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Sujeitos do Processo I

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AULA 4 – SUJEITOS DO PROCESSO I 
Partes e procuradores. 
Capacidade Processual. Conceito. 
Dos deveres das partes e dos seus procuradores. 
Legitimidade das partes. 
Da Sucessão das partes e dos procuradores. 
Atos, ônus e poderes. Habilitação 
 
DAS PARTES 
Conceito – Fredie Didier – é aquele que está na relação jurídica processual, fazendo parte do contraditório, 
assumindo um dos pólos da relação jurídica processual, atuando com parcialidade e podendo sofrer os 
efeitos jurídicos com a decisão de mérito. 
 
ART. 17 DO NCPC – para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade 
LEGITIMIDADE – É o poder conferido por lei, à determinada (s) pessoa (s) para ir a juízo discutir a relação 
jurídica de direito material. 
Legitimidade ad causam – (legitimidade para a causa) - é a pertinência subjetiva da ação, ou seja, é a 
qualidade expressa em lei que autoriza a parte autora a invocar a tutela jurisdicional em face do réu, aquele 
contra qual o autor pretende ter o reconhecimento do seu direito. 
a) Qualidade jurídica que se afere a ambas as partes do processo (autor e réu); 
b) Afere-se diante do objeto litigioso, a relação jurídica substancial deduzida. Portanto, toda legitimidade 
baseia-se em regras de direito material, embora se examine a luz da situação afirmada no instrumento 
da demanda (petição inicial). 
Parte legítima é aquela que se encontra em posição processual coincidente com a situação legitimadora, 
decorrente de certa previsão legal, relativamente àquela pessoa e perante o respectivo objeto litigioso. 
 Legitimação ordinária 
CLASSIFICAÇÃO 
 Legitimação extraordinária 
 
Legitimado ordinário – é aquele que defende em juízo interesse próprio (art. 17 do NCPC; 
Legitimado extraordinário – É aquele que defende em nome próprio interesse alheio, ou seja, interesse de 
outro sujeito de direito (art. 18 do NCPC). Ex. Sindicato – art. 195 da CLT, MP. 
Livros da parte geral do Código 
Civil 
Elementos da relação 
jurídica 
Elementos da ação Pressupostos 
processuais 
Pessoas (Livro I) - arts. 1º e 40 Sujeitos Partes Legitimidade 
Bens (Livro II - arts. 79 ao 103 Objeto Pedido (imediato e 
nadiato) 
Interesse de agir 
Art. 485, VI, CPC 
(extinção do 
processo) 
Fatos Jurídicos 
 
