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RESUMO - OAB - ECA

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SUJEITO PROTEGIDO E SEUS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
 Os sujeitos sobre proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA são a 
criança e o adolescente. A criança, pois, é a pessoa em fase de desenvolvimento precoce, que 
possua até 12 anos de idade. Já o adolescente, pessoa em formação definitiva, está 
compreendido entre os maiores de 12 anos e menores de 18 anos. 
 
 Importa atentar que todos que estão ao redor da criança e do adolescente são por eles 
responsáveis, tanto a família, a comunidade ou mesmo o Estado, sendo, pois, dever solidário 
que se assegure prioridade ao sujeito em desenvolvimento. 
 
 Qualquer ação ou omissão que venha a prejudicar esses direitos deverá sofrer sanções 
na forma da lei, tanto na esfera penal, civil, quanto administrativa. 
 
 
ATENÇÃO: 
Na interpretação da Lei 8.069/ 90 (ECA), deve-se levar em conta “os fins sociais a que ela se dirige, as 
exigências do bem comum, os direitos deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança 
e do adolescente como pessoas em desenvolvimento” (art. 6°). 
 
 
DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
A estes sujeitos são atribuídos direitos especiais, ou manifestações especiais de 
direitos gerais. 
 
O ECA estabelece os seguintes direitos: 
 
- Vida e saúde (arts. 7º a 14); 
- Liberdade, respeito e dignidade (arts. 15 a 18); 
- Convivência familiar e comunitária (arts. 19 a 52); 
- Educação, cultura, esporte e lazer (arts. 53 a 59); e 
- Profissionalização e proteção no trabalho (arts. 60 a 69). 
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Alguns Princípios Norteadores do ECA: 
 
- Da proteção integral; 
- Da Prioridade Absoluta; 
- Da Convivência familiar 
- Da Condição Peculiar como Pessoa em desenvolvimento; 
- Da ouvida e participação progressiva; 
- Da Municipalidade; 
- Do Melhor Interesse; 
- Da Responsabilidade Parental. 
 
 
PODER FAMILIAR 
 
 Conjunto de direitos e deveres dos pais em relação aos filhos, importa destacar que o 
menor não pode ser retirado de um determinado núcleo em razão de carência de recursos 
materiais. Não havendo, portanto, outro motivo para a perda ou suspensão do poder familiar, 
a criança deverá ser mantida em seu núcleo original. 
 
 
FAMÍLIA NATURAL, EXTENSA E SUBSTITUTA 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente reconhece a existência de três espécies de 
família: a natural, a extensa e a substituta. 
 
a) família natural: assim entendida a comunidade formada pelos pais ou qualquer 
deles e seus descendentes (art. 25, caput, ECA). 
b) família extensa: aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da 
unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente 
convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade (art. 25, parágrafo único, ECA). 
c) família substituta: para a qual o menor deve ser encaminhado de maneira 
excepcional, por meio de qualquer das três modalidades possíveis, que são: guarda, tutela e 
adoção. 
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ATENÇÃO: 
Participação do menor na concessão da guarda, tutela ou adoção: qualquer idade é possível ouvir-se a 
criança, respeitado o seu grau de desenvolvimento e de compreensão do fato. Contudo, após 12 anos – 
na qualidade de adolescente -, será necessário que ele consinta em receber a intervenção da nova 
família. 
 
 
GUARDA 
 
A guarda destina-se a regularizar a convivência de fato, atribuindo ao guardião vínculo 
e representação jurídica em relação a criança ou adolescente, aquele que detém a guarda deve 
proteger o sujeito em desenvolvimento de terceiros, inclusive seus pais biológicos. 
 
Destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida liminar ou 
incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no caso de adoção por 
estrangeiros. 
 
Ademais, diferencia-se da tutela e da adoção, em especial, por não pressupor 
restituição ou suspensão do poder familiar dos pais (família natural). A guarda confere à 
criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins de direito. 
 
 
Tipos de Guarda 
 
Do que consta no Estatuto da Criança e do Adolescente, pode-se classificar a guarda 
em permanente (duradoura, definitiva) e temporária (ou provisória). 
 
É permanente (ou duradoura, definitiva) quando o instituto é visto como um fim em si 
mesmo, ou seja, o guardião deseja a criança ou adolescente como membro de família 
substituta e com as obrigações e direitos daí advindos, sem que o menor seja pupilo ou filho 
(ECA, arts. 33, § 1º, início e 34). 
 
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De outro norte, será temporária (ou provisória) quando visa a atendimento de situação 
limitada ou por termo ou por condição, não sendo, assim, um fim em si mesmo (ECA, art. 
167). Finda quando se realiza o termo ou condição. Pode ser liminar, para regularizar situação 
de posse de fato, ou seja, guarda de fato de criança ou de adolescente pura e simples, com 
vistas a uma situação jurídica futura. Ou pode ser incidental, nos procedimentos de tutela e 
adoção, também para regularizar posse de fato ou com vistas a uma situação jurídica futura. 
E, ainda, pode ser especial, para atender situações peculiares ou suprir a falta eventual dos 
pais ou responsável, com o possível deferimento de direito de representação para a prática de 
atos determinados. Este tipo tem previsão, ainda, no art. 167, do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, quando possibilita ao Juiz concedê-la. 
 
 
ATENÇÃO: 
Não se deve confundir a guarda compartilhada com a guarda alternada, pois a primeira pressupõe 
exercício simultâneo dos direitos inerentes à guarda, enquanto na segunda existe uma alternância entre 
quem ficará com a guarda e quem ficará com o direito de visita (um período com cada um). 
 
 
 
TUTELA 
 
A tutela é forma de colocação de criança e adolescente em família substituta. 
Pressupõe, ao contrário da guarda, a prévia destituição ou suspensão do poder familiar dos 
pais (família natural). 
 
