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Manual do Curso de Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa

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Prévia do material em texto

Centro de Ensino a Distância: Manual do Curso de Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa
1
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Centro de Ensino a Distância
Manual do Curso de Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa
Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa
Código: A0001
Módulo único
24 Unidades
Direitos de autor (copyright)
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino `a Distância (CED), e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa da entidade editora (Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino `a Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a processos judiciais
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino `a Distância-CED 
Rua Correia de Brito No 613-Ponta-Gêa
Moçambique-Beira
Telefone: 23 32 64 05
Cel: 82 50 18 44 0
Fax:23 32 64 06 
E-mail: ced@ucm.ac.mz
Website: www.ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino à Distância e o autor do presente manual, agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na eleboração deste manual.
	Pela contribuição do conteúdo. 
	dr. Baptista Franze e ao dr. Brain Tachiua, pelo apoio moral e material.
dr. Armando Artur, dr. Baptista Franze e ao dr. Geraldo Fernando Vunguire, pela força encorajadora, apoio moral e material para a elaboração deste manual.
	Pela revisão linguística
	dr.Armamdo Artur (Coordenador do Curso na UCM- CED); 
Índice
1Visão geral
Benvindo ao Módulo de Técnica de Expressão
1
Objectivos do Módulo
1
Quem deveria estudar este módulo
1
Como está estruturado este módulo
2
Ícones de actividade
2
Acerca dos ícones
3
Habilidades de estudo
3
Precisa de apoio?
3
Tarefas(avaliação e auto-avaliação)
3
Avaliação
4
Unidade 1. Textos Informativos
5
Introdução
5
TEXTO INFORMATIVO
5
A NOTÍCIA (O Discurso de Imprensa)
6
Características
7
A sintaxe da notícia (GUERRA e VIEIRA:71-72:2003)
7
Sumário
9
Exercícios
9
Unidade 2. Técnicas de Estudo
12
Introdução
12
Sumário
15
Exercícios
15
Unidade 3. O Exercício de Leitura
16
Introdução
16
Sumário
19
Exercícios
19
Unidade 4. Como Fazer Anotações?
20
Introdução
20
Sumário
22
Exercícios
22
Unidade 5. Elaboração de Resumo
23
Introdução
23

Eliminar as repetições, as interjeições;
24

Suprimir pormenores, exemplos isolados, citações, mas sem cair na generalização esquemática;
24
Sumário
24
Exercícios
25
Unidade 6. Elaboracão da Síntese
26
Introdução
26
Percurso de elaboração
26
Sumário
27
Exercícios
28
Unidade 7. A Ortografia
29
Introdução
29
Sumário
34
Exercícios
34
Unidade 8. A Pontuacao
36
Introdução
36
Sumário
44
Exercícios
44
Unidade 9. Classes de Palavras
45
Introdução
45
Sumário
46
Exercícios
46
Unidade 10. A Frase
48
Introdução
48
Sumário
51
Exercícios
51
Unidade 11. A Frase Simples e Complexas
52
Introdução
52
Sumário
54
Exercícios
54
Unidade 12. Estudo do Verbo
56
Introdução
56
Sumário
58
Exercícios
58
Unidade 13. Conjugação Pronominal
59
Introdução
59
Sumário
61
Exercícios
61
Unidade 14. O Discurso directo e Indirecto
62
Introdução
62
Sumário
64
Exercícios
64
Unidade 15. A Ficha Bibliográfica
65
Introdução
65
Sumário
66
Exercícios
66
Unidade 16. A Ficha de Leitura
67
Introdução
67
Sumário
70
Exercícios
70
Unidade 17. O Sumário
71
Introdução
71
Sumário
74
Exercícios
74
Unidade 18. Textos Administrativos
75
Introdução
75
Sumário
76
Exercícios
76
Unidade 19. Formas de Tratamento
77
Introdução
77
Sumário
78
Exercícios
79
Unidade 20. A Carta
80
Introdução
80
Sumário
83
Exercícios
83
Unidade 21. A convocatória
84
Introdução
84
Sumário
86
Exercícios
86
Unidade 22. A Acta
87
Introdução
87
Sumário
89
Exercícios
90
Unidade 23. Texto Expositivo-Explicativo
91
Introdução
91
Sumário
94
Exercícios
95
Unidade 24. Texto Expositivo-Argumentativo
96
Introdução
96
Estrutura do Texto Argumentativo
97
Sumário
100
Exercícios
100
Unidade 25. O Relatório
101
Introdução
101
Sumário
103
Exercícios
103
Visão geral
Benvindo ao Módulo de Técnica de Expressão
A Competência na comunicação e expressão é uma das habilidades indispensáveis, quer na comunidade em geral, quer no processo de docência. Assim, por meio deste manual pretendemos que o futuro professor ou formador seja capaz de exprimir-se correctamente e de produzir documentos de carácter pedagógico com uma boa expressividade e correcção linguísticas.
Objectivos do Módulo
Ao terminar o estudo do módulo de Técnica de Expressão, o formando será capaz de:
	
Objectivos
	· Produzir correctamente textos de carácter didáctico pedagógicos;
· Compreender o uso das diferentes regras gramaticais;
· Aplicar eficazmente as diferentes formas de tomada de nota ou de estudo.
· Reconhecer as estratégias discursivas que norteiam a produção e organização de textos.
· Usar correctamente as regras de pesquisa e elaboração de trabalhos científicos.
Quem deveria estudar este módulo
Este Módulo foi concebido para todos os estudantes dos Cursos de Licenciatura no Centro de Ensino à Distância (CED) e também para o Público que o considere interessante.
Como está estruturado este módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos pelo Centro de Ensino à Distância (CED) encontram-se estruturados da seguinte maneira:
	Páginas introdutórias
· Um índice completo.
· Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os aspectos-chave necessários para completar o estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo.
	Conteúdo do curso / módulo
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo um sumário da unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
	Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir livros, artigos ou sites na internet. 
	Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes elementos encontram-se no final do módulo. 
	Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários serão úteis para nos ajudar a [e] avaliar e melhorar este curso / módulo. 
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
Acerca dos ícones
Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a seguir, cada um com uma descrição do seu significado e da forma como nós interpretámos esse significado para representar as várias actividades ao longo deste curso / módulo. 
Ao longo do módulo encontrarás uma série de imagens que sitntetizam as teorias apresentadas. Estes ícones foram retirados de obras consultadas ou então criadas para facilitar o processo de compreensão dos conteúdos patentes no módulo.
Habilidades de estudo
Caro formando, o ensino à distância requer de ti um grande interesse pelo estudo, porque és um “Auto didacta”. Neste sentido terás de criar um horário de estudo que te dá a possibilidade de estudar o módulo pelo menos quarto horas por semana.
No fim de cada unidade será necessário que se elabore uma síntese das teorias lidas para a compreensão dos conteúdos.
Precisa de apoio?
 A base do estudo é este módulo, mas podes completar as tuas investigações na biblioteca do Centro de Ensino à Diatância ou até com os materiais que poderás encontrar noutras bibliotecas.
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)
As Tarefas de exercícios estão em função dos objectivos, fichas informativas,recursos existentes e de todo um leque de condições concretas. Os trabalhos serão entregues obedecendo aos critérios estabelecidos pelo CED
Avaliação
A avaliação da cadeira será controlada da seguinte maneira:
· Três (3) Trabalhos realizados pelos estudantes, sendo divididos em três sessões presenciais de acordo com a programação do Centro.
· Dois (2) Testes escritos em presença e um exame no fim do ano.
Unidade 1. Textos Informativos
Introdução
Nesta primeira unidade, falaremos dos textos informativos porque estes constituem a base da nossa comunicação no quotidiano. Estes são encontrados em situações escolares procurando transmitir conhecimentos ou saberes.
Focalizamos nela, textos didácticos e jornalísticos como, por exemplo, a notícia. Assim será indispensável mencionar as características e as estratégias da sua elaboração.
Ao completar esta unidade / lição, serás capaz de:
	
