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Platelmintos (Taenia solium, Taenia saginata, Teníase, Cisticercose, Ciclos) - Parasitologia

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1 
 
platelmintos 
ESTUDAREMOS A TENÍASE E A CISTICERCOSE. 
 
 
 
 
A Taenia solium apresenta quatro ventosas e um 
círculo de ganchos, e por suas proglótides grávidas, 
que possuem de cinco a dez ramificações uterinas 
principais. 
 
 
 
Na teníase, a tênia adulta localiza-se no intestino 
humano. Isso ocorre quando humanos são 
infectados pela ingestão de carne de porco crua ou 
malcozida contendo as larvas, denominadas 
cisticercos. No intestino delgado, as larvas aderem-
se à parede intestinal e crescem por cerca de três 
meses, originando vermes adultos. 
As proglótides terminais grávidas, contendo 
diversos ovos, desprendem-se diariamente, são 
eliminadas nas fezes e acidentalmente ingeridas 
por porcos. 
 
 
Um embrião com seis ganchos (oncosferas) 
desenvolve-se a partir de cada ovo no intestino do 
porco. Os embriões penetram em um vaso 
sanguíneo e são transportados a músculos 
esqueléticos. Desenvolvem-se em cisticercos no 
músculo, onde permanecem até serem ingeridos 
por um humano. 
 
 
 
 
✓ Hospedeiros = 
Os humanos são os hospedeiros definitivos, 
enquanto os porcos são os hospedeiros 
intermediários. 
 
 
 
OBS: Os porcos são infectados pelos ovos do 
verme; portanto, as larvas (cisticercos) são 
encontradas nos porcos. 
 
 
C A R A C T E R Í S T I C A S G E R A I S 
DOENÇA: A forma adulta de T. solium causa 
teníase. As larvas de T. solium causam 
cisticercose. 
T E N Í A S E 
C I S T I C E R C O S E 
 
2 
Na cisticercose, ocorre uma sequência mais 
perigosa, quando o indivíduo ingere os ovos do 
verme em alimentos ou água contaminados por 
fezes humanas. Os ovos eclodem no intestino 
delgado, e as oncosferas penetram através da 
parede, atingindo um vaso sanguíneo. Eles podem 
disseminar-se a vários órgãos, especialmente olhos 
e encéfalo, onde encistam e formam cisticercos. 
Cada cisticerco contém uma larva. 
 
 
A tênia adulta aderida à parede intestinal causa 
poucos danos. Os cisticercos, por outro lado, 
podem tornar-se muito volumosos, especialmente 
no encéfalo, onde se manifestam como uma lesão 
ocupante de espaço. Cisticercos vivos não casam 
inflamação, entretanto, quando morrem, podem 
liberar substâncias que provocam uma resposta 
inflamatória. Por fim, os cisticercos calcificam-se. 
 
 
A epidemiologia da teníase e da cisticercose está 
relacionada ao acesso dos porcos às fezes humanas 
e ao consumo de carne de porco crua ou malcozida. 
A doença ocorre mundialmente, porém, é endêmica 
em regiões da Ásia, da América do Sul e do Leste 
Europeu. A maioria dos casos nos Estados Unidos 
é importada. 
 
 
A maioria dos pacientes com tênias adultas é 
assintomáticas, podendo, contudo, ocorrer 
anorexia e diarreia. 
Alguns indivíduos podem observar proglótides nas 
fezes. A cisticercose no encéfalo causa cefaleia, 
vômitos e convulsões. A cisticercose ocular pode 
manifestar-se como uveíte ou retinite, ou as larvas 
podem ser visualizadas flutuando no vítreo. 
Nódulos subcutâneos contendo cisticercos ocorrem 
com frequência. 
 
 
 
 
 
 
A identificação de T. solium consiste na 
observação de proglótides grávidas, com entre 
cinco e dez ramificações uterinas principalmente 
nas fezes. Os ovos são encontrados nas fezes com 
menor frequência do que nas proglótides. O 
diagnóstico de cisticercose depende da 
comprovação da presença do cisto no tecido, 
geralmente por remoção cirúrgica ou tomografia 
computadorizada (TC). Testes sorológicos (Elisa), 
que detectam anticorpos contra antígenos de T. 
solium, estão disponíveis, mas podem ser negativos 
na neurocisticercose. 
 
CEFALEIA: é o termo médico utilizado para 
designar aquilo que conhecemos como dor de 
cabeça. 
 
