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Fisiologia Cardiovascular ( constituição, potenciais de ação, coração, valvas e acoplamento EC no músculo cardíaco) - Fisiologia Humana

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1 
 
fisiologia cardiovascular 
O CORAÇÃO BOMBEIA O SANGUE ATRAVÉS DE UM SISTEMA FECHADO DE VASOS.
 
 
 
 
O Sistema Cardiovascular é composto por uma 
série de tubos (os vasos sanguíneos) preenchidos 
por um fluido (sangue) e conectados a uma bomba 
(coração). A pressão gerada no coração propele o 
sangue continuamente pelo sistema. O sangue 
captura o oxigênio nos pulmões e os nutrientes no 
intestino e, então, entrega essas substâncias para as 
células corporais enquanto, simultaneamente, 
remove resíduos celulares e calor para serem 
secretados. 
 
 
✓ TRANSPORTAR MATERIAIS - 
A função primária do sistema circulatório é 
transportar materiais para e de todas as partes do 
corpo. Substâncias transportadas pelo sistema 
circulatório podem ser divididas em: 
 nutrientes, água e gases; 
 materiais que se movem de célula a 
célula no interior do corpo; 
 resíduos que as células eliminam; 
O oxigênio entra no corpo na superfície de troca 
dos pulmões. Água e nutrientes são absorvidos 
através do epitélio intestinal. É necessário um 
fornecimento contínuo de oxigênio às células, uma 
vez que muitas células, quando privadas de 
oxigênio, sofrem danos irreparáveis em curto 
período de tempo. 
 
 
 
 
✓ COMUNICAÇÃO ENTRE CÉLULAS - 
Os hormônios secretados pelas glândulas 
endócrinas são transportados no sangue até suas 
células alvo. Nutrientes, como a glicose hepática ou 
ácidos graxos do tecido adiposo, também são 
transportados pelo sangue para as células 
metabolicamente ativas. Por fim, a equipe de 
defesa, que é constituída de leucócitos e anticorpos, 
patrulha a circulação para interceptar invasores. 
 
✓ RECOLHE RESÍDUOS LIBERADOS - 
O sistema circulatório recolhe os resíduos 
metabólicos e o dióxido de carbono liberados pelas 
células e os transporta para os pulmões e rins, onde 
serão excretados. Alguns produtos residuais são 
transportados até o fígado para serem processados 
antes que sejam excretados na urina e nas fezes. O 
calor também circula pelo sangue, movendo-se do 
centro do corpo para a superfície, onde é dissipado. 
 
 
 
✓ VASOS SANGUÍNEOS - 
Os vasos sanguíneos que carregam sangue adiante 
a partir do coração são chamadas de artérias; os 
vasos sanguíneos que trazem o sangue para o 
coração são chamados de veias. 
 
 
 
 
 
I N T R O D U Ç Ã O 
Por exemplo, cerca de 5 a 10 segundos depois que 
o fluxo sanguíneo cerebral for interrompido, a 
pessoa perde a consciência. Se a chegada de 
oxigênio parar por 5 a 10 minutos, ocorrerá dano 
cerebral permanente. 
F U N Ç Õ E S 
C O N S T I T U I Ç Ã O 
Um sistema de valvas no coração e nas 
veias assegura que o sangue flua em 
apenas um sentido. Ou seja, as valvas 
impedem que o sangue inverta o sentido 
do seu fluxo. 
 
2 
✓ CORAÇÃO - 
O coração está dividido por uma parede central, ou 
septo, em metades esquerda e direita. Cada metade 
funciona como uma bomba independente que 
consiste em um átrio e um ventrículo. Os átrios 
recebem o sangue que retorna ao coração dos vasos 
sanguíneos, e os ventrículos bombeiam o sangue 
para dentro dos vasos sanguíneos. 
 O lado direito do coração recebe sangue a partir 
dos tecidos e o envia para os pulmões, onde será 
oxigenado. 
 O lado esquerdo do coração recebe o sangue 
recém-oxigenado dos pulmões e o bombeia 
para os tecidos de todo o corpo. 
 
