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Clínica de grandes 3

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Paramentação 
Porque nos paramentamos? Para evitar contaminação quando for fazer um procedimento 
mais invasivo, uma manobra cirúrgica. Geralmente num ambiente hospitalar ou qualquer um 
de saude, temos uma vestimenta adequada pra cada local de trabalho; como avental, 
pijama, quando entra no centro cirúrgico, tem que estar devidamente vestido, como colocar 
touca, máscara. O objetivo de ter todas essas regras de paramentação é fundamental para 
evitarmos a contaminação. 
Equinos é a raça que mais sofre com a contaminação, tem um inflamação, contaminação 
muito exacerbada , e prejudicar a vida do cavalo, ruminantes são mais resistentes, 
consegue controlar a inflamação e contaminação muito melhor, até mesmo que cão e gato. 
Fazemos uma ferida cirúrgica , acesso cirúrgico, que está sujeita à contaminação. 
Resumindo: toda vez que for fazer uma ferida cirúrgica , deve-se estar devidamente 
paramentado. 
Outra realidade é a cirurgia à campo, e nem sempre terá esse aparato. Isso não significa 
que não vai seguir as regras. Cirurgia a campo muitas vezes é gorro,máscara e luva.quanto 
mais próximo ao ideal é melhor taxa de desinfecção e taxa sucesso na cirurgia. 
Mundo ideal: 
1. Lavar as mãos antes de colocar a vestimenta: pijama cirúrgico + gorro + máscara 
(primeira coisa que deve fazer ao adentrar no centro cirúrgico), o ideal é ter um pijama 
cirúrgico só para cirurgia e sempre trocar e outro para andar pelo hospital. Sempre retirar os 
adornos (colar,anel, brinco grandes, colocar os brincos dentro da touca),cabelo preso e se 
possível usar propé ou uma galocha plástica para o centro cirúrgico. 
2. lavar as mãos até o cotovelo. Primeiro pega a escova descartável ( tem a escova seca 
que não tem degermante e tem a que já vem degermante, teoricamente são descartáveis, 
mas nem sempre é e acabam sendo usadas depois da paramentação, para fazer 
antissepsia no animal, mas para paramentação costuma usar uma vez só. Quando fala 
seca 
 
Instrumentação 
 
 
 
 
Instrumentos ​Diérese​: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrumentos de ​Preensão 
 
 
 
Instrumentos ​Hemostáticos 
 
 
 
Pinça Crile: possui ranhura em toda 
extensão 
 
 
Pinça Kelly: Ranhura só até metade. 
 
Pinça Halstead: são as menores pinças 
 
 
Pinça ​Kocher​: tem um​ dentinho na 
ponta. 
 
 
Instrumentos de ​Exposição 
 
 
 
 
 
Pinça Allis: mãozinha “Grey” 
 
 
 
 
 
 
Instrumentos​ Especiais 
 
 
 
Backhaus: Serve para prender a pele no 
tecido 
Pinça Doyen serve para pinçar alças 
intestinais. 
 
 
Instrumentos de ​Síntese
 
 
 
 
Classificação das operações -9/03/2020 
 
 
Sintomas de choque: mucosa pálida ou congesta, tpc de 6, demorado (contar de mil em mil) 
o normal é 2-3 seg, temperatura ou muito baixa ou muito alta, animal não responsivo (não 
consciente). Não consegue colocar um animal em choque na mesa para cirurgia. Primeiro 
tem que estabilizar o animal, antes de entrar na cirurgia. O ótimo cirurgião , é quando sabe 
quando não deve entrar na cirurgia. Pq o sucesso entra desde a indicação, manobra para a 
cirurgia e o pós. Se contaminar , é culpa do pessoal cirúrgico. 
 
3.Finalidade 
1- de conveniência: são realizadas em pacientes hígidos. Exemplo: orquiectomia. 
2- experimentais: são as realizadas para experiência, realizar pesquisas. Ex; rumenostomia. 
Se tiver um biotério, tem que ter um veterinário responsável, é normalmente não é assim. 
4. Segundo o resultado 
1- paliativa: quando não há cura total. Ex; remoção de tumor em paciente com metástase 
em outro órgão . Não cura a doença mas dá qualidade de vida. 
2- radical: quando há cura total da lesão. Ex;OSH, 
 
5. Segundo o prognóstico 
1- Bom: drenagem de abscesso 
2- Ruim: peritonite em laparotomias exploratória…. 
3- reservado: quando não se sabe se melhorará ou piorará. 
 
6. Segundo o campo de ação. 
1- Geral : feridas , lacerações. 
2- especial : otorrinolaringologia, oftalmologia,plástica. Precisa de um especialista para 
realizar este tipo de cirurgia. Precisa de vets preparados como tbm instrumentos especiais 
para fazer aquele procedimento cirúrgico . 
 
7. Segundo a presença de microorganismo 
1- asséptica: sem contaminação ( impossível ser asséptico) 
2- séptica ou contaminada : on contaminação em área determinada ou conhecida. Ex: 
enterotomia. 
3- potencialmente séptica; sinusites bacterianas, pleurites, piometra (retira todo útero e o 
certo é ver se tem pus, só fora do animal, se não contamina , mas pode ocorrer de romper 
dentro da cavidade). Quando tem necrose , nem sempre terá pus. 
 
