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Indaial – 2019 Instalações elétrIcas de BaIxa tensão Prof. Léo Roberto Seidel 1a Edição Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 1Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 1 26/11/2019 11:23:5226/11/2019 11:23:52 Copyright © UNIASSELVI 2019 Elaboração: Prof. Léo Roberto Seidel Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Impresso por: SE458i Seidel, Léo Roberto Instalações elétricas de baixa tensão. / Léo Roberto Seidel. – Indaial: UNIASSELVI, 2019. 219 p.; il. ISBN 978-85-515-0396-6 1. Instalações elétricas. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. CDD 621.31924 Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 2Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 2 26/11/2019 11:23:5226/11/2019 11:23:52 III apresentação Prezado acadêmico! Bem-vindo à Disciplina Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Esta disciplina visa prover os conhecimentos necessários que permitirão a elaboração de projetos elétricos em baixa tensão de forma segura, econômica e energeticamente eficiente. Você, acadêmico, deve saber que o bom aprendizado é garantido mediante a adoção de algumas boas práticas: disciplina, organização e um horário de estudos predefinido. Em sua caminhada acadêmica, é você quem faz a diferença. Como todo texto técnico, por vezes denso, você necessitará de papel, lápis, borracha, calculadora e muita concentração. Lembre-se: o estudo é algo primoroso e deve ser realizado de forma rotineira. Aproveite a motivação para iniciar a leitura deste livro. Este livro está dividido em três unidades que contemplam os principais conceitos a serem aprendidos para a elaboração de projetos elétricos. A divisão das unidades visa facilitar o aprendizado e organizar melhor os estudos. Devido à complexidade de alguns fatores a serem considerados na elaboração de um projeto elétrico, é possível que em determinados momentos sejam feitas referências a alguns conteúdos ainda não estudados. Contudo, estes serão devidamente explicados em tópicos posteriores do livro. Para um bom aproveitamento do conteúdo deste livro, é importante que você tenha conhecimentos prévios de eletricidade, circuitos elétricos e noções de máquinas elétricas (transformadores e motores). Estimamos que, ao término deste estudo, você tenha agregado à sua experiência acadêmica, conhecimento suficiente para desenvolver projetos elétricos em edificações residenciais, comerciais e mesmo industriais. Finalizamos com uma dica importante: na Engenharia, o aprendizado constante é fundamental para formar um bom profissional. Nunca pare de ler e de pesquisar temas relacionados à área de interesse. Bons estudos! Prof. Léo Roberto Seidel. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 3Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 3 26/11/2019 11:23:5226/11/2019 11:23:52 IV Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! NOTA Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 4Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 4 26/11/2019 11:23:5226/11/2019 11:23:52 V Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 5Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 5 26/11/2019 11:23:5326/11/2019 11:23:53 VI Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 6Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 6 26/11/2019 11:23:5326/11/2019 11:23:53 VII UNIDADE 1 – CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS ................. 1 TÓPICO 1 – ELEMENTOS DE PROJETO .......................................................................................... 3 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3 2 COMPONENTES DE UM PROJETO ELÉTRICO .......................................................................... 3 2.1 COMPONENTES DO PROJETO ELÉTRICO ........................................................................ 3 2.2 DEMAIS PROJETOS ................................................................................................................. 5 3 NORMATIZAÇÃO ............................................................................................................................... 6 3.1 NORMAS TÉCNICAS DA ABNT ................................................................................................. 6 3.2 DIRETRIZES TÉCNICAS DIVERSAS ........................................................................................... 7 4 ETAPAS DE UM PROJETO ELÉTRICO ........................................................................................... 7 4.1 COLETA DE INFORMAÇÕES PRELIMINARES ....................................................................... 8 4.2 LEVANTAMENTO DE CARGAS .................................................................................................. 8 4.3 ESPECIFICAÇÃO DO PADRÃO DE ATENDIMENTO ............................................................. 9 4.4 DESENHO DAS PLANTAS ............................................................................................................ 9 4.5 DIMENSIONAMENTOS ................................................................................................................ 10 4.6 QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO E DIAGRAMAS ...................................................................... 10 4.7 DETALHES CONSTRUTIVOS ....................................................................................................... 10 4.8 MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO ............................................................................. 10 4.9 DEMAIS COMPONENTES DO PROJETO .................................................................................. 11 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 13 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 14 TÓPICO 2 – PREVISÃO DE CARGAS ................................................................................................ 15 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 15 2 PREVISÃO DE CARGAS CONFORME A NBR 5410/2004 PARA HABITAÇÕES .................. 15 2.1 PREVISÃO DE CARGA DE ILUMINAÇÃO PARA HABITAÇÕES ........................................15 2.1.1 Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz .............................. 16 2.1.2 Determinação da potência mínima de iluminação............................................................. 16 2.2 PREVISÃO DE CARGA DE TOMADAS PARA HABITAÇÕES ............................................... 17 2.2.1 Quantidade mínima de tomadas por ambiente .................................................................. 17 2.2.2 Especificação das potências dos pontos de tomadas ......................................................... 18 2.3 EXEMPLO DE CÁLCULO DE PREVISÃO DE CARGA ............................................................ 19 2.3.1 Cargas da sala .......................................................................................................................... 20 2.3.2 Cargas de Cozinha .................................................................................................................. 21 2.3.3 Demais cômodos ..................................................................................................................... 22 2.4 PREVISÃO DE CARGAS ESPECIAIS PARA UNIDADES RESIDENCIAIS ........................... 22 3 PREVISÃO DE CARGAS PARA UNIDADES COMERCIAIS .................................................... 23 4 PREVISÃO DE CARGAS PARA UNIDADES INDUSTRIAIS ................................................... 23 5 SIMBOLOGIA ...................................................................................................................................... 24 6 LOCAÇÃO DOS PONTOS EM PLANTA ........................................................................................ 25 6.1 EXEMPLO DE APLICAÇÃO ......................................................................................................... 26 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 28 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 29 sumárIo Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 7Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 7 26/11/2019 11:23:5326/11/2019 11:23:53 VIII TÓPICO 3 – DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS ........................................................ 31 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 31 2 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS TERMINAIS ................................................... 31 2.1 LOCALIZAÇÃO DOS QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO ........................................................... 31 2.2 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO ........................................................................................................ 32 2.2.1 Tensão nos circuitos ................................................................................................................ 33 2.2.2 Exemplos de circuitos terminais ........................................................................................... 35 2.3 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS ............................................................................. 39 2.3.1 Dimensionamento do Quadro de Distribuição .................................................................. 41 3 LANÇAMENTO DOS CONDUTOS PARA ENERGIA ................................................................ 