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Paper Estagio II

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8
AUTISMO E A INCLUSÃO, UM DESAFIO PARA O PROFESSOR
Autor: Fernanda Erhardt
Prof. Valmir José Effting 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Educação Especial (FLX0141) – Estágio II
01/07/2019
RESUMO
Esse paper do Estagio Curricular Obrigatório II tem por objetivo investigar a formação continuada do professor sobre a educação inclusiva, mostrando que a criança que tem o diagnóstico de autismo deve se adaptarem ao meio sociais e comunicativos, promovendo a busca pela sociabilidade e independência no ambiente escolar quando tem ações pedagógicas de intervenção pelo docente com este alunado na sala de aula. Sabemos que a escola inclusiva é importante fator para o relacionamento social e desenvolvimento das habilidades de todos os educandos que contemplam a mesma. Vimos as necessidades educativas especiais apresentadas pelo autismo, pois o mesmo é considerado deficiência por lei, tem direito de fazer uso de todos os benefícios da inclusão oferece na rede regular de ensino. Conclui-se que os professores devem faz uso de estratégias metodológicas diferenciadas para facilitar compreensão e socialização do aluno autista no ensino-aprendizagem incentivando sua participação nas atividades escolares e interação com os colegas no contexto educacional.
Palavras-chave: Autismo, Professor, Aprendizagem, Escola, Inclusão.
1 INTRODUÇÃO
O presente Estagio Curricular foi realizado no Centro de Educação Municipal Menino Jesus que fica situada na Rua 112 nº 60, loteamento Riachos dos Poetas, centro na cidade de Rancho Queimado. A escola vai da educação Infantil até 5º ano das Series Iniciais do Ensino Fundamental com 195 alunos. Escolhi essa escola por trabalhar o segundo ano nela e por saber que o ensino é de boa qualidade. Esta área de concentração foi escolhida por termos poucas crianças com algum tipo de deficiência ou transtorno em nosso município, e que os professores ainda não estão preparados para receber tantas crianças com autismo.
Os direitos educacionais devem ser estendidos à pessoa com autismo, conforme garantido na Constituição Federal; em seu Art. 205, em relação à educação como um direito de todos, bem como no Art. 206, inciso I, que estabelece igualdade de condições de acesso e permanência na escola. Esses direitos também são previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), nos Art. 58 e 59, que oferece respaldo para que o ensino da pessoa com deficiência (e que apresenta necessidades educacionais especiais) seja ministrado no ensino regular, preferencialmente, assim como, em decretos e documentos. Além disso, há direitos previstos no artigo 1º, no § 2º, da Lei nº 12.764/12, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, designando acesso à educação com as adaptações cabíveis que contemplem suas necessidades.
Dessa forma, o espaço escolar deve ser organizado, planejado e sistematizado para ofertar condições aos alunos, independentemente de suas peculiaridades e das suas deficiências, promovendo um ensino de qualidade para todos.
O aluno com Autismo, apresenta características variadas que comprometem, desde as suas relações com outras pessoas à sua linguagem, necessitando, assim, de apoio no seu processo de ensino-aprendizagem. A inclusão de crianças autistas ainda não abrange todas as instituições de ensino, pelo fato de não ter professores especializados e que muitas vezes estão mal preparados para lidar com situações na sala de aula. Assim é importante destacar uma escola estruturada, com diferentes recursos didáticos e com profissionais de qualidade, para que os alunos possam ser inseridos no contexto social.
	
2 O PAPEL DO PROFESSOR FRENTE À INCLUSÃO DA CRIANÇA COM AUTISMO
Quando discutimos sobre a inclusão, diretamente recaímos sobre o papel do professor frente a esse processo, tendo em vista que ele estabelece um contato contínuo e duradouro com a criança. Com as mudanças sociais que vêm ocorrendo na sociedade, novas atribuições recaem sob a responsabilidade do professor, e este tem que estar preparado para lidar com as situações mais desafiadoras no dia a dia, incluindo a educação de crianças com autismo.
Quando nos referimos ao papel do professor, pressupomos que se faz necessário uma intervenção mediatizada por parte deste, nesse sentido, o professor deixa de ser apenas um transmissor de conhecimentos para ser um orientador, que estimula o desenvolvimento e a aprendizagem a partir de interações construídas no envolvimento de toda a turma. Podemos dizer que a mediação “é processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação; a relação deixa, então, de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento” (OLIVEIRA, 1997, p.26).