Da mesma forma, na hipótese de os pais serem falecidos,tiverem sido destituídos ou 
suspensos do poder familiar,ou houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em 
família substituta, este poderá ser formulado diretamente em cartório, em petição assinada 
pelos próprios requerentes, dispensada a assistência por advogado (art. 166, ECA). 
 
 
 
 
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ADOÇÃO 
 
É forma mais abrangente de colocação em família substituta. É, pois, ato jurídico pelo 
qual se estabelece o estado de filiação e paternidade, respectivamente entre adotado e 
adotante, cuja eficácia está condicionada à chancela judicial. 
 
Diferentemente da legislação que antecedeu à Lei nº 8.069/90, Estatuto da Criança e 
Adolescente, a adoção não mais pode ser feita por procuração. Faz-se imprescindível processo 
judicial, onde o vínculo de afetividade entre adotante e adotado será aferido pela autoridade 
judiciária, a partir de criterioso acompanhamento feito por equipe técnica multidisciplinar, a 
fim de se garantir o princípio do melhor interesse da criança e adolescente. 
 
Importa destacar, ainda, que a adoção atribui a condição de filho para todos os efeitos, 
desligando-o de qualquer vínculo com pais biológicos. Pode haver alteração do nome, se 
houver desejo do adotante ou adotado, sendo criança ou adolescente. 
 
Outrossim, cabe destacar que o adotado adquire os mesmos direitos eobrigações de 
qualquer filho: nome, parentesco, alimentos e filiação. O adotante deve possuir no mínimo 18 
anos, e em relação ao adotado, deve ter diferença de idade de no mínimo 16 anos. 
 
ATENÇÃO: 
A adoção de nascituro é vedada. Invoca-se, a propósito, a Convenção Internacional de Haia, pala qual 
se exige consentimento da mãe em relação à adoção após o nascimento da criança. 
 
A adoção, ademais, é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas 
quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou 
extensa. 
 
 
São requisitos OBRIGATÓRIOS para a adoção: 
 
1°- O adotando deve possuir no máximo 18 anos de idade, exceção feita se ele estiver sob 
guarda ou tutela dos adotantes. O adotando não pode ter 18 anos quando a ação for 
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distribuída, no entanto se na data da sentença este tiver idade superior a 18 anos a adoção 
ocorrerá sem restrição alguma. 
2°- A adoção irá atribuir a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos, desligando-
se de qualquer vínculo biológico, exceção feita quando invoca-se um impedimento 
matrimonial. 
3°- O cônjuge pode adotar o filho do outro, criando a filiação de forma ampla, em relação ao 
parentesco. 
O cônjuge só poderá adotar o filho de sua esposa que não tiver em sua Certidão de 
Nascimento o registro de seu pai biológico, coso contrário este não poderá ser adotado. 
Padrasto e madrasta são parentes por afinidade em relação ao filho de seu cônjuge. 
4°- O direito sucessório entre adotante e adotado é recíproco, na forma estabelecida para a 
filiação biológica. 
5°- O adotante tem que possuir 18 anos de idade no mínimo independentemente de seu estado 
civil. Aquele que é solteiro terá o direito de adotar, no entanto deverá ser maior de idade. 
6°- É possível ocorrer a chamada adoção conjunta, exigindo-se para tanto que eles sejam 
casados no civil, ou vivam em união estável. 
7°- É necessário existir uma diferença entre o adotante e o adotado, em relação a sua idade, 
pois o primeiro tem que ser mais velho que o segundo em 16 (dezesseis) anos de idade. 
Aquele que tiver 18 anos de idade já tem o direito de adotar, mas deverá ser uma criança de 
no máximo 2 anos para que a diferença entre estes seja de 16 anos de idade. 
8°- Os divorciados, os separados e os ex-companheiros, podem adotar na forma conjunta, 
desde que exista acordo sobre a guarda e o direito de visita, bem como, tenha ocorrido o 
estágio de convivência na constância da convivência. 
9°- A adoção só será deferida após manifestação de vontade do adotante. Mesmo que faleça 
antes da sentença. 
10°- A ação depende de existir a manifestação de vontade dos pais para a sua procedência, 
sendo dispensado se os pais não forem conhecidos ou estiverem destituídos do poder familiar. 
11°- O adotando somente se manifesta se possuir 12 (doze) anos ou mais. 
12°- Toda adoção será precedida pelo ato processual denominado "estágio de convivência". 
Esse estágio não tem prazo fixado em lei, variando de caso a caso, na exigência do juiz da 
ação. 
13°- É possível ocorrer a dispensa do estágio, nas seguintes hipóteses: se os adotantes 
exercerem a tutela do menor, ou se os autores exercerem a guarda legal do menor. 
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14°- Toda adoção é irrevogável, podendo a sentença modificar o prenome do adotando (se 
houver pedido). O sobrenome do adotando será automaticamente o do adotante. 
15°- Toda adoção exige a intervenção do Poder Judiciário, através de ação própria. 
 
 
Ordem de Adoção: 
 
a) Não Cadastrados: 
- Adoção Unilateral 
- Parentes 
- Guarda / Tutela 
b) Cadastrados 
c) Brasileiros no Exterior 
d) Estrangeiros 
 
 
DO PROCEDIMENTO PARA COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA 
 
1) Habilitação para a adoção: 
- Será iniciada mediante petição; 
- A autoridade judiciária terá 48 horas para dar vista ao MP, que poderá, no prazo de 05 dias, 
apresentar quesitos; 
- Será necessária audiência para oitiva dos requerentes e de testemunhas, assim como juntada 
de documentos e outras diligências; 
- É obrigatória a atuação de equipe interprofissional, para a elaboração de estudo psicossocial; 
- Os postulantes devem participar de programa promovido pela Justiça da Infância e da 
Juventude, com vista a prepará-los para a adoção; 
- Após a certificação nos autos de que os postulantes participaram do referido programa, 
decidirá a autoridade judiciária em 48 horas acerca dos pedidos do MP, determinando a 
juntada do estudo psicossocial e designará, se necessária, audiência; 
- Não havendo audiência (em razão da não solicitação de diligências ou do indeferimento das 
solicitadas), será dada vista ao MP para manifestação em 5 dias, passando a autoridade 
judiciária a decidir em igual prazo; 
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- Sendo deferida, a inscrição será efetivada respeitando-se a ordem cronológica e a 
disponibilidade de crianças e adolescentes adotáveis. A ordem cronológica é regra, somente 
podendo ser inobservada se for medida que melhor atenda ao interesse do adotando, conforme 
previsto no art. 50, § 13, do ECA; 
- Em havendo constantes recusas de adotandos, os postulantes terão sua habilitação 
reavaliada. 
 