 
 
 
 
 
A partir do átrio direito, o sangue flui para dentro 
do ventrículo direito do coração, de onde ele é 
bombeado via artérias pulmonares para os 
pulmões, onde é oxigenado. 
A partir dos pulmões, o sangue vai para o lado 
esquerdo do coração através das veias pulmonares. 
Os vasos sanguíneos que vão do ventrículo direito 
para os pulmões e os que voltam para o átrio 
esquerdo são denominados circulação pulmonar. 
O sangue proveniente dos pulmões entra no 
coração no átrio esquerdo e passa para o ventrículo 
esquerdo. O sangue é bombeado para fora do 
ventrículo esquerdo e entra em uma grande artéria 
conhecida como aorta. A aorta ramifica-se em uma 
série de artérias menores que, por sua vez, 
ramificam-se em artérias ainda menores até 
chegarem, por fim, em uma rede de capilares. 
Após deixar os capilares, o sangue flui para o lado 
venoso da circulação, movendo-se de pequenas 
veias para veias cada vez maiores. As veias da parte 
superior do corpo se juntam e formam a veia cava 
superior. As veias da parte inferior se juntam e 
formam a veia cava inferior. As duas veias cavas 
desembocam no átrio direito. Os vasos sanguíneos 
que levam o sangue do lado esquerdo do coração 
para os tecidos e de volta para o lado direito do 
coração são denominados circulação sistêmica. 
O primeiro ramo representa as artérias coronárias, 
que nutrem o próprio músculo cardíaco. O sangue 
dessas duas artérias flui para os capilares e, então, 
para as veias coronárias, as quais desaguam 
diretamente no seio coronariano, dentro do átrio 
direito. Ramos ascendentes da aorta vão para os 
braços, a cabeça e o encéfalo. A aorta abdominal 
supre de sangue o tronco, as pernas e os órgãos 
internos, como o fígado (artéria hepática), o trato 
digestório e os rins (artéria renal). 
 
 
Os líquidos e os gases fluem por gradientes de 
pressão de regiões de alta pressão para regiões de 
baixa pressão. Por essa razão, o sangue pode fluir 
no sistema circulatório apenas se uma região 
desenvolver pressão mais elevada do que outras. 
Nos seres humanos, o coração gera alta pressão 
quando se contrai. O sangue flui para fora do 
coração para o circuito fechado de vasos 
sanguíneos. Conforme o sangue se move pelo 
Sob algumas condições, o sangue com baixo 
conteúdo de oxigênio pode conferir uma 
coloração azulada a certas áreas da pele, como 
ao redor da boca e embaixo das unhas. Essa 
condição, denominada cianose, é o motivo para 
se utilizar o azul em desenhos para indicar o 
sangue com baixos teores de oxigênio. 
P R E S S Ã O 
 
3 
sistema, a pressão diminui, devido ao atrito entre o 
sangue e a parede dos vasos sanguíneos. 
Consequentemente, a pressão cai de forma 
contínua com o movimento do sangue para longe 
do coração. A pressão mais alta nos vasos do 
sistema circulatório é encontrada na aorta e nas 
artérias sistêmicas, as quais recebem sangue do 
ventrículo esquerdo. A pressão mais baixa ocorre 
nas veias cavas, imediatamente antes de 
desembocarem no átrio direito. 
 Pressão é a força exercida nas paredes do vaso 
que circunda o fluido. 
 Pressão de ejeção/propulsora é a pressão criada 
dentro dos ventrículos. É a força que 
impulsiona o sangue através dos vasos 
sanguíneos. 
 Variações de pressão também podem ocorrer 
dentro dos vasos: 
➢ vasodilatação: baixa pressão 
➢ vasoconstricção: aumento de pressão 
 
 
O coração é a usina de força do corpo, um músculo 
que contrai continuamente, descansando somente 
nas pausas que duram milissegundos entre os 
batimentos. Estima-se que o trabalho do coração, 
em um minuto, seja equivalente a levantar 3 kg a 
uma altura de 30 cm. A energia necessária para esse 
trabalho requer suprimento contínuo de nutrientes 
e oxigênio para o músculo cardíaco. 
 