Nomenclatura ou terminologia cirúrgica. 
Sufixo (final da palavra) : tomia (exploração, observação) , ectomia (, stomia (abertura para 
o exterior), centese (punção); stasia/ rafia ( parar, sutura,união, sutura), anastomose (união 
de dois órgãos, dese (imobilização = artrodese, fazer parar uma articulação), pexia ( fixação 
:abomasopexia) 
 
Prefixo ( começo da palavra) 
PEGAR FOTO NO SLIDE. 
 
Plano operatório 
Diérese 
Hemostasia 
Síntese dos tecidos 
 
Campo operatório : local onde será feita a cirurgia. Só é exposto onde irá manipular. 
Equipe cirúrgica: 
 
Diérese( separação de tecidos realizada por meio de intervenções manuais e ou 
instrumentais ) , momento inicial, onde irá acessar o campo cirúrgico. 
Bisturi, primeiro instrumental a ser usado. Pode usar uma tesoura , se já tiver um local 
aberto. 
Pode classificar a diérese em cruenta (sangramento) ou incruenta ( sem sangramento , uso 
do bisturi elétrico ou laser cirúrgico, na odontologia utiliza muito, para não haver 
sangramento). 
 
Principais manobras na diérese cruenta : 
● Arrancamento : manobra manual, rompe um tecido do outro, a parte ruim é que cria 
uma superfície irregular, podendo haver fixação de coágulos. Pode aumentar a 
chance de uma peritonite. Não é uma manobra muito utilizada. 
● Curetagem : parece uma colher que faz uma raspagem, tem um formato oval. 
Objetivo principal é retirar um tecido indesejado (tecido morto) , o tecido está 
desvitalizado/ com sinais de infecção … e com isso consegue reavivar. Chega um 
tecido frio, escuro, quando faz a curetagem, o tecido é ativado para a cicatrização . 
● Debridamento : remover bridas (aderência do tecido conjuntivo). Pega uma pinça , 
faz um bloqueio anestésico e com uma tesoura, secciona, remove o tecido 
indesejado, não saudável . 
● Divulsão ( descolamento) usa esse termo demais, é a segunda parte da diérese, 
usa muito no subcutâneo , introduz a tesoura e vai separando. Entrar com a tesoura 
fechada e abre e tira, faz muito disso, pouco sangramento , preserva melhor os 
tecidos . Pode divulsionar manualmente , como na orquiectomia ( ponta dos dedos). 
Usa muito as tesouras ​metzembaum reta e curva, mas pode usar as outras tesouras 
tbm. 
● Escarificação : lembra uma curetagem , mas é mais superficial, ou é uma 
raspagem, um debridamento ou uma forma de coletar um material , uso do bisturi. 
● Exérese ou ressecção : eliminação de determinada estrutura. Orquiectomia , saco 
herniário, tecido de granulação exuberante. 
 
 
 
 
MANEJO DE FERIDAS​ 23/03/2020 
Fases da reparação de feridas: 
Fase vascular 
Lesão vascular : vasoconstrição reflexa (oclusão vascular), formação de fibrina, alteração 
de receptores de membrana, quimiotaxia para plaquetas, fatores de crescimento tecidual, 
substância vasoativas, adequado hemostasia eformação de tecido de base para 
cicatrização. 
Tem aspecto vermelho, ainda tem sangramento e acontece quase no mesmo tempo com a 
Fase Inflamatória 
Inflamação tecidual de polimorfonucleares: macrófagos e linfócitos. 
PMN: função fagocítica, apresentação de antígenos. 
Macrófagos: fagocitose e remodelamento (protease). 
Linfócitos: liberação de substâncias quimiotáticas. 
Células de defesa migram para o local para evitar uma infecção generalizada. 
Resumindo: 
Acabou de acontecer? Primeira é ​fase vascular​, ocorre vasoconstrição reflexa para haver 
hemostasia, perder menos sangue, formação de fibrina, plaquetas são mobilizadas, ao 
mesmo tempo acontece a ​fase inflamatória​: para defender o organismo, vem os 
polimorfonucleares: células inespecíficas, depois os mais especializados, macrófagos e 
linfócitos que libera 
Sempre edemaciado, inflamação (sinais : dor,rubor, tumor, perda da função, calor). 
Primeiro doi fica avermelhado, aumenta de tamanho… 
 
Fase de preenchimento​: Quimiotaxia para fibroblastos que depositam colágeno. Formação 
de tecido de granulação. Barreira mecânica contra antígenos. Substituição por um novo 
epitélio, primeiro forma o tecido de granulação, barreira mecânica para não entrar nenhum 
patógenos, tecido é vascularizado e não inervado ,sangra bastante mas não dói. 
 