42 RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 47 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 48 TÓPICO 4 – CONDUTORES ELÉTRICOS DA INSTALAÇÃO .................................................... 49 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 49 2 CONDUTORES ELÉTRICOS ............................................................................................................. 49 2.1 IDENTIFICAÇÃO DE CONDUTORES ........................................................................................ 50 2.2 TIPOS DE ISOLAÇÃO .................................................................................................................... 51 2.2.1 Análise entre isolação de PVC e EPR/XLPE ........................................................................ 52 2.2.2 Classificação quanto ao número de camadas isolantes ..................................................... 53 3 LANÇAMENTO DA FIAÇÃO ........................................................................................................... 54 3.1 LANÇAMENTO DA FIAÇÃO PARA CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO ................................ 54 3.1.1 Lâmpada comandada por interruptor simples ................................................................... 55 3.1.2 Lâmpada comandada por dois interruptores ..................................................................... 55 3.1.3 Lâmpada comandada por três interruptores ...................................................................... 56 3.2 LANÇAMENTO DA FIAÇÃO PARA CIRCUITOS DE FORÇA .............................................. 56 4 LANÇAMENTO DA FIAÇÃO DO APARTAMENTO EM ESTUDO ........................................ 57 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 59 RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 61 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 62 UNIDADE 2 – DETERMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE UMA INSTALAÇÃO ............. 63 TÓPICO 1 – DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES – 1ª PARTE ....................................... 65 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 65 2 DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES FASE ...................................................................... 65 2.1 CRITÉRIO DA SEÇÃO MÍNIMA .................................................................................................. 66 2.2 CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE......................................... 66 2.2.1 Tipo de Isolação ....................................................................................................................... 66 2.2.2 Maneira de Instalar ................................................................................................................. 67 2.2.3 Corrente Nominal ou Corrente de Projeto .......................................................................... 70 2.2.4 Número de condutores carregados ...................................................................................... 71 2.2.5 Temperatura ambiente ........................................................................................................... 72 2.2.6 Fatores de correção ................................................................................................................. 72 2.2.7 Corrente Corrigida (I’p) .......................................................................................................... 74 2.3 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO ....................................................................................................... 75 2.3.1 Dimensionamento dos condutores para um circuito de um chuveiro ............................ 75 2.3.2 Dimensionamento dos condutores alimentadores de um Quadro de Distribuição ..... 76 2.3.3 Dimensionamento dos condutores em um eletroduto com vários circuitos .................. 77 3 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES NEUTRO E PROTEÇÃO ............................... 78 3.1 DIMENSIONAMENTODO CONDUTOR NEUTRO ................................................................ 78 3.2 DIMENSIONAMENTO DO CONDUTOR PROTEÇÃO OU TERRA (PE) ............................. 79 Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 8Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 8 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 IX RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 81 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 82 TÓPICO 2 – DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES – 2ª PARTE 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 85 2 CRITÉRIO DO LIMITE DA QUEDA DE TENSÃO ...................................................................... 85 2.1 CÁLCULO DA QUEDA DE TENSÃO ......................................................................................... 87 2.1.1 Queda de tensão em sistemas monofásicos (F-N) ou bifásicos (F-F) ............................... 87 2.1.2 Queda de tensão em sistemas trifásicos (3F+N ou 3F) ....................................................... 89 3 CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO ............................... 91 3.1 DETERMINAÇÃO DA SEÇÃO DO CONDUTOR PARA UMA DETERMINADA CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO ............................................................ 91 4 CRITÉRIO DA PROTEÇÃO CONTRA CORRENTES DE SOBRECARGA ............................. 94 5 CRITÉRIO DA PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS (SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO) ...................................................................................................................................... 95 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 97 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 98 TÓPICO 3 – DIMENSIONAMENTO DE CONDUTOS .................................................................. 99 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 99 2 ELETRODUTOS.................................................................................................................................... 100 2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS ELETRODUTOS .................................................................................... 100 2.2 ESPECIFICAÇÕES PARA A INSTALAÇÃO DE ELETRODUTOS .......................................... 101 2.3 DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTO ............................................................................... 102 3 ELETROCALHAS ................................................................................................................................. 107 3.1 DIMENSIONAMENTO DE ELETROCALHAS .......................................................................... 108 RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 110 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 111 TÓPICO 4 – DIAGRAMAS, QUADROS DE CARGAS E RAMAL DE ENTRADA DE ENERGIA .................................................................... 113 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 113 2 DIAGRAMAS UNIFILARES .............................................................................................................. 113 3 PRUMADA ELÉTRICA ....................................................................................................................... 120 4 COMPONENTES DO RAMAL DE ENTRADA DE ENERGIA .................................................. 121 4.1 ENTRADA DE ENERGIA PARA UNIDADES CONSUMIDORAS INDIVIDUAIS .............. 122 4.2 CÁLCULO DA DEMANDA PARA EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS INDIVIDUAIS .......... 124 4.3 ENTRADA DE ENERGIA PARA EDIFÍCIOS DE USO COLETIVO ....................................... 127 4.3.1 Cálculo da demanda provável da edificação ...................................................................... 128 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 136 RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 138 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 139 UNIDADE 3 – ILUMINAÇÃO E SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ............................................................................. 141 TÓPICO 1 – ILUMINAÇÃO .................................................................................................................. 143 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 143 2 CONCEITOS BÁSICOS ...................................................................................................................... 143 2.1 LUZ .................................................................................................................................................... 143 2.2 FLUXO LUMINOSO ....................................................................................................................... 144 2.3 ILUMINÂNCIA ............................................................................................................................... 144 2.4 EFICIÊNCIA LUMINOSA .............................................................................................................. 145 Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 9Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 9 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 X 2.5 TEMPERATURA DE COR .............................................................................................................. 