 	A inclusão está diretamente relacionada com o processo de ensino-aprendizagem, não basta só incluir, a escola deve ofertar um ensino de qualidade e para isso o professor deve desenvolver metodologias diversificadas e flexíveis. Para que se possa obter uma resposta positiva ao seu trabalho, essa desenvoltura terá que existir independente da heterogeneidade encontrada em sala de aula. 
Lopez (2011) atribui o papel do professor como o mediador, ela o define como aquele que no processo de aprendizagem favorece a interpretação do estímulo ambiental, chamando a atenção para seus aspectos cruciais, atribuindo significado à informação concebida, possibilitando que a mesma aprendizagem de regras e princípios sejam aplicados às novas aprendizagens, tornando o estímulo ambiental relevante e significativo, favorecendo desenvolvimento.
Com relação a sua participação na inclusão da criança com autismo em escolas de ensino regular, o professor tem um papel determinante, pois é ele quem recepciona e estabelece o primeiro contato com a criança, seja positivo ou negativo, dessa forma ele é um grande responsável por efetivar ou não o processo de inclusão, considerando que é seu dever criar possibilidades de desenvolvimento para todos, adequando sua metodologia as necessidades diversificadas de cada aluno. 
De acordo com Mousinho, et al (2010) as crianças que apresentam dificuldades de comportamento e socialização, são geralmente vistas como excêntricas e bizarras por seus colegas, tornando difícil e complexo o papel do professor diante do desafio de ensinar e incluir simultaneamente. As crianças com autismo têm dificuldade de entender sobre as relações humanas e as regras e convenções sociais. Podem ser ingênuas e não compartilham do senso comum. Sua rigidez gera dificuldade em gerir a mudança e as tornam mais vulneráveis e ansiosas. Muitas vezes não gostam de contato físico. Se a situação for mal manejada, podem acabar exploradas e ridicularizadas por outras crianças. No entanto, elas querem ser parte do mundo social e ter amigos, mas não sabem como fazer para se aproximar.
O papel do professor nessa perspectiva é tornar possível a socialização da criança com autismo na sala de aula e adequar a sua metodologia para atender as necessidades destes. Em muitas situações, as crianças com autismo ficam às margens do conhecimento ou não participam das atividades grupais, fato que exige do professor sensibilidade para incluí-lo ao convívio com o meio, visto que é no processo de socialização que se constitui o desenvolvimento e aprendizagem. É importante que o professor detecte as dificuldades existentes e investigue o nível de desenvolvimento dos mesmos, para que dessa forma ele saiba quais aspectos devem ser trabalhados com a criança. Segundo Santos (2008, p.30),
O nível de desenvolvimento da aprendizagem do autista geralmente é lento e gradativo, portanto, caberá ao professor adequar o seu sistema de comunicação a cada aluno. O aluno deve ser avaliado para colocá-lo num grupo adequado, considerando a idade global, fornecida pelo PEP-R, desenvolvimento e nível de comportamento. É de responsabilidade do professor a atenção especial e a sensibilização dos alunos e dos envolvidos para saberem quem são e como se comportam esses alunos autistas.
É indispensável que o professorconheça todas as características e dificuldades que abrangem esse transtorno, só assim ele será capaz de planejar suas ações de modo que no vivenciar das experiências a criança não seja vítima de atos discriminatórios. Sobre isso Orrú (2003, p.1) diz,
É imprescindível que o educador e qualquer outro profissional que trabalhe junto à pessoa com autismo seja um conhecedor da síndrome e de suas características inerentes. Porém, tais conhecimentos devem servir como sustento positivo para o planejamento das ações a serem praticadas e executadas […].
Entendemos que para um bom resultado nesse processo, o professor deve ter propriedade nas práticas aplicadas e conhecimento pleno do que é o autismo. É muito importante que ele tenha sensibilidade e serenidade para promover em sala de aula a consciência de atos inclusivos, buscando contribuir, dessa forma, no desenvolvimento e aprendizagem. 
Temos observado na realidade educacional, que a formação de professores não oferece uma base sólida nos aspectos teóricos e práticos, de modo, que poucos professores possuem uma formação básica centrada nos aspectos inclusivos ou específica para o autismo, isso implica na falta de compreensão acerca das necessidades diferenciadas e conhecimentos necessários para ensinar a criança com autismo. 
Além de estudar e analisar o desenvolvimento da criança com autismo, o professor tem a incumbência de tornar a sala de aula um ambiente inclusivo, possibilitando às crianças o conhecimento das diferenças e o incentivo para que elas desenvolvam a solidariedade.