Objectivos
	· Distinguir os textos informativos de outros;
· Identificar as partes estruturais correspondentes a estes textos;
· Redigir uma notícia tendo em conta a estrutura a que deve obedecer.
TEXTO INFORMATIVO
É um tipo de texto presente em situação escolar em que a intenção comunicativa veicula conhecimentos da realidade da qual oferece um saber. Ele (texto informativo), transmite dados organizados e hierarquizados sem, contudo, procurar persuadir ou explicar. O seu objectivo é, portanto, comunicar de forma clara e pormenorizada, em poucas linhas, a um leitor determinado, o que deve saber de um facto, de um assunto ou de um problema. Este tipo de texto possui três características importantes a saber, a clareza, a correcção e a concisão.
Neste tipo de texto usa-se, essencialmente, a 3ª pessoa. A 3ª pessoa «indica uma realização discursiva situada fora da correlação de pessoa existente no par eu/tu, remetendo para uma situação “objectiva”. Assim, esse tipo de discurso é indiciado pelos pronomes de terceira pessoa (ele, ele, eles, elas) e respectivos deíticos (o, isso, isto, aquilo, lá, então, etc.) reenviando à objectividade, própria dos elementos referenciais colocados fora da elocução. A linguagem cumpre, assim, a sua função informativa ou referencial, centrando-se em dados concretos, que se concretizam nos referentes situacionais.
A terceira pessoa, está por conseguinte, presente no discurso de imprensa, no discurso pedagógico, no discurso ensaístico, onde a finalidade da mensagem é transmitir informações de conteúdo objectivo. (GUERRA, J.A.F.; VIEIRA, J.A.S.:69).
A NOTÍCIA (O Discurso de Imprensa)
O jornal, por exemplo, é um meio de comunicação de massa. Destinado a qualquer leitor, o discurso de imprensa apresenta características próprias. Este tipo de discurso engloba a notícia e artigos de natureza diversa, em suma, textos de carácter informativo.
A imprensa escrita ou oral, que tem por função transmitir as notícias, informar, dar conhecimento ao público dos acontecimentos de última hora, constitui um largo campo de utilização do discurso de terceira pessoa.
A não-pessoa, isenta de marca de subjectividade, é a forma pronominal mais adequada para as instâncias discursivas que utilizam a linguagem em situações descritivas ou verificativas, onde a objectividade é necessária. O jornalista, como entidade responsável pela informação, preocupa-se com o relato factual, tendo como objectivo fornecer dados concretos que reenviam a determinados referentes. A notícia submete-se, consequentemente, a normas estipuladas que pretendem veicular os conteúdos informativos em moldes documentais. 
A lei das cinco W [...], indica as questões essenciais a que o lead (cabeçalho da notícia, imediatamente a seguir ao título, em caracteres negros, que resumem em breves linhas o acontecimento) se vincula; ele deve responder a cinco questões fundamentais iniciadas em inglês por W: What?, When?, Who?, Where?, Why? (O quê? Quando? Quem? Onde? Porquê?). O referente é tratado em termos precisos (What, Who), dimensionado no espaço e no tempo (Where, When) e nas suas relações de causalidade (Why). No corpo da notícia serão desenvolvidos estes aspectos, tendo em atenção a realidade dos acontecimentos. 
É, portanto, a função referencial a que predomina na notícia, não se excluíndo, por vezes, a função emotiva da linguagem, quando transparece a presença do emissor, através da valoração pessoal que ele pode conferir ao enunciado, ou de sentimentos de adesão ou de recusa que conduzem à emoção por parte do público e não propriamente à informação.
A função conotativa também pode estar presente, se a interpretarmos como faceta genérica que possui a linguagem para chamar a atenção do leitor: Um título pode ser muito ou pouco sensacional, pelo facto de se integrar numa notícia de pequena actualidade ou num editorial; do mesmo modo, os próprios acontecimentos, com reflexo a nível nacional ou internacional, podem ocupar na imprensa lugares proeminentes que despertam e sugestionam a opinião pública, pela forma como são apresentados graficamente e por todo o discurso com forte tendência apelativa. (GUERRA e VIEIRA:71:2003)
Em suma, a notícia é um texto essencialmente informativo de um acontecimento actual. A sua elaboração obedece a regras fixas. O 1º parágrafo, o lead, deve ser a resposta às perguntas:
· Quem?
· O quê?
· Quando?
· Onde?
· Porquê?
No corpo da notícia serão desenvolvidos estes aspectos, tendo em atenção a realidade dos acontecimentos.
Características
· Objectividade - redacção na 3ª pessoa (a não pessoa): expõe-se de modo imparcial e com a maior fidelidade, a realidade ou os seus fundamentos;
· Brevidades – usam-se apenas as palavras necessárias à expressão do pensamento;
· Função informativa ou referencial da linguagem.
A sintaxe da notícia (GUERRA e VIEIRA:71-72:2003)
Uma das leis fundamentais do jornalismo de hoje: na notícia o mais importante escreve-se logo no princípio. 
Uma norma como esta aconselha o aperfeiçoamento de um estilo inverso do novelístico. O autor de uma notícia deve começar pelo desfecho de um determinado acontecimento para depois descrever, em pormenor, a forma como as coisas se passaram. Uma notícia não tem suspensa: obedece ao princípio de competitividade entre os materiais jornalísticos de uma determinada publicação, partindo da certeza de que raro é o leitor que dedica a sua atenção a todos os textos. Ele escolhe os mais atraentes e muitas vezes só lê partes. Por isso o mais importante tem de estar logo no princípio. 
Um mesmo crime terá, portanto, descrições absolutamente diferentes no romance policial e na notícia. No primeiro caso, o autor tece a intriga, descreve as investigações, enumera suspeitos e culmina com a descoberta do assassino e respectiva prisão. Na notícia o jornalista terá de informar logo nas primeiras linhas que, por exemplo, «a Polícia Judiciária prendeu Fulano, acusado de ter assassinado Sicrano». Seguem-se as peripécias do caso, com uma outra preocupação: os factos ordenam-se por ordem decrescente de importância. 
O autor da notícia deverá abolir todos os pormenores supérfluos – que no romance serve até para colocar factores de diversão com o objectivo de testar o faro detectivesco do leitor – para respeitar os princípios da síntese, simplicidade e clareza.
A elaboração da notícia ordenando os factos por ordem decrescente de importância criou no jornalismo a técnica conhecida sob a designação de pirâmide invertida. 
Esta técnica, base do estilo noticioso utilizado em jornais de todo o mundo, significa a elaboração da notícia em duas fases: A primeira denominada lead ou cabeça; e a segunda, o corpo ou o desenvolvimento da notícia.
Suponha o leitor uma pirâmide invertida representada, para maior comodidade pelo triângulo isóscele. Divida-a, por exemplo, em oito secções. Estas secções representam os parágrafos da notícia. A extensão e cada uma delas são directamente proporcionais à importância dos dados contidos nos respectivos parágrafos. 
A primeira secção é o lead ou cabeça, portanto o mais importante da notícia porque, como já vimos, os dados fundamentais sãoos que se devem divulgar em primeiro lugar. As restantes secções ou parágrafos são o corpo da notícia que pormenorizam os factos enunciados no lead. A extensão de cada secção diminui da zona superior para a zona inferior da figura, significando que os factos estão elaborados por ordem decrescente de importância.
A figura permite ter uma ideia aproximada da estrutura resultante da aplicação da técnica jornalística da pirâmide invertida para uma notícia com oito parágrafos. O sistema da pirâmide invertida representa, na prática, a elaboração de dois relatos: um primeiro, o lead, o mais sintético possível, uma espécie de notícia condensada; o segundo, mais desenvolvido, enumerando pormenores, como que «desenrolando» o que ficou enunciado no primeiro parágrafo.
Concluindo, o texto da notícia apresenta os seguintes aspectos:
· Expositivo - apresenta ou narra uma exposição tal como ela é; deve começar pela visão do conjunto, pela síntese, partindo para o pormenor ou análise.
· Interpretativo - clarifica o alcance e o sentido de certos factos ou conceitos.
· Demonstrativo - tenta provar determinadas afirmações, teses ou posições, devendo ser claros os passos que levaram às proposições principais, que devem distinguir-se das simples opiniões. 
Deve-se evitar os seguintes defeitos:
· falsear ou exagerar os factos;
· deformá-los, omitindo pormenores;
· confundir factos com opiniões;
· cair em contradições;
· desenvolver de forma incompleta algum ponto;
· construir parágrafos longos.
Sumário
Em síntese: O texto informativo é todo aquele que procura comunicar, de forma clara e pormenorizada ou então em poucas linhas, aos leitores um determinado assunto.
Este tipo de texto apresenta três características importantes a saber, a clareza, a correcção e a concisão. 
Exercícios
Leia atentamente os textos e responda as questões levantadas em torno deles. 
TEXTO -1
Lição sobre a água
Como substância, a água é incolor, insípida e inodora. Desempenha, portanto, um papel invulgar em todos os campos de actividade do mundo. Quimicamente, nada se lhe compara. Trata-se de um composto de grande estabilidade, notável solvente e poderosa fonte de energia química.
Quando congelada, portanto na forma sólida, a água se expande ao invés de retrair, conforme acontece com a maioria das demais substâncias, e o sólido mais leve flutua sobre o líquido mais pesado __ com consequências surpreendentes. Ela é capaz de absorver e liberar mais calor que todas as demais substâncias comuns. No que diz respeito a uma série de propriedades físicas e químicas __ tais como seu ponto de congelamento e ebulição__a água é singular, verdadeira excepção à regra. E quase todas as propriedades participam dos mecanismos da vida humana, quer naturalmente, como no processo digestivo, ou artificialmente, como uma máquina a vapor.
Todas essas peculiaridades da água podem ser explicadas à luz da sua estrutura molecular. A combinação de dois átomos de hidrogénio com um de oxigénio formando a água (H2O) resulta numa molécula espantosamente resistente, sendo necessária uma energia extraordinária para cindi-la. De fato, até há uns 180 anos passados acreditava-se que a água fosse um elemento indivisível, e não um composto químico. (MATTOS e MEGALE:13:1990)
1. Para possuir palavras com um significado só, toda a ciência deve ter um vocabulário próprio com palavras que quase nunca são empregues na língua de todo o dia. 
a) Procure, no texto, dez palavras que jamais usaria numa conversa informal.
2. A seu ver, o que torna a linguagem desse texto objectiva, racional, lógica, impessoal, técnica, precisa e verificável ou simplesmente científica e informativa?
3. Mesmo fazendo ciência, o homem nem sempre consegue reprimir sua emotividade. 
4. No texto citado, em que expressões o sentimental invade o científico?
Texto I
1. Aponte a estrutura da presente notícia, indicando as respostas do lead e o desenvolvimento.
2. Faça a representação da notícia em causa numa pirâmide invertida.
3. que indica, nesta notícia, a objectividade inerente a textos informativos.Usando dos conhecimentos adquiridos sobre textos informativos e sobre a notícia, elabore uma notícia sobre um acontecimento ou facto que tenha ocorrido no seu local de residência, localidade, distrito, cidade, etc. com o máximo de 6 parágrafos.
Unidade 2. Técnicas de Estudo
Introdução
A unidade aborda essencialmente as técnicas de estudo para os estudantes do ensino superior e, no geral, para os estudantes de qualquer nível que queiram ver o seu trabalho repleto de sucessos.
A UCM, em particular a Faculdade de Medicina e o Centro de Ensino à Distancia, usam o método PBL, que centraliza o proceso de ensino e aprendizagem no aluno e a aplicação do estudante nos estudos constitui a base. 
Ao completar esta unidade / lição, serás capaz de:
	