145 3 LÂMPADAS ELÉTRICAS ................................................................................................................... 146 3.1 CLASSIFICAÇÃO DAS LÂMPADAS QUANTO AO PROCESSO DE EMISSÃO DE LUZ 147 3.1.1 Lâmpadas Incandescentes ..................................................................................................... 147 3.1.2 Lâmpadas Halógenas de Tungstênio ................................................................................... 148 3.1.3 Lâmpadas de Descarga .......................................................................................................... 149 3.1.4 Lâmpadas LED ........................................................................................................................ 152 4 LUMINÁRIAS ....................................................................................................................................... 154 5 CÁLCULO LUMINOTÉCNICO......................................................................................................... 155 5.1 DETERMINAÇÃO DOS COMPONENTES PARA O CÁLCULO DO FLUXO LUMINOSO ........................................................................................... 156 5.1.1 Iluminamento médio do ambiente (E) ................................................................................. 156 5.1.2 Fator de utilização do recinto (Fu) ......................................................................................... 158 5.1.3 Fator de depreciação do serviço da luminária .................................................................... 159 5.2 DISTRIBUIÇÃO E CÁLCULO DO NÚMERO DE LUMINÁRIAS ..........................................160 5.3 ROTEIRO DE CÁLCULO ............................................................................................................... 163 5.4 EXEMPLO DE APLICAÇÃO ......................................................................................................... 163 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 166 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 167 TÓPICO 2 – PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTES ............................................................ 169 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 169 2 SOBRECORRENTES ............................................................................................................................ 169 3 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTES .......................................... 170 3.1 DISJUNTORES ................................................................................................................................. 170 3.1.1 Classificação dos disjuntores ................................................................................................. 172 3.2 FUSÍVEIS ........................................................................................................................................... 175 3.3 RELÉS TÉRMICOS ........................................................................................................................... 176 4 DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO .............................................. 176 4.1 DIMENSIONAMENTO QUANTO À CAPACIDADE DE INTERRUPÇÃO .......................... 176 4.2 PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGAS ..................................................................................... 177 4.3 PROTEÇÃO CONTRA CURTOS-CIRCUITOS ........................................................................... 178 4.3.1 Critérios para garantia da proteção contra curtos-circuitos ............................................. 178 4.3.2 Determinação da corrente de curto-circuito presumida (ICS)............................................ 179 4.3.3 Exemplo de aplicação – cálculo de curto-circuito .............................................................. 183 4.3.4 Exemplo de aplicação – dimensionamento de um dispositivo de proteção .................. 187 5 COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE ............................................................................................. 188 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 191 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 192 TÓPICO 3 – PROTEÇÕES CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS E SOBRETENSÕES .................................................................................. 193 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 193 2 PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS .......................................................................... 193 2.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS ................................................................................................... 193 2.2 PROTEÇÃO BÁSICA ...................................................................................................................... 195 2.2.1 Proteção por isolação das partes vivas ................................................................................. 195 2.2.2 Proteção por barreiras ou invólucros ................................................................................... 196 2.2.3 Proteção por meio de obstáculos .......................................................................................... 196 2.2.4 Proteção por colocação fora do alcance ............................................................................... 196 2.2.5 Proteção adicional por dispositivo DR ................................................................................ 197 2.3 PROTEÇÃO SUPLETIVA ............................................................................................................... 197 Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 10Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 10 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 XI 2.3.1 Equipotencialização ................................................................................................................ 197 2.3.2 Seccionamento Automático .................................................................................................... 199 3 ATERRAMENTO ELÉTRICO ............................................................................................................. 199 3.1 ESQUEMA TT .................................................................................................................................. 199 3.2 ESQUEMA TN.................................................................................................................................. 200 3.3 ESQUEMA IT ................................................................................................................................... 201 4 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO ADICIONAIS .......................................................................... 202 4.1 DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO DIFERENCIAL RESIDUAL .................................................... 202 4.2 DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS .................................................................. 204 4.2.1 Classes e características gerais de um DPS ............................................................................. 208 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 211 RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 215 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 216 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 217 Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 11Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 11 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 XII Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 12Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 12 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 1 UNIDADE 1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • identificar e compreender a importância dos elementos que com- põem um projeto elétrico; • determinar a previsão de cargas de uma edificação; • realizar a divisão da instalação em circuitos e de acordo com crité- rios técnicos; • lançar tomadas, interruptores, luminárias, eletrodutos e condutores na planta baixa de uma edificação. Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresen- tado. TÓPICO 1 – ELEMENTOS DE PROJETO TÓPICO 2 – PREVISÃO DE CARGAS TÓPICO 3 – DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS TÓPICO 4 – CONDUTORES ELÉTRICOS DA INSTALAÇÃO Preparado para ampliar teus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverás melhor as informações. CHAMADA Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 1Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 1 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 2 Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 2Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 2 26/11/201911:23:5426/11/2019 11:23:54 3 TÓPICO 1 UNIDADE 1 ELEMENTOS DE PROJETO 1 INTRODUÇÃO A elaboração de um projeto elétrico é uma tarefa que, muitas vezes, pode parecer simples ou trivial. No entanto, são requeridos conhecimentos de áreas di- versas da engenharia para sua execução de forma satisfatória. O projetista precisa ter conhecimentos sólidos sobre eletricidade básica, circuitos elétricos, princípios de eletromagnetismo, máquinas elétricas e até automação e telecomunicações. Embora nem todos os projetos elétricos requeiram todo esse arcabouço de conhecimento, é certo que quanto maior o entendimento do projetista sobre os diversos elementos envolvidos no projeto, melhor será o resultado alcançado. Assim, iniciamos este livro analisando as partes que constituem um projeto elétrico. 