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Hérnia Diafragmática em Cães e Gatos

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Hérnia 
Diafragmática 
em Cães e 
Gatos
Daniela Aoki Heredia
Graduanda do 9º período de Medicina
Veterinária pela Universidade Federal de
Lavras (UFLA)
1. Definição de Hérnia
2. Hérnia X Evisceração X Eventração
3. Definição de Hérnia Diafragmática
4. Revisão Anatômica
5. Hérnia Diafragmática Congênita
6. Hérnia Diafragmática Traumática
7. Patogenia
8. Sinais clínicos
9. Diagnóstico
10. Tratamento
11. Estabilização do paciente
12. Procedimento cirúrgico
13. Pós-operatório
14. Prognóstico
Sumário
Definição de Hérnia
▪ Órgãos que se deslocam de sua localização
anatômica normal para uma cavidade neoformada ou
natural através de um orifício anatomicamente fraco.
▪ As hérnias comumente encontradas são:
1. Paracostal
2. Lateral dorsal
3. Inguinal
4. Pré-púbica
5. Femoral
6. Umbilical
7. Ventral
8. Escrotal
9. Diafragmática
10. Perineal SLATTER, 1998.
Hérnia 
X 
Evisceração 
X 
Eventração
▪ HÉRNIA → protrusão ou a projeção de um
órgão ou parte dele através de um defeito na
parede da cavidade anatômica onde o órgão
está situado.
▪ EVENTRAÇÃO → é uma hérnia que aparece
geralmente a partir de uma cicatriz, sem
ultrapassar a pele e sem atingir o meio externo.
Nesse caso, geralmente decorrente de
traumas, as vísceras ficam alojadas o
subcutâneo.
▪ EVISCERAÇÃO → é a exposição externa das
vísceras por ruptura da musculatura e falha na
continuidade da pele, geralmente por incisão
cirúrgica após deiscência ou por trauma
perfurante
Hérnia
Eventração
Evisceração
Definição de Hérnia Diafragmática
Protrusão de vísceras da cavidade abdominal
para a torácica, oriunda de defeitos adquiridos
ou congênitos do músculo diafragma.
• 75% agudas (até 2 semanas).
• 25% crônicas (normalmente são achados de
exames)
• Mínimos sinais clínicos, podendo esses
animais apresentarem históricos de traumas
há mais de 10 anos de ocorrência.
Agudas
X
Crônicas
• Conteúdo contido no interior de um saco
herniário (ex: HD congênita)
• Vísceras livres no espaço pleural (ruptura
diafragmática e o defeito diafragmático
congênito)
Verdadeiras
X
Falsas
• Mordeduras, brigas, etc.
• Trauma brusco por acidentes automobilísticos
• Incisão inapropriada do abdômen acima do
processo xifoide, emprego de drenos torácicos
impróprios
Direto
X
Indireto
X 
Iatrogênico
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA
Revisão
Anatômica ▪ Separa as cavidades torácica e abdominal;
▪ Músculo respiratório mais importante;
o Inspiração: diafragma contrai
• ↑ pressão intratorácica
• Vísceras abdominais se deslocam caudalmente e
parede abdominal se move lateralmente
• ↑ cavidade torácica e pulmões se expandem
passivamente
o Expiração: diafragma relaxa
• ↓ pressão intratorácica
• Vísceras abdominais se movem cranialmente,
auxiliadas pelos músculos abdominais.
• ↓ cavidade torácica e pulmões são comprimidos.
Revisão
Anatômica
▪ Centro tendíneo e uma parte
muscular (parte lombar, parte
costal e parte esternal).
▪ 3 orifícios:
● Hiato aórtico;
● Hiato esofágico;
● Forame da veia cava
caudal.
Hérnia
Diafragmática
Congênita
▪ Condição rara
▪ Causas:
▪ Desenvolvimento incompleto do seio transverso;
▪ Desenvolvimento incompleto ou falha na fusão da
membrana pleuroperitoneal;
▪ Desenvolvimento incompleto do hiato esofágico.