UVEÍTE: é uma doença inflamatória que pode 
comprometer totalmente a úvea ou uma de suas 
partes (íris, corpo ciliar e coroide). Em alguns 
casos, a inflamação atinge também o nervo 
óptico e a retina. 
 RETINITE: é a inflamação da retina no olho. 
 
NEUROCISTICERCOSE: é o termo usado para 
referir-se à infecção do sistema nervoso central 
pela forma cística da Taenia solium. 
 
P A T O G Ê N E S E 
E P I D E M I O L O G I A 
A C H A D O S C L Í N I C O S 
D I A G , L A B O R A T O R I A L 
 
3 
 
 
 
Praziquantel é o tratamento de escolha para vermes 
intestinais. O tratamento de cisticercose consiste 
em praziquantel ou albendazol, embora a excisão 
cirúrgica possa ser necessária. 
 
 
A prevenção da teníase envolve o cozimento 
adequado da carne de porco e o descarte apropriado 
de dejetos, de modo a impedir que os porcos 
ingiram fezes humanas. A prevenção da 
cisticercose consiste no tratamento dos pacientes 
para impedir a autoinfecção, além da adoção de 
medidas higiênicas apropriadas, incluindo lavagem 
das mãos, a fim de prevenir a contaminação de 
alimentos com os ovos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
T R A T A M E N T O 
 
P R E V E N Ç Ã O 
P R O G L Ó T I D E S 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
T E N Í A S E 
C I S T I C E R C O S E 
 
5 
 
 
 
 
A Taenia saginata apresenta escólex com quatro 
ventosas, porém, ao contrário de T. solium, não 
apresenta ganchos. Suas proglótides grávidas têm 
entre 15 e 25 ramificações uterinas principais. Os 
ovos são morfologicamente iguais aos da T. 
solium. 
Os humanos são infectados pela ingestão de carne 
bovina crua ou malcozida contendo larvas 
(cisticercos). No intestino delgado, as larvas 
aderem à parede intestinal e, após cerca de três 
meses, tornam-se vermes adultos. As proglótides 
grávidas então desprendem-se, são eliminadas nas 
fezes e ingeridas pelo gado bovino. Os embriões 
(oncosferas) saem dos ovos no intestino da vaca e 
penetram em um vaso sanguíneo, sendo 
transportados aos músculos esqueléticos. No 
músculo, desenvolvem-se em cisticercos. O ciclo é 
completado quando os cisticercos são ingeridos. 
 
 
 
✓ Hospedeiros = 
Os humanos são os hospedeiros definitivos, 
enquanto o gado é o hospedeiro intermediário. 
 
 
Poucos danos resultam da presença do verme 
adulto no intestino delgado. A epidemiologia da 
teníase causada por T. saginata está associada ao 
acesso do gado bovino às fezes humanas e ao 
consumo de carne bovina crua ou malcozida. A 
doença ocorre em nível mundial, entretanto, é 
endêmica na África, na América do Sul e no Leste 
Europeu. Nos Estados Unidos, a maioria dos casos 
é importada. 
 
 
 
 
A maioria dos pacientes com tênias adultas é 
assintomática, contudo, podem ocorrer mal-estar 
geral e cólicas moderadas. Em alguns casos, 
surgem proglótides nas fezes, as quais podem até 
mesmo projetar-se pelo ânus. As proglótides são 
móveis e podem causar prurido anal à medida que 
se movem pela pele adjacente ao ânus. 
 
 
 
A identificação de Taenia saginata consiste na 
observação de proglótides grávidas com 15 a 20 
ramificações uterinas nas fezes. Os ovos são 
encontrados com menor frequência nas fezes do 
que nas proglótides. 
 
 
 
O tratamento de escolha é o praziquantel. 
 
A prevenção envolve o cozimento adequado da 
carne bovina e o descarte adequado dos dejetos, de 
modo a impedir que o gado consuma fezes 
humanas. 
PRURIDO ANAL: é uma condição que provoca 
irritação da pele perto do ânus, resultando em 
um forte desejo de coçar esta área. 
 
 
C A R A C T E R Í S T I C A S G E R A I S 
DOENÇA: A Taenia saginata causa teníase, no 
entanto, suas larvas não causam cisticercose. 
E P I D E M I O L O G I A 
 
A C H A D O S C L Í N I C O S 
D I A G. L A B O R A T O R I A L 
T R A T A M E N T O 
P R E V E N Ç Ã O

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