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Trab de Gestao Riscos Amb TERMINADO

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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Análise e Gerenciamento de riscos Ambientais
Manuel T. Luís Paulo e Código N.º 708182667
 Curso: Gestão Ambiental
Disciplina: Gestão RA
Ano de Frequência: 3º Ano
Gurúè, Junho, 2020
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Análise e Gerenciamento de riscos Ambientais
Manuel T. Luís Paulo e Código N.º 708182667
	Trabalho de campo com caracter avaliativo a ser entregue na Universidade Católica de Moçambique-IED sob a orientação do docente da cadeira de Gestão de RA.
 Docente: dr. Victor M. Victor
Gurué, Junho, 2020
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	Padrões
	Classificação
	
	
	
	Pontuação máxima
	Nota do tutor
	Subtotal
	Estrutura
	Aspectos organizacionais
	· Capa
	0.5
	
	
	
	
	· Índice
	0.5
	
	
	
	
	· Introdução
	0.5
	
	
	
	
	· Discussão
	0.5
	
	
	
	
	· Conclusão
	0.5
	
	
	
	
	· Bibliografia
	0.5
	
	
	Conteúdo
	Introdução
	· Contextualização (Indicação clara do problema)
	1.0
	
	
	
	
	· Descrição dos objectivos
	1.0
	
	
	
	
	· Metodologia adequada ao objecto do trabalho
	2.0
	
	
	
	Análise e discussão
	· Articulação e domínio do discurso académico (expressão escrita cuidada, coerência / coesão textual)
	2.0
	
	
	
	
	· Revisão bibliográfica nacional e internacionais relevantes na área de estudo
	2.
	
	
	
	
	· Exploração dos dados
	2.0
	
	
	
	Conclusão
	· Contributos teóricos práticos
	2.0
	
	
	Aspectos gerais
	Formatação 
	· Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafo, espaçamento entre linhas
	1.0
	
	
	Referências Bibliográficas
	Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia
	· Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas
	4.0
	
