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SALVADOR-BA 2020 1 SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA Helen Beatriz Sampaio Cardoso RELATÓRIO TÉCNICO SOBRE ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO SALVADOR-BA 2020 2 Helen Beatriz Sampaio Cardoso RELATÓRIO TÉCNICO SOBRE ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO Relatório técnico apresentado ao Senai, turma 66724 como requisito parcial para conclusão da disciplina de elementos de máquina 2 elaborado por Helen Sampaio, Orientada pelo professor: Thiago Silva no semestre letivo de 2020. 3 RESUMO Elementos de Máquinas trata-se de diversos componentes mecânicos empregados em máquinas e equipamentos, sendo que de acordo com as suas funções ou aplicações, podem ser denominados de elementos de fixação, apoio, transmissão, acoplamentos, vedação, flexíveis, etc. Nesse sentido, é muito importante que o conhecimento destes componentes mecânicos, seja adquirido, pois posteriormente podem ser utilizados de forma sistemática nas mais variadas situações de trabalho, envolvendo como, por exemplo, montagens e desmontagens de máquinas e equipamentos. A transmissão de potência ou movimento pode ser transmitida por elementos flexíveis, os quais podem ser assim relacionados: correias, polias, correntes, cabos e eixos. Sendo que a utilização dos mesmos, pode ser evidenciada de acordo com a sua respectiva aplicação, nas mais diversas situações, neste relatório abordaremos sobre diversos elementos de máquinas, dentro do grupo de elementos de transmissão. Palavras-chave: Transmissão, elementos e máquinas. 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Modelos de acoplamentos..............................................................8 Figura 2 Correias industriais........................................................................11 Figura 3 Tipos de polia................................................................................12 Figura 4 Coroa e pinhão...............................................................................12 Figura 5 Engrenagem cilíndrica com dentes helicoidais.............................13 Figura 6 Engrenagens cilíndricas com dentes retos....................................13 Figura 7 Engrenagem helicoidal para rosca sem fim...................................13 Figura 8 Engrenagem cônica com dentes helicoidais..................................14 Figura 9 Engrenagem cônica com dentes retos............................................14 Figura 10 Engrenagem com dentes em V......................................................14 Figura 11 Rolamentos....................................................................................16 Figura 12 Came de disco................................................................................18 Figura 13 Came de tambor.............................................................................18 Figura 14 Came de frontal.............................................................................18 Figura 15 Came de quadro.............................................................................19 Figura 16 Tipos de Correntes industriais.......................................................19 Figura 17 Chaveta longitudinal......................................................................21 Figura 18 Chaveta transversal........................................................................21 Figura 19 Chaveta paralela............................................................................22 Figura 20 Chaveta de disco............................................................................22 5 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Dados de fórmulas para cálculos de engrenagens........................15 Tabela 2 Fórmulas para cálculos de engrenagens......................................15 6 SUMÁRIO 1.0 - Introdução. .......................................................................................................... 7 2.0 - Desenvolvimento ................................................................................................. 8 2.1- Acoplamentos. .................................................................................................. 8 2.2- Tipos de acoplamentos. .................................................................................... 8 2.3- Motivos de falha no acoplamento. .................................................................... 