Objectivos
	· Diferenciar os métodos de estudo no ensino superior dos métodos do ensino secundário;
· Organizar, planear e implementar as tarefas, ou seja, as actividades de estudo;
O método de estudo
Ao ingressarmos numa instituição temos de prestar atenção a algumas mudanças relacionadas aos métodos de estudo. Aqui e em particular neste Centro usa-se o método PBL que centraliza o processo de ensino e aprendizagem no aluno. Neste método o aluno é o centro da aprendizagem e todas as atenções estão viradas para o seu desenvolvimento, com tendência a resolução de problemas específicos da vida quotidiana. Como veremos nos tópicos que se seguem nesta unidade não pretendemos ilustrar a aplicabilidade do método mas sim, o uso de determinadas técnicas que contribuirão para o maior rendimento do estudante no método.
A Aprendizagem na faculdade
Como já dissemos acima, os métodos de aprendizagem na faculdade são diferentes dos usados no ensino secundário geral, pois, para além do nível de abordagem dos conteúdos que é mais profundo, os estudantes devem possuir a seguinte postura (+) pesquisadores, (–) dependentes do Docente e de maior autonomia na aprendizagem.
A título de exemplo de algumas diferenças dos estudantes das duas escolas temos, de acordo com Ruiz, (1991:19)
 
“ no curso médio, o estudante leva para casa as tarefas diárias; não acontece o mesmo na faculdade. No curso médio os alunos andam uniformizados, não podem fumar no recinto escolar e as classes são bastante homogéneas; no curso superior nada disso acontece”. 
Como se pode notar, a caracterização do ambiente de estudo no ensino universitário é diferente do ensino secundário. Assim, o estudante do ensino universitário deve ser pontual, responsável e assíduo às aulas. A responsabilidade referida parte da programação das actividades diárias. 
O plano de actividades
No quotidiano notamos constantemente que todo o homem planifica, pois, a planificação é guia das suas actividades. Com base nela os homens praticam e controlam o cumprimento dos objectivos previamente estabelecidos. Assim, tendo o estudante um conjunto de actividades a efectuar é pertinente que essas sejam devidamente planificadas para que o objectivo de assimilação dos conteúdos seja consumado.
Segundo Estanqueiro (2002: 13)
 
“ Se compararmos o rendimento de duas pessoas com capacidades intelectuais semelhantes, veremos que vai mais longe aquele que dedica mais horas ao estudo. Acontece até que muitos estudantes de ritimo lento (tipo tartaruga) chegam a ser superar colegas rápidos (tipo lebra), só porque começam mais cedo e são mais regulares.”
Da citação pode compreender-se até que ponto vai a responsabilidade do estudante na universidade, pois, antes de tudo, o estudante deve ser capaz de dispor de tempo para estudar ou mesmo para frequentar todas as aulas do curso. Assim, torna-se indispensável que o estudante descubra o tempo para o desenvolvimento desta e das outras actividades.
De acordo com Ruiz, (1991: 22)
“ A maneira mais prática de descobrir ou fazer aparecer o tempo consiste em tomar uma folha de papel, anotar os diversos dias da semana em linha horizontal e os diversos afazeres em linha vertical; registar depois,na coluna de cada dia da semana, as horas plenas e os diversos espaços”
É evidente que nem sempre acordaremos a hora indicada no nosso horário mas o grande esforço do estudante deve cingir-se no cumprimento do horário estabelecido. Neste horário devem constar todas as actividades inclusive as actividades de estudo individual: preparação para a aula, revisão de aula, revisões gerais para as provas e exames e até os tempos de lazer.
Não importa se o tempo de estudo de cada cadeira ou disciplina é pouco ou não, porque se usarmos correctamente as técnicas de leitura, revisão, fichamento teremos um bom aproveitamento. Nisto, é necessário desenvolver técnicas para tornar qualquer tempo produtivo.
Do ponto de vista de Ruiz, (1991: 22)
 
“ A perseverança no cumprimento do programa é o maior problema geralmente, o nosso tempo é pequeno, mas o pior é que o pequeno espaço de tempo se converte em nada pela falta de perseverança.” 
 O autor acima referido apela-nos para maior perseverança nas actividades programadas no horário individual mas, para além da perseverança Estanqueiro também cita a necessidade de ocupar as melhores horas do dia para o estudo individual.
(2002:14)
“ o estudo é uma actividade ciumenta que exige as melhores horas do dia. Quais são? Várias experiências provam que o rendimento intelectual da manhã é superior ao da tarde e ao da noite. Ao princípio da tarde, ocorre sempre uma quebra de vivacidade mental, fruto de uma certa sonolência que ataca a gente e não apenas os que fizeram um grande almoço. Quanto a noite, é natural que o cansaço acumulado de um dia prejudique o rendimento, apesar de haver pessoas que se dão bem a estudar na calma da noite.”
Pode-se depreender da citação que, cada estudante tem um determinado tempo que lhe é rentável nas suas actividades, pois, enquanto uns obtêm uma boa atenção mental na assimilação dos conteúdos nas manhãs, outros, obtêm o mesmo estado nas tardes ou a meia-noite. Por isso, convêm deixarmos bem claro nesta unidade que cada estudante deve ser capaz de descobrir o seu tempo mais rentável. Além do tempo as condições do ambiente de estudo “calmo, barulhento, no quarto, na praia”, estado emocional do estudante entre outros, constituem os principais factores a ter em conta na planificação do tempo de estudo. 
Sumário
Em síntese: A adopcção de um ou do outro método de estudo nos estabelecimentos educacionais tem como objecto alcançar os objectivos preconizados nos programas. Assim, com a adopção do método PBL esperamos que o processo seja eficaz e que o aluno sinta que tem todas as feramentas necessárias para o seu progresso. 
A programação, a preseverança e a responsabilidade nas actividades será como sempre a base do êxito educacional do estudante. 
Exercícios
1. Elabore um horário das suas actividades tendo em conta as cadeiras que tens, e as exigências do curso.
2. Indique duas vantagens da programação das actividades.
3. Porque se afirma que a perseverança é o maior problema? 
Unidade 3. O Exercício de Leitura
Introdução
No Processo de ensino e aprendizagem é preciso compreender que o êxito nos estudos provém da adopcção de técnicas de estudo e de leitura. Fazer uma boa leitura significa criar condicões para que a leitura termine na compreenssão dos conteúdos. Assim, nesta unidade pretendemos apresentar algumas técnicas que te poderão ajudar nos seus estudos. 
Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:
	
Objectivos
	· Indicar o propósito da Leitura
· Praticar a leitura de acordo com as etapas.
· Verificar a compressão dos conteúdos
Para se alcançar o pleno êxito na sua carreira estudantil não basta apenas o facto de participares às aulas e receberes as orientações com relação aos objectivos da aprendizagem, mas é também necessário que se façam leituras. 
De acordo com Gomes (2002:57)
, O acto de ler consiste em “decifrar símbolos de linguagem escrita para lhes conferir a correspondência com os sons que representam”.
Do conceito de leitura acima apresentado é possível notar que toda actividade da aprendizagem terá o seu fulcro na leitura por que com base nela o estudante será capaz de assimilar conteúdos a partir da atitude de clarificar os conteúdos subjectivos. 
Segundo Potts (1989:56)
 
“No sentido genérico, a qualidade de uma leitura é a soma de todos os elementos que estão presentes numa peça impressa, que influencia o êxito que um grupo de leitores consegue com ela. O êxito é medido pela extensão em que o texto é compreendido, a velocidade óptima é tida como interessante.”
Como se afirma na citação, o êxito da leitura é avaliado pelo grau da compreensão do texto no processo de ensino e aprendizagem. Se os estudantes não forem capazes de transmitir o conteúdo patente no texto, ou seja, de mostrar que conhecimentos adquiriram ou, ainda, de usar os conhecimentos para responder a determinadas necessidades, então, eles não entenderam o texto. Porém, a leitura é antecedida por uma selecção de obras que normalmente nos é apresentada pelo docente mas se assim não suceder siga as instruções que se seguem.
Como Seleccionar o que ler
É evidente que ao nos dirigirmos à biblioteca já teremos em mão um tema relacionado com uma determinada área da aprendizagem. No entanto, será fundamental que conheçamos a organização dos livros de estudo na biblioteca e depois que conheçamos a organização dos próprios livros em si. Assim, é interessante trazermos a teoria de Estanqueiro (2001:69)
 que se refere que há três técnicas entre outras possíveis de ajudar a conhecer um livro, a descobrir o seu interesse e a tornar mais rentável a sua utilização. 
As técnicas destacadas pelo autor são: Percorrer o Índice, ler a Introdução e folhear as páginas. Para o autor “pelo índice é possível o essencial da matéria tratada. (...) Na Introdução, o autor explica as intenções do livro, (...) Folheando o livro pode observar-se a forma como é apresentada a matéria.”
Na mesma perspectiva de abordagem, Ruiz (1991: 35)
 para além dos elementos citados acrescenta que “devemos ver o nome do autor, o seu Curriculum, a orelha do livro, a documentação ou as citações ao pé das páginas, a bibliografia, assim como verificar a editora, a data, a edição e ler rapidamente o prefácio” 
No processo de desenvolvimento da leitura é preciso ter em conta dois passos que são considerados fundamentais para que se efectue uma leitura efectivamente produtiva. Na primeira leitura procura-se ter um conhecimento global do texto e na segunda faz-se uma leitura mais aprofundada procurando compreender e assimilar o essencial. 
A primeira etapa da leitura, de acordo com Estanqueiro, pode ser designada Ler “por Alto” e a segunda Ler “em Profundidade”. A primeira consiste em dar uma passagem de olhos pelo seu conteúdo, procurando ter uma visão panorâmica do terreno a explorar ou seja uma visão geral do assunto “a Ideia Principal”. Nesta primeira leitura pode-se fazer a leitura de alguns parágrafos (os iniciais e os do meio e o último parágrafo). 
As questões tais como: 
“O Que diz o texto? Que pretende transmitir o autor?
Que explicações são fundamentadas? Os factos e os argumentos são esclarecidos? 
Concordo com a opinião do autor?
Que novidades surgem no texto? 
Encontro informações úteis? Posso aplica-las na pratica? 
Que ligações tem o assunto com aquilo que já sei?” 
É bom notar que um bom leitor não regista passivamente tudo aquilo o que lê nos livros, mesmo se os autores lhe merecem toda a confiança. O bom leitor tem de manifestar o seu espírito crítico perante todo o conteúdo que lê, ele analisa, compreende, interpreta, compara e avalia. Esta prática torna-se eficaz a partir do momento em que sabemos sublinhar o essencial do texto. 
O acto de sublinhar as ideias-chave do texto desperta a atenção, ajuda a captação e facilita as revisões. Assim para sublinhar e fazer anotações a margem do texto, o metodólogo Estanqueiro diz que é necessário:
 “Dar Prioridade as definições, fórmulas, esquemas, termos técnicos, e outras palavras ou expressões que sejam a chaveda ideia principal.
Destacar uma ou duas frases por parágrafo.
Sublinhar apenas os livros pessoais” 
Por sua vez, Ruiz reforça que temos de seleccionar apenas as ideias as ideias principais e os detalhes importantes; não devemos sublinhar por ocasião da primeira linha, reconstruir o parágrafo a partir a partir das palavras sublinhadas, ler o parágrafo sublinhado com a continuidade e plenitude de sentido de um telegrama; sublinhar com dois traços as palavras-chave da ideia principal, e com um único traço os pormenores importantes; assinalar com linha vertical, as margens mais significativas e finalmente assinalar com um ponto de interrogação as margens dos pontos a discordar.
Sumário
Em síntese: A qualidade de uma leitura é a soma de todos os elementos que estão presentes nele, que influenciam no êxito que um grupo de leitores consegue com ela. O resultado da leitura é medido pela extensão em que o texto é compreendido, a velocidade óptima é tida como interessante.”
Exercícios
“No processo de desenvolvimento da leitura é preciso ter em conta dois passos fundamentais para que se efectue uma leitura efectivamente produtiva.”
1. Quais são as etapas a seguir no acto da leitura?
2. Que questões podem ser colocadas depois de ter feito uma leitura?
Unidade 4. Como Fazer Anotações?
Introdução
As anotações constituem uma síntese dos conteúdos lidos e todo o estudante deverá conhecer e usar correctamente estas regras. Assim, nesta unidade apresentamos as diferentes formas de tirar apontamentos e as orientações recomendadas para cada método. 
Ao completar esta unidade / lição, serás capaz de:
	
