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Instalações elétricas de baixa tensão

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Indaial – 2019
Instalações elétrIcas 
de BaIxa tensão
Prof. Léo Roberto Seidel
1a Edição
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Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Léo Roberto Seidel
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
SE458i
 Seidel, Léo Roberto
 Instalações elétricas de baixa tensão. / Léo Roberto Seidel. – 
Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 219 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0396-6
1. Instalações elétricas. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da 
Vinci.
CDD 621.31924
Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 2Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 2 26/11/2019 11:23:5226/11/2019 11:23:52
III
apresentação
Prezado acadêmico! Bem-vindo à Disciplina Instalações Elétricas de 
Baixa Tensão. Esta disciplina visa prover os conhecimentos necessários que 
permitirão a elaboração de projetos elétricos em baixa tensão de forma segura, 
econômica e energeticamente eficiente.
Você, acadêmico, deve saber que o bom aprendizado é garantido 
mediante a adoção de algumas boas práticas: disciplina, organização e um 
horário de estudos predefinido. Em sua caminhada acadêmica, é você quem faz 
a diferença. Como todo texto técnico, por vezes denso, você necessitará de papel, 
lápis, borracha, calculadora e muita concentração. Lembre-se: o estudo é algo 
primoroso e deve ser realizado de forma rotineira. Aproveite a motivação para 
iniciar a leitura deste livro.
Este livro está dividido em três unidades que contemplam os principais 
conceitos a serem aprendidos para a elaboração de projetos elétricos. A divisão 
das unidades visa facilitar o aprendizado e organizar melhor os estudos. 
Devido à complexidade de alguns fatores a serem considerados na elaboração 
de um projeto elétrico, é possível que em determinados momentos sejam feitas 
referências a alguns conteúdos ainda não estudados. Contudo, estes serão 
devidamente explicados em tópicos posteriores do livro.
Para um bom aproveitamento do conteúdo deste livro, é importante que 
você tenha conhecimentos prévios de eletricidade, circuitos elétricos e noções de 
máquinas elétricas (transformadores e motores).
Estimamos que, ao término deste estudo, você tenha agregado à sua 
experiência acadêmica, conhecimento suficiente para desenvolver projetos 
elétricos em edificações residenciais, comerciais e mesmo industriais. 
Finalizamos com uma dica importante: na Engenharia, o aprendizado 
constante é fundamental para formar um bom profissional. Nunca pare de ler e 
de pesquisar temas relacionados à área de interesse.
Bons estudos!
Prof. Léo Roberto Seidel.
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IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
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V
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VI
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VII
UNIDADE 1 – CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS ................. 1
TÓPICO 1 – ELEMENTOS DE PROJETO .......................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 COMPONENTES DE UM PROJETO ELÉTRICO .......................................................................... 3
2.1 COMPONENTES DO PROJETO ELÉTRICO ........................................................................ 3
2.2 DEMAIS PROJETOS ................................................................................................................. 5
3 NORMATIZAÇÃO ............................................................................................................................... 6
3.1 NORMAS TÉCNICAS DA ABNT ................................................................................................. 6
3.2 DIRETRIZES TÉCNICAS DIVERSAS ........................................................................................... 7
4 ETAPAS DE UM PROJETO ELÉTRICO ........................................................................................... 7
4.1 COLETA DE INFORMAÇÕES PRELIMINARES ....................................................................... 8
4.2 LEVANTAMENTO DE CARGAS .................................................................................................. 8
4.3 ESPECIFICAÇÃO DO PADRÃO DE ATENDIMENTO ............................................................. 9
4.4 DESENHO DAS PLANTAS ............................................................................................................ 9
4.5 DIMENSIONAMENTOS ................................................................................................................ 10
4.6 QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO E DIAGRAMAS ...................................................................... 10
4.7 DETALHES CONSTRUTIVOS ....................................................................................................... 10
4.8 MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO ............................................................................. 10
4.9 DEMAIS COMPONENTES DO PROJETO .................................................................................. 11
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 13
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 14
TÓPICO 2 – PREVISÃO DE CARGAS ................................................................................................ 15
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 15
2 PREVISÃO DE CARGAS CONFORME A NBR 5410/2004 PARA HABITAÇÕES .................. 15
2.1 PREVISÃO DE CARGA DE ILUMINAÇÃO PARA HABITAÇÕES ........................................15
 2.1.1 Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz .............................. 16
 2.1.2 Determinação da potência mínima de iluminação............................................................. 16
2.2 PREVISÃO DE CARGA DE TOMADAS PARA HABITAÇÕES ............................................... 17
 2.2.1 Quantidade mínima de tomadas por ambiente .................................................................. 17
 2.2.2 Especificação das potências dos pontos de tomadas ......................................................... 18
2.3 EXEMPLO DE CÁLCULO DE PREVISÃO DE CARGA ............................................................ 19
 2.3.1 Cargas da sala .......................................................................................................................... 20
 2.3.2 Cargas de Cozinha .................................................................................................................. 21
 2.3.3 Demais cômodos ..................................................................................................................... 22
2.4 PREVISÃO DE CARGAS ESPECIAIS PARA UNIDADES RESIDENCIAIS ........................... 22
3 PREVISÃO DE CARGAS PARA UNIDADES COMERCIAIS .................................................... 23
4 PREVISÃO DE CARGAS PARA UNIDADES INDUSTRIAIS ................................................... 23
5 SIMBOLOGIA ...................................................................................................................................... 24
6 LOCAÇÃO DOS PONTOS EM PLANTA ........................................................................................ 25
6.1 EXEMPLO DE APLICAÇÃO ......................................................................................................... 26
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 28
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 29
sumárIo
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VIII
TÓPICO 3 – DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS ........................................................ 31
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 31
2 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS TERMINAIS ................................................... 31
2.1 LOCALIZAÇÃO DOS QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO ........................................................... 31
2.2 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO ........................................................................................................ 32
 2.2.1 Tensão nos circuitos ................................................................................................................ 33
 2.2.2 Exemplos de circuitos terminais ........................................................................................... 35
2.3 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS ............................................................................. 39
 2.3.1 Dimensionamento do Quadro de Distribuição .................................................................. 41
3 LANÇAMENTO DOS CONDUTOS PARA ENERGIA ................................................................ 42
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 47
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 48
TÓPICO 4 – CONDUTORES ELÉTRICOS DA INSTALAÇÃO .................................................... 49
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 49
2 CONDUTORES ELÉTRICOS ............................................................................................................. 49
2.1 IDENTIFICAÇÃO DE CONDUTORES ........................................................................................ 50
2.2 TIPOS DE ISOLAÇÃO .................................................................................................................... 51
 2.2.1 Análise entre isolação de PVC e EPR/XLPE ........................................................................ 52
 2.2.2 Classificação quanto ao número de camadas isolantes ..................................................... 53
3 LANÇAMENTO DA FIAÇÃO ........................................................................................................... 54
3.1 LANÇAMENTO DA FIAÇÃO PARA CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO ................................ 54
 3.1.1 Lâmpada comandada por interruptor simples ................................................................... 55
 3.1.2 Lâmpada comandada por dois interruptores ..................................................................... 55
 3.1.3 Lâmpada comandada por três interruptores ...................................................................... 56
3.2 LANÇAMENTO DA FIAÇÃO PARA CIRCUITOS DE FORÇA .............................................. 56
4 LANÇAMENTO DA FIAÇÃO DO APARTAMENTO EM ESTUDO ........................................ 57
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 59
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 61
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 62
UNIDADE 2 – DETERMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE UMA INSTALAÇÃO ............. 63
TÓPICO 1 – DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES – 1ª PARTE ....................................... 65
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 65
2 DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES FASE ...................................................................... 65
2.1 CRITÉRIO DA SEÇÃO MÍNIMA .................................................................................................. 66
2.2 CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE......................................... 66
 2.2.1 Tipo de Isolação ....................................................................................................................... 66
 2.2.2 Maneira de Instalar ................................................................................................................. 67
 2.2.3 Corrente Nominal ou Corrente de Projeto .......................................................................... 70
 2.2.4 Número de condutores carregados ...................................................................................... 71
 2.2.5 Temperatura ambiente ........................................................................................................... 72
 2.2.6 Fatores de correção ................................................................................................................. 72
 2.2.7 Corrente Corrigida (I’p) .......................................................................................................... 74
2.3 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO ....................................................................................................... 75
 2.3.1 Dimensionamento dos condutores para um circuito de um chuveiro ............................ 75
 2.3.2 Dimensionamento dos condutores alimentadores de um Quadro de Distribuição ..... 76
 2.3.3 Dimensionamento dos condutores em um eletroduto com vários circuitos .................. 77
3 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES NEUTRO E PROTEÇÃO ............................... 78
3.1 DIMENSIONAMENTODO CONDUTOR NEUTRO ................................................................ 78
3.2 DIMENSIONAMENTO DO CONDUTOR PROTEÇÃO OU TERRA (PE) ............................. 79
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IX
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 81
