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ACANTHOCEPHALA PARASITOLOGIA VETERINÁRIA

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ACANTHOCEPHALA
O filo Acanthocephala, é dividido em duas classes, sendo elas:
 Archiacanthocephala4 - que possui duas ordens de importância veterinária, sendo uma Oligacanthorhynchida4 constituída pela família Oligacanthorhynchidae e a outra Moniliformida4 constituída pela família Moniliformidae.
Paeleoacanthocephala4- que possui uma ordem de importância veterinária, sendo ela Polymorphida4 constituída pela família Polymorphidae.
No geral, os acantocéfalos possuem características semelhantes, variando basicamente no tamanho e na presença de espinhos.
	São seres dioicos com corpo de forma cilíndrica, que possuem uma tromba com espinhos que auxiliam a fixação deles na mucosa de seus hospedeiros. São pseudocelomados e não possuem tubo digestivo. O que auxilia na divisão interna é o ligamento central que sustenta os órgãos genitais², femininos e masculinos. Eles fazem a troca de produtos residuais, nutrientes e gases por meio de uma cutícula bem densa em seu tegumento¹ por difusão8. 
A classe Archiacanthocephala não possui espinhos em seu corpo, já a Paeleoacanthocephala sim. ³
Os ovos desse filo são elípticos e possuem 3 camadas, sendo elas, membrana do ovócito, membrana de fertilização e membrana de casca. Eles não possuem um opérculo.³
As larvas se desenvolvem em 3 fases, sendo elas Acanthor, Acanthella e Cystacantho. Sua fase infectante é a última e se diferencia por ter sua probóscide já retraída.³ 
Biologia
Os acantocéfalos possuem um ciclo heteróxeno.¹
No ciclo biológico geral desse filo, geralmente há o inicio com os ovos sendo liberados no ambiente e sendo ingerido por um artrópode(hospedeiro intermediario),e nele há a liberação da larva que se desenvolve desde acântor até cistacanto, e após esse desenvolvimento o artrópode com a larva é ingerido por um hospedeiro definitivo(mamíferos, aves, peixes e anfíbios), reiniciando o ciclo, ou é ingerido por um hospedeiro paratênico(pequenos vertebrados) onde não haverá desenvolvimento ou reprodução até que esse seja ingerido por um hospedeiro definitivo.³ Esse ciclo pode ter alterações dependendo da família, mas no geral esse é o genérico. 
Importância
Esses helmintos são de importância na medicina veterinária pelo fato de serem zoonoses acidentais que podem se instalar no intestino do homem e tê-lo como hospedeiro definitivo.
Família Oligacanthorhynchidae
· Macracanthorhynchus hirundinaceus
H.I: Besouros (Scarabeidae)
H.D.: Porco (e semelhantes) e homem (por acidente)
Patogenia
A Macracantorrincose (doença causada pelo M. hirundinaceus)
 acontece quando há a instalação do parasita no intestino delgado do hospedeiro definitivo, formando nódulos e inflamação no local de fixação. O hospedeiro pode apresentar dores abdominais e emagrecer. Em casos mais graves a probóscide do M. hirundinaceus perfura a parede do intestino e causa uma inflamação no peritônio(peritonite) que se não tratado desencadeia uma septicemia ocasionando a morte.5 
Vale ressaltar que na maioria dos casos de infecções causadas por M. hirundinaceus é rápida e assintomática, e só em casos de infestação que a maioria dos elementos supracitados são efetivos. ³ 
Diagnóstico
	