2) Do Pedido: 
- Qualificação das partes, com a apresentação do grau eventual de parentesco entre a criança/ 
adolescente e os requerentes; 
- Qualificação da criança ou adolescente e de seus pais, se forem conhecidos; 
- Indicação de existência de bens ou direitos da criança ou adolescente. 
 
 3) Pedido Cartorial: 
- Se os pais forem falecidos, destituídos ou suspensos de seu poder familiar, ou, 
voluntariamente, concordarem com a colocação em família substituta, poderá o pedido ser 
efetivado diretamente em Cartório. 
 
4) Estudo Social: 
- Realizado por mandato da autoridade judiciária, mediante provocação do Ministério Público, 
requerimento das partes ou mesmo de ofício; 
- Este estudo pode ser substituído por perícia de equipe interprofissional; 
 
5) Oitiva da criança ou adolescente: 
- A oitiva da criança deve ocorrer sempre que possível. Ademais, se maior de 12 anos, deverá 
consentir na medida. 
 
6) Contraditório: 
- Somente ocorrerá se a medida implicar perda ou suspensão do poder familiar. 
 
7) Vista ao MP: 
- Será concedida pelo prazo de 5 dias. 
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8) Decisão: 
- Após a manifestação do MP, decidirá a autoridade judiciária em prazo igual de cinco dias. 
 
9) Termo de bom cumprimento: 
- Sendo o procedimento para a concessão de guarda legal, deverá o responsável, para assumir 
sua função, prestar compromisso de fidelidade e bom cumprimento de sua atividade. 
 
 
Adoção Internacional 
 
Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento previsto nos arts. 165 a 
170 desta Lei, com as seguintes adaptações: 
 I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar criança ou adolescente 
brasileiro, deverá formular pedido de habilitação à adoção perante a Autoridade 
Central em matéria de adoção internacional no país de acolhida, assim entendido 
aquele onde está situada sua residência habitual; 
 II - se a Autoridade Central do país de acolhida considerar que os solicitantes 
estão habilitados e aptos para adotar, emitirá um relatório que contenha informações 
sobre a identidade, a capacidade jurídica e adequação dos solicitantes para adotar, 
sua situação pessoal, familiar e médica, seu meio social, os motivos que os animame sua aptidão para assumir uma adoção internacional; 
 III - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o relatório à Autoridade 
Central Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira; 
 IV - o relatório será instruído com toda a documentação necessária, incluindo 
estudo psicossocial elaborado por equipe interprofissional habilitada e cópia 
autenticada da legislação pertinente, acompanhada da respectiva prova de vigência; 
 V - os documentos em língua estrangeira serão devidamente autenticados pela 
autoridade consular, observados os tratados e convenções internacionais, e 
acompanhados da respectiva tradução, por tradutor público juramentado; 
 VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências e solicitar 
complementação sobre o estudo psicossocial do postulante estrangeiro à adoção, já 
realizado no país de acolhida; 
 VII - verificada, após estudo realizado pela Autoridade Central Estadual, a 
compatibilidade da legislação estrangeira com a nacional, além do preenchimento 
por parte dos postulantes à medida dos requisitos objetivos e subjetivos necessários 
ao seu deferimento, tanto à luz do que dispõe esta Lei como da legislação do país de 
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acolhida, será expedido laudo de habilitação à adoção internacional, que terá 
validade por, no máximo, 1 (um) ano; 
 VIII - de posse do laudo de habilitação, o interessado será autorizado a 
formalizar pedido de adoção perante o Juízo da Infância e da Juventude do local em 
que se encontra a criança ou adolescente, conforme indicação efetuada pela 
Autoridade Central Estadual. 
 § 1o Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar, admite-se que os 
pedidos de habilitação à adoção internacional sejam intermediados por organismos 
credenciados. 
 § 2o Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o credenciamento de 
organismos nacionais e estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de 
habilitação à adoção internacional, com posterior comunicação às Autoridades 
Centrais Estaduais e publicação nos órgãos oficiais de imprensa e em sítio próprio 
da internet. 
 § 3o Somente será admissível o credenciamento de organismos que: 
 I - sejam oriundos de países que ratificaram a Convenção de Haia e estejam 
devidamente credenciados pela Autoridade Central do país onde estiverem sediados 
e no país de acolhida do adotando para atuar em adoção internacional no Brasil; 
 II - satisfizerem as condições de integridade moral, competência profissional, 
experiência e responsabilidade exigidas pelos países respectivos e pela Autoridade 
Central Federal Brasileira; 
 III - forem qualificados por seus padrões éticos e sua formação e experiência 
para atuar na área de adoção internacional; 
 IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento jurídico brasileiro e 
pelas normas estabelecidas pela Autoridade Central Federal Brasileira. 
 § 4o Os organismos credenciados deverão ainda: 
 I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições e dentro dos limites 
fixados pelas autoridades competentes do país onde estiverem sediados, do país de 
acolhida e pela Autoridade Central Federal Brasileira; 
 II - ser dirigidos e administrados por pessoas qualificadas e de reconhecida 
idoneidade moral, com comprovada formação ou experiência para atuar na área de 
adoção internacional, cadastradas pelo Departamento de Polícia Federal e aprovadas 
pela Autoridade Central Federal Brasileira, mediante publicação de portaria do 
órgão federal competente; 
 III - estar submetidos à supervisão das autoridades competentes do país onde 
estiverem sediados e no país de acolhida, inclusive quanto à sua composição, 
funcionamento e situação financeira; 
 IV - apresentar à Autoridade Central Federal Brasileira, a cada ano, relatório 
geral das atividades desenvolvidas, bem como relatório de acompanhamento das 
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adoções internacionais efetuadas no período, cuja cópia será encaminhada ao 
Departamento de Polícia Federal; 
 V - enviar relatório pós-adotivo semestral para a Autoridade Central Estadual, 
com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 
(dois) anos. O envio do relatório será mantido até a juntada de cópia autenticada do 
registro civil, estabelecendo a cidadania do país de acolhida para o adotado; 
 VI - tomar as medidas necessárias para garantir que os adotantes encaminhem à 
Autoridade Central Federal Brasileira cópia da certidão de registro de nascimento 
estrangeira e do certificado de nacionalidade tão logo lhes sejam concedidos. 
 § 5o A não apresentação dos relatórios referidos no § 4o deste artigo pelo 
organismo credenciado poderá acarretar a suspensão de seu credenciamento. 
 § 6o O credenciamento de organismo nacional ou estrangeiro encarregado de 
intermediar pedidos de adoção internacional terá validade de 2 (dois) anos. 
 § 7o A renovação do credenciamento poderá ser concedida mediante 
requerimento protocolado na Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 (sessenta) 
dias anteriores ao término do respectivo prazo de validade. 
 § 8o Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção 
internacional, não será permitida a saída do adotando do território nacional. 
 § 9o Transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária determinará a 
expedição de alvará com autorização de viagem, bem como para obtenção de 
passaporte, constando, obrigatoriamente, as características da criança ou adolescente 
adotado, como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços peculiares, assim como 
foto recente e a aposição da impressão digital do seu polegar direito, instruindo o 
documento com cópia autenticada da decisão e certidão de trânsito em julgado. 
 § 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a qualquer momento, 
solicitar informações sobre a situação das crianças e adolescentes adotados. 
 § 11. A cobrança de valores por parte dos organismos credenciados, que sejam 
considerados abusivos pela Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam 
devidamente comprovados, é causa de seu descredenciamento. 
 § 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser representados por 
mais de uma entidade credenciada para atuar na cooperação em adoção 
internacional. 
 § 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado fora do Brasil terá 
validade máxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada. 
 § 14. É vedado o contato direto de representantes de organismos de adoção, 
nacionais ou estrangeiros, com dirigentes de programas de acolhimento institucional 
ou familiar, assim como com crianças e adolescentes em condições de serem 
adotados, sem a devida autorização judicial. 
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 § 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá limitar ou suspender a 
concessão de novos credenciamentos sempre que julgar necessário, mediante ato 
administrativo fundamentado. 
 
