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Relatorio_do_Curso_de_Artes_Visuais

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1 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DO CURSO DE ARTES VISUAIS (LICENCIATURA) 
 
LOCAL DE OFERTA: CAMPUS JOINVILLE 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOINVILLE, 2013 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 2 
CONTEXTUALIZAÇÃO DA IES .................................................................................. 8 
1 DADOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO ........................................................................ 8 
1.1 DENOMINAÇÃO DA MANTENEDORA ................................................................. 8 
1.2 ENDEREÇOS DA MENTENEDORA E DA MANTIDA .......................................... 8 
1.3 NÚMERO DO CADASTRO DE PESSOA JURÍDICA ............................................ 8 
1.4 REGISTRO NO CARTÓRIO DO ESTATUDO DA MANTENEDORA .................... 8 
1.5 ATOS LEGAIS DA MANTENEDORA .................................................................... 9 
1.6 DENOMINAÇÃO DA MANTIDA ............................................................................ 9 
1.7 ATOS LEGAIS DE CREDENCIAMENTO DA MANTIDA ....................................... 9 
1.8 PERFIL, MISSÃO E VALORES DA UNIVILLE ...................................................... 9 
1.9 DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS DA REGIÃO .................................................... 10 
1.10 BREVE HISTÓRICO DA FURJ/UNIVILLE ........................................................ 11 
1.11 CORPO DIRIGENTE ......................................................................................... 13 
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO ......................................................................... 15 
2 DADOS GERAIS DO CURSO ................................................................................ 15 
2.1 DENOMINAÇÃO DO CURSO ............................................................................. 15 
2.2 ENDEREÇO DE FUNCIONAMENTO DO CURSO ............................................. 15 
2.3 ORDENAMENTOS LEGAIS DO CURSO: ........................................................... 15 
2.4 MODALIDADE .................................................................................................... 15 
2.5 NÚMERO DE VAGAS AUTORIZADAS .............................................................. 15 
2.6 CONCEITO PRELIMINAR DE CURSO E O ÚLTIMO CONCEITO DO CURSO . 15 
2.7 PERÍODO (TURNO) DE FUNCIONAMENTO ..................................................... 16 
2.8 CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO.............................................................. 16 
2.9 REGIME E DURAÇÃO ........................................................................................ 16 
2.10 TEMPO DE INTEGRALIZAÇÃO ....................................................................... 16 
2.11 COORDENADOR DO CURSO/CHEFE DE DEPARTAMENTO ........................ 16 
2.12 NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ........................................................... 17 
2.13 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DO CORPO DOCENTE ......................... 17 
DIMENSÃO 1 – ORGANIZAÇÃO DIDATÍCA PEDAGÓGICA ................................... 18 
3 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA .......................................................... 18 
3.1 GESTÃO ESTRATÉGICA ................................................................................... 18 
3.2. POLÍTICA INSTITUCIONAL DE ENSINO DE GRADUAÇÃO ............................ 28 
3.3 POLÍTICA INSTITUCIONAL DE EXTENSÃO ..................................................... 31 
3.4 POLÍTICA INSTITUCIONAL DE PESQUISA ....................................................... 34 
3.5 JUSTIFICATIVA DA NECESSIDADE SOCIAL DO CURSO (CONTEXTO 
EDUCACIONAL) ....................................................................................................... 37 
3.5.1 Justificativa da Reestruturação do Curso em 2008 .......................................... 42 
3.6 OBJETIVOS DO CURSO .................................................................................... 50 
3.7 PERFIL PROFISIONAL DO EGRESSO E CAMPO DE ATUAÇÃO ................... 51 
3.8 ESTRUTURA CURRICULAR E CONTEÚDOS CURRICULARES ...................... 52 
3.8.1 MATRIZ CURRICULAR .................................................................................... 52 
3.8.2 EMENTAS E REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .............................................. 54 
3.8.3 COMPONENTES OBRIGATÓRIOS PARA INTEGRALIZAÇÃO DO CURSO .. 72 
 3 
3.8.3.1 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ............................................. 72 
3.8.3.2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO .................................................. 73 
3.8.3.3 ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES..................................... 73 
3.9 METODOLOGIA DE ENSINO APRENDIZAGEM ............................................... 74 
3.10 PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINO E 
APRENDIZAGEM ...................................................................................................... 77 
3.11 APOIO AO DISCENTE ...................................................................................... 78 
3.11.1 Central de Atendimento Acadêmico (CAA) .................................................... 78 
3.11.2 Acolhimento e integração do discente no ambiente acadêmico ..................... 79 
3.11.3 Programas de Bolsa de Estudo ................................................................ 80 
3.11.4 Financiamento estudantil ................................................................................ 87 
3.11.5 Escritório de Empregabilidade e Estágio (EEE) ............................................. 88 
3.11.6 Programa de Acompanhamento Psicopedagógico (PAP) .............................. 89 
3. 11.7 Programas de nivelamento ............................................................................ 92 
3.11.8 Serviço de Psicologia (SPsi) .......................................................................... 92 
3.11.9 Assessoria Internacional (AI) .......................................................................... 93 
3.11.10 Centro de Atividades Físicas (CAF) ............................................................. 94 
3.11.11 Ouvidoria ...................................................................................................... 95 
3.11.12 Recursos de Tecnologia da Informação ....................................................... 95 
3.11.13 Serviços de alimentação .............................................................................. 96 
3.11.14 Serviços médicos e odontológicos ............................................................... 97 
3.11.15 Serviços assessoramento jurídico ................................................................ 97 
3.11.16 Serviços de reprografia ................................................................................ 97 
3.11.17 Diretório Central dos Estudantes (DCE) e representação estudantil ............ 98 
3.11.18 DA COORDENAÇÃO ................................................................................... 98 
3.12 AÇÕES DECORRENTES DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DO CURSO .. 99 
3.13 INTEGRAÇÃO COM AS REDES PÚBLICAS DE ENSINO ............................... 99 
DIMENSÃO 2 – CORPO DOCENTE ....................................................................... 100 
4. CORPO SOCIAL ................................................................................................. 100 
4.1 COORDENADOR DO CURSO/CHEFE DE DEPARTAMENTO ........................ 100 
4.2 ATUAÇÃO DA COORDENAÇÃO DO CURSO/CHEFE DE DEPARTAMENTO 100 
4.3. ATUAÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ................................. 101 
4.4 FUNCIONAMENTO DO COLEGIADO DE CURSO .......................................... 101 
4.5 QUADRO DO CORPO DOCENTE DO CURSO ............................................... 102 
4.6 PRODUÇÃO CIENTÍFICA ................................................................................. 108 
DIMENSÃO 3 – INSTALAÇÕES FÍSICAS .............................................................. 109 
5 INSTALAÇÕES FÍSICAS ..................................................................................... 109 
5.1 GABINETESDE TRABALHO PARA PROFESSORES TEMPO INTEGRAL .... 109 
5.2 ESPAÇO DE TRABALHO PARA COORDENAÇÃO DO CURSO E SERVIÇOS 
ACADÊMICOS ........................................................................................................ 109 
5.3 SALA DE PROFESSORES ............................................................................... 109 
5.4 ACESSO DOS ALUNOS A EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA .................. 109 
5.5 BIBLIOTECA ..................................................................................................... 110 
5.5.1 SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVILLE - SIBIVILLE ............................... 110 
5.5.2 POLÍTICA DE GESTÃO DE ACERVOS DO SIBIVILLE ................................. 112 
 4 
5.5.3 ACERVO BIBLIOGRÁFICO GERAL .............................................................. 112 
5.5.4 ACERVO BIBLIOGRÁFICO ESPECÍFICO DO CURSO................................. 113 
5.5.4.1 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ............................................................................. 113 
5.5.4.2 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ............................................................ 114 
5.5.4.3 PERIÓDICOS ESPECIALIZADOS .............................................................. 114 
5.6 LABORATÓRIO DIDÁTICO ESPECIALIZADOS – QUALIDADE/QUANTIDADE E 
SERVIÇO ................................................................................................................ 114 
 