9 2.4- Aplicações.........................................................................................................9 2.5- Benefícios e malefícios.....................................................................................9 2.6- Os principais cuidados a tomar durante a montagem dos acoplamentos..........9 2.7- Situação Problema sobre acoplamento.............................................................10 3.0 - Correias..................................................................................................................10 3.1 – Tipos de Correias e suas aplicações................................................................11 4.0- Polias.......................................................................................................................11 4.1 – Tipos de Polias e suas aplicações.....................................................................11 5.0 - Engrenagens...........................................................................................................12 5.1 - Tipos de engrenagens e suas aplicações...........................................................13 5.2 - Dados e fórmulas para cálculos de engrenagem...............................................15 6.0 - Rolamentos.............................................................................................................16 6.1 - Classificação dos rolamentos............................................................................16 6.2 - Tipos de rolamento............................................................................................16 6.3 - Aplicação dos rolamentos..................................................................................17 6.4 - Benefícios e malefícios do uso do rolamento....................................................17 7.0 - Cames.......................................................................................................................18 7.1 - Tipos de cames e suas aplicações.......................................................................18 8.0 – Correntes..................................................................................................................19 8.1 – Tipos de correntes e suas aplicações..................................................................20 8.2 - Benefícios e malefícios do uso das correntes......................................................21 9.0 – Chavetas....................................................................................................................21 9.1 – Tipos de chavetas e suas aplicações....................................................................21 10 - Conclusão....................................................................................................................23 11 - Referências............................................................................................................................24 . 7 INTRODUÇÃO Os elementos de transmissão servem para transmitir força ou movimento.Os principais elementos são: acoplamentos, redutores, motoredutores, correias, engrenagens, cabos de aço, polias, correntes, eixos e rolamentos. Apartir dos elementos de transmissão são formados os sistemas de transmissão, o que o sistema de transmissão faz é transferir potência de um eixo chamado motor, para outro eixo chamado movido, os sistemas de transmissão também podem variar as rotações entre um eixo e outro, nesse caso o sistema de rotação é chamado de variador. Os três tipos de sistema variador mais usados, são: sistema variador por engrenagen, por correias e por atrito. Existem também modos de transmissão, que é a forma que a força é transmitida, são elas: a transmissão pela forma, inclusive, essa é maneira de transmissão mais utilizada, e a transmissão por atrito, que possibilita uma boa centralização das peças ligadas aos eixos, porém a transmissão por atrito não proporciona uma transmissão de forças tão altas como as transmitidas pela forma. 8 2.1 Acoplamentos Os acoplamentos são elementos de transmissão utilizados para conectar duas máquinas ou dois sistemas maiores. São eles que viabilizam a transferência de torque quando há um acionamento. Ainda assim, fazer a conexão entre dois sistemas maquinários não é a única função do acoplamento. É um elemento de extrema importância na indústria atual, garante maior eficiência e resultados para a operação. Muitos segmentos industriais dependem do uso de acoplamentos. Podendo citar, como principais, o setor de mineração, siderugia, alimentícia, metalurgia, petróleo e gás. 2.2 Tipos de acoplamentos: • Acoplamento de engrenagem; • Acoplamento de elástico ou flexível; • Acoplamento de lâminas; • Acoplamento de fole; • Acoplamento de segurança; • Acoplamento rígido ou fixo; • Acoplamento hidráulico; • Acoplamento magnético; • Acoplamento