Objectivos
	· Indicar o propósito da Leitura
· Praticar a leitura de acordo com as etapas.
· Verificar a compressão dos conteúdos
Fazer Anotações
Um bom leitor para além de sublinhar também faz anotações quer seja no papel quer seja no próprio texto de apoio e estas anotações principalmente as feitas no texto a prova do seu espírito crítico. Enfim, as anotações são reacções ou comentários pessoais e podem expressar-se através de formas diversificadas entre elas estão patentes algumas que já referimos na abordagem de Ruiz (ponto de interrogação como sinal de dúvida), ponto de exclamação como sinal de surpresa ou entusiasmo, letras diversas para fazer uma observação simples como por ex: B- bom, I- importante ou interessante, N- não R- rever e outros; palavras que resumam o núcleo central de um parágrafo; uma nota de referência sobre os assuntos defendidos pelo mesmo autor ou por autores diferentes.
Nota: 
Fazer anotações é enriquecer o livro e elas (as anotações) devem ser claras e breves.
A actividade de tirar apontamento é complexa e constitui um dos processos fundamentais para a captação e retenção da matéria, pois, por meio dos apontamentos aprendemos melhor e as nossas informações ficam guardadas para sempre.
De acordo com Estanqueiro, os apontamentos podem ser de três tipos: Transcrição, esquemas e resumos. 
O primeiro tipo de apontamento “A Transcrição” consiste em transcrever e copiar uma informação de forma totalmente igual ao texto original. Porém, é importante referir que esse não é o processo mais eficaz para estudar um determinado assunto, embora, seja útil, porque quanto reflectimos sobre os assuntos lidos. 
Regras: 
De acordo com o mesmo autor
 as regras a serem seguidas nos apontamentos de transcrição são: 
· Não copiar longos textos, integralmente. Basta seleccionar as partes mais significativas.
· Pôr entre aspas os textos copiados; 
· Indicar com precisão a fonte, ou seja, registar o nome do autor, o título do livro ou a revista; o número da edição, o local da edição, o editor, a data e a página.
Se assim estiverem organizados, os apontamentos poderão servir em qualquer momento. 
Esquema 
E uma técnica importante passar a esquema todas as informações tidas como ideias chave, durante a leitura. Pois eles (os esquemas) são simples enunciados das palavras-chave, em torno dos quais é possível arrumar grandes quantidades de conhecimentos. De acordo com Estanqueiro “eles também representam uma enorme economia de palavras e oferecem a vantagem de destacar e visualizar o essencial do assunto em análise, podendo ainda ser facilmente reformulados.” 
Tipos de esquemas: 
Ainda na mesma abordagem, refere-se que existem os seguintes tipos de esquema: Índices, quadros, gráficos, desenhos ou mapas e todos estes tipos de esquema podem ser encontrados nos manuais.
De acordo com Ruiz as regras do resumo são:
· Ser fiel ao texto 
· Apanhar o tema do autor; 
· Ser simples claro e destacar os títulos e subtítulos; 
· Subordinar as ideias aos factos;
· Manter um sistema uniforme de observação. 
Nota: Os esquemas não são aconselháveis pela insuficiência de informações.
O resumo 
Resumir um texto é tornar o mais breve possível, tornar mais curto, e, isto requer capacidades de seleccionar e reformular as ideias essenciais, usando frases bem articuladas.
Assim, a elaboração do resumo segue as seguintes etapas: compreensão do texto, identificação das palavras-chave, registar numa folha de rascunho os vários tópicos, e finalmente reconstruir o texto, de um modo pessoal.
Contudo, resumir um texto é um processo eficaz para compreender e assimilar a matéria. Porém, no capítulo seguinte veremos de forma mais pormenorizada as técnicas de elaboração do resumo.
Sumário
Em síntese: 
A actividade de tirar apontamento constitui um dos processos fundamentais para a captação e retenção da matéria, pois, por meio dos apontamentos aprendemos melhor e as nossas informações ficam guardadas para sempre. Os apontamentos podem ser de três tipos: Transcrição, esquemas e resumos
Exercícios
1. Indica as diferentes formas de tirar apontamentos. 
2. Diferencie-as.
Unidade 5. Elaboração de Resumo
Introdução
Qualquer estudante do ensino superior deve ser capaz de resumir textos de carácter científico ou didáctico, pois, por meio dos resumos os resultados adquiridos nos estudos são mais eficazes e mais amplos.
Nesta unidade veremos as estratégias usadas para a redução de um texto – a técnica de resumo - específicamente o método RASERO.
Ao completar esta unidade /lição, serás capaz de:
	
Objectivos
	· Detectar o essencial num texto para resumí-lo;
· Discernir sobre o que é indispensável, o principal, o importante, o secundário, o acessório e o inútil;
· Resumir um texto de qualquer natureza (científico / literário);
A actividade de resumir um texto, destaca-se pelo facto de tratar – se simplesmente de tornar o texto mais curto, contraído, condensado ou de abreviá-lo. Porém, não se deve confundir um plano com um resumo, pois, este, é correctamente redigido, claro e construído. Deve pôr em realce o essencial, sem ser nem uma análise nem um comentário. 
De acordo com Lemitre (1986: 158) O resumo dá uma visão de conjunto do conteúdo e acentua a progressão dos pontos principais. Ele respeita a linearidade do discurso inicial. Não pode retomar todas as ideias expostas, mas não deverá tão-pouco limitar-se a um sobrevoo abstracto não conservando senão os conceitos sem explicações.
Em suma, resumir é apresentar de forma contraída, reduzida ou abreviada, as ideias principais de um texto. E para chegarmos a ele, há que fazer uma operação mental insubstituível: dispensar o que não é significativo. Ao dispensar o que é secundário, valorizará só o que é fundamental. Por isso, um resumo bem feito é económico em palavras e rico em significado.
São alguns dos exemplos de resumo: as manchetes, os títulos, as legendas. Assim, dar títulos, fazer manchetes ou construir legendas é uma actividade que muitas vezes nos ajuda no domínio do significativo num texto
Para detectar, referenciar, descobrir, apreender, e apontar as ideias de fundo, directrizes, mestras, essenciais ou centrais, é necessário seguir o método rasero.
· Rápida leitura do texto; 
· Atenta leitura do texto
· Sublinhar as ideias Chave
· Esquematizar
· Resumir e
· Operatividade.
Nestas actividades a grande dificuldade é de identificar qual é o conteúdomais importante mas é preciso recorrer que as ideias principais encontram-se em constelações de ideias. Ver em Ruiz p. 38-39 como se pode notar a partir do Plano (esquema) traçado o leitor é capaz de produzir o resumo considerando os seguintes aspectos:
· Eliminar as repetições, as interjeições;
· Suprimir pormenores, exemplos isolados, citações, mas sem cair na generalização esquemática;
· Manter os valores mais significativos em abordagens que apresentam números
· Distinguir as ideias principais das secundárias;
· Respeitar a ordem, a estrutura e a proporção do texto, bem como as articulações lógicas.
Defeitos a evitar:
· A utilização de frases ou expressões inteiras do texto que se quer resumir;
· Acrescentamento de comentários pessoais;
· A ausência de elos de ligação entre as frases e os parágrafos.
Sumário
Em síntese: Resumir é apresentar de forma contraída, reduzida ou abreviada, as ideias principais de um texto. E para chegarmos a ele, há que fazer uma operação mental insubstituível: dispensar o que não é significativo. Ao dispensar o que é secundário, valorizará só o que é fundamental. Por isso, um resumo bem feito é económico em palavras e rico em significado.
Exercícios
1. “O resumo dá uma visão de conjunto do conteúdo e acentua a progressão dos pontos principais. Ele respeita a linearidade do discurso inicial.”
a) Clarifica a ideia expressa na afirmação.
2. Explicite detalhadamente o método rasero e resume o texto.
Unidade 6. Elaboracão da Síntese
Introdução
Para a elaboração de qualquer texto, seja de que natureza for, é necessário seguir um determinado percurso de forma a atingir uma hiperestrutura textual coerente e coeso.
Portanto, nesta unidade apresentamos o percurso metodológico que deve ser seguido na produção ou elaboração de um resumo.
Ao completar esta unidade / lição, serás capaz de:
	