Fase de reepitelização​: agora começa a substituir o tecido, migração do epitélio: vai dos 
bordos para o meio da ferida, sobre o tecido de base, formação de casquinha que começa a 
coçar, proliferação máxima após estímulo, é de 48 à 72 horas. Principais substâncias 
envolvidas são os fatores de crescimento derivados de macrófagos e plaquetas. Não está 
mais eritematoso, possível ver bordas rosadas. Epitélio contrai do bordo para o centro ao 
mesmo tempo tem a ​fase de CONTRAÇÃO​: contração das margens da ferida sobre a 
granulação induzida pela ação dos miofibroblastos. Os enxertos facilitam nesta fase. 
Por fim; 
Fase de remodelamento​: remodelamento de colágeno e da matriz tecidual (ácido 
hialurônico e proteoglicanas), formação de tecido bem diferenciado e com características de 
tecido adulto. A substituição do tecido como ele era antes da ferida, depende de como foi 
feita a lesão, quando quebra a linha de tensão, aí forma a cicatriz. 
 
Tudo isso ocorre quase que simultaneamente, mas dependendo da ferida, una fase se 
sobressai mais que a outra​. 
 
 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
- Exame físico completo​: 
Fr, fc, tpc, mucosa ( práticas veterinárias). Se o animal está em choque hipovolêmico, não 
adianta salvar o osso/ferida. 
- Situação de emergência​: 
Hemorragia, ventilação inadequada, desequilíbrio circulatório e dor intensa. 
- Inspeção de ferida e determinação da fase profundidade da lesão 
(colocar o dedo, literalmente na ferida), limites de lesão, se é só pele, saber os tecidos 
acometidos e estruturas vizinhas que oferecem riscos. Precisamos saber até onde vai a 
ferida. 
 
EXAME DA FERIDA 
Feridas são naturalmente contaminadas, independente do nível de contaminação a regra 
geral é não aumentar o nível de contaminação. 
Precisa saber as estruturas que foram lesionadas, avaliação de estruturas sensoriais 
motoras e vasculares, fazer a inspeção e às vezes a palpação, ver se não tem nenhum 
corpo estranho, às vezes precisa de uma ajuda de ​exames complementares​, citologia (pq a 
ferida nunca cessa?), microbiologia para saber qual patógeno está envolvido). 
 
Biomecânica da ferida​: 
Influencias as decisões cirúrgicas do manejo das feridas; Opções de técnicas de 
debridamento (região distal do ​membro x área de grande musculatura​). Cuidado com a 
técnica de debridamento, tecido de granulação exuberante no cavalo é exagerada. 
Locais de grande movimentação acaba sendo mais complicada, área de articulação = 
tomar cuidado com deiscência da sutura. 
QUALIDADE X DURAÇÃO X RESULTADO. 
A primeira intenção é juntar os bordos da lesão,eventualmente ocorrer deiscência da 
lesão, se estiver próximo de articulação e ser área de muita movimentação. 
 
Preparo da ferida 
1. Antissepsia: 
Primeiro controlar infecção, melhorar a tricotomia e remover toda parte de necrose. 
Tricotomia: Tricótomo - lesa o tecido demais, mas às vezes é a única opção X máquina - 
melhor opção, lesa menos. 
Lavar e inspecionar: Escolher antisséptico não irritante e ação rápida, de amplo espectro, 
efetivo em uma única aplicação. O que tem de melhor é o ​clorex degermante (lesão 
menos invasiva é melhor) mas é bem irritativo, ou ​sabão neutro é bom por não ser irritante 
e ​pvp degermante​ (feridas mais internas ). 
 
Debridamento de tudo que não presta na lesão, tecidos desvitalizados, não tem como uma 
ferida fechar com área de necrose. Melhor fazer isso para controlar a infecção para uma 
melhor cicatrização, mantê-la ferida viva. 
Bordo da ferida melhor bisturi, se for osso ou tecido muscular usar cureta. 
Ferida viva é que cicatriza. 
 
Antimicrobianos 
Via e tipo de antimicrobiano dependem: 
- Região anatômica; 
- Aparência da ferida (fibrina, pus..); 
- Feridas sujas e contaminadas; 
- Extensão da lesão; 
- Tempo de evolução; 
- Perda tecidual. 
Lesão em osso/tendão/ligamentos : MINOGLICOSSÍDEOS (gentamicina ou glicosamina). 
Pele/Superficial : beta lactâmicos): penicilina 
Carga muito grande, fazer cultura antimicrobiana para ver qual melhor usar. Uso sistêmico 
ou amplo espectro para feridas profundas e extensas. Vetaglós é bom mesmo com 
exposição óssea, acabou de acontecer , ferida fresca. no máximo um betalactâmico. 
Feridas pouco extensas: atb tópico (pomada). 
 
Drenagem: 
Dreno: é via direta de drenagem com contínua remoção de pus, sangue e debris celulares. 
Remove o espaço morto, dreno é foco de infecção,tempo de permanência de 48 a 72 horas, 
deve ser trocado, em cavalos deve ser substituído a cada 24hrs (melhor assim). 
Há vários drenos comerciais. Seroma é exsudato inflamatório que atrasa a cicatrização), 
logo, coloca-se dreno para evita, mas este é foco de infecção.. 
 