Vínculo jurídico – 
nexo de causalidade 
Causa de pedir 
(próxima e remota) 
OBS.: as expressões substituição processual e legitimação extraordinária são sinônimas, mas não se pode 
confundir substituição processual com sucessão processual. Assim, há sucessão processual quando um 
sujeito sucede o outro no processo, assumindo a sua posição processual. Portanto há uma troca de sujeitos 
no processo, uma mudança subjetiva da relação jurídica processual. 
Ao contrário, na substituição processual, não há troca de sujeitos. Assim, não há alteração da relação 
processual, pois um sujeito tem o poder (legitimidade) de estar legitimamente em um processo 
defendendo interesse de outrem. 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS (MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA) 
OBS.: Os pressupostos processuais constituem matéria de ordem pública, devendo ser examinada de ofício 
pelo juiz - art. 485, IV, V, VI e IX. Portanto, a ausência de alegação pelas partes, não torna preclusa a 
matéria, uma vez que pode ser examinada e reexaminada a qualquer tempo (teoria da asserção) - (Art. 
485, §3º do CPC – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO). 
OBS.: somente se preenchidos os pressupostos procesuais é que o juiz finalmente poderá examinar o 
mérito. 
Capacidade de ser parte = capacidade de direito 
A capacidade de ser parte não se restringe somente aos entes personalizados (pessoas físicas ou jurídicas). 
O CPC estendeu a capacidade de ser parte a alguns entes despersonalizados, tais como: A massa falida, o 
espólio, a herança vacante ou jacente (arts. 1.819 e 1.822 do CC), as sociedades sem personalidade jurídica 
(art. 75, VIII) e o condomínio, embora não tenham personalidade jurídica, têm capacidade de ser parte. 
Tais entes, segundo a doutrina e a jurisprudência, são pessoas formais ou morais, dotadas de 
personalidade judiciária, ou seja, podem postular em juízo quando a lei lhes atribuir algum direito. 
Entes despersonalizados = capacidade judiciária 
Art. 75,V, CPC - Massa falida – administrador judicial 
Tratando-se da massa falida, o administrador judicial substitui o devedor na administração dos bens 
arrecadados, mas não age como seu representante. Para ele, “com a perda da gestão e disponibilidade de 
bens sofrida pelo insolvente, compete ao administrador à representação ativa e passiva da massa”, o que 
não quer dizer que o administrador desfrute de liberdade de deliberação, “pois seu cargo é exercido sob a 
direção e superintendência do juiz. Assim, seus planos e decisões são submetidos à apreciação judicial. 
Art. 75,VI, CPC – Herança jacente ou vacante – representado pelo curador 
Na curadoria dos bens relativos à herança jacente, haverá necessidade de intervenção do Ministério 
Público, nos termos do art. 739, § 1º, I, CPC. 
Vale lembrar que a situação de jacência é temporária, já que, após o procedimento previsto no art. 1.820 
do Código Civil, será declarada a vacância da herança. 
Art. 75,VII, CPC – Espólio – representado pelo Inventariante 
Especialmente quanto à representação do espólio pelo inventariante, é preciso lembrar que este só deve 
figurar como parte (representante) nas ações cujo objeto versar sobre interesses patrimoniais. Assim, nas 
ações de natureza pessoal, como na investigação de paternidade, haverá necessidade da citação de todos 
os herdeiros do falecido, caso existam. 
Inventariante dativo 
Outra observação importante se refere ao inventariante dativo, ou seja, àquele terceiro nomeado pelo juiz 
apenas para administrar os bens do falecido, sem qualquer poder de representação. É que como o 
inventariante dativo não pode ser o meeiro ou o herdeiro do de cujus, nem qualquer pessoa com interesse 
econômico no inventário, em ação onde o espólio for réu, será necessária a citação de todos os sucessores 
do falecido (art. 75, § 1º, CPC). 
Art. 75, IX, CPC – Sociedade de fato e associações irregulares – representados por quem estiver na 
administração de seus bens. 
OBS.: O nascituro (art. 2º do CC) também tem capacidade de ser parte, sendo representado em juízo por 
seus pais ou pelo curador (art. 1.779 do CC). 
Capacidade processual (= capacidade para estar em juízo = legitimatio ad processum) 
Art. 70, CPC = capacidade de fato ou de exercício 
A capacidade processual é requisito processual de validade, que significa a aptidão para praticar atos 
processuais independentemente de assistência ou representação. 
Já os maiores de 16 e menores de 18 anos, por exemplo, serão assistidos por seus pais, tutores ou 
curadores (art. 71, CPC). Nas ações judiciais, o menor deverá constituir procurador juntamente com seu 
assistente, que também deve assinar a procuração; se figurar como réu, deverá ser citado juntamente com 
o assistente. 
Capacidade processual dos cônjuges 
As pessoas casadas têm capacidade processual plena. Geralmente, independem de outorga do outro 
cônjuge para agirem judicialmente em defesa de seus direitos ou para se defenderem em juízo. Entretanto, 
o art. 73 do CPC, elenca as seguintes exceções: 
A) CAPACIDADE PROCESSUAL ATIVA: para a propositura de ações que versem sobre direitos reais 
imobiliários (reivindicatória, usucapião, divisória, adjudicação compulsória, desapropriação indireta, 
execução hipotecária, entre outras), o cônjuge (pouco importa seja o marido ou a mulher) necessita do 
consentimento do outro, exceto se casados sob o regime de separação absoluta de bens, nos termos do 
art. 73, caput, assim como do art. 1.647, caput, do CC. 
SUPRIMENTO DA OUTORGA PELO JUIZ – art. 74, CPC 
Não se trata de litisconsórcio ativo necessário, uma vez que repugnaao direito constranger alguém a 
demandar como autor, mas tão somente de consentimento, que pode ser suprido pelo juiz (art. 74, CPC) 
quando, sem justo motivo, um dos cônjuges negar a outorga, ou quando estiver impossibilitado de 
concedê-la. 
consentimento tácito 
O novo CPC traz, ainda, a possibilidade de o juiz determinar a intimação pessoal do cônjuge preterido para 
se manifestar sobre a concessão da outorga, no prazo de 15 dias. Nessa hipótese, não havendo 
manifestação no prazo indicado, o silêncio do cônjuge importará consentimento tácito, não havendo 
necessidade de suprimento judicial. 
A falta da autorização ou da outorga não suprida pelo juiz, quando necessária, invalida o processo (art. 74, 
parágrafo único, CPC). 
B) CAPACIDADE PROCESSUAL PASSIVA: ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação 
(art. 73, § 1º, CPC): 
Inciso I – que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação 
absoluta de bens; 
Inciso II – resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles [mau uso 
da propriedade comum e responsabilidade por ato do filho menor, por exemplo]; 
Inciso III – fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem de família; 
Inciso IV – que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de 
um ou de ambos os cônjuges. As hipóteses do art. 73, § 1º, CPC, configuram litisconsórcio passivo 
necessário e se aplicam, sob pena de nulidade do processo, aos regimes de comunhão parcial de bens, 
comunhão universal e de participação final de aquestos. 
AÇÕES POSSESSÓRIAS – INTERDITOS POSSESSÓRIOS 
Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nos casos 
de composse ou de ato por ambos praticado (art. 73, § 2º, CPC). Em virtude de contrato ou de herança, 
marido e mulher tornaram-se possuidores do mesmo bem (composse). Nesse caso, para um cônjuge 
propor ação possessória, necessita do consentimento do outro. 
UNIÃO ESTÁVEL – art. 73, §3º, CPC 
Na hipótese de figurarem no pólo passivo, o caso será de litisconsórcio passivo necessário. Ressalte-se que 
as regras relativas à capacidade processual dos cônjuges, passiva ou ativa, aplicam-se à união estável, por 
expressa disposição do art. 73, § 3º, CPC. Assim, se a união estável estiver devidamente comprovada e 
houver demonstração no sentido de que não foram adotadas as regras do regime da separação absoluta 
de bens, não será possível afastar o mecanismo de proteção patrimonial à referida entidade familiar. 
INCAPACIDADE civil e INCAPACIDADE Processual 
 ABSOLUTA (art. 3º do CC) – Representação 
INCAPACIDADE por menoridade 
 INCAPACIDADE RELATIVA (art. 4º do CC) – Assistência 
 
