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CENTRO UNIVERSITÁRIO SUMARÉ AS FERRAMENTAS LÚDICAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL (Brincadeiras) SÃO PAULO 2020 CIBELE DE ARAUJO – RA 1921018 ELIENE CONCEIÇAO MOURA – RA 1923097 KARINA SILVA MOREIRA – RA 2012362 MEIRINALVA DE JESUS SIMÕES – RA 1922314 MIKAELLE CRISTINA DA CUNHA PIO – RA 1922562 SANDRA APARECIDA DOS SANTOS SILVA – RA 1921689 THAÍS APARECIDA FERREIRA SANTOS – RA 1922378 AS FERRAMENTAS LÚDICAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL (Brincadeiras) Trabalho de pesquisa apresentado à disciplina de Sociologia da Infância do Centro Universitário Sumaré, como requisito parcial à obtenção de nota do grau de Bacharel em Pedagogia sob a orientação do Mestre Jeferson Levi de Almeida. SÃO PAULO 2020 RESUMO Este trabalho tem como objetivo identificar e analisar a prática educativa lúdica como ferramenta facilitadora a aprendizagem na educação infantil. Propõe ainda estudar as concepções de teóricos sobre a importância da ludicidade no mundo infantil e no cotidiano escolar; verificar de que maneira as brincadeiras podem ser inseridas ao planejamento escolar e a utilização desses recursos pelos educadores e investigar a integração e execução das brincadeiras às práticas metodológicas de ensino. A metodologia utilizada foi do tipo bibliográfica com uma abordagem qualitativa descritiva. Os resultados apontam que a ludicidade torna-se uma ferramenta de grande importância na construção do conhecimento, pois sabe-se que o ato de brincar é algo espontâneo da criança e por esse motivo a prática educativa lúdica surge como uma peça fundamental de mediação ao processo de ensino, no qual o seu desenvolvimento torna-se importante para a construção e interação social do aluno com o meio e fortalece as relações interpessoais. Nesse contexto, a utilização da ludicidade como metodologia de ensino por meio das práticas pedagógicas possibilita ao educador uma observação aos diferentes níveis de desenvolvimento que o educando apresenta e, além de promover o estímulo a aprendizagem. Palavras-chave: Prática Educativa. Ludicidade. Educação Infantil. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 2. UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE O LÚDICO ....................................................... 4 3. A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ...................... 5 4. AS BRINCADEIRAS ............................................................................................. 7 4.1. Amarelinha ........................................................................................................ 7 4.2. Pular Corda ....................................................................................................... 7 4.3. Dança da Cadeira .............................................................................................. 7 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 9 6. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 10 3 1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo analisar a importância das brincadeiras como ferramenta pedagógica na educação infantil, uma vez que a brincadeira proporciona excelentes oportunidades que fazem a mediação entre o prazer e o conhecimento. O lúdico é uma das partes mais importante para se desenvolver em uma criança, pois é através do lúdico que temos os jogos, brinquedos e principalmente as brincadeiras cuja qual irá desenvolver o crescimento da criança, tanto intelectual como em sua vida por inteiro com o ato de brincar. O ato de brincar sempre esteve presente em todas as épocas, até os dias atuais, pois sempre foi algo natural do ser humano, em alguns séculos atrás as famílias costumavam ensinar seus filhos através de brincadeiras para que assim pudessem aprender os ofícios de seus pais. Torna-se importante estudar as brincadeiras no contexto da educação infantil porque as mesmas podem ser usadas como recursos para as crianças. Permitindo que haja uma ligação entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, pois se acredita que é brincando que criança compreenderá o ambiente em que ela vive, e assim assimilar as experiências e informações obtidas durante o ato de brincar com o mundo a sua volta. 