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 82
TÓPICO 2 – DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES – 2ª PARTE
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 85
2 CRITÉRIO DO LIMITE DA QUEDA DE TENSÃO ...................................................................... 85
2.1 CÁLCULO DA QUEDA DE TENSÃO ......................................................................................... 87
 2.1.1 Queda de tensão em sistemas monofásicos (F-N) ou bifásicos (F-F) ............................... 87
 2.1.2 Queda de tensão em sistemas trifásicos (3F+N ou 3F) ....................................................... 89
3 CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO ............................... 91
3.1 DETERMINAÇÃO DA SEÇÃO DO CONDUTOR PARA UMA 
 DETERMINADA CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO ............................................................ 91
4 CRITÉRIO DA PROTEÇÃO CONTRA CORRENTES DE SOBRECARGA ............................. 94
5 CRITÉRIO DA PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS (SECCIONAMENTO 
AUTOMÁTICO) ...................................................................................................................................... 95
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 97
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 98
TÓPICO 3 – DIMENSIONAMENTO DE CONDUTOS .................................................................. 99
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 99
2 ELETRODUTOS.................................................................................................................................... 100
2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS ELETRODUTOS .................................................................................... 100
2.2 ESPECIFICAÇÕES PARA A INSTALAÇÃO DE ELETRODUTOS .......................................... 101
2.3 DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTO ............................................................................... 102
3 ELETROCALHAS ................................................................................................................................. 107
3.1 DIMENSIONAMENTO DE ELETROCALHAS .......................................................................... 108
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 110
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 111
TÓPICO 4 – DIAGRAMAS, QUADROS DE CARGAS 
 E RAMAL DE ENTRADA DE ENERGIA .................................................................... 113
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 113
2 DIAGRAMAS UNIFILARES .............................................................................................................. 113
3 PRUMADA ELÉTRICA ....................................................................................................................... 120
4 COMPONENTES DO RAMAL DE ENTRADA DE ENERGIA .................................................. 121
4.1 ENTRADA DE ENERGIA PARA UNIDADES CONSUMIDORAS INDIVIDUAIS .............. 122
4.2 CÁLCULO DA DEMANDA PARA EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS INDIVIDUAIS .......... 124
4.3 ENTRADA DE ENERGIA PARA EDIFÍCIOS DE USO COLETIVO ....................................... 127
 4.3.1 Cálculo da demanda provável da edificação ...................................................................... 128
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 136
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 138
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 139
UNIDADE 3 – ILUMINAÇÃO E SEGURANÇA 
 EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ............................................................................. 141
TÓPICO 1 – ILUMINAÇÃO .................................................................................................................. 143
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 143
2 CONCEITOS BÁSICOS ...................................................................................................................... 143
2.1 LUZ .................................................................................................................................................... 143
2.2 FLUXO LUMINOSO ....................................................................................................................... 144
2.3 ILUMINÂNCIA ............................................................................................................................... 144
2.4 EFICIÊNCIA LUMINOSA .............................................................................................................. 145
Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 9Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 9 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54
X
2.5 TEMPERATURA DE COR .............................................................................................................. 145
3 LÂMPADAS ELÉTRICAS ................................................................................................................... 146
3.1 CLASSIFICAÇÃO DAS LÂMPADAS QUANTO AO PROCESSO DE EMISSÃO DE LUZ 147
 3.1.1 Lâmpadas Incandescentes ..................................................................................................... 147
 3.1.2 Lâmpadas Halógenas de Tungstênio ................................................................................... 148
 3.1.3 Lâmpadas de Descarga .......................................................................................................... 149
 3.1.4 Lâmpadas LED ........................................................................................................................ 152
4 LUMINÁRIAS ....................................................................................................................................... 154
5 CÁLCULO LUMINOTÉCNICO......................................................................................................... 155
5.1 DETERMINAÇÃO DOS COMPONENTES PARA O 
 CÁLCULO DO FLUXO LUMINOSO ........................................................................................... 156
 5.1.1 Iluminamento médio do ambiente (E) ................................................................................. 156
 5.1.2 Fator de utilização do recinto (Fu) ......................................................................................... 158
 5.1.3 Fator de depreciação do serviço da luminária .................................................................... 159
5.2 DISTRIBUIÇÃO E CÁLCULO DO NÚMERO DE LUMINÁRIAS ..........................................160
5.3 ROTEIRO DE CÁLCULO ............................................................................................................... 163
5.4 EXEMPLO DE APLICAÇÃO ......................................................................................................... 163
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 166
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 167
TÓPICO 2 – PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTES ............................................................ 169
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 169
2 SOBRECORRENTES ............................................................................................................................ 169
3 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTES .......................................... 170
3.1 DISJUNTORES ................................................................................................................................. 170
 3.1.1 Classificação dos disjuntores ................................................................................................. 172
3.2 FUSÍVEIS ........................................................................................................................................... 175
3.3 RELÉS TÉRMICOS ........................................................................................................................... 176
4 DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO .............................................. 176
4.1 DIMENSIONAMENTO QUANTO À CAPACIDADE DE INTERRUPÇÃO .......................... 176
4.2 PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGAS ..................................................................................... 177
4.3 PROTEÇÃO CONTRA CURTOS-CIRCUITOS ........................................................................... 178
 4.3.1 Critérios para garantia da proteção contra curtos-circuitos ............................................. 178
 4.3.2 Determinação da corrente de curto-circuito presumida (ICS)............................................ 179
 4.3.3 Exemplo de aplicação – cálculo de curto-circuito .............................................................. 183
 4.3.4 Exemplo de aplicação – dimensionamento de um dispositivo de proteção .................. 187
5 COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE ............................................................................................. 188
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 191
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 192
TÓPICO 3 – PROTEÇÕES CONTRA CHOQUES 
 ELÉTRICOS E SOBRETENSÕES .................................................................................. 193
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 193
2 PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS .......................................................................... 193
2.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS ................................................................................................... 193
2.2 PROTEÇÃO BÁSICA ...................................................................................................................... 195
 2.2.1 Proteção por isolação das partes vivas ................................................................................. 195
 2.2.2 Proteção por barreiras ou invólucros ................................................................................... 196
 2.2.3 Proteção por meio de obstáculos .......................................................................................... 196
 2.2.4 Proteção por colocação fora do alcance ............................................................................... 196
 2.2.5 Proteção adicional por dispositivo DR ................................................................................ 197
2.3 PROTEÇÃO SUPLETIVA ............................................................................................................... 197
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XI
 2.3.1 Equipotencialização ................................................................................................................ 197
 2.3.2 Seccionamento Automático .................................................................................................... 199
3 ATERRAMENTO ELÉTRICO ............................................................................................................. 199
3.1 ESQUEMA TT .................................................................................................................................. 199
3.2 ESQUEMA TN.................................................................................................................................. 200
3.3 ESQUEMA IT ................................................................................................................................... 201
4 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO ADICIONAIS .......................................................................... 202
4.1 DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO DIFERENCIAL RESIDUAL .................................................... 202
4.2 DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS .................................................................. 204
 4.2.1 Classes e características gerais de um DPS ............................................................................. 208
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 211
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 215
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 216
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 217
Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 11Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 11 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54
XII
Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 12Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 12 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54
1
UNIDADE 1
CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE 
PROJETOS ELÉTRICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• identificar e compreender a importância dos elementos que com-
põem um projeto elétrico;
• determinar a previsão de cargas de uma edificação;
• realizar a divisão da instalação em circuitos e de acordo com crité-
rios técnicos;
• lançar tomadas, interruptores, luminárias, eletrodutos e condutores na 
planta baixa de uma edificação.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresen-
tado.