Anatomicamente, o coração é um órgão muscular, 
com tamanho aproximadamente de um punho. Ele 
está localizado no centro da cavidade torácica. O 
ápice pontiagudo do coração está voltado para 
baixo e para o lado esquerdo do corpo, ao passo que 
a sua base mais larga fica bem atrás do osso 
esterno. Dentro da cavidade torácica, o coração 
situa-se na parte ventral entre os dois pulmões, com 
seu ápice sobre o diafragma. 
O coração é envolvido por um saco membranoso 
resistente, o pericárdio. Uma fina camada de 
líquido pericárdio, lubrifica a superfície externa do 
coração, visto que ele bate dentro do saco 
pericárdico. 
 
 
 
 
O coração é composto principalmente pelo 
músculo cardíaco, ou miocárdio,coberto por finas 
camadas internas e externas de epitélio e tecido 
conectivo. Visto a partir do lado externo, a maior 
parte do coração é a parede muscular espessa dos 
ventrículos, as duas câmaras inferiores. Os átrios 
apresentam paredes mais finas e situam-se acimas 
dos ventrículos. 
C O R A Ç Ã O 
OBS: A inflamação do pericárdio (pericardite) 
pode reduzir a lubrificação ao ponto que o 
coração atrite contra o pericárdio, criando um 
som, chamado de atrito pericárdico. 
 
4 
Todos os vasos sanguíneos principais emergem da 
base do coração (isso porque a contração acontece 
de baixo para cima). A aorta e o tronco pulmonar 
(artéria) direcionam o sangue do coração para os 
tecidos e pulmões, respectivamente. As veias cavas 
e pulmonares retornam o sangue para o coração. 
Quando o coração é visto de frente (visão anterior), 
as veias pulmonares estão escondidas atrás dos 
demais grandes vasos. Percorrendo a superfície dos 
ventrículos, estão os sulcos que contém as artérias 
e veias coronárias, as quais suprem de sangue o 
músculo cardíaco. 
Como mencionado anteriormente, os lados 
esquerdo e direito do coração são separados pelo 
septo interventricular, de modo que o sangue de um 
lado não se mistura com o sangue do outro lado. 
Embora o fluxo sanguíneo no lado esquerdo seja 
separado do fluxo do lado direito, os dois lados 
contraem-se de um modo coordenado. Primeiro os 
átrios contraem juntos e depois os ventrículos 
contraem juntos. 
O sangue flui das veias para os átrios e segue para 
os ventrículos por valvas que se abrem em um 
único sentido. Os ventrículos são as câmaras 
bombeadores do sangue. O sangue deixa o 
ventrículo direito via tronco pulmonar, e o 
esquerdo via aorta. Um segundo conjunto de valvas 
guarda a saída dos ventrículos, de modo que o 
sangue não possa fluir de volta para o coração após 
ter sido ejetado. 
 