INCAPACIDADE do maior (por enfermidade ou doença mental) – CURADOR – art.1.767, CC 
 
 INCAPAZ sem representante legal; 
 INCAPAZ Com representante legal, mas há colisão de interesses; 
CURADOR ESPECIAL Réu preso revel (assegurar o contraditório) 
(art. 72 do CPC) 
 Réu revel citado por edital ou hora certa (citação ficta) 
 
 
 
 
Ausência de representante legal – O curador especial atua como representante legal; 
 
Réu Revel – Assegurar-lhe o direito de defesa, uma vez que sendo ficta a citação, não se tem certeza se a 
revelia do réu decorre de ele não querer se defender, ou de não ter tomado conhecimento do processo. 
 
OBS.: A curadoria especial é um múnus público, onde o defensor público é nomeado para representar o 
RÉU naquele processo, mas não se tornará representante definitivo. Quem exercerá será a defensoria 
pública – art. 72, parágrafo único, CPC e art. 4º, XVI da LC 80/94 (Lei orgânica da Defensoria Pública) 
Art. 671, CPC - O juiz nomeará curador especial: 
I - ao ausente, se não o tiver; OBS.: art. 22 a 25 do CC 
II - ao incapaz, se concorrer na partilha com o seu representante, desde que exista colisão de interesses. 
 