É obtido por meio de um exame parasitológico de fezes para observar se há presença de ovos. 
O método Hoffmann também é aplicado para visualização nos restos fecais de ovos, larvas e raramente o helminto adulto. 
Identificação por necropsia (no caso da morte do h.d.) do parasita na fase adulta.6
Tratamento e Controle
Trata-se com anti-helmíntico. Remove-se as fezes e mantem o local de convívio limpo com pisos que facilitem a remoção delas.6
A detecção do helminto pós abate também é de suma importância para o controle da doença. 5
Profilaxia
Eximir a ingestão de larvas e insetos e impedir o acesso de porcos a locais que possam ter a presença do H. Intermediario são artifícios que podem ser utilizados para evitar a contração do parasita. 6
Família Moniliformidae
· Moniliformis moniliformis
H.D.: Ratos, Gatos e Homens (por acidente)
H.I.: Besouro (Scarabeidae) e/ou baratas
Patogenia
A infecção por M. moniliformis acontece após a fixação do parasita no intestino delgado do hospedeiro definitivo. Os casos estudados de infecções causadas por Moniliformis moniliformis, nos leva a relatar a patogenia observada em humanos, sendo eles principalmente crianças com o hábito de comer ‘’sujeiras’’7. O helminto causa internamente inflamações nas zonas onde se fixou, podendo um se fixar em diversas regiões diferentes. Nas áreas onde houve a fixação há formação de granulomas e por vezes até hemorragia devido a várias feridas sendo feitas na mucosa intestinal. As pessoas infectadas geralmente apresentam sintomas como perda de apetite, dor abdominal, cansaço e fraqueza, apatia, diarreia, vômito, perda de peso e por vezes edemas na face.7 
Diagnóstico
 Geralmente é feito pela observação das fezes após o exame parasitológico de fezes , onde nessas irá apresentar o parasita já adulto e nem sempre acompanhado dos ovos.7
Tratamento e Controle
O tratamento é feito com anti-helmíntico, sendo o recomendado no artigo o Mebendazol devido a eficácia do remédio. 7 
Profilaxia
É necessário um controle de pragas em casas que apresentam muita aparição de ratos, baratas, besouros e outros insetos para que esses não sejam canal de transmissão do parasita. Além da atenção das famílias para que crianças não fiquem soltas com acesso a locais sujos onde poderão encontrar os insetos supracitados.
Família Polymorphidae
· Corynosoma spp.
H.D.: Mamíferos marinhos, aves e humanos (por acidente)9
H.I.: Artrópodes (anfípodes, ostracodes e copépodes)
H.P.: Peixes 9
Patogenia
Endoparasita que se aloja no intestino delgado e tem uma baixa patogenicidade. A maioria dos estudos são voltados para os peixes acometidos por essa infecção, sendo registradas inflamações no local de fixação do parasita. Há relatos de fígados de peixes danados por conta da presença de acantelas. Existem poucos estudos sobre essa espécie acometendo humanos, mas ela se dá por consumo de carne de peixe crua9. Um relato de caso envolvia um homem de 73 anos que tinha como hábito, consumo diário de frutos do mar não cozidos. Ele apresentava infecções intestinais e dores abdominais.10 
Diagnóstico
Nos peixes o diagnóstico foi relatado por meio de necropsia. Já no homem o diagnóstico foi obtido por meio de endoscopia.10 
Tratamento 
Para os peixes não há tratamento relatado. Porém para homens infectados com esses helmintos, o tratamento base essencial é com um anti-helmíntico que auxilia na eliminação desses parasitas pelas fezes. 
Profilaxia e Controle
Praticas higiênico-sanitárias são necessárias para inibir a transmissão desse parasita para o homem, fazendo a limpeza adequada do peixe(muito importante) para que ele seja levado ao mercado de consumo. Técnicas de congelamento e cozimento após a compra do fruto do mar são essenciais para a prevenção também. 9 Além disso, a intensificação da inspeção sanitária é de suma importância para melhorar a qualidade do pescado, aprimorando também estudos que ajudem a identificar parasitas transmitidos pelos frutos do mar que são de risco para a saúde pública, para uma elucidação da população na hora do consumo.11
Bibliografia
¹ = livro Parasitologia Veterinaria quarta edição M.A. TAYLOR , R.L. COOP, R.L. WALL
²= Introdução ao estudo da Helmintologia, edição da revista brasileira de biologia Rio de Janeiro, cap11 
³=Slide dos profs	
4= Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil
5= PARASITAS INTESTINAIS ENCONTRADOS EM SUÍNO ABATIDO EM MATADOURO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL - UM ESTUDO DE CASO
6= Helmintoses gastrintestinais de suínos – professora Diane A. Lima
7= CASO DE MONILIFORMIS MONILIFORMIS (ACANTHOCEPHALA) EM CRIANÇA NA CIDADE DE SÃO PAULO. - MANGINl, A.C.S.*; DIAS, R.M.D.S.*; TORRES, D.M.A.G.Y.*; SILVA, M.F.A. R.Y.** & CORREA, M.O.A*.
8= ACOSTA, AA., et al. Aspectos parasitológicos dos peixes. In: SILVA, RJ., orgs. Integridade ambiental da represa de Jurumirim: ictiofauna e relações ecológicas [online]. São Paulo: EditoraUNESP, 2016, pp. 115-192. ISBN 978-85-6833-478-2
9= Parasitas acantocéfalos das espécies de linguado Paralichthys isosceles, Paralichthys patagonicus e Xystreurys rasile do Brasil.
10= Fujita T, Waga E, Kitaoka K, Imagawa T, Komatsu Y, Takanashi K, et al. Infecção humana por parasitas acantocéfalos pertencentes ao gênero Corynosoma encontrados na endoscopia do intestino delgado. Parasitol Int 2016; 65 (5 PtA): 491-493. http://dx.doi.org/10.1016/j.parint.2016.07.002 . PMid: 27396515.
11-OCORRÊNCIA DE PARASITAS NO PESCADO: RELATO DE CASO. TCC Marcela de Souza Rosar- Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências Rurais, Medicina Veterinária.

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