 
5 
✓ VALVAS CARDÍACAS - 
Quatro anéis de tecido conectivo fibroso circundam 
as quatro valvas cardíacas. Esses anéis formam a 
origem e a inserção do músculo cardíaco, um 
arranjo que traciona ao mesmo tempo o ápice e a 
base do coração quando os ventrículos se contraem. 
Além disso, o tecido conectivo fibroso atua como 
isolante elétrico, bloqueando a maior parte da 
transmissão de sinais elétricos entre os átrios e os 
ventrículos. Esse arranjo assegura que os sinais 
elétricos possam ser conduzidos por um sistema de 
condução especializado par ao ápice do coração, 
gerando uma contração do ápice do coração até a 
base. 
O sangue flui através do coração em um único 
sentido, dois conjuntos de valvas cardíacas 
asseguram este fluxo unidirecional: as valvas 
atrioventriculares, localizadas entre os átrios e os 
ventrículos, e as válvulas semilunares, localizadas 
entre os ventrículos e as artérias. Embora estes dois 
conjuntos de valvas sejam muito diferentes em 
termos estruturais, eles têm a mesma função: 
impedir o fluxo sanguíneo para trás. 
Na abertura entre cada átrio e o seu ventrículo há 
uma valva atrioventricular (AV). Quando um 
ventrículo contrai, o sangue é empurrado contra o 
lado de baixo da valva AV, empurrando-a para 
cima para assumir a posição fechada. 
As duas valvas AV não são idênticas. A valva que 
separa o átrio direito do ventrículo direito tem três 
folhetos e é chamado de válvula tricúspide. A valva 
entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo tem 
somente dois folhetos e é chamada de válvula 
bicúspide. A valva AV esquerda também é 
chamada de valva mitral. 
As válvulas semilunares separam os ventrículos 
das grandes artérias. A valva aórtica está entre o 
ventrículo esquerdo e a aorta, e a valva pulmonar, 
entre o ventrículo direito e a tronco pulmonar. 
 
6 
 
 
A maior parte do coração é composta por células 
musculares cardíacas, ou miocárdio. A maioria das 
células musculares cardíacas é contrátil, mas cerca 
de 1% delas são especializadas em gerar potenciais 
de ação espontaneamente. Essas células são 
responsáveis por uma propriedade única do 
coração: sua capacidade de se contrair sem 
qualquer sinal externo. O coração pode se contrair 
sem uma conexão com outras partes do corpo, pois 
o sinal para a contração é miogênico, ou seja, é 
originado dentro do próprio músculo cardíaco. 
O sinal para a contração miocárdica não é 
proveniente do sistema nervoso central, mas de 
células miocárdicas especializadas, denominadas 
células autoexcitáveis. As células autoexcitáveis 
são também denominadas células marca-passo, 
uma vez que elas determinam a frequência dos 
batimentos cardíacos. As células contráteis: elas 
são menores e contêm poucas fibras contráteis. 
Como elas não têm sarcômeros organizados, as 
células autoexcitáveis não contribuem para a força 
contrátil do coração. 
Entretanto, as células típicas de músculo estriado, 
com fibras contráteis organizadas em sarcômeros. 
O músculo cardíaco difere de forma significativa 
do músculo esquelético e compartilha algumas 
propriedades com o músculo liso: 
➢ as fibras musculares cardíacas são muito 
menores do que as fibras musculares 
esqueléticas. 
➢ as células musculares cardíacas individuais 
ramificam-se e juntam-se com as células 
vizinhas, criando uma rede complexa. As 
junções celulares (discos intercalares) 
consistem em membranas interligadas. 
➢ as junções comunicantes nos discos 
intercalares conectam eletricamente as células 
musculares cardíacas umas às outras. Elas 
permitem que as ondas de despolarização se 
espalhem rapidamente de célula a célula, de 
modo que todas as células do músculo 
cardíaco se contraem quase simultaneamente. 
➢ os túbulos T das células miocárdicas são 
maiores do que os do músculo esquelético e 
se ramificam dentro das células miocárdicas. 
➢ o retículo sarcoplasmático miocárdico é 
menor que o do músculo esquelético; por isso, 
o músculo cardíaco depende, em parte, do 
Ca2+ extracelular para iniciar a contração. 
➢ as mitocôndrias ocupam cerca de um terço do 
volume celular de uma fibra contrátil 
cardíaca, devido à grande demanda energética 
dessas células. 
 