Objectivos
	· Elaborar texto de qualquer natureza (científico / literário);
Segundo Esteves (2002:82)
, a síntese é “um género de texto elaborado, de dimensão reduzida, mas redigida de forma simples, clara e consistente”. A elaboração de uma síntese implica um bom domínio das técnicas de leitura e de escrita. Deste modo, é possível trabalhar-se vários tipos de texto em simultâneo.
O apelo à escrita sintética do mundo actual é devido a dois aspectos. Por um lado, aos vários suportes de informação existentes e por outro às exigências do próprio leitor que se interessa por escritos recheados de “paginação, cor, abundância de títulos, subtítulos e cabeçalhos, quadros, gráficos, resumos e sínteses, estrutura e plano em destaque, frases curtas (20 a 30), estilo concreto e vivo, próximo da oralidade, usando a forma activa e o infinitivo.”
 Percurso de elaboração
Os passos a seguir para a elaboração de uma síntese assentam na compreensão do texto, na elaboração de um plano ou no reagrupamento das ideias e na redacção.
I. Compreensão do texto
Deve-se fazer uma leitura activa, tal como no resumo mas em menor profundidade. Implica destacar as palavras-chave, ideias-chave e fazer anotações numa folha, usando frases soltas.
II. Plano ou reagrupamento de Ideias
Engloba os seguintes pontos:
1. Apresentação – “Identifica o texto, o tema tratado, o nome do autor e eventualmente a tese”; 
2. Ilustração – “expõe os factos respeitantes ao tema; noutros casos, história o problema”;
3. Causas – “diagnostica o estado da questão, indo até às suas origens”;
4. Efeitos – “reúne as consequências”;
5. Remédios – “indica as soluções apresentadas pelos autores para alterar os efeitos ou resolver os problemas”;
Conclusão – “apresenta as considerações finais dos textos.”
Plano ou Reagrupamento das Ideias
1. Apresentar no estilo indirecto as posições de cada autor;
2. Respeitar o pensamento de cada autor;
3. Ser conciso, claro e preciso;
4. Ter atenção à construção frásica.
Aspectos a evitar
1. Não se deve utilizar frases e expressões inteiras do texto;
2. Não se deve fazer comentários ao texto.
Sumário
Em síntese: A elaboração de uma síntese implica um bom domínio das técnicas de leitura e de escrita. Na produção, há que evitar os seguintes aspectos: utilizar frases e expressões inteiras do texto; fazer comentários ao texto.
Exercícios
Leia atentamente os textos e faça a sua sintese 
TEXTO -1
Unidade 7. A Ortografia
Introdução
A língua portuguesa constitui, para além de elemento de Unidade Nacional em Moçambique, um meio de comunicação. Assim, ao futuro professor, que usará esta língua como instrumento de ensino, por isso torna-se imperativo dominá-la. Portanto, é importante que estejas atento à correcção linguística dos enunciados que ouves ou que lês no dia-a-dia.
O Desenvolvimento da capacidade de expressão escrita só será possível com a escrita constante. Escrever bem implica também dominar as regras, quer de ortografia quer da pontuação, por isso na unidade seguinte falaremos da Pontuação.
Ao completar esta unidade / lição, serás capaz de:
	
Objectivos
	· Aprofundar conhecimentos sobre o sistema verbal escrito da língua portuguesa;
· Escrever correctamente um enunciado sem cometer erros ortográficos;
Conceito da ortografia
A Ortografia é a parte da Gramática que ensina a maneira correcta de escrever as palavras. (Pinto; Lopes; Neves: 2001: 4)
Importância da escrita (extraído da cópia do livro: Saber estudar; s/ referência)
A habilidade de escrever é uma arma eficaz de sucesso, tanto na escola como na profissão.
Na escola, a escrita é uma das formas de expressão mais valorizada na avaliação dos estudantes, em quase todas as disciplinas.
Pela vida fora, as pessoas, mesmo seguindo profissões técnicas, têm de escrever cartas, relatórios, actas, exposições, comunicados, projectos, etc. A escrita é um instrumento fundamental para informar, demonstrar, persuadir ou simplesmente para interessar os outros pelas nossas ideias.
É possível ter sucesso sem saber escrever correctamente. Mas aqueles que sabem escrever estão sempre em vantagem.
(...)
Na expressão escrita o mais importante é fazer-se entender, mas isto não significa que se deve desprezar a ortografia. As palavras têm de ser escritas com correcção.
Os erros ortográficos podem ter como causas a deficiente aprendizagem no ensino básico, a falta de tempo e de motivação para a leitura ou ainda a desvalorização da escrita em relação a outras formas de expressão. A maioria dos erros é um reflexo da oralidade. Espontaneamente, as pessoas escrevem as palavras como as pronunciam na linguagem oral. Falando mal, pioram na escrita. 
Observemos exemplos dos erros mais frequentes, encontrados nos trabalhos dos estudantes.
Eliminação ou troca de letras 
Devido às confusões provocadas pela oralidade, acontece, por vezes, ao nível da grafia, a eliminação ou troca de algumas letras. É vulgar:
__ A eliminação do e ou do i :
adquado (errado)
__adequado
advinhar (errado )
__ adivinhar
establecer ( errrado)
__ estabelecer
intlectual ( errado)
__ intelectual
__ A troca de e por i ou i por e:
defenição (errado)
__ definição
destinção (errado)
__ distinção
indespensável (errado)
__ indispensável
ivitar ( errado )
__ evitar
menistro (errado)
__ ministro
previlégio (errado)
__ privilégio
__ A troca de o por u ou u por o:
agrícula (errado )
__ agrícola
mágua (errado)
__ mágoa
opurtuno (errado)
__ oportuno
suburdinado (errado)
__ subordinado
__A confusão entre os prefixos es e ex:
esperiência (errado)
__ experiência
espectativa (errado)
__ expectativa
expectáculo (errado)
__ espectáculo
__ A confusão entre os prefixos per e pre:
perconceito (errado)
__ preconceito
pregunta (errado)
__ pergunta
prefeição (errado)
__ perfeição
premissão (errado)
__ permissão
Troca de palavras homófonas
Alguns erros provêm da troca de palavras homófonas, isto é, palavras que se pronunciam do mesmo modo.
Diferentes na escrita e no significado, merecem distinção claras seguintes palavras:
acento (modo de pronúncia)
assento (lugar )
apreçar (avaliar)
apressar (aceleraro passo)
cem (numeral)
sem ( preposição)
conselho (município)
conselho(opinião, parecer)
concerto (sessão musical)
conserto (reparação)
consolar ( aliviar o sofrimento)
consular (relativo ac consul)
coser ( costurar )
cozer ( cozinhar)
estofar ( cobrir de estofo)
estufar ( meter na estufa)
espiar ( espreitar)
expiar ( sofrer um castigo)
morar ( residir)
murar ( pôr muro)
paço (palácio)
passo ( modo de andar)
peão ( pessoa que anda a pé)
pião (brinquedo)
roído (mordido)
ruído ( som)
ruço ( pardacento)
russo ( da Rússia)
soar ( produzir som)
suar (transpirar)
tacha (prego)
taxa (imposto)
Outras palavras são igualmente difíceis de distinguir ao nível da oralidade, mas têm grafia e significados diferentes. Exemplos:
descrição ( narração)
 discrição (prudência)
despensa ( compartimento)
dispensa (desobrigação)
Confusões nos verbos 
Para o escritor Mark Twain, a culpa principal dos erros ortográficos deve ser atribuída aos verbos: «o verbo não tem estabilidade nem dignidade nem opinião duradoira». Apesar do tom humorístico da frase, é um facto que o verbo tem pessoas, tempo modo e vozes. Torna-se muito complexo conjugar tudo isso com a devida correcção.
Por culpa dos verbos ou da ignorância de quem os usa, existem vários tipos de confusões:
__ Confusão entre formas verbais e outras palavras:
há ( verbo haver)
e
à (preposição)
traz (verbo haver)
e
trás (preposição)
asso (verbo assar)
e
aço (metal)
vazo (verbo vazar)
e
vaso (recipiente)
cede ( verbo ceder)
e
sede (lugar)
__ Confusão entre verbos diferentes
vêm (verbo ir) e
vêem(verbo ver).
__ Confusão entre tempos diferentes do mesmo verbo:
andaram ( pretérito)
e
andarão (futuro)
__ Confusão entre conjugações diferentes do mesmo verbo:
mudasse ( conjugação simples)
e muda-se(conjugação pronominal)
N.b. 
Ler bons autores (em livros e revistas), de forma cuidadosa e com um dicionário sempre à mão, permite enriquecer o vocabulário essencial para a escrita (cerca de 2.200 palavras em Português, segundo os especialista. (...)
A leitura activa e interessada permite ainda observar como os outros comunicam. Escritores e bons jornalistas podem ser para o estudante escolas vivas, exemplos a seguir, modelos a imitar. (...)
(...) Conhecer as regras básicas da gramática é um meio para falar e escrever com correcção.
Na arte da escrita ninguém nasce perfeito. Aprende-se a escrever, escrevendo. O segredo fundamental para aprender a escrever é praticar a escrita, com exercícios constantes. A qualidade só se consegue depois de muita quantidade, feita com intenção de melhorar. Entre várias formas de treinar, sugerimos:
__ tirar apontamentos nas aulas;
__copiar textos interessantes (pensamentos, poemas...);
__ resumir leituras de livros, revistas e jornais;
__ fazer trabalhos escritos, por iniciativa própria;
__ elaborar «escritos pessoais» ( por exemplo escrever um diário onde se registem ideias, experiências e sentimentos)
Praticando a escrita, com treinos sistemáticos (recorrendo a dicionários e prontuários sempre que houver dúvidas), é possível escrever sem medo. Mais do que isso, é possível escrever com gosto.
Sumário
Em síntese:
A correção na escrita é indispensável porque para se fazer entender, é necessário que a linguagem usada e a ortografia das palavras sejam claras e correctas. 
Contudo, saber escrever é ter a ferramenta necessária para o sucesso no contacto em toda sociedade. 
Exercícios
Depois destes parcos subsídios sobre a ortografia, e com de outras bibliografias responda as questões que lhe são levantadas.
Unidade 8. A Pontuação
Introdução
Pontuar uma frase escrita corresponde ao estabelecimento das pausas na comunicação oral e é apresentar a ideia que se pretente transmitir com exactidaão e precisão. 
A má utilização dos sinais de pontuação pode resultar na completa ambiguidade comunicativa. Assim, nesta unidade apresentamos os diferentes sinais de pontuação e as regras usadas para a sua aplicação ou utilização.
Ao completar esta unidade / lição, serás capaz de:
	