	
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Índice
Introdução	6
1	Conceito de Riscos Ambientais	7
2	Caracterização e Classificação dos Riscos Ambientais	7
2.1	Riscos Físicos	7
2.2	Riscos Biológicos	8
2.2.1	Classificação dos riscos biológicos	8
2.2.2	Riscos de Acidentes ou Mecânicos	8
2.3	Riscos Químicos	9
2.3.1	Vias de penetração dos agentes químicos	10
2.3.2	Factores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais	10
2.4	Riscos Ergonómicos	11
3	Campo de Aplicação, Selecção dos Aspectos Ambientais e Indicadores Socioeconómicos	11
3.1	Formatação Estrutural	12
3.1.1	Premissas, Critérios e Conceitos	12
4	Importância do levantamento de aspectos e impactos ambientais	13
4.1	Relação entre Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Programa de Gestão de Risco (PGR)	13
4.2	Risco para pessoas e medidas de protecção	14
4.3	Riscos Ambientais e Medidas de Protecção	15
4.3.1	Risco para o Meio Ambiente	16
Conclusão	18
Referências Bibliográficas	19
19
Introdução 
O risco é conceituado como a contextualização de uma situação de perigo, ou seja, a materialização de um evento indesejado (Sánchez, 2013). Dessa forma, o efeito que as organizações sofrem de influências e factores internos e externos que tornam incerto se, e quando, elas atingirão seus objectivos é chamado de “risco” (ABNT, 2009). 
Nos últimos anos, como as organizações passaram a sofrer pressões cada vez maiores para a redução dessas incertezas, a necessidade de gerenciar riscos, incluindo-se os de natureza ambiental, passou a ser reconhecida como um elemento essencial para a boa prática de governança corporativa.
A aplicação do conceito de risco ambiental no contexto empresarial requer a definição de indicadores de desempenho técnico que, associados a aspectos financeiros, possam resultar em instrumento de tomada de decisão que possibilite o aprimoramento do desempenho da organização por meio da redução da probabilidade e/ou do impacto do dano (IBGC, 2007).
Nesse sentido, os instrumentos de gerenciamento de riscos ambientais têm se constituído em ferramentas cada vez mais essenciais para a caracterização, a minimização e até mesmo a eliminação dos potenciais riscos ambientais das operações industriais do País.
Cabe ressaltar que, embora existam normas e metodologias padronizadas para diversas tipologias de análise de risco dentro de uma organização (Tixier, 2002), os mecanismos e/ou instrumentos de gestão disponíveis estão sujeitos à subjectividade, não são automatizados, não estabelecem critérios técnicos relacionados ao gerenciamento dos riscos ambientais, não valoram os potenciais impactos associados aos riscos mapeados e, de maneira geral, não apresentam critérios de priorização para a tomada de decisão.
Dessa forma, o presente trabalho apresenta as premissas do desenvolvimento de um Instrumento de Gestão para a Identificação e o Gerenciamento de Riscos Ambientais (IGIGRA).
Conceito de Riscos Ambientais
São condições físicas, organizacionais, administrativas ou técnicas, existentes nos locais de trabalho, que propiciam ou contribuem para a ocorrência de acidentes de trabalho ou doenças profissionais em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição.
Caracterização e Classificação dos Riscos Ambientais
Os riscos ambientais ou profissionais são divulgados em cinco grupos: Físicos; Químicos; Biológicos; Ergonómicos; e Mecânicos.
Figura 1: Classificação dos Riscos Ambientais
Fonte: IBGC (2007)
Riscos Físicos
Os agentes físicos são condições nocivas que encontramos no ambiente de trabalho, causados por transferência de energia entre o homem e o ambiente.
São considerados riscos físicos: Ruídos; Vibrações; Radiações; Pressões anormais; Temperaturas extremas; Umidade.
Riscos Biológicos
São considerados riscos biológicos: Animais; Protozoários; Vírus; Bactérias; e Fungos;
Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismosque em contacto com o homem podem provocar inúmeras doenças. Muitas actividades profissionais favorecem o contacto com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública, laboratórios, tratadores de animais, etc.
O lixo hospitalar e seu destino são uma fonte de perigo e deve ser cuidadosamente controlada.
São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança mos diversos sectores de trabalho sejam adequadas.
1) Biossegurança
Classificação dos riscos biológicos
Classe 1 – agentes que não oferecem riscos, nem para o manipulador nem para, a comunidade. 
Classe 2 – Apresentam riscos moderados para o manipulador e fraco para a comunidade. 
Classe 3 – são os agentes que apresentam riscos graves para o manipulador e moderados para a comunidade.
Classe 4 – agentes que representam riscos para o manipulador e para a comunidade.