 
 5 
 
APRESENTAÇÃO 
 
A UNIVILLE ao implantar o Curso Artes Visuais no Campus de Joinville, 
responde às demandas dos profissionais Educação Básica Pública na região de 
Joinville e visa o desenvolvimento socioeconômico e cultural da região. 
O Processo de Reconhecimento do Curso de Artes Visuais está organizado em 
duas partes: a primeira, com os dados gerais da Instituição; na segunda parte, 
apresenta-se, a Contextualização do Curso e as Dimensões I (Organização Didático 
– Pedagógica), II (Corpo Social) e III (Instalações Físicas). 
Na Dimensão I destacam-se, as informações que se referem ao Projeto 
Pedagógico do Curso (PPC): o contexto educacional, objetivo do curso, perfil 
profissional do egresso, estrutura e conteúdos curriculares, metodologia e 
atendimento ao discente. Na Dimensão II, são descritos: a composição, titulação, 
experiência profissional e regime de trabalho do Núcleo Docente Estruturante (NDE); 
a titulação, experiência e regime de trabalho do Coordenador do Curso; o perfil e as 
condições de trabalho dos Docentes. A Dimensão III detalha as instalações físicas 
gerais, a biblioteca (discrimina a bibliografia básica e complementar e os periódicos) 
e laboratórios. O documento apresenta, por último, o atendimento aos Requisitos 
Legais. 
O curso de Artes Visuais da UNIVILLE apresenta em seu Projeto Pedagógico 
o compromisso com a formação humanística que privilegia sólida visão de cultura, 
homem e sociedade; está em consonância com o Projeto Pedagógico Institucional e 
com as diretrizes de Graduação, Pesquisa e Extensão da UNIVILLE. 
O Projeto Pedagógico do curso de Artes Visuais prevê um profissional com 
formação acadêmica crítica, porém com perfil condizente com as condições da 
atualidade. Está centrado num modelo contemporâneo de currículo flexível, 
estruturado por áreas de conhecimento articuladas e integradas, que propõe uma 
ampliação de atuação do profissional formado pelo curso, tendo em vista a 
complementação de novos componentes curriculares. 
Um fator de destaque na proposta são as vivências das linguagens 
desenvolvidas no início do curso, sob a forma de práticas em ateliês, permeadas pela 
reflexão sobre a produção dessas práticas, ou seja, a articulação entre teoria e prática 
resultantes de processos dialéticos de análises e sínteses que superam as dicotomias 
 6 
entre o pensar e o fazer, bem como a fragmentação do conhecimento, os quais nem 
sempre estão presentes nos cursos de formação. 
O projeto pedagógico reforça a integração e a articulação do tripé da 
universidade isto é, do ensino, da pesquisa e da extensão, por meio da sua 
estruturação curricular. Assume uma perspectiva de avaliação processual por 
considerá-la participativa, dinâmica, com atitude investigadora frente ao 
conhecimento. A avaliação processual pressupõe o desenvolvimento e a interação de 
três importantes categorias: o cognitivo, o sensível e a cidadania. Nesse enfoque o 
conhecimento não é tratado como algo pronto e acabado, como verdade absoluta e 
imutável, mas fruto das relações e das construções dos sujeitos históricos que 
determinam as relações sociais. 
Tendo em vista, que atualmente muitos profissionais atuam na disciplina de 
Arte no ensino, sem formação inicial nesta área de conhecimento, o curso de Artes 
Visuais na Modalidade Licenciatura da UNIVILLE a ser oferecido no Campus da 
Católica SC atenderá uma demanda específica, através de Edital, para professores 
sem formação superior, e que estejam atuando em escola pública, no mínimo por três 
anos. O Plano Nacional de Formação de Professores para a Educação Básica cumpre 
seu papel social e cultural, qualificando esses profissionais, no intuito de propiciar uma 
educação em Arte de qualidade. 
A construção do Currículo em Licenciatura em Artes Visuais também se 
justifica, no contexto contemporâneo, por ter sido baseado na reflexão sobre a 
formação do professor e de seu trabalho, enquanto mediador nos processos de 
construção de conhecimentos e de cidadania, especialmente nos Cursos de 
Licenciatura. 
Pensar em um currículo voltado às questões específicas da formação do 
professor de Artes Visuais é pensar em uma função consciente de mediação e 
produção de saberes específicos da arte na educação, que implica no domínio de 
saberes artísticos e estéticos. O conhecimento artístico refere-se ao saber sobre o 
fazer artístico e o conhecimento estético, promove a reflexão sobre a arte. Nesse 
sentido o professor de Arte constrói em sua formação, competências com relação aos 
conhecimentos estético/conceituais, conhecimentos artísticos/operacionais e 
conhecimentos pedagógicos ou da docência. 
O aluno, futuro professor de arte na educação, não pode construir seu 
conhecimento pedagógico, senão a partir do seu próprio fazer, pois é sobre a ação e, 
 7 
a reflexão sobre a ação, que a teoria é construída. 
No Curso de Licenciatura em Artes Visuais, os componentes curriculares - 
desenho, pintura, gravura, escultura, fotografia, instalação, performance e arte e 
tecnologia, são compreendidos como linguagens artísticas. Servem como meio de 
expressão e comunicação, são sistemas de representação no qual podemos 
perceber, ler, agir e conhecer a realidade. 
O curso tem como pressuposto que a construção do conhecimento em arte se 
dá na intersecção da experimentação, da pesquisa de processos e suportes artísticos 
e da reflexão sobre a arte e a educação. 
O curso de Artes Visuais tem como objetivo geral formar professores de Arte 
na Educação, já atuantes na rede pública de educação, que não possuem formação 
superior. E específicos: Formar cidadãos críticos com conhecimentos em arte na 
educação para atuar no âmbito da educação infantil, ensino fundamental e ensino 
médio; formar profissionais para atuar em espaços culturais como: museus, centros 
culturais, galerias, entre outros; desenvolver atividades de pesquisa, ensino e 
extensão em arte na educação. 
Tendo como fundamento a Missão e Visão da UNIVILLE; o curso de Artes 
Visuais assume como Missão: possibilitar o desenvolvimento de conhecimentos 
articulados às questões conceituais, pedagógicas e metodológicas no ensino, 
pesquisa e extensão em Artes Visuais comprometidas com a educação e, sobretudo 
com as questões sociais. 
O perfil do Profissional a ser formado no curso de Artes Visuais prevê um 
educador/pesquisador, no campo da arte na educação, com saberes e conhecimentos 
pedagógicos, artísticos, estéticos e culturais, com visão crítica para atuar no contexto 
daeducação. 
 
 8 
CONTEXTUALIZAÇÃO DA IES 
 
1 DADOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO 
 
1.1 DENOMINAÇÃO DA MANTENEDORA 
 
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DA REGIÃO DE JOINVILLE – FURJ. 
 
1.2 ENDEREÇOS DA MENTENEDORA E DA MANTIDA 
 
Campus de Joinville 
Rua Paulo Malschitzki n. 10 Campus Universitário – Zona Industrial. – CEP 
89219 710 Joinville – SC 
Telefone: 47 3461-9067 
Fax: (47) 34619014 
Campus São Bento Do Sul 
Rua Norberto Weihermann, n. 230 Bairro Colonial - CEP 89288-385, São Bento 
do Sul/SC. 
Telefone: 47 3631-9105 
 Unidade Centro/Joinville 
Rua Ministro Calógeras, 439 
Centro - CEP 89202-207 
Fone: (47) 3422-3021 
 
Unidade São Francisco do Sul 
Rodovia Duque de Caxias Km 9 Poste 128 
CEP. 89240-000 – São Francisco do Sul/SC 
Telefone: 47 3442-2577 
 
1.3 NÚMERO DO CADASTRO DE PESSOA JURÍDICA 
 
Joinville - 84.714.682/0001-94 
São Bento do Sul - 84.714.682.0002- 75 
 
1.4 REGISTRO NO CARTÓRIO DO ESTATUDO DA MANTENEDORA 
 
Registro no Cartório Adilson Pereira dos Anjos do Estatuto e suas alterações: 
 9 
Estatuto da FURJ protocolo 21640, livro protocolo 7A, livro registro 1ª, fls. 002, 
Registro 2 em 25/05/1995; primeira alteração, protocolo 70379, livro protocolo 48A, 
livro registro 9A, fls. 104, Registro 1304 em 14/03/2000; segunda alteração, protocolo 
121985, livro protocolo A92 em 21/12/2005; terceira alteração, Cartório Adilson 
Pereira dos Anjos, protocolo 178434, livro protocolo 140 em 06/06/2008 
 
1.5 ATOS LEGAIS DA MANTENEDORA 
 
Lei Municipal n. 871 de 17 de julho de 1967, autoriza o Prefeito Municipal a 
constituir a Fundação Joinvillense de Ensino "FUNDAJE"; Lei n. 1.174 de 22 de 
dezembro de 1972, transforma a FUNDAJE EM FUNC; Lei n. 1423 de 22 de dezembro 
de 1975, modifica a denominação da FUNC para a FURJ. 
 
1.6 DENOMINAÇÃO DA MANTIDA 
 
UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE - UNIVILLE 
 
1.7 ATOS LEGAIS DE CREDENCIAMENTO DA MANTIDA 
 
Credenciamento: Decreto Presidencial s/n de 14.08.1996 
Última Avaliação Externa que manteve o enquadramento como Universidade: 
Parecer do CEE/SC n. 223 aprovado em 19/10/2010 publicado no DOE n. 18.985 de 
07.12.2010 Decreto do Executivo Estadual n. 3.689 de 07 de dezembro de 2010. 
 
1.8 PERFIL, MISSÃO E VALORES DA UNIVILLE 
 
Perfil: 
Missão: Promover a formação humanística e profissional de referência para a 
sociedade atuando em ensino, pesquisa e extensão e contribuir para o 
desenvolvimento sustentável. 
Valores: 
1 - "Cidadania - autonomia, comprometimento, motivação, bem-estar e 
participação democrática repsonsável promovem o desenvolvimento pessoal e 
social." 
2 - "Integração - ação cooperativa e colaborativa com as comunidades interna 
e externa constrói o bem comum". 
3 - "Inovação - competência para gerar e transformar conhecimento científico 
 10 
em soluções sustentáveis para os ambientes interno e externo contribui para o 
desenvolvimento sócioeconômico." 
4 - "Responsabildiade ambiental - gestão de recursos e ações comprometidas 
com o equilíbrio ambiental favorecem a melhoria da qualidade de vida." 
 
1.9 DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS DA REGIÃO 
 
Joinville Localizada na Região Sul do País, município pólo da microregião 
nordeste do Estado de Santa Catarina, com uma população de 515.250 habitantes 
(IBGE, Censo demográfico 2010), responsável por cerca de 20% das exportações 
catarinenses. É também o 3º Pólo industrial da região Sul, com volume de receitas 
geradas aos cofres públicos inferior apenas às capitais Porto Alegre (RS) e Curitiba 
(PR), figura entre os quinze maiores arrecadadores de tributos e taxas municipais, 
estaduais e federais. A cidade concentra grande parte da atividade econômica na 
indústria com destaque para os setores metalmecânica, têxtil, plástico, metalúrgico, 
químico, e farmacêutico. O Produto Interno Bruto de Joinville em 2008 era de R$ 
13.220.313.000,00 por ano (IBGE ano de referência 2008). (Fonte: IPPUJ, Joinville 
Cidade de em Dados 2010/2011, p. 14 e 147). 
São Bento do Sul: A cidade de São Bento do Sul tem uma área total de 487 
km2, está localizada na Região Norte Nordeste do Estado de Santa Catarina, na 
microrregião do Alto Vale do Rio Negro. A altitude da cidade é de 838 metros acima 
do nível do mar, seu clima é o temperado e sua vegetação predominante é a mata de 
Pinhais e Mata Atlântica. A população é de 73.189 habitantes, apresentando uma 
densidade demográfica de 140,90 hab/km e índice de crescimento populacional de 
3,45 (IBGE/DOU 2004). São Bento do Sul é o 1º Pólo Exportador de Móveis do Brasil, 
4º Maior Exportador do Estado de Santa Catarina e 12º Arrecadador de ICMS do 
Estado de Santa Catarina. O PIB em 2003 ficou em R$ 1.496.520.000,00 e o PIB Per 
Capita em R$ 20.447,00. As exportações ficaram em U$ 190.190.664,00 e as 
importações em U$ 17.204.964,00. Alguns dados de desenvolvimento econômico são: 
a) Empregos: 15.449; b) Indústrias de Transformação: 684; c) Estabelecimentos 
Comerciais: 1.742; d) Prestação de Serviços: 1.232; e) Prestação de Serviços 
Autônomos: 784. Algumas Informações sobre produção são: a) Principais Produtos 
Produzidos: Mobiliário, Higiene e Limpeza, Metalúrgica, Fiação e Tecelagem, 
Cerâmica, Plástico e Comércio; b) Principais Produtos Agrícolas: Milho e Feijão; c) 
 11 
Principais Atividades Pecuárias: Gado de Leite e Gado de Corte; d) Extração Mineral: 
Caulim, Areia e Saibro; e) Empregos Gerados: 22.482 (base 2002), (dados extraídos 
em 18/08/2011 da página http://www.saobentodosul.sc.gov.br/novo/c/socio-
economia-economia). 
 