▪ Múltiplos graus desta alteração, sendo a ausência de
porções da parte lombar do diafragma rapidamente fatal
após o nascimento
▪ Diagnóstico: RX e/ou US. Também pode ser firmado
acidentalmente ou por ocasião da necropsia.
▪ 3 tipos: 
a) Peritoneopericardial
b) Hiatal
c) Pleuroperitoneal
Hérnia
Diafragmática
Congênita
Defeitos genéticos, 
ferimento pré-natal e 
agentes teratogênicos
Desenvolvimento 
incompleto do seio 
transverso
Aparecimento de 
verdadeiras soluções de 
continuidade ou zonas de 
resistência diminuída, 
predispostas à ruptura
Ausência de sintomas
Sinais clínicos 
respiratórios, cardíacos 
ou digestivos
Desenvolvimento 
incompleto do hiato 
esofágico
Desenvolvimento 
incompleto ou falha na 
fusão da membrana 
pleuroperitoneal
a) Peritoneopericárdica 
▪ Comunicação anômala entre a porção tendinosa do diafragma e o saco
pericárdico → passagem entre o saco pericárdico e a cavidade
peritoneal;
▪ Anormalidade congênita mais comum;
▪ Prevalência: 0,062% (gatos) e 0,015% (cães);
▪ Sem predileção por sexo;
▪ Predisposição para esta alteração na raça Weimaraner, Cocker Spaniel
e Persa.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA
a) Peritoneopericárdica 
▪ Sinais Clínicos:
▪ Assintomáticos (defeitos pequenos);
▪ Desordens gastrointestinais, respiratórias ou cardíacas;
▪ Surgem como uma hérnia saliente ou são detectados por
palpação;
▪ Abdômen → fino ou "vazio" à palpação, se houver deslocação
de uma grande quantidade de órgãos;
▪ Sons cardíacos → podem estar abafados.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA
a) Peritoneopericárdica 
▪ Diagnóstico:
▪ Histórico e anamnese.
▪ RX:
✓ Silhueta cardíaca aumentada ou cardiomegalia;
✓ Órgãos abdominais dentro do saco pericárdico;
✓ Perda de distinção entre o coração e o diafragma;
✓ Elevação dorsal da traqueia;
✓ Sobreposição das margens cardíacas e
diafragmáticas;
✓Descontinuidade do diafragma;
✓ Estruturas preenchidas com gás no saco pericárdico;
✓ Defeitos no esterno.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA
Fonte: PENNINCK; D'ANJOU (2015). 
Hérnia diafragmática peritoneopericárdica
em um felino de 2 anos.
Radiografia torácica lateral de gato Persa macho de 5 anos de
idade após a administração de contraste, evidenciando uma
parte do estômago e do duodeno dentro do pericárdio (seta).
Fonte: NELSON; COUTO (2015)
Imagens de alterações macroscópicas encontradas em
necropsia de filhote de gato da raça Persa com HDPP.
Fonte: Adaptado de MARGOLIS et al. (2018). 
Lobos hepáticos 
esquerdos
Lobo hepático 
lateral direito 
Lobo hepático 
deslocado
b) Hiatal
▪ Deslocamento de qualquer estrutura
abdominal através do hiato esofágico
para o mediastino caudal.
▪ Mais comuns:
▪Esôfago abdominal;
▪ Junção gastroesofágica;
▪Porção do cárdia e/ou região do
fundo gástrico.
▪ Predisposição das raças
braquicefálicas.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA
b) Hiatal
▪ Sinais Clínicos:
▪Assintomáticos;
▪Regurgitação, vômito com
sangue, hipersalivação, disfagia,
desconforto respiratório, anorexia
e perda de peso.
▪ Diagnóstico:
▪Histórico e anamnese;
▪RX contrastado, US.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA
Fonte: adaptado de Fossum et al., 2007.
c) Pleuroperitoneal
▪ Anormalidade congênita mais rara;
▪ Pouco diagnosticada (óbito logo após ou durante o nascimento);
▪ Alta mortalidade neonatal;
▪ O septo transverso ou pregas pleurais e peritoneais não se fundem;
▪ Forma um diafragma incompleto;
▪ Persiste a comunicação entre as cavidades torácica e abdominal.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA
Canino com hérnia diafragmática pleuroperitoneal. Nota-se o
abaulamento da cúpula diafragmática em sentido cranial em ambas as
projeções, sendo o posicionamento central em (A) e ventral em (B).