 
C É L U L A S C A R D Í A C A S 
 
7 
No músculo cardíaco, um potencial de ação inicia 
o acoplamento excitação-contração (acoplamento 
EC), contudo, o potencial de ação origina-se 
espontaneamente nas células marca-passo do 
coração e se propaga para as células contráteis 
através das junções comunicantes. Outros aspectos 
do acoplamento EC cardíaco são similares aos 
processos encontrados na contração dos músculos 
esquelético e liso. 
✓ ETAPA 1 - 
Um potencial de ação que entra em uma célula 
contrátil se move pelo sarcolema e entra nos 
túbulos T. 
✓ ETAPA 2 - 
Abre os canais de Ca2+ dependentes de voltagem 
tipo L na membrana das células. O Ca2+ entra nas 
células através desses canais, movendo-se a favor 
do seu gradiente eletroquímico. 
✓ ETAPA 3 - 
A entrada de cálcio abre os canais liberadores de 
cálcio do tipo rianodínico (RyR) no retículo 
sarcoplasmático. Esse processo de acoplamento EC 
no músculo cardíaco é também chamado de 
liberação de Ca2+ - induzida pelo Ca2+ (LCIC). 
✓ ETAPA 4 - 
Quando os canais Ryr se abrem, o cálcio estocado 
flui para fora do retículo sarcoplasmático e entra no 
citosol. 
✓ ETAPA 5 - 
Esse processo cria uma fagulha que pode ser vista 
utilizando-se métodos bioquímicos especiais. A 
abertura múltipla de diferentes canais RyR se 
somam para criar o sinal de Ca2+. 
 
ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO – CONTRAÇÃO NO MÚSCULO CARDÍACO 
 
8 
 
✓ ETAPA 6 - 
O cálcio difunde-se pelo citosol para os elementos 
contráteis, onde se liga à troponina e inicia o ciclo 
de formação de pontes cruzadas e o movimento. A 
contração ocorre pelo mesmo tipo de movimento 
de deslizamento de filamentos que ocorre nomúsculo esquelético 
✓ ETAPA 7 - 
O relaxamento no músculo cardíaco geralmente é 
similar ao do músculo esquelético. Com a 
diminuição das concentrações citoplasmáticas de 
Ca2+, o Ca2+ desliga-se da troponina, liberando a 
actina da miosina, e os filamentos contráteis 
deslizam de volta para sua posição relaxada. 
✓ ETAPA 8 - 
Como no músculo esquelético, o Ca2+ é 
transportado de volta para o retículo 
sarcoplasmático com ajuda da Ca2+ - ATPase. 
✓ ETAPA 9 - 
Entretanto, no músculo cardíaco, o Ca2+ também é 
removido de dentro da célula pelo trocador Na+- 
Ca2+ (NCX). 
✓ ETAPA 10 - 
Um Ca2+ é removido para fora da célula contra o 
seu gradiente eletroquímico em troca de 3 Na+ para 
dentro da célula a favor do seu gradiente 
eletroquímico. O sódio que entra na célula durante 
essa troca é removido pela Na+ - K+ - ATPase. 
 
 
A contração do músculo cardíaco pode ser 
graduada. Uma única fibra muscular pode executar 
contrações graduadas, nas quais a fibra varia a 
quantidade de força que gera. A força gerada pelo 
músculo cardíaco é proporcional ao número de 
ligações cruzadas que estão ativas. O número de 
ligações cruzadas é determinado pela quantidade 
de Ca2+ ligado à troponina. 
 