TÓPICO 1 – ELEMENTOS DE PROJETO
TÓPICO 2 – PREVISÃO DE CARGAS
TÓPICO 3 – DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS
TÓPICO 4 – CONDUTORES ELÉTRICOS DA INSTALAÇÃO
Preparado para ampliar teus conhecimentos? Respire e vamos em 
frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverás 
melhor as informações.
CHAMADA
Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 1Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 1 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54
2
Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 2Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 2 26/11/201911:23:5426/11/2019 11:23:54
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
ELEMENTOS DE PROJETO
1 INTRODUÇÃO
A elaboração de um projeto elétrico é uma tarefa que, muitas vezes, pode 
parecer simples ou trivial. No entanto, são requeridos conhecimentos de áreas di-
versas da engenharia para sua execução de forma satisfatória. O projetista precisa 
ter conhecimentos sólidos sobre eletricidade básica, circuitos elétricos, princípios de 
eletromagnetismo, máquinas elétricas e até automação e telecomunicações. Embora 
nem todos os projetos elétricos requeiram todo esse arcabouço de conhecimento, é 
certo que quanto maior o entendimento do projetista sobre os diversos elementos 
envolvidos no projeto, melhor será o resultado alcançado.
Assim, iniciamos este livro analisando as partes que constituem um projeto 
elétrico.
2 COMPONENTES DE UM PROJETO ELÉTRICO
Os elementos que compõem um projeto elétrico dependem de algumas 
características inerentes ao tipo da edificação e à forma de utilização. De modo 
geral, quanto mais complexa for a edificação, e seus elementos constituintes, mais 
informações serão necessárias ao projeto elétrico. A seguir, analisaremos os com-
ponentes mais comuns de um projeto elétrico.
2.1 COMPONENTES DO PROJETO ELÉTRICO
Conforme Lima Filho (1997), um projeto elétrico consiste, basicamente, 
na representação escrita de uma instalação através de desenhos e documentos. 
Assim, um projeto costuma ser composto das seguintes partes:
• ART - Anotação de Responsabilidade Técnica: documento de emissão obrigatória 
junto ao CREA, um dos responsáveis técnicos pelo projeto.
• Carta de Solicitação junto à Concessionária (denominada também de Consulta Prévia): 
documento em que o projetista informa à concessionária de energia as características 
da obra. Com ele se verifica se o sistema de distribuição está apto a suprir a carga a ser 
instalada. Cada concessionária possui um padrão específico de solicitação.
• Memorial Descritivo e de Cálculo: documentos que descrevem as características 
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básicas da edificação e da instalação elétrica (características arquitetônicas bási-
cas, informações da carga instalada, tensão de fornecimento de energia), além de 
alguns cálculos necessários ao projeto, tais como: demanda da edificação, dimen-
sionamento de condutores e dutos.
• Plantas: são as representações gráficas dos elementos. A Planta de Situação visa locali-
zar a edificação e o ramal de entrada de energia em relação ao terreno, ruas e postes da 
rede pública. A Planta Baixa dos pavimentos é utilizada para representar os elementos 
da instalação elétrica (pontos de iluminação, interruptores e tomadas, dutos elétricos 
etc.). A figura a seguir apresenta uma planta de situação de um projeto elétrico.
FIGURA 1 – PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO (PROJETO ELÉTRICO)
FONTE: O autor
• Esquema Vertical ou Prumada: representação gráfica da distribuição elétrica 
entre diferentes pavimentos e/ou diferentes quadros de distribuição.
• Quadros de Cargas e Diagramas Unifilares (ou Multifilares): representam o 
total de carga instalada em determinado setor e a forma como foi feita sua di-
visão em diferentes circuitos.
• Detalhes: desenhos que visam ilustrar o funcionamento ou instalação de deter-
minados elementos, tais como: os componentes da entrada de energia, para-
-raios, aterramentos e outros.
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TÓPICO 1 | ELEMENTOS DE PROJETO
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• Especificações: descrição das características elétricas dos componentes utiliza-
dos no projeto.
• Lista de Materiais: lista do quantitativo dos componentes elétricos a serem uti-
lizados na obra.
2.2 DEMAIS PROJETOS 
Além do projeto das instalações elétricas em si, há uma variedade de 
outros sistemas ligados à utilização de energia que requerem projetos específicos. 
Destacam-se os seguintes:
• Projeto Telefônico: detalhes da entrada e distribuição interna dos condutores 
para telefonia fixa da edificação.
• Projeto de Telecomunicações: definição das instalações para elementos de tec-
nologia da informação e comunicação (pontos de utilização, componentes de 
rede, servidores etc.). Geralmente, é integrado ao projeto telefônico.
• Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA): popularmente co-
nhecido como “para-raios”, o sistema tem por finalidade a proteção da edifi-
cação contra descargas atmosféricas. Na figura seguinte, é possível observar a 
instalação externa de um para-raios em um edifício.
FIGURA 2 – COMPONENTES EXTERNOS DE UM PARA-RAIOS
FONTE: <http://bit.ly/2pIwzJk>. Acesso em: 31 jan. 2019.
• Sistema de distribuição de televisão: o projeto deste sistema visa especificar os 
pontos de entrada de sinal de TV na edificação (antena e por cabo), além de definir 
a forma de distribuição do sinal internamente pelas áreas comuns da edificação. 
Ainda, sua distribuição interna nas unidades residenciais.
• Sistemas de segurança: uma edificação pode necessitar de cuidados especiais no 
que se refere à segurança patrimonial e de pessoas. Pode haver a necessidade de 
sistemas de intercomunicação e abertura de portões, câmeras de vigilância, alar-
mes etc. Os sistemas de segurança devem ser projetados de acordo com as especi-
ficações das soluções adotadas e das orientações dos proprietários.
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• Sistema de alarme de incêndios: compõe o Projeto Preventivo de Incêndio e tem 
por finalidade detectar e informar a ocorrência de incêndios na edificação. Os 
sistemas de alarme de incêndio costumam ser muito sensíveis à interferência 
eletromagnética, de forma que precisam ser planejados em consonância com os 
demais sistemas elétricos da edificação.
A necessidade de elaboração de cada um dos projetos complementares de-
pende de uma série de fatores, tais como: características arquitetônicas e utilização da 
edificação, características ambientais, solicitação do cliente, disponibilidade de recur-
sos financeiros e até mesmo escolha pessoal do projetista.
3 NORMATIZAÇÃO
Todo projeto elétrico necessita seguir as especificações das leis, normas e 
diretrizes técnicas vigentes a fim de garantir a padronização, segurança e eficiência 
da instalação projetada. Mais do que uma obrigação, a observância das normas 
provê ao projetista respaldos técnico e jurídico na eventualidade de ocorrerem pro-
blemas nas instalações elétricas projetadas, além da garantia de que a instalação 
funcionará de forma satisfatória e com economia de energia.
3.1 NORMAS TÉCNICAS DA ABNT
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – é a entidade res-
ponsável por elaborar e distribuir normas em diversas áreas técnicas. 