2 COMPONENTES DE UM PROJETO ELÉTRICO Os elementos que compõem um projeto elétrico dependem de algumas características inerentes ao tipo da edificação e à forma de utilização. De modo geral, quanto mais complexa for a edificação, e seus elementos constituintes, mais informações serão necessárias ao projeto elétrico. A seguir, analisaremos os com- ponentes mais comuns de um projeto elétrico. 2.1 COMPONENTES DO PROJETO ELÉTRICO Conforme Lima Filho (1997), um projeto elétrico consiste, basicamente, na representação escrita de uma instalação através de desenhos e documentos. Assim, um projeto costuma ser composto das seguintes partes: • ART - Anotação de Responsabilidade Técnica: documento de emissão obrigatória junto ao CREA, um dos responsáveis técnicos pelo projeto. • Carta de Solicitação junto à Concessionária (denominada também de Consulta Prévia): documento em que o projetista informa à concessionária de energia as características da obra. Com ele se verifica se o sistema de distribuição está apto a suprir a carga a ser instalada. Cada concessionária possui um padrão específico de solicitação. • Memorial Descritivo e de Cálculo: documentos que descrevem as características Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 3Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 3 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS 4 básicas da edificação e da instalação elétrica (características arquitetônicas bási- cas, informações da carga instalada, tensão de fornecimento de energia), além de alguns cálculos necessários ao projeto, tais como: demanda da edificação, dimen- sionamento de condutores e dutos. • Plantas: são as representações gráficas dos elementos. A Planta de Situação visa locali- zar a edificação e o ramal de entrada de energia em relação ao terreno, ruas e postes da rede pública. A Planta Baixa dos pavimentos é utilizada para representar os elementos da instalação elétrica (pontos de iluminação, interruptores e tomadas, dutos elétricos etc.). A figura a seguir apresenta uma planta de situação de um projeto elétrico. FIGURA 1 – PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO (PROJETO ELÉTRICO) FONTE: O autor • Esquema Vertical ou Prumada: representação gráfica da distribuição elétrica entre diferentes pavimentos e/ou diferentes quadros de distribuição. • Quadros de Cargas e Diagramas Unifilares (ou Multifilares): representam o total de carga instalada em determinado setor e a forma como foi feita sua di- visão em diferentes circuitos. • Detalhes: desenhos que visam ilustrar o funcionamento ou instalação de deter- minados elementos, tais como: os componentes da entrada de energia, para- -raios, aterramentos e outros. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 4Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 4 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 TÓPICO 1 | ELEMENTOS DE PROJETO 5 • Especificações: descrição das características elétricas dos componentes utiliza- dos no projeto. • Lista de Materiais: lista do quantitativo dos componentes elétricos a serem uti- lizados na obra. 2.2 DEMAIS PROJETOS Além do projeto das instalações elétricas em si, há uma variedade de outros sistemas ligados à utilização de energia que requerem projetos específicos. Destacam-se os seguintes: • Projeto Telefônico: detalhes da entrada e distribuição interna dos condutores para telefonia fixa da edificação. • Projeto de Telecomunicações: definição das instalações para elementos de tec- nologia da informação e comunicação (pontos de utilização, componentes de rede, servidores etc.). Geralmente, é integrado ao projeto telefônico. • Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA): popularmente co- nhecido como “para-raios”, o sistema tem por finalidade a proteção da edifi- cação contra descargas atmosféricas. Na figura seguinte, é possível observar a instalação externa de um para-raios em um edifício. FIGURA 2 – COMPONENTES EXTERNOS DE UM PARA-RAIOS FONTE: <http://bit.ly/2pIwzJk>. Acesso em: 31 jan. 2019. • Sistema de distribuição de televisão: o projeto deste sistema visa especificar os pontos de entrada de sinal de TV na edificação (antena e por cabo), além de definir a forma de distribuição do sinal internamente pelas áreas comuns da edificação. Ainda, sua distribuição interna nas unidades residenciais. • Sistemas de segurança: uma edificação pode necessitar de cuidados especiais no que se refere à segurança patrimonial e de pessoas. Pode haver a necessidade de sistemas de intercomunicação e abertura de portões, câmeras de vigilância, alar- mes etc. Os sistemas de segurança devem ser projetados de acordo com as especi- ficações das soluções adotadas e das orientações dos proprietários. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 5Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 5 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS 6 • Sistema de alarme de incêndios: compõe o Projeto Preventivo de Incêndio e tem por finalidade detectar e informar a ocorrência de incêndios na edificação. Os sistemas de alarme de incêndio costumam ser muito sensíveis à interferência eletromagnética, de forma que precisam ser planejados em consonância com os demais sistemas elétricos da edificação. A necessidade de elaboração de cada um dos projetos complementares de- pende de uma série de fatores, tais como: características arquitetônicas e utilização da edificação, características ambientais, solicitação do cliente, disponibilidade de recur- sos financeiros e até mesmo escolha pessoal do projetista. 3 NORMATIZAÇÃO Todo projeto elétrico necessita seguir as especificações das leis, normas e diretrizes técnicas vigentes a fim de garantir a padronização, segurança e eficiência da instalação projetada. Mais do que uma obrigação, a observância das normas provê ao projetista respaldos técnico e jurídico na eventualidade de ocorrerem pro- blemas nas instalações elétricas projetadas, além da garantia de que a instalação funcionará de forma satisfatória e com economia de energia. 3.1 NORMAS TÉCNICAS DA ABNT A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – é a entidade res- ponsável por elaborar e distribuir normas em diversas áreas técnicas. Em termos de projetos elétricos, destaca-se a norma NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão, cuja última publicação foi em 2004. Pode ser conside- rado o “documento mãe” para a elaboração de projetos elétricos em geral e suas orientações serão consideradas frequentemente no decorrer deste livro. A NBR 5410 (2004) é aplicável às instalações elétricas de edificações de qualquer uso, cujas tensões sejam de: • Até 1000 volts em tensão alternada; • Até 1500 volts em tensão contínua. A norma também é aplicada às áreas externas das edificações e propriedades, locais de acampamento, canteiros de obras, feiras, exposições e outras instalações temporárias. A NBR 5419:2015 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Específica para as diretrizes técnicas para elaboração de projetos de para-raios em edificações. Por se tratar de um sistema complementar não necessário na maioria das edificações, será muito pouco referenciada.É importante, no entanto, conhecer algumas de suas especificações, uma vez que a norma também trata da utilização de Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 6Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 6 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 TÓPICO 1 | ELEMENTOS DE PROJETO 7 malha de aterramento e é preciso haver compatibilização entre as instalações elétri- cas e descargas atmosféricas de uma edificação. Há, ainda, normas diversas ligadas à fabricação de componentes elétricos (to- madas, condutores, dutos e outros) e situações específicas, como a NBR 13570 (1996): Instalações elétricas em locais de afluência de público. Antes de iniciar qualquer pro- jeto, o projetista deve pesquisar quais normas deverão ser observadas de forma a atender a todos os requisitos existentes para o serviço a ser realizado. 3.2 DIRETRIZES TÉCNICAS DIVERSAS Como já mencionado, a elaboração de Normas Técnicas é exclusividade da ABNT. Assim, documentos técnicos elaborados por outros setores não podem receber a denominação “Norma Técnica”. Concessionárias de energia, Corpos de Bombeiros, Pre- feituras e outras instituições podem emitir, de acordo com a necessidade, diretrizes téc- nicas, tais como “Instruções Técnicas”, “Instrução Normativa” ou outras denominações. De modo geral, essas instruções estão sujeitas às especificações das Normas Técnicas da ABNT e, em geral, abordam algumas questões mais específicas, podendo ser mais restritivas que a respectiva norma da ABNT. Assim, um exemplo prático se refere ao dimensionamento do condutor neutro. A NBR 5410 (2004) permite que, em determinadas condições, o condutor neutro de um circuito trifásico pode ter seção menor que os condutores fase. No entanto, muitas instruções técnicas das conces- sionárias de energia exigem que o condutor neutro tenha as mesmas dimensões dos condutores fase para os ramais de entrada de energia. Então, fica a cargo de você, acadêmico, acessar o sítio eletrônico da con- cessionária de energia da sua região, a fim de conhecer as publicações técnicas disponíveis. 