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Apostila Criminalística - 24

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Perito | Polícia Civil 
Criminalística 
 
 
 
 
 
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Central de Cursos Prof. Pimentel Perito | Polícia Civil – Criminalística
1
Curso: Perito Criminal | Polícia Civil
Disciplina: Criminalística
Aula: Fundamentos da Criminalística
e Local de Crime
FUNDAMENTOS DA CRIMINALÍSTICA
• Criminalística – evolução conceitual.
• Surgimento da Criminalística : - Origem e Evolução Histórica:
“Linha do Tempo”- datas, feitos e pessoas que contribuíram
para a evolução da Criminalística no mundo e no Brasil.
• A Criminalística e as Ciências Afins; Princípios fundamentais;
• Local de Crime – definição e classificações;
• Corpo de Delito – conceitos; exame de corpo de delito; 
• Vestígios e indícios: conceitos e classificações; tipos de 
vestígios de interesse pericial. 
• Cadeia de Custodia
CRIMINALÍSTICAPERÍCIA – “MODUS FACIENDI” 
• Método científico – Criminalística Moderna.
• Princípios básicos da perícia.
• Requisição da perícia
• Perícias de laboratório.
• Perícia “deduciendi”.
• Perícia “percipiendi”.
• Objetiva ou subjetiva?
LOCAIS DE CRIME
• Local do fato – “lato sensu”- sob o ponto de vista criminalística.
• Local do indiferente penal.
• Local da infração penal.
• Classificação técnica.
• Finalidades do levantamento de locais de crime.
• “Modus Operandi”.
• Local mediato e local imediato.
• Casuística.
CRIMINALÍSTICA
LAUDO PERICIAL
• Conceito.
• Laudo Pericial em Criminalística
• Valor do Laudo Pericial.
• Importância do Laudo Pericial.
• A estrutura do Laudo Pericial.
• Anexos do laudo Pericial
• Quesitos e Cotas.
• Diligências Processuais.
• Documentos Processuais da Criminalística.
• Auto de exame – pareceres – relatórios.
• Aspecto formal. relatório
auto
Laudo
Parecer ou consulta
CRIMINALÍSTICA
NOVAS METODOLOGIAS APLICADAS
• Reagentes e pós para o levantamento de 
impressões dígito – papilares, nos diverso 
tipos de superfície;
• Luzes forenses;
• DNA;
• Identificação de voz;
• Arqueologia forense;
• Entomologia Forense;
CRIMINALÍSTICA
FUNDAMENTOS DA CRIMINALÍSTICA
Central de Cursos Prof. Pimentel Perito | Polícia Civil – Criminalística
2
CRIMINALÍSTICA
Introdução
Fase técnico-científica à partir do século XIX.
Medicina Legal = exames de integridade física do corpo
humano,
- toda a pesquisa,
- busca e demonstração de outros elementos
relacionados com a materialidade do fato penal,
- o exame de instrumentos do crime demais
evidências extrínsecas ao corpo humano.
CRIMINALÍSTICA
Introdução
Criação de uma nova ciência, destinada a análise,
interpretação e pesquisa dos vestígios materiais
encontrados em locais de crime, resultado do
desenvolvimento de ciências como física, química, biologia,
matemática, toxicologia, entre outras.
Surgiu, então da criminalística como uma ciência
independente em sua ação, como as demais que a
constituem.
CRIMINALÍSTICA
Denominações diversas:
As mais variadas denominações,
tais como: antropologia criminal, psicologia
criminal, polícia técnica, policiologia, polícia
criminal, polícia científica e criminalística.
CRIMINALÍSTICA
• Evolução conceitual da criminalística1- Conceito de Hans Gross – (Juiz de Instrução- considerado 
pai da criminalística): “É o estudo da fenomenologia do 
crime e os métodos práticos de investigação”.
2-Conceito de Luis Sandoval Smart (distinguido inspetor
Chileno): “É a disciplina auxiliar do Direito Penal que se
ocupa da descoberta e verificação científica do delito e do
delinqüente”.
3-Conceito de Hilário Veiga de Carvalho (médico): “É a parte
das ciências criminais que, ao lado da Medicina-Legal, tem
por finalidade os estudos técnicos e científicos dos indícios
materiais do delito e da identificação do seu autor,
colaborando, também, com outros campos do Direito que
dele careçam”.
CRIMINALÍSTICA
• Evolução conceitual da criminalística4-Conceito Eraldo Rabello (1996)-Perito Criminal -
“disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do
conhecimento técnico-científico, auxiliar e informativa das
atividades policiais e judiciárias de investigação criminal,
tendo por objeto o estudo dos vestígios materiais
extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à
elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à
identificação dos autores respectivos”.
5- Definição Brasileira dada em 1947, por ocasião do I
Congresso Nacional de Polícia Técnica ; “disciplina que
tem por objetivo o reconhecimento e interpretação dos
indícios materiais extrínsecos relativos ao crime ou a
identidade do criminoso
CRIMINALÍSTICA
• Evolução conceitual da criminalística
6-Conceito de Zarzuela, José Lopes - Perito Criminal - (1995):
“conjunto de conhecimentos científicos, técnicos e artísticos
entre outros, destinados à apreciação, interpretação e
descrição dos elementos de ordem material encontrados no
local do fato, no instrumento de crime, na peça de exame ou
no corpo da pessoa física, viva ou morta, de modo a relacionar
uma ou mais pessoas envolvidas em um evento às
circunstâncias que deram margem a uma ocorrência, de
presumível ou de evidente interesse judiciário”.
7- Conceito moderno:“ Ciência destinada à observação, análise
e interpretação dos elementos sensíveis encontrados nos locais
de crime, nos instrumentos utilizados na prática delituosa, nas
peças de exame, no corpo da pessoa física, viva ou morta, com
a precípua finalidade de estabelecer uma vinculação entre
pessoas, circunstâncias e uma ocorrência de provável ou
evidente interesse judiciário”.
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CRIMINALÍSTICAExiste uma pequena diferença conceitual entre a
Criminalística e as demais ciências tradicionais:
- os fenômenos originários da perícia nunca mais se
reproduzem exatamente, sempre haverá um certo
fator de subjetividade na aplicação da Criminalística.
Por isso, ela faz parte de um conjunto muito especial
de ciências, chamadas forenses. Este fator de
subjetividade aparece sempre que o Perito, na sua
análise, conclui por um determinado fator que não
pode ser completamente testado, com base em sua
experiência anterior e nos seus conhecimentos da
matéria em discussão. Não é exagero dizer que em
cada caso que atende o perito defende uma tese.
CRIMINALÍSTICApodemos dizer que a Criminalística é uma
ciência que se utiliza do conhecimento de
outras ciências para poder realizar o seu
mister, qual seja, o de extrair informações de
qualquer vestígio encontrado no local do
fato, que propiciem a obtenção de
conclusões acerca do fato ocorrido,
reconstituindo os gestos do agente da
infração e, se possível, identificando-o.
CRIMINALÍSTICAa) princípio da independência ideológica do
perito;
b) princípio da autonomia técnica da
Criminalística;
c) princípio da fé pública do laudo;
d) princípio da verdade da prova pericial
Princípios Fundamentais:
CIÊNCIAS AFINS –:
- Física; 
- Química; 
- Biologia;
- Bioquímica;
- Antropologia; 
- Direito; 
- Ciências Criminais;
- Medicina - Legal; 
- Odontologia-Legal; 
- Estatística Criminal; etc... 
Na área jurídica:
- analisando a infração penal sem se preocupar 
com o delinqüente ou com as causas que o 
levaram à criminalidade;
- analisando e interpretando os vestígios 
relacionados com a infração penal e 
estabelecendo indícios;
- provando o nexo-causal para tipificar o crime;
Na área jurídica:
- estabelecendo o diagnóstico técnico ou 
científico (materialidade) da I.P.;
