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Resumo expandido - A PUNIBILIDADE DOS PSICOPATAS NO SISTEMA PENAL BRASILEIRO

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CENTRO SULAMERICANO DE ENSINO SUPERIOR 
 
Rua Antônio de Paiva Cantelmo 1222 - Fone 0xx 46 524 4242 cesul@cesul.br 
 85601-270 - FRANCISCO BELTRÃO – PARANÁ 
 
 A PUNIBILIDADE DOS PSICOPATAS NO SISTEMA PENAL 
BRASILEIRO 
 
¹ Camila Poliana Burtet de Oliveira, ² Rafael Finatto. 
 
¹ Discente do curso de Direito da Faculdade de Direito Francisco Beltrão - CESUL 
² Advogado, Professor e Especialista em Direito e Processo Penal pela Faculdade de 
Direito de Francisco Beltrão, mantida pelo CESUL – Centro Sulamericano de Ensino 
Superior. 
 
Introdução: Muito se tem discutido, recentemente, acerca dos psicopatas e como são 
vistos tanto na sociedade como no Código Penal Brasileiro. Quando ouvimos falar em 
psicopatas imediatamente nos vem à mente pessoas como Ted Bundy, Jack O 
Estripador ou até mesmo Adolf Hitler e em como essas pessoas foram punidas pelos 
seus crimes de crueldade ilimitada. Segundo a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, 
os psicopatas somam 4% da população mundial e são classificados em diferentes 
graus. Silva diz, “Todos nós já conhecemos um psicopata, [...]” (2015, online). 
Com base na afirmativa, a psicopatia é uma maneira de ser e/ou viver e não 
uma doença mental, e nem todo psicopata pode ser considerado um assassino. O 
problema que se formula busca saber quais os critérios utilizados pelo sistema penal 
para determinar a imputabilidade e inimputabilidade dos psicopatas. A 
inimputabilidade estará presente quando o psicopata sofrer de alguma doença mental 
que o torne incapaz de entender os fatos ocorridos. Destarte, seria de extrema 
importância a criação de uma lei criminal que trate da psicopatia de forma exata. 
O objetivo geral é analisar a punibilidade dos psicopatas no sistema penal 
brasileiro. Tendo como objetivos específicos entender o conceito de psicopatia e suas 
classificações e por fim compreender como os psicopatas são sancionados diante do 
Código Penal Brasileiro. O método de pesquisa utilizado é o qualitativo. De acordo 
com Neves (1996, p. 1), a pesquisa qualitativa não busca enumerar ou medir eventos. 
Ela busca obter dados descritivos que expressam os sentidos dos fenômenos. O 
estudo foi desenvolvido a partir da pesquisa bibliográfica, os conceitos analisados 
foram “Psicopatia e suas Classificações”, “Medicina Legal” e “Psicopatas e o Direito 
Penal”. A pesquisa foi desenvolvida através da análise bibliográfica, realizada através 
da leitura da legislação, artigos científicos, teses e livros. 
O presente trabalho iniciará com a definição da palavra “Psicopatia” e como há 
uma controvérsia em classificá-la ou não como uma doença mental. Logo após será 
dito a importância da medicina legal no processo de classificação de um Réu como 
imputável e inimputável. E por fim como os psicopatas são tratados e sancionados 
diante o Código Penal Brasileiro. 
. 
 
Desenvolvimento: A palavra psicopatia vem do grego e significa doença da mente, 
apesar de não estar intimamente relacionada às doenças mentais. A Associação 
Americana de Psiquiatria, em seu Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
 
 
CENTRO SULAMERICANO DE ENSINO SUPERIOR 
 
Rua Antônio de Paiva Cantelmo 1222 - Fone 0xx 46 524 4242 cesul@cesul.br 
 85601-270 - FRANCISCO BELTRÃO – PARANÁ 
 
Mentais, utiliza a expressão “Transtorno de Personalidade Antissocial” para referir-se 
aos portadores de psicopatia (EMILIO, 2012, p. 5-6). 
 Trindade (2009, p. 97), diz que não se deve confundir a psicopatia com o 
Transtorno de Personalidade Antissocial: 
 
O psicopata oculta graves carências emocionais atrás de uma aparência de 
normalidade. Apresenta baixo nível de ansiedade, falta de remorso ou 
vergonha, narcisismo e incapacidade para amar, ausência de reações 
afetivas básicas, e comportamento responsável. 
 
 
A medicina legal diagnostica o tipo de transtorno de personalidade que um 
doente mental, um psicopata possui (MOURA apud FEGURI, 2012, p. 206). Para 
Odon Ramos Maranhão: 
 
A medicina legal tem grande influência na hora da aplicação de uma sentença 
e depois dela, pois é ela diz que ao juiz se o agente possui ou não uma 
personalidade psicótica e, também, é ela quem informa, através de seus 
laudos periciais, se o agente está tendo alguma reação positiva ao tratamento 
ambulatorial ou ao internamento aplicado como medida de segurança, um 
exemplo existente é a CID 10, pois é ela quem classifica o tipo de transtorno 
mental de comportamentos (MARANHÃO, 2000, p. 347). 
 