1.10 BREVE HISTÓRICO DA FURJ/UNIVILLE 
 
Em 1967, a Lei Municipal nº 871 cria a Fundação Joinvilense de Ensino, a 
FUNDAJE, com objetivo de criar e manter a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras 
com os cursos de licenciatura em Geografia, História, Letras e Matemática, cujas 
atividades iniciaram em 1968. Em 1969, a FUNDAJE incorpora a Faculdade de 
Ciências Econômicas, já em andamento desde 1965. Em 1970, é criada a Escola 
Superior da Educação Física e Desportos. 
Em 1971, a denominação FUNDAJE é alterada para Fundação Universitária do 
Norte Catarinense, FUNC.. Em abril de 1975, todas as unidades da FUNC são 
transferidas para o Campus Universitário no Bairro Bom Retiro e, em dezembro do 
mesmo ano, passam a constituir a Fundação Educacional da Região de Joinville – 
FURJ, promulgada pela Lei Municipal nº 1423 de 22/12/75. A FURJ, no ano de 1983, 
estendeu seu campo de atuação ao disponibilizar o curso de Administração de 
Empresas em São Bento do Sul. 
Em 1989, é criado o grupo “Rumo à Universidade”, que dá início à elaboração 
da Carta Consulta, enviada ao Conselho Federal de Educação para a criação de uma 
universidade em Joinville. Em 1995, o Conselho Estadual de Educação – CEE aprova 
o Estatuto da Fundação Educacional da Região de Joinville - FURJ, o Estatuto da 
UNIVILLE e o Regimento Geral da UNIVILLE. 
O credenciamento da UNIVILLE pelo Ministério da Educação acontece em 14 
de agosto de 1996 e, em 26 de setembro daquele ano, a Universidade é instalada 
oficialmente. Em 2004, a UNIVILLE passa a atuar em São Francisco do Sul. Em 2005, 
foi criada a Unidade Centro, que abriga, atualmente os cursos de Ciências 
Econômicas e Pedagogia, além de projetos de extensão. 
Atualmente a UNIVILLE, conta com 33 cursos de graduação mantidos em dois 
campi (Campus Joinville e Campus São Bento do Sul) e duas Unidades (Unidade 
Centro e Unidade de São Francisco do Sul) vinculados ao Campus de Joinville. 
A pós-graduação oferece 20 cursos na modalidade lato sensu (17 no Campus 
 12 
de Joinville e 03 no Campus de São Bento do Sul) e 05 na modalidade stricto sensu 
(4 acadêmicos e 1 profissional). Os mestrados são: Mestrado em Saúde e Meio 
Ambiente (iniciado em 1999), Mestrado em Engenharia de Processos (iniciado em 
2006), Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade (iniciado em 2008); o Mestrado 
em Educação (iniciou em 2011) e o Mestrado Profissional em Design (iniciadoem 
2013), todos reconhecidos pela CAPES. 
A UNIVILLE dispõe de uma área construída de 78.777,04 mil m2 (conforme 
quadro abaixo): 
Quadro 01 - Área construída da UNIVILLE 
Local Área construída (m2) 
Campus Joinville 53.437,89 
Bairro Jativoca – JLLE - 
UNIVILLE Centro – JLLE 1.790,69 
UNIVILLE Centro – JLLE 759,35 
Campus São Bento do Sul 7.660,56 
CEPA Rugendas – SBS 388,08 
Campus Iperoba I – SFS 2.402,35 
Campus Iperoba II – SFS 626,75 
CEPA Vila da Glória – SFS 285,62 
Ilha da Rita 163,8 
Unidade Bucarein 2.010,20 
Campus Joinville (área adquirida do SESI) 9.251,75 
TOTAL 78.777,04 
Fonte: Patrimônio, 2013. 
A IES tem também nos dois campi um total de 133 Laboratórios de Ensino, 
considerando Campus Joinville, Unidade Centro, Unidade Iperoba e Campus São 
Bento do Sul, uma Farmácia Escola, 13 salas no Ambulatório Universitário na Unidade 
Centro para atender as funções de ensino, pesquisa, extensão e responsabilidade 
social (dados de 2013), além de oportunidades de intercâmbio de estudo com mais 
de 51 Instituições de Ensino Estrangeiras, bolsas de estudo, bolsas de pesquisa e de 
extensão e financiamentos estudantis, entre outros. 
 Á atuação comprometida de seus 538 professores, dos quais 63% detêm título 
de mestre ou doutor e de seus técnicos administrativos contribui para a qualidade 
deste trabalho. 
A UNIVILLE fundamenta suas atividades de ensino, pesquisa e extensão em 
quatro áreas de conhecimento: Ciências Biológicas e da Saúde; Ciências Exatas e 
Tecnológicas; Ciências Humanas, Lingüística, Letras e Artes. 
A UNIVILLE, no ano de 2013, conta com 59 grupos de pesquisa, 210 linhas de 
 13 
pesquisa, 96 projetos de pesquisa e 96 professores pesquisadores. 
Em 2013 a UNIVILLE apresenta com relação à Extensão 17 programas, 40 
projetos e 107 professores extensionistas. 
 
 
1.11 CORPO DIRIGENTE 
 
SANDRA APARECIDA FURLAN – Reitora 
 
Presidente do Conselho de Administração/FURJ 
Presidente do Conselho Universitário/UNIVILLE 
Presidente do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão/UNIVILLE 
 
Titulação: 
 
Graduação: Eng.Química/Faculdade de Engenharia de Lorena/1984 
Especialização: Operação e Gerência de Produtos de Usinas Alcooleiras/ 
Faculdade de Engenharia de Lorena/1986 
Mestrado: Engenharia Química – Instituto Nacional Politécnico de Toulouse – 
França/1990 
Doutorado: Engenharia de Processos - Instituto Nacional Politécnico de 
Toulouse – França/1993 
 
ALEXANDRE CIDRAL – Vice Reitor 
 
Titulação: 
 
Graduação: Ciências da Computação/UFSC/1988 
Graduação: Psicologia/ACE/1995 
Mestrado: Psicologia/UFSC/1997 
Doutorado: Engenharia de Produção/UFSC/2003 
 
 
SIRLEI DE SOUZA - Pró-Reitora de Ensino 
 14 
 
Titulação 
 
Graduação: História/FURJ/1995 
Mestrado: História do Brasil/UFSC/1998 
 
DENISE ABATTI KASPER SILVA - Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação 
 
Titulação 
 
Graduação: Química / UFPR / 1992 
Mestrado: Físico-Química / USP / 1995 
Doutorado: Química (Físico-Química)/UNESP/ 2000 
 
CLAITON EMÍLIO DO AMARAL - Pró-Reitora de Extensão e Assuntos 
Comunitários 
 
Titulação 
Graduação: Engenharia Mecânica/UDESC/1987 
Graduação: Engenharia Civil/UDESC/2004 
Especialização: Matemática Aplicada/UNIVILLE/2005 
Mestrado: Engenharia de Produção/UFSC/2001; 
Doutorando: Engenharia de Produção/UFSC 
 
CLEITON VAZ - Pró-Reitor de Administração 
 
Titulação 
Graduação: Engenharia Química/FURB/2000 
Especialização: Administração/ UNIVILLE/2004 
Mestrado: Saúde e Meio Ambiente/ UNIVILLE/ 2007 
Doutorado: Engenharia Ambiental/UFSC/2012. 
 15 
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO 
 
2 DADOS GERAIS DO CURSO 
 
2.1 DENOMINAÇÃO DO CURSO 
 
Curso de Artes Visuais (Licenciatura) 
 
 
2.2 ENDEREÇO DE FUNCIONAMENTO DO CURSO 
 
 
CAMPUS JOINVILLE - Paulo Malschitzki, 10 - Zona Industrial, Joinville, SC. 
 
 
2.3 ORDENAMENTOS LEGAIS DO CURSO: 
 
Criação - Res. 09/98/Cons. Univ. de 10/09/98 
Autorização de funcionamento - Parecer nº 241/98/CEPE de 03/09/98 
Reconhecimento - Parecer nº514/ 02/CEE e Res. n. 234/02/CEE de 12/11/02, 
homologados pelo Decreto n. 5970 de 03/12/2002, publicado no DOE/SC n. 17047, 
de 04/12/2002 (5anos) 
Renovação do Reconhecimento - Parecer Nº 292/08/CEE e Res. n. 
120/08/CEE de 09/09/2008, homologados pelo Decreto n. 1.893 de 21/11/2008, 
publicado no DOE/SC N. 18.494, de 21/11/2008 (5anos). 
 
 
2.4 MODALIDADE 
 
Presencial 
 
2.5 NÚMERO DE VAGAS AUTORIZADAS 
 
Vagas quando o curso iniciou: 48 vagas 
Vagas atualmente: 48 vagas 
 
2.6 CONCEITO PRELIMINAR DE CURSO E O ÚLTIMO CONCEITO DO CURSO 
 
O curso de Artes Visuais está sem conceito, porque em 2011 quando foi 
realizada a prova do ENADE o Curso não tinha concluintes, pois em virtude da 
 16 
demanda, ficou dois anos sem ter novas turmas. 
 