Fonte: HARTMANN (2013).
(C) e (D): imagens radiográficas do pós-
operatório imediato demonstrando integridade
diafragmática, retorno cardíaco ao eixo normal
e pneumotórax remanescente. Fonte: Adaptado de Hartmann (2013).
C D
E F
(E) e (F): imagens após 45 dias, onde notam-se
integridade diafragmática, cardíaca e pulmonar.
(A) e (B): Abaulamento da cúpula diafragmática.
Hérnia 
Diafragmática 
Traumática
▪ Ocorre após um episódio traumático;
▪ Situação de urgência geralmente;
▪ Afecção comum, mais frequente em felinos;
▪ Sem predileção por sexo e raça;
▪ Mais frequentemente → animais jovens,
errantes e inteiros;
▪ Altas taxas de morbidade e mortalidade →
adjunta a várias lesões de outros órgãos;
▪15 a 25% são diagnosticadas semanas após o
trauma, ou podem ser encontradas até mesmo
de forma acidental.
Hérnia 
Diafragmática 
Traumática
▪ Órgãos mais comumente herniados:
▪ Fígado 64-82%
▪ Estômago ou intestino 47-56%
▪ Baço 32 - 44%
▪ Omento 26 - 44%
▪ Pâncreas 4-8%
▪ Rim (pouca frequência)▪ Lado esquerdo → estômago, baço e intestino
delgado;
▪ Lado direito → fígado, intestino delgado e
pâncreas.
Patogenia
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Impacto 
súbito
↑ súbito na 
pressão 
intra-
abdominal
+
Glote aberta 
(pulmões 
desinflam)
↑ do 
gradiente de 
pressão 
entre as 
cavidades 
abdominal e 
torácica
Pressão 
abdominal se 
torna maior 
que a 
torácica
Ruptura do 
diafragma 
em seu 
ponto mais 
fraco
Migração dos 
órgãos 
abdominais 
para a 
cavidade 
torácica
Sinais Clínicos
▪ Assintomáticos
▪ Sintomáticos: variam de acordo com o tamanho e o tipo das estruturas herniadas
▪ Fígado
▪ Hidrotórax (garroteamento e oclusão venosa)
▪ Obstrução da veia hepática
▪ Necrose do fígado
▪ Obstrução das vias biliares
▪ Trato gastrointestinal → interrupção do fluxo ou necrose dos órgãos acometidos →
êmese, diarreia, disfagia, obstipação e constipação.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Sinais Clínicos
▪ Sinais atribuídos aos sistemas gastrointestinais, cardiovascular ou
respiratório
▪Dispneia (sinal mais frequente, mas não em todos os casos - 72% nos
gatos e 41% nos cães)
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Ineficiência do 
diafragma pela 
ausência de 
membrana 
+ 
Compressão 
das vísceras 
herniadas
Alteração na 
função 
cardíaca, 
respiratória e 
dos órgãos 
herniados
Hipóxia, 
pneumotórax, 
hidrotórax, 
contusão 
pulmonar e 
atelectasia
Hipoventilação 
e baixa 
perfusão 
Sinais Clínicos
▪ Exame físico
▪↓ ressonância pulmonar e bulhas cardíacas
▪↓ volume abdominal
▪↓ amplitude do tórax em um ou ambos os
lados
▪Auscultação torácica de borborigmos
intestinais
▪Melhor conforto quando se encontra sentado
▪Posição ortopneica
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Paciente felino com dispneia em posição ortopneica
Diagnóstico
▪ Histórico (evento traumático), sinais clínicos e radiografias.
