mg, IV, a cada 4 horas, nas primeiras 24 horas, seguida de 1 mg, IV, a 
cada 4 horas, na sequência. 
• A OCTREOTIDA é um análogo sintético da somatostatina, ministrada também por via intravenosa, na dose de 100 
µg em bolus, seguida da infusão contínua de 50 µg/h. A dose da somatostatina é de 250 µg em bolus, seguida de 
infusão contínua de 250 a 500 µg/h. O tempo de manutenção dessas drogas varia de 2 a 5 dias. 
• Há estudos que demonstram a eficácia dessas drogas em pacientes com HDA independente da etiologia. 
• O brasil os usa apenas em casos de hemorragia varicosa, por questões de custo. Usa-se em casos como pacientes 
com sangramento incontrolável aguardando endoscopia ou cirurgia, ou ainda, pacientes sem condições de serem 
submetidos a cirurgia. 
ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA (EDA) 
− A base para diagnóstico e tratamento de pacientes com um sangramento GI é a endoscopia; a identificação endoscópica 
da origem do sangramento possibilita uma estimativa do risco de hemorragia subsequente ou persistente, prediz o risco 
de ressangramento e facilita o planejamento cirúrgico, caso se mostre necessário 
• Todos os pacientes com sangramento podem fazer EDA após estabilização hemodinâmica, preferencialmente 
dentro de 12 hrs deadmissão. Quando não se tem estabilização, ou tem hematêmese franca e recorrente e se 
houver suspeita de hemorragia persistente é necessário medidas urgentes como antecipação da endoscopia 
para as primeiras 6 horas depois da admissão. 
• A identificação endoscópica da origem do sangramento também possibilita uma estimativa do risco de 
hemorragia subsequente ou persistente e facilita o planejamento cirúrgico, caso este se mostre necessário 
• Em geral 20-35% dos pacientes submetidos à EGD necessitarão de intervenção endoscópica terapêutica e 5-10% 
devem ser submetidos a intervenção cirúrgica. 
• Embora a melhor ferramenta para a localização da fonte de sangramento seja uma EGD, essa intervenção está 
associada a um aumento de risco e visualização inadequada no quadro agudo, que pode reduzir alguns de seus 
benefícios; em 1-2% dos pacientes com HDA, a fonte não pode ser identificada por causa do sangue excessivo, 
prejudicando a visualização da superfície mucosa. 
• A lavagem do estômago com solução salina normal em temperatura ambiente antes do procedimento pode ser 
útil, além disso, uma injeção em bolus único de eritromicina IV, que estimula o esvaziamento gástrico pode 
melhorar significativamente a visualização. 
− Caso a identificação da origem ainda não seja possível, pode ser adequado realizar uma angiografia em um paciente 
razoavelmente estável, embora uma intervenção cirúrgica possa ser considerada, caso a perda de sangue seja extrema 
ou o paciente esteja hemodinamicamente instável. 
− O exame com eritrócitos marcados raramente é necessário em casos de sangramento GI alto confirmado, e os exames 
contrastados geralmente são contraindicados, pois interferirão com as manobras subsequentes. 
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA NÃO VARICOSA 
EPIDEMIOLOGIA 
− Tem muitas etiologias, como úlceras pépticas gastroduodenais, que são as mais comuns, ocorrendo em 60% dos casos. 
− O uso de AINES é o principal fator causal. 
− Úlceras duodenais sangram mais que as gástricas por se localizarem na parede posterior e corroerem vasos como a artéria 
gastroduodenal e seus ramos. A HND mostra que: 
• 80% dos sangramentos cessam espontaneamente 
• 14% voltam nas primeiras 24-72hrs após interrupção inicial 
• 6% sangram de forma contínua 
− Fatores de risco de gravidade: idade, comorbidades, uso de anticoagulantes 
− Úlceras sangrantes na parede posterior do bulbo duodenal e na pequena curvatura do corpo proximal precisam de 
atenção. Devido sua proximidade com artérias, úlceras volumosas e profundas tem maior taxa de ressangramento e 
mortalidade 
− A chamada lesão aguda da mucosa gástrica responde por 10 a 15% dos casos de HDA não varicosa. 