4 ETAPAS DE UM PROJETO ELÉTRICO Um projeto elétrico é uma atividade que demanda análise e ponderação an- tes de ser iniciado, considerando os diversos fatores envolvidos. Lima Filho (1997) elenca três importantes critérios a serem considerados na elaboração de um projeto elétrico: • Acessibilidade: todos os pontos de utilização e dispositivos de manobra e pro- teção devem estar em locais perfeitamente acessíveis e que permitam mano- bras adequadas e eventuais manutenções. • Flexibilidade e Reserva de Carga: a instalação deve ser projetada de forma a permi- tir certo acréscimo de carga futura e flexibilidade para pequenas alterações. • Confiabilidade: as instalações devem ser projetadas em conformidade com as nor- mas técnicas, garantindo o perfeito funcionamento e a segurança do patrimônio e das pessoas. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 7Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 7 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS 8 As etapas para elaboração de um Projeto Elétrico variam de acordo com o ta- manho e tipo da edificação, especificação do cliente, características de fornecimento de energia, especificações da concessionária de energia etc. De forma geral, os passos a seguir, sugeridos por Lima Filho (1997), podem ser seguidos em todo ou em parte, e em ordem adversa da apresentada. Alguns termos técnicos apresentados poderão ser es- tranhos a você neste momento, mas serão explicados mais tarde em tópicos específicos. 4.1 COLETA DE INFORMAÇÕES PRELIMINARES Esta etapa consiste na aquisição de informações diversas que influenciarão na elaboração do projeto, sendo de fundamental importância. Destacam-se as seguintes fontes de informação: • Planta de Situação: identifica a posição da edificação no terreno, sua relação com as ruas próximas e rede elétrica. Essas informações são necessárias para elaboração do ramal de entrada de energia para a edificação. • Projeto Arquitetônico: é constituído pelas plantas baixas, cortes e fachadas. Com essas informações têm-se conhecimento das dimensões e tipo de utilização das dependências da edificação. As plantas baixas servem, também, para disposição dos elementos de projeto (iluminação, tomadas, caixas etc.). • Projetos Complementares: são os demais projetos da edificação: Projeto Estrutu- ral, Sanitário, de Combate a Incêndio e outros. De posse desses projetos, podemos evitar eventuais restrições e interferências com vigas, lajes, tubulações e demais elementos de outros sistemas. Todos os projetos de uma edificação devem ser ela- borados em harmonia. Após a elaboração do projeto, é recomendável realizar uma análise minuciosa, a fim de verificar se ele não irá interferir em outros sistemas. O procedimento é denominado Compatibilização de Projetos. • Informações com o Responsável Técnico e/ou o Proprietário: levantam-se informa- ções extras a respeito da existência de cargas especiais, tipo de instalação elétrica a ser feita (embutida ou aparente e respectivos detalhes), características e localização do ramal de entrada de energia e outros detalhes. 4.2 LEVANTAMENTO DE CARGAS Com as informações preliminares obtidas e de posse das normas técnicas necessárias, o projetista poderá elaborar o levantamento (ou previsão) das cargas elétricas da edificação. O levantamento de cargas visa estabelecer a localização e potência dos pon- tos de iluminação, tomadas e cargas especiais (ar condicionado, elevadores, bom- bas de água etc.). Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 8Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 8 26/11/2019 11:23:5426/11/2019 11:23:54 TÓPICO 1 | ELEMENTOS DE PROJETO 9 4.3 ESPECIFICAÇÃO DO PADRÃO DE ATENDIMENTO Entendemos por Padrão de Atendimento as características de fornecimento de energia elétrica pela concessionária. Nesta etapa, cabe ao projetista consultar a documentação técnica disponibi- lizada pela concessionária de energia. A documentação específica e as características necessárias do projeto do ramal de entrada de energia indicam se é necessária a apro- vação do projeto pela concessionária. FIGURA 3 – RAMAL DE ENTRADA DE ENERGIA DE UMA RESIDÊNCIA FONTE: Prysmian (2006, p. 30) Dados importantes à especificação do padrão de atendimento são: demanda e categoria de atendimento de cada consumidor da edificação; determinação da de- manda provável do edifício e componentes da conexão do ramal de alimentação com a rede da concessionária. 4.4 DESENHO DAS PLANTAS Esta etapa consiste na localização, na planta baixa, dos seguintes compo- nentes do projeto elétrico: • a indicação dos pontos de iluminação e tomadas (pontos de utilização); • a localização dos quadros de distribuição de energia; • a divisão das cargas em circuitos terminais; • o desenho das tubulações dos circuitos terminais; Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 9Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 9 26/11/2019 11:23:5526/11/2019 11:23:55 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS 10 • a localização das caixas de passagem e da prumada; • o traçado da alimentação dos circuitos alimentadores. Ainda, consideramos também a elaboração dos seguintes desenhos: pru- mada (esquema vertical), localização dos quadros de medição de energia, caixas de passagem e demais componentes não listados. 4.5 DIMENSIONAMENTOS Nesta etapa, são realizados os dimensionamentos de todos os componen- tes dos projetos elétricos, de acordo com as informações obtidas anteriormente e em conformidade com as normas técnicas. Destacam-se o dimensionamento dos condutores, eletrodutos, dispositivos de proteção e dos quadros de energia. 4.6 QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO E DIAGRAMAS Esta etapa visa representar, através de quadros e tabelas, a distribuição e o dimensionamento dos circuitos elétricos da edificação. Destacam-se os seguintes quadros: • Quadro das Cargas Instaladas. • DiagramasUnifilares (ou Multifilares) dos circuitos terminais. • Diagramas de Comando e Força dos Motores. • Diagrama Unifilar Geral da Edificação. 4.7 DETALHES CONSTRUTIVOS Os detalhes construtivos têm por objetivo facilitar a interpretação do projeto, garantindo que este seja executado da maneira mais fiel possível. A escolha de quais detalhes são necessários ao projeto depende, em grande parte, da complexidade do projeto e das especificações da concessionária de energia (para os elementos do ramal de entrada). Como regra geral, quanto mais detalhes forem fornecidos pelo projetista, mais fiel será o projeto. 4.8 MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO O Memorial Descritivo faz uma descrição sucinta do projeto justificado e, se necessário, das soluções adotadas. É composto por planilhas de edificação e documentos. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 10Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 10 26/11/2019 11:23:5526/11/2019 11:23:55 TÓPICO 1 | ELEMENTOS DE PROJETO 11 O Memorial de Cálculo, que pode fazer parte do Memorial Descritivo ou ser apresentado separadamente, contém os cálculos e dimensionamentos realizados na elaboração do projeto, tais como: • Previsão de cargas. • Determinação de Demanda Provável. • Dimensionamento físico de condutores e eletrodutos. • Dimensionamentos dos dispositivos de proteção. 4.9 DEMAIS COMPONENTES DO PROJETO Listam-se, a seguir, outros elementos que fazem parte de um projeto elétrico. • ART ou RRT: Anotação de Responsabilidade Técnica (para profissionais filiados ao CREA) ou RRT (Registro de Responsabilidade Técnica, para os profissionais registrados junto ao CAU). É um documento de emissão obrigatória na elaboração de um projeto elétrico. FIGURA 4 – MODELO DE ART DO CREA/SE FONTE: <http://bit.ly/2BBNz6W>. Acesso em: 19 out. 2019. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 11Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 11 26/11/2019 11:23:5526/11/2019 11:23:55 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS 12 • Lista de Material: listagem de todos os materiais com a definição das quantidades e especificações técnicas a serem utilizados na execução do projeto. • Análise da Concessionária: dependendo das características do projeto e dos critérios requeridos pela concessionária de energia local, pode ser necessária a ação de solicitar a aprovação do projeto elétrico. Fica a cargo do projetista consultar a documentação da respectiva concessionária local de energia. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 12Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 12 26/11/2019 11:23:5526/11/2019 11:23:55 TÓPICO 1 | ELEMENTOS DE PROJETO 13 Neste tópico, você aprendeu que: • São vários os documentos que compõem um projeto elétrico, dentre eles: ART, Me- morial de Cálculo, Plantas, Detalhes e outros. • A legislação técnica deve, obrigatoriamente, ser seguida na elaboração de um Projeto Elétrico. Nessa legislação, as normas técnicas publicadas pela ABNT representam o mais alto grau hierárquico, sendo que as especificações técnicas emitidas por outras instituições devem estar em acordo com todas as NBRs. • Existem algumas normas e especificações técnicas que precisam ser observadas na elaboração de um projeto elétrico, com destaque para a ABNT NBR 5410 - Insta- lações Elétricas de Baixa Tensão (2004). A norma apresenta especificações para as etapas de projeto, manutenção e verificação das instalações elétricas. • Existem várias etapas na realização de um projeto elétrico, iniciando com a coleta de informações preliminares, passando pelo levantamento das cargas, desenhos das plantas, até a conclusão. Fica claro que um projeto inicia muito antes do início dos desenhos em planta e muitos passos são seguidos até sua conclusão. RESUMO DO TÓPICO 1 Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 13Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 13 26/11/2019 11:23:5526/11/2019 11:23:55 14 1 Um projeto elétrico pode ser composto por vários documentos, dependendo da sua complexidade. Descreva cinco documentos que podem compor um projeto elétrico. 