Riscos de Acidentes ou Mecânicos
São considerados como riscos geradores de acidentes:
· Arranjo físico deficiente – prédios com área insuficientes; localização imprópria de máquinas e equipamentos ambientais sujos; sinalização incorrecta ou inexistente; pisos irregulares;
· Máquinas e equipamentos sem protecção, máquinas sem protecção em pontos de transmissão e de operação; máquinas com defeitos e inadequadas; EPI inadequado ou não fornecido;
· Ferramentas inadequadas ou defeituosas, ferramentas usadas de forma incorrecta; falta de fornecimento de ferramentas adequadas; falta de manutenção;
· Problemas com edificação – instalação eléctrica imprópria, com defeito ou exposta; falta de manutenção, risco de incêndio;
· Problemas com matéria –prima, material sem especificação e rótulos; vazamento de materiais perigosos; acondicionamento inadequado.
Riscos Químicos
Os agentes químicos ou substâncias químicas existem em quase todos os processos industriais. Sem o devido cuidado essas substâncias podem ser perigosas para a saúde do trabalhador e até mesmo letais.
São usadas para: limpeza, em processo industrial, combustível, tintas, ácidos remédios, insecticidas, fertilizantes, etc.
Formas: líquida, sólida e gasosa.
Classificação: Poeiras, névoas, fumaça, gases, vapores, neblinas (aerodispersóides), e substancias, compostas e produtos químicos em geral.
· Poeira – são partículas geradas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. Ex.: carvão mineral = pneumoconiose dos minérios de carvão. Ex.: poeiras alcalinas = DPOC
· Fumos – partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos. Ex.: fumos de óxido de zinco nas operações de soldagem com ferro.
· Consequências – doença pulmonar obstrutiva.
· Névoas – partículas líquidas resultantes do processo de pintura a revolver.
· Gases – estado natural de temperatura e pressão. Ex.: hidrogénio. Ácido nítrico, lentano, etc.
· Neblina – partículas líquidas resultantes da condensação de vapores.
· Vapores – são dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se para formar líquidos ou sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Ex. Naftalina, gasolina, etc.
Névoas, gases e vapores podem ser classificados em:
· Irritantes – acção corrosiva, têm a propriedade de produzir inflamação nos tecidos em contacto. Ex.: ácido clorídrico, cloro, soda cáustica. Causam irritações nas vias aéreas superiores.
· Asfixiantes – reduzem a concentração de 2 no ar. Ex.: hidrogénio, nitrogénio, monóxido de carbono. Causam: cefaleia, náuseas, sonolência, convulsões, coma e morte.
· Anestésicos – (a maioria solventes orgânicos), Acção depressiva sobre o sistema nervoso, dano aos diversos órgãos, ao sistema formador do sangre (benzeno). Ex.: butano, propano, cetona, cloreto da carbono, álcoois, xileno, etc.
Vias de penetração dos agentes químicos
· Cutânea (pele) – os ácidos, álcalis e solventes ao atingirem a pele, podem ser absorvidos ou provocar lesões, podendo também comprometer a mucosa dos olhos, boca e nariz.
· Digestiva (boca) - a contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou não de substâncias nocivas, presentes em alimentos contaminados, deteriorados ou na saliva, conforme o tipo de produto ingerido, podem ocorrer lesões (queimaduras na boca, esófago e estômago).
· Respiratória – as substâncias penetram pelo nariz e pela boca, afectando a garganta e chegando aos pulmões.
Factores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais
· Concentração – quanto maior a concentração do produto mais rapidamente seus efeitos nocivos se manifestarão no organismo.
· Índice Respiratório – representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada de trabalho.
· Sensibilidade individual – o nível de substância varia de indivíduo para indivíduo.
· Toxidade – é o potencial tóxico da substância no organismo.
· Tempo de exposição – é o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.
Riscos Ergonómicos
A organização internacional do trabalho (OIT) define a ergonomia como “a aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho”.
São considerados riscos ergonómicos:
· Trabalho Físico Pesado – a máquina humana tem pouca capacidade de desenvolver força física no trabalho, O sistema ortomolecular do ser humano o habilita a desenvolver movimentos de grande amplitude, porém conta pequena resistência.
Com o esforço muscular, a pressão interna do músculo ultrapassa o valor da pressão arterial do sangue, ocorrendo um fechamento dos vasos sanguíneos que nutrem os músculos.
Os processos metabólicos que deveriam se passar por via aeróbica passam por via anaeróbica com produção e acúmulo de ácido láctico, que irrita as terminações nervosas do músculo que está sob condições de esforço físico.