− A síndrome de Mallory Weiss pode estar presente em cerca de 5% dos casos. 
− Outros eventos que podem cursar com a hemorragia são neoplasias gástricas, esofagites, angiodisplasias, lesão de 
Dieulafoy, pólipos, hemobilia, hemosuccus pancreaticus e fístula aortoduodenal 
QUADRO CLÍNICO 
− Pode haver HEMATÊMESE e MELENA em sangramentos mais 
volumosos. 
− O ESCORE DE ROCKALL estratifica o risco de ressangramento e 
mortalidade a partir de dados clínicos, atribuindo valores de 0-11 
pontos. 
• A estratificação de risco do paciente determina as 
condutas, como tempo de monitorização na UTI, 
momento de realimentação e alta hospitalar 
 
CONDUTA 
− A prioridade é a ESTABILIZAÇÃO RESPIRATÓRIA E 
HEMODINÂMICA. 
• A reposição volêmica é feita por meio de acessos venosos 
calibrosos. Dependendo, pode-se usar hemoderivados. 
Sempre que possível, o paciente deve ser monitorado na 
UTI 
• O uso de inibidores da bomba de prótons deve ser precoce, 
podendo diminuir as chances de ressangramento. Deve-se 
suspender agentes desencadeantes 
ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA (EDA) 
− Tem papel diagnóstico e terapêutico. Pode-se categorizar as 
úlceras pelo aspecto endoscópico, segundo a CLASSIFICAÇÃO 
DE FORREST, que tem importância por estar relacionada ao 
risco de ressangramento 
• O tratamento endoscópico reduz o ressangramento, a 
necessidade de cirurgia e a mortalidade. 
• A precocidade do exame está relacionada à diminuição dos 
custos, como menor tempo de internação e menor utilização de 
hemoderivados. Os métodos endoscópicos de hemostasia são: 
✓ 1. Químico: adrenalina, álcool, etanolamina, polidocanol, 
trombina, cola de fibrina, cianoacrilato e glicose a 50%; 
✓ 2. Térmico: eletrocoagulação monopolar, bipolar ou multipolar (BICAP), heater probe, plasma de argônio, 
laser; 
✓ 3. Mecânico: hemoclipe, ligadura elástica 
• Outra endoscopia deve ser feita apenas quando tiver suspeitas de ressangramento ou quando a primeira foi 
incompleta. Não é necessário fazê-la 
rotineiramente 
• Pacientes que ressangram, com novo episódio de 
hematêmese ou melena, que ocorre após sinais 
vitais e índices de Hb e Ht permanecerem estáveis 
por pelo menos 24 horas → NOVO EAD 
 
 
− Deve-se PESQUISAR H. pylori no momento da hemostasia. Sua erradicação após a primeira semana diminui o 
ressangramento tardio. 
− Toda úlcera gástrica deve ser BIOPSIADA, principalmente em pacientes idosos, para avaliar risco de neoplasia. Em caso 
de sangramento ativo, realizar a biopsia em outro momento, para evitar mais sangramento 
− Falhas no TTO: úlceras profundas com mais de 2cm podem voltar a sangrar, úlceras na parede posteroinferior (A. 
gastroduodenal) e na pequena curvatura (A. gástrica esquerda) são as mais propensas as falhas nas medidas hemostáticas 
− As INDICAÇÕES MAIS COMUNS DE CIRURGIA são: 
• Falha na segunda intervenção endoscópica; 
• Transfusão de mais de 6 
• Persistência da hemorragia com instabilidade hemodinâmica; 
• Necessidade de hemotransfusão maior ou igual à volemia calculada para o paciente (dentro das 24 horas iniciais 
após a admissão); 
• Pacientes com mais de 60 anos, portadores de comorbidades graves e que chegam com instabilidade 
hemodinâmica; 
• Úlceras de difícil acesso com o endoscópio 
✓ Na cirurgia, deve-se fazer a ressecção das úlceras gástricas, podendo ser realizadas gastrectomias totais ou 
parciais, dependendo da sua localização. Os resultados são melhores quando a indicação cirúrgica é precoce. 