de precisão; 2.3 Motivos de falha do acoplamento: • Falha de alinhamento e balanceamento; • Desgastes; • Vibração excessiva; • Travamento de equipamento; Figura 1- Modelos de acoplamentos 9 • Excesso de torque; • Falta de lubrificação quando aplicável; • Falhas na flange, a partir de um fecho de aperto insuficiente; • Falta de fixação dos cubos; 2.4 Os principais cuidados a tomar durante a montagem dos acoplamentos são: • Colocar os flanges a quente, sempre que possível. • Evitar a colocação dos flanges por meio de golpes: usar prensas ou dispositivos adequados. • O alinhamento das árvores deve ser o melhor possível mesmo que sejam • usados acoplamentos elásticos, pois durante o serviço ocorrerão os • desalinhamentos a serem compensados. • Fazer a verificação da folga entre flanges e do alinhamento e concentricidade • do flange com a árvore. • Certificar-se de que todos os elementos de ligação estejam bem instalados antes de aplicar a carga. 2.5 Aplicações: • Máquinas de embalagens; • Agitadores; • Elevadores de cargas; • Transportadores; • Compressores; • Extrusoras; 2.6 Benefícios: • Reduz vibrações; • Une dois eixos; • Transmite torques e movimentos; • Relação de transmissão; • Compensa desalinhamentos; • Absorve choques; 2.7 Situação problema: Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas. Na montagem de um acoplamento devemos: a) (V) Colocar os flanges a quente, sempre que possível. 10 b) (V) Fazer a verificação da folga entre flanges e do alinhamento e da concentricidade do flange com a árvore. c) (F) O alinhamento das árvores é desnecessário quando utilizados acoplamentos flexíveis. d) (V) Evitar a colocação dos flanges por meio de golpes: usar prensas ou dispositivos adequados. 3.0 Correias: As correias são como estabilizadores de sistema mecânicos. Esses elementos são utilizados para assegurar o sincronismo de rotação de diversas peças. Além disso, a correia é usada para transmissão de força entre engrenagens ou polias. Consequentemente, o movimento uniforme também é repassado. As correias podem ser contínuas ou com emendas, as polias são cilíndricas, fabricadas em diversos materiais, podem ser fixadas aos eixos por meio de pressão, de chaveta ou de parafuso. Elas são essenciais para as máquinas e se constituem fundamentalmente por um anel de material flexível que corre em torno de dois eixos. As correias mais usadas são planas e trapezoidais. A correia trapezoidal é inteiriça, fabricada com seção transversal em forma de trapézio; é de borracha revestida de lona e formada no seu interior por cordonéis vulcanizados, para suportar as forças de tração. 3.1 Tipos de Correia e suas aplicações: Correias para transporte: São correias utilizadas com o objetivo de prover um fluxo contínuo de materiais entre as operações de duas partes da indústria. Exemplo de aplicação: Esteiras rolantes. Correias de transmissão: Esse tipo de correia é utilizada para movimentar acionamentos que exigem desde força, velocidade, sincronismo de movimento e/ou ambas. Elas podem ser dentadas, trabalhando em conjunto com engrenagens ou planas, trabalhando em conjunto com as polias. Exemplo de aplicação: Utilizados em Motores, hélices e misturadores. Correia dentada: É utilizada em casos que não se pode ter nenhum deslizamento como no comando de válvulas de um automóvel. A correia dentada também é muito usada em mecanismos, manipuladores, em que os movimentos devem ser bem coordenados, com precisão e sem deslizamento. Nesse tipo de correia tem um perfeito sincronismo entre duas polias. Exemplo de aplicação: No comando de válvulas de um automóvel. Correias abertas: São utilizadas para movimentações lineares e tecnologia de transporte. As Correias de Poliuretano Abertas (sem fim) apresentam uma alternativa especial para sincronismo e transmissões. 11 Exemplos de aplicação: portas automáticas, transportadores automáticos e elevadores. Correias Micro V: podem ser aplicadas com polias de diâmetros inferiores, neste caso, em comparação às de perfil V. Diferente das correias habituais, a Micro V possui menor espessura e maior largura, proporcionando uma maior flexibilidade e transmissão de força, garantindo um melhor desempenho. Exemplo de aplicação: São utilizadas em polias frisadas por garantir um encaixe perfeito e o consequente ganho em produtividade na transmissão de energia. 4.0 Polias: Também chamadas de roldanas, são dispositivos mecânicos usados para tornar mais cômodo ou reduzir a força necessária para deslocar objetos com um grande peso. Esse tipo de máquina simples é composta por uma ou mais rodas, que giram em torno de um eixo central e possui um sulco por onde passa uma corda ou fio flexível. Em contrapartida, quanto mais móveis, mais a demora na hora de erguer ou puxar o objeto. Exemplo de aplicação: Utilizadas em oficinas, para erguer o motor. 