Campo de Aplicação, Selecção dos Aspectos Ambientais e Indicadores Socioeconómicos
Para definir o campo de aplicação do IGIGRA, foram estabelecidos os aspectos ambientais que seriam incorporados. Tais aspectos foram seleccionados com base nos aspectos ambientais elencados pela Resolução CONAMA nº 01/1986 (CONAMA, 1986) e pela ISO 14001:2004 (ABNT, 2004) como requisitos mínimos para o diagnóstico ambiental de uma organização, a saber: efluentes líquidos; resíduos sólidos; qualidade do solo e das águas subterrâneas; qualidade das águas superficiais; qualidade do ar e emissões atmosféricas; ruído ambiental; e áreas verdes.
A partir de tais aspectos, foram definidos os principais indicadores socioeconómicos potencialmente associados aos custos de correcção decorrentes de danos associados aos indicadores ambientais incorporados ao IGIGRA, a saber: composição média familiar (número de pessoas/propriedade urbana ou rural); valor de mercado das propriedades rurais e das residenciais; valor da produtividade rural; valor de mercado para recomposição de áreas degradadas; valor de mercado para destinação de resíduos e/ou materiais contaminado; valor de referência estabelecido para remediação de solo e água contaminada; custo de hospedagem; custo para fornecimento de água potável; valor médio diário para assistência médica.
Formatação Estrutural
A concepção do IGIGRA foi realizada por meio da estruturação das seguintes etapas: entrada, processamento (inserção de critérios em base web para processamento automático das informações) e saída de dados. Essas etapas foram operacionalizadas por meio da adaptação de conceitos e critérios definidos por métodos de análise de risco que foram originalmente desenvolvidos para avaliação de riscos industriais e não especificamente para condições ambientais, a saber: Failure Mode and Effects Analysis FMEA (CETESB, 2011; GARGAMA & CHATURVEDI, 2011. e Preliminary Hazard Analysis – PHA (CETESB, 2011).
Premissas, Critérios e Conceitos
Como premissa do PHA, o IGIGRA utilizou os critérios de subdivisão dos processos industriais (mapeamento dos riscos ambientais por grupo de actividades), e do FMEA (CETESB, 2011), foram adaptados conceitos de severidade e probabilidade de ocorrência.Os demais critérios e conceitos utilizados foram definidos com base em requisitos legais de cunho ambiental avaliados na esfera federal e em aspectos relevantes obtidos por meio de levantamentos bibliográficos pertinentes ao tema (Batello, 2008).
Importância do levantamento de aspectos e impactos ambientais
· Conhecimento das actividades que causam impacto ao meio ambiente;
· Determinação da significância destes impactos;
· Atendimentos aos requisitos legais e normativos;
· Determinação dos controles operacionais;
· Visão sobre o gerenciamento de resíduos;
· Estabelecimento de objectivos e metas; e
· Elaboração de planos de emergência e de monitoramento e medição.
Relação entre Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Programa de Gestão de Risco (PGR)
Com a inclusão da exigência de realização de análises de riscos para os empreendimentos considerados perigosos, alguns órgãos de controlo ambiental passaram também a exigir a apresentação de um Programa de Gestão de Risco (PGR) como forma de controlo e monitorização dos riscos avaliados. Como requisito adicional, tem sido solicitado a realização de um Plano de Acção de Emergência, o qual tem que ser feito a partir dos resultados da análise de riscos.
O quadro apresentado na página seguinte mostra a relação entre os requisitos ambientais e as fases de realização de um projecto. Este quadro foi extraído do relatório final de um Workshop sobre Geração Térmica a Gás realizada em Porto Alegre em Junho de 2001, que reuniu especialistas de várias entidades brasileiras, com o patrocínio do IBAMA e da PETROBRAS. Do quadro pode-se ver que os requisitos de EIA e Análise de Risco devem ser satisfeitos para a concessão da Licença Prévia (LP), ou seja, devem ser realizados ainda na fase de projecto conceitual e estudos de viabilidade. Por sua vez, os requisitos de PGR e PAE (Plano de Acção de Emergência) devem ser satisfeitos para a concessão da Licença de Operação (LO) e, portanto, devem ser realizados durante as fases de projecto executivo e construção/montagem. (Diniz, Flávio, 2006).
Quadro 1: Requisitos Ambientais e as Fases do Projecto
	Viabilidade
	Desenvolvimento
	Instalação 
	Operação 
	Estudo de Impacto Ambiental 
Estudo de Analise de riscos
Audiência Publica
Estudo de viabilidade 
LP
Projecto conceitual 
	Requisitos da licença prévia
Estudos complementares
Mediadas compensatórias
LI
Projecto executivo 
Projecto básico
	PGR
PAE
Requisitos, Licença de construção
pa
LO
Construção e montagem
	