PODERES DO CURADOR ESPECIAL 
 Apresentar defesa de forma ampla (contestação, reconvenção, impugnação, produzir provas, recursos); 
OBS.: Não preciso recolher o preparo (taxa judiciária e despesas postais – porte de remessa e de 
retorno); 
 O curador especial pode atuar no processo de conhecimento (procedimento comum ou especial) e no 
processo de execução; 
OBS.: Súmula 196 do STJ – Ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer revel, 
será nomeado curador especial, com legitimidade para apresentação de embargos. 
 O Curador especial não pode dispor do direito do RÉU, ou seja, não pode reconhecer a procedência do 
pedido por exemplo, sob pena de NULIDADE; 
 
OBS.: Não se aplica ao procedimento sumaríssimo – art. 8º da Lei nº 9.099/95 
O Curador especial pode propor ação autônoma de impugnação 
 
 Meios de impugnação das decisões judiciais – Art.926, CPC. 
 Típicos 
 Ação de autônoma de impugnação 
Meios de impugnação 
 correição parcial 
 atípicos 
 sucedâneo recursal – pedido de reconsideração 
 
Meios de impugnação das decisões judiciais - incidente de assunção de competência (art. 947, CPC), 
incidente de arguição de inconstitucionalidade (art. 948, CPC), conflito de competência (art. 951, CPC), 
incidente de resolução de demandas repetitivas (art. 976, CPC), Recurso (art. 994, CPC). 
Ação de autônoma de impugnação - ação rescisória (art. 966, CPC), os embargos de terceiro (art. 674, CPC), 
a reclamação (art. 988, CPC) o habeas corpus (art. 5º, LXVIII, CF/88), o habeas data (art. 5º, LXXII, CF/88), o 
mandado de segurança (Lei nº 12.016/09) e a Querela nullitatis. 
NÃO SE APLICA A IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FATOS AO CURADOR ESPECIAL 
 
Art. 341, Parágrafo único, CPC - O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor 
público, ao advogado dativo e ao curador especial. 
OBS.: O curador pode apresentar defesa geral (contestação por negação geral). 
NÃO SENDO NOMEADO CURADOR ESPECIAL: 
A) Atuando como representante legal, a falta de nomeação implicará em falta de um dos pressupostos 
processuais de validade do processo – a capacidade processual, gerando NULIDADE do processo; 
B) Defendendo Réu preso revel ou Réu Revel citado fictamente – Haverá nulidade, desde que haja prejuízo 
ao Réu. No entanto, não se decretará a nulidade se ele não sofrer prejuízo, ou seja, se a sentença lhe for 
favorável. 
SUCESSÃO DAS PARTES E PROCURADORES – art. 108 do NCPC 
 Ato inter vivo – art. 108 e 109 C/C art. 778, III, CPC 
sucessão 
 Ato causa mortis – art. 110 C/C art. 778, §1º, I e II, ambos do CPC (ver. Art. 75, VII, CPC) 
 
OBS.; Alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos – art. 109 do NCPC – caso concreto da 
aula. 
O Código, no entanto, contempla 2 (duas) hipóteses de sucessão processual. 
A primeira hipótese é facultativa (art. 108 e 109, CPC) ocorre quando o bem litigioso é alienado a título 
particular, por ato entre vivos (por meio de contrato, por exemplo). Nesse caso, o adquirente pode suceder 
o alienante ou cedente (parte originária na demanda),desde que haja consentimento da outra parte (art. 
109, § 1º). 
EFEITOS DA SENTENÇA AO TERCEIRO 
De qualquer forma, havendo ou não sucessão processual, a sentença estende seus efeitos ao adquirente 
ou ao cessionário (§3º). O réu de ação reivindicatória aliena o bem litigioso; o adquirente, mesmo não 
ingressando na lide, fica sujeito a perder o bem, caso a ação seja julgada procedente. 
A segunda hipótese é obrigatória. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu 
espólio ou pelos seus sucessores, observada a suspensão do processo até a habilitação dos substitutos 
(arts. 110, 313 e 687 do CPC/2015). 
Também está prevista a sucessão pelo Ministério Público na ação popular (art. 9º da Lei nº 4.717/1965) e 
na ação civil pública (art. 5º, §3º, da Lei nº 7.347/1985) quando a parte originária desiste da ação. 
OBS.: quando a obrigação ou o direito for pessoalíssimo (intransmissível), haverá EXTINÇÃO DO 
PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO – art. 485, IX, CPC. 
 