4.1 Tipos de polia e suas aplicações: Polia fixa: A roldana fixa tem o seu eixo preso em algum ponto apoio, portanto, apresenta apenas movimento de rotação, não sendo possível o movimento de translação. Ela é usada para mudar a direção e o sentido da força.. Desta forma, são utilizadas para tornar mais cômodo o trabalho de puxar um objeto. Polia móvel: Da mesma forma, a polia móvel é responsável por realizar algumas atividades. Portanto, um exemplo é levantar objetos pesados. Além do mais, quando uma polia móvel é colocada no sistema, a força fica reduzida à metade. Logo, isso é nitidamente uma vantagem. Figura 2 - Correias industriais 12 5.0 Engrenagens: Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento e força entre dois eixos. Muitas vezes as engrenagens são usadas para variar o número de rotações eo sentido de rotação de um eixo para o outro. Os dentes são um dos elementos mais importantes das engrenagens, para produzir o movimento de rotação as rodas devem estar engrenadas, as rodas se engrenam quando os dentes de uma engrenagem se encaixam nos vãos dos dentes da outra engrenagem. Quando um par de engrenagens tem rodas de tamanhos diferentes, a engrenagem maior chama-se coroa e a menor chama-se pinhão. Veja abaixo: Figura 4 - Coroa e Pinhão Figura 3 – Tipos de Polia 13 5.1 Os tipos mais comuns de engrenagens são: Engrenagens cilíndricas: têm a forma de cilindro e podem ter dentes retos ou helicoidais, as engrenagens cilíndricas servem para transmitir rotação entre eixos paralelos. As engrenagens cilíndricas com dentes helicoidais transmitem também rotação entre eixos reversos (não paralelos). Elas funcionam mais suavemente que as engrenagens cilíndricas com dentes retos e, por isso, o ruído é menor. Figura 5 – Engrenagem cílindrica com dentes helicoidais Engrenagens helicoidais: Os dentes helicoidais são paralelos entre si, mas oblíquos em relação ao eixo da engrenagem. Entre as engrenagens helicoidais, a engrenagem para rosca sem-fim merece atenção especial. Essa engrenagem é usada quando se deseja uma redução de velocidade na transmissão do movimento. Os dentes da engrenagem helicoidal para rosca sem-fim são côncavos. Côncavos porque são dentes curvos, ou seja, menos elevados no meio do que nas bordas. No engrenamento da rosca sem-fim com a engrenagem helicoidal, o parafuso sem-fim é o pinhão e a engrenagem é a coroa. Figura 6 – Engrenagens cílindricas de dentes retos Figura 7 – Engrenagem helicoidal para rosca sem fim 14 Engrenagens cônicas: Engrenagens cônicas são aquelas que têm forma de tronco de cone. As engrenagens cônicas podem ter dentes retos ou helicoidais, as engrenagens cônicas transmitem rotação entre eixos concorrentes. Eixos concorrentes são aqueles que vão se encontrar em um mesmo ponto, quando prolongados. Figura 8 – Engrenagem cônica com dentes helicoidais Engrenagens cilíndricas com dentes em V: Estas peças são produzidas com dentes em suas extremidades e, a partir do contato de uma com outra, são capazes de executar movimentos no equipamento qual estão conectadas. As engrenagens são fabricadas em diversos modelos e, portanto, são capazes de atuar em uma série de situações diferentes. Figura 9 - Engrenagem cônica com dentes retos Figura 10 – Engrenagens com dentes em V 15 5.2- Bom, para calcular certas dimensões da engrenagem, é importante termos o conhecimento sobre os dados necessários utilizados fórmulas. Abaixo podemos ver uma tabela com os seguintes dados: Tabela 1- Dados de fórmulas para cálculos de engrenagens Abaixo podemos ver uma tabela com todos os cálculos de engrenagens de dentes retos: Tabela 2 - Fórmulas para cálculos de engrenagem Onde: M = Módulo Normal ou Real Ma = Módulo Aparente ou Circunferencial Pr = Passo Normal ou Real Pa = Passo Aparente Dp = Diâmetro Primitivo DE = Diâmetro Externo h = Altura do Dente P = Passo da Hélice Z = Número de Dentes ZF = Número de Dentes fictício para escolher a freza (se o corte se faz em frezadora universal) DENTES RETOS ENCONTRAR SÍMBOLO CONHECENDO FÓRMULA MÓDULO M O Passo M = P / ∏ O Diâmetro Primitivo (Dp) e o Nr. de Dentes (Z) M = Dp / Z O Diâmetro Externo (DE) e o Nr. de Dentes (Z) M = DE / (Z+2) DIÂMETRO PRIMITIVO Dp O Módulo (M) e o Nr. de Dentes (Z) Dp = M * Z O Módulo (M) e o Diâmetro Externo (DE) Dp = DE - (2*M) PASSO Pr O Módulo (M) Pr = M * ∏ A Espessura (S) Pr = 2 * S DIÂMETRO EXTERNO DE O Módulo (M) e o Diâmetro Primitivo (Dp) DE = Dp + (2*M) O Módulo (M) e o Nr. de Dentes (Z) DE = M * (Z+2) DIÂMETRO INTERNO DI O Diâmetro Primitivo (Dp) e o Módulo (M) DI = Dp - (2,166*M) NR. DENTES Z O Diâmetro Primitivo (Dp) e o Módulo (M) Z = Dp / M ALTURA* h O Módulo (M) h = 2,166 * M ESPESSURA DO DENTE S O Passo (Pr) S = Pr / 2 O Módulo (M) S = 1,57 * M DISTÂNCIA ENTRE OS FLANCOS C O Módulo (M) e o Nr. de Dentes (Z) C = [M*(Z1+Z2)] / 2 O Diâmetro Primitivo (Dp) C = (Dp1 + Dp2) / 2 ESPESSURA DA ENGRENAGEM b O Módulo (M) b = de 6 a 10*M CABEÇA c O Módulo (M) c = M FUNDO f O Módulo (M) f = 1,166 * M 16 6.0 Rolamentos: São metálicos que apresentam forma cilíndrica composta por vários sub elementos. São vazados em sua parte central visando o acoplamento em um eixo. Os Rolamentos limitam ao máximo as perdas de energia provenientes do atrito. Possuem principalmente a função de sustentar (apoio) um sistema de transmissão de torque suportando muitas vezes esforços simples ou combinados. Este elemento apresenta uma grande variedade de tamanhos consequentemente podem ser utilizados em diversos campos de aplicação na área industrial. 6.1 Os rolamentos são classificados principalmente segundo a direção de carga a ser suportada: • Rolamentos radiais: São constituídos basicamente de dois anéis concêntricos, sendo o anel externo montando na caixa do mancal e o anel interno montado no eixo. Entre os anéis existem os elementos girantes que podem ser esferas, rolos cilíndricos, rolos tipo agulha ou rolos cônicos. Para manter a uniformidade do espaçamento entre os elementos girantes e, principalmente, para diminuir o atrito entre eles, existem as gaiolas. • Rolamentos Axiais: A diferença fundamental entre os rolamentos radiais e os rolamentos axiais é que os anéis são montados lado a lado. • Rolamentos Combinados: Os rolamentos auto compensadores são insensíveis a desalinhamentos angulares do eixo em relação à caixa., são particularmente adequados para aplicações em que possa haver deflexões do eixo ou desalinhamentos consideráveis. Apresenta o menor atrito entre todos os rolamentos, o que lhes permite funcionar com uma temperatura mais baixa mesmo em altas velocidades. 6.2 Tipos de rolamentos: • Fixo de uma carreira de esferas • De contato angular de uma carreira de esferas Figura 11 - Rolamentos 17 • Auto compensador de esferas • De rolo cilíndrico • Auto compensador de uma carreira de rolos • Auto compensador de duas carreiras de rolos • De rolos cônicos • Axial de esferas • Axial auto compensador de rolos • De agulha e com proteção 6.3 Aplicações: • Motores elétricos • Alternadores • Ventilação Industrial • Compressores • Bombas de aquecimento • Secadoras • Instalações Frigoríficas • Foto copiadoras • Máquinas têxteis • Aparelhos Eletrodomésticos 6.4 Benefícios do uso do rolamento: • Menor atrito e aquecimento; • Baixa exigência de lubrificação; • Intercambialidade internacional; • Não há desgaste do eixo; • Pequeno aumento da folga durante a vida útil; Malefícios do uso do rolamento: • Maior sensibilidade aos choques; • Maiores custos de fabricação; • Tolerância pequena para a carcaça e alojamento do eixo; • Não suporta cargas tão elevadas como os mancais de deslizamento; 18 7.0 Cames: São elementos de máquina cuja superfície tem um formato especial. Normalmente, há um excêntrico, isto é, essa superfície possui uma excentricidade que produz movimento num segundo elemento denominado seguidor. A medida que o came vai girando, o seguidor sobe vice-versa. 7.1 Tipos de Cames: Came de disco: É uma came rotativa e excêntrica. Consta de um disco devidamente perfilado, que gira com velocidade constante, fixado a um eixo. O eixo comanda o movimentoalternativo axial periódico de uma haste da came de disco pode ser: de ponta, de rolo e de prato. Came de tambor: As cames de tambor têm, geralmente, formato de cilindro ou cone sobe o qual é feita uma ranhura ou canaleta. Durante a rotação do cilindro em movimento uniforme, ocorre deslocamento do seguidor sobre a ranhura. O seguidor é perpendicular à linha de centro do tambor e é fixado a uma haste guia. Figura 12 – Came de Disco Figura 13 – Came de tambor 19 Came de Frontal: Tem a forma de um cilindro seccionado, sendo que as geratrizes têm comprimentos variados. Durante a rotação do cilindro em movimento uniforme, ocorre o movimento alternativo axial periódico do seguidor, paralelo à geratriz do tambor. Came de Quadro: Constituído de um quadro que encerra um disco circular. Ao girar o disco em torno do eixo faz com que o quadro se desloque em movimentos alternados. 