✓ Nas úlceras duodenais, não se resseca a úlcera, mas sim, abre-se o duodeno e realiza a sutura da ulcera 
internamente, podendo proceder à ligadura de ramos da A. gastroduodenal. É possível efeituar a cirurgia 
definitiva da hiperacidez com antrectomia e vagotomia troncular caso seja possível. 
CAUSAS RARAS 
− 1. Laceração de Mallory-Weiss: responde por 5% dos casos de HDA. O quadro clínico é de vômitos com sangue após 
episódios de vômitos de repetição. É frequente entre etilistas, pacientes com vômitos autoprovocados, na hiperêmese 
gravídica, pós-quimioterapia e nas intoxicações exógenas. Acontece pela laceração do esôfago distal e do estômago 
proximal, com resolução espontânea, na maioria dos casos, com uso de IBP e tratamento da causa dos vômitos; 
− 2. Lesão de Dieulafoy: principal causa de HDA com EDA normal. Consiste em uma anomalia arterial na submucosa, 
principalmente em corpo alto e fundo gástrico, o que dificulta a avaliação pelo endoscopista. Quando disponível, a 
arteriografia seletiva é a melhor opção terapêutica. Alguns casos necessitam de conduta cirúrgica, e a preferência é a 
ressecção ampla; 
− 3. Anomalias vasculares: podem estar presentes em qualquer porção do trato digestivo e determinam sangramentos 
agudos ou crônicos. São responsáveis por 7% 
dos casos de hemorragias do trato superior e 
fazem parte das mais variadas condições 
sistêmicas, mas também podem ser um 
achado isolado. A incidência de 
telangiectasias isoladas aumenta entre os 
portadores de insuficiência renal crônica. 
• As doenças sistêmicas que 
determinam a presença dessas 
anomalias são: telangiectasia 
hemorrágica hereditária (síndrome de 
RenduOsler-Weber); síndrome de 
CREST (variante da esclerose sistêmica 
caracterizada por calcinose, fenômeno 
de Raynaud, distúrbios da motilidade 
esofágica, esclerodactiliae 
telangiectasias); entre outras. 
• O diagnóstico é difícil porque a 
presença dessas lesões não exclui a 
existência de outras possíveis causas 
de sangramento digestivo. Algumas 
vezes, são necessárias novas 
endoscopias para detectar o sítio do 
sangramento. O tratamento pode ser 
endoscópico ou arteriográfico; 
− 4. Esofagite erosiva: determinada por refluxo gastroesofágico crônico, raramente causa sangramentos graves, 
predominando as perdas crônicas e lentas. Quadros agudos, geralmente, estão associados a hérnias paraesofágicas 
encarceradas (úlcera de Cameron), nas quais as úlceras surgem por isquemia do segmento herniado. O tratamento da 
hérnia hiatal normalmente é suficiente para a resolução dessa úlcera; 
− 5. Gastrite erosiva: por ser uma lesão superficial da mucosa, é incomum sangramento digestivo grave (menos de 5% dos 
casos); determina, mais comumente, perdas crônicas de sangue. As causas mais comuns são o uso de AINEs, álcool ou 
estresse severo secundário à cirurgia ou doença grave. Quando ocorre sangramento significativo, o melhor tratamento é 
realizado com a associação de IBP e arteriografia, para injeção de vasopressina intra-arterial; 
− 6. Neoplasia maligna gástrica: representa 1% das hemorragias digestivas. Os tipos ulcerados são os mais propensos a 
sangramento. Na maior série nacional sobre os sintomas das neoplasias gástricas precoces, a HDA foi a apresentação 
clínica mais comum; 
− 7. Hemobilia: é o sangramento nas vias biliares, geralmente em consequência de traumatismo hepático, neoplasia 
maligna do fígado, do pâncreas ou das vias biliares. Manifesta-se por icterícia, hemorragia digestiva e dor abdominal no 
hipocôndrio direito (tríade de Philip Sandblom) e pode ser decorrente da manipulação das referidas áreas por meios 
endoscópicos (biópsia; drenagem percutânea de bile, de cistos ou de abscessos pancreáticos) ou cirúrgicos 
(colecistectomias ou ressecções hepáticas). Se o sangramento ocorre nas vias pancreáticas em vez de ser nas vias biliares, 
dá-se o nome de hemosuccus pancreaticus, geralmente por pseudoaneurisma de artéria esplênica. O tratamento inicial 
é a arteriografia com embolização vascular seletiva. No insucesso, deve-se realizar a ressecção cirúrgica; 
− 8. Fístulas aortoentéricas: são situações graves e devem ser a primeira hipótese diagnóstica em pacientes com 
antecedentes de aneurismas ou cirurgias vasculares intra-abdominais. Em 80% dos casos, ocorre fístula aortoduodenal. 