▪ Em alguns casos, é necessária ultrassonografia ou peritoniografia com contraste
para confirmação
▪ RX:
▪ Deslocamento de vísceras abdominais para o tórax
▪ Perda da linha diafragmática
▪ Deslocamento ou perda da silhueta cardíaca
▪ Colapso de lobo pulmonar
▪ Efusão pleural
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Hérnia diafragmática traumática
Felino saudável → borda diafragmática
íntegra, silhueta cardíaca e sombra
cardíaca sem alteração
Fonte: CARREGARO, (2012).
Felino portador de hérnia diafragmática →
perda da borda diafragmática e parte da
sombra cardíaca não visualizada devido
herniação hepática.
Felino com hérnia diafragmática, evidenciando perda da cúpula
diafragmática e silhueta cardíaca.
Fonte: HUMV - UFRB 
Tratamento
▪ Emergência → cirurgia imediata!
▪ Desconforto respiratório que não pode ser aliviado;
▪ Herniação e distensão do estômago;
▪ Encarceramento intestinal;
▪ Hemorragia.
▪ Urgência
▪ 1º Estabilizar o paciente antes de tentar o reparo cirúrgico do diafragma;
▪ 2º Correção cirúrgica da hérnia reposicionando todos os órgãos para seu local anatômico e
fechamento da musculatura rompida do diafragma (herniorrafia).
▪ Não é possível que ocorra o fechamento espontâneo da lesão → gradiente de
pressão favorece o aumento da herniação.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Estabilização do paciente
▪ Considerar as outras lesões → ↑ taxa de mortalidade (33%) dos que
passaram por cirurgia nas primeiras 24 horas logo após o trauma;
▪ Posicionar o animal em decúbito esternal com os membros torácicos
elevados em relação aos pélvicos;
▪ Amenizar a ansiedade e o estresse do animal;
▪ Controle da dor → analgésicos que não alterem ou que pouco alterem a
função respiratória;
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Estabilização do paciente
▪ Herniação hepática → ATB de forma profilática antes da indução
anestésica (toxinas podem ser liberadas na circulação devido ao
comprometimento vascular ou estrangulamento hepático);
▪ Encarceramento gástrico → gastrocentese para ↓ dispneia antes
da cirurgia;
▪ Dispneia → máscara facial para o fornecimento de oxigênio,
insuflação nasal ou tenda de oxigênio para melhorar o quadro do
paciente;
▪ Efusão pleural → toracocentese;
▪ Choque hipovolêmico e/ou séptico → fluidoterapia e antibiótico.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Oxigenioterapia para a 
estabilização do quadro 
Fonte: HUMV – UFRB 
Procedimento Cirúrgico
▪ Anestesia:
▪Mínimo estresse
▪ Não usar depressores respiratórios (fenotiazíncos)
▪ Evitar xilazina e óxido nitroso
▪ Indução rápida (barbitúricos ou propofol)
▪Manutenção com anestésicos voláteis
▪ Ventilação mecânica (devido à pressão negativa e
o risco do pulmão colabar quando o ar torácico
entrar em contato com o abdômen)
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Procedimento Cirúrgico
▪ Abordagem abdominal → celiotomia pela linha média; e/ou toracotomia
intercostal;
▪ Outras abordagens cirúrgicas efetivas
▪ Laparoscopia: maior facilidade para a realização da sutura intracorpórea
▪ Toracoscopia: reposicionamento mais fácil dependendo do local da ruptura
▪ Ruptura ampla do diafragma, ausência tecidual e retração muscular e fibrose
→ herniorrafia é mais dificultada → tensão na linha de sutura o que pode levar
a deiscência da ferida
▪ Sem possibilidade de aproximação das bordas → uso de implantes biológicos
ou sintéticos
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Herniorrafia com emprego de prótese
Procedimento Cirúrgico
1. Anestesia geral
2. Decúbito dorsal (incisão na linha média abdominal) ou lateral (toracotomia
intercostal);
3. Antissepsia de toda a região;
4. Incisão na linha média abdominal ventral;
5. Reposicionar os órgãos herniados na cavidade abdominal;
6. Se houver aderências → dissecar os tecidos das estruturas torácicas com
cautela (evitar sangramento ou pneumotórax);
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Procedimento Cirúrgico
7. Herniorrafia com um padrão de sutura simples contínua (fio de sutura não
absorvível);
8. Reconstituir a pressão torácica negativa → remover o ar da cavidade torácica
9. Inspecionar toda a cavidade abdominal → existência de lesões associadas ao
trauma (ex: baço, bexiga ou comprometimento da vasculatura do intestino).