8.0 Correntes: São elementos de transmissão, geralmente metálicos, constituídos de uma série de anéis ou elos. Existem vários tipos de corrente e cada tipo tem uma aplicação específica, as correntes transmitem força e movimento que fazem com que a rotação do eixo ocorra nos sentidos horário e anti-horário. Figura 14 – Came de frontal Figura 15 – Came de quadro 20 8.1 Tipos de Correntes: Correntes de Rolos: A transmissão por correntes de rolos é um meio altamente eficiente e versátil para transmitir potência mecânica em aplicações industriais. Este tipo de transmissão é composto por uma engrenagem motriz, uma ou mais engrenagens movidas e por um lance de corrente, este sistema assegura um rendimento de 98% em condições corretas de trabalho, obtendo-se uma relação de velocidade constante entre a engrenagem motriz e a movida. Corrente de dentes: Nesse tipo de corrente há, sobre cada pino articulado, várias talas dispostas uma ao lado da outra, onde cada segunda tala pertence ao próximo elo da corrente. Esta corrente permite transmitir rotações superiores às permitidas nas correntes de rolos. Curiosidade: conhecida como corrente silenciosa (“silent chain”). Corrente de Elos livres: Esta é uma corrente especial usada para transportadores e, em alguns casos, pode ser usada em transmissões. Sua característica principal é a facilidade de retirar-se qualquer elo, sendo apenas necessário suspendê-lo. Corrente Comum: Conhecida também por cadeia de elos, possui os elos formados de vergalhões redondos soldados, podendo ter um vergalhão transversal para esforço. É usada em talhas manuais, transportadores e em uma infinidade de aplicações. Corrente de blocos: É uma corrente parecida com a corrente de rolos, mas, cada par de rolos, com seus elos, forma um sólido (bloco). É usada nos transportadores e os blocos formam base de apoio para os dispositivos usados para transporte. 8.2 – Benefícios do uso das Correntes: • Maior potência de transmissão; • Maior distância entre eixos; • Múltiplos acionamentos; Figura 16 – Tipos de Correntes industriais 21 Malefícios do uso das Correntes: • Alto desgaste; • Ruído excessivo; • Efeito poligonal; 9. Chavetas: São elementos mecânicos fabricados em aço. Sua forma, em geral, é retangular ou semicircular. A chaveta se interpõe numa cavidade de um eixo e de uma peça. A finalidade desse elemento é ligar dois elementos mecânicos. 9.1 Tipos de Chavetas e suas aplicações: Chavetas de cunha: As chavetas têm esse nome porque são parecidas com uma cunha. Uma de suas faces é inclinada, para facilitar a união de peças. As chavetas de cunha classificam-se em dois grupos: chavetas longitudinais e chavetas transversais. Chavetas longitudinais: Podem ser com ou sem cabeça e são de montagem e desmontagem fácil. Aplicação: São colocadas na extensão do eixo para unir roldanas, rodas, volantes etc. Chavetas transversais: Quando as chavetas transversais são empregadas em uniões permanentes, sua inclinação varia entre 1:25 e 1:50. Se a união se submete a montagem e desmontagem freqüentes, a inclinação pode ser de 1:6 a 1:15. Aplicação: Em união de peças que transmitem movimentos rotativos e retilíneos alternativos. Figura 17 – Chaveta longitudinal Figura 18 – Chaveta transversal 22 Chavetas paralelas: Essas chavetas têm as faces paralelas, portanto, não têm inclinação. A transmissão do movimento é feita pelo ajuste de suas faces laterais às laterais do rasgo da chaveta. Fica uma pequena folga entre o ponto mais alto da chaveta e o fundo do rasgo do elemento conduzido. Chavetas de disco: É uma variante da chaveta paralela. Recebe esse nome porque sua forma corresponde a um segmento circular. Aplicação: Em eixos cônicos por facilitar a montagem e se adaptar à conicidade do fundo do rasgo do elemento externo. Figura 19 – Chaveta paralela Figura 20 – Chaveta de disco 23 CONCLUSÃO Absorvendo todo o conhecimento implementado nesse relatório, podemos concluir que, trazendo de forma sucinta, porém com solidez nos conteúdos que diz apresentados, os elementos de transmissão em geral, são indispensáveis tanto para o ambiente industrial, quanto em situações pertencentes ao nosso dia-a-dia. 24 REFERÊNCIAS ABRAMAN. Noções básicas de elementos de máquina. ABRAMAN, 2020. Disponível em: < http://www.abraman.org.br/arquivos/72/72.pdf > Acesso em: 19/05/2020. INDUSCOR. Correntes de rolos. INDUSCOR, 2020. Disponível em: < https://www.induscor.ind.br/corrente-rolos > Acesso em: 22/05/2020. JOSÉ, David. Elementos de transmissão. Professor luzerna, 2020. Disponível em: <http://professor.luzerna.ifc.edu.br/david-jose/wp-content/uploads/sites/25/2016/11/03-Elementos-de- Transmiss%C3%A3o.pdf > Acesso em: 18/05/2020. POZELLI, Engrenagens Cilíndricas com Dentes em V. POZELLI, 2020. 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