 
O músculo cardíaco é um tecido excitável com a 
capacidade de gerar potenciais de ação. Cada um 
dos dois tipos de células musculares cardíacas tem 
um potencial de ação distinto, que varia um pouco 
no formato, dependendo do local do coração onde 
ele é medido. Tanto no miocárdio autoexcitável 
quanto no contrátil, o Ca2+ desempenha um papel 
importante no potencial de ação. 
CÉLULAS MIOCÁRDICAS CONTRÁTEIS 
Os potenciais de ação das células cardíacas 
contráteis são similares, de diversas maneiras, aos 
dos neurônios e dos músculos esqueléticos. A fase 
de despolarização rápida do potencial de ação é 
resultante da entrada de Na+, e a fase de 
repolarização rápida é devida à saída de K+ da 
célula. As células miocárdicas têm um potencial de 
ação mais longo, devido à entrada de Ca2+. 
✓ FASE 4: POTENCIAL DE MEBRANA EM 
REPOUSO - 
As células miocárdicas contráteis têm um potencial 
de repouso estável de aproximadamente – 90 mV. 
✓ FASE 0: DESPOLARIZAÇÃO - 
Quando a onda de despolarização entra na célula 
contrátil através das junções comunicantes, o 
potencial de membrana torna-se mais positivo. Os 
canais de Na+ dependentes de voltagem se abrem, 
permitindo que a entrada de Na+ despolarize 
rapidamente a célula. O potencial de membrana 
atinge cerca de + 20 mV antes de os canais de Na+ 
se fecharem. Estes são canais de Na+ com duas 
comportas. 
OBS: A liberação de cálcio do retículo 
sarcoplasmático fornece, aproximadamente, 
90% do Ca2+ necessário à contração muscular, 
sendo que os 10% restantes entram na célula a 
partir do líquido extracelular. 
C O N T R A Ç Ã O D O M Ú S C U L O 
P O T E N C I A I S D E A Ç Ã O 
 
9 
✓ FASE 1: REPOLARIZAÇÃO INICIAL - 
Quando os canais de NA+ se fecham, a célula 
começa a repolarizar à medida que o K+ deixa a 
célula pelos canais de K+ abertos. 
✓ FASE 2: O PLATÔ - 
A repolarização inicial é muito breve. O potencial 
de ação, então, se achata e forma um platô como 
resultado de dois eventos: uma diminuição na 
permeabilidade ao K+ e um aumento na 
permeabilidade ao Ca2+. Os canais de Ca2+ 
dependentes de voltagem ativados pela 
despolarização foram abertos lentamente durante 
as fases 0 a 1. Quando eles finalmente abrem, o 
Ca2+ entra na célula. Ao mesmo tempo, alguns 
canais “rápidos” de K+ se fecham. A combinação 
do influxo de Ca2+ com a diminuição do efluxo de 
K+ faz o potencial de ação se achatar e formar um 
platô. 
✓ FASE 3: REPOLARIZAÇÃO RÁPIDA - 
O platô termina quando os canais de Ca2+ se 
fecham e a permeabilidade ao K+ aumenta mais 
uma vez. Os canais lentos de K+, responsáveis por 
essa fase, são similares aos dos neurônios: eles são 
ativados pela despolarização, mas são abertos 
lentamente. Quando os canais lentos de K+ se 
abrem, o K+ sai rapidamente e a célula retorna para 
seu potencial de repouso. 
 
O influxo de Ca2+ durante a fase 2 prolonga a 
duração total do potencial de ação do miocárdio. 
Um potencial de ação típico em um neurônio ou 
fibra muscular esquelética dura entre 1 e 5 ms. Em 
uma célula miocárdica contrátil, o potencial de 
ação dura geralmente 200 ms ou mais. 
O potencial de ação miocárdico mais longo ajuda a 
impedir a contração sustentada, chamada de tétano. 
A prevenção do tétano no coração é importante 
porque o músculo cardíaco deve relaxar entre as 
contrações, de modo que os ventrículos possam 
encher-se com sangue. 
CÉLULAS MIOCÁRDICAS AUTOEXCITÁVEIS 
As células miocárdicas autoexcitáveis tem a 
capacidade única de gerar potenciais de ação 
espontaneamente na ausência de um sinal do 
sistema nervoso, isso, é resultante do seu potencial 
de membrana instável, o qual inicia em -60 mV e 
lentamente ascende em direção ao limiar. Esse 
potencial de membrana instável é chamado de 
potencial marca-passo. Sempre que o potencial 
marca-passo depolariza até o limiar, as células 
autoexcitáveis disparam um potencial de ação. 
Quando os canais If, se abrem em potenciais de 
membrana negativos, o influxo de Na+ excede o 
efluxo de K+. O influxo resultante de carga positiva 
despolariza lentamente a célula autoexcitável. À 
medida que o potencial de membrana se torna mais 
positivo, os canais de If, fecham-se gradualmente, e 
alguns canais de Ca2+ se abrem. O resultante 
influxo de Ca2+ continua a despolarização, e o 
potencial de membrana move-se continuamente em 
direção ao limiar. 
 