 
 Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e descredenciamento, o repasse 
de recursos provenientes de organismos estrangeiros encarregados de intermediar 
pedidos de adoção internacional a organismos nacionais ou a pessoas físicas. 
 Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser efetuados via Fundo 
dos Direitos da Criança e do Adolescente e estarão sujeitos às deliberações do 
respectivoConselho de Direitos da Criança e do Adolescente. 
 
 Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em país ratificante da 
Convenção de Haia, cujo processo de adoção tenha sido processado em 
conformidade com a legislação vigente no país de residência e atendido o disposto 
na Alínea “c” do Artigo 17 da referida Convenção, será automaticamente 
recepcionada com o reingresso no Brasil. 
 § 1o Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da 
Convenção de Haia, deverá a sentença ser homologada pelo Superior Tribunal de 
Justiça. 
 § 2o O pretendente brasileiro residente no exterior em país não ratificante da 
Convenção de Haia, uma vez reingressado no Brasil, deverá requerer a homologação 
da sentença estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça. 
 
Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida, a 
decisão da autoridade competente do país de origem da criança ou do adolescente 
será conhecida pela Autoridade Central Estadual que tiver processado o pedido de 
habilitação dos pais adotivos, que comunicará o fato à Autoridade Central Federal e 
determinará as providências necessárias à expedição do Certificado de Naturalização 
Provisório. 
 § 1o A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério Público, somente 
deixará de reconhecer os efeitos daquela decisão se restar demonstrado que a adoção 
é manifestamente contrária à ordem pública ou não atende ao interesse superior da 
criança ou do adolescente. 
 § 2o Na hipótese de não reconhecimento da adoção, prevista no § 1o deste 
artigo, o Ministério Público deverá imediatamente requerer o que for de direito para 
resguardar os interesses da criança ou do adolescente, comunicando-se as 
providências à Autoridade Central Estadual, que fará a comunicação à Autoridade 
Central Federal Brasileira e à Autoridade Central do país de origem. 
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Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a 
adoção não tenha sido deferida no país de origem porque a sua legislação a delega 
ao país de acolhida, ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o 
adolescente ser oriundo de país que não tenha aderido à Convenção referida, o 
processo de adoção seguirá as regras da adoção nacional. 
 
 
DA PREVENÇÃO 
 
 Tanto a sociedade, o Estado, a família, quanto qualquer cidadão, possuem o dever de 
prevenir qualquer violação a direitos da criança ou do adolescente. 
 
O Estatuto CA estabelece nos artigos 70 a 85 o Título “Da Prevenção”, onde preceitua 
medidas que devem ser tomadas para se evitar que qualquer mal aconteça aos seres em 
desenvolvimento. Caso estas não sejam realizadas quando necessárias responderá o autor da 
ação ou omissão, pessoa física ou jurídica, esta administrativamente (arts. 245 ao 258 do 
ECA), aquelas criminalmente e administrativamente (arts. 225 ao 258). Para tanto dividiu tal 
titulo em geral e especial. 
 