O professor deve desenvolver na criança a autoconfiança e a independência, pois são características ausentes em sua personalidade. Para o professor também recai a responsabilidade de desenvolver atividades de acordo com o grau de conhecimento da criança, para que ela possa desempenhar as atividades de forma correta, possibilitando o surgimento de novas aprendizagens e o avanço no desenvolvimento de atividades escolares.
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Durante a minha participação em sala de aula, a professora Maria Adélia, me apresentou inicialmente a turma, explicou quem eu era o propósito de minha estada naquele ambiente, falou da necessidade de que eles colaborassem com meu trabalho e que estava ali observando a pratica do dia a dia da sala de aula, mas que já deveria ser tratada como professora e com respeito. Com as observações, construímos informações sobre as práticas pedagógicas evidenciadas na sala de aula regular, utilização de materiais e recursos que atendessem às necessidades do aluno autista, interação entre alunos e professores (e entre os próprios alunos), tipos frequentes de atividades e participação do aluno autista na rotina escolar. nas observações almejamos levantar dados sobre os tipos mais frequentes de atividades propostas, a receptividade do aluno às atividades, além da utilização de recursos para favorecer a aprendizagem.
Durante as observações, pudemos perceber que as aulas ministradas na sala de aula regular, seguiam um horário já fixado pela professora, contemplando a proposta disciplinar do currículo comum com recreação e jogos. A sala de aula estava organizada em fileiras, por ser uma sala com 18 crianças. A segunda professora companha o aluno autista em todas as atividades dentro ou fora de sala, bem como na hora de beber água e de ir ao banheiro. 
Em relação aos colegas, percebemos um forte laço entre eles e o aluno autista, tendo em vista que demonstravam carinho, atenção e companheirismo em todos os momentos da aula, fosse na sala ou na recreação do intervalo. Observamos que os demais alunos da turma interagiam muito bem com ele, auxiliavam na hora do lanche e ficavam sempre por perto no intuito de cuidar do colega. Assim, podemos afirmar que existe um vínculo harmonioso entre as crianças, o que favorece a inclusão do aluno no ambiente da sala de aula e nas atividades desenvolvidas na escola, de um modo geral. Essa manifestação de colaboração se torna um ponto de extrema importância para a construção de uma escola inclusiva, sendo uma série de comportamentos que devem ser estimulados junto a outras práticas, por parte da equipe pedagógicas, dos professores e outros profissionais. Esse comportamento foi percebido, também, por todos que compõem a escola nos dias de observações e relatado pela professora, onde segundo a professora Maria Adélia, para a inclusão do aluno autista, ela recebe apoio de todos.
No primeiro dia de regência cheguei na sala, fizemos a roda, cantamos e contei uma história, e seguida rotina diária com chamada, data e ajudante do dia. Pegamos o livro didático, expliquei que as histórias são contadas há muito tempo e a origem das rodas de ciranda. Assistimos um vídeo com a música Cirandeiro, cirandeiro ó / a pedra do teu anel brilha mais do que o sol, lemos a letra da musica circulamos e copiamos as palavras que começam com vogais. Mostrei outra imagem do povo indígena também dançando em roda, explorar a aparência dos personagens, roupa, cabelo, calçado. Conversar que as duas imagens estavam realizando uma dança de roda que as imagens são de tempos históricos que a dança de roda é uma atividade praticada há muitos anos e por muitos povos. Mostrar a imagem ciranda em porto de galinhas, Conversamos com a turma sobre a imagem. 
O que as pessoas estão fazendo, Onde elas estão dançando, em seguida a turma falou quais cantigas de roda que eles conhecem. Fizemos uma roda e cantamos e dançamos, escravo de jó; Rosa juvenil; sapo cururu; o gravo e a rosa; cirandinha; roda cotia; cirandeiro; aí eu entrei na roda. Montamos um boneco xerocado, pintamos frente e verso, colamos os bonecos em uma cartolina formando uma ciranda. 
	No segundo dia de regência, começamos com a rotina diária, roda de música, história, chamada, data e ajudante do dia. Continuamos usando o livro didático, expliquei o feminino e o masculino das palavras, fizemos a atividade, trocar a letra e formar outros nomes, trocar a letra A do final dos nomes pela letra O e formar outro nome. Em seguida oralmente lemos com as crianças os nomes que formaram com a alteração das letras. No quadro colocamos o nome dos alunos e trocamos a última letre para ver se forma outro nome, deixando que eles descobrissem. Li o poema “com qual letra começa” junto com as crianças, em uma folha cada criança colocou a letra na qual seu nome começa, pensar e escrever outras palavras que começam com a mesma letra de seu nome. Junto com os alunos interpretamos o nome do autor, título do texto e o ano que foi escrito, em seguida trabalhamos a letra inicial e final do autor, o número de letras e a comparação entre os nomes de quem leu e quem escreveu. Fizemos uma atividade relacionada ao texto. 