Objectivos
	· Aplicar correctamente os diferentes sinais de pontuação;
· Identificar erros de pontuação em textos produzidos.
· Enunciar as regras para a utilização dos Sinais de pontuação.
Definição 
Designa-se por pontuação ao sistema de utilização de certos sinais gráficos convencionais (NOGUEIRA, 1989:67). Entretanto, FERREIRA e FIGUEREDO acrescentam que: “ a pontuação não é só importante para exprimirmos com clareza o que pretendemos dizer. É–o também para uma boa e expressiva leitura dos textos”.
Os sinais de pontuação contribuem para dar-nos a entoação de vida à leitura e fazer as pausas necessárias.
 Tipos de pontuação
Os sinais de pontuação são: ponto final (.), ponto e vírgula (;), vírgula (,), ponto de interrogação (?), ponto de exclamação (!) as reticências (…), as aspas (« »), vírgulas altas (“ ”) o parêntese ( ), e o travessão (-). Dentre vários sinais de pontuação existentes podem ser agrupados em sinais que marcam a pausa e os que marcam a melodia (cf. FERREIRA, FIGUEREDO e CUNHA e CINTRA).
· Sinais que marcam a pausa
Vírgula (,)
No entender de CUNHA e CINTRA (), os sinais de pontuação que marcam a pausa são os que a seguir mencionamos.
 A vírgula, que marca uma pausa de pequena duração. Emprega-se não só para separar elementos de uma oração, mas também em orações de um só período. Quando a vírgula se encontra no interior da oração serve para: 
a) Separar elementos que exercem a mesma função sintáctica (sujeito composto, complementos, adjuntos), quando não vêm unidos pelas condições e, ou e nem,
Ex: A sua frota, a sua boca, o seu sorriso, as suas lágrimas, enchem-lhe a voz de formas e de cores…
b) Separar elementos que exercem funções sintácticas diversas, geralmente com a finalidade de realçá-los. Em particular, a vírgula é usada: 
i) Para isolar o aposto, ou qualquer elemento de valor meramente explicativo:
Ex: Alice, a menina, estava feliz. 
ii) para isolar vocativo: 
Ex: dona Glória, a senhora persiste na ideia de manter o nosso Bentinho no seminário?
iii) para isolar os elementos repetidos:
Ex: Só minha, minha, minha, eu quero!
iii) para isolar o adjunto adverbial antecipados:
ex: Lá fora, a chuvada despenhou-se por fim.
c) Emprega-se ainda vírgula no interior da oração:
i) Para separar, da datação de um escrito, o nome lugar:
Ex: Beira, 22 de Setembro de 1983.
ii) para indicar a supressão de uma palavra (geralmente o verbo) ou de um grupo de palavra:
Ex: no céu azul, dos fiapos de nuvens.
Observação:
Quando os adjuntos adverbiam são de pequeno corpo (um advérbio, por exemplo), costuma-se dispensar a vírgula. A vírgula é, porém, de regra quando se pretende realçá-los. Compara-se estes passos:
Depois levaram o Ricardo para casa da mãe Avelina.
Depois, o engraçado são as passagens de nível, os aparelhos de sinalização, os vagões – cisternas. 
Depois, tudo caiu em silêncio.
• Entre orações, emprega-se a vírgula: 
i) Para separar as orações coordenada assindéticas
Ex: subiram ao sótão, desceram a cave, espreitaram no poço. 
ii) para separar as orações coordenas sindéticas, salvo as introduzidas pela conjunção e: 
Ex: Ou elas tocavam, ou jogavam os três, ou então lia-se alguma coisa.
iii) para isolar as orações intercalada: 
Ex: «lá vem ele com as raízes», resmungou o Paulino, baixando a cabeça, 
iiii) para isolar as orações subordinadas adjectivas explicativa:
Ex: Loa, que tinha relações sobrenaturais, diagnosticara um espírito.
iiiii) para separar as orações subordinadas adverbiais, principalmente quando antepostas a principal:
Ex: Se eu o tivesse amado, talvez o odiasse agora.
iiiiii) para separar as orações reduzidas de infinitivo, de gerúndio e de particípio, quando equivalentes a orações adverbiais:
Ex: a não ser isto, é uma paz regalada.
Ponto (.)
O ponto assinala a pausa máxima da voz depois de um grande fónico da final descendente.
Emprega-se, pois, fundamentalmente, para indicar o término de uma oração declarativa, seja ela absoluta, seja a derrodeirade um período composto:
Ex: Entardecer no Anjico. Estou parada, sozinha, na frente da casa de Estancia olhando para o poente. O sol parece uma grande laranja tamporã, cujo sumo escorre pelas faces da tarde. O ar cheira a guaço queimado. Um silencia de paina crepuscular envolve todas as coisas. A terra parece anestasiada, rara estrelas começam a pontar no firmamento, amis advinhada do que propriamente visíveis. Sinto um langor de corpoe espírito. De certo é a tardinha que me contagia com sua doce febre.
i) Quando o período é simples ou composto se encadeiam pelos pensamentos que expressam, sucedem-se um aos outros na mesma linha.
Diz-se, neste caso, que estão separados por um ponto simples.
ii) quando se passa de um grupo a outro grupo de ideias, costuma-se marcar a transposição com o maior repouso da voz, o que, na escrita, se representa pelo ponto parágrafo. Deixa-se, então, um branco o resto da linha em que termina um dado grupo ideológico, e inicia-se o seguinte o segunte na linha abaixo com o recuo de algumas letras.
Assim: 
O Búzio não possuía nada, como uma árvore não possui nada. Vivia com a terra toda que era ele próprio.
A terra era sua mãe e sua mulher, sua casa e sua companhia, sua cama, seu alimento, seu destino e sua vida.
Ao ponto que encerra um enunciado escrito dá-se o nome de ponto final.
Observação 
Além de servir para marcar uma pausa longa, o ponto tem outra utilidade. É o sinal que se emprega depois de qualquer palavra escrita abreviadamente.
Assim: V. S.° (vossa senhora), Dr. (Doutor).
Nota-se que, se a palavra assim reduzida estiver no fim do período, este encerra-se com o ponto abreviativo, pois não se coloca outro ponto depois dele.
Ponto e vírgula (;)
Como nome indica, sete sinal serve de intermediário entre o ponto e a vírgula, podendo aproximar-se ora mais daquele, ora mais desta, segundo os valores pausais e melódicos que representam no texto. No primeiro caso é que vale a uma espécie do ponto reduzido; no segundo, assemelha-se a uma vírgula alongada.
Esta imprecisão do ponto e vírgula faz que o seu emprego dependa substancialmente do contexto. Entretanto, podemos estabelecer que em primeiro ele é usado:
i) Para separar num período das orações da mesma natureza que tenham uma certa extensão: 
ex: numa tarde de Outono murmuraste; toda a mágoa de Outono que ele me trouxe…
ii) para separar os diversos itens de um enunciado enumerativos em leis, decretos, portarias, regulamentos etc. Sirva de exemplo os títulos: 
— Respeito a dignidade e as liberdades fundamentais do homem;
— O fortalecimento da unidade nacional é a solidariedade internacional;
· Sinais que marcam a melodia 
Para além dos sinais que marcam a pausa, existem outros que marcam a melodia nomeadamente: dois pontos, ponto de interrogação, ponto de exclamação, reticência, aspas e parentes.
Os dois pontos
Os dois pontos servem para marcar, na escrita, uma sensível suspensão da voz na melodia de uma frase não concluída. Emprega-se, pois para enunciar: 
i) Uma citação.
Ex: Armando voltou para dizer: 
— Não enganei ninguém, camarada. Era bicho.
ii) uma enumeração explicativa: 
ex: não foi ele, outros seriam: pajens, gente de guerra, vadios de estalagens, andenjos das estradas.
iii) um esclarecimento, uma síntese ou uma consequência do que foi enunciado: 
ex: e a facilidade traduz-se por isto: criarem-se hábitos.
Não era desgosto: era cansaço e vergonha.
Observação
Depois do vocativo que encabeça cartas, requerimentos, ofícios, etc. costuma-se colocar dois pontos, vírgula ou ponto, havendo escritores, que nestes casos, dispensam qualquer pontuação. Assim: 
Prezado senhor: prezado senhor.
Prezado senhor, prezado senhor
Sendo o vocativo inicial emitido com entoação suspensiva, deve ser acompanhado, preferencialmente, de dois pontos ou de vírgula, sinais denotadores daquele tipo de inflexão. 
Ponto de interrogação (?)
O ponto de interrogação é sinal que se usa no fim de qualquer interrogação directa, ainda que a pergunta não exija resposta:
Ex: estará surdo? Estará a tentar irritar-me?
Nos casos em que a pergunta envolve dúvida, costuma-se fazer seguir de reticências o ponto de interrogação.
— então?... Que foi isto?... A comadre?
Nas perguntas que denotam surpresa, ou aquelas que não têm endereço nem resposta, emprega-se por vezes combinados o ponto de interrogação e ponto de exclamação:
Ex: Ah, é a senhora?! Pois entre, a casa é sua…
Observação 
O ponto de interrogação nunca se usa no fim de uma indirecta termina com uma entoação descendente, exigindo, por isso, um ponto comparem-se:
— Quem chegou [= interrogação directa] 
— Diga-me que chegou [= interrogação indirecta]
Ponto de exclamação (!)
O ponto de exclamação é o sinal que se supõem a qualquer enunciados de entoação exclamativa. Emprega-se, pois, normalmente:
a) Depois de interjeições ou do termo equivalentes como os vocativos intensivos, as apóstrofes:
Ex: - credo em Deus! Gemeu Raimundo assombrando. 
b) Depois de um imperativo: 
- Agarrem! 
- Gentes, agarrem! Agarrem! Agarrem!
· Outros sinais de pontuação 
Para além dos sinais de pontuação anteriormente mencionados, existem outros que servem de auxiliares aos mais importantes sinais nomeadamente: 
a) As reticências (...): são sinais que marcam uma interrupção da frase e, consequentemente, a suspensão da sua melodia. Normalmente, empregam-se em casos variados: 
- para indicar que o narrador ou a personagem interrompem uma ideia que começou a exprimir, e passa a consideração acessoriais.
- para marcar suspensões provocadas por hesitação, surpresa, dúvida ou timidez, ou para assinalar certas inflexões de natureza emocional de quem se fala.
- para indicar que a ideia que se pretende exprimir não se completa com o término gramatical da frase, e que deve ser suprida com a imaginação do leitor:
Não se deve confundir as reticências que têm valor estilístico apreciável, com os três pontos que se empregam, como simples sinais tipográficos, para indicar que foram suprimidas palavras no início, no meio, ou no fim de uma citação.
b) As aspas (“”): empregam-se principalmente:
- no início e no fim de uma citação para distinguí-la do resto do contexto:
Ex : Definiu César toda a figura da ambição quando disse aquelas palavras:
“antes o primeiro na aldeia do que o segundo em Roma”.
- para fazer sobressair termos ou expressões, geralmente não peculiares a linguagem normal de quem escreve .
ex: era melhor que fosse “Luís”
- para acentuar o valor significativo de uma palavra ou expressão:
ex: a palavra “nordeste” é hoje uma palavra desfigurada pela expressão “ obra de nordeste” que quer dizer: “obras contra as secas”. E quase não sugere se não as secas.
- para realçar ironicamente uma palavra ou uma expressão:
- Esta o mundo perdido, ate a Judite já tem “Arranjinhos”.
- para indicar o título de uma obra: 
ex: Belinha acaba de ler “ Elzira, a morta virgem” 
c) Os parênteses: empregam-se os parênteses para intercalar num texto qualquer indicações acessoriais:
- uma explicação dada ou uma circunstância mencionada incidentemente:
Ex: Ela (no café) que se encontra as estalajadeira.
- uma reflexão, um comentário a margem do que se afirma.
ex: A mingua guerra, como a dos que tinham perdido (se é que tinha), começava agora.
- uma nota emocional expressa geralmente em forma exclamativa ou interrogativa:
ex: A escola, que era azul e tinha um mestre mau, de assustador pigarro… (meu Deus! Que é isto? Que emoção a minha quando estas coisas tão singelas narrou?)
 - usam-se também os parênteses para isolar orações intercaladas com verbos declarativos:
d) O travessão (-): emprega-se principalmente em dois casos:
i) Para indicar, nos diálogos, a mudança de interlocutores
 ex: - Quem é o seu amigo, José?
 - O Nunes, da rua do ouro… por quê?
ii) para isolar, num contexto, palavras ou frases. Neste caso em que desempenha função analógica à dos parênteses, usa-se geralmente o travessão duplo:
ex: - A igreja – atalhou o bispo – nãopode desinteressar-se do problema social.
Não é raro o emprego de um só travessão para destacar, enfaticamente, a parte final de enunciado.
Ex: um povo é mais elevado quando mais se interessa pelas coisas inúteis – a filosofia é a arte. 
Sumário
Em síntese: 
Pontuar uma frase escrita corresponde ao estabelecimento das pausas na comunicação oral e é apresentar a ideia que se pretente transmitir com exactidão e precisão. 
A má utilização dos sinais de pontuação pode resultar na completa ambiguidade comunicativa.
Exercícios 
Sugestão: Propor aos estudantes um texto sem qualquer tipo de sinal de pontuação.
Unidade 9. Classes de Palavras
Introdução
A Língua portuguesa, assim como qualquer outra, possui termos que pertencem a diferentes classes. As classes de palavras no português que apresentamos são dez.
Nestes termos, nesta unidade apresentamos estas classes duma forma geral pretendendo dar uma visão do que já foi tratado nos anos anteriores. 
Ao completar esta unidade / lição, serás capaz de:
· Identificar as classes das palavras.
	