- enquadrando o fato material em norma penal 
incriminatória;
- fornecendo elementos de prova à Polícia 
Judiciária para instrução do IP, e ao Ministério 
Público, para iniciar a ação penal, enquadrar o 
crime ou soliciatar o arquivamento, quando for o 
caso. 
CRIMINALÍSTICA
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INTRODUÇÃO À CRIMINALÍSTICA
UM
POUCO
DE
HISTÓRIA.......
CRIMINALÍSTICA
Evolução histórica da Criminalística – LINHA DO TEMPO.
No Mundo :
• Roma – César aplicara o método de exame do local. (
Platinius Silvanius, servidor de César, jogou a mulher,
Aprônia, da janela de seu quarto ) .
• 1560 – Ambroise Paré (1510-1590) – na França – falava
em ferimentos produzidos por armas de fogo – “Medicina
Legalis Forensis”;
• 1563 – João de Barros – Portugal – cronista que publicou
obs.feitas na China sobre impressões palmares e plantares,
nos contratos de compra e venda de pessoas.
• 1651 - Paolo Zacchias - em Roma- publicou “Questiones
Médico Legales”- considerado pai da Medicina Legal.
CRIMINALÍSTICA
Evolução histórica da Criminalística – LINHA DO TEMPO.
No Mundo :
• 1665 – Marcelo Malpighi, Itália - prof. De Anatomia da
Univ. de Bolonha, estudava os relevos papilares das
polpas digitais e das palmas das mãos.
• 1753 ––Boucher , na França - estudos sobre Balística;
• 1809 –– Eugene François Vidocq, na França, célebre
delinqüente, passa a ajudar a polícia local nos
desvendamento de crimes – funda em 1811 uma
agência chamada Süreté (Segurança).
• 1823 – Johanes Evangelist Purkinje, tese de
doutorado sobre os desenhos digitais;
• 1829 – Sir Robert Peel - Inglaterra – fundou a
Scotland Yard.
• 1840 - Orfila, Mathieu Josefh Bonaventure – cria a
Toxicologia Forense.
• 1864 – Lombroso, Césare – Itália - propõe o Sistema
Antropométrico como processo de identificação;
• 1866 – Allan Pinkerton – Chicago – Fotografia
Criminal, para reconhecimento de delinqüentes;
• 1882 – Alphonso Bertillon – Paris – criava o Serviço
de Identificação Judicial – método antropométrico.
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• 1888 – Sir Francis Galton – é convidado a opinar
sobre o melhor sistema de identificação – antropométrico
de Bertillon e o das impressões digitais, opinando por este
último
• 1892- Vucetich, em Nicochéia, Argentina,
identificou as impressões digitais de Francisca Rojas,
encontradas num local de crime, onde assassinara os dois
filhos;
• 1893 – em Graz, Áustria, o mais ilustre e
distinguido Criminalista de todos os tempos – Hans
Gross, publicou sua obra – Manual do Juiz de
Instrução – todos o sistema de Criminalística –
considerado por muitos como o pai da
criminalística.
CRIMINALÍSTICA
• 1896 – Juan Vucetich – (Yugoslávia) – cria o
sistema dactiloscópico de Vucetich, implantado na
Argentina;
• 1899 – Hans Gross, na Áustria, criou os “Arquivos
de Antropologia e Criminalística”;
• 1900 – Edward Richard Henry, na Inglaterra,,
inspetor da Scotland Yard, publica o livro – “ Classificacion
and uses of Fingerprints”;
• 1900 – Gross, em Leipzig,, publicou a “
Enciclopédia de Criminalística”;
CRIMINALÍSTICA
• 1908 – Constancio Bernaldo de Queiroz –
Espanha – evolução na formação da Polícia Científica;
• 1920 - prof. Benjamim Martinez, no México,
fundou o Laboratório de Criminalística;
• 1933 – nos Estados Unidos, foi criado o F.B.I, em
Washington, por iniciativa do Procurador Geral da
República, Mr. Homer Cummings.
CRIMINALÍSTICA
NO BRASIL:
São Paulo 1913, o governo convidou o professor
Rudolph Archibald Reiss, diretor da Universidade de
Lausanne – Suiça, para ministrar na capital, palestras
sobre Polícia Científica, encontrando idealistas como
Carlos Américo de Sampaio Vianna, (delegado de Polícia)
Moyses Marx, (engenheiro) entre outros.
em 30 de dezembro de 1924, a criação da Delegacia
de Técnica Policial, tendo Carlos Américo de Sampaio
Vianna, como diretor.
em 1926, a Delegacia de Técnica Policial, foi
transformada no Laboratório de Polícia Técnica.
CRIMINALÍSTICA
NO BRASIL:
Em 1939, assume Octávio Eduardo de Brito
Alvarenga, um de seus mais antigos técnicos -
perito químico -, tendo como seu assistente o
perito Astolfo Tavares Paes, os quais passaram
a ministrar, em todo estado, palestras sobre
Polícia Científica, às autoridades policiais e
judiciárias.
CRIMINALÍSTICA
Em 1947, de 15 a 22 de setembro – Primeiro
Congresso Nacional de Polícia Técnica,
participação de dois destacados Peritos do
FBI - ROLF LAMPORT LARSON e SAM
JOHN PAPICH, fato que deu ao Congresso
reconhecimento internacional, valendo do
consagrado mestre EDMOND LOCARD,
referências elogiosas, ao L.P.T.SP., em seu livro
“La Police”.
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CRIMINALÍSTICA
Em 3 de julho de 1951- Brito Alvarenga, viabiliza
a mudança, da sede da rua Conselheiro Nébias para
um prédio de 11 andares, na rua Quirino de
Andrade – Centro - e, de denominação – para
Instituto de Polícia Técnica, estruturando-o nos
moldes progressistas com a criação de seções
especializadas.
Em abril de 1961, ocorre a descentralização, junto
às Delegacias Regionais de Polícia e, nos anos
seguintes, os Postos de Guarulhos, Sto. André, São
Bernardo do Campo e Mogi das Cruzes, Anos
depois, foram criados os Postos nas áreas Norte,
Sul, Centro, Leste e Osasco.
CRIMINALÍSTICA
Em março de 1975, Criação do Departamento Estadual de
Polícia Científica, ao qual o Instituto de Polícia Técnica, fica
subordinado e passa a denominar-se Divisão de Criminalística,
sendo que, em outubro do mesmo passa a denominar-se Instituto
de Criminalística.
Em 1977, o I.C. é transferido para um prédio na rua Vergueiro,
de dois pavimentos, parte dos laboratórios para a ACADEPOL e
parte para uma edícula - fundos do 36º DP, antes ocupada pelo
DOI-CODI.
Ao final da década de 80, tem início a construção do prédio
próprio para abrigar o IC e a direção do IML, próximo aos campus
da USP (não por acaso) e da ACADEPOL.
Antes de seu término em 1993, algumas unidades do IC, foram
transferidas para o local.
“Je suis très touché et 
très reconnaissant de 
l’envoi de votre 
magnifique album. J’ai 
ècrit dans un de mes 
livres que le laboratoire 
de police de Saint Paul 
était un modèle que les 
laboratoires européens 
auraient grand avantage 
à imiter.” 2/fev/1930
Dr. Edmond Locard
Diretor do Laboratório de Polícia Técnica de Lion CRIMINALÍSTICA
AUTONOMIA
Em 9 de fevereiro de 1998, atendendo previsão
legal, através do decreto 42.847, foi criada a
Superintendência da Polícia Técnico-Científica, órgão
diretamente subordinado ao Secretário da Segurança
Pública.
Devendo ser dirigida, alternadamente, por Perito
Criminal e Médico-Legista.
Tendo sido indicado um Perito Criminal, para ser o
primeiro Coordenador dessa nova estrutura,
atualmente denominado Superintendente.
CRIMINALÍSTICA
AUTONOMIA
Desde a década de 80 os peritos criminais e médico-legistas
se mobilizavam em busca da autonomia administrativa.
Em 08 de fevereiro de 1998, atendendo previsão legal,
através do decreto 42.847, foi criada, no governo Covas, a
Superintendência da Polícia Técnico-Científica, órgão
diretamente subordinado ao secretário da Segurança Pública.
Devendo ser dirigida, alternadamente, por Perito Criminal e
Médico-Legista.
Tendo sido indicado um Perito Criminal, para ser o primeiro
dirigente dessa nova estrutura.
INTRODUÇÃO À CRIMINALÍSTICA
Assistência Técnica Biblioteca
INSTITUTO
DE
CRIMINALÍSTICA
INSTITUTO
MÉDICO-LEGAL
Núcleo de
Recursos Humanos
Divisão de
Administração
SUPERINTENDÊNCIA
DA
POLÍCIA TÉCNICO-CIENTÍFICA