Em termos de projetos elétricos, destaca-se a norma NBR 5410: Instalações 
elétricas de baixa tensão, cuja última publicação foi em 2004. Pode ser conside-
rado o “documento mãe” para a elaboração de projetos elétricos em geral e suas 
orientações serão consideradas frequentemente no decorrer deste livro.
A NBR 5410 (2004) é aplicável às instalações elétricas de edificações de 
qualquer uso, cujas tensões sejam de:
• Até 1000 volts em tensão alternada;
• Até 1500 volts em tensão contínua.
A norma também é aplicada às áreas externas das edificações e propriedades, 
locais de acampamento, canteiros de obras, feiras, exposições e outras instalações 
temporárias. 
A NBR 5419:2015 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. 
Específica para as diretrizes técnicas para elaboração de projetos de para-raios em 
edificações. Por se tratar de um sistema complementar não necessário na maioria 
das edificações, será muito pouco referenciada.É importante, no entanto, conhecer 
algumas de suas especificações, uma vez que a norma também trata da utilização de 
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TÓPICO 1 | ELEMENTOS DE PROJETO
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malha de aterramento e é preciso haver compatibilização entre as instalações elétri-
cas e descargas atmosféricas de uma edificação.
Há, ainda, normas diversas ligadas à fabricação de componentes elétricos (to-
madas, condutores, dutos e outros) e situações específicas, como a NBR 13570 (1996): 
Instalações elétricas em locais de afluência de público. Antes de iniciar qualquer pro-
jeto, o projetista deve pesquisar quais normas deverão ser observadas de forma a 
atender a todos os requisitos existentes para o serviço a ser realizado.
3.2 DIRETRIZES TÉCNICAS DIVERSAS
Como já mencionado, a elaboração de Normas Técnicas é exclusividade da 
ABNT. Assim, documentos técnicos elaborados por outros setores não podem receber a 
denominação “Norma Técnica”. Concessionárias de energia, Corpos de Bombeiros, Pre-
feituras e outras instituições podem emitir, de acordo com a necessidade, diretrizes téc-
nicas, tais como “Instruções Técnicas”, “Instrução Normativa” ou outras denominações. 
 
De modo geral, essas instruções estão sujeitas às especificações das Normas 
Técnicas da ABNT e, em geral, abordam algumas questões mais específicas, podendo 
ser mais restritivas que a respectiva norma da ABNT. Assim, um exemplo prático se 
refere ao dimensionamento do condutor neutro. A NBR 5410 (2004) permite que, em 
determinadas condições, o condutor neutro de um circuito trifásico pode ter seção 
menor que os condutores fase. No entanto, muitas instruções técnicas das conces-
sionárias de energia exigem que o condutor neutro tenha as mesmas dimensões dos 
condutores fase para os ramais de entrada de energia.
Então, fica a cargo de você, acadêmico, acessar o sítio eletrônico da con-
cessionária de energia da sua região, a fim de conhecer as publicações técnicas 
disponíveis.
4 ETAPAS DE UM PROJETO ELÉTRICO
Um projeto elétrico é uma atividade que demanda análise e ponderação an-
tes de ser iniciado, considerando os diversos fatores envolvidos. Lima Filho (1997) 
elenca três importantes critérios a serem considerados na elaboração de um projeto 
elétrico:
• Acessibilidade: todos os pontos de utilização e dispositivos de manobra e pro-
teção devem estar em locais perfeitamente acessíveis e que permitam mano-
bras adequadas e eventuais manutenções.
• Flexibilidade e Reserva de Carga: a instalação deve ser projetada de forma a permi-
tir certo acréscimo de carga futura e flexibilidade para pequenas alterações.
• Confiabilidade: as instalações devem ser projetadas em conformidade com as nor-
mas técnicas, garantindo o perfeito funcionamento e a segurança do patrimônio e 
das pessoas.
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UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS
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As etapas para elaboração de um Projeto Elétrico variam de acordo com o ta-
manho e tipo da edificação, especificação do cliente, características de fornecimento de 
energia, especificações da concessionária de energia etc. De forma geral, os passos a 
seguir, sugeridos por Lima Filho (1997), podem ser seguidos em todo ou em parte, e em 
ordem adversa da apresentada. Alguns termos técnicos apresentados poderão ser es-
tranhos a você neste momento, mas serão explicados mais tarde em tópicos específicos.
4.1 COLETA DE INFORMAÇÕES PRELIMINARES
Esta etapa consiste na aquisição de informações diversas que influenciarão 
na elaboração do projeto, sendo de fundamental importância. 
Destacam-se as seguintes fontes de informação:
• Planta de Situação: identifica a posição da edificação no terreno, sua relação 
com as ruas próximas e rede elétrica. Essas informações são necessárias para 
elaboração do ramal de entrada de energia para a edificação.
• Projeto Arquitetônico: é constituído pelas plantas baixas, cortes e fachadas. Com 
essas informações têm-se conhecimento das dimensões e tipo de utilização das 
dependências da edificação. As plantas baixas servem, também, para disposição 
dos elementos de projeto (iluminação, tomadas, caixas etc.).
• Projetos Complementares: são os demais projetos da edificação: Projeto Estrutu-
ral, Sanitário, de Combate a Incêndio e outros. De posse desses projetos, podemos 
evitar eventuais restrições e interferências com vigas, lajes, tubulações e demais 
elementos de outros sistemas. Todos os projetos de uma edificação devem ser ela-
borados em harmonia. Após a elaboração do projeto, é recomendável realizar uma 
análise minuciosa, a fim de verificar se ele não irá interferir em outros sistemas. O 
procedimento é denominado Compatibilização de Projetos.
• Informações com o Responsável Técnico e/ou o Proprietário: levantam-se informa-
ções extras a respeito da existência de cargas especiais, tipo de instalação elétrica a 
ser feita (embutida ou aparente e respectivos detalhes), características e localização 
do ramal de entrada de energia e outros detalhes.
4.2 LEVANTAMENTO DE CARGAS
Com as informações preliminares obtidas e de posse das normas técnicas 
necessárias, o projetista poderá elaborar o levantamento (ou previsão) das cargas 
elétricas da edificação.
O levantamento de cargas visa estabelecer a localização e potência dos pon-
tos de iluminação, tomadas e cargas especiais (ar condicionado, elevadores, bom-
bas de água etc.).
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TÓPICO 1 | ELEMENTOS DE PROJETO
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4.3 ESPECIFICAÇÃO DO PADRÃO DE ATENDIMENTO
Entendemos por Padrão de Atendimento as características de fornecimento 
de energia elétrica pela concessionária. 
Nesta etapa, cabe ao projetista consultar a documentação técnica disponibi-
lizada pela concessionária de energia. A documentação específica e as características 
necessárias do projeto do ramal de entrada de energia indicam se é necessária a apro-
vação do projeto pela concessionária.
FIGURA 3 – RAMAL DE ENTRADA DE ENERGIA DE UMA RESIDÊNCIA
FONTE: Prysmian (2006, p. 30)
Dados importantes à especificação do padrão de atendimento são: demanda 
e categoria de atendimento de cada consumidor da edificação; determinação da de-
manda provável do edifício e componentes da conexão do ramal de alimentação com 
a rede da concessionária. 
4.4 DESENHO DAS PLANTAS
Esta etapa consiste na localização, na planta baixa, dos seguintes compo-
nentes do projeto elétrico:
• a indicação dos pontos de iluminação e tomadas (pontos de utilização);
• a localização dos quadros de distribuição de energia;
• a divisão das cargas em circuitos terminais;
• o desenho das tubulações dos circuitos terminais;
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UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS
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• a localização das caixas de passagem e da prumada;
• o traçado da alimentação dos circuitos alimentadores.
Ainda, consideramos também a elaboração dos seguintes desenhos: pru-
mada (esquema vertical), localização dos quadros de medição de energia, caixas 
de passagem e demais componentes não listados.