 
 
2.7 PERÍODO (TURNO) DE FUNCIONAMENTO 
 
Noturno: das 19h às 22h30min 
 
 
2.8 CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO 
 
Horas 2.850 
Horas/aula 3.420 
 
2.9 REGIME E DURAÇÃO 
 
Seriado anual 
Duração :quatro anos 
 
2.10 TEMPO DE INTEGRALIZAÇÃO 
 
Mínimo: 4 anos 
Máximo: 6 anos 
 
2.11 COORDENADOR DO CURSO/CHEFE DE DEPARTAMENTO 
 
 
Coordenadora do Departamento de Artes visuais 
Professora Célia Ceschin 
Graduação: Graduação em Educação Artística no ano de 1991 
Especialização: Especialização: Prática Social da Arte/ UCA/USP/UNIVILLE – 
1992 
Mestrado em educação FURB/Blumenau/SC 
Doutora em Educação/Psicologia da Educação/ PUC/SP/UNIVILLE/SC 
Experiência no magistério superior: 16 anos 
Experiência de gestão acadêmica: 4 anos 
Regime de trabalho: horista 
Horas de dedicação a coordenação do curso: 8 horas/semanais 
 
 17 
2.12 NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE 
 
 
A Pró-Reitoria de Ensino da Universidade da Região de Joinville nomeou, por 
meio da Portaria n. 032/2012, de 19 de outubro de 2012, para compor o Núcleo 
Docente Estruturante (NDE) os seguintes professores: 
Quadro 02 – Professores do NDE 
Professor (a) Titulação Regime de 
trabalho 
Atua no 
curso desde: 
Letícia Ribas Bohn Mestre Integral 2011 
Nadja de Carvalho 
Lamas 
Doutora Integral 1988 
Cristina Ortiga Ferreira Mestre Parcial 2009 
Silvia Sell Duarte Pillotto Doutora Integral 1988 
Célia Ceschin Doutora Parcial 1996 
Eliana Stamm Especialista Parcial 1990 
 
 As reuniões realizadas são registradas em atas e arquivadas pela coordenação 
do curso. 
 
 
2.13 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DO CORPO DOCENTE 
 
 
Como o curso ficou sem ingresso por dois anos não há como fazer tal cálculo 
porque atualmente tem-se apenas uma turma de primeiro ano. 
.
18 
 
 
DIMENSÃO 1 – ORGANIZAÇÃO DIDATÍCA PEDAGÓGICA 
 
3 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA 
 
3.1 GESTÃO ESTRATÉGICA 
 
A Fundação Educacional da Região de Joinville (FURJ) é uma entidade de 
direito privado, sem fins lucrativos, com autonomia didático-científica, administrativa, 
financeira e disciplinar, exercida na forma da lei e dos seus estatutos. A FURJ é a 
mantenedora da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), uma instituição 
educacional comunitária inserida no contexto regional por meio do ensino, pesquisa e 
extensão há mais de 40 anos. 
A atual estrutura organizacional da FURJ/UNIVILLE prevê um conjunto de 
instâncias deliberativas denominadas de Conselhos Superiores: 
1. Conselho de Administração: órgão máximo e soberano de deliberação 
em assuntos de política administrativa e financeira da FURJ. O Conselho 
de Administração é constituído pelos seguintes membros: 
a. Reitor, como Presidente; 
b. Pró-Reitores; 
c. Diretor Geral do Campus São Bento do Sul; 
d. Chefes de Departamento; 
e. Diretor do Colégio da UNIVILLE; 
f. Coordenadores de Órgãos Suplementares; 
g. Representação docente 
h. Representação discente; 
i. O último ex-Reitor; 
j. Um representante da APP do Colégio da UNIVILLE; 
k. Um representante do corpo técnico-administrativo da UNIVILLE; 
l. Um representante do Conselho Municipal de Educação; 
m. Representantes da Comunidade Regional:i. um do Poder Executivo de cada município que a UNIVILLE 
tenha um campus ou extensão 
ii. um do Poder Legislativo de Joinville 
iii. um da AMUNESC - Associação dos Municípios da Região 
Nordeste de Santa Catarina; 
19 
 
iv. um da ACIJ - Associação Comercial e Industrial de Joinville; 
v. um da classe trabalhadora, indicado pelas Centrais Sindicais de 
Joinville. 
2. Conselho Curador: é o órgão de fiscalização e registro da administração 
econômico-financeira da FURJ. É constituído pelos seguintes membros: 
a. Um representante do Poder Executivo de Joinville; 
b. Um representante do Poder Legislativo de Joinville; 
c. Um representante do Poder Judiciário de Joinville; 
d. Um representante do Governo do Estado de Santa Catarina; 
e. Um representante da ACIJ - Associação Comercial e Industrial de 
Joinville; 
f. Um representante da AMUNESC - Associação dos Municípios da 
Região Nordeste de Santa Catarina 
g. Um representante da classe trabalhadora, indicado pelas Centrais 
Sindicais de Joinville; 
h. Um representante do corpo docente da UNIVILLE; 
i. Um representante do corpo discente da UNIVILLE; 
j. Um representante do corpo técnico-administrativo da UNIVILLE; 
k. Um representante da APP do Colégio da UNIVILLE. 
3. Conselho Universitário: órgão máximo consultivo, deliberativo e 
jurisdicional da UNIVILLE em assuntos de planejamento, de administração 
geral e de política institucional. O Conselho Universitário é constituído pelos 
seguintes membros: 
a. Reitor, como presidente; 
b. Pró-Reitores; 
c. Diretor do Geral do Campus São Bento do Sul; 
d. Chefes de Departamento; 
e. Diretores e/ou Coordenadores de Órgãos Complementares e 
Suplementares; 
f. Representação do corpo docente da UNIVILLE; 
g. Representação do corpo discente da UNIVILLE; 
h. Um representante da APP do Colégio da UNIVILLE; 
i. Um representante do Corpo Técnico-Administrativo; 
j. Um representante do Conselho Municipal de Educação; 
20 
 
k. Representantes da Comunidade Regional: 
i. um do Poder Executivo de cada município que a UNIVILLE 
tenha um campus ou extensão; 
ii. um do Poder Legislativo de Joinville; 
iii. um da AMUNESC - Associação dos Municípios da Região 
Nordeste de Santa Catarina; 
iv. um da ACIJ - Associação Comercial e Industrial de Joinville; 
v. um da classe trabalhadora, indicado pelas Centrais Sindicais 
de Joinville. 
4. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão: órgão deliberativo superior, 
normativo e consultivo em matéria de ensino, pesquisa e extensão. É 
constituído pelos seguintes membros: 
a. Reitor, como Presidente; 
b. Pró-Reitores; 
c. Diretor Geral do Campus São Bento do Sul; 
d. Chefes de Departamento; 
e. Diretor do Colégio da UNIVILLE; 
f. Chefe da Biblioteca Universitária; 
g. Representante do Corpo Docente da UNIVILLE; 
h. Representante do Corpo Discente; 
i. Representante do Corpo Técnico-Administrativo da UNIVILLE. 
Do ponto de vista executivo, a estrutura organizacional atual é composta por: 
1. Reitoria: órgão executivo superior da UNIVILLE que coordena, 
superintende e fiscaliza todas as suas atividades. É constituída por: 
a. Reitor; 
b. Vice-reitor; 
c. Pró-reitoria de Ensino; 
d. Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação 
e. Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários; 
f. Pró-reitoria de Administração; 
2. Departamentos: unidades acadêmico-administrativas subordinadas a 
Reitoria e responsáveis pela coordenação pedagógica e administração dos 
cursos de graduação com base na legislação, regulamentações internas, 
Planejamento Estratégico Institucional, Plano de Desenvolvimento 
21 
 
Institucional, Projeto Pedagógico Institucional e Projeto Pedagógico do 
Curso. 
No que diz respeito ao processo de gestão, a FURJ/UNIVILLE cumpre 
atualmente um ciclo de Planejamento Estratégico Institucional (PEI) 
correspondente ao período 2009-2018 e caracterizado pelo fluxo apresentado na 
Figura 1. Dentre as ações já realizadas ao longo deste ciclo, pode-se indicar: 
1. Análise de cenários e realização de diagnóstico interno e externo; 
2. Revisão da Missão, Visão, Valores e Princípios Institucionais; 
3. Identificação de Questões Estratégicas, Grandes Objetivos e Estratégias 
institucionais; 
4. Definição e priorização de projetos estratégicos; 
5. Planejamento, execução, controle e encerramento de projetos estratégicos; 
6. Rotinização e incorporação de novas políticas, programas e processos 
advindos dos projetos estratégicos encerrados. 
A Missão institucional é “Promover formação humanística e profissional de 
referência para a sociedade atuando em ensino, pesquisa e extensão e contribuir para 
o desenvolvimento sustentável.”. 
A Visão institucional é “Ser reconhecida nacionalmente como uma 
universidade comunitária, sustentável, inovadora, internacionalizada e de referência 
em ensino, pesquisa e extensão.”. 
Os Valores e Princípios institucionais são: 
1. Cidadania: autonomia, comprometimento, motivação, bem-estar e 
participação democrática responsável promovem o desenvolvimento 
pessoal e social. 
2. Integração: ação cooperativa e colaborativa com as comunidades interna e 
externa constrói o bem comum. 
3. Inovação: competência para gerar e transformar conhecimento científico em 
soluções sustentáveis para os ambientes interno e externo contribui para o 
desenvolvimento socioeconômico. 
Responsabilidade ambiental: gestão de recursos e ações comprometidas com o 
equilíbrio ambiental favorecem a melhoria da qualidade de vida. 
22 
 
