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FICHAMENTO 2 - A ÁFRICA NA HISTÓRIA DO MUNDO; O TRÁFICO DE ESCRAVOS A PARTIR DA ÁFRICA E A EMERGÊNCIA DE UMA ORDEM ECONÔMICA NO ATLÂNTICO

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FICHAMENTO: A ÁFRICA NA HISTÓRIA DO MUNDO: O TRÁFICO DE ESCRAVOS A PARTIR DA ÁFRICA E A EMERGÊNCIA DE UMA ORDEM ECONÔMICA NO ATLÂNTICO
INIKORI, J. E. 
O autor inicia dizendo que a partir do séc. IX ocorreu desenvolvimento significativo de escravidão de africanos para o mundo, e que foi extinto apenas no séc. XX. A partir da descoberta do novo mundo, esse tráfico se intensificou, e passou a se chamar tráfico transatlântico, que arrancou milhões de pessoas de seu lar e suas famílias, e até hoje não foi devidamente evidenciada.
A escravidão começou bem antes. Há relatos de gregos e romano, vem como os ingleses e eslavos, mas nada comparado ao tráfico transatlântico.
O autor também diz que já uma dificuldade em determinar o seu papel na história do mundo, por conta das origens históricas e a economia contemporânea, a tirania e influência sobre os pesquisadores, influências políticas, e inexatidão das informações.
O capítulo analisa as consequências do tráfico negreiro na ordem econômica mundial. Uma primeira ordem econômica apareceu apenas no séc XIX, com a Europa ocidental, e a América do norte posteriormente.
Metodologia
O autor define 3 tipos de economias.
Por economia desenvolvida, entende -se uma economia que possui sólidas ligações internas, estruturais e setoriais, apoiando -se em uma técnica evoluída e em estruturas sociopolíticas as quais permitem um crescimento autônomo6. A expressão “economia subdesenvolvida e dependente” significa, por sua vez, uma economia privada de articulações estruturais e setoriais, em função da existência de certas estruturas internas, herdadas de relações internacionais anteriores cuja natureza torna extremamente difícil, senão impossível, a implementação de uma técnica evoluída e de sólidas ligações internas, setoriais e estruturais, gerando assim uma situação na qual a expansão ou a contração da economia depende inteiramente do exterior.
Por fim, a economia não desenvolvida é aquela que não possui, nem as estruturas do desenvolvimento, nem tampouco aquelas do subdesenvolvimento e que permanece, portanto, livre para facilmente tomar tal ou qual direção, em função do tipo de oportunidade apresentada8A amplitude do tráfico de escravos africanos O tráfico de escravos é avaliado com uma estimativa, por conta dos dados nem sempre exatos, e por isso o número aproximado de escravos tirados da África é de 22 milhões. P.97
A transformação capitalista da Europa ocidental e da América do norte a época da escravidão e do tráfico de escravos
O autor dividiu em 2 períodos para entender o sistema capitalista atlântico, de 1500 a1650, e de 1650 a 1820.
O primeiro período ainda não havia toda a força necessária para ter uma grande economia, e os europeus usaram força militar pra garantir a soberania sobre os recursos de cada região. 
A Espanha, grande beneficiada na extração de metais preciosos americanos nesse período, gastava muito na própria Europa, mas esse empreendimento capitalista necessitava de mais espaço, que o continente não tinha.
No segundo período, os países dominantes perceberam que daria aumento na economia com a prática da agricultura, como o tabaco e algodão no norte americano, e açúcar na região central e na Sul.
Nesse ponto, se intensifica o tráfico de africanos para as Américas, e na Europa além dos metais preciosos, chegam os produtos agrícolas.
Com esse fluxo de mercadorias do sistema atlântico gera mais empregos por toda a Europa ocidental, as economias crescem.
Nas colônias britânicas, é possível notar 3 tipos de regimes econômicos, ao sul, com a mão de obra escrava africana, no centro, com uma agricultura alimentar, e ao norte, com a construção de navios.
Após os EUA se tornar independente, as colônias do sul dependiam ainda dos escravos para suas economias, tendo 34% da população, escrava em 1850.
O surgimento das estruturas de subdesenvolvimento na América latina e nas Antilhas
As Américas eram pouco povoadas antes da invasão, e pelos aldeamentos serem distantes, o comércio entre eles não existia, o que obviamente dificultava a formação do capitalismo no local.
O quase extermínio dos indígenas na América fez com que os europeus e colonos tivessem muitas terras a disposição, e na importação de mão de obra africana em larga escala.
Na metade do séc. XIX, cerca de 61% da população brasileira era de origem africana.
Nesse período, houve grande aumento de importação de escravos na América latina, o que também gerou expansão e produção de comércio de bens consumíveis.
A América latina se tornou dependente das importações manufaturados europeias e dos EUA.
Após as independências na América latina, continuou produzindo produtos agrícolas e matérias prima para exportação, em detrimento de produtos manufaturados.
As bases iniciais das estruturas de dependência na África
No séc. XVI a África estava já frágil, com a população reduzida, e o mesmo problema da América antes da invasão, a África negra não se comunicava com o restante, por conta do imenso deserto.
A economia para esses africanos limitava-se ao que era mais fácil e barato, vender os escravos.
A partir do séc. XV, quando se estabelece essa relação comercial com alguns reinos, eles veem como grande oportunidade de enriquecer facilmente e promover transformação social, mas ao mesmo tempo essa diminuição da população impediu qualquer estabilidade econômica africana.
O autor fala do grande número de mulheres africanas em idade de reprodução eram vendidas, e que isso facilitou essa diminuição da população.
A guerra na África. Os europeus forneciam grandes quantidades de armas de fogo e pólvora, e os africanos viam nessas lutas e posterior aprisionamento e venda dos cativos, um negócio muito mais lucrativo e rápido, o que resulta em um baixo comércio local.
3 séculos dessa forma fizeram a África a se tornar um continente dependente da Europa e dos EUA, pelos mesmos produtos manufaturados, em troca de cativos.
Quando a escravidão cessou, o estrago já estava feito e o continente havia se tornado dependente e pobre.

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