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
DGP CPM
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CRIMINALÍSTICA
O que é a Superintendência da Polícia Técnico 
Científica?
Órgão técnico – científico auxiliar da atividade
de polícia Judiciária e do sistema judiciário,
responsável pelas perícias criminalística e
médico-legal.
PREVISÃO LEGAL DA POLÍCIA
CIENTÍFICA
§ 5º do artigo 140 da Constituição do Estado;
ORGANIZAÇÃO:
Lei Complementar 756/94; de 27 de junho de
1994
ESTRUTURAÇÃO:
Decreto 42847/98, de 9 de fevereiro de 1998
CRIMINALÍSTICA
ESTRUTURA ATUAL
estrutura da Perícia Oficial no 
Estado.
o Instituto de Criminalística
modalidades de perícias 
criminais
Instituto de Criminalística
Perito CriminalDr. Octávio Eduardo de Brito Alvarenga
INSTITUTO DE CRIMINALÍSTICA
CRIMINALÍSTICA
Tem por meio das suas unidades subordinadas, as 
seguintes atribuições:
•Desenvolver pesquisas , promover o estudo no
campo da criminalística, visando ao
aperfeiçoamento de técnicas e a criação de novos
métodos de trabalho, bem como a divulgação de
trabalhos técnicos-científicos relativos ao exame
pericial;
•Proceder a perícias em locais de crime
CRIMINALÍSTICA
Acidente de Trânsito
Crimes Contábeis
Crimes c/ Patrimônio
Crimes c/ Pessoa
Documentoscopia
Engenharia
Perícias Especiais
Identifição Criminal
Crimes Informática
17 Equipes
Núcleo Cap e Gde. S Paulo
40 Equipes
11 Núcleos Interior
CENTRO DE
PERÍCIAS
Análise Instrumental
Balística
Biologia e Bioquímica
Física
Química
Toxicologia
CENTRO DE
EXAMES, ANÁLISES
E PESQUISAS
INSTITUTO
DE
CRIMINALÍSTICA
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Clínica Médica
Tanatologia
Radiologia
Odontologia
17 Equipes
Núcleo Cap e Gde. S Paulo
40 Equipes
11 Núcleos Interior
CENTRO DE
PERÍCIAS
Anátomo-Patologia
Toxicologia Forense
Antropologia
CENTRO DE
EXAMES, ANÁLISES
E PESQUISAS
INSTITUTO
MÉDICO-LEGAL CRIMINALÍSTICA
VESTÍGIOS, EVIDÊNCIAS E INDÍCIOS
CRIMINALÍSTICA
CONCEITOS:
Dicionário Aurélio; “vestígio é sinal que homem ou animal deixa
com os pés no lugar onde passa; rastro; pegada; pista, no sentido
figurado, indício, sinal, pista, rastro,rasto”.
vestígios e indícios se constituem então em sinônimos?
Não; sob o enfoque criminalístico e também processualístico, há
que se ter em mente a perfeita delimitação e diferenciação entre
cada um dos vocábulos. Assim, qualquer marca, sinal, fato,
detectado em local onde haja praticado um fato delituoso é, em
princípio, um vestígio.
CRIMINALÍSTICA
Porém, se tal vestígio, após as análises devidas,
interpretado e associado com minuciosos exames
laboratoriais e dados da investigação policial, tiver
estabelecida sua inequívoca relação com o fato
delituoso e com as pessoas com este relacionadas, aí
ele terá se transformado em indício. – PROVA
INDICIÁRIA. (prova por indícios).
“O vestígio encaminha; o indício aponta”. (Porto, 
Gilberto- manual de criminalística).
CRIMINALÍSTICA
Os vestígios sob o ponto de vista
criminalístico representam
elementos que podem ser tecnicamente
transformados em indícios que permitam
comprovar a natureza do fato material de
suas circunstâncias, como infração penal ou
como irrelevante penal .
CRIMINALÍSTICAClassificação dos vestígios:
1. quanto à duração ou permanência no suporte:
• transitórios ou passageiros – vida limitada
• duradouros ou permanentes – que mantém intactos no
suporte onde foram produzidos por tempo indeterminado.
2. quanto ao grau de percepção sensorial:
• macroscópicos ou perceptíveis a olho nú;
• microscópicos ou observáveis com equipamento de
ampliação;
• latentes – aqueles que se tornam visíveis depois de
revelados, física ou quimicamente.
3. quanto à natureza:
• manchas;
• impressões;
4. quanto a modalidade da ocorrência;
• gerais
• específicos
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CRIMINALÍSTICAPRESERVAÇÃO DOS VESTÍGIOS : sob o ponto de
vista tanto científico como legal, notadamente
processualístico.
Alterações que podem ocorrer: destacam-se as;
-causas naturais; (intempéries);
-causas acidentais; (imperícia e negligência);
-causas propositais;(destruição voluntária).
-A COLETA, ACONDICIONAMENTO E
ARMAZENAGEM DOS VESTÍGIOS: sua importância
para evitar a contaminação, degradação, e manter-se a
integridade individual da amostra.( cadeia de custódia da
prova).
IDENTIFICAÇÃO E ETIQUETAGEM.
CRIMINALÍSTICA
INDÍCIO : procede da expressão index –aquilo que serve
para apontar, indicar, indigitar.
Artigo 239 do C.P.P. “ considera indício a circunstância
conhecida e provada que, tendo relação com o fato, autorize,
por indução, concluir-se a existência de outra ou outras
circunstâncias”.
É o fato conhecido que serve para revelar outro fato
desconhecido, dada a sua relação com este. Tanto mais
veemente será o indício quanto maior for a relação existente
entre ele e o fato cuja existência revela.
CRIMINALÍSTICAVárias são as suas classificações:
-quanto à cronologia: 
antecedentes ao fato (ameaças de morte feitas pelo acusado); 
concomitantes ao fato (encontro da arma do crime no local)
subseqüentes ao fato ( desaparecimento do acusado após o 
crime).
-quanto à sua extensão: 
comuns ou gerais, aplicáveis a toda espécie de delito ( como 
fuga do acusado)
próprios ou especiais; relativos a certa espécie de delito 
(encontro da coisa furtada na casa do acusado).
- quanto a força probatória; embora o indício não prove
necessariamente a autoria material de fato delituoso.
é a sua principal classificação tendo em vista a sua força
probatória.
CRIMINALÍSTICA
INDÍCIOS:
Podem ainda ser divididos da seguinte forma:
• Indícios próximos: diretamente relacionados com o 
fato;
• Indícios manifestos: resultam da própria natureza do 
crime;
• Indícios distantes; são os que possuem uma relação 
com o crime meramente aceitável.
CRIMINALÍSTICA
CATEGORIAS DOS INDÍCIOS:
1. propositais ( autênticos e falsos) produzidos pelo 
homem;
2. acidentais (também designados como causais ou 
naturais), independem da vontade do homem.
Seus valores: -
• objetivo ou lógico :os que se impõem por si mesmos ; 
• subjetivo ou psicológico :dependem de apreciação 
subjetiva- serão sempre de probabilidade.( atitude, 
comportamento de pessoas, circunstâncias).
CRIMINALÍSTICA
Valor probatório dos indícios:
Outro aspecto significativo, para o valor probatório da prova
por indício é, sem dúvida, do caráter de autenticidade que
deve envolver os indícios, ou seja, a legalização dos
mesmos, especialmente no que se refere ao surgimento, à
origem, de cada um deles e trazidos ao bojo dos autos
(cadeia de custódia). Implica isto na afirmativa de que deve
sempre e invariavelmente haver plena certeza jurídica e
processualística ao se julgar e considerar cada elemento de
prova, principalmente tendo em vista que se encontra em
jogo a segurança da sociedade, a honra, a liberdade e o
patrimônio das pessoas.
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Corpo de delito
CRIMINALÍSTICA
CONCEITOS:
Corpo de delito: “é o conjunto de elementos 
materiais e sensíveis que constituem o delito”-(Leal, 
Câmara).
Corpo de delito: conjunto de elementos sensíveis
do fato delituoso Elementos sensíveis: aquilo que
pode afetar os sentidos – podem ser sentidos pelos
olhos, ouvidos, paladar, olfato.
CRIMINALÍSTICA
CORPO DE DELITO:
O conceito científico atual está enquadrado na doutrina do 
crime com o significado de comprovação do fato típico em 
sua integridade. 
É a marca do crime.
É aquele sinal que afirma a sua existência.
Podem ser:
- de caráter permanente : “delicta factis permanentis”ou