Operação 
Controle e monitoramento
Gestão de riscos Acções de emergência 
Fonte : Workshop Geração Térmica a Gás, Porto Alegre, Junho 2001
Risco para pessoas e medidas de protecção
Uma das formas de classificação de riscos reside na sua diferenciação quanto ao tipo de recurso vulnerável que é objecto do dano causado pelo acidente. Dessa forma, os riscos podem ser: para pessoas, para o meio ambiente e para o património da empresa ou da sociedade. No que se refere aos riscos para pessoas, existe ainda uma forma de classificação baseada no tipo de consequência avaliada. Conforme mostrado no quadro abaixo, as consequências podem ser: (i) Fatalidades, (ii) Ferimentos, (iii) Doenças, e (iv) Defeitos genéticos.
Conforme também indicado no diagrama abaixo, as fatalidades podem ser imediatas (na mesma época da ocorrência do acidente) ou retardadas (alguns ou vários anos após o acidente). Os ferimentos podem também ser classificados em temporários ou permanentes e as doenças podem ser agudas ou crónicas.
O risco de defeito genético causado pelos efeitos do acidente refere-se à possibilidade de ocorrência mutações indesejadas em indivíduos descendentes daqueles que sofreram os efeitos causados pelo acidente. De um modo geral, nas análises quantitativas de risco realizadas para instalações que lidam com produtos perigosos, avalia-se apenas os riscos de fatalidades imediatas, como indicador dos riscos das instalações analisadas. De um modo geral, esse indicador é suficiente para se obter uma clara diferenciação das instalações de alto risco das de baixo risco.
As consequências podem ser de vários tipos:
Risco de Fatalidade
Imediata
Retardada
Temporário
Risco de Ferimento
Riscos para pessoas
Permanente
Risco de Doença
 Aguda
Crónica
Risco de Defeito Genético
De um modo geral, avalia-se apenas o risco de fatalidade imediata. No sector nuclear, avalia-se também os riscos de fatalidade retardada e defeito genético. A segurança das instalações que lidam com produtos perigosos é garantida através da colocação de uma série de camadas de protecção, as quais constituem barreiras com o objectivo de prevenir a ocorrência de acidentes, reduzir a sua chance de propagação e minimizar as suas consequências, caso venha a ocorrer. 
Riscos Ambientais e Medidas de Protecção
A Resolução CONAMA-001 indica que o diagnóstico ambiental da área de influência do projecto de um empreendimento deve abranger:
· O meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos de água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas;
· O meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora, destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e económico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente;
· O meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.
Com a divisão estabelecida na Resolução CONAMA-001, os principais riscos para cada um dos recursos vulneráveis são os indicados no diagrama abaixo.
 O uso e ocupação do solo, os usos da água e a socioeconómica, destacando:
Os sítios e Monumentos arqueológicos, Históricos e culturais da comunidade,
As relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.
O subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando:
Os recursos minerais,
A topografia, os tipos e aptidões do solo,
Os corpos de água,
O regime hidrológico,
As correntes marinhas,
As correntes atmosféricas.
A fauna e a flora, destacando:
As espécies indicadoras da qualidade ambiental,
De valor científico e económico,
Raras e ameaçadas de extinção, e
As áreas de preservação permanente.
Com a divisão estabelecida na Resolução CONAMA-001, os principais riscos para cada um dos recursos vulneráveis são os indicados no quadro abaixo.
Risco para o Meio Ambiente
a) Meio Físico
· Contaminação do solo
· Contaminação de águas
· Contaminação atmosférica
· Alterações climáticas
b) Meio Biológico e Ecossistemas Naturais
· Danos à flora e à fauna
c) Meio Sócio-Econômico
· Destruição de sítios/monumentos arqueológicos
· Interrupção da actividade produtiva
· Comprometimento futuro de meios produtivos
Por sua vez, as principais medidas de protecção para se evitar os riscos ambientais são:
· A principal aquela relacionada ao distanciamento físico entre o agente do perigo e o recurso vulnerável. Importantes ferramentas para o efeito são os zoneamentos urbanos e o planeamento ambiental.
· Outra medida importante é a busca por projectos intrinsecamente seguros (por exemplo, pela eliminação/substituição de substâncias poluidoras por outras menos poluentes).
· Também a implementação de Programas de Gestão de Riscos (PGRs) é fundamental para a redução do número de acidentes.
Conclusão
Embora existam normas e metodologias padronizadas para a análise de riscos ambientais dentro de uma organização, os mecanismos e/ ou instrumentos disponíveis estão sujeitos à subjectividade, não são automatizados, não estabelecem critérios técnicos e, de maneira geral, não apresentam mecanismos de priorização para a tomada de decisão. Com base nas lacunas observadas, a presente nota técnica apresenta as premissas de um Instrumentode Gestão para a Identificação e o Gerenciamento de Riscos Ambientais (IGIGRA).
A maior parte da população mundial é rural, cuja sobrevivência depende fundamentalmente de práticas costumeiras tradicionais de uso e aproveitamento dos recursos naturais que garantem a segurança alimentar das famílias. Estas práticas, nem sempre são benéficas ao meio ambiente e quando associadas ao fenómeno das mudanças climáticas (resultantes da acumulação de gases de efeito estufa na atmosfera, provocada por padrões não sustentáveis de produção e consumo), têm repercussões directas na vida das populações, bem como, no desenvolvimento económico. De acordo com UEM- Faculdade de Ciências (2012) Os acidentes ou desastre naturais tem sido uma enorme barreira para o desenvolvimento económico e as perdas económicas anuais a eles associados tem estado a aumentar.
Assim, o presente trabalho sobre Gestão de Riscos Ambientais, pretende contribuir para a promoção do conhecimento sobre a gestão de riscos ambientais, proporcionando aos estudantes uma visão integrada ao nível local, nacional, regional e global dos problemas resultantes da ausência da gestão de riscos, ambientais e das estratégias para sua mitigação.
Referências Bibliográficas
ABNT. (2009). Gestão de riscos: Princípios e directrizes. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 31000. Brasil: Rio de Janeiro.
CONAMA. Conselho Nacional de Meio Ambiente. (2009) Resolução CONAMA n° 420, de 28 de Dezembro de 2009, que dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece directrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de actividades antrópicas. Ministério do Meio Ambiente, Diário Oficial da União.
IBGC. (2007) Guia de orientação para o gerenciamento de riscos corporativos. IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Brasil: São Paulo
Ministério do Meio Ambiente (2006). Secretaria de Qualidade Ambiental. Apostila do Curso sobre Estudo de Analise de Riscos e Programa de Gerenciamento de Riscos, Modulo 2: Risco em Impacto Ambiental.2006
Sánchez, L.H. (2013) Avaliação de impacto ambiental: Conceitos e métodos. 2 Ed. São Paulo: Oficina de Textos. 
Tixier, J.A; Dusserre, G.A, Salvi, O.B; Gaston, D. (2002) Review of 62 risk analysis methodologies of industrial plants. Journal of Loss Prevention in the Process Industries.

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