O tratamento envolve reparo vascular e secção intestinal; geralmente ocorre um sangramento sentinela antes do 
sangramento fatal; 
− 9. Ectasia vascular antral (estômago “em melancia”): é uma proeminência anormal dos capilares da mucosa antral, 
acompanhada de atrofia da mesma mucosa e da presença de bandas eritematosas brilhantes e atróficas no antro gástrico, 
que irradiam longitudinalmente entre o piloro e o antro. É mais comum em mulheres de idade avançada e é causa comum 
de anemia ferropriva. A ablação endoscópica é uma boa opção de tratamento, mas casos refratários podem precisar de 
cirurgia. 
− Qual é a prioridade no atendimento ao paciente com quadro de hemorragia digestiva alta que chega ao prontosocorro? 
A prioridade, assim como no paciente politraumatizado, é a estabilização respiratória e hemodinâmica. Obtido isso, deve-
se prosseguir com a endoscopia digestiva alta. 
 
 
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA VARICOSA 
EPIDEMIOLOGIA 
− Responde por 20-30% dos casos de HDA e é uma consequência da HIPERTENSÃO PORTAL, a qual causa varizes, 
entretanto a cirrose é o resultado mais comum. 
• 60% dos hepatopatas desenvolvem varizes de esôfago 
• 35% dos pacientes com hipertensão portal e varizes sangrarão, a maioria pela rotura de varizes esofágicas 
− O sangramento de varizes duodenais é menos frequente. 
− 40% dos sangramentos por varizes cessam espontaneamente, contudo a mortalidade chega a 20% nas primeiras 6 
semanas após o primeiro episódio 
FISIOPATOLOGIA 
− As varizes de esôfago traduzem um desvio de sangue do sistema venoso portal para a veia cava superior, em 
consequência da hipertensão portal, criando, assim, o fluxo hepatofugal. Quando o gradiente de pressão entre a veia 
porta e as veias supra-hepáticas é maior que 6mmHg, o sangue portal flui por intermédio de circulação colateral, 
havendo o risco de hemorragia. Os valores pressóricos associados a sangramento na forma de hipertensão portal 
sinusoidal e pós-sinusoidal são, respectivamente, 10 e 12 mmHg 
− 
− As varizes são constituídas de 3-4 cordões verticais tortuosos e de calibres variados, localizados na submucosa esofágica 
− Pressões portais acima de 12mmHg podem desencadear a ruptura das varizes e hemorragia digestiva. Cerca de 60% 
dos pacientes com hepatopatia crônica desenvolvem varizes do esôfago 
− A função hepatocelular, medida pela classificação de ChildPugh, o calibre das varizes e a presença de marcas vermelhas, 
os chamados red spots descritos pela endoscopia, são os maiores determinantes do risco de sangramento 
− 
QUADRO CLÍNICO 
− Tem HEMATÊMESE e MELENA, podendo haver sinais de instabilidade hemodinâmica de acordo com o volume do 
sangramento. 
− Deve-se suspeitar de hemorragia varicosa em pacientes hepatopatas ou com estigma de doença hepática crônica, 
identificados ao exame físico de admissão (ascite, icterícia, telangiectasias, eritema palmar, ginecomastia, desnutrição, 
circulação colateral na parede abdominal, edema). 