10 
 
 
 
A despolarização inicia no nó sinoatrial (nó SA), as 
células autoexcitáveis no átrio direito que servem 
como o principal marca-passo do coração. A onda 
de despolarização, então, propaga-se rapidamente 
por um sistema especializado de condução, 
constituído de fibras autoexcitáveis não contráteis. 
Uma via intermodal ramificada conecta o nó SA 
com o nó atrioventricular (nó AV), um grupo de 
células autoexcitáveis perto do assoalho do átrio 
direito. 
Do nó AV, a despolarização move-se para os 
ventrículos. As fibras de Purkinje, células de 
condução especializada dos ventrículos, 
transmitem os sinais elétricos muito rapidamente 
para baixo pelo fascículo atrioventricular, ou feixe 
AV, também chamado de feixe de His (“hiss”), no 
septo ventricular. Percorrido um curto caminho no 
septo, o fascículo se divide em ramos esquerdo e 
direito. Esses ramos continuam se deslocando para 
o ápice do coração, onde se dividem em pequenas 
fibras de Purkinje, que se espalham lateralmente 
entre as células contráteis. 
 
 
 
 
 
As células do nó SA determinam o ritmo dos 
batimentos cardíacos. Outras células do sistema de 
condução, como as do nó AV e as fibras de 
Purkinje, têm potenciais de repouso instáveis e 
podem também agir como marca-passos sob 
algumas condições. 
Entretanto, devido ao fato de seus ritmos serem 
mais lentos do que o do nó SA, elas normalmente 
não têm a oportunidade de determinar o ritmo dos 
batimentos cardíacos. As fibras de Purkinje, por 
exemplo, podem disparar espontaneamente 
potenciais de ação, mas sua frequência é muito 
baixa, entre 25 e 40 batimentos por minuto. 
 
 
C O R A Ç Ã O 
 
11 
✓ ETAPA 1 - 
O sinal elétrico para a contração começa quando o 
nó AS dispara um potencial de ação e a 
despolarização se propaga para as células vizinhas 
através das junções comunicantes. 
✓ ETAPA 2 - 
A condução elétrica é rápida através das vias de 
condução intermodais. 
✓ ETAPA 3 - 
No entanto, a condução elétrica é mais lenta através 
das células contráteis do átrio. 
✓ ETAPA 4 - 
Quandoos potencias de ação se espalham pelos 
átrios, eles encontram o esqueleto fibroso do 
coração na junção entre os átrios e os ventrículos. 
Esta barreira impede que os sinais elétricos sejam 
transferidos dos átrios para os ventrículos. 
Consequentemente, o nó AV é o único caminho 
através do qual os potenciais de ação podem 
alcançar as fibras contráteis dos ventrículos. O 
sinal elétrico passa do nó AV para o fascículo AV 
e seus ramos até o ápice do coração. 
✓ ETAPA 5 - 
Os ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje) 
transmitem os impulsos muito rapidamente, com 
velocidade de até 4 ms, de modo que todas as 
células contráteis do ápice se contraem quase ao 
mesmo tempo. 
 
 
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