Objectivos
	Na Língua Portuguesa, as palavras são classificadas de acordo com o papel que exercem dentro da frase. Cada classe tem função específica na frase. Assim, qualquer vocábulo em língua portuguesa vai ter de estar inserido em uma dessas classes de palavras.
1. Substantivo - palavra variável, que designa ou dá nome a todos os seres existentes - pessoas, objetos, animais, lugares, sentimentos, etc.
2. Adjectivos - palavra variável que atribui características aos substantivos.
3. Artigo - palavra variável que sempre precede o substantivo, tendo inclusive o poder de, colocada antes de uma palavra de qualquer classe, tranformá-la em substantivo.
4. Verbo - palavra variável que informa acção, estado, facto ou fenómeno.
5. Advérbio - palavra que, realacionada ao verbo, ao adjectivo ou mesmo a outro advérbio, modifica as circunstâncias de modo, tempo, instrumento, origem, intensidade, lugar, etc.
6. Pronome - palavra variável que se refere ao substantivo ou o substitui. Ver Pessoas do discurso.
7. Numeral - palavra que indica a ideia de número, quantidade.
8. Conjunção - palavra invariável que serve de elo entre as frases e orações.
9. Preposição - palavra invariável que faz a ligação de termos, estabelecendo dependência entre eles. Exemplo: Pista de corrida.
10. Interjeição - palavra ou expressão que exterioriza emoção ou sentimento.
Sumário
Em síntese:
Na Língua Portuguesa, as palavras são classificadas de acordo com o papel que exercem dentro da frase. Cada classe tem função específica na frase. Assim, qualquer vocábulo em língua portuguesa vai ter de estar inserido em uma dessas classes de palavras.
Exercícios
Qual a classe gramatical da palavra destacada na frase abaixo?
A pessoa se casa planeando ser feliz.
a)( ) artigo
b)( ) adjetivo
c)( ) verbo
d)( ) substantivo
2. Marque a classe gramatical a que pertence a palavra destacada na frase abaixo.
Eles compraram uma bela casa aqui no bairro.
a)( ) artigo
b)( ) adjetivo
c)( ) verbo
d)( ) substantivo
3. Complete com o que se pede:
a) Vou comprar ____ carro novo. (artigo indefinido no singular)
b) Vou comprar ____ carro novo. (artigo definido no singular)
c) Buscarei _____ frutas para fazer vitamina. (artigo indefinido no plural)
d) Vi quando ____ pessoa passou por aqui e ela estava feliz. (artigo definido no singular)
e) Comprarei ____ fruta para dar à criança. (artigo definido no singular)···4. - Carlos Henrique é um menino esperto, estuda muito e quando não entende alguma coisa, pergunta e procura formas de conseguir aprender. Ele não faz questão de ser o primeiro da turma, mas sabe que para ter uma vida melhor, precisa se esforçar.
b) Retire numeral do texto. ________________________
c) Ache o adjetivo e escreva aqui:____________________
Unidade 10. A Frase 
Introdução
Muitos alunos, estudantes universitários e até académicos têm demonstrado imensas dificuldades na compreensão da estrutura frásica. É importante fixar o seguinte: a estrutura básica do Português é SVO, significando: Sujeito, Verbo e Objecto. 
A ideia de estrutura frásica é fundamental, visto ser o elemento estruturante da ideia a ser veiculada. Esta frase com sentido ou predicação será comandada pelo verbo, que constitui o núcleo da frase.
Ao completar esta unidade / lição, serás capaz de:
	
Objectivos
	· Distinguir frase dá oração;
· Apresentar as diferenças entre período e parágrafo 
A Frase
De acordo com Celso Cunha, a frase é “um enunciado de sentido completo, a unidade mínima de comunicação.” 
 