Cicatrização das feridas 
 
Fechamento primário: ​primeira intenção, aproximar os bordos para acelerar a fase de 
cicatrização, porém não pode suturar feridas com pus​, a ferida deve estar na fase 
vascular e inflamatória, tirando isso, não! ​Indicado para feridas cirúrgicas ou induzidas 
naturalmente, não complicadas, baixo nível de contaminação; a sutura não irá induzir 
tensão excessiva nos tecidos; Por inibir algumas fases da cicatrização, causa supressão de 
mecanismos naturais de defesa do organismo (tem que ser ferida que aconteceu a pouco 
tempo, deve estar até a fase inflamatória 
 
Cicatrização segunda intenção​: Quando o fechamento primário não pode ser realizado 
(nível de contaminação, perda tecidual, deiscência de sutura), não tem bordo suficiente para 
aproximar. Orientar a cicatrização da ferida. Depende de neovascularização e de 
remodelamento do tecido de base. Faz-se limpeza, tricotomia e passar pomada etc. 
 
Fechamento primário tardio (3ª intenção) 
União do fechamento primário e por 2ª intenção; sutura realizada após a formação de tecido 
de granulação (geralmente de 4 a 7 dias após a indução da lesão). Sutura não pára 
juntar/fechar, mas sim para orientar a cicatrização. Está na fase de preenchimento ou 
reepitelizacao. 
 
Tecido de granulação exuberante também confundido com neoplasia e a queixa é a ferida 
que nunca cicatriza. Evita-se debridar/estimulara ponto de fazer sangrar o tecido. Pode 
usar sulfato de zinco colocar só no tecido de granulação ou usar formol ou pomada a base 
de corticóide ou remoção cirúrgica ou “licor de PEGAR O NOME COM ALGUÉM…”, colocar 
só no tecido de preenchimento, os bordos devem estar limpos para haver contração. 
Ocorre muito em cavalos nos membros. 
Diagnóstico diferencial de feridas que não cicatrizam​: são as neoplasias, fazer citologia 
ou histopatológico. 
 
Segunda parte da aula com a prof Gabi: 
NEOPLASIAS EM GRANDES ANIMAIS​. 
Definição: Proliferação anormal e descontrolada de um determinado tecido. Crescimento 
progressivo e perda de definição (na inspeção ja se percebe um aumento de volume, mas é 
necessário ver se tem metástase). 
 
 
Critérios neo Benigna neo Maligna 
velocidade de crescimento lenta rápida 
forma de crescimento expansiva expansiva e infiltrativa 
metástase ausente possíveis 
semelhança com tecido de 
origem 
preservado alterado 
morfologia celular preservado alterado 
grau de diferenciação alto baixo 
 
Neo benigna crescimento mais lenta, forma de crescimento expansivo e maligna 
crescimento infiltrativo e expansivo, como a metástase . 
Perda da diferenciação do tecido é associada à maligna e com crescimento muito rápido. 
Em grandes animais diferentes em outras espécies tem muitas lesões cutâneas ,lesões 
externas , aumento de volume, pode haver a metástase. 
Grau de diferenciação ​alto na ​benigna ,preserva o tecido de origem ,na maligna cresce 
desordenadamente ,altera a morfologia inicial , grau de diferenciação é baixo. 
 
Exames complementares: histopatológico e citologia aspirativa. 
 
Caracterização das neoplasias 
Em grandes animais há o envolvimento grande do tecido cutâneo. 
Coletar o máximo de informações possíveis do tutor. Descrever a lesão: lesão irregular, 
secreção purulenta, sanguinolenta, expansiva/proliferação,infiltrativa, partes necróticas, 
ulcerações e avaliação dos linfonodos. 
 
Lipoma benigno​: no equino não desenvolve em subcutâneo, mas em mesentério. Também 
chamado de lipoma pensucular, fica ligado em mesentério intestinal. 
Lesões nodulares, múltiplas, com pouco grau de ulcerações, 2-3cm enegrecidas em região 
ocular. 
 
Sarcóide equino 
Específico da espécie equina. 
Neo benigna- não encontra metástase. 
Localmente agressivo: no local onde ele desenvolve, pode ter um aspecto infiltrativo mesmo 
não sendo comum. 
Alto índice de recidiva: quando se faz secção dessas lesões. 
Origem associada ao papilomavírus, mesmo sendo sarcóide, a sua resposta clínica com 
antivirais é boa (sintoma secundário). 
Classificação: 
 
Oculto não vê aumento de volume 
Verrucoso nódulos enegrecidos como couve-flor 
Fibroblástico parece uma ferida 
Nodular periocular 
Misto além dos antivirais têm os 
imunomoduladores (BCG) 
 
Diagnóstico: 
Baseia-se na velocidade de aparecimento e desenvolvimento da lesão. Levar em conta 
exame físico geral. 
Tratamento: 
BCG (imunomoduladores) - vacina. 
Papilomavírus - antiviral 
Excisões cirúrgicas/criocirurgia - retirada da formação. 
Eletroquimioterapia 
Quimioterápicos tópicos - Imiemoid. 
 
Melanoma 
Neoplasia originária dos melanócitos; geralmente benigna; 
Nódulos cutâneos pigmentados, Animais tordilhos, 90% cutânea (região perianal, por não 
possuir pelos) e 10% acomete mucosas e vísceras (quase não tem, mas existe e é 
maligno). 
Tratamento: 
Cimetidina (anti H2, imunomodulador) 2,5 -4mg/kg​. Consegue diminuir as lesões através 
de aplicação nodular ou de forma sistêmica. O animal pode ter obstrução retal, cólica, 
tenesmo. Pela lesão na região do ânus que impossibilita a defecação. 
 