2 Uma especificação técnica de uma concessionária de energia pode diferir de uma norma técnica da ABNT? Explique. 3 Qual é o nome completo da norma técnica que precisa ser seguida para a elaboração de projetos elétricos? Quais tipos de projetos elétricos não são atendidos por esta norma? 4 Na elaboração de um projeto, três critérios precisam ser observados: acessibi- lidade, flexibilidade e confiabilidade das instalações. Explique cada um desses critérios. AUTOATIVIDADE Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 14Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 14 26/11/2019 11:23:5526/11/2019 11:23:55 15 TÓPICO 2 PREVISÃO DE CARGAS UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO As cargas instaladas de uma edificação são, em última análise, os elementos que determinam as características básicas de um projeto elétrico. Em várias instalações indus- triais e algumas comerciais, as características das cargas (quantidade de pontos, potência demandada e localização na planta) costumam ser conhecidas antecipadamente, o que facilita a elaboração do projeto no que diz respeito ao consumo de energia e dimensiona- mento dos componentes elétricos. Contudo, na maioria das edificações, residenciais ou comerciais, não se tem a certeza de quais cargas serão instaladas, sendo um fator que dependerá muito das com- plexas características de utilização do imóvel. Para esses casos, costuma-se realizar a Pre- visão de Cargas, a fim de se conhecer a demanda da edificação antecipadamente. Esta etapa também norteia a distribuição dos pontos de iluminação e de tomadas nos diferen- tes ambientes. 2 PREVISÃO DE CARGAS CONFORME A NBR 5410/2004 PARA HABITAÇÕES A norma NBR 5410 (2004) estabelece, em seu item 9.5, os critérios mínimos de previsão de carga para habitações (casas, hotéis, condomínios, alojamentos e simi- lares) no que diz respeito a tomadas e pontos de iluminação. Analisaremos as pres- crições a seguir. 2.1 PREVISÃO DE CARGA DE ILUMINAÇÃO PARA HABITAÇÕES Para os pontos de iluminação, são feitas as seguintes considerações, conforme a NBR 5410 (2004): condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz e determinações da potência mínima de iluminação Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 15Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 15 26/11/2019 11:23:5526/11/2019 11:23:55 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS 16 2.1.1 Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz • Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto comandado por interruptor. • Arandelas instaladas no banheiro devem distar, no mínimo, 60cm do boxe. 2.1.2 Determinação da potência mínima de iluminação • Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m², deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA. • Em cômodos ou dependências com área superior a 6m², deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m² inteiros. Na época da publicação da norma NBR 5410 (2004), ainda eram amplamente utilizadas no mercado nacional as lâmpadas incandescentes, conhecidas pelo seu baixo rendimento luminoso. As indicações de potência para iluminação, indicadas na norma, têm como base as lâmpadas incandescentes, que atualmente estão em desuso, sendo utilizadas em sua substituição as lâmpadas fluorescentes compactas ou led. Assim, fica a critério do projetista utilizar as lâmpadas mais modernas e eficientes ao invés das incandescentes. Recomenda-se, no caso, verificar a equivalência luminosa entre os diferentes tipos de lâmpadas. Você poderá comparar algumas potências no quadro seguinte. NOTA QUADRO 1 – COMPARATIVO DE FLUXO LUMINOSO DE LÂMPADAS TIPO DE LÂMPADA E POTÊNCIA Fluxo Luminoso (lumens) Incandescente Fluorescente LED 600 60 W 10 W 6 W 800 80 W 13 W 8 W 1000 100 W 17 W 10 W 1200 120 W 20 W 12 W 1500 150 W 25 W 15 WFONTE: <http://bit.ly/2MXowAc>. Acesso em: 11 jan. 2019. Exemplo de cálculo: considerar uma dependência de uma unidade residencial de dimensões físicas 3,5 × 4,5 metros. A especificação da iluminação para o ambiente, considerando-se lâmpadas incandescentes, pode ser assim determinada: Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 16Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 16 26/11/2019 11:23:5526/11/2019 11:23:55 TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS 17 Área do Cômodo: 3,5 × 4,5 = 15,75 m² Total Fração de Área (m²): 6,0 + 4,0 + 4,0 + 1,75 = 15,75 Potência Atribuída (VA): 100 + 60 + 60 + 0 = 220 Logo, a potência atribuída à dependência, para efeito de cálculo da potência de alimentação, é de 220 VA. Deve-se observar que a NBR 5410 (2004) não estabelece critérios para a ilu- minação de áreas externas. Nos casos, a definição deverá ser feita considerando-se as necessidades do cliente. Como alternativa ao cálculo, a NBR 5410 (2004) oferece a possibilidade de utilizarmos as prescrições da NBR 5413: Iluminância de Interiores. No entanto, é ne- cessário esclarecer que a NBR 5413 foi cancelada e substituída pela publicação da ABNT NBR ISO/CIE 8995-1 “Iluminação de ambientes de trabalho” em abril de 2013, sendo, então, recomendável utilizar as prescrições da nova publicação. 2.2 PREVISÃO DE CARGA DE TOMADAS PARA HABITAÇÕES Além da iluminação, o projeto elétrico deve prever a utilização de cargas elé- tricas diversas na edificação. Essas cargas são representadas por pontos de tomadas, às vezes denominados “pontos de força”. Conforme estabelece a NBR 5410 (2004), o número de pontos de tomada deve ser determinado em função da destinação do local e dos equipamentos elétricos que podem ser ali utilizados, observando, no mínimo, os critérios listados a seguir. 2.2.1 Quantidade mínima de tomadas por ambiente a) em banheiros: deve ser prevista a existência de, no mínimo, um ponto de toma- da junto ao lavatório a 60cm, no mínimo, do boxe; b) em cozinhas, lavanderias e assemelhados: deve ser previsto, no mínimo, um ponto de tomada para cada 3,5m de perímetro (ou fração de perímetro), sendo que, na bancada da cozinha, devem ser previstas ao menos duas tomadas; c) em varandas: deve ser previsto ao menos um ponto de tomada. Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, mas próximo ao seu acesso, quando, por razões construtivas, a opção for mais conveniente; d) em salas e dormitórios: deve ser previsto, pelo menos, um ponto de tomada para cada 5m (ou fração) de perímetro, devendo este ser espaçado tão unifor- memente quanto possível; e) nos demais cômodos da habitação: devem ser previstos, ao menos: Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 17Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 17 26/11/2019 11:23:5526/11/2019 11:23:55 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS 18 • um ponto de tomada para cômodos com até 6,0m²; • um ponto de tomada para cada 5,0m de perímetro do cômodo se este tiver área maior que 6m². 2.2.2 Especificação das potências dos pontos de tomadas Conforme especifica a NBR 5410 (2004), a potência atribuída a um ponto de to- mada depende dos equipamentos que ele poderá vir a alimentar. Costuma-se denominar de Tomadas de Uso Geral (TUGs) aquelas que são destinadas a alimentar equipamentos diversos. Os valores mínimos de potência a serem considerados são: a) em banheiros, cozinhas, copas, áreas de serviços e locais análogos, considerar, no mí- nimo, 600 VA por ponto de tomada em até três pontos, e 100 VA por ponto para os demais (considerando cada ambiente separadamente). Quando algum dos ambientes conter mais de seis pontos, admite-se considerar a potência de 600 VA para os dois primeiros pontos e 100 VA para os demais, sempre considerando cada ambiente sepa- radamente. b) nos demais cômodos e dependências, considerar 100 VA para cada ponto de tomada. As Tomadas de Uso Específico (TUEs) são aquelas destinadas a alimentar algum equipamento específico, tal como ar condicionado ou chuveiro. A quantidade dessas tomadas é definida de acordo com o número de aparelhos de utilização, e a potência atribuída é a potência nominal do equipamento a ser alimentado por cada uma dessas tomadas. A determinação das TUEs não se dá pelo método descrito no item 2.2.1. IMPORTANT E Para a verificação da potência nominal dos equipamentos, recomenda-se a leitura de seus respectivos manuais de uso, amplamente difundidos na internet. No entanto, na ausência da informação, podem ser consideradas as potências indicadas a seguir: Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 18Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 18 26/11/2019 11:23:5526/11/2019 11:23:55 TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS 19 Equipamento Potência (VA) Aquecedor de água de passagem 6000 Aquecedor de ambiente 1000 Ar Condicionado 12000 BTU 1900 Ar Condicionado 18000 BTU 2800 Ar Condicionado 30000 BTU 4000 Ar Condicionado 8500 BTU 1500 Chuveiro 127 V 4400 Chuveiro 220 V 6500 Computador77 300 Equipamento de som 100 Exaustor 150 Ferro de passar 500 a 1000 Fogão elétrico 1500 por boca Forno elétrico 4500 Forno micro-ondas 750 Freezer Horizontal 500 Geladeira 300 Máquina de lavar louças 1500 Máquina de lavar roupas 1000 Máquina de secar roupas 3500 Televisor 300 FONTE: <http://bit.ly/31ES8I7>. Acesso em: 3 jan. 2019. 