- de caráter passageiro : “ delicta factis transeuntis”.
CRIMINALÍSTICA
Exame de corpo de delito = Perícia
Divisão : exame de corpo de delito direto 
exame de corpo de delito indireto 
• direto é o que se faz sobre o próprio corpo de delito.
• indireto é o raciocínio e as experiências dos peritos, baseados 
nos informes de testemunhas. É a declaração das testemunhas 
aliada a elaboração pericial. É feito com vistas a evitar a perda do 
corpo de delito.
O aspecto legal que envolve a questão está previsto no art.158 do 
CPP e no 328 do CPPM vigentes: quando a infração ou presuntiva 
infração penal deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo 
de delito, direto (regra) ou indireto (exceção), não podendo suprí-lo 
a confissão do acusado.
CRIMINALÍSTICA
NULIDADES PROCESSUAIS
O artigo 564 do CPP, III, b, preceitua que;
“ A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III- por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
b)- o exame de corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, 
ressalvando o disposto no art. 167”.
O artigo 167 diz: “ Não sendo possível o exame de corpode 
delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova 
testemunhal poderá suprir-lhe a falta”.
O exame direto é o que se faz sobre o próprio corpo de delito.
O exame indireto é o raciocínio e as experiências dos peritos, 
baseados nos informes de testemunhas. É a declaração das 
testemunhas aliada a elaboração pericial. É feito com vistas a 
evitar a perda do corpo de delito.
LOCAL DE CRIME
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CRIMINALÍSTICA
INFLUÊNCIA OU SÍNDROME CSI
CRIMINALÍSTICA
O exame do local do crime: é um elemento de maior
valia, permitindo-se entender o desenvolvimento da
ocorrência, com todas as circunstâncias que cercaram
a infração, podendo influir, fundamentalmente, sobre o
reconhecimento da autoria e da responsabilidade
criminal.
Preceitua o art. 169 CPP: “Para efeito do exame do
local onde houver sido praticada a infração, a autoridade
providenciará imediatamente para não se altere o estado
das coisas até a chegada dos Peritos, que poderão
instruir .....”
CRIMINALÍSTICA
LOCAL DO FATO:
Conceito técnico “lato sensu” de local sob o ponto
de vista criminalístico:
é todo espaço físico ou área geográfica, interna ou
externa, onde ocorreu um evento, com produção de
vestígios, que, pela sua natureza ou circunstâncias que o
revestem, reclama a presença da polícia e perícia, para
seu esclarecimento.
Local da Infração Penal é toda área onde tenha
ocorrido a prática de crime ou de contravenção penal.
CRIMINALÍSTICA
Local do indiferente penal sob o ponto de 
vista criminalístico:
É todo o espaço físico onde se desenvolveu um
evento, com produção de vestígios, destituído de
interesse judiciário-penal, cujas circunstâncias
fazem presumir ocorrência de infração penal,
motivo pelo qual o evento reclama as presenças e
providências da polícia e perícia para seu
esclarecimento. Exs.: mortes naturais, suicídios
tentados e consumados, autolesões.
CRIMINALÍSTICA
Podem ser:
• imediato : representa o espaço físico onde o 
evento efetivamente se consumara;
• mediato : representa o espaço físico adjacente 
ao local imediato.
CRIMINALÍSTICA
Classificação técnica de local de crime: 
(locais imediatos e mediatos)
-quanto ao espaço físico onde ocorreu o evento;-internos 
ou fechados ou externos e abertos e vinculados ou 
relacionados.
-quanto à natureza do fato, sob o ponto de vista jurídico 
e técnico;
-quanto à preservação, ou não, dos vestígios existentes 
no local;- idôneos ou preservados, - inidôneos ou não 
preservados e locais prejudicados ( aqueles em que os peritos 
criminais não têm condições de realizar o ECDD e o ECDI, por 
terem os vestígios sido quantitativa, plena e irreversivelmente 
destruídos. Aplica-se então, a regra contida no art. 167 do CPP.
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CRIMINALÍSTICA
FINALIDADES DOS LEVANTAMENTOS PERÍCIAIS NOS LOCAIS DE 
CRIME:
1-constatar se efetivamente houve, ou não, uma infração penal;
2-em caso afirmativo, precisar as características desta infração,
isto é, qualificá-la;
3-colher os elementos, porventura existentes, que possibilitem a
identificação do criminoso, ou criminosos, e a demonstração
insofismável de sua culpabilidade;
4-Perpetuar os indícios materiais colhidos, suscetíveis de serem
utilizados como prova; (levantamentos técnicos periciais:descritivos-
fotográficos-topográficos-papiloscópico-revelações-decalques-modelagens
5-Legalizar esta prova, autenticá-la, de modo a assegurar o seu
valor em juízo, como peça de convicção.
INTRODUÇÃO À CRIMINALÍSTICA
Importância
Pode-se adiantar que em dois aspectos reside a 
importância
do exame de corpo de delito:
1- Provar que houve infração penal;
2- Apontar o autor da infração através das provas 
preconizadas pela técnica e pelo direito.
CRIMINALÍSTICA
Modus faciendi da perícia
e
Doutrina
PERÍCIA
Modus faciendi da perícia
• Teoria do caso
• Observação preliminar
• Anotações e fotografação
• Constatação dos vestígios patentes
• Processamento dos vestígios latentes
• Coleta das provas
• Liberação do local
• Exames subsidiários
• Laudo - Conclusão
CRIMINALÍSTICA
PerguntaramPerguntaram --me:me:
E se a vítima fosse sua filha?E se a vítima fosse sua filha?
RespondiRespondi
E se o acusado fosse seu filho e ele, E se o acusado fosse seu filho e ele, 
olhando fundo nos seus olhos, olhando fundo nos seus olhos, 
dissesse dissesse ---- “Pai, sou inocente!” ?“Pai, sou inocente!” ?
Carlos Carlos MarchiMarchi, Recife, 1991, Recife, 1991
CRIMINALÍSTICA
C R I M EC R I M E
•• Como ocorreu?Como ocorreu?
•• Por que ocorreu?Por que ocorreu?
•• Quando ocorreu?Quando ocorreu?
•• Há agravantes?Há agravantes?
•• Há alguma excludente deHá alguma excludente de
antijuridicidade?antijuridicidade?
•• Ocorreram qualificadoras?Ocorreram qualificadoras?
•• Quais os fatores causais?Quais os fatores causais?
•• Quem é o autor?Quem é o autor?
•• Quem é a vítima?Quem é a vítima?
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13
P E R Í C I A
meio instrumental, técnico-opinativo e alicerçador da
Sentença
Circunstância < Indício < Evidência
PERÍCIA = constatação + avaliação + juízo de valor
A opinio da perícia situa-se em posição 
intermediária
entre os fatos e a sentença
CRIMINALÍSTICAPRINCÍPIOS BÁSICOS DA PERÍCIA
-Observação: - “Todo contato deixa uma marca”. (E.Locard)
-Análise:- sempre deve ser seguido o método científico.
-Interpretação:- dois objetos podem ser indistinguíveis, mas
nunca idênticos.
-Descrição dos elementos sensíveis: o resultado de uma
exame pericial é constante com relação ao tempo e deve ser
exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita.
-Documentação: - toda evidência deve ser documentada,
desde seu nascimento no local do crime até a sua análise e
descrição final, de forma a se estabelecer um histórico
completo e fiel de sua origem.
CRIMINALÍSTICA
CAMARGO ARANHACAMARGO ARANHA
“Todas as provas são objetivas, ao passo que “Todas as provas são objetivas, ao passo que 
a perícia é eminentemente subjetiva”.a perícia é eminentemente subjetiva”.
•• perícia percipiendi - mostra
• perícia deducendi - demonstra
CRIMINALÍSTICA
Necessidade de ProvasNecessidade de Provas
PROVAS ORAIS
DOCUMENTOS P E R Í C I A
CRIMINALÍSTICAProvas OraisProvas Orais
 memória, transmissão e interpretação dificultam 
relatos
 forte inclinação a imperar o ponto de vista pessoal e 
a empatia
 influência emocional