	No terceiro dia de regência, começamos com a rotina diária. No livro didático observamos as imagens de brinquedos e marcamos com x o quadradinho em que está escrito o nome do brinquedo. Utilizamos o alfabeto móvel para a escrita das palavras e depois comparamos os registros feitos. Fizemos a leitura em voz alta das palavras presentes na atividade, fizemos o registro do numero de letras e sílabas. Completamos o quadro de atividades com o numero de letras e silabas das imagens mostradas. Em uma folha o alunos desenhebharam o brinquedo predileto e depois registrarao por escrito o nome do brinquedo. Com recorte e folha A4, montamos de papel um ônibus e uma boneca para brincar. 
	No quarto dia de regencia, acolhi as criancas e começamos com a rotina diaria. Levei para sala de aula diversas embalagens, com diferentes formas geométricas, coloquei todas no centro da sala, os alunos observaram e pegaram na mão, falamos sobre elas, para que servem, quais suas cores e formas. Em seguida falei que elas representafam as formas geometricas não plana. Vimos que algumas caixas são maiores, menores, as que tem forma arredondada, forma de cubo, entre outras. Escrevi no quadro as formas geometricas não planas e as desenhei. Dei uma atividade impressas fazer o registro solicitado,com que forma tem? que forma tem a representação do pacote de presente. Escrevemos juntos no quadro onde podemos encontrar as formas geométricas não planas e em seguda copiaram no caderno de atividade.	
	No quinto dia de regencia, começamos com a rotina diaria. Li e ouvimos a letra da musica desengonçada, organizei os alunos em círculo e escutamos a música e movimentamos as partes do corpo como indicado na letra da canção. Em seguida na folha impressa, circulamos as partes do corpo que aparecem na letra da canção. Desenhamos e recortamos de revistas imagens que representam essas partes e colamos do lado da estrofe. Levei para sala o esqueleto humano para mostrar onde ficam as articulações que permitem que nós realizamos os movimentos com nosso corpo e elas ligam ossos e músculos. Levei impresso o jogo do corpo, conversamos quais as imagens que aparecem em cada carta, em seguida agrupei os alunos em duplas. Contei a história do Pinóquio. E fazemos um boneco articulado com materiais reciclável e mostramos os movimentos do corpo, de clips representamos as articulações que permite aos alunos perceber que por meio das manipulações a importância delas para o movimento do corpo. 
O professor é o mentor da sala de aula é ele que constrói conhecimentos com o aluno transforma a sala de aula e resolve todas as situações por isso ao inserir um aluno com necessidade ele está sendo privilegiado em realizar o dos principais papeis de um professor a inclusão.
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO 
Contudo, o estar dentro de uma sala de aula, mesmo com todas as dificuldades existentes é muito estimulante, traz desafios e aprendizados. Tenho muito a aprender, e como foi dito é somente com o dia a dia que se aprimora a experiência, pois existe uma diferença entre teoria e pratica por causa de vários fatores externos e internos que permeiam a vida profissional de um professor.
Sendo a educação um direito de todos, incluir o aluno com autismo não é só oferecer a vaga na escola, mas trabalhar todo o seu potencial e proporcionar oportunidades de desenvolvimento efetivo. Sabe-se que são muitas as dificuldades e preconceitos a serem enfrentados, principalmente nos casos em que o transtorno é mais comprometido e grave.
Assim, ainda que o aluno com transtorno autista seja matriculado e frequente a escola regular, esse fato, por si só, não garante o seu desenvolvimento. É essencial que toda a comunidade escolar esteja envolvida no processo de inclusão, que o tema seja amplamente debatido e que todos assumam as suas responsabilidades, não somente o professor dentro da sala de aula. A construção do Projeto Político-Pedagógico da escola deve contemplar as demandas dos alunos com deficiências, bem como a definição de diretrizes, organização pedagógica e práticas de ensino voltadas para esse público.
Ressalta-se, ainda, o quanto é importante os professores instituírem a procura de novas informações sobre crianças autistas, estabelecendo-se, dessa maneira, uma pesquisa de como é possível lidar com esses alunos. Compreender de que forma ensinar esse aluno de acordo com o seu perfil intelectual. Isto é, o professor, ao receber alunos com deficiência na sala de aula, deve estar consciente que cada aluno é diferente do outro e que possui diferentes dificuldades e capacidades.