2.3 EXEMPLO DE CÁLCULO DE PREVISÃO DE CARGA A figura a seguir representa a planta baixa de um apartamento. Os valores mostrados representam as medidas internas dos recintos e estão em metros. Apli- caremos os conceitos de previsão de carga, vistos anteriormente, para determinar os pontos de tomada e iluminação da edificação. QUADRO 2 – POTÊNCIAS MÉDIAS DE ELETRODOMÉSTICOS E CONDICIONADORES DE AR - ND-5.1 – CEMIG Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 19Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 19 26/11/2019 11:23:5526/11/2019 11:23:55 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS 20 FIGURA 5 – PLANTA BAIXA DE UM APARTAMENTO FONTE: O autor 2.3.1 Cargas da sala Iniciaremos com a análise das dimensões físicas do cômodo para proceder com a determinação dos pontos de iluminação e tomadas. a) Dimensões: • Comprimento: 4,00m • Largura: 3,20m • Área: 4,00 × 3,20 = 12,80 m² • Perímetro: (4,00 + 3,20) × 2 = 14,40 m b) Determinação dos pontos de iluminação: Será feita de acordo com as orientações apresentadas no item 2.1. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 20Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 20 26/11/2019 11:23:5626/11/2019 11:23:56 TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS 21 Área (m²): 6,00 4,00 2,80 Potência atribuída (VA): 100 60 0 Logo, para este cômodo a potência mínima de iluminção a ser atribuída é de 160 VA. Com o objetivo de garantir uma melhor uniformidade de fluxo luminoso no ambiente, vamos dividir a iluminação em dois pontos de 100 VA cada. c) Determinação das tomadas: Será feita de acordo com o item 2.2. Como a área do cômodo é maior que 6m², a determinação do número de tomadas de uso será feita pelo perímetro (uma tomada para cada 5 metros de perímetro ou fração): • número de tomadas = perímetro/5 = 14,40/5 = 2,88 ≈ 3 tomadas; • para salas e quartos, a potência atribuída a cada tomada é de 100 VA; • não serão previstas TUEs para este ambiente. 2.3.2 Cargas de Cozinha Seguiremos os mesmos passos desenvolvidos para a análise da sala. b) Dimensões: • Comprimento: 2,50 m • Largura: 3,00 m • Área: 7,5 m² • Perímetro: 11,00 m b) Pontos de iluminação: Área (m²): 6,00 1,50 Potência atribuída (VA): 100 0 A potência mínima de iluminação para o cômodo é de 100 VA. c) Pontos de tomada: Para cozinhas, fica estabelecida a necessidade de uma tomada para 3,5m de perímetro (ou fração de perímetro). Logo: Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 21Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 21 26/11/2019 11:23:5626/11/2019 11:23:56 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS 22 • número de tomadas = perímetro/3,5 = 11,00/3,5= 3,14 = 4 tomadas • as potências dessas tomadas ficam assim determinadas: 0 03 tomadas de 600 VA 0 01 tomada de 100 VA Vamos considerar que as tomadas serão utilizadas por equipamentos diversos, além da geladeira. Ainda, consideraremos a necessidade de uma tomada (TUE) para um forno elétrico de 1500 VA. 2.3.3 Demais cômodos Seguindo os mesmos critérios para os demais cômodos do apartamento, chegaremos ao resultado apresentado a seguir. QUADRO 3 – PREVISÃO DE CARGAS PARA O APARTAMENTO Dependência ILUMINAÇÃO TUGs TUEs Nº de Pontos Pot. Unit (VA) Pot. Total (VA) Nº de Pontos Pot. Unit (VA) Pot. Total (VA) Aparelho Potência (VA) Sala 2 100 200 3 100 100 - - Cozinha 1 100 100 31 600 100 1900 Forno 1500 Banheiro 1 100 100 1 600 600 Chuveiro 6500 Serviço 1 100 100 2 600 1200 - - Sacada 1 100 100 1 100 100 - - Quarto 1 160 160 3 100 300 Ar Cond. 1500 Totais 7 - 720 14 - 2200 - 9500 FONTE: O autor Devemos ter em mente que os critérios apresentados para a determinação de pontos de iluminação e tomadas servem para estipular os valores mínimos em cada cômodo. Dessa forma, cada projetista poderá definir um conjundo de cargas diferentes, considerando sua experiência e visão particular da edificação. 2.4 PREVISÃO DE CARGAS ESPECIAIS PARA UNIDADES RESIDENCIAIS Em edifícios multifamiliares (edifícios de apartamentos, hotéis e asse- melhados), é comum a existência de cargas especiais destinadas a atender aos sistemas do condomínio, tais como: bombas de recalque, bombas de drenagem de águas pluviais, elevadores etc. Essas cargas, por serem de uso comum, são alimentadas pelo quadro de distribuição do condomínio. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 22Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 22 26/11/2019 11:23:5626/11/2019 11:23:56 TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS 23 A localização dessas cargas e a potência de cada uma devem ser levantadas pelo projetista antecipadamente. Normalmente, é indicada a localização de cada uma e faz-se necessário realizar uma pesquisa junto aos fabricantes de cada equipamento, conhecendo as potências envolvidas e os requisitos para alimentação. 3 PREVISÃO DE CARGAS PARA UNIDADES COMERCIAIS A NBR 5410 (2004) não apresenta critérios para especificação de cargas de tomadas para lojas, escritórios ou outras unidades comerciais. Assim, para a ilumi- nação, em cômodos com até 40 metros quadrados de área, utilizam-se os critérios já vistos anteriormente para unidades residenciais. Para ambientes acima de 40 metros quadrados, utiliza-se o Cálculo Luminotécnico que será estudado adiante. Em relação aos pontos de tomada, um critério amplamente utilizado é mos- trado a seguir, conforme apresentado em Mamede Filho (2006) e em outras publica- ções técnicas da área. • Para escritórios comerciais e análogos: 0 com área menor ou igual a 40m²: uma tomada para cada 4 m² de área (ou fração) com potência de 200 VA; 0 com área superior a 40m²: considerar 10 tomadas para os primeiros 40m² e uma tomada para cada 10m² extra (ou fração), com 200 VA cada tomada. • Para lojas comerciais ou locais análogos: 0 uma tomada para cada 30m² de área (ou fração) com potência mínima de 200 VA por tomada. 0 para as vitrines e demonstração de aparelhos, devem ser previstas tomadas específicas (TUEs) em número e com potência especificada de acordo com as informações preliminares recebidas do proprietário da edificação ou responsável pelo projeto arquitetônico. 4 PREVISÃO DE CARGAS PARA UNIDADES INDUSTRIAIS Em ambientes industriais, a especificação das potências, tanto de pontos de iluminação quanto de tomadas, costuma ser feita a partir da especificação em planta de cada ponto. Para orientação, os pontos de iluminação seguem as mesmas diretrizes já analisadas para ambientes residenciais e comerciais, ou ainda de acordo com a ABNT NBR ISO/CIE 8995-1 (2013). Já para os pontos de tomada, é necessário conhecer o tipo de equipamento em cada setor da indústria, assim como sua disposição física. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 23Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 23 26/11/2019 11:23:5626/11/2019 11:23:56 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS 24 Assim, fica claro que não é possível estabelecer critérios gerais para disposição dos pontos de tomada para ambientes industriais, sendo necessária a análise de cada caso específico. 5 SIMBOLOGIA Um importante fator ao se desenvolver um projeto elétrico é a escolha adequa- da dos símbolos a serem utilizados para representação dos componentes da instalação, tais como tomadas, fiação etc. É importante que esses símbolos sejam de fácil compreensão e visualização. Além disso, a representação gráfica através dos símbolos deve ser feita de tal forma que permita a execução mais fiel possível do projeto. A norma brasileira utilizada para a padronização dos símbolos utilizados em projetos elétricos era a ABNT NBR 5444/89: Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais. No entanto, a norma foi cancelada sem substituição em 2014 e, em sua respecti- va página, a ABNT recomenda a utilização de duas normas internacionais, a saber: • IEC 60417-1: Graphical symbols for use on equipment – Part 1: Overview and Application (2002) - Símbolos gráficos para uso em equipamentos – Parte 1: Visão Geral e Aplicação, em tradução livre. • IEC 60617: Graphical symbols for diagrams (2012) - Símbolos gráficos para esquemas, em tradução livre. Como ambas as normas recomendadas pela ABNT não possuem, até o mo- mento, tradução para a língua portuguesa, suas utilizações têm sido restritas no ce- nário atual da Engenharia Elétrica. Além desse fato, essas duas normas apresentam algumas alterações radicais em vários símbolos utilizados com frequência em proje- tos elétricos, de forma que muitos projetistas não se sentem à vontade na utilização. Mesmo na época de vigência da norma ABNT NBR 5444/89, os símbolos grá- ficos utilizados nos projetos diferenciavam-se em função de escolhas particulares dos projetistas. Assim, era razoável aplicar um conjunto de símbolos utilizados com fre- quência em projetos elétricos. Muitos dos símbolos eram indicados em programas de computador específicos de projetos elétricos. Na figura seguinte é possível conferir a simbologia adotada para este livro. Demais símbolos específicos poderão ser indica- dos ao longo dos capítulos, de acordo com a necessidade. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 24Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 24 26/11/2019 11:23:5626/11/2019 11:23:56 TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS 25 FIGURA 6 – SIMBOLOGIA ADOTADA FONTE: O autor 6 LOCAÇÃO DOS PONTOS EM PLANTA A locação dos pontos em planta deve ser realizada com ponderação, a fim de se obter um projeto elétrico que seja adequado à instalação. Recomendamos iniciar pela distribuição dos pontos de energia e, em seguida, os respectivos pontos de coman- do (interruptores). Na sequência, devem ser lançados os pontos de tomada, tomando como base a quantidade de pontos calculada anteriormente na previsão de cargas. Algumas observações gerais para o lançamento dos pontos elétricos em planta: • Conhecer os demais projetos da edificação (arquitetônico, estrutural, hidráulico e outros) como forma de evitar lançar pontos que conflitem com os outros elementos da estrutura. • Os pontos do projeto elétrico devem ser lançados de tal forma que estejam em harmonia com a utilização pretendida. Assim, é importante conhecer a planta de ambientação da edificação, que apresenta a distribuição do mobiliário interno. Na ausência da planta, recomenda-se conversar com o proprietário ou responsável pelo projeto arquitetônico. • Os pontos de tomada de uso geral devem ser distribuídos de forma uniforme nos cômodos, e as tomadas de uso específico devem ser posicionadas próximas aos equipamentos a serem alimentados. Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 25Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 25 26/11/2019 11:23:5626/11/201911:23:56 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS 26 6.1 EXEMPLO DE APLICAÇÃO Com o objetivo de ilustrar o processo de lançamento dos pontos de energia, vamos realizar o processo sobre a mesma planta de um apartamento apresentada anteriormente. O resultado do lançamento dos pontos de energia pode ser verificado na figura a seguir. FIGURA 7 – LOCAÇÃO DOS PONTOS ELÉTRICOS FONTE: O autor O primeiro aspecto a ser destacado é que cada projeto elétrico depende de uma série de escolhas pessoais realizadas pelo projetista. Dessa forma, mesmo considerando os critérios de previsão de carga, cada indivíduo vai desenvolver um projeto elétrico específico. As tomadas de energia tiveram suas potências indicadas, exceto as de 100 VA, que dispensam a indicação por serem o tipo mais comum. Para o lançamento dos pon- Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 26Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 26 26/11/2019 11:23:5726/11/2019 11:23:57 TÓPICO 2 | PREVISÃO DE CARGAS 27 tos de tomada e interruptores foi feita uma análise da distribuição dos móveis. Não foram lançadas tomadas na sacada, considera-se, portanto, que a tomada da sala, pró- xima à porta, contemplará a sacada. Ainda, as letras minúsculas junto aos interruptores e pontos de iluminação indicam os respectivos comandos. Ao final desta etapa, é recomendável refazer o quadro de cargas da insta- lação, pois poderão haver diferenças nas quantidades e potências entre os pontos previstos e os lançados. Assim, a seguir, há as cargas lançadas para o apartamento. QUADRO 4 – LANÇAMENTO DAS CARGAS PARA O APARTAMENTO Dependência ILUMINAÇÃO TUGs TUEs Nº de Pontos Pot. Unit (VA) Pot. Total (VA) Nº de Pontos Pot. Unit (VA) Pot. Total (VA) Aparelho Potência (VA) Sala 2 100 200 5 100 500 - - Cozinha 1 100 100 32 600 100 2000 Forno 1500 Banheiro 1 100 100 1 600 600 Chuveiro 6500 Serviço 1 100 100 2 600 1200 - - Sacada 2 100 200 0 0 - - Quarto 1 160 160 4 100 400 Ar Cond. 1500 Totais 7 - 720 14 - 2200 - 9500 FONTE: O autor Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 27Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 27 26/11/2019 11:23:5726/11/2019 11:23:57 28 RESUMO DO TÓPICO 2 Neste tópico, você aprendeu que: • A Previsão de Cargas é uma importante etapa na elaboração de um projeto elétri- co, pois permite criar um perfil da instalação elétrica a fim de, futuramente, espe- cificar outros elementos da instalação. • A NBR 5410 (2004) especifica vários critérios para a previsão de cargas de unida- des residenciais. Para unidades comerciais ou industriais, a previsão de cargas é realizada com base nas características de utilização do ambiente e dos equipamen- tos ali instalados. • A previsão de cargas em residências leva em consideração a área e o perímetro dos ambientes e seus tipos de ocupação, havendo critérios diferenciados para áreas com maior carga, tais como cozinha e banheiros. • Para cada tomada de uso geral (TUG) é estabelecida uma potência nominal que pode ser de 100 ou 600 VA. Para tomadas de uso específico (TUE), a potência atri- buída é definida pelo equipamento que esta alimentará. • O lançamento de pontos de iluminação, em residências, pode ser feito conforme os preceitos da NBR 5410 (2004) ou então de acordo com os critérios de luminotécnica propostos pela ABNT NBR ISO/CIE 8995-1 (2013). Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 28Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 28 26/11/2019 11:23:5726/11/2019 11:23:57 29 1 Considere a planta baixa de um “Apartamento de Dois Quartos”, mostrada na figura seguinte. Utilizaremos a planta para a realização desta e de auto- atividades dos próximos tópicos. Desenvolva as etapas de projeto para o imóvel considerando que os valores indicados correspondem às dimensões dos ambientes em metros. a) Calcule a previsão de cargas de iluminação e tomadas e, ao final, apresente o quadro das cargas previstas. b) Lance os pontos elétricos na planta de acordo com a previsão de cargas. AUTOATIVIDADE FIGURA 8 – PLANTA BAIXA DO APARTAMENTO DE DOIS QUARTOS FONTE: O autor Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 29Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 29 26/11/2019 11:23:5726/11/2019 11:23:57 30 Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 30Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 30 26/11/2019 11:23:5726/11/2019 11:23:57 31 TÓPICO 3 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO Neste tópico, abordaremos a análise dos critérios a serem considerados na di- visão da instalação elétrica em diferentes circuitos, os diversos componentes elétricos e suas representações gráficas em planta. Os condutores elétricos serão apresentados de maneira mais superficial neste momento, porém, posteriormente, avançaremos em uma análise mais aprofundada desse importante elemento das instalações elétricas. 2 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS TERMINAIS Consideram-se circuitos terminais aqueles que se destinam à alimentação direta das cargas da edificação, tais como lâmpadas, equipamentos elétricos, mo- tores etc. Os circuitos terminais podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos, dependendo das características das cargas que alimentam. Todo circuito terminal parte de um quadro de distribuição de energia (muitas vezes denominado apenas de Quadro de Distribuição ou Quadro Termi- nal) e segue até o ponto de conexão com a carga que vai alimentar. 2.1 LOCALIZAÇÃO DOS QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO Ao se iniciar o processo de análise para a divisão dos circuitos, o primeiro passo é definir a localização do quadro de distribuição. O critério que baliza a de- cisão está no fato de que o quadro de distribuição deve estar o mais perto possível do Centro de Carga da instalação, que é a região onde se encontram as maiores potências elétricas. Há um cálculo específico para se determinar o Centro de Cargas de uma ins- talação, porém, em termos práticos, este não é utilizado. Como regra geral, para re- Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 31Instalações Elétricas em Baixa Tensão.indd 31 26/11/2019 11:23:5726/11/2019 11:23:57 32 UNIDADE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS sidências, as maiores cargas se concentram nos banheiros, cozinha e área de serviço. Logo, é recomendável que o quadro de distribuição seja instalado nas proximidades. Além das cargas, outros aspectos devem ser levados em conta no momento de se indicar a localização de um quadro de distribuição: facilidade de acesso, fun- cionalidade e segurança. Logo, é recomendável que o quadro de distribuição esteja em local visível e sem impedimentos para seu acesso. Ainda, é recomendável que ele esteja em locais com tráfego ou permanência de pessoas. O local de instalação do quadro deve ser livre de intempéries e não deve ser úmido, logo, não deve ser insta- lado em áreas externas sem cobertura ou em banheiros. Os Quadros de Distribuição destinados a contemplar áreas de uso geral de con- domínios, unidades comerciais ou industriais, devem ter sua localização definida pelos mesmos critérios básicos vistos anteriormente e, além disso, devem ser consideradas as especificidades de cada local. Ambientes muito grandes podem requerer a instalação de vários quadros de distribuição, facilitando a instalação elétrica. 2.2 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO Toda instalação elétrica deve ser dividida em circuitos terminais. A divisão facilita a operação e manutenção da instalação, garante a distribuição de cargas entre diversos circuitos e permite a utilização de condutores e dispositivos de proteção de menor capacidade. Cada circuito terminal deverá estar protegido por um dispositivo de seccio- namento automático, sobre corrente e sobrecarga. O dispositivo é, normalmente, um disjuntor termomagnético. Analisaremos os dispositivos de proteção com mais deta- lhes nas unidades seguintes. Lima Filho (1997) cita algumas recomendações a serem seguidas no momento da divisão da instalação em circuitos terminais:
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