− Nos demais pacientes, o diagnóstico de hipertensão portal só é feito na endoscopia 
CONDUTA 
TRATAMENTO DA HEPATOPATIA 
− É preciso se preocupar com a descompensação da hepatopatia, com piora aguda da função hepática e suas 
consequências, como encefalopatia hepática, peritonite bacteriana espontânea e a síndrome hepatorrenal 
• Os cirróticos têm alteração da circulação esplâncnica, sendo necessário maior volume de cristaloides para a 
estabilização hemodinâmica. 
• Além disso, podem ocorrer aumento do fluxo e da pressão portal pela reposição volêmica, que induzem o 
agravamento da hemorragia e a formação de ascite, em vez de estabilizar a pressão arterial. 
• Por esse motivo, utilizam-se drogas vasoativas (conforme descrito na terapia medicamentosa da HDA), que 
tendem a reverter essas alterações hemodinâmicas. 
− Sempre que possível, esses pacientes devem ser internados em UTI 
− As complicações da hepatopatia decorrentes da hemorragia varicosa devem ser prevenidas. 
− A lavagem intestinal é indicada aos pacientes com rebaixamento do nível de consciência ou antecedente de encefalopatia 
hepática 
− A lactulose, que tem efeito catártico e acidifica o cólon, reduzindo a absorção de compostos nitrogenados, esta indicada 
e deve ser administrada por via oral ou sonda, em doses variáveis que permitam de 2-3 evacuações 
− A neomicina, administrada na dose de 1g por via oral (ou via enema retal) a cada 6 horas diminui a microbiota bacteriana 
intestinal, reduzindo a produção de substâncias nitrogenadas, mas deve ser usada com parcimônia, pelo risco de lesão 
renal 
− Restrições proteicas são controversas e o aporte diário não pode ser inferior a 40g/d, por meio de aminoácidos de cadeia 
ramificada 
• Devem-se evitar aminoácidos de cadeia aromática 
− As infecções bacterianas são documentadas em 35 a 66% dos pacientes com HDA varicosa, e a sua ocorrência é um 
importante fator prognóstico. Além da peritonite bacteriana espontânea, as infecções de vias urinárias e vias aéreas são 
prevalentes. Assim, a antibioticoterapia é recomendável a todos os hepatopatas que apresentam ascite e estão 
hospitalizados por HDA varicosa 
− As quinolonas são as mais usadas, como o ciprofloxacino intravenoso ou norfloxacino oral 
TRATAMENTO DA HEMORRAGIA 
− A prioridade é a estabilização respiratória e hemodinâmica 
ESTABILIDADE HEMODINÂMICA 
− TRANSFUSÃO 
• Utilizam-se mais derivados do sangue, sempre visando a pressão arterial média de 70mmHg e evitando pressões 
sistólicas superiores a 100mmHg 
• O hematócrito deve semanter entre 25-30% e hemotransfusões para valores maiores do que estes induzem a 
maior taxa de ressangramento 
− BALÃO DE SENGSTAKEN-BLAKEMORE 
• Pacientes com sangramento persistente mesmo durante as medidas iniciais são 
candidatos à passagem do Balão de Sengstaken-Blakemore, que deve ser colocado em 
pacientes com via aérea protegida. 
✓ Inicialmente o balão gástrico é preenchido com 300-400ml de água destilada ou soro 
fisiológico e é tracionado para se posicionar no fundo gástrico. Em seguida ele é 
insuflado até atingir a pressão de cerca de 3-mmHg 
✓ Se possível, o ideal é individualizar cada caso e insuflar até 2 terços da pressão 
arterial média. Pelo alto risco de complicações, como necrose e perfuração 
esofágicas e broncoaspiração, o balão deve ser mantido somente até a estabilização 
da pressão arterial e a reposição dos fatores de coagulação. O ideal é mantê-lo 
locado por 24 horas e retirá-lo sob visão endoscópica. 