4.5 DIMENSIONAMENTOS
Nesta etapa, são realizados os dimensionamentos de todos os componen-
tes dos projetos elétricos, de acordo com as informações obtidas anteriormente e 
em conformidade com as normas técnicas. Destacam-se o dimensionamento dos 
condutores, eletrodutos, dispositivos de proteção e dos quadros de energia. 
4.6 QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO E DIAGRAMAS
Esta etapa visa representar, através de quadros e tabelas, a distribuição e o 
dimensionamento dos circuitos elétricos da edificação. Destacam-se os seguintes 
quadros:
• Quadro das Cargas Instaladas.
• DiagramasUnifilares (ou Multifilares) dos circuitos terminais.
• Diagramas de Comando e Força dos Motores.
• Diagrama Unifilar Geral da Edificação.
4.7 DETALHES CONSTRUTIVOS
Os detalhes construtivos têm por objetivo facilitar a interpretação do projeto, 
garantindo que este seja executado da maneira mais fiel possível. A escolha de quais 
detalhes são necessários ao projeto depende, em grande parte, da complexidade do 
projeto e das especificações da concessionária de energia (para os elementos do ramal 
de entrada).
Como regra geral, quanto mais detalhes forem fornecidos pelo projetista, 
mais fiel será o projeto.
4.8 MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO
O Memorial Descritivo faz uma descrição sucinta do projeto justificado 
e, se necessário, das soluções adotadas. É composto por planilhas de edificação e 
documentos.
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TÓPICO 1 | ELEMENTOS DE PROJETO
11
O Memorial de Cálculo, que pode fazer parte do Memorial Descritivo 
ou ser apresentado separadamente, contém os cálculos e dimensionamentos 
realizados na elaboração do projeto, tais como:
• Previsão de cargas.
• Determinação de Demanda Provável.
• Dimensionamento físico de condutores e eletrodutos.
• Dimensionamentos dos dispositivos de proteção.
4.9 DEMAIS COMPONENTES DO PROJETO 
Listam-se, a seguir, outros elementos que fazem parte de um projeto elétrico.
• ART ou RRT: Anotação de Responsabilidade Técnica (para profissionais filiados 
ao CREA) ou RRT (Registro de Responsabilidade Técnica, para os profissionais 
registrados junto ao CAU). É um documento de emissão obrigatória na elaboração 
de um projeto elétrico. 
FIGURA 4 – MODELO DE ART DO CREA/SE
FONTE: <http://bit.ly/2BBNz6W>. Acesso em: 19 out. 2019.
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UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS
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• Lista de Material: listagem de todos os materiais com a definição das quantidades 
e especificações técnicas a serem utilizados na execução do projeto.
• Análise da Concessionária: dependendo das características do projeto e dos 
critérios requeridos pela concessionária de energia local, pode ser necessária a ação 
de solicitar a aprovação do projeto elétrico. Fica a cargo do projetista consultar a 
documentação da respectiva concessionária local de energia.
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TÓPICO 1 | ELEMENTOS DE PROJETO
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Neste tópico, você aprendeu que:
• São vários os documentos que compõem um projeto elétrico, dentre eles: ART, Me-
morial de Cálculo, Plantas, Detalhes e outros.
• A legislação técnica deve, obrigatoriamente, ser seguida na elaboração de um Projeto 
Elétrico. Nessa legislação, as normas técnicas publicadas pela ABNT representam o 
mais alto grau hierárquico, sendo que as especificações técnicas emitidas por outras 
instituições devem estar em acordo com todas as NBRs.
• Existem algumas normas e especificações técnicas que precisam ser observadas na 
elaboração de um projeto elétrico, com destaque para a ABNT NBR 5410 - Insta-
lações Elétricas de Baixa Tensão (2004). A norma apresenta especificações para as 
etapas de projeto, manutenção e verificação das instalações elétricas.
• Existem várias etapas na realização de um projeto elétrico, iniciando com a coleta 
de informações preliminares, passando pelo levantamento das cargas, desenhos 
das plantas, até a conclusão. Fica claro que um projeto inicia muito antes do início 
dos desenhos em planta e muitos passos são seguidos até sua conclusão.
RESUMO DO TÓPICO 1
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1 Um projeto elétrico pode ser composto por vários documentos, dependendo da 
sua complexidade. Descreva cinco documentos que podem compor um projeto 
elétrico.
2 Uma especificação técnica de uma concessionária de energia pode diferir de 
uma norma técnica da ABNT? Explique.
3 Qual é o nome completo da norma técnica que precisa ser seguida para a 
elaboração de projetos elétricos? Quais tipos de projetos elétricos não são 
atendidos por esta norma?
4 Na elaboração de um projeto, três critérios precisam ser observados: acessibi-
lidade, flexibilidade e confiabilidade das instalações. Explique cada um desses 
critérios.
AUTOATIVIDADE
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TÓPICO 2
PREVISÃO DE CARGAS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
As cargas instaladas de uma edificação são, em última análise, os elementos que 
determinam as características básicas de um projeto elétrico. Em várias instalações indus-
triais e algumas comerciais, as características das cargas (quantidade de pontos, potência 
demandada e localização na planta) costumam ser conhecidas antecipadamente, o que 
facilita a elaboração do projeto no que diz respeito ao consumo de energia e dimensiona-
mento dos componentes elétricos. 
Contudo, na maioria das edificações, residenciais ou comerciais, não se tem a 
certeza de quais cargas serão instaladas, sendo um fator que dependerá muito das com-
plexas características de utilização do imóvel. Para esses casos, costuma-se realizar a Pre-
visão de Cargas, a fim de se conhecer a demanda da edificação antecipadamente. Esta 
etapa também norteia a distribuição dos pontos de iluminação e de tomadas nos diferen-
tes ambientes.
2 PREVISÃO DE CARGAS CONFORME A NBR 5410/2004 
PARA HABITAÇÕES
A norma NBR 5410 (2004) estabelece, em seu item 9.5, os critérios mínimos 
de previsão de carga para habitações (casas, hotéis, condomínios, alojamentos e simi-
lares) no que diz respeito a tomadas e pontos de iluminação. Analisaremos as pres-
crições a seguir.
2.1 PREVISÃO DE CARGA DE ILUMINAÇÃO PARA HABITAÇÕES
Para os pontos de iluminação, são feitas as seguintes considerações, conforme 
a NBR 5410 (2004): condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz 
e determinações da potência mínima de iluminação
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UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS
16
2.1.1 Condições para estabelecer a quantidade mínima 
de pontos de luz
• Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de 
luz fixo no teto comandado por interruptor.
• Arandelas instaladas no banheiro devem distar, no mínimo, 60cm do boxe.
2.1.2 Determinação da potência mínima de iluminação
• Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m², deve ser prevista 
uma carga mínima de 100 VA.
• Em cômodos ou dependências com área superior a 6m², deve ser prevista uma 
carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada 
aumento de 4 m² inteiros.
Na época da publicação da norma NBR 5410 (2004), ainda eram amplamente 
utilizadas no mercado nacional as lâmpadas incandescentes, conhecidas pelo seu baixo 
rendimento luminoso. As indicações de potência para iluminação, indicadas na norma, têm como 
base as lâmpadas incandescentes, que atualmente estão em desuso, sendo utilizadas em sua 
substituição as lâmpadas fluorescentes compactas ou led. Assim, fica a critério do projetista utilizar 
as lâmpadas mais modernas e eficientes ao invés das incandescentes. Recomenda-se, no caso, 
verificar a equivalência luminosa entre os diferentes tipos de lâmpadas. Você poderá comparar 
algumas potências no quadro seguinte.
NOTA
QUADRO 1 – COMPARATIVO DE FLUXO LUMINOSO DE LÂMPADAS
TIPO DE LÂMPADA E POTÊNCIA
Fluxo Luminoso
(lumens) Incandescente Fluorescente LED
600 60 W 10 W 6 W
800 80 W 13 W 8 W
1000 100 W 17 W 10 W
1200 120 W 20 W 12 W
1500 150 W 25 W 15 WFONTE: <http://bit.ly/2MXowAc>. Acesso em: 11 jan. 2019.