Caso haja algum defeito é fundamental o reparo dessas estruturas;
10. Suturar a cavidade abdominal (3 camadas: abdominal, subcutâneo e pele).
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Procedimento Cirúrgico
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Abordagem 
abdominal
Reposição 
dos 
órgãos 
herniados
Herniorrafia 
(sutura do 
diafragma)
Restituir 
gradativamente 
a pressão 
negativa do 
tórax
Possibilidade 
de expansão 
dos pulmões
Fonte: HUMV – UFRB 
Fonte: HUMV – UFRB 
Pós-operatório
▪ Monitoração dos sinais vitais, padrão respiratório, TPC e coloração da mucosa;
▪ Eletrocardiograma (ECG), pressão arterial, oximetria e avaliação dos gases sanguíneos →
análise do quadro do paciente;
▪ A má expansão torácica devido à dor ou a anormalidades na perfusão/ventilação devido a
efusões pleurais, pneumotórax, bandagens compressivas no tórax e agentes anestésicos e
narcóticos → hipoventilação, hipóxia e a acidose respiratória;
▪ Oxigenioterapia;
▪ Remoção de fluido torácico → tubo de toracostomia;
▪ Administração de ATB e analgésico.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Pós-operatório
▪ Complicações:
▪Pneumotórax
▪Hemotórax
▪Efusão pleural
▪Edema pulmonar
▪Deiscência de sutura e recidiva
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Maioria dos óbitos ocorre nas
primeiras 24h após a cirurgia
Prognóstico
▪ Sobrevive ao período pós-operatório inicial de 12 a 24 horas → FAVORÁVEL
▪ RESERVADO (maioria)
▪ HD aguda → taxa de mortalidade é de 15% (anterior a cirurgia) e de 20 a 30%
(decorrer da fase trans e pós cirúrgica)
▪ HD crônica → entre 10 a 20% podem não sobreviver
▪ Taxa de sobrevivência = 52 - 92% (HD)
▪ Taxa de mortalidade = 12 - 48% (HD traumática)
▪ ≈15% morrem antes da apresentação para anestesia e correção cirúrgica
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Referências Bibliográficas
▪ HUNT, G. B. Hernia repair: principles & practices. North American Veterinary Conference, Sidney,Austrália. 2006. 
▪ CHISCO, D. F. Hernia diafragmática pleuroperitoneal congénita en un gato: Reporte de caso. Revista Colombiana de Ciencia Animal, Vol. 9, 
No. 1, 2016.
▪DRUMOND, K.O.; SILVA, L. S.; CARVALHO, C. J. S. et al. Hérnia diafragmática congênita em cão – relato de caso. Setor de Patologia Animal 
da Universidade Federal do Piauí-UFPI, 2007.
▪ JOHNSON, K.A. Hérnia diafragmática, pericárdica e hiatal. in: SLATTER, D. Manual de cirurgia de pequenos animais. 2ed., São Paulo: 
Manole, 1998,. cap.37. p.559-577.
▪ CUNHA, O. Hérnia peritoneopericárdica em cão. Ciência Rural, Santa Maria, v. 30, n. 5, p. 899-902, 2000. 
▪KNIJNIK, L. R. Hérnia diafragmática peritoneopericárdica em pequenos animais. Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul, 2019.
▪ HARTMANN, H. F. Correção laparoscópica de hérnia pleuroperitoneal em cão. Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul, 2013.
▪ BARACHO, A. S. Hérnias diafragmáticas congénitas: revisão bibliográfica a propósito de três casos clínicos. Universidade Técnica De Lisboa, 
2011.
▪ CARVALHO, C. S. Hérnia diafragmática traumática em felino: relato de caso. Universidade Federal Do Reconcâvo Da Bahia , 2018.
Muito obrigada pela atenção! 
Dúvidas?

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