4 2. UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE O LÚDICO No Brasil os índios e os negros foram os principais modelos que trouxeram o lúdico e seu desenvolvimento, mas com o tempo os povos começaram a se juntar aqui no Brasil, transformando assim uma mistura de culturas, trazendo de cada local seus jogos e brincadeiras. Todos os jogos e brincadeiras que temos hoje em dia são resultado dessa miscigenação que houve aqui no Brasil. Os Índios e os Negros tinham por costume ensinar as crianças já desde pequenos os ofícios de suas rotinas como: caçar, pescar e nadar. Era de costume também ensinar as crianças a criarem seus próprios brinquedos e se ensinava isso por ato de sobrevivência. Os portugueses já era uma realidade muito diferente entre os índios e negros, pois seu contato com a ludicidade não era por uma questão de sobrevivência, mas sim como um ato de lazer. No século XV a igreja católica começou a proibir o uso de jogos, pois acreditava-se que era algo profano, mas a partir do século XX surgem novas propostas como a pedagogia, Positivismo e o Tecnicismo do Ensino de Ciências. Para incentivar e ajudar com os estudos de matemática no final do século XX a PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) apontou que o ensino poderia sim ser ensinado através de jogos e colocou a seguinte nota: (...) A Matemática é componente importante na construção da cidadania, na medida em que a sociedade utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se apropriar. A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, à apreensão do significado; aprender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo em suas relações com outros objetos e acontecimentos. Recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadora, computadores e outros materiais têm um papel importante no processo de ensino aprendizagem. Contudo, eles precisam estar integrados a situações que levem ao exercício da análise e da reflexão, em última instância, a base da atividade matemática. (PCNs, 1997). Contudo vemos que o lúdico passou a ter mais importância aqui no Brasil através desse exemplo, ou seja, a partir daí as escolas e docentes passaram a desenvolver mais o lúdico. 5 3. A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL O brincar é uma forma da criança se comunicar através de uma brincadeira ou jogo. A brincadeira pode desenvolver na criança capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade. Segundo Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil, aponta que: “O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.” Dessa forma, por meio da ludicidade, segundo Piaget (1998), a criança organiza e pratica regras, elabora estratégias e cria procedimentos a fim de vencer as situações-problemas referentes aos aspectos afetivo-sociais e morais, pelo fato de exigir relações de reciprocidade, cooperação e respeito mútuo. Para Vygotsky (2001),é na brincadeira que a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, seu comportamento diário; afirma que apesar do brinquedo não ser aspecto dominante da infância, ele exerce uma enorme influência no desenvolvimento infantil. Neste sentido, é importante que se saiba o quanto é relevante a utilização das brincadeiras infantis, pois a criança sente-se motivada e o educador inova sua prática, consegue êxito no processo ensino aprendizagem e posteriormente, leva a criança a penar e interagir de forma mais dinâmica com seu meio. Deve-se compreender o brincar como ação fundamental para o desenvolvimento da pessoa e dos grupos sociais, em diferentes épocas e espaços. Pois, o brincar é natural, quando se brinca, fica-se altamente concentrado. Para Vygotsky (2001), há a necessidade de se usar a ludicidade com mais intensidade, pois a brincadeira é universal e é própria da saúde. O brincar facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais. Contudo, aos planejar atividades lúdicas é importante que o educador tenha em mente que quando brinca a criança 6 experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades, além de desenvolver competências, estimular a autoconfiança e a autonomia, proporcionar o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e atenção que são essenciais ao bom desempenho da criança na escola e na vida. Para finalizar, Gonzaga descreve que: (...) a essência do bom professor está na habilidade de planejar metas para aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar a rota quando necessário. Talvez, os bons professores sejam os que respeitam as crianças e por isso levam qualidade lúdica para a sua prática pedagógica. 