 Exemplo de cálculo: considerar uma dependência de uma unidade residencial 
de dimensões físicas 3,5 × 4,5 metros. A especificação da iluminação para o ambiente, 
considerando-se lâmpadas incandescentes, pode ser assim determinada: 
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TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS
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Área do Cômodo: 3,5 × 4,5 = 15,75 m²
Total
Fração de Área (m²): 6,0 + 4,0 + 4,0 + 1,75 = 15,75
Potência Atribuída (VA): 100 + 60 + 60 + 0 = 220
Logo, a potência atribuída à dependência, para efeito de cálculo da potência 
de alimentação, é de 220 VA.
Deve-se observar que a NBR 5410 (2004) não estabelece critérios para a ilu-
minação de áreas externas. Nos casos, a definição deverá ser feita considerando-se as 
necessidades do cliente.
Como alternativa ao cálculo, a NBR 5410 (2004) oferece a possibilidade de 
utilizarmos as prescrições da NBR 5413: Iluminância de Interiores. No entanto, é ne-
cessário esclarecer que a NBR 5413 foi cancelada e substituída pela publicação da 
ABNT NBR ISO/CIE 8995-1 “Iluminação de ambientes de trabalho” em abril de 2013, 
sendo, então, recomendável utilizar as prescrições da nova publicação.
2.2 PREVISÃO DE CARGA DE TOMADAS PARA HABITAÇÕES
Além da iluminação, o projeto elétrico deve prever a utilização de cargas elé-
tricas diversas na edificação. Essas cargas são representadas por pontos de tomadas, 
às vezes denominados “pontos de força”.
Conforme estabelece a NBR 5410 (2004), o número de pontos de tomada deve 
ser determinado em função da destinação do local e dos equipamentos elétricos que 
podem ser ali utilizados, observando, no mínimo, os critérios listados a seguir.
2.2.1 Quantidade mínima de tomadas por ambiente
a) em banheiros: deve ser prevista a existência de, no mínimo, um ponto de toma-
da junto ao lavatório a 60cm, no mínimo, do boxe;
b) em cozinhas, lavanderias e assemelhados: deve ser previsto, no mínimo, um 
ponto de tomada para cada 3,5m de perímetro (ou fração de perímetro), sendo 
que, na bancada da cozinha, devem ser previstas ao menos duas tomadas;
c) em varandas: deve ser previsto ao menos um ponto de tomada. Admite-se que 
o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, mas próximo ao seu 
acesso, quando, por razões construtivas, a opção for mais conveniente; 
d) em salas e dormitórios: deve ser previsto, pelo menos, um ponto de tomada 
para cada 5m (ou fração) de perímetro, devendo este ser espaçado tão unifor-
memente quanto possível;
e) nos demais cômodos da habitação: devem ser previstos, ao menos:
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UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS
18
• um ponto de tomada para cômodos com até 6,0m²;
• um ponto de tomada para cada 5,0m de perímetro do cômodo se este tiver área 
maior que 6m².
2.2.2 Especificação das potências dos pontos de tomadas
Conforme especifica a NBR 5410 (2004), a potência atribuída a um ponto de to-
mada depende dos equipamentos que ele poderá vir a alimentar. Costuma-se denominar 
de Tomadas de Uso Geral (TUGs) aquelas que são destinadas a alimentar equipamentos 
diversos. Os valores mínimos de potência a serem considerados são:
a) em banheiros, cozinhas, copas, áreas de serviços e locais análogos, considerar, no mí-
nimo, 600 VA por ponto de tomada em até três pontos, e 100 VA por ponto para os 
demais (considerando cada ambiente separadamente). Quando algum dos ambientes 
conter mais de seis pontos, admite-se considerar a potência de 600 VA para os dois 
primeiros pontos e 100 VA para os demais, sempre considerando cada ambiente sepa-
radamente.
b) nos demais cômodos e dependências, considerar 100 VA para cada ponto de tomada.
As Tomadas de Uso Específico (TUEs) são aquelas destinadas a alimentar algum 
equipamento específico, tal como ar condicionado ou chuveiro. A quantidade dessas 
tomadas é definida de acordo com o número de aparelhos de utilização, e a potência 
atribuída é a potência nominal do equipamento a ser alimentado por cada uma dessas 
tomadas. 
A determinação das TUEs não se dá pelo método descrito no item 2.2.1.
IMPORTANT
E
Para a verificação da potência nominal dos equipamentos, recomenda-se 
a leitura de seus respectivos manuais de uso, amplamente difundidos na internet. 
No entanto, na ausência da informação, podem ser consideradas as potências 
indicadas a seguir:
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TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS
19
Equipamento Potência (VA)
Aquecedor de água de passagem 6000
Aquecedor de ambiente 1000
Ar Condicionado 12000 BTU 1900
Ar Condicionado 18000 BTU 2800
Ar Condicionado 30000 BTU 4000
Ar Condicionado 8500 BTU 1500
Chuveiro 127 V 4400
Chuveiro 220 V 6500
Computador77 300
Equipamento de som 100
Exaustor 150
Ferro de passar 500 a 1000
Fogão elétrico 1500 por boca
Forno elétrico 4500
Forno micro-ondas 750
Freezer Horizontal 500
Geladeira 300
Máquina de lavar louças 1500
Máquina de lavar roupas 1000
Máquina de secar roupas 3500
Televisor 300
FONTE: <http://bit.ly/31ES8I7>. Acesso em: 3 jan. 2019.
2.3 EXEMPLO DE CÁLCULO DE PREVISÃO DE CARGA
A figura a seguir representa a planta baixa de um apartamento. Os valores 
mostrados representam as medidas internas dos recintos e estão em metros. Apli-
caremos os conceitos de previsão de carga, vistos anteriormente, para determinar os 
pontos de tomada e iluminação da edificação.
QUADRO 2 – POTÊNCIAS MÉDIAS DE ELETRODOMÉSTICOS E CONDICIONADORES DE AR - 
ND-5.1 – CEMIG
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UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS
20
FIGURA 5 – PLANTA BAIXA DE UM APARTAMENTO
FONTE: O autor
2.3.1 Cargas da sala
Iniciaremos com a análise das dimensões físicas do cômodo para proceder 
com a determinação dos pontos de iluminação e tomadas.
a) Dimensões:
• Comprimento: 4,00m
• Largura: 3,20m
• Área: 4,00 × 3,20 = 12,80 m²
• Perímetro: (4,00 + 3,20) × 2 = 14,40 m
b) Determinação dos pontos de iluminação:
Será feita de acordo com as orientações apresentadas no item 2.1. 
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TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS
21
Área (m²): 6,00 4,00 2,80
Potência atribuída (VA): 100 60 0
Logo, para este cômodo a potência mínima de iluminção a ser atribuída é de 
160 VA.
Com o objetivo de garantir uma melhor uniformidade de fluxo luminoso no 
ambiente, vamos dividir a iluminação em dois pontos de 100 VA cada.
c) Determinação das tomadas:
Será feita de acordo com o item 2.2.
Como a área do cômodo é maior que 6m², a determinação do número de 
tomadas de uso será feita pelo perímetro (uma tomada para cada 5 metros de 
perímetro ou fração):
• número de tomadas = perímetro/5 = 14,40/5 = 2,88 ≈ 3 tomadas;
• para salas e quartos, a potência atribuída a cada tomada é de 100 VA;
• não serão previstas TUEs para este ambiente.