 forte tendência a preencher lacunas de memória com 
raciocínios que pareçam lógicos, mas que poucas 
vezes correspondem à realidade
CRIMINALÍSTICA
CARNELUTTICARNELUTTI
“O juiz chama a testemunha porque já conhece o fato,“O juiz chama a testemunha porque já conhece o fato,
chama o perito para que o conheça; o conhecimento chama o perito para que o conheça; o conhecimento 
da testemunha preexiste, o do perito, se forma depois.da testemunha preexiste, o do perito, se forma depois.
A testemunha recorda, o perito relata; a primeira é umA testemunha recorda, o perito relata; a primeira é um
meio de reconstrução, o segundo, de comunicação dameio de reconstrução, o segundo, de comunicação da
verdade”.verdade”.
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14
CRIMINALÍSTICA
Cada um diz uma coisa!!!
Como vou entender o que
realmente aconteceu?
O Método Criminalístico;
O método de investigação criminalístico ou método científico, tem 
por base uma investigação completa sobre os vestígios de uma 
ocorrência.
Tem início no levantamento do local.
Trata-se de um conjunto de procedimentos padrão que conduzem da 
observação de um fenômeno à teoria que o explica:
Observação coleta de dados conjectura hipótese 
testes de resultados
TEORIA.
A perícia assemelha-se, em tudo, a uma pesquisa científica, exceto 
pelo fato de que, como é feita para a justiça, deve seguir prazos 
que, via de regra, são escassos, tornando-se quase imediata.
CRIMINALÍSTICA
ASPECTOS JURÍDICOS
• peritos oficiais,peritos “ad-hoc” e 
peritos judiciais. 
• a prova técnica à luz do Código de 
Processo Penal
INTRODUÇÃO À CRIMINALÍSTICA
SUJEITO ATIVO DA PERÍCIA : PERITOS:
• Etimologia da palavra – do latim “Peritus”: douto, experiente,
hábil, prático em uma ciência, técnica, ou arte, pessoa que conhece
pela experiência.
• Conceito “Lato Sensu”:
São técnicos em determinados assuntos, designados pelas
autoridades competentes, policiais ou judiciárias, com a incumbência
de examinar e relatar os fatos de natureza específica, comprovável e
permanente, de interesse num processo.
O perito não é um advogado da defesa nem órgão do Ministério
Público: não acusa, nem defende. Limita-se à verdade dos fatos,
devendo consignar com imparcialidade exemplar, todas as
circunstâncias, sejam ou não favoráveis ao acusado.
Está sujeito à mesma disciplina Judiciária.
CRIMINALÍSTICA
Modalidade de Peritos
•PERITOS OFICIAIS 
•PERITOS “AD HOC”
•PERITOS JUDICIAIS ou do JUÍZO
INTRODUÇÃO À CRIMINALÍSTICA
Modalidade de Peritos
•PERITOS OFICIAIS
São pessoas investidas em cargos públicos pertencentes a 
carreira do funcionalismo público, estadual e federal, mediante 
concurso de ingresso de provas ou de títulos.
•ESPÉCIES DE PERITOS OFICIAIS
Peritos em Medicina Legal ou Médicos Legistas > IMLs;
(diploma registrado de conclusão em Medicina)
Peritos em Criminalística ou Peritos Criminais > ICs.
(Diploma registrado de curso superior)
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Modalidade de Peritos
• PERITOS “AD HOC”
São órgãos auxiliares da administração da Justiça que assessoram o 
juízo criminal, que atuam quando da inexistência de peritos oficiais.
Art 159 do CPP § único - “Não havendo peritos oficiais, o exame
será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de
curso superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem
habilitação técnica relacionada à natureza do exame”.
“ O perito, no processo penal, é órgão técnico do juízo na
formação e colheita do material instrutório”. JFMarques.
• PERITOS JUDICIAIS ou PERITOS DO JUIZO:
São órgãos da administração da Justiça que assessoram o juízo cível
ou trabalhista, sempre que aprova do fato dependa de conhecimento
científico, artístico, etc.., isto é, de um conhecimento especializado.
INTRODUÇÃO À CRIMINALÍSTICA
Atribuições legais dos Peritos “ad hoc”e judiciais.
•No foro penal: art 159 e 277, caput do CPP .
• Art. 159 do CPP.-“Não havendo peritos oficiais, o exame será
realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação
técnica relacionada à natureza do exame”.
• Art. 277. ”O perito nomeado pela autoridade será obrigado a
aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis,
salvo escusa atendível”.
•No foro cível: art.145 §§ 1°, 2° e 3° do CPC. com as alterações
introduzidas pela lei 7270/84; art. 331, 1; art. 421, caput do CPC;
•No foro trabalhista: art 3° da lei 5584/70, art 195 caput do dec.
Lei 5452/43, com redação alterada pela lei 6514/77; NR 15 e 16 da
Portaria 3214/78
CRIMINALÍSTICA
Assistentes técnicos: 
São Peritos indicados pelas partes, no foro cível e trabalhista, 
sendo seus nomes homologados pelo Juiz para acompanharem o 
exame, vistoria ou avaliação levada a efeito pelo Perito do Juizo.
Atribuições Legais:
No foro cível: art. 331, I ; art 421 § 1°, I; 421 § 2°; art.422; 
art. 428; art. 429; art.433
§ único; art.435 § único.
No foro Trabalhista: art. 3° da lei 5584/70.
NÃO HÁ ASSISTENTE TÉCNICO NO FORO CRIMINAL
CRIMINALÍSTICA
INVESTIDURA DOS PERITOS NO INQUÉRITO 
POLICIAL E NO PROCESSO.
Peritos oficiais : a partir do exercício do cargo;
Peritos “Ad Hoc” :a partir do despacho de nomeação da 
autoridade policial ou judiciária, independentemente do 
termo de compromisso.
Perito do Juízo : a partir do despacho de nomeação do 
juízo criminal, cível e trabalhista, independentemente do 
termo de compromisso, art 422/ CPC, com redação 
determinada pela lei 8455/92.
Art. 280 >> 254, do CPP: 
O juiz (leia-se perito) dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, 
poderá ser recusado por qualquer das partes:
- se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver 
respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter 
criminoso haja controvérsia; 
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, 
até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder 
a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; 
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; 
V – se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das 
partes;
VI - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade 
interessada no processo
Impedimentos legais CRIMINALÍSTICA
Divergências entre Peritos
Art. 180, CPP:
"Se houver divergência entre os peritos, serão 
consignados no auto do exame (laudo) as declarações 
e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá 
separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará 
um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade 
poderá mandar proceder a novo exame por outros 
peritos"
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Limites de atuação dos Peritos: tratando-se de informe
técnico, usualmente fora de formação específica do jurista, a
perícia poderia adquirir caráter absoluto. “Os juízes julgam
conforme são informados”.
A credibilidade da perícia, isto é, o princípio de que a
opinião do
Perito não se vincula nem se subordina à do Juiz, ao qual
embora obrigado a argumentar a divergência, assistirá o
direito de discordar da opinião do Perito, recusá-la em parte
ou no todo e determinar nova perícia.
Este princípio doutrinário é forma de fiscalização da perícia,
levando na prática, perito e juiz à opção da confiança
recíproca, à escolha da segurança mútua, ligados pelos
vínculos da competência, honestidade e dedicação
CRIMINALÍSTICAGARRAUDGARRAUD
“Se o perito não pode entregar“Se o perito não pode entregar--se a verdadeiras se a verdadeiras 
enquêtesenquêtes, no sentido legal da palavra, pode, entretanto, no sentido legal da palavra, pode, entretanto