Carcinoma de células escamosas 
Comum na espécie equina e bovina, pele despigmentada, prevalência aumenta devido a 
exposição de luz solar. 
Locais mais comum de aparecimento: - pálpebras (membrana requisitante, periocular) 
- prepúcio ( devido presença de esmegma) 
- vulva 
- períneo e face 
- forame supra orbitário. 
 
Papilomatose 
Papilomavírus, lesões verrucosas disseminadas no corpo com crosta. Grandes e pequenos 
ruminantes. Autolimitante (ela se desenvolve, mas chega num ponto que o animal tem cura 
espontânea), benigno (não tem metástase) e infectocontagioso (passa de um animal para 
outro por contato direto ou fômites).. 
O equino pode ter mais, é limitado e benigno. 
Não são lesões que acometem o corpo inteiro, região de barbela, pescoço, tábua do 
pescoço, região de face, região interna da orelha e focinho. 
 
Tratamento: Melhorar o estado geral do animal, alimentação de melhor qualidade e 
suplementação. 
Autovacina, hemoterapia - coleta o sangue do animal e aplica nele. 
Hemolitan - se tiver anêmico. 
 
Hematúria Enzoótica Bovina 
Pteridium aquilinum ​(Samambaia do campo). 
O quadro clínico varia pela quantidade e tempo de ingestão. 
Manifestação de intoxicação por samambaia nos bovinos: quantidade ingerida e período de 
ingestão. 
 
 
Forma clínica Quantidade ingerida Período de ingestão 
Síndrome hemorrágica 
(intoxicação aguda) 
superior a ​10 g/kg de peso 
vivo 
poucos meses 
Hematúria Enzoótica (urina 
sanguinolenta) 
inferior​ a 10g/kg de peso 
vivo 
um ou mais anos 
Tumores das vias 
digestivas superiores 
pequena quantidade supostamente por vários 
anos. 
 
Carcinoma em porção distal de faringe, região de epiglote e também lesões na vesícula 
urinária. Conforme for cronificando leva a neoplasia de bexiga. 
Sintoma clássico: hematúria pela lesão que é causada na bexiga. 
 
Diagnóstico: 
Identificar: espécie, idade, raça, linhagem, já direciona para neo. 
Anamnese: onde animal fica, outros contactantes.. 
Exame físico: quadro do animal. 
Exames complementares: citologia, histopatológico, sorologia, exames de imagem. 
Ex: ovino lesão próximo a cavidade oral : ​Ectima contagiosa​, parapoxvirus, dermatite 
nodular contagiosa. 
Identificação: 
Sexo: predisposição somente correlacionada a anatomia: 
- neo ovarianas 
- neo uterinas 
- neo testicular 
- neo penianas 
Exame físico: 
● geral: já mostra algo importante 
● específico: pode mostrar 
Descrever lesões, emagrecimento progressivo , nódulos que crescem, feridas que não 
cicatrizam, sangramento de qualquer intensidade, apatia, perda de apetite,tenesmo, 
disfagia, dispnéia.. 
 
Exames complementares: 
● radiografia 
● US 
● endoscopia 
● ressonância magnética ( apenas de extremidades, dependendo do local a qualidade 
da imagem. 
● citologia: procedimento de baixo custo, pouco invasivo e pouco doloroso. Exame 
preliminar não garante, mas sugere um diagnóstico. ​PAAF- PUNÇÃO ASPIRATIVA 
POR AGULHA FINA. 
● histopatológico 
- biópsia 
- incisional : retirada de uma parte. 
- excisional: retirada completas da formação, com margem. 
 
● Sorologia papiloma 
● Post-mortem - necropsia. 
Tratamento: 
Ressecção cirúrgica com margem de segurança; 
Crioterapia (congelamento tecidual; 
Imunoterapia: com BCG: aplicação de solução de bacilo de Calmette - Guerin (BCG), no 
volume de 1ml/cm³ 
Autovacinas 
Quimioterapia: 
Intralesional ou tópico: 
a) cisplatina 
b) 5-fluroucil: lesões pequenas 
c) Imiquimod 5%, resolução positiva 
Radioterapia: Implantes de radiação ionizantes são colocados nas lesões. É uma técnica 
usada para massas recorrentes ou tumores de difícil acesso, principalmente perioculares. 
Radiação: Iridium 192 ou Beta terapia 
 
Pitiose 
Infecção geralmente crônica causada pelo fungo aquático ​Pythium insidiosum, os zoósporos 
biflagelados são atraídos para os pelos dos animais e penetram em feridas pré existentes. 
Causam lesões cutâneas progressivas granulomatosas e ulcerativas. Esse fungoaquático 
fica em região alagada ou lagos e é atraído pelos animais. Tem tratamento clínico. 
 
Desafios: 
Estudos baseados em dados de necrópsia são feitos em cima da doença post mortem, 
então são achados de necrópsia. 
Diagnóstico falho: muitas vezes sem o responsável observar a lesão característica. 
Clara correlação entre valor zootécnica e tratamento : a pessoa responsável não quer nem 
saber o que o animal tem, já que ele vai ser abatido. 
Busca de tratamento alternativos: não é aceito pelos proprietários, pois ele vai levar em 
conta o valor do animal. 
 