− Depois de estabilizar a respiração e a parte hemodinâmica, pode-se fazer a ENDOSCOPIA (EDA) 
para diagnostico de HDA varicosa e tomada de conduta 
• Mesmo em hepatopatas já diagnosticados, pode ocorrer HDA de origem não varicosa, como a úlcera péptica, em 
até 30% dos casos. 
• O tratamento combinado farmacológico e endoscópico é superior a cada uma das modalidades terapêuticas, 
devendo o tratamento farmacológico preceder o endoscópico 
− LIGADURA ELÁSTICA 
• Entre as modalidades para hemostasia endoscópica, a LIGADURA ELÁSTICA é proposta como primeira escolha 
pelo fato de não ter que furar o vaso e poder ser realizada mesmo se houver distúrbio de coagulação. 
• Em situações eletivas de erradicação das varizes, a ligadura é o método de escolha independente do tratamento 
inicial 
• A utilização de ligadura elástica é um método bem estabelecido no tratamento e prevenção de sangramento de 
varizes de esôfago e tem uso também descrito em varizes gástricas. Tem resultados conflitantes devido à altas 
taxas de ressangramento em algumas séries. 
• Não deve ser utilizada como primeira escolha no tratamento de varizes gástricas, principalmente as de maior 
calibre. 
− OBLITERAÇÃO COM CIANOACRILATO. 
• É uma técnica que se utiliza de adesivos tissulares (N-butil-2-cianoacrilato ou 2-octil-cianoacrilato) que se 
polimerizam rapidamente em contato com os tecidos, com a finalidade de preencher o lúmen da variz e extinguir 
seu fluxo. É como um superbond. Atualmente é a principal técnica utilizada atingindo hemostasia adequada em 
mais de 90% dos casos. 
• É preferível nas varizes de fundo gástrico 
− ESCLEROTERAPIA 
• Outra forma de tratamento é a escleroterapia, com injeção de uma substância esclerosante, que, nesse caso, não 
pode ser feita se houver distúrbio de coagulação. 
• Realiza-se a erradicação das varizes, que, em geral, é iniciada pela ligadura elástica e encerrada com sessões de 
escleroterapia. Estas levarão à fibrose na submucosa, juntamente à transição esofagogástrica, retardando o 
aparecimento de recanalização ou neovascularização local. 
• Para a escleroterapia, podem-se usar diferentes substâncias: oleato de etanolamina, glicose a 50% e polidocanol 
e álcool a 70%, em diferentes associações e dosagens. 
• Apesar de ser uma técnica potencialmente efetiva, costuma requerer alto volume de injeção de solução 
esclerosante com maiores taxas de complicação e menos sucesso técnico. As taxas de controle de sangramento 
relatadas com essa técnica variam entre 60 – 100% dos casos, mas com taxas variáveis de ressangramento 
− FÁRMACOS 
• Para tratamento medicamentoso, usar somatostatina e seus 
análogos, como octreotide e terlipressina, os quais são 
vasoconstritores da circulação esplâncnica 
• Para tratamento medicamentoso, a TERLIPRESSINA, 
atualmente, é a droga preferida, pois pode ser administrada 
em bolus, sem a necessidade de bomba de infusão contínua, o 
que facilita muito o manejo clínico, além de causar menor 
número de reações adversas, como isquemia miocárdica. 
✓ A dose é de 2 mg, IV, a cada 4 horas, nas primeiras 24 
horas, seguida de 1 mg, IV, a cada 4 horas, na sequência. 
• A OCTREOTIDA é um análogo sintético da somatostatina, 
ministrada também por via intravenosa, na dose de 100 µg em 
bolus, seguida da infusão contínua de 50 µg/h. A dose da somatostatina é de 250 µg em bolus, seguida de infusão 
contínua de 250 a 500 µg/h. O tempo de manutenção dessas drogas varia de 2 a 5 dias. 