sem sair do seu papel e do seu mandato, recolher, de sem sair do seu papel e do seu mandato, recolher, de 
qualquer pessoa, todas as indicações próprias a qualquer pessoa, todas as indicações próprias a 
esclarecêesclarecê--lolo, sobre os pontos que lhe são submetidos”, sobre os pontos que lhe são submetidos”
LAUDO PERICIAL
CRIMINALÍSTICA
Enfim, após o exame a análise de todos os elementos
encontrados num local de crime, o Perito expressará o seu
Juízo de valor numa peça chamada LAUDO PERICIAL. É a
materialização de tudo o que foi visto e descoberto.
LAUDO PERICIAL
(JL. Zarzuela): “é a exposição minuciosa circunstanciada,
fundamentada, e ordenada das apreciações e interpretações
realizadas pelo perito, com a pormenorizada enumeração e
caracterização dos elementos materiais encontrados no local
do fato, no instrumento do crime, na peça de exame e na
pessoa física, viva ou morta”.
CRIMINALÍSTICA
No foro penal os laudos criminalísticos e médico-
legais, constituem modalidades de instrumentos
processuais de considerável expressão, pois, no bojo
destes documentos oficiais Magistrados, Promotores
Públicos e Autoridades Policiais têm condições de
analisarem o fato dentro de ângulos cietíficos,
técnicos ou artísticos. Assim, um significativo rol de
trabalhos periciais permite a todos que manipulam o
laudo pericial conhecer o evento e concluir sobre suas
eventuais repercussões no universo jurídico.
• O Laudo Pericial na Criminalística e na 
Medicina Legal
•O Valor do Laudo Pericial
Apesar da Exposição de Motivos do CPP vigente esclarecer que
todas as provas são relativas verifica-se claramente que o
legislador processual penal lhes deu diferentes pesos ao
estabelecer uma hierarquia no teor do art. 158. O
processualista HÉLIO TORNAGHI, seguindo a linha de
pensamento de processualistas italianoscomo ÍTALO VIROTTA
e ALFREDO DI MARSICO, sugere que a perícia seja identificada
em plano diverso das demais no contexto do CPP, situando-se
entre a PROVA e a SENTENÇA. É obvio que não se poderia
pretender dar um valor absoluto à perícia e à sua cristalização
na forma do Laudo Pericial, conforme textuam os arts. 157 e
182 do CPP, do contrário o Juíz teria que aceitá-lo e dele se
valer com exclusividade para a prolatação da sentença, todavia
nas devidas proporções, confrontando a Perícia com as outras
modalidades de provas, pode-se assertir que possui um amplo
contingente de convencimento.
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A importância do Laudo Pericial
Pedra angular do processo, quer na processualística penal quer na civil.
Sua falta gera nulidade processual nos crimes que deixam vestígios.
Na legislação brasileira – sistema liberatório: Juíz aceita ou não, 
parcial ou totalmente o laudo pericial. Este princípio é encarado dentro 
dos seguintes aspectos
• quanto à conveniência: obrigatoriedade e não obrigatoriedade. 
• quanto ao procedimento: liberdade do Juiz é bem mais ampla, porém 
delimitada, pois a lei lhe determina, “a presença de curador para 
acompanhar os trabalhos periciais se os Peritos concluírem que o 
agente era inimputável ao tempo da ação ou omissão...”.(art.26 caput 
do CP e 151 do CPP). Também, os arts 152 e 149 § 2 do CPP
• quanto a avaliação: neste caso o Juiz é sempre livre, apesar dos arts. 
182 do CPP e 436 do CPC., ressalvado os que envolvem matéria 
especializada de natureza técnica, científica ou artística.
ESTRUTURA DO LAUDO PERICIAL
• Silêncio dos Códigos de Processo.
• Nada é referido sobre a técnica a ser empregada nas 
perícias.
• Igualmente silenciando sobre o modo como deve 
ser 
apresentado o Laudo Pericial.
• Sugestão de estrutura do Laudo Pericial:
Preâmbulo;
Histórico;
Descrição dos Fatos;
Respostas ao quesitos;
Discussão;
Conclusão.
CRIMINALÍSTICA
ANEXOS DO LAUDO PERICIAL
Previstos no C.P.P.
1. Fotografia Judiciária;
2. Topografia Judiciária;
3. Dermatoglifia Judiciária;
Não previstas no C.P.P.
1. Modelagem Judiciária;
2. Poroscopia Judiciária;
3. Hematologia Judiciária;
4. Semenologia Judiciária;
5. Balística Judiciária;
6. Residuografia Judiciária;
7. Ensaios Instrumentais de Interesse Judiciário;
8. Análise de DNA.
QUESITOS - Conceitos:
a) Linguístico: opinião, juízo ou esclarecimento;
b) Processual : pergunta que se formula aos Peritos e pela qual se delimita 
o campo da perícia, 
• no CPC, juízes e as partes poderão (não deverão)
• no CPP, não é raro que seja requisitada a perícia desacompanhada de 
quesitos; 
MODALIDADES DE QUESITOS
a) Originários- formulados dentro do prazo legal (art 421 § 1 do CPC- 5 
dias; e 176, caput do CPP- até o ato da diligência);
b) Suplementares- facultativos apresentados pelas partes e autorizados pela 
lei;
c) Pertinentes – homologados pelo Juiz;
d) Impertinentes – alheios à questão;
e) Oficiais ou Legais – são aqueles que a lei penal indaga aos Peritos; (no 
processo civil não há quesitos oficiais).
f) Oficiosos e não oficiais – pelas partes ou pelo Juízo – natureza de cada 
caso- caberá ao Juízo formulá-los ou não; ( art 426, 1 do CPC e 331,1 do 
CPC)
• No Processo penal há condições legais do Juiz requisitá-los e 
de homologá-los quando patrocinados pelas partes.
CRIMINALÍSTICA
COTA- Promotores de Justiça.
Consiste em anotação, observação, fala, comentário ou 
petição que o advogado, Promotor de Justiça, órgão da 
fazenda pública, faz no corpo dos autos.
No P.Penal não é raro que o Promotor de Justiça proceda
anotações, de próprio punho, requerendo ao juiz que
preside a causa, providências a fim de que os Peritos
lhes esclareçam fatos necessários à tipificação da
ocorrência.
CRIMINALÍSTICA
Diligências Processuais
Dá-se o conceito processual “lato sensu” desta 
modalidade de atividade realizável por diferentes 
personalidades como o Juiz de Direito, Oficial de 
Justiça, Autoridades Policiais e seus assessores e 
pelos Peritos Criminais, no decurso de trabalhos 
que sejam necessários para a elaboração do laudo 
pericial.
(art. 172 § único).
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18
FINALIDADES DO LAUDO PERICIAL
Apresenta múltiplas destinações:
• Fornecer subsídios técnicos e científicos a fim de 
distinguir a infração penal do irrelevante penal;
• Permitir ao membro do MP, tipificar o delito ou a 
contravenção penal ou peticionar arquivamento 
dos Autos do Processo e o Juiz prolatar a 
sentença ou determinar o arquivamento dos A.P. 
ao se convencer da inexistência da Infração 
Penal
• Apontar a identidade do responsável pela prática 
do ato delituoso, identificar a vítima, etc..
• Perpetuação e legalização dos vestígios. 
DOCUMENTOS PROCESSUAIS
1. Relatório : envolvem o Auto e o Laudo;
2. Auto: doc. processual oficial que se caracteriza pela urgência da
apresentação de quem o requisita. ( A. Judic. Min. Justiça,
Governador) Baseia-se em fato atual, não passado,
representando modalidade de relatório elaborado pelos Peritos,
que, à medida que realizam o exame pericial, ditam ao
escrevente suas observações, interpretações e conclusões; sem
formalismos maiores.
3. Laudo: doc. processual oficial que se caracteriza por ser uma
peça retrospectiva, isto é refere-se a fatos passados;
observância de prazos; pode ou não conter quesitos; formalismo
na apresentação.
4. Parecer ou consulta: doc. processual oficioso , elaborado por
especialistas na matéria, representado por emissão de juízos de
valores sobre o laudo oficial; não tem prazo legal para
elaboração; normalmente apresenta quesitos; sem formalismos.
CENTRAL DE CURSOS   
PROF. PIMENTEL 
 
