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Resposta à acusação - Prática Simulada III - Penal - Resposta

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PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) 5
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Estrutura da peça:
a) Endereçamento: Juiz da causa;
b) Preâmbulo: Nome e qualificação do acusado (não inventar dados), capacidade postulatória (por seu procurador ao final subscrito), fundamento legal (artigo 396 ou 396 – A do CPP), nome da peça (resposta escrita ou resposta à acusação), frase final (pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos):
c) Corpo da peça (teses defensivas); 
d) Pedidos: Nulidades, absolvição sumária, com base no artigo 397 do CPP e, subsidiariamente, a produção de provas, com designação de audiências de instrução e julgamento e oitiva das testemunhas arroladas;
e) Parte final: Local, data, advogado e OAB; 
f) Rol de testemunhas 
MODELO DE RESPOSTA À ACUSAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CRIMINAL DA COMARCA...(crimes de competência da Justiça Estadual)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE...(crimes da competência da Justiça Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA DO JÚRI DA COMARCA...(crimes dolosos contra a vida - matéria Estadual)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___VARA DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE...(crimes dolosos contra a vida - matéria Federal)
(10 linhas) 
Processo nº________/____
 FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por seu advogado(a) ao final subscrito(a), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com base nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
 (2 linhas)
I – DOS FATOS:
Narrar o fato criminoso, com todas as circunstâncias, sem inventar dados ou copiar o problema. 
(2 linhas)
II – DO DIREITO:
A – DAS PRELIMINARES: São questões que envolvam vícios formais processuais e procedimentais. São questões que levam à nulidade do ato ou do próprio processo. Não guardam nenhuma relação com a absolvição (que trata da matéria de mérito). Ex: Incompetência do juízo; rejeição da denúncia, nulidades. 
B – DO MÉRITO: Após identificar e arguir as preliminares contidas no enunciado, deve-se atacar o mérito, buscando a absolvição do réu, com base no artigo 397 do Código de Processo Penal. 
No mérito, deve-se buscar no enunciado causas excludentes do crime: ilicitude (estado de necessidade; legítima defesa; estrito cumprimento do dever legal, exercício regular do direito), excludentes de culpabilidade (inimputabilidade pela embriaguez completa e acidental; falta de potencial consciência da ilicitude; inexigibilidade de conduta diversa), excludentes de tipicidade (fato atípico; coação física irresistível; crime impossível; erro de tipo essencial; princípio da insignificância) e, excepcionalmente na resposta à acusação, causas extintivas de punibilidade (hipóteses do artigo 107 do CP; prescrição, decadência, perempção; ressarcimento do dano no peculato culposo; pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios; ressarcimento do dano antes do recebimento da denúncia no crime de estelionato mediante a emissão de cheque sem fundos).. 
(2 linhas)
III – JURISPRUDÊNCIA:
Segundo entendimento Jurisprudencial: (Copiar uma ou duas Jurisprudências a respeito da matéria).
(2 linhas)
IV – DO PEDIDO:
Ante o exposto, requer o denunciado: 
a) Seja reconhecida a incompetência do juízo; 
b) Seja rejeitada a denúncia; 
c) Nulidades (requerer as nulidades enfrentadas na peça);
d) Seja o réu absolvido sumariamente, com base no artigo 397 (apontar o inciso correspondente); 
e) A juntada dos documentos anexos;
f) A produção de provas (especificar as provas pretendidas), com a designação de audiência de instrução e julgamento e a notificação das testemunhas do rol abaixo para virem depor em juízo, em dia e hora a serem designados, sob as cominações legais.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
 
 _____________________
 OAB sob o nº ...
Rol de testemunhas: 
1.__________(Nome), _____________(Profissão),___________(Endereço)
2.__________(Nome), _____________(Profissão),___________(Endereço)
3.__________(Nome), _____________(Profissão),___________(Endereço)
PROBLEMA PRÁTICO
Mateus, de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 217-A, §1º, c/c art.234-A, III, todos do Código Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: No mês de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Maísa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. 
Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara Criminal do Estado XXXX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu para se defender no prazo legal, tendo sido a citação efetivada em 18/11/2016. Mateus procurou, no mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou-lhe procuração ad juditia com a finalidade específica de ver-se defendido na ação penal em apreço. 
Disse, então, a seu advogado que a vítima não era deficiente mental, e que já a namorava havia algum tempo. Disse ainda que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Disse, ainda, que a vítima não quis dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima e que a mesma poderia comparecer para depor a seu favor em juízo. 
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) constituído(a) pelo acusado, a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa de seu cliente. Indique, ainda, o último dia para oferecimento da peça cabível. 
TESE: A representação é uma condição específica para este tipo de ação, sem a qual a ação penal sequer deveria ter sido ajuizada. 
Observação: Com o advento da Lei nº 13.718/2018, a ação penal passou a ser pública incondicionada, não dependendo mais de representação do ofendido, conforme artigo 225 do Código Penal. Com a nova sistemática, a ação penal será sempre pública incondicionada, exceto se houver disposição contrária em lei. 
Em matéria preliminar ocorreu uma nulidade, sendo esta, de modo específico, prevista no artigo 564, III, “a” do Código de Processo Penal. 
Com relação ao mérito, deve ser observado que o réu desconhecia a alegada condição de tratar-se de vítima débil mental, sendo este um dos requisitos previstos em lei para que se presuma a violência.
PEÇA: Resposta à acusação, com fulcro no artigo 396-A, e art. 5º, LV da CRFB/88. 
COMPETÊNCIA: JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE____. 
PEDIDO: Diante do exposto, requer seja anulada. ab initio a presente ação penal, com fulcro no artigo 564, inciso III, “a” do Código de Processo Penal, devendo a exordial ser rejeitada com fulcro no artigo 395, inciso II do aludido Código. Não entendendo desta forma, requer seja o acusado absolvido sumariamentecom espeque no artigo 397, inciso III do Código de Processo Penal (fato narrado evidentemente não constitui crime). Entretanto, caso ainda não seja este o entendimento de Vossa Excelência, requer a realização de exame pericial, para que se verifique a higidez mental da suposta vítima e sejam ouvidas as testemunhas arroladas no decorrer da instrução.

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