AULA NOTURNO - PROFª DRª MELINA YASUOKA - 24/03/2020 
 
AFECÇÕES CIRÚRGICAS EM REGIÃO DE PESCOÇO - TRAQUÉIA E ESÔFAGO 
 
Esofago​: anatomia, histologia, camadas que possui no esofago. 
Dividido em 3 porções ​parte cervical, torácica e abdominal​. Muito mais fácil de fazer pela 
parte cervical, abordagem com bloqueio anestésico animal em pé e retorna mais rápido da 
cirurgia. apenas sedado. 
4 camadas​: mais interna ​mucosa, submucosa ​(fecham as duas juntas ) , ​camada 
muscular e fechando ​camada fibrosa túnica adventícia (de dentro para fora mucosa -> 
túnica adventícia)* ​esofagorrafia (​procedimento de abrir o esofago). 
Trajeto, disposição anatômica (localização) 
- Região do pescoço temos a ​traqueia, jugular e a carótida​. 
- Terço inicial​ do esofago passa ​dorsal da traquéia​; 
- Esofago vai caminhando para baixo, fica localizado à ​esquerda​ da traquéia; 
- Chegando embaixo, perto da ​região torácica​, ele se localiza na ​frente da traquéia​. 
 
1- ​OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA​, comum em ruminantes e até no equinos PICA (hábito de 
ingestão de comer coisas aleatórias) pela anamnese dá para saber se são casos 
recorrentes, animal comer manga, laranja, limão, abacate, que pode ter no pomar, pode 
facilitar a ingestão destes alimentos; uma pobre mastigação no caso dos ruminantes, 
ingestão de c.e. pontiagudos = intercorrências mais graves, neoplasias como 
linfadenite,papilomas, neos que faça alguma compressão naquela região, estenoses 
(processos cicatricial), pós treino/prova, pós anestesia (relaxamento das fibras musculares) 
extensões, tudo isso pode ajudar na obstrução esofágica. 
 
Primeira coisa que se vê como sinal clínico é a ​sialorréia​, ​disfagia, posição ortopnéica​, 
tosse​, se tiver se alimentando pode ​regurgitar água e alimentos pela boca e narinas, 
lembrando que cavalos não vomitam se locomovem ansiosamente, ficam ​agitados​, e como 
consequência dependendo de quanto tempo esse animal estiver assim,seria ​anorexia e 
desidratação​. 
 
Diagnóstico​: na hora da inspeção do ​exame físico conseguirá ver os sinais clínicos: boca 
aberta, língua para fora, dificuldade em deglutir, sialorréia, vai ​pensar em algum problema 
bucal ou uma obstrução​, na ​palpação ​direta ​consegue procurar no pescoço dele algum 
corpo estranho ou ​indireta​, utilizar a sonda esofágica. 
Particularidade do ruminante​: qualquer obstrução terá o ​TIMPANISMO ou meteorismo​: 
aumento de volume uni ou bilateral. Pode bater um trocater para observar se sai o gás, o 
grande problema é a impossibilitação e eructação. Se tiver uma obstrução ou paralisia de 
nervo vago pode causar também o timpanismo. 
Diagnóstico diferencial​: ​lesões em palato mole​, ​Doenças dentárias bucais, em 
ruminantes tem o abre boca, pegar um pano e tracionar a língua lateralmente para fazer 
inspeção de boca e língua , cuidado em ​doenças vesiculares para os ruminantes​. 
Passar a sonda​, inspeção indireta, para saber se tem algo obstruindo, logo a sonda não 
passará, indicando que tem algo. Corpo estranho, neoplasias orais. 
ex: ruminante que engoliu muitos limões no esôfago. imagens. 
 
Fecha o diagnóstico depois do exame clínico (exame físico do animal + relato de caso). 
2º passo é fazer exame de imagem​: RX simples ou contrastada da região​, 
Esofagoscopia ​(observar a dilatação, corpo estranho). 
 
Essas obstruções podem ser por fibras, forragem ou feno muito seco, que faz parar no trato 
intestinal, fibras compactam no esofago tbm. 
 
Tratamento​: duas possibilidade; pensar no ​conservativo ​antes: seria fazer uma 
massagem + sonda​: com cuidado, ex no conteúdo fibroso, coloca a sonda e tenta colocar 
a sonda para evoluir o conteúdo, se ficar entalado mais, aí para. Pode usar um ​relaxante 
muscular: xilazina, acepromazina, atropina e ocitocina​. Se nada disso funcionar, tem 
que optar para o método cirúrgico! 
Método cirúrgico​, pode às vezes até fazer uma ​traqueostomia​, caso esteja 
impossibilitando a passagem de ar, sendo assim emergencial. Normalmente faz com ele em 
pé sedado (anestesia local), e terá uma recuperação mais rápida, se estiver na parte 
abdominal aí terá que deitar o animal (anestesia geral). 
OBS: muitas vezes faremos a traqueostomia pois o animal pode estar com dificuldades em 
respirar. E precisamos saber onde está o corpo estranho para fazer o procedimento. 
A ​abordagem cirúrgica pela ​cervical ​tem duas abordagens: ​pela lateral esquerdo (se 
basear pelo sulco da jugular) faz um garrote e faz um acesso, incisiona a pele, subcutâneo, 
afasta os músculos, abordagem será ventral à jugular; ou ​abordagem mediana ​: 
abordagem médio ventral, incisão na linha mediana. 
 