 
 
 
 
Perito | Polícia Civil 
Resumo Criminalística 
 
 
 
 
 
CENTRAL DE CURSOS PROF. PIMENTEL 
                  R: JOÃO NUTTI, 2195                                                                PARQUE DOS BANDEIRANTE 
                  RIBEIRÃO PRETO – SP                                                               FONE: (16) 3235‐2900 
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Central de Cursos Prof. Pimentel    Criminalística | Polícia Civil 
1 
CRIMINALÍSTICA 
 
Conceito                      
O que é a criminalística? 
  O  termo Criminalística  foi  lançado por Hans Gross 
para  designar  o  “Sistema  de  métodos  científicos 
utilizados pela polícia e pelas investigações policiais” 
 
Hans Gross: Pai da Criminalística.  
   Segundo  Cavalcante,  “para  Hans  Gross,  a 
Criminalística  era  o  estudo  global  do  crime,  isto  é, 
era  uma  ciência  ampla,  que  devia  estudar    toda  a 
fenomenologia do crime”. 
1°  Congresso  Nacional  de  Polícia  Técnica,  ocorrido 
em São Paulo no ano de 1947, a Criminalística seria a 
“disciplina  que  tem  como  objetivo  o 
reconhecimento  e  a  interpretação  dos  indícios 
materiais  extrínsecos,  relativos  ao  crime  ou  à 
identidade do criminoso”. 
 
De forma geral, esta utiliza métodos desenvolvidos e 
inerentes às diversas áreas para auxiliar e  informar 
as  atividades  policiais  e  judiciárias  de  investigação 
criminal (RABELLO, 1996).  
 