 
− Até 10% dos casos não terão sucesso no controle do sangramento ou podem apresentar ressangramento nas primeiras 
24 horas depois da primeira endoscopia 
• Nesse caso, uma segunda tentativa de hemostasia endoscópica deve ser feita, obrigatoriamente com método de 
hemostasia diferente do primeiro 
• Se o sangramento persistir, esta indicada a colocação de BSB 
− Há indícios de ressangramento das varizes de até 40% nas primeiras 6 semanas após o evento inicial, sendo a maioria 
ocorrendo na primeira semana 
• Por isso, após o primeiro episódio de sangramento, indica-se profilaxia secundária com BETABLOQUEADOR e 
por meio de endoscopias seriadas 
• O paciente deve receber alta com programação de novas endoscopias como tratamento de controle para erradicar 
as varizes 
− Nos casos de insucesso da terapia endoscópica ou em pacientes com transfusão maciça, deve-se cogitar CIRURGIA de 
urgência 
• As derivações seletivas (portocava, mesentéricocava, esplenorrenal distal) ou a desconexão ázigo-portal com 
esplenectomia (só realizada em não cirróticos) são cirurgias de grande porte e estão associadas a prognósticos 
ruins. 
• Procedimentos de menor porte, como a ligadura transgástrica das varizes ou a transecção esofágica com 
grampeador circular, também apresentam resultados controversos, mas à custa da gravidade desses indivíduos 
quando necessitam de cirurgia. 
• A cirurgia mais indicada na urgência hoje em dia é a anastomose portocava calibrada com prótese de PTFE de 8 a 
10 mm. 
− TRANSPLANTE HEPÁTICO: Todo paciente que teve um quadro de HDA 
devido a varizes de esôfago passa a ter identificação de transplante 
hepático. Obviamente, em virtude da demora, realiza-se medidas para 
controle das varizes e outras consequências da hipertensão portal. Uma delas 
é realizar esclerose endoscópica periódica das varizes ambulatorialmente, a 
fim de evitar novos sangramentos 
• Uma medida possível como ponte, enquanto o paciente aguarda o 
transplante hepático, é o Transjugular Intrahepatic Portosystemic 
Shunt (TIPS), que consiste na colocação, por radiologia 
intervencionista, de um shunt intra-hepático entre os sistemas porta e cava. Apesar de apresentar resultados 
superiores aos das cirurgias para tratamento da hipertensão portal, o TIPS ainda não está disponível na maioria 
dos serviços 
− Situações de hipertensão portal não associadas a hepatopatia crônica, como acontece na forma hepatoesplênica da 
esquistossomose mansônica, estão associadas a menores mortalidade e incidência de complicações. Um episódio de 
sangramento nesses pacientes já é indicativo de procedimento cirúrgico, preferencialmente eletivo e já com níveis de 
hemoglobina normalizados. Pacientes sem condições clínicas para a cirurgia são controlados com o manejo endoscópico. 
No caso da esquistossomose, as cirurgias mais realizadas são a Desconexão Ázigo-Portal com Esplenectomia (DAPE) e a 
cirurgia de Warren (anastomose esplenorrenal distal), dependendo do serviço 
− Outra condição especial é o sangramento secundário à gastropatia hipertensiva portal. Nessa situação, a mucosa fúndica 
adquire aspecto “em mosaico”, ressaltando as áreas gástricas, e ocorre ectasia dos vasos da submucosa, sem inflamação 
da mucosa, o que explica o emprego do termo “gastropatia” em vez de “gastrite”. Pode ocorrer sangramento, que 
raramente é agudo, mas só será controlado com betabloqueadores ou derivações portossistêmicas, sendo ineficaz a 
medicação antissecretória. Essa situação é lembrada neste capítulo por haver associação a varizes, apesar de o foco da 
hemorragia ser outro.− Como se deve manejar a hepatopatia em paciente que apresenta hemorragia digestiva alta por varizes de esôfago? Esse 
talvez seja um dos maiores desafios. Devem-se corrigir distúrbios de coagulação, prevenir a encefalopatia hepática e 
iniciar antibiótico profilático, não só pelo risco de peritonite bacteriana espontânea, mas também pelo impacto dessa 
medida no desfecho desses pacientes.

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