 
A culpabilidade, segundo Greco (2013), seria o juízo de reprovabilidade que se 
realiza diante da conduta típica e ilícita que fora praticada pelo agente. A culpabilidade 
vem acompanhada de três elementos normativos, o primeiro deles é a imputabilidade, 
o segundo é a consciência de ilicitude do fato e o terceiro elemento seria o que 
chamamos de exigibilidade de conduta diversa. 
 A imputabilidade pode ser definida como a possibilidade de ser atribuído o fato 
típico ou ilício a quem o cometeu. A imputabilidade é vista como a regra, já 
inimputabilidade como a exceção (GRECO, 2013). 
 Assim, o artigo 26, “caput”, do Código Penal Brasileiro (1940), estabelece que 
seja isento de pena o agente quer não tinha, no momento do fato, acometido por 
doença mental ou desenvolvimento mental incompleto, a inteira capacidade de 
assimilar a ilicitude do fato ou de determinar-se de acordo com seu entendimento. Dá- 
se assim a imputabilidade, ou seja, o agente não será responsabilizado pelos seus 
atos. 
 
 
Conclusão: O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise sucinta 
do conceito de psicopatia e como os psicopatas são vistos no Código Penal Brasileiro. 
Buscou mostrar que nem todo psicopata é um homicida e nem todo homicida pode 
ser considerado um psicopata. 
Dada à importância do assunto, torna-se necessário a criação de uma norma 
que trate diretamente dos psicopatas. Podendo economizar não só o tempo como 
outros recursos utilizados nos julgamentos dos crimes cometidos pelos portadores da 
psicopatia. 
 
 
Referências: 
 
 
 
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GRECO, R. Curso de Direito Penal – Parte Geral. 15. ed. Niterói: Impetus, 2013, 
793 p. 
 
 
BRAYNER, Katyane Karla de Melo. Psicopatas assassinos em série: desafios para 
o direito penal brasileiro. Disponível em <http://repositorio.asces.edu 
.br/handle/123456789/896>. Acesso: 26 mai. 2019. 
 
 
NEVES, J.L. Pesquisa qualitativa - características, uso e possibilidades. Cadernos de 
pesquisa em administração, São Paulo. V.1, nº 3. 2º sem, 1996. 
 
 
ABREU, Michele O. De. Da imputabilidade do Psicopata. Disponível em: 
<https://micheleabreu.jusbrasil.com.br/artigos/121944082/da-imputabilidade-do-
psicopata>. Acesso: 10 maio. 2019. 
 
 
RIBEIRO, Lane. Efeitos jurídico-penais: portadores de psicopatia. Disponível em 
<https://jus.com.br/artigos/38351/efeitos-juridico-penais-portadores-de-psicopatia>. 
Acesso: 10 maio. 2019. 
 
 
RODRIGUES, Karen Rosendo de Almeida Leite; MOTA, Roberta Moraes. Psiquiatria 
nas penitenciarias brasileiras. Disponível em: 
<https://jus.com.br/artigos/71102/psiquiatria-nas-penitenciarias-brasileiras>. Acesso 
em: 11 mai. 2019. 
 
 
BLUME, Juliana. Nem todos os psicopatas são assassinos – eles podem ser 
profissionais de sucesso. Disponível em: <https://hypescience.com/seu-chefe-e- 
um-psicopata/>. Acesso: 11 mai. 2019. 
 
 
DAVOGLIO, Tárcia Rita; ARGIMON, Irani Iracema de Lima. Avaliação de 
comportamentos anti-sociais e traços psicopatas em psicologia forense. 
Disponível em:<https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5118383>. Acesso: 
17 mai. 2019. 
 
 
EMILIO, Caroline Souza. Psicopatas homicidas e as sanções penais a eles 
aplicadas na atual justiça brasileira. Disponível em: <http://conteudo.pucrs.br/wp- 
content/uploads/sites/11/2018/09/caroline_emilio.pdf>. Acesso: 17 mai. 2019. 
 
 
SOUZA, Ana Luisa Rodriguesde. Psicopatas homicidas e sua punibilidade no 
sistema penal brasileiro. Francisco Beltrão. 2017. 55 f. Monografia – Curso de 
Direito. CESUL – Centro Sulamericano de Ensino Superior Faculdade de Direito de 
Francisco Beltrão. 
 
 
 
CENTRO SULAMERICANO DE ENSINO SUPERIOR 
 
Rua Antônio de Paiva Cantelmo 1222 - Fone 0xx 46 524 4242 cesul@cesul.br 
 85601-270 - FRANCISCO BELTRÃO – PARANÁ 
 
 
MOURA, Juliana Atanai Gonçalves; FEGURI, Fernanda Eloise Schmidt Ferreira. 
Imputabilidade penal dos psicopatas à luz do código penal brasileiro. Disponível 
em:< http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/9526>. Acesso: 
17 mai. 2019. 
 
 
MAGNOLER, René Gonçalves Estrela. Psicopatia forense: psicopata e o Direito 
Penal. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,psicopatia-forense-
psicopata-e-o-direito-penal,589221.html>. Acesso: 24 mai. 2019. 
 
 
SANTOS, Jessica Medeiros Neres Dos. Psicopatas homicidas e o Direito Penal. 
Disponível em: <https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=8885>. Acesso: 24 
mai. 2019. 
 
 
MELHORAMENTOS, Editora. Definição da palavra psicopatia. Disponível em: 
<http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=psicopatia>. Acesso: 25 
mai. 2019.

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