 
Figura 1 – Fluxograma do Ciclo de Planejamento Estratégico Institucional 
23 
 
Os Grandes Objetivos definidos para o atual ciclo do PEI (2009-2018) são: 
I - Assegurar o status de Universidade com identidade comunitária; 
II - Produzir e disseminar o conhecimento científico, tecnológico, artístico e 
cultural com vista ao bem social; 
III - Expandir o acesso e favorecer a permanência do estudante na 
Instituição de modo sustentável; 
IV - Promover a melhoria da qualidade de vida no ambiente de 
trabalho; 
V - Gerar soluções inovadoras e sustentáveis integrando novos conceitos e 
tecnologias aos processos de ensino, pesquisa, extensão e gestão; 
VI - Desenvolver e aprimorar nos estudantes a autonomia, o 
espírito crítico, investigativo e interventivo com ética e responsabilidade; 
VII - Atuar de forma responsável e proativa para a conservação 
e preservação do meio ambiente; 
VIII - Fortalecer o comprometimento dos professores e técnico-
administrativos com a Instituição; 
IX - Fortalecer parcerias interinstitucionais visando ao 
aprimoramento científico, tecnológico, artístico e cultural; 
X - Intensificar e aprimorar as relações entre universidade e mercado de 
trabalho; 
XI - Criar uma sistemática eficaz de comunicação interna; 
XII - Potencializar a representatividade cientifico-acadêmica, 
política e social. 
O Departamento de Artes Visuais, unidade acadêmico-administrativa 
responsável pelo Curso de Artes Visuais integra o PEI por meio da participação direta 
do Chefe do Departamento como representante nos Conselhos Superiores e nas 
atividades do planejamento estratégico. Além disso, o Departamento de ARTES 
promove o desdobramento tático e operacional de objetivos e estratégias 
institucionais por meio da execução do Projeto Pedagógico do Curso de Artes Visuais 
pelos integrantes do Colegiado do Curso, Chefia do Departamento e Núcleo Docente 
Estruturante do Curso. A Figura 2 procura representar as relações entre as diferentes 
instâncias que compõem a gestão do Curso Artes Visuais. O desdobramento do PEI 
no âmbito do departamento pode ser caracterizado por meio de ações associadas a 
cada uma das estratégias propostas institucionalmente e relacionadas a quatro 
24 
 
dimensões estratégicas: 
 
25 
 
 
 
 
Figura 2 – Organograma Departamento de Artes Visuais 
 
Dimensão 1 – Sustentabilidade 
Inclui projetos institucionais que abrangem as estratégias: 
 Assegurar o statusde Universidade com identidade comunitária; 
 Garantir a sustentabilidade econômico-financeira com qualidade nos 
serviços prestados; 
 Assegurar a qualidade e fortalecer a credibilidade da Universidade em 
nível nacional em função da competência acadêmico-científica; 
 Facilitar o acesso e a permanência do estudante. 
Pode-se observar que o Departamento Artes Visuais vem empreendendo 
ações relacionadas a esta dimensão e as suas estratégias: 
 Umas das últimas reestruturações do curso contou com a consultoria da 
Professora Dra. Verônica Gesser. O currículo foi atualizado de forma inovadora 
e organizado em módulos semestrais, possibilitando atender a necessidade 
dos alunos quanto à oferta de disciplinas relacionadas à Arte Contemporânea. 
 Melhoria do atendimento ao discente: maior articulação do Departamento com 
a Central de Atendimento ao Estudante (CAA), Escritório de Estágio e 
Empregabilidade (EEE) e PAP (Programa de Acompanhamento 
Psicopedagógico) com vistas a ajudar a contribuir junto aos estudantes, as 
oportunidades de bolsa de estudos, oportunidades de emprego e estágio, 
Colegiado do 
Curso de Artes 
Visuais
Coordenação 
de Artes Visuais
Corpo Docente Corpo Discente
Núcleo Docente 
Estruturante 
(NDE)
26 
 
atendimento psicopedagógico, projetos de nivelamento; 
 A Assessoria de Avaliação realiza anualmente a pesquisa junto aos discentes 
sobre o desempenho docente. Os relatórios são encaminhados ao 
Departamento de Artes Visuais e aos professores. O Departamento tem 
utilizado os resultados destas pesquisas para subsidiar ações junto aos 
docentes no que diz respeito à correção de problemas didático-pedagógicos, 
melhoria metodológica do ensino e aprendizagem, profissionalização e 
qualificação docente. 
 Incentivo aos alunos a organizarem mostras didáticas da sua produção artística 
nos ambientes da universidade e demais espaços culturais da cidade. 
 
Dimensão 2 - Processos 
Inclui projetos institucionais que abrangem as estratégias: 
 Inovar na gestão dos processos organizacionais; 
 Instituir uma gestão moderna para contratos dos prestadores de serviços 
à Universidade e dos convênios institucionais; 
 Potencializar o uso sustentável da infraestrutura e assegurar sua 
manutenção. 
 Pode-se observar que o Departamento de Artes Visuais vem 
empreendendo ações relacionadas a esta dimensão e a suas 
estratégias: 
O Departamento de Artes Visuais passou a funcionar junto ao Centro de 
Ciências Humanas e Biológicas, num espaço integrado para otimizar o espaço, 
possibilitando melhor comunicação entre os diferentes cursos e um atendimento 
diferenciado ao acadêmico. 
 
Dimensão - Clientes/Mercado/Sociedade 
 
Inclui projetos institucionais que abrangem as estratégias: 
 Estabelecer políticas e implantar procedimentos de marketing e 
relacionamento com os acadêmicos, egressos e comunidade externa; 
 Desenvolver a inteligência competitiva sendo proativo e antevendo 
tendências; 
27 
 
 Intensificar e aprimorar as relações nacionais e internacionais. 
Pode-se observar que o Departamento de Artes Visuais vem empreendendo 
ações relacionadas a esta dimensão e as suas estratégias: 
O curso participa ativamente das ações culturais promovidas pelos espaços de 
cultura da região, como: exposições; palestras, eventos culturais e viagens de estudos 
incentivando a presença tanto de alunos como de professores. 
 
Dimensão 4 - Pessoas/Aprendizagem 
Inclui projetos institucionais que abrangem as estratégias; 
 Desenvolver competências de forma contínua e permanente nos 
profissionais que atuam na Universidade (pedagógico, acadêmico-
científico, administrativo); 
 Desenvolver endomarketing visando ao fortalecimento ético e ao 
comprometimento nas relações entre as pessoas e com a Instituição; 
 Reconhecer e valorizar o profissional com base na produtividade. 
Pode-se observar que o Curso Artes Visuais vêm empreendendo ações 
relacionadas a esta dimensão e as suas estratégias: 
 Ações de qualificação do corpo docente: o Departamento de Artes 
Visuais, por meio do Programa de Qualificação Docente (PQD) da 
UNIVILLE propiciou nos últimos 3 anos ajuda de custo para a professora 
Célia Ceschin Silva Pereira ingressar no curso de Doutorado em 
Educação: Psicologia da Educação, em convenio com a PUC/SP. Curso 
de pós doutorado para professora Silvia Sell Duarte Pillotto, no 
Programa Estudos da Criança na Universidade do Minho, Braga, 
Portugal e para a Professora Nadja de Carvalho Lamas, Pós-doutoradp 
em Ciências da Linguagem, pela Unisul; 
 Ações de profissionalização docente: o departamento de Artes Visuais, 
por meio do Programa de Profissionalização Docente (PPD) da 
UNIVILLE propiciou aos docentes atividades de capacitação didático-
pedagógico. O PPD oferece anualmente uma programação de oficinas 
e palestras nos meses de recesso escolar (fevereiro e julho) e ao longo 
do ano. 
 Revisão do Estatuto do Magistério Superior da UNIVILLE: ao longo dos 
28 
 
anos de 2009 a 2011 foi reestruturado o Estatuto do Magistério Superior 
da UNIVILLE. Em 2012 os Conselhos Superiores aprovaram o novo 
estatuto e sua implantação foi iniciada. 
 Organização de eventos para estudantes: O Departamento de Artes 
Visuais organiza viagens culturais e eventos na área: anualmente ocorre 
o Colóquio das Licenciaturas/CLIC, onde os alunos são convidados. 
 Utilização de recursos da Internet para comunicação entre professores, 
estudantes e chefia do departamento: O Departamento de Artes Visuais 
tem intensificado a utilização de recursos eletrônicos para a 
comunicação: e-mail, página do Departamento de Artes Visuais no portal 
UNIVILLE. Em 2012 entrou no ar a página do Facebook. 
Institucionalmente os alunos ingressantes são recepcionados 
formalmente pela Pró reitoria de Ensino-PROEN e pela Chefia do 
Departamento. 
 Do ponto de vista docente, o Programa de Profissionalização Docente 
da UNIVILLE promove semestralmente o Encontro de Integração para 
docentes recém contratados e oferece a Profissionalização Docente 
Continuada com encontros presenciais e virtuais ao longo do ano com 
vistas a discutir com os novos professores temas relacionados às 
competências didático-pedagógicas do professor; 
 Participação dos alunos no PIBID (Programa Institucional de Bolsas de 
Iniciação à Docencia): implementado em agosto em 2012 com a 
temática voltada às questões do letramento digital. 
Além da articulação do Departamento (CHB) e do Curso Artes Visuais na 
gestão estratégica da instituição, é possível tecer considerações sobre as articulações 
dentro do contexto das políticas institucionais de ensino, pesquisa e extensão. 
 
3.2. POLÍTICA INSTITUCIONAL DE ENSINO DE GRADUAÇÃO 
 
O ensino de graduação na UNIVILLE tem como objetivo a mediação, a 
sistematização, a apropriação do saber, o desenvolvimento de competências 
necessárias ao exercício profissional e da cidadania, em resposta às demandas da 
sociedade. 
29 
 
De forma mais específica, A UNIVILLE promove o ensino de graduação 
pautada nos princípios apontados em resolução do CEPE: 
I - responsabilidade e compromisso com a formação de 
cidadãos/profissionais inseridos em um contexto marcado por desigualdades sociais 
e profundas transformações; 
II - formação humanística que privilegia sólida visão de homem e sociedade; 
III - indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; 
IV - aprendizagem como processo de construção da autonomia do sujeito; 
V - qualidade acadêmica numa perspectiva de gestão universitária 
transparente, democrática e participativa; 
VI - respeito a outras formas de saber, além da acadêmica; 
VII - qualificação e profissionalização pedagógica; 
VIII - integração com a educação básica e a pós-graduação; 
IX - expansão com qualidade, planejada com base na demanda social e de 
mercado, integrada com a viabilidade de infraestrutura e condições pedagógicas; 
X - avaliaçãopermanente através de programas institucionais e de 
organismos oficiais externos; 
XI - flexibilização de acesso aos cursos e novas modalidades de acesso. 
Com base nestes princípios, o ensino de graduação da UNIVILLE tem, entre 
outras finalidades: 
I - habilitar profissionais nas diferentes áreas de conhecimento, para 
participarem no desenvolvimento cultural, econômico e político da sociedade, 
colaborando na sua formação contínua; 
II - estimular a produção do conhecimento cientifico com vistas à autonomia 
intelectual e emancipação política dos sujeitos envolvidos no processo pedagógico; 
III - promover a pesquisa e a investigação cientifica no processo pedagógico; 
IV - promover, através da relação ensino-aprendizagem, a apreensão de 
conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da 
humanidade; 
V - estimular o conhecimento e propor soluções aos problemas 
contemporâneos, em particular, os nacionais e regionais; 
VI - subsidiar a prestação de serviços especializados à comunidade e 
estabelecer com ela relação de reciprocidade; 
30 
 