Se for obstrução no ​esofago ​toracico​, toracotomia com ressecção de costelas (entre as 
costelas). 
Esôfago abdominal:​ laparotomia,abre o abdômen, abordagem mais interna. 
 
Técnica cirúrgica: 
Esofagotomia​: ​abertura +/- 10 cm , mas depende do tamanho do que obstruiu, faz em cima 
do corpo estranho, abre em 2 planos (abrir primeiro as inelásticas: muscular e adventícia, 
depois a elástica: mucosa e submucosa), afasta tecidos para acessar o esôfago, pode 
encontrar a carótida e jugular e a traquéia, conseguindo observar o esofago, faremos a 
incisão em cima do C.E., removendo-o, ​Esofagorrafia (fecharemos) em 2 planos : mucosa 
e submucosa com fio inabsorvível ou absorvível ex: polipropileno 3-0, com padrão swift que 
são, pontos simples contínuo e muscular com padrão simples separado (fio absorvível ou 
inabsorvível como o nylon 0), se tiver inflamado podemos colocar um dreno, deixar o animal 
em jejum, realizar alimentação parenteral por 48hrs. 
 
 
2- ​PERFURAÇÃO DE ESÔFAGO 
Etiologia:possível ingestão de C.E. pontiagudo perfurante ou trauma externo coice, ou 
rasgou em cerca. Comum forma fístula com drenagem de saliva e ingesta, edema , 
enfisema consistência crepitante , flegmão ou abscesso infecção local ou pode ter febre em 
casos sistêmicos. 
Diagnóstico: inspeção, palpação direta e ou indireta, exame de imagem: RX , 
endoscopia​. 
Tratamento ​depende de quanto tempo está aberta a ferida, Qual abordagem tomar? Se 
tiver contaminado, pode fechar com segunda intenção, EX: ​depois de 12 hrs​, higieniza a 
ferida, drenar, tirar necrose… mesmo cuidado com a alimentação devido a comunicação, 
realizar por sonda nasogástrica ou parenteral até cicatrização. 
Ferida mais contaminada, usar ​antibióticos, antiinflamatórios e curativos​. 
Se for ​recente​, faz sutura, mesma abordagem da obstrução , tudo dependerá de quanto 
tempo está contaminada e o tempo que ocorreu o processo. 
 
Complicações desses 2 procedimentos: qualquer intervenção cirúrgica pode formar 
fibrose ​que causa uma ​estenose ​no lúmen do esôfago. Outro processo que podemos ter édivertículo​: parece pregas soltas, necessita de correção com um procedimento cirúrgico, 
tirar essa bolsa, remove os bordos da lesão para ativar o processo de cicatrização e fecha 
com pontos simples separado ou contínuo. 
 
TRAQUÉIA: 
Abordagem secundário problemas respiratórios graves, pode estar relacionados a casos 
obstrutivos, estenose de traquéias, alguma lesão traumática, acidentes ofídicos ( que causa 
edema de glote), corpos estranhos intraluminais ou colapso de traquéia. 
 
3- ​TRAQUEOSTOMIA​ (para desobstruir a via aérea): 
Procedimento emergencial (asfixia) ou eletivo, objetivo é um novo trajeto para o ar 
inspirado, controle da contaminação: procedimento eletivo ou asfixia. 
 
TÉCNICA CIRÚRGICA: 
Normalmente fazemos na porção medial, com o animal em pé,tricotomia, antissepsia e 
anestesia local, se o animal for agressivo, fazer sedação, incisão de pele, subcutâneo, 
sobre a linha média ventral, de tamanho +/- 10cm, usar afastadores ou dissecção dos 
músculos esterno hióideo que cobra a traquéia e exposição dos anéis traqueais para ver 
onde fará as incisões. 
Ou seja, faremos uma incisão no ligamento na horizontal (que tem separando cada anel 
traqueal - que é cartilagem) e depois uma meia lua ou elipse pegando um pedaço da 
cartilagem. As meias luas precisam estar na pinça, porque se cortar pode acabar caindo na 
traquéia (jogaremos fora depois), e então colocamos o traqueotubo que deve estar estéril e 
manter a área limpa. 
 
Pós operatório​: 
1. Antibiótico (evitar nos ruminantes por conta do descarte do leite, carcaça, nos 
equinos está liberado) 
2. Limpeza da ferida 
3. Limpeza do traqueotubo 
O período que vamos deixar no animal vai depender de cada caso. 
Para fechar é só retirar o traqueotubo e fechar com sutura ? 
 