 
Prevenção Geral 
 
Compreende os artigos 70 a 73, do ECA. Inicia o capitulo dispondo ser dever de todos, 
sociedade, família, Estado, prevenir, atuar antes que o fato aconteça, a ocorrência de ameaça 
ou violação dos direitos da criança e do adolescente. Importa destacar que as normas dispostas 
neste Capitulo se aplicam subsidiariamente às regras dispostas na parte onde se trata da 
prevenção especial, pois, havendo regra especial esta deverá ser aplicada. 
 
 
Prevenção Especial 
 
A Prevenção Especial é também tratada como princípio, pois individualiza o campo de 
atuação do poder público frente à divulgação da informação, cultura, lazer, esportes, diversões 
e espetáculos, assim como a proibição de venda de determinados produtos e serviços. 
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As normas específicas de maior repercussão e incidência são: a) As crianças menores 
de 10 (dez) anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou 
exibição quando acompanhadas dos pais ou responsáveis; b) As emissoras de rádio e televisão 
somente exibirão, no horário recomendado para o público infanto-juvenil, programas com 
finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; c) Publicações destinadas às 
crianças e adolescentes são proibidas de veicular matéria ou propaganda referente a bebidas 
alcoólicas, fumo ou armas e devem atender a valores éticos-familiares; d) Em um rol 
exemplificativo estabelece proibição de venda de produtos nocivos (armas, munições, 
explosivos, etc.; e) Proibição de hospedagem de criança e adolescente em hotel, motel, pensão 
ou estabelecimento congênere desacompanhado dos pais ou responsáveis, salvo autorização 
expressa destes; e f) quanto à autorização para viagem, estabelece que nenhuma criança 
poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhada dos pais ou responsável, sem 
expressa autorização judicial, sendo esta dispensada em algumas ocasiões (artigo 83, §1º 
ECA). 
 
 
DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO 
 
Existe uma estrutura dedicada ao atendimento da criança e do adolescente e do 
resguardado de seus direitos. 
 
▪ Na esfera Federal: CONANDA – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do 
Adolescente; 
▪ Nos Estados: Conselhos estaduais dos Direitos da Criança e do Adolescente; 
▪ Nos Municípios: Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente. 
 
 As entidades de atendimento são passíveis das seguintes penas: a) se governamentais – 
advertência, afastamento provisório dos dirigentes, afastamento definitivo dos dirigentes e 
fechamento da unidade/ interdição de programa; b) se não governamentais – advertência, 
suspensão total ou parcial do repasse de verbas públicas, interdição de unidades/ suspensão de 
programas, cassação do registro. 
 
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DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
 
Art. 98 . As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre 
que os direitos reconhecidos nesta lei forem ameaçados ou violados: 
I- por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; 
II- por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; 
III- em razão de sua conduta. 
 
O artigo 98 dá ampla proteção às crianças e adolescentes e rompe com a situação 
irregular e aplica a proteção integral. Assim, o desvio da norma, sempre que ocorrer uma das 
três situações mencionadas, autoriza ao Conselho Tutelar, através da requisição, ao Ministério 
Público, através da representação em juízo, e à autoridade judiciária, em decisão 
fundamentada, buscar os fins sociais a que o Estatuto se destina. 
 
 
Medidas Específicas de Proteção 
 
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo. 
 
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades 
pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem o fortalecimento dos vínculos 
familiares e comunitários. 
 
As medidas aplicadas pelo Conselho Tutelar ou pela Autoridade Judiciária são as 
previstas no artigo 101, do ECA: 
 
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade 
competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas: 
I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; 
II – orientação, apoio e acompanhamento temporários; 
III – matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino 
fundamental; 
IV – inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e 
ao adolescente;Todos os direitos reservados à CS Tecnologia www.provasdaoab.com.br 
 
V – requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime 
hospitalar ou ambulatorial; 
VI – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e 
tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
VII – abrigo em entidade; 
VIII – colocação em família substituta. 
Parágrafo único. O abrigo é medida provisória e excepcional, utilizável como forma 
de transição para a colocação em família substituta, não implicando privação de 
liberdade. 
 
 Todas essas medidas são acompanhadas da regularização do registro civil, sempre que 
isto se fizer necessário. Não havendo assento de nascimento, este será confeccionado com 
base nos elementos que existirem, sem qualquer ônus. 
 
 
Ato Infracional 
 
 É qualquer conduta que seja tipificada como delito, seja crime ou contravenção. 
Sempre que o autor do ato for criança (menor de 12 anos), a ele serão aplicadas as medidas do 
art. 101 do ECA. 
 
 De outra sorte, o adolescente infrator poderá ser apreendido em flagrante de ato 
infracional ou em se tratando de ordem escrita da autoridade judicial. Assim que apreendido, 
deve o fato ser comunicado ao Juiz, à família ou à pessoa indicada pelo adolescente. 
 