VII - promover a extensão aberta à participação da população, visando 
disseminação das conquistas e benefícios da criação cultural e da pesquisa cientifica 
e tecnológica produzida pela Instituição; 
VIII - disseminar a concepção de ser humano contextualizado 
ambientalmente, desenvolvendo a consciência ética que tem por base a 
sustentabilidade das ações sociais; 
IX - promover a percepção da complexidade através da multi, inter e 
transdisciplinaridade. 
O Curso de Artes Visuais continuamente busca o alinhamento de seu PPC aos 
princípios e objetivos do ensino de graduação constantes da política da UNIVILLE. De 
forma mais específica, pode-se considerar que algumas ações tem sido 
implementadas para alcançar este maior alinhamento: 
 Reestruturação do Projeto Pedagógico do Curso de Artes Visuais. 
Reestruturações ocorridas buscaram aperfeiçoar a definição do perfil do 
egresso incluindo competências de gestão e descrevendo de forma mais 
específica as competências humanas ou sociais. A partir disto, a matriz 
curricular e a proposta metodológica foram aperfeiçoadas no sentido de 
definir mais claramente os conteúdos a serem abordados e a forma com 
que as competências serão desenvolvidas. Além disso, o PPC passou a 
contar com disciplinas optativas escolhidas pelos estudantes e a 
inclusão do TCC além do ECS. 
 Implantação de metodologias de ensino e aprendizagem centradas no 
aluno: a reestruturação do PPC do curso de Artes Visuais propõe 
componentes curriculares que serão desenvolvidos prioritariamente com 
metodologia de aprendizagem baseada em projetos: Trabalho de 
Conclusão de Curso (4ª série) e Estágio Curricular Supervisionado 3ª e 
4ª série. 
 Aproximação com organizações e instituições educacionais por meio de 
parcerias: o Departamento de Artes Visuais tem estabelecido parcerias 
com organizações e instituições escolares com vistas a estreitar o 
relacionamento para oferecer aos estudantes a oportunidade de estágio, 
emprego e participação em eventos. 
 Realização de atividades extracurriculares: o Departamento de Artes 
Visuais participa anualmente do Colóquio das Licenciaturas (CLIC), bem 
31 
 
como promove palestras, cursos, exposições e participação em Feiras 
de Profissões e Empregabilidade . Estas atividades extracurriculares 
podem ser validadas pelos alunos como Atividades Acadêmico-
científico-culturais. 
 Ações de profissionalização docente: o Departamento de Artes Visuais, 
por meio do Programa de Profissionalização Docente (PPD) da 
UNIVILLE propiciou aos docentes atividades de capacitação didático-
pedagógico. O PPD oferece anualmente uma programação de oficinas 
e palestras nos meses de recesso escolar (fevereiro e julho) e ao longo 
do ano. 
 
3.3 POLÍTICA INSTITUCIONAL DE EXTENSÃO 
 
Conforme o PPI da UNIVILLE, A extensão tem por objetivo compartilhar os 
saberes acadêmicos e comunitários visando contribuir com a formação integral do 
estudante. 
Os princípios que norteiam as ações extensionistas são: 
 promover a indissociabilidade entre o Ensino, a Pesquisa e a Extensão; 
 contribuir para o desenvolvimento de um processo pedagógico 
participativo, possibilitando um envolvimento social com a prática do 
conhecimento e responder cientificamente às demandas suscitadas pela 
comunidade; 
 estimular iniciativas de educação continuada, prestação de serviços e 
ação comunitária; 
 integrar a comunidade acadêmica e a sociedade, e reconhecer, nesta 
última, uma fonte de conhecimento significativo, naturalmente 
qualificado para o diálogo com o conhecimento científico; 
 incentivar o desenvolvimento integral da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho; 
 valorizar as potencialidades e as peculiaridades de cada universo social, 
compartilhando o desenvolvimento cultural, biopsicossocial, ecológico e 
histórico; 
 favorecer o exercício da cidadania e a participação crítica, fortalecendo 
32 
 
políticas que assegurem os direitos humanos, bem como a construção 
de processos democráticos geradores de equidade social e equilíbrio 
ecológico. 
Dessa forma a Extensão tem por finalidade: 
 formar a cidadania e constituir-se um ponto de referência para o 
desenvolvimento da Região Norte e Nordeste de Santa Catarina, por 
meio de programas e projetos de Extensão; 
 priorizar projetos de demanda interna que possibilitem a solução de 
problemas de ordem socioeconômica, educacional, cultural e ambiental; 
 apoiar projetos de demanda externa que sejam relevantes para a 
comunidade universitária e extra-universitária; 
 participar de projetos que sejam oferecidos pelo governo federal, 
estadual, municipal e de instituições nacionais e internacionais que 
estejam em consonância com o Projeto Pedagógico do Curso da 
Instituição; 
 incentivar, junto aos departamentos, a criação de cursos de extensão 
que possam ser oferecidos à comunidade acadêmica e à comunidade 
da região; 
 desenvolver consultoria para os diversos segmentos da comunidade, 
envolvendo os departamentos; 
 articular, junto aos departamentos, a viabilização de atividades de 
extensão a partir dos planos de ensino. 
 
O Curso de Artes Visuais desenvolve atividades de extensão por meio da 
participação de seus professores e estudantes em programas institucionais de 
extensão, projetos de extensão do Departamento Artes Visuais ou de outros 
departamentos da UNIVILLE, bem como organização e participação em eventos e 
cursos. As atividades de extensão estão relacionadas a algumas áreas: Letras, 
Línguas e Artes e Educação. 
Os professores que atuam no curso Artes Visuais da UNIVILLE, possuem 
programas e projetos de extensão nos quais desenvolvem diversas atividades para 
profissionalização docente. Dessas experiências participam também os acadêmicos 
que freqüentam o curso de Artes Visuais. 
33 
 
Na UNIVILLE, há o Programa Institucional de Extensão Arte na Escola que 
iniciou as suas atividades em 1992, como Projeto Arte na Escola, mas foi formalizada 
parceria interinstitucional com a UDESC, FURB, UNESC, CA/UFSC, FUNDAÇÃO 
IOCHPE e UNIVILLE, em 10/05/1993. Em 1995, por decisão do CEPE, foi 
transformado em Programa Institucional. O objetivo do programa desenvolver ações 
que contribuam para a melhoria da qualidade do ensino da arte na região de Joinville. 
Para tanto é composto de: 1) subprograma de educação continuada: grupos de 
estudos, encontros, seminários, whorkshop's, oficinas, cursos de extensão e de pós-
graduação em História da Arte; 2) subprograma midiateca: DVDteca Arte na Escola, 
banco de imagens, acervo de materiais educativos em arte e publicações; 
3)subprograma pesquisa: linha de pesquisa Ensino da Arte e linha de pesquisa 
História e Teoria da Arte; 4) subprograma relações institucionais: parceria e convênios 
com Secretaria daEducação de Joinville, Secretaria de Educação de Itapoá, 
Secretaria de Educação de São Francisco do Sul e SESI- Joinville. 
Os coordenadoras deste Programa são: 
Professora: Nadja de Carvalho Lamas - coordenadora - Mestrado e Doutorado 
em Artes Visuais, pela UFRGS. Realizando o Estágio Pós-doutoral em Ciências da 
Linguagem, pela Unisul; 
Alena Rizi Marmo Jahn - coordenadora pedagógica - Mestrado em Artes 
Visuais, pela UFRGS e cursando o doutorado em Artes Visuais, pela USP. 
Anualmente são abertos editais internos com vistas a selecionar propostas de 
projetos a serem operacionalizados no ano seguinte e financiados pelo Fundo de 
Apoio à Extensão da UNIVILLE. Os professores podem submeter propostas por meio 
do Edital Interno de Extensão. Além disso, professores e estudantes podem submeter 
projetos a editais externos divulgados pela Área de Extensão da UNIVILLE, bem como 
podem submeter projetos de demanda externa em parceria com instituições e 
organizações e projetos voluntários. 
Nos últimos dez anos o departamento tem aprovado projetos de extensão. 
Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPE): anualmente a 
UNIVILLE promove um seminário institucional com o intuito de apresentar as ações 
relativas a projetos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão e promover uma 
34 
 
reflexão sobre a indissociabilidade das três áreas e os desafios da 
multidisciplinaridade. As atividades incluem palestras e relato diferentes projetos da 
universidade. ou assistindo as sessões técnicas e palestras. Semana da Comunidade: 
anualmente a UNIVILLE promove um evento comemorativo de seu credenciamento 
como universidade. Durante a semana são promovidas diversas ações com vistas a 
oferecer a comunidade externa a oportunidade de conhecer a instituições e sua ação 
comunitária. O Departamento de Artes Visuais participa por meio de um stand na feira 
das Profissões, oferecendo a comunidade informações sobre o curso e a carreira 
profissional em outras Instituições Culturais. Além disso, durante a semana, os 
estudantes do curso de Artes Visuais, são convidados a participar de palestras sobre 
diversos temas como: empregabilidade, mobilidade acadêmica, saúde, cidadania, 
direitos humanos. 
 