Segunda parte da aula - Casos clínicos com profº Paolo 
Caso 1. Equino, macho, 12 anos, secreção unilateral direita com odor fétido (aspecto 
seroso). 
- Quais os procedimentos diagnósticos vocês realizariam? 
Precisamos realizar o exame físico, avaliação geral do paciente, analisar linfonodos, realizar 
endoscopia (rinoscopia), analisar cavidade oral, RX de crânio. 
Na cavidade oral: destruição do palato duro, porção sem dente e comunicação com a 
cavidade nasal. 
No exame radiográfico: aumento de volume difuso, pegando várias raízes dentárias. 
OBS: Sinusotomia não seria indicado nesse caso, porque sinostomia faz uma pequena 
abertura, não seria suficiente. 
Trepanação também não seria suficiente pois a abertura ainda é pequena para esse caso. 
Retalho ósseo já é mais indicado pois faria uma abertura bem maior, conseguimos fazer 
uma avaliação melhor do caso do seio paranasal. Fará incisão semilunar na pele e 
subcutâneo e periósteo, depois eleva o periósteo, faz a abertura do seio paranasal, 
remove-se a formação e envia para histopatológico. 
 
- Qual possível diagnóstico? 
Neoplasia de seio paranasal (carcinoma de células escamosas invadindo o seio para 
nasal), as doenças periodontais crônicas podem levar a neoplasias em seio paranasal. 
 
- Qual tratamento indicado? 
Retalho ósseo e mandar para histopatológico. 
 
Caso 2. Equino, fêmea, 14 anos, queda de performance, chiado inspiratório e que evolui 
para intolerância ao exercício. 
- Quais os exames indicados para obtenção do diagnóstico? 
Exame físico, endoscopia de laringe em estação e em exercício, US da avaliação da 
musculatura da laringe. 
- Qual diagnóstico? 
Neuropatia laringeana recorrente. 
- Qual tratamento indicado? 
Na endoscopia vamos avaliar a movimentação da laringe, o cornículo da aritenóide do lado 
esquerdo está paralisado, e a do lado direito está movimentando, mas não faz direito o 
movimento de abertura. 
 
Caricoaritenopescia + Ventriculocordectomia 
 
Uma incisão na lateral do pescoço ventral à veia 
linguofacial de pele e subcutâneo; faz divulsão até 
chegar na laringe; Divulsionar a musculatura da 
laringe; passar um fio na cricóide e no processo 
muscular da aritenóide, tracionar, antes de 
amarrar faz a endoscopia para ver se a abertura 
está eficaz. 
Primeiro faz a caricoaritenopesia e depois a 
ventriculocordectomia. 
Bilateral neste caso e remove os 2 ventrículos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 31/03/2020 ​Casos Clínicos​ - Prof Paolo . 
 
Caso 1. 
Instrumento ​emasculador​, fica na mesa fica junto com os​ instrumentos especiais​. 
A borboletinha do emasculador deve ficar sentido do testículo, ou seja, virada pra ele. 
Ele esmaga as estruturas e faz hemostasia. 
Fechada: túnica recobre o saco escrotal. 
Aberta: sem a túnica recobrindo o saco escrotal 
Ferida: tratada por 2ª intenção, o pós operatório forma muito seroma que precisa ser 
drenado. 
Ferida da orquiectomia em grandes animais : trata como segunda intenção, aberta, pois é 
uma região nos equinos é muito sensível e forma muito seroma. Logo não colocar um dreno 
pq seria um corpo estranho. 
Ressaltar posição da lâmina (borboletinha) e instrumental serve apenas para castração, se 
colocar invertido ,o cordão vai direto para cavidade sangrando. Cavalo em pé. 
Pós operatório faz aines e penicilina (antibiótico), ducha e curativo externo. 
 
Caso 2. Qual é a técnica cirúrgica? traqueostomia, indicado para restabelecer o fluxo de ar 
na traquéia, devido a um trauma ,ou acidente ofídico, obstrução por neo ou neuropatia 
laringeana , flebite bilateral com edema na face. Faz na região do terço médio 
Preparo : bloqueio anestésico local, tricotomia, antissepsia/higienização. 
Caso emergencial : não faz tricotomia, só após realizar e salvar o animal e em seguida 
higieniza. 
Pós operatório: limpeza diária com solução fisiológica e trata como segunda intenção, não 
deixar cair dentro da traqueia soro nem gazes e sempre realizar profilaxia antitetânica nos 
animais não vacinados, é uma profilaxia para todos os equinos que não foram vacinados !! 
logo, dar soro antitetânico!! 
 
Caso 3. Classificação da ferida: ferida profunda, contaminada trata como segunda intenção, 
está na fase proliferativa. 
Como manejar? O ideal é fazer debridamento cirúrgico, ou utiliza pele de tilápia, placenta ou 
pericárdio, laserterapia, criocirurgia. 
 
Caso 4. Diagnóstico : Obstrução esofágica, escorre pela narina , unilateral, saliva. 
Terapia: sonda + palpação e ver com endoscópio. 
Esofagotomia- 1ª intenção suturando todos os planos se já estiver rompido, fazer uma 
esofagostomia e tratar por segunda intenção. 
 
Caso 5. Técninca cirúrgica: Laringostomia 
Indicação: fazer ventrículostomia, acesso cirúrgico das técnicas: ventriculocordectomia e 
aridenoteomia ?? 
Manejo: tratar por segunda intenção para drenar secreções. 
 
Caso 6. Exame Sinoscopia (seio paranasal). 
Objetivo: visualizar o interior do seio paranasal. 
Indicação: sinusite. 
 
Caso 7. Glossectomia parcial - ressecção da língua. Sutura com pontos separados de 
dentro para fora. 
 
Segunda parte da aula com prof melina

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