 
Medidas Socioeducativas em Espécie 
 
 Uma vez ocorrido o ato infracional, será desencadeado um processo baseado no 
princípio da ampla defesa e do contraditório, sendo possível a aplicação das seguintes 
medidas socioeducativas: 
 
a) Advertência: Talvez seja a medida de maior tradição no Direito do Menor, tendo constado 
tanto no nosso primeiro Código de Menores, o Código Mello Mattos, de 1927, no art. 175, 
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como também do Código de Menores, de 1979, no art. 14, I, figurando entre as chamadas 
"Medidas de Assistência e Proteção": dispõe o art. 115 do ECA, que “A advertência consistirá 
na admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada”. Possui como propósito alertar 
o adolescente e seus genitores ou responsáveis para os riscos do envolvimento no ato 
infracional. Essa medida poderá ser aplicada sempre que houver prova da materialidade da 
infração e indícios suficientes de autoria (art. 114, § único). 
 
b) Reparação de Danos: Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a 
autoridade judiciária poderá aplicar a medida prevista no art. 116 do ECA, determinando que 
o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou por outra forma 
compense o prejuízo da vítima. Ocorrendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser 
substituída por outra mais adequada, isto se dá para evitar que não sejam os pais do 
adolescente os verdadeiros responsáveis pelo seu cumprimento. Segundo a doutrina existem 
três espécies de reparação do dano: a restituição da coisa; o ressarcimento do dano; e a 
compensação do prejuízo por qualquer outra forma. 
 
c) Prestação de Serviços à Comunidade: Cuida-se de uma das inovações do ECA, que veio 
acolher a medida introduzida na área penal, em 1984, pelas Leis nº 7.209 de 11 de Julho de 
1984 e 7.210 de 12 de Julho de 1984, como alternativa à privação da liberdade. A medida 
socioeducativa, prevista no art. 112, III, e disciplinada no art. 117 e seu § único, do ECA, 
consiste na prestação de serviços comunitários, por período não excedente a seis meses, junto 
a entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como 
programas comunitários ou governamentais e não governamentais. 
 
d) Liberdade Assistida: Esta medida destina-se a acompanhar, auxiliar e orientar o 
adolescente. O caso será acompanhado por pessoa capacitada, designada pela autoridade. 
Deverá ser nomeado um orientador, a quem incumbirá promover socialmente o adolescente e 
sua família, supervisionar a frequência escolar, diligenciar a profissionalização. A Liberdade 
Assistida, fixada pelo ECA, no prazo mínimo de seis meses, com a possibilidade de ser 
prorrogada, renovada ou substituída por outra medida (art. 118, §2º). 
 
e) Semiliberdade: É admissível como início ou como forma de progressão para o meio 
aberto. Comporta o exercício de atividades externas, independentemente de autorização 
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judicial. Ademais, é obrigatória a escolarização e a profissionalização. Não comporta prazo 
determinado, devendo ser aplicadas as disposições a respeito da internação, no que couber. 
Deverá ser revista a cada 6 meses (art. 121, § 2º, subsidiariamente). 
f) Internação: É medida privativa de liberdade, sujeita aos princípios da brevidade, 
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoas em desenvolvimento. Esta medida 
é a mais severa de todas as medidas previstas no ECA, por privar o adolescente de sua 
liberdade. Deve ser aplicada somente aos casos mais graves, em caráter excepcional e com a 
observância do devido processo legal, conforme prescreve o ditame constitucional e o ECA. 
 
g) Da Remissão: é uma espécie de perdão concedido pelo Promotor de Justiça ou pelo Juiz de 
Direito. Trata-se de ato bilateral, onde o adolescente, juntamente com seus pais troca o 
processo por uma medida antecipada. 
▪ Espécies: 
- Remissão Ministerial: é concedida pelo promotor de justiça como forma de exclusão do 
processo (antes de se iniciar o processo sócioeducativo). 
- Remissão Judicial: concedida pelo Juiz, após o início do processo. Ela suspende ou extingue 
o processo. 
Ademais, a remissão não implica em o reconhecimento de culpa, nem prevalece para 
efeitos de antecedentes. 
 
 
Medidas aplicáveis aos pais ou responsáveis 
 
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável: 
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; 
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento 
a alcoólatras e toxicômanos; 
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; 
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e 
aproveitamento escolar; 
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado; 
VII - advertência; 
VIII - perda da guarda; 
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IX - destituição da tutela; 
X - suspensão ou destituição do pátrio poder. 
 
 
Conselho Tutelar 
 
 O Conselho Tutelar é órgão previsto no art. 131 da Lei nº. 8.069 , de 13 de julho de 
1990 (ECA), que o instituiu como "órgão autônomo, não-jurisdicional, encarregado de zelar 
pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente". 
 
Tem como finalidade precípua zelar para que as crianças e os adolescentes tenham 
acesso efetivo aos seus direitos, ou seja, sua finalidade é zelar, é ter um encargo social para 
fiscalizar se a família, a comunidade, a sociedade em geral e o Poder Público estão 
assegurando com absoluta prioridade a efetivação dos direitos das crianças e dos adolescentes, 
cobrando de todos esses que cumpram com o Estatuto e com a Constituição Federal . 
 
Outrossim, importa destacar que cada município brasileiro deve ter pelo menos um 
Conselho Tutelar, instituído por lei municipal, composto de cinco membros e escolhido pela 
comunidade local com mandato de três anos, sendo permitida uma recondução. 
 
São atribuições do Conselho Tutelar: 
 
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: 
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, 
aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII; 
II - atender e aconselharos pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no 
art. 129, I a VII; 
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: 
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, 
previdência, trabalho e segurança; 
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento 
injustificado de suas deliberações. 
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração 
administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente; 
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; 
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VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as 
previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional; 
VII - expedir notificações; 
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente 
quando necessário; 
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para 
planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; 
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos 
previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal; 
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão 
do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do 
adolescente junto à família natural. 
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender 
necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao 
Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento 
e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família. 
 
 
 
Do acesso à Justiça 
 
 Toda criança e adolescente tem direito a ter acesso à Defensoria Pública, ao Ministério 
Público e ao Poder judiciário. As ações que envolvem infância e juventude são isentas de 
custas, exceto em caso de má-fé. 
 
 Sempre que os interesses do menor colidirem com o de seus pais ou responsáveis, será 
nomeado a ele um curador. 
 
A Vara da infância e da juventude tem competência para: 
 
I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração 
de ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis; 
II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo; 
III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes; 
IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos 
afetos à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209; 
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V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento, 
aplicando as medidas cabíveis; 
VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de 
proteção à criança ou adolescente; 
VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas 
cabíveis. 
 