HABILITAÇÃO – art. 687, CPC 
 
Art. 688. A habilitação pode ser requerida: 
I – pela parte, em relação aos sucessores do falecido; 
II – pelos sucessores do falecido, em relação à parte. 
 
Art. 689. Proceder-se-á à habilitação nos autos do processo principal, na instância em que estiver, 
suspendendo-se, a partir de então, o processo. 
 
Da citação dos requeridos 
Recebido o pedido de habilitação, o juiz ordenará a citação dos requeridos para se manifestarem nos 
autos, no prazo de 05 (cinco) dias. 
Não existindo, ainda, procurador constituído nos autos, a citação será pessoal. É o que ocorre quando a 
habilitação é requerida pela parte em relação aos sucessores do falecido (art. 688, I do NCPC). 
Efeitos da sentença – art. 490, CPC 
Efeitos da coisa julgada – art. 506, CPC. 
 
CAPACIDADE POSTULATÓRIA CONFERIDA AOS ADVOGADOS 
É a capacidade técnica-formal conferida por lei aos advogados para praticar atos processuais em juízo, sob 
pena de nulidade, de acordo com os arts. 1º e 3º da Lei 8.906/94, Art. 103 do CPC e 133 da CRFB/88. 
Nos termos do art. 133 da CF/1988, o advogado é indispensável à administração da justiça. Assim, para 
postular em juízo é imprescindível que a parte detenha a habilitação de advogado. Entretanto, faltando à 
parte a capacidade técnica-formal (inscrição na OAB), a parte deverá constituir advogado para que possa 
representá-la em juízo por advogado (art. 103 do CPC/2015), sob pena de nulidade do processo (arts. 1º e 
3º da Lei nº 8.906/1994). 
DEFENSORIA PÚBLICA – Art. 134 da CRFB/88. 
 
CONTRATO DE MANDATO – art. 653 a 692, CC 
O art. 104, CPC faculta ao advogado a prática de atos urgentes em nome da parte sem a apresentação 
imediata da procuração. 
Nos termos do art. 105 do CPC, somente a procuração geral para o foro (cláusula ad judicia), conferida por 
instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do 
processo. 
ATUAÇÃO EM CAUSA PRÓPRIA 
Quando o advogado atuar em causa própria será desnecessário a procuração. No entanto, os requisitos do 
instrumento deverão constar na petição inicial ou na contestação (art. 103, parágrafo único e art. 106, I, 
CPC). 
SUCESSÃO DOS PROCURADORES (revogação e renúncia do mandato) 
A sucessão dos procuradores pode ocorrer em razão da renúncia ou da revogação do mandato. 
Art. 111, CPC - A parte que revogar o mandato outorgado a seu advogado constituirá, no mesmo ato, outro 
que assuma o patrocínio da causa. 
Parágrafo único. Não sendo constituído novo procurador no prazo de 15 (quinze) dias, observar-se-á o 
disposto no art. 76, CPC (irregularidade da representação). 
Art. 112, CPC - O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista 
neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor. 
§1º Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que 
necessário para lhe evitar prejuízo. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28890657/artigo-688-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28890655/inciso-i-do-artigo-688-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11711298/artigo-1-da-lei-n-8906-de-04-de-julho-de-1994
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11711048/artigo-3-da-lei-n-8906-de-04-de-julho-de-1994
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109252/estatuto-da-advocacia-e-da-oab-lei-8906-94
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1014783/artigo-133-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art76
§2º Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido outorgada a vários 
advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da renúncia. 
EXTINÇÃO DO MANDATO 
O mandato poderá ser extinto nas hipóteses previstas no art. 682 do CC, ou seja, pela revogação, renúncia, 
morte ou interdição de uma das partes, bem como pela mudança de estado que inabilite o mandante a 
conferir os poderes, ou o mandatário para exercê-los. 
OBS.: No caso de mandato judicial, não se aplica o disposto no inc. IV do art. 682, CC, pois, a procuração 
outorgada ao advogado não tem prazo de validade.

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