2.3.2 Cargas de Cozinha
Seguiremos os mesmos passos desenvolvidos para a análise da sala.
b) Dimensões:
• Comprimento: 2,50 m
• Largura: 3,00 m
• Área: 7,5 m²
• Perímetro: 11,00 m
b) Pontos de iluminação:
Área (m²): 6,00 1,50
Potência atribuída (VA): 100 0
A potência mínima de iluminação para o cômodo é de 100 VA.
c) Pontos de tomada: 
Para cozinhas, fica estabelecida a necessidade de uma tomada para 3,5m 
de perímetro (ou fração de perímetro). Logo:
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UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS
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• número de tomadas = perímetro/3,5 = 11,00/3,5= 3,14 = 4 tomadas
• as potências dessas tomadas ficam assim determinadas:
0 03 tomadas de 600 VA
0 01 tomada de 100 VA
Vamos considerar que as tomadas serão utilizadas por equipamentos 
diversos, além da geladeira. Ainda, consideraremos a necessidade de uma tomada 
(TUE) para um forno elétrico de 1500 VA.
2.3.3 Demais cômodos
Seguindo os mesmos critérios para os demais cômodos do apartamento, 
chegaremos ao resultado apresentado a seguir.
QUADRO 3 – PREVISÃO DE CARGAS PARA O APARTAMENTO
Dependência
ILUMINAÇÃO TUGs TUEs
Nº de 
Pontos
Pot. 
Unit 
(VA)
Pot. 
Total 
(VA)
Nº de 
Pontos
Pot. 
Unit 
(VA)
Pot. 
Total 
(VA)
Aparelho Potência (VA)
Sala 2 100 200 3 100 100 - -
Cozinha 1 100 100 31
600
100 1900 Forno 1500
Banheiro 1 100 100 1 600 600 Chuveiro 6500
Serviço 1 100 100 2 600 1200 - -
Sacada 1 100 100 1 100 100 - -
Quarto 1 160 160 3 100 300 Ar Cond. 1500
Totais 7 - 720 14 - 2200 - 9500
FONTE: O autor
Devemos ter em mente que os critérios apresentados para a determinação 
de pontos de iluminação e tomadas servem para estipular os valores mínimos em 
cada cômodo. Dessa forma, cada projetista poderá definir um conjundo de cargas 
diferentes, considerando sua experiência e visão particular da edificação.
2.4 PREVISÃO DE CARGAS ESPECIAIS PARA UNIDADES 
RESIDENCIAIS
Em edifícios multifamiliares (edifícios de apartamentos, hotéis e asse-
melhados), é comum a existência de cargas especiais destinadas a atender aos 
sistemas do condomínio, tais como: bombas de recalque, bombas de drenagem 
de águas pluviais, elevadores etc. Essas cargas, por serem de uso comum, são 
alimentadas pelo quadro de distribuição do condomínio. 
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TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS
23
A localização dessas cargas e a potência de cada uma devem ser levantadas 
pelo projetista antecipadamente. Normalmente, é indicada a localização de cada uma 
e faz-se necessário realizar uma pesquisa junto aos fabricantes de cada equipamento, 
conhecendo as potências envolvidas e os requisitos para alimentação.
3 PREVISÃO DE CARGAS PARA UNIDADES COMERCIAIS
 
A NBR 5410 (2004) não apresenta critérios para especificação de cargas de 
tomadas para lojas, escritórios ou outras unidades comerciais. Assim, para a ilumi-
nação, em cômodos com até 40 metros quadrados de área, utilizam-se os critérios já 
vistos anteriormente para unidades residenciais. Para ambientes acima de 40 metros 
quadrados, utiliza-se o Cálculo Luminotécnico que será estudado adiante.
Em relação aos pontos de tomada, um critério amplamente utilizado é mos-
trado a seguir, conforme apresentado em Mamede Filho (2006) e em outras publica-
ções técnicas da área.
• Para escritórios comerciais e análogos:
0 com área menor ou igual a 40m²: uma tomada para cada 4 m² de área 
(ou fração) com potência de 200 VA;
0 com área superior a 40m²: considerar 10 tomadas para os primeiros 
40m² e uma tomada para cada 10m² extra (ou fração), com 200 VA 
cada tomada.
• Para lojas comerciais ou locais análogos:
0 uma tomada para cada 30m² de área (ou fração) com potência mínima 
de 200 VA por tomada. 
0 para as vitrines e demonstração de aparelhos, devem ser previstas 
tomadas específicas (TUEs) em número e com potência especificada 
de acordo com as informações preliminares recebidas do proprietário 
da edificação ou responsável pelo projeto arquitetônico.
4 PREVISÃO DE CARGAS PARA UNIDADES INDUSTRIAIS
Em ambientes industriais, a especificação das potências, tanto de pontos de 
iluminação quanto de tomadas, costuma ser feita a partir da especificação em planta 
de cada ponto.
Para orientação, os pontos de iluminação seguem as mesmas diretrizes já 
analisadas para ambientes residenciais e comerciais, ou ainda de acordo com a ABNT 
NBR ISO/CIE 8995-1 (2013). Já para os pontos de tomada, é necessário conhecer o tipo 
de equipamento em cada setor da indústria, assim como sua disposição física.
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UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS
24
Assim, fica claro que não é possível estabelecer critérios gerais para disposição 
dos pontos de tomada para ambientes industriais, sendo necessária a análise de cada 
caso específico.
5 SIMBOLOGIA 
Um importante fator ao se desenvolver um projeto elétrico é a escolha adequa-
da dos símbolos a serem utilizados para representação dos componentes da instalação, 
tais como tomadas, fiação etc.
É importante que esses símbolos sejam de fácil compreensão e visualização. 
Além disso, a representação gráfica através dos símbolos deve ser feita de tal forma que 
permita a execução mais fiel possível do projeto.
A norma brasileira utilizada para a padronização dos símbolos utilizados em 
projetos elétricos era a ABNT NBR 5444/89: Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas 
Prediais. No entanto, a norma foi cancelada sem substituição em 2014 e, em sua respecti-
va página, a ABNT recomenda a utilização de duas normas internacionais, a saber:
• IEC 60417-1: Graphical symbols for use on equipment – Part 1: Overview and Application 
(2002) - Símbolos gráficos para uso em equipamentos – Parte 1: Visão Geral e 
Aplicação, em tradução livre.
• IEC 60617: Graphical symbols for diagrams (2012) - Símbolos gráficos para esquemas, 
em tradução livre.
Como ambas as normas recomendadas pela ABNT não possuem, até o mo-
mento, tradução para a língua portuguesa, suas utilizações têm sido restritas no ce-
nário atual da Engenharia Elétrica. Além desse fato, essas duas normas apresentam 
algumas alterações radicais em vários símbolos utilizados com frequência em proje-
tos elétricos, de forma que muitos projetistas não se sentem à vontade na utilização.
Mesmo na época de vigência da norma ABNT NBR 5444/89, os símbolos grá-
ficos utilizados nos projetos diferenciavam-se em função de escolhas particulares dos 
projetistas. Assim, era razoável aplicar um conjunto de símbolos utilizados com fre-
quência em projetos elétricos. Muitos dos símbolos eram indicados em programas de 
computador específicos de projetos elétricos. Na figura seguinte é possível conferir a 
simbologia adotada para este livro. Demais símbolos específicos poderão ser indica-
dos ao longo dos capítulos, de acordo com a necessidade.
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TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS
25
FIGURA 6 – SIMBOLOGIA ADOTADA
FONTE: O autor
6 LOCAÇÃO DOS PONTOS EM PLANTA
A locação dos pontos em planta deve ser realizada com ponderação, a fim de 
se obter um projeto elétrico que seja adequado à instalação. Recomendamos iniciar pela 
distribuição dos pontos de energia e, em seguida, os respectivos pontos de coman-
do (interruptores). Na sequência, devem ser lançados os pontos de tomada, tomando 
como base a quantidade de pontos calculada anteriormente na previsão de cargas.
Algumas observações gerais para o lançamento dos pontos elétricos em planta:
• Conhecer os demais projetos da edificação (arquitetônico, estrutural, hidráulico e 
outros) como forma de evitar lançar pontos que conflitem com os outros elementos 
da estrutura. 