Estas atribuições podem ser cumuladas com outras, desde que compatíveis com os fins 
estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
 
Tutela de interesses individuais, difusos e coletivos 
 
 Podem ser promovidas ações de responsabilidade quando não houver oferta regular 
de: 
 
Art. 208 (...) 
I - do ensino obrigatório; 
II - de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência; 
III - de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; 
IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
V - de programas suplementares de oferta de material didático-escolar, transporte e 
assistência à saúde do educando do ensino fundamental; 
VI - de serviço de assistência social visando à proteção à família, à maternidade, à 
infância e à adolescência, bem como ao amparo às crianças e adolescentes que dele 
necessitem; 
VII - de acesso às ações e serviços de saúde; 
VIII - de escolarização e profissionalização dos adolescentes privados de liberdade. 
IX - de ações, serviços e programas de orientação, apoio e promoção social de 
famílias e destinados ao pleno exercício do direito à convivência familiar por 
crianças e adolescentes. 
X - de programas de atendimento para a execução das medidas socioeducativas e 
aplicação de medidas de proteção. 
 
 Os legitimados para as ações cíveis coletivas ou baseadas em direitos difusos são o 
Ministério Público, os entes federados e “as associações legalmente constituídas há pelo 
menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos 
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protegidos por esta Lei, dispensada a autorização da assembleia, se houver prévia autorização 
estatutária. 
 
 
CRIMES E INFRAÇÕES ADMINISTRAIVAS 
 
 Os crimes previstos pelo ECA não excluem a existência de crimes comuns, devendo-
se atentar para a proibição de bis in idem. São crimes de ação pública incondicionada, a eles 
sendo aplicada a Pare Geral do Código Penal e sendo processados na forma do Código de 
Processo Penal. 
 
 Os crimes em espécie (artigo 228 ao 244-B) são: 
 
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de 
atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na 
forma e prazo referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a 
seu responsável, por ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde 
constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato: Pena – 
detenção de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. Se o crime é culposo: Pena – detenção de dois a seis meses, ou 
multa. 
 
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à 
saúde de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião 
do parto, bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei: 
Pena – detenção de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. Se o crime é culposo: Pena – detenção de dois a seis meses, ou 
multa. 
 
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua 
apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da 
autoridade judiciária competente: Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem 
observância das formalidades legais. 
 
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou 
adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à 
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família do apreendido ou à pessoa por ele indicada: Pena – detenção de seis meses a 
dois anos. 
 
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância 
a vexame ou a constrangimento: Pena – detenção de seis meses a dois anos. 
 
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata 
liberação de criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da 
apreensão: Pena – detenção de seis meses a dois anos. 
 
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de 
adolescente privado de liberdade: Pena – detenção de seis meses a dois anos. 
 
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do 
Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função 
prevista nesta Lei: Pena – detenção de seis meses a dois anos.Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda 
em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto: Pena 
- reclusão de dois a seis anos, e multa. 
 
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga 
ou recompensa: Pena – reclusão de um a quatro anos, e multa. 
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a paga ou 
recompensa. 
 
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou 
adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito 
de obter lucro: Pena – reclusão de quatro a seis anos, e multa. 
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude: Pena – 
reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência. 
 
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer 
meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: 
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 1o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de 
qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas 
referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. 
§ 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime: 
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I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la; 
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou 
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consangüíneo ou afim até o terceiro 
grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, 
a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento. 
 
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha 
cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – 
reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
 
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou 
divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou 
telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito 
ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 
(seis) anos, e multa. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: 
I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou 
imagens de que trata o caput deste artigo; 
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, 
cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo. 
§ 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste artigo são puníveis 
quando o responsável legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa 
de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo. 
 
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou 
outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica 
envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e 
multa (...). 
 
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo 
explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de 
fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual: Pena – reclusão, 
de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, 
disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou 
armazena o material produzido na forma do caput deste artigo. 
 
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Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de 
comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso: Pena – 
reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: 
I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito 
ou pornográfica com o fim de com ela praticar ato libidinoso; 
II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o fim de induzir criança 
a se exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita. 
 
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo 
explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou 
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos 
órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. 
 
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, 
a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo: Pena – reclusão, de 3 (três) a 
6 (seis) anos. 
 
Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de 
qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos 
componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização 
indevida: Pena – detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
 
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, 
a criança ou adolescente fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo 
seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso 
de utilização indevida: Pena – detenção de seis meses a dois anos, e multa. 
 
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 
2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual: Pena – reclusão de quatro a dez 
anos, e multa. 
§ 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo 
local em que se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas 
no caput deste artigo. 
§ 2o Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização 
e de funcionamento do estabelecimento. 
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Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com 
ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: Pena – reclusão, de 1 (um) 
a 4 (quatro) anos. 
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali 
tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo 
da internet. 
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso 
de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, 
de 25 de julho de 1990. 
 
 
 Ademais, quanto as infrações Administrativas, elas estão previstas nos artigos 245 ao 
258-B, vejamos: 
 
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção 
à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade 
competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou 
confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente: Pena – multa de três a 
vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência. 
 
Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade de atendimento o 
exercício dos direitos constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta 
Lei: Pena – multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em 
caso de reincidência. 
 
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer 
meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, 
administrativo oujudicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato 
infracional: Pena – multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro 
em caso de reincidência. 
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança 
ou adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga 
respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua 
identificação, direta ou indiretamente. 
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, 
além da pena prevista neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a 
apreensão da publicação. 
 
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Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade judiciária de seu domicílio, no prazo de 
cinco dias, com o fim de regularizar a guarda, adolescente trazido de outra comarca 
para a prestação de serviço doméstico, mesmo que autorizado pelos pais ou 
responsável: Pena – multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o 
dobro em caso de reincidência, independentemente das despesas de retorno do 
adolescente, se for o caso. 
 