 
3.4 POLÍTICA INSTITUCIONAL DE PESQUISA 
 
Conforme o PPI da UNIVILLE, A pesquisa é entendida como procedimento 
racional e sistemático voltado à produção do conhecimento, com o objetivo de manter 
um processo constante de reflexão-crítica, contribuindo para a melhoria da qualidade 
do ensino e o desenvolvimento sustentável da região. 
Desse modo, a pesquisa tem como princípios: 
 a inserção em todos os níveis de ensino objetivando a integração e formando 
para a cidadania; 
 constituir-se num ponto de referência para o desenvolvimento da região; 
 o desenvolvimento científico, tecnológico, artístico e cultural, em todos os níveis 
de formação; 
 a multi-, inter- e transdisciplinaridade; 
 ser a base de sustentação dos cursos de pós-graduação stricto sensu 
existentes e à criação de novos cursos; 
 despertar o espírito empreendedor, criativo e inovador; 
 ser agente de geração e disseminação de conhecimento novo; 
 ser agente de transformação do conhecimento em riqueza para a sociedade; 
 ser recurso didático-pedagógico, na busca constante da melhoria do ensino. 
35 
 
Assim a área de pesquisa tem como diretrizes: 
 promover a pesquisa em todas as áreas do conhecimento e em todos os níveis 
de ensino; 
 promover a integração graduação – pós-graduação nas atividades de pesquisa 
por meio do Programa Institucional de Apoio ao Estudante na Área de 
Pesquisa; 
 apoiar o processo de consolidação das áreas de pesquisa institucionais, por 
meio de programas institucionais de pesquisa, núcleos de pesquisa ou de 
pesquisa e extensão, projetos de pesquisa e de iniciação científica; 
 induzir a geração de competências para atuação em Pesquisa e 
Desenvolvimento em áreas de interesse institucional e/ou regional por meio do 
incentivo à qualificação profissional; 
 criar mecanismos que estimulem a ampliação da produção científica 
institucional com vistas à criação e consolidação de programas de pós-
graduação stricto-sensu e a manutenção do status de Universidade; 
 ampliar as parcerias científicas e tecnológicas da universidade com os 
diferentes segmentos da sociedade; 
 estimular e dar suporte à busca de recursos financeiros externos para; 
 promover a inovação tecnológica e proteger o conhecimento gerado na 
Universidade; 
 rediscutir constantemente as áreas de pesquisa institucionais, definindo novos 
enfoques e interfaces, com vistas ao desenvolvimento científico constante da 
Instituição, considerando as competências institucionais, as Políticas Nacionais 
para Ciência, Tecnologia e Inovação e as demandas regionais; 
 promover projetos interdepartamentais, interinstitucionais e internacionais com 
vistas a consolidar a cultura de produção científica na universidade; 
 incentivar a socialização dos resultados das pesquisas e a intervenção direta 
na realidade. 
Desta forma, a pesquisa tem por finalidades: 
 gerar conhecimento novo; 
 gerar competências para atuação em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) tanto 
nos setores acadêmicos quanto empresariais; 
36 
 
 contribuir para a formação de cidadãos críticos, pró-ativos, inovadores e 
empreendedores; 
 produzir inovação tecnológica, contribuindo para a geração de riqueza para o 
país e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. 
O Curso de Artes Visuais desenvolve atividades de pesquisa por meio da 
participação de seus professores e estudantes em programas institucionais de 
pesquisa, projetos de pesquisa do Departamento ou de outros departamentos da 
UNIVILLE, bem como organização e participação em eventos científicos. As 
atividades de pesquisa estão relacionadas a Arte e Cultura e outras áreas afins. 
Os professores que atuam no curso Artes Visuais da UNIVILLE, coordenam 
projetos e núcleo de pesquisa. 
Anualmente são abertos editais internos com vistas a selecionar propostas de 
projetos a serem operacionalizados no ano seguinte e financiados pelo Fundo de 
Apoio à Pesquisa (FAP) da UNIVILLE. Os alunos podem submeter propostas por meio 
do Edital PIBIC e os professores podem submeter propostas por meio do Edital Interno 
de Pesquisa. Além disso, professores e estudantes podem submeter projetos a editais 
externos divulgados pela Área de Pesquisa da UNIVILLE, bem como podem submeter 
projetos de demanda externa em parceria com instituições e organizações e projetos 
voluntários. 
Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPE): anualmente a 
UNIVILLE promove um seminário institucional com o intuito de apresentar as ações 
relativas a projetos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão e promover uma 
reflexão sobre a indissociabilidade das três áreas e os desafios da 
multidisciplinaridade. As atividades incluem palestras e relato de experiências por 
parte de professores e estudantes engajados em diferentes projetos da universidade. 
Os estudantes dos cursos de Artes Visuais, podem participar deste evento por meio 
da apresentação de trabalhos ou assistindo as sessões técnicas e palestras. Os 
estudantes do curso de Artes Visuais que participam como bolsistas nos projetos de 
pesquisa desenvolvem produção de textos e apresentam suas pesquisas a 
comunidade acadêmica e os demais alunos podem prestigiar assistindo as sessões 
técnicas. 
Semana de Iniciação Científica (SIC): anualmente a UNIVILLE promove um 
evento em que estudantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica 
fazem relatos de seus trabalhos. Os estudantes do curso de Artes Visuais que 
37 
 
participam do PIBIC fazem seus relatos e os demais alunos podem prestigiar 
assistindo as sessões técnicas. 
 
 
3.5 JUSTIFICATIVA DA NECESSIDADE SOCIAL DO CURSO (CONTEXTO 
EDUCACIONAL) 
 
 
A construção do Currículoem Licenciatura em Artes Visuais justifica-se por 
ser de suma importância, no contexto contemporâneo, se refletir sobre a formação do 
professor e de seu trabalho, enquanto mediador nos processos de construção de 
conhecimentos e de cidadania, especialmente nos Cursos de Licenciatura. 
Tem-se consciência das lacunas existentes na maioria dos cursos de 
formação inicial em Arte, que em função da atual estrutura curricular, não preparam o 
profissional para a docência. A formação do sujeito professor é construída apenas no 
final da Graduação, através da disciplina de Prática de Ensino ou do Estágio Curricular 
Supervisionado, uma questão problemática na maioria das Graduações em 
Licenciatura. 
Diante desse contexto, cabe considerar, qual o perfil desses cursos que não 
preparam nem para a prática docente e nem tão pouco para a pesquisa? Como, então, 
se constrói a identidade do professor nos Cursos de Formação? 
Pimenta (1999) propõe algumas reflexões sobre o conceito de identidade na 
formação do professor: 
 
A identidade não é um dado imutável. Nem externo, que possa ser adquirido. 
Mas é um processo de construção do sujeito historicamente situado. A 
profissão do professor, como as demais, emerge em dado contexto e 
momentos históricos, como respostas a necessidades que estão postas pelas 
sociedades, adquirindo estatuto de legalidade. (PIMENTA,1999, p.18). 
 
 Dessa forma, algumas profissões se transformam ou adquirem novos 
significados para responder as novas configurações da sociedade. O contexto social 
contemporâneo aponta para um caráter dinâmico da profissão docente, enquanto 
prática social, ao mesmo tempo em que se percebe um crescimento quantitativo de 
sistemas de ensino que não têm correspondido de forma qualitativa nos processos de 
formação desses profissionais. 
A identidade, segundo Pimenta, se constrói também dos significados que os 
professores conferem às suas atividades a partir de suas práticas e representações 
38 
 
cotidianas, de suas experiências e de seus conhecimentos pedagógicos construídos 
da própria experiência. 
Reflexões acerca do ensino e aprendizagem da arte, da identidade do 
professor que atua no sistema educacional, e também de futuros professores em 
Cursos de Formação foram questões discutidas no “Seminário Estadual de Arte na 
Educação – Repensando a Identidade do Professor de Arte”, realizado em junho de 
2003 na Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE . 
Pesquisas e reflexões relevantes na área da arte na educação foram 
apresentadas neste Seminário em comunicações, palestras, mesas redondas, 
publicações de livros e ANAIS, apontando à necessidade de se rever conceitos e 
práticas nessa área de conhecimento, bem como, a necessidade de se redimensionar 
os currículos dos Cursos de Formação de Professores de Arte. 
Essas pesquisas confirmavam que ainda permaneciam os problemas há 
muito diagnosticados nas práticas de professores, bem como, nos Cursos de 
Formação (BIASOLI,1999) tais como: falta de unicidade entre conhecimentos 
conceituais e fazer artístico, entre teoria e prática, conhecimento da arte apenas como 
produto realizado privilegiando-se apenas a repetição desse conhecimento, o fazer 
artístico apenas como utilização de técnicas, ou seja, tecnicismos, livre-expressão, 
enfoques polivalentes, professores não-habilitados ministrando aulas de arte, 
desrespeito por essa área de conhecimento nas escolas, além de condições e 
instalações inadequadas nas escolas. 
A partir desse diagnóstico, fez-se necessário repensar a estrutura curricular 
dos Cursos de Formação, pois a grande maioria desses cursos ainda possui a fortes 
resquícios das antigas Licenciaturas em Educação Artística, com polivalência de 
linguagens, de métodos e de abordagens conceituais e filosóficas, com habilitações 
de bacharelado e licenciatura em um só Curso, com formação básica nos dois 
primeiros anos e formação específica nos dois últimos anos. 
Com relação às Licenciaturas, essa forma de organização do currículo 
determinava que a prática pedagógica do acadêmico acontecia somente no final do 
curso, estabelecendo assim, a dicotomia entre formação teórica e formação 
pedagógica, além da fragilidade na formação desses alunos como profissionais. 
Assim, no contexto da escola encontrava-se o professor de Artes, mas não o 
professor de Artes Visuais, o professor de Música, o professor de Teatro e o professor 
de Dança, com habilitação específica para cada um desses campos de conhecimento. 
39 
 
 As políticas educacionais, através das legislações vigentes acerca do ensino 
superior, de certa forma, provocaram revisões de currículos polivalentes, e que 
certamente resultaram em maior qualidade na formação, tanto de professores, quanto 
de bacharéis. 
Ainda acerca da identidade do professor de arte, a pesquisa de Carvalho, 
apresentava as seguintes questões: “Que idéia de arte a escola construiu e vem 
construindo? Qual é a identidade ou quais as identidades dessa disciplina e desses 
professores no espaço da escola hoje?” Que poder possui a escola para transformar 
a arte em apenas técnicas ou livre-expressão? 
E tais questões apontam para reflexões acerca da identidade como elemento 
que se constrói no contexto histórico e cultural e nas práticas sociais. É por meio de 
práticas e representações no espaço escolar, que se estruturam as identidades da 
arte na escola. Nesse sentido se reconhece, ainda, elementos estereotipados e 
arraigados como práticas e representações de significados do fazer pedagógico de 
professores, e como tal, determinam o perfil dessas identidades. 
 