7 4. AS BRINCADEIRAS Como podemos ver, a brincadeira faz parte do dia a dia das crianças e traz muita importância para o seu convívio. Porém existem algumas brincadeiras que são utilizadas nas escolas por crianças para ajudar com o seu lúdico, vejamos algumas dessas brincadeiras a seguir: 4.1. Amarelinha Brincar de amarelinha, primeiramente é preciso desenhar os numerais de 0 a 10 no chão (na calçada ou no quintal de casa). Feito isso, o primeiro participante da brincadeira joga uma pedra no número 0 e pula nos outros quadrados na ordem crescente e com um só pé quando estiver um quadrado na fileira, e com os dois pés quando haver dois, e sem pisar na linha. Então a criança vai até o último número e depois voltar. Enquanto o participante não sair da regra, a vez continua sendo dele. 4.2. Pular Corda Brincar de pular corda, precisaremos de pelo menos três crianças, duas para segurar as pontas da corda e uma ou mais crianças para pular a corda. Enquanto as duas rodam a corda para o mesmo lado, formando assim um círculo, a terceira criança ficará pulando dentro do círculo. Uma ótima sugestão para essa brincadeira de criança é uma invenção de músicas para empolgar a criança que estiver pulando. 4.3. Dança da Cadeira Colocam-se cadeiras em círculo, cada participante senta, sendo que uma criança é destacada para dirigir o jogo, este deve estar vendado. O dirigente da brincadeira grita: já! Todos se levantam e andam em roda em volta das cadeiras. O 8 dirigente retira uma cadeira. À voz de já! todos procuram sentar-se. Quem ficar sem lugar comandará a nova volta. Assim, as cadeiras vão sendo retiradas e o grupo vai diminuindo. Será o vencedor aquele que conseguir sentar na cadeira no último comando. Variante: As cadeiras são dispostas em duas fileiras (de costas uma para a outra). As crianças se sentam nas cadeiras e uma fica responsável por ligar e desligar o rádio e por retirar as cadeiras. Quando o rádio for ligado às crianças circulam em volta das cadeiras, e quando o rádio é desligado as crianças se sentam. A cada parada vai sendo retirada uma cadeira. Quem ficar sem cadeira, tem que se retirar do jogo, é considerado vencedor, o participante que conseguir sentar na cadeira na última disputa. 9 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O brincar vem sendo estudado há bastante tempo, apesar disso, percebem- se ainda, ausências de conhecimentos sobre o conceito e os processos envolvidos na brincadeira. Há necessidade de aprofundar os estudos em torno do tema afim de desenvolver ainda mais os professores para que possam realizar as brincadeiras de forma correta e assim colaborar de maneira assertiva com o aprendizado das crianças. Com a realização do trabalho identificamos diversas possibilidades que as brincadeiras apresentam para o desenvolvimento das crianças, pois ela contribui no processo de socialização, oferecendo-lhes oportunidades de realizar atividades em grupos livremente. As brincadeiras consideradas simples promovem estímulo ao desenvolvimento cognitivo, a área afetiva da criança e também suas habilidades. Por si só as brincadeiras/jogos geram situações de aprendizado, pois conforme citamos no decorrer do trabalho, para brincar de amarelinha por exemplo é necessário desenhar os quadrados, preencher com os números para depois dar início ao jogo. Assim a criança trabalha o equilíbrio, a coordenação motora, se socializa com outras crianças, interpreta as regras, tem raciocínio, entre outros Por tanto, fica claro que quanto maior o conhecimento dos educadores sobre a importância de cada brincadeira, juntamente com a ciência das necessidades das crianças que compõem sua turma, mais efetivo será o desenvolvimento da mesma. As crianças tem direito a brincadeira e ao lúdico, pois dessa forma elas terão um desenvolvimento harmonioso e as diversas possiblidades de se desenvolverem de maneira psicologicamente saudável, para conseguirem lidar com as frustações da vida. Uma vez que o lúdico ajuda as mesmas a compreenderem o mundo de forma descontraída por meio das brincadeiras, transmitindo o real para as crianças. E torna-se nosso dever como educadores apresentar e realizar as brincadeiras, bem como acompanhá-las para que os objetivos sejam alcançados. 10 6. BIBLIOGRAFIA MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: fazer e aprendizado. 6 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. A importância do brincar na educação infantil. Disponível em: <https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-brincar-na- educacao-infantil.htm>. Acesso em 13 de maio de 2020. TEIXEIRA, Carlos E. J. Histórico da ludicidade na escola. São Paulo: Loyola, 1995. Brincadeiras educativas para os pequenos. Disponível em: <http://colegioamericanobatista.com.br/acontece-no-cab/brincadeiras-educativas- para-os-pequenos/>. Acesso em 13 de maio de 2020. Aprender brincando. Disponível em: <https://brasileirinhos.wordpress.com/brincadeiras/. Acesso em 13 de maio de 2020. 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