• Os pontos do projeto elétrico devem ser lançados de tal forma que estejam em 
harmonia com a utilização pretendida. Assim, é importante conhecer a planta de 
ambientação da edificação, que apresenta a distribuição do mobiliário interno. Na 
ausência da planta, recomenda-se conversar com o proprietário ou responsável 
pelo projeto arquitetônico.
• Os pontos de tomada de uso geral devem ser distribuídos de forma uniforme nos 
cômodos, e as tomadas de uso específico devem ser posicionadas próximas aos 
equipamentos a serem alimentados.
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UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS
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6.1 EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Com o objetivo de ilustrar o processo de lançamento dos pontos de energia, 
vamos realizar o processo sobre a mesma planta de um apartamento apresentada 
anteriormente. O resultado do lançamento dos pontos de energia pode ser verificado 
na figura a seguir.
FIGURA 7 – LOCAÇÃO DOS PONTOS ELÉTRICOS
FONTE: O autor
O primeiro aspecto a ser destacado é que cada projeto elétrico depende de uma 
série de escolhas pessoais realizadas pelo projetista. Dessa forma, mesmo considerando 
os critérios de previsão de carga, cada indivíduo vai desenvolver um projeto elétrico 
específico.
 
As tomadas de energia tiveram suas potências indicadas, exceto as de 100 VA, 
que dispensam a indicação por serem o tipo mais comum. Para o lançamento dos pon-
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TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS
27
tos de tomada e interruptores foi feita uma análise da distribuição dos móveis. Não 
foram lançadas tomadas na sacada, considera-se, portanto, que a tomada da sala, pró-
xima à porta, contemplará a sacada. Ainda, as letras minúsculas junto aos interruptores 
e pontos de iluminação indicam os respectivos comandos. 
Ao final desta etapa, é recomendável refazer o quadro de cargas da insta-
lação, pois poderão haver diferenças nas quantidades e potências entre os pontos 
previstos e os lançados. Assim, a seguir, há as cargas lançadas para o apartamento.
QUADRO 4 – LANÇAMENTO DAS CARGAS PARA O APARTAMENTO
Dependência
ILUMINAÇÃO TUGs TUEs
Nº de 
Pontos
Pot. 
Unit 
(VA)
Pot. 
Total 
(VA)
Nº de 
Pontos
Pot. 
Unit 
(VA)
Pot. 
Total 
(VA)
Aparelho Potência (VA)
Sala 2 100 200 5 100 500 - -
Cozinha 1 100 100 32
600
100 2000 Forno 1500
Banheiro 1 100 100 1 600 600 Chuveiro 6500
Serviço 1 100 100 2 600 1200 - -
Sacada 2 100 200 0 0 - -
Quarto 1 160 160 4 100 400 Ar Cond. 1500
Totais 7 - 720 14 - 2200 - 9500
FONTE: O autor
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A Previsão de Cargas é uma importante etapa na elaboração de um projeto elétri-
co, pois permite criar um perfil da instalação elétrica a fim de, futuramente, espe-
cificar outros elementos da instalação.
• A NBR 5410 (2004) especifica vários critérios para a previsão de cargas de unida-
des residenciais. Para unidades comerciais ou industriais, a previsão de cargas é 
realizada com base nas características de utilização do ambiente e dos equipamen-
tos ali instalados.
• A previsão de cargas em residências leva em consideração a área e o perímetro dos 
ambientes e seus tipos de ocupação, havendo critérios diferenciados para áreas 
com maior carga, tais como cozinha e banheiros.
• Para cada tomada de uso geral (TUG) é estabelecida uma potência nominal que 
pode ser de 100 ou 600 VA. Para tomadas de uso específico (TUE), a potência atri-
buída é definida pelo equipamento que esta alimentará.
• O lançamento de pontos de iluminação, em residências, pode ser feito conforme os 
preceitos da NBR 5410 (2004) ou então de acordo com os critérios de luminotécnica 
propostos pela ABNT NBR ISO/CIE 8995-1 (2013).
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1 Considere a planta baixa de um “Apartamento de Dois Quartos”, mostrada 
na figura seguinte. Utilizaremos a planta para a realização desta e de auto-
atividades dos próximos tópicos. Desenvolva as etapas de projeto para o 
imóvel considerando que os valores indicados correspondem às dimensões 
dos ambientes em metros.
a) Calcule a previsão de cargas de iluminação e tomadas e, ao final, apresente 
o quadro das cargas previstas.
b) Lance os pontos elétricos na planta de acordo com a previsão de cargas.
AUTOATIVIDADE
FIGURA 8 – PLANTA BAIXA DO APARTAMENTO DE DOIS QUARTOS
FONTE: O autor
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TÓPICO 3
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, abordaremos a análise dos critérios a serem considerados na di-
visão da instalação elétrica em diferentes circuitos, os diversos componentes elétricos 
e suas representações gráficas em planta. 
Os condutores elétricos serão apresentados de maneira mais superficial neste 
momento, porém, posteriormente, avançaremos em uma análise mais aprofundada 
desse importante elemento das instalações elétricas.
2 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS TERMINAIS
Consideram-se circuitos terminais aqueles que se destinam à alimentação 
direta das cargas da edificação, tais como lâmpadas, equipamentos elétricos, mo-
tores etc. Os circuitos terminais podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos, 
dependendo das características das cargas que alimentam. 
Todo circuito terminal parte de um quadro de distribuição de energia 
(muitas vezes denominado apenas de Quadro de Distribuição ou Quadro Termi-
nal) e segue até o ponto de conexão com a carga que vai alimentar.
2.1 LOCALIZAÇÃO DOS QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
Ao se iniciar o processo de análise para a divisão dos circuitos, o primeiro 
passo é definir a localização do quadro de distribuição. O critério que baliza a de-
cisão está no fato de que o quadro de distribuição deve estar o mais perto possível 
do Centro de Carga da instalação, que é a região onde se encontram as maiores 
potências elétricas.
Há um cálculo específico para se determinar o Centro de Cargas de uma ins-
talação, porém, em termos práticos, este não é utilizado. Como regra geral, para re-
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UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS
sidências, as maiores cargas se concentram nos banheiros, cozinha e área de serviço. 
Logo, é recomendável que o quadro de distribuição seja instalado nas proximidades. 
Além das cargas, outros aspectos devem ser levados em conta no momento 
de se indicar a localização de um quadro de distribuição: facilidade de acesso, fun-
cionalidade e segurança. Logo, é recomendável que o quadro de distribuição esteja 
em local visível e sem impedimentos para seu acesso. Ainda, é recomendável que 
ele esteja em locais com tráfego ou permanência de pessoas. O local de instalação do 
quadro deve ser livre de intempéries e não deve ser úmido, logo, não deve ser insta-
lado em áreas externas sem cobertura ou em banheiros.
Os Quadros de Distribuição destinados a contemplar áreas de uso geral de con-
domínios, unidades comerciais ou industriais, devem ter sua localização definida pelos 
mesmos critérios básicos vistos anteriormente e, além disso, devem ser consideradas as 
especificidades de cada local. Ambientes muito grandes podem requerer a instalação 
de vários quadros de distribuição, facilitando a instalação elétrica.
2.2 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO
Toda instalação elétrica deve ser dividida em circuitos terminais. A divisão 
facilita a operação e manutenção da instalação, garante a distribuição de cargas entre 
diversos circuitos e permite a utilização de condutores e dispositivos de proteção de 
menor capacidade.
Cada circuito terminal deverá estar protegido por um dispositivo de seccio-
namento automático, sobre corrente e sobrecarga. O dispositivo é, normalmente, um 
disjuntor termomagnético. Analisaremos os dispositivos de proteção com mais deta-
lhes nas unidades seguintes.
Lima Filho (1997) cita algumas recomendações a serem seguidas no momento 
da divisão da instalação em circuitos terminais:

Outros materiais