(...) os professores, aqui considerados responsáveis diretos pelo fazer 
pedagógico, são produtores de identidades em incessante construção num 
contexto educacional marcado por influências históricas, culturais e políticas. 
Suas identidades são também construídas e marcadas por esses contextos 
imersos em conflitos e práticas culturais específicas.(CARVALHO, 2003, 
p.108) 
 
Não se pode dissociar desse contexto, às relações entre a construção de 
identidades, do currículo e da formação de professores. 
O conceito de formação, segundo Garcia (1999), implica em múltiplas 
perspectivas: o componente pessoal, o desenvolvimento do sujeito humano, o 
percurso que o indivíduo percorre na construção de sua identidade e o trabalho sobre 
si mesmo é o que está implicado no conceito de formação: 
 
A formação de professores é a área de conhecimentos, investigação e de 
propostas teóricas e práticas que, no âmbito da Didática e da Organização 
Escolar, estuda os processos através dos quais os professores – em 
formação ou em exercício - se implicam individualmente ou em equipa, em 
experiências de aprendizagem através das quais adquirem ou melhoram 
seus conhecimentos, competências e disposições, e que lhes permite intervir 
profissionalmente no desenvolvimento do seu ensino, do currículo e da 
escola, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação que os alunos 
recebem. (GARCIA, 1999, p.26). 
40 
 
Esse autor considera que a formação deve ser contínua, isto é, permanente, 
e considerar princípios éticos, didáticos e pedagógicos, devendo, estar integrada aos 
processos de inovação e mudanças curriculares e ligada ao desenvolvimento 
organizacional da escola. O processo de formação pedagógica de professores deve 
articular conteúdos disciplinares acadêmicos, bem como, a integração entre teoria e 
prática, ou seja, ação pedagógica, reflexão teórica e ação reavaliada. A reflexão 
epistemológica da prática, para que teoria e prática estejam integradas em um 
currículo voltado à ação. Dessa forma, torna-se fundamental a coerência entre o 
conhecimento didático, o conteúdo e a forma como esse conhecimento é transmitido. 
Para Garcia, o aprender é um processo individual e não homogêneo para 
todos os sujeitos e a formação de professores deve propiciar a capacidade crítica e o 
desenvolvimentointelectual, social e emocional dos professores. 
 Com relação à Formação Docente, especificamente no Ensino Superior, Vasconcelos (2000) 
apresenta os seguintes aspectos: a formação técnico-científica, a formação prática, a formação 
pedagógica e a formação política. 
 O aspecto da formação técnico-científica diz respeito ao domínio técnico do conteúdo a ser 
ensinado. A competência técnico-científica do professor está relacionada ao comprometimento, à visão 
crítica do meio, a atitude frente ao conhecimento específico de sua área de atuação. 
 Essa autora considera como fundamentais os condicionantes sociais, políticos e filosóficos que 
permeiam a ação pedagógica do professor, de seu envolvimento crítico, a preocupação com a 
atualização docente, a indissolubilidade entre as atividades de pesquisa, ensino e extensão e o 
comprometimento com a produção científica. 
 Na formação prática, segundo Vasconcelos, o professor deve ter domínio do conteúdo, 
conhecimento da prática profissional, integrando teoria à prática, estabelecendo a ponte entre a 
Academia e a Sociedade. A formação pedagógica abrange aspectos do planejamento de ensino, do 
perfil profissional, das relações professor/aluno, do processo de construção e reconstrução do 
conhecimento via pesquisa. Nos aspectos da formação política, considera as tomadas de atitudes, o 
posicionamento crítico, o tomar partido, isto é, posicionar-se, ter ética e clareza de suas opções 
filosóficas. 
 Uma outra abordagem sobre formação docente no ensino superior é desenvolvida por 
Anastasiou (2002), relacionando saberes científicos e saberes pedagógicos. 
 
(...) quanto ao profissional que se pretende possibilitar com o percurso 
nos quadros teórico-práticos, se discute a abordagem necessária à ciência, 
organizada em conteúdos disciplinares ou interdisciplinares. Isto inclui 
idecisões quanto ao papel docente, quanto aos saberes científicos e 
pedagógicos, na seleção e abordagem dos saberes escolares e na forma de 
apreensão a ser proposta ao aluno, mediada pela ação docente. 
(ANASTASIOU, 2002 p.08). 
 
Por um lado, saberes e conhecimentos teóricos/conceituais estão associados à produção de 
41 
 
pesquisa, por outro, os conhecimentos relativos ao fazer do professor são relacionados aos saberes 
pedagógicos, ao ser profissional, à docência. Nesse sentido, faz-se necessário pensar na articulação 
entre pesquisa e ensino na formação do professor, especialmente na Graduação. 
Pesquisas recentes sobre a formação docente apontam novos caminhos a 
serem considerados, dentre eles, a reflexão sobre a identidade do professor e os 
saberes que permeiam a docência. Sobre esse contexto, segundo Pimenta (1999, 
p.16) 
 
(...) as pesquisas sobre a prática estão anunciando novos caminhos para a 
formação docente. Um deles refere-se à discussão sobre a identidade 
profissional do professor, tendo como um de seus aspectos a questão dos 
saberes que configuram a docência. 
 
De acordo com Pimenta, é preciso re-significar os processos de formação e 
reconsiderar os saberes necessários à docência, colocando a prática pedagógica 
como eixo norteador nos Cursos de Formação inicial – graduação – assim como, a 
práxis pedagógica desenvolvida nas escolas. 
Um dos caminhos prováveis para que isso se concretize, segundo a autora, é 
desenvolver nos alunos uma atitude investigativa desde o início do curso, para que 
diante da necessidade e do desafio de se perceberem enquanto professores, saibam 
trabalhar coletivamente nas escolas, relacionando os saberes da docência. 
Se, por um lado, os saberes, conhecimentos e conceitos são produzidos e 
desenvolvidos através de pesquisas, por outro, os conhecimentos pedagógicos estão 
relacionados à docência. Dessa forma, faz-se necessário articular ensino e pesquisa 
na formação do professor. Nessa concepção, André enfatiza que: 
 
(...) há várias maneiras de se trabalhar a articulação entre ensino e pesquisa 
na formação docente. Uma delas é que a pesquisa se torne um eixo ou núcleo 
do curso, ou seja, que ela integre o projeto de formação inicial e continuada 
da Instituição, construído pelos seus participantes. (ANDRÉ, 2002, p.61). 
 
Pensar em um currículo voltado às questões específicas da formação do 
professor de Artes Visuais é pensar em uma função consciente de mediação e 
produção de saberes específicos da arte na educação, que implica no domínio de 
saberes artísticos e estéticos. O conhecimento artístico refere-se ao saber sobre o 
fazer artístico e o conhecimento estético refere-se ao refletir sobre a arte. Nesse 
sentido, o professor de Arte constrói em sua formação, conhecimentos estéticos ou 
42 
 
conceituais, conhecimentos artísticos ou operacionais e conhecimentos pedagógicos 
ou da docência. 
O aluno, futuro professor de arte na educação não pode construir seu 
conhecimento pedagógico, senão a partir do seu próprio fazer, pois é sobre a ação e 
a reflexão sobre a ação que a teoria é construída. 
Segundo Pimenta 
(...) o conhecer diretamente e/ou por meio de estudos as realidades escolares 
e os sistemas onde o ensino ocorre, ir às escolas e realizar observações, 
entrevistas, coletar dados sobre determinados temas abordados nos cursos, 
problematizar, propor e desenvolver projetos nas escolas; conferir os dizeres 
de autores e da mídia, as representações e os saberes que têm sobre a 
escola, o ensino, os alunos, os professores, nas escolas reais; começar a 
olhar, ver e analisar as escolas existentes com olhos não mais de alunos, 
mas de futuros professores, é um terceiro passo que temos realizado na 
tentativa de colaborar com a construção da identidade dos professores. 
(PIMENTA,1999, p. 28) 
 
Nessa perspectiva, os cursos de formação compreendem o professor como 
um intelectual crítico, com sólido domínio teórico/prático e com consciência de sua 
intervenção e transformação no contexto sócio-histórico em que atua. Seu processo 
de formação, portanto, opõe-se à racionalidade técnica de competências e habilidades 
que sob a forma de treinamento quer responder eficazmente às demandas do 
mercado. 
A realidade que se apresenta é complexa, diversificada e dinâmica, e o 
currículo deve ser um processo de construção de conhecimentos em permanente 
interação com a realidade, isto é, contextualizado a partir de reflexões sobre 
fundamentos conceituais e as experiências do cotidiano. 
Segundo Biasoli (1999, p.205) 
 
Se a prática pedagógica for o local ideal para levar o aluno a refletir sobre si 
mesmo, sobre o mundo e, por meio da produção, sobre “novos” 
conhecimentos aí oportunizados, então, ele será capaz de compreender que 
o ensinar e o aprender daquele momento não terminam ali, que não são um 
processo acabado, mas sim o caminho para que outros conhecimentos sejam 
produzidos, outras ações desencadeadas. 
 
3.5.1 Justificativa da Reestruturação do Curso em 2008 
 
A carreira de professor tem sido cada vez menos atrativa como escolha 
profissional no Brasil, seja pelas condições de formação dadas pelos cursos, seja 
pelas condições de seu exercício efetivo tanto como pelo piso salarial atual. As 
43 
 
pesquisas de apontam a desconsideração de políticas públicas quanto à condição 
pessoal e de trabalho dos professores. Entre elas estão a auto-estima e saúde, o clima 
e infra-estrutura organizacional, relações sociais e perspectivas da própria carreira. 
Isso pode ser percebido comparando-se as vagas oferecidas pelo Curso de 
Licenciatura em Artes Visuais em relação ao número de inscritos para o vestibular e 
o número de alunos matriculados. 
 
ANO VAGAS 
N° DE 
TURMAS 
TURNOS INSCRIÇÕES 
ÌNDICE DE 
CANDIDATO/VAGA 
2004 45 1 Noturno 61 1,36 
2005 48 1 Noturno 51 1,06 
2006 * 44 1 Noturno -- -- 
2007** 48 1 Noturno 36 0,75 
2008 48 1 Noturno 26 0,54 
 Quadro 05 – Vagas e relação candidato vaga do Curso de Artes Visuais 
 Fonte: Secretaria, 2008. 
 
A formação de professores se torna um desafio para as

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