A Frase e Oracão
A frase pode conter uma ou várias orações. A frase contém mais do que uma oração quando tem mais do que um verbo conjugado. Por exemplo:
“Durante a noite houve uma grande tempestade.”
“Durante a noite houve uma grande tempestade que provocou muitos estragos.” 
No primeiro caso estamos perante uma frase constituída por uma oração, e no segundo caso por duas orações. Quando a frase é constituída por várias orações e cada uma está organizada à volta de um verbo, trata-se de uma frase complexa. 
Exemplo de uma frase simples:
“a educação constitui um factor de desenvolvimento.” 
Exemplo de uma frase complexa:
“a educação que é ministrada nas nossas escolas é um factor de desenvolvimento e tem como componente fundamental a competência comunicativa.” 
A Estrutura da Frase 
A oração e os Seus Elementos
Os elementos fundamentais de uma oração são: o sujeito (simples ou composto, subentendido, indeterminado ou inexistente) e o predicado (verbal; nominal). 
O sujeito “é aquilo de que se fala ou sobre que se faz uma afirmação”. O predicado “é tudo o que se diz do sujeito”.
Os outros elementos são: o complemento directo, o complemento indirecto, o predicativo do sujeito, o predicativo do complemento directo, o agente da passiva, o atributo, o aposto, o vocativo, o complemento determinativo e o complemento circunstancial (de lugar, tempo, causa, modo, fim, meio, companhia, dúvida e de instrumento). Para facilitar a compreensão sobre esta questão, Esteves Rei usa o termo “modificador” para os elementos adjuntos do nome.
ORAÇÃO = sujeito + predicado
 (nome + mod) (verbo + complementos)
Por exemplo: “Meu irmão / está muito doente.”
 “ A Citroen, uma marca francesa / tem uma boa imagem comercial.”
“O cão perdigueiro come carne.”
Núcleo do suj. Modificador Núcleo do verbo complemento directo
A Construção nominal ou elipse
Elipse – é “uma figura de sintaxe, consistindo na supressão de palavras que facilmente se subentendem”.
Ex.: “Que bela paisagem!” por “Esta paisagem é bela.”
A construção nominal verifica-se quando “um elemento verbal é suprimido a favor do elemento nominal (nome, adjectivos e determinantes: artigos, demonstrativos e possessivos) ”:
Ex.: “O seu, a seu dono!” 
 “Um por todos e todos por um.”
A construção nominal, apesar de ser uma característica da língua falada, também é utilizada em textos literários para “produzir um efeito de movimento e acção ou de autênticas pinceladas na descrição dos elementos de um quadro, paisagem ou visão”.
A construção nominal é uma construção moderna, utilizada na linguagem jornalística, técnica e científica, sobretudo nos títulos, nas legendas e sumários, pois permite uma maior objectividade, brevidade e concisão das estruturas nominais.
Quando uma frase aparece construída sem verbos, cabe ao leitor “conceber e sentir o escrito”, ou seja, cabe ao leitor dar um sentido “à alma da frase.”
A Qualidade da Frase
1. Unidade - subordinação das ideias secundárias às principais; são defeitos contra a unidade a multiplicidade de sujeitos.
2. Clareza - ideias apresentadas de forma “transparente”; é de evitar a desordem e a “obscuridade” das ideias.
3. Concisão – significa o “emprego de palavras em número necessário e suficiente.” Deve-se evitar a repetição de palavras e deideias.
Sumário
Em síntese: 
Os elementos fundamentais de uma oração são: o sujeito (simples ou composto, subentendido, indeterminado ou inexistente) e o predicado (verbal; nominal). 
Ex. Franze (Suj) é o meu professor (Pred.)
Exercícios
1. Elabora três frases tendo em conta a qualidade da frase. 
2. Divide as frases em constituintes sintácticos. 
3. Específique a utilização da construção nominal ou elipse.
4. Coonstrua frases de acordo com as indicações seguintes.
· Sujeito+modificador + verbo + complemento circunstancial.
· Verbo + complemento directo + complemento indirecto + complemento circunstancial.
· Sujeito + modificador + verbo + complemento directo + complemento indirecto. 
· Verbo + complemento circunstancial.
Unidade 11. A Frase Simples e Complexa
Introdução
As frases podem ser simples ou complexas de acordo com a expressividade do autor. Assim, torna-se indispensável conhecer os conectores frásicos e a sua divida utilização nas frases.
Nesta unidade, apresentamos as conjuncões e locuções usadas em frases complexas, partindo de uma construção simples.
Ao completar esta unidade / lição, serás capaz de:
	
Objectivos
	· Identificar na frase complexa orações coordenadas e subordinadas
· Distinguir período e parágrafo 
As Frases Simples e complexas
De acordo com o conceito de frase anteriormente apresentado, a frase é “um enunciado de sentido completo, a unidade mínima de comunicação. 
 Neste sentido, a Frase simples é aquela que possui um e único verbo. 
A frase complexa “é aquela que contém dois ou mais verbos conjugados e, por consequência, duas ou mais orações.” 
A ligação da frase complexa é feita pelos processos de coordenação e subordinação.
Coordenação
Os campos cobriram-se de flores e as árvores encheram-se de folhas.
Oração coordenada 
 Oração coordenada 
Subordinação
Os campos cobriram-se de flores quando a Primavera chegou.
Oração subordinante Oração subordinada
A Coordenação
As orações “da mesma natureza” podem ser coordenadas entre si através de conjunções e locuções coordenativas”
Classificação das oraçães Coordenadas
1. Orações coordenadas copulativas (implica uma ideia de adição)
Ex.: “O João entrou na livraria e comprou vários livros.”
2. Orações coordenadas adversativas: mas, porém, contudo, no entanto (orações ligadas por uma ideia de oposição)
Ex.: “Gosto de cinema, mas prefiro o tetaro.”
3. Orações coordenadas disjuntivas (transmitem uma ideia de alternativa)
Ex.: “O avião atrasou ou não chegou a partir.”
4. Orações coordenadas conclusivas: portanto, logo, por consequência (em que a segunda oração é uma conclusão da primeira)
Ex.: “O autocarro teve uma avaria, portanto atrasou.”
5. Orações coordenadas explicativas: pois, porquanto (justifica uma ideia apresentada anteriormente)
Ex.: “O barco atrasou, pois estava nevoeiro.”
A Subordinação
Segundo Esteves Rei, a subordinação é “ uma relação entre duas orações que permite a inserção uma na outra e estabelece uma hierarquia sintáctica entre elas: uma depende da outra, determinando ou complementando o sentido.”
Exemplos: 
Aquela senhora gritou quando foi assaltada.
 Oração subordinante Oração subordinada temporal
 Aquela senhora gritou porque foi assaltada.
 Oração subordinante Oração subordinada causal
As orações subordinadas dependem das orações subordinantes e esta dependência pode ser feita através de:
· Conjunções ou locuções subordinativas: “Ela gritou para que a socorressem.” *
· Pronomes ou advérbios relativos: “O rapaz que caíu magoou-se.”
· Pronomes ou advérbios interrogativos: “Ele disse quem chega hoje?
· Formas verbais não finitas (infinitivo, gerúndio e particípio): “Pensávamos ter concluído o trabalho. (= Penávamos que o trabalho estava concluído.”
Sumário
Em síntese:
A Frase simples é aquelela que possui um e único verbo enquanto, as frases complexas são aquelas que são compostas por mais de um verbo. Estas podem ser unidas por conjunções ou locuções coordenativas ou subordinativas, conforme a relação de coordenação ou subordinação, respectivamente.
Exercícios
A. Completa as frases seguintes com a locução adequada: já que, logo que, mais...do que, mesmo que, no caso de, para que.
· ...vais ao supermercado shoprite, traz-me pão.
· Os pequenos...estorvam...ajudam.
· ...chover, não podemos ir ao cinema.
· O Director aumentou-lhe o salário...ele não se despedisse.
· ...o sol desaparece, as crianças vêm para casa.
· Nunca iria à lua...me oferecesse a viagem.
B. Preenche os espaços em branco com a locução apropriada. Pois que, por isso mesmo (é) que, posto que, primeiro que, salvo se, se bem que.
· a praia ficou deserta...as férias acabaram.
· ...o seu grande interesse seja o dinheiro, os imigrantes não se privam de nada no seu dia-a-dia.
· ...compres o carro, deves tirar a carta de condução.
· Nunca deixe andar os filhos ao sol...de manhã e à noite, ele seja fraco.
· O professor de português nunca falta...estiver doente.
· O Nuno quer ir estudar para os Estados Unidos...estuda entusiasticamente Inglês.
C. Completa as seguintes frases com locuções mais adequadas: sempre que, tal que, tão que, tanto...que todas as vezes que, visto que, tanta...que
· o Miguel...vai à cidade, perde-se nos bazares
· a girafa é...alta...observa tudo o que se passa no jardim zoológico.
· O jo
7o cumprimenta o mestre...se cruza com ele na rua
· O ruído era...ninguém ouvia nada.
· A responsabilidade dos pais é...por vezes não dorme.
· Ontem havia...vento...duas árvores caíram no jardim.
D. Sublinha nas orações seguintes as conjunções ou locuções conjuncionais que indicam a relação temporal. No final, empregue cada uma delas numa frase da sua iniciativa.
· quando chegaste, era meio dia.
· enquanto as crianças brincam, eu vou ao talho.
· Apenas soube a triste nova, entrou em pânico.
· As esperanças são cada vez menores à medida que o tempo passa.
· Logo que viu o pai, desapareceu da sala.
Unidade 12. Estudo do Verbo
Introdução
O verbo é um elemento fulcral da frase e sem ele não há frase. Ele designa a ação desenvolvida pelo sujeito. Assim, nesta unidade, apresentamos a classificação dos verbos quanto à semántica, quanto à conjugação e quanto a Morfologia.
 Ao completar esta unidade / lição, serás capaz de:
	
Objectivos
	· Indicar as diferentes formas de classificação dos verbos.
· Distinguir dos transitivos dos intransitivos; 
Verbo é o nome dado à classe gramatical que designa uma ocorrência ou situação. É uma das duas classes gramaticais nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. É o verbo que determina o tipo do predicado, que pode ser predicado verbal, nominal ou verbo-nominal. O verbo pode designar acção, estado ou fenómeno da natureza.
Classificção dos Verbos
Os verbos admitem vários tipos de classificação, que englobam aspectos tanto semânticos quanto morfológicos. Podem ser divididos da seguinte forma:
Quanto à Semântica
· Verbos transitivos: Designam acções voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, e que afectam outro(s) indivíduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objectos na acção. Podem ser transitivos directos que não possuem sentido completo, logo ele necessita de um complemento, sendo este complemento chamado de objetco direto. E verbo transitivo indirecto- Que também não possuui sentido completo e necessita de um objeto indireto, que necessariamente exigem uma preposição antes do objeto. 
Exemplos: dar, comer, fazer, vender, escrever, amar etc. 
· Verbos intransitivos: Designam ações que não afetam outros indivíduos. 
Exemplos: andar, existir, nadar, voar etc. 
· Verbos impessoais: São verbos que designam acções involuntárias. Geralmente (mas nem sempre) designam fenómenos da natureza e, portanto, não têm sujeito nem objecto na oração. 
Exemplos: chover, anoitecer, nevar, haver (no sentido de existência) etc. Todo verbo impessoal é também intransitivo.

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