Objetivo 
 ...o  reconhecimento  e  a  interpretação  dos  indícios 
materiais  extrínsecos,  relativos  ao  crime  ou  à 
identidade  do  criminoso,  através  da  utilização  de 
diversas ciências com a finalidade de esclarecer um 
fato  e  apontar  seu  autor  baseando  em  provas 
científicas irrefutáveis.  
O quê?   A existência de um fato 
Quem?   A identidade do criminoso 
Como?   Modus operandi 
 
Corpo de Delito 
 Vestígios deixados por uma infração penal. 
 Conjunto  de  elementos  que  constataram  a 
existência de um crime. (Pimenta Bueno) 
 Conjunto  de  elementos  sensíveis  ao  fato 
criminoso. (João Mendes) 
   A finalidade do exame do corpo de delito é apontar 
o autor da  infração através das provas preconizadas 
pela técnica e pelo direito e, comprovar a existência 
dos  elementos  do  fato  típico  nos  delitospermanentes.   
Exame direto: Realização no próprio corpo de delito. 
Exame  indireto:  Não  tem  os  vestígios.  O  perito  se 
vale  de  elementos  acessórios  para  elaborar  um 
laudo.  Depoimentos  de  testemunhas  que  tenha 
presenciado o crime. (art. 167 do CPP). 
Admissibilidade:  
a) Terem os vestígios desaparecidos 
b)  Existir  pelo  menos  uma  testemunha  direta  ao 
crime 
 
Locais de Crimes 
Definição:  
  Carlos  Kehdy  –  Local  de  crime  é  toda  área  onde 
tenha  ocorrido  qualquer  fato  que  reclame  as 
providências da polícia, ou seja, é o ponto de partida 
da investigação criminal. 
  Eraldo  Rabello  –  Local  de  crime  é  a  porção  do 
espaço compreendido num raio que, tendo origem o 
ponto  no  qual  é  constatado  o  fato,  se  estenda  de 
modo a abranger todos os lugares em que, aparente, 
necessária  ou  presumivelmente,  hajam  sido 
praticados  pelo  criminoso,  ou  criminosos,  os  atos 
materiais, preliminares ou posteriores à consumação 
do delito e, com este diretamente relacionado.  
 
 Local de crime não é apenas o  local onde se deu o 
fato,  mas  todo  e  qualquer  local  onde  existam 
vestígios relacionados com o fato delituoso. 
Classificação: 
Quanto à área: 
Local  Interno  ou  Fechado  –  aquele  situado  no 
interior  de  edifícios,  residências,  lojas,  pátios  de 
estacionamento, garagens; 
É  aquele  coberto,  podendo  ter  ou  não  sua  área 
confinada por paredes. 
Local  Externo  ou  Aberto  –  aquele  localizado  em 
campo aberto, cerrado, fazenda, vias públicas, praça, 
etc. 
Está  sujeito  à  influência  do  tempo,  podendo 
acarretar  alterações  ou  destruições  das  evidências 
físicas. 
 
Quanto à região de ocorrência 
Imediato  –  é  a  área  de  maior  concentração  de 
vestígios da ocorrência do fato. 
Mediato – compreende as adjacências do local onde 
ocorreu o fato. 
Relacionado – é aquele que se refere a uma mesma 
ocorrência. Ex:  Falsificação, num  local  se prepara o 
material falsificado e em outro ele é negociado. 
 
Quanto à preservação 
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2 
Idôneo,  Preservado  ou Não  violado  –  os  vestígios 
são mantidos  na  integridade  ou  originalidade  com 
que  foram  deixados  pelo  agente  após  a  prática  da 
infração penal, até a chegada dos peritos. 
Inidôneo, Não apropriado ou Violado – são aqueles 
em que os vestígios  foram alterados após a prática 
da infração penal e antes da chegada dos peritos ao 
local, em detrimento da perícia. A alteração pode se 
dar  de  três  formas  diversas:  adição,  subtração  e 
substituição. 
 
Quanto à natureza do  fato: o  local dera classificado 
de acordo com o tipo de ocorrência que o gerou. Ex: 
Local  de morte  violenta,  de  incêndio,  de  furto,  de 
acidente, de crime contra o meio ambiente, etc. 
 
Isolamento e Preservação de locais 
Por que isolar o local de crime? 
 Preservar  os  vestígios  que  auxiliem  na 
identificação do criminoso; 
 Analisar  os  vestígios  que  qualificam  uma 
infração penal; 
 Perpetuação  e  legalização  das  provas 
matérias 
 Descartar  uma  falsa  comunicação  de 
ocorrência. 
 Para  que  a  criminalística  possa  trabalhar 
com  segurança e  idoneidade, em busca da 
materialidade  e  da  autoria  do  delito  em 
questão. 
Quando isolar o local do crime? 
O mais rápido possível do conhecimento policial. 
Como isolar? 
Toda porção do espaço onde exista algum vestígio 
do fato criminoso. 
 
Levantamento pericial 
Procedimentos: 
Levantamento  descritivo  (narrativa)  – 
apresentação  e  relato  das  atividades  na  forma 
escrita. Tudo o que o perito encontrar no local. 
Levantamento  fotográfico  –  complementa, 
documenta  e muitas  vezes  comprovam  dados  do 
levantamento descritivo. 
Levantamento  topográfico  (croqui)  –  consiste  em 
fazer  um  desenho  da  cena  do  crime  e  registrar  a 
posição  dos  vestígios  de  crime,  de  modo  a 
contextualizá‐los para futuras referências.  
 
Vestígios, evidências e indícios 
Vestígios  –  é  todo  objeto  ou  material  bruto 
constatado  e  ou  recolhido  em  um  local  de  crime 
para análise posterior. 
Evidência – é o vestígio depois de feitas as análises, 
onde  se  constata  técnica  e  cientificamente  a  sua 
relação com o crime. 
Indício  –  é  a  expressão  jurídica  prevista  no  artigo 
239  do  CPP  relativa  à  circunstancia  conhecida  e 
provada,  que,  tendo  relação  com  o  fato,  autorize, 
por  indução,  concluir‐se  a  existência  de  outra  ou 
outras circunstancias. 
Classificação dos vestígios 
Relação a sua perceptividade 
Vestígio latente – percebido sensorialmente depois 
de revelado 
Vestígio microscópico – aquele cuja dimensão está 
aquém da capacidade de percepção ao olho nu. 
Vestígio  persistente  –  possui  durabilidade 
prolongada. 
Vestígio fugaz – rapidamente desaparece. 
 
Relação ao fato delituoso 
Vestígio  verdadeiro  –  Produzido  pelo  próprio 
criminoso. 
Vestígio forjado – Produzido pelo criminoso ou por 
quem tenha  interesse em alterar o cenário criminal 
com intuito de dissimular a investigação. 
Vestígio  Ilusório  –  é  aquele  que  não  tem  relação 
direta com o crime. 
 
Modalidades de perícia criminal 
 Perícia em Local de Crime Contra a Pessoa; 
 Perícia em Local de Acidente de Trânsito;  
 Perícia  em  Local  de  Crime  Contra 
Patrimônio;  
 Perícia Documentoscópica;  
 Perícia de Engenharia; 
 Perícias Especiais; 
 Perícia Laboratorial; 
 Balística Forense; 
 Papiloscopia Forense; 
 Informática Forense. 
  
 
 
 
 
  
 
  
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	Criminalistica
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	Criminalistica - Resumo

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