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao poder 
familiar ou decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade 
judiciária ou Conselho Tutelar: Pena – multa de três a vinte salários de referência, 
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. 
 
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou 
responsável, ou sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, 
pensão, motel ou congênere: Pena – multa. 
§ 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de multa, a autoridade judiciária 
poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) dias. 
§ 2º Se comprovada a reincidência em período inferior a 30 (trinta) dias, o 
estabelecimento será definitivamente fechado e terá sua licença cassada. 
 
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer meio, com inobservância 
do disposto nos arts. 83, 84 e 85 desta Lei: Pena – multa de três a vinte salários de 
referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência. 
 
Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo público de afixar, em 
lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada 
sobre a natureza da diversão ou espetáculo e a faixa etária especificada no 
certificado de classificação: Pena – multa de três a vinte salários de referência, 
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. 
 
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer representações ou 
espetáculos, sem indicar os limites de idade a que não se recomendem: Pena – multa 
de três a vinte salários de referência, duplicada em caso de reincidência, aplicável, 
separadamente, à casa de espetáculo e aos órgãos de divulgação ou publicidade. 
 
Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo em horário diverso do 
autorizado ou sem aviso de sua classificação: Pena – multa de vinte a cem salários 
de referência; duplicada em caso de reincidência a autoridade judiciária poderá 
determinar a suspensão da programação da emissora por até dois dias. 
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Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere classificado pelo órgão 
competente como inadequado às crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo: 
Pena – multa de vinte a cem salários de referência; na reincidência, a autoridade 
poderá determinar a suspensão do espetáculo ou o fechamento do estabelecimento 
por até quinze dias. 
 
Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de programação em vídeo, 
em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente: Pena – multa de 
três a vinte salários de referência; em caso de reincidência, a autoridade judiciária 
poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até quinze dias. 
 
Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e 79 desta Lei: Pena – multa 
de três a vinte salários de referência, duplicando-se a pena em caso de reincidência, 
sem prejuízo de apreensão da revista ou publicação. 
 
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o empresário de observar o 
que dispõe esta Lei sobre o acesso de criança ou adolescente aos locais de diversão, 
ou sobre sua participação no espetáculo: Pena – multa de três a vinte salários de 
referência; em caso de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o 
fechamento do estabelecimento por até quinze dias. 
 
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de providenciar a instalação e 
operacionalização dos cadastros previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei: 
Pena – multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais). 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autoridade que deixa de efetuar o 
cadastramento de crianças e de adolescentes em condições de serem adotadas, de 
pessoas ou casais habilitados à adoção e de crianças e adolescentes em regime de 
acolhimento institucional ou familiar. 
 
Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção 
à saúde de gestante de efetuar imediato encaminhamento à autoridade judiciária de 
caso de que tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada em entregar seu 
filho para adoção: Pena – multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três mil 
reais). 
 
 
 
 
 
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Comentários à Lei n.° 12.594/ 2012 
 
 A Lei 12.594, de 18 de Janeiro de 2012 (Lei do SINASE), institui o Sistema Nacional 
de Atendimento Socioeducativo (Sinase), regulamenta a execução das medidas 
socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional, altera o Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA) e altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
 
Quando uma criança ou adolescente pratica um fato previsto em lei como crime ou 
contravenção penal, esta conduta é chamada de “ato infracional”. Assim, juridicamente, não 
se deve dizer que a criança ou adolescente cometeu um crime ou contravenção penal, mas sim 
ato infracional. Portanto, a principal inovação desta nova Lei é que ela regulamenta a 
execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional. 
 
Ademais, o rol de medidas socioeducativas está previsto no art. 112 do ECA e não foi 
alterado pela Lei 12.594/2012. 
 
Esta Lei institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), 
tratando-se do conjunto ordenado de princípios, regras e critérios que envolvem a execução de 
medidas socioeducativas, incluindo-se nele, por adesão, os sistemas estaduais, distrital e 
municipais, bem como todos os planos, políticas e programas específicos de atendimento a 
adolescente em conflito com a lei. 
 
O Sinase será coordenado pela União e integrado pelos sistemas estaduais, distrital e 
municipais responsáveis pela implementação dos programas de atendimento a adolescente ao 
qual seja aplicada medida socioeducativa. 
 
Uma das vantagens da Lei 12.594/2012 é que ela estabelece, de forma detalhada, as 
competências de cada ente na execução das medidas socioeducativas. Vejamos: 
 
Competências da União: 
I - formular e coordenar a execução da política nacional de atendimento socioeducativo; 
II - elaborar o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo, em parceria com os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios; 
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III - prestar assistência técnica esuplementação financeira aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas; 
IV - instituir e manter o Sistema Nacional de Informações sobre o Atendimento 
Socioeducativo, seu funcionamento, entidades, programas, incluindo dados relativos a 
financiamento e população atendida; 
V - contribuir para a qualificação e ação em rede dos Sistemas de Atendimento 
Socioeducativo; 
VI - estabelecer diretrizes sobre a organização e funcionamento das unidades e programas de 
atendimento e as normas de referência destinadas ao cumprimento das medidas 
socioeducativas de internação e semiliberdade; 
VII - instituir e manter processo de avaliação dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo, 
seus planos, entidades e programas; 
VIII - financiar, com os demais entes federados, a execução de programas e serviços do 
Sinase; e 
IX - garantir a publicidade de informações sobre repasses de recursos aos gestores estaduais, 
distrital e municipais, para financiamento de programas de atendimento socioeducativo. 
 
A Lei 12.594/2012 delimitou, de forma expressa e peremptória, a responsabilidade de 
cada ente público, vejamos: 
 
 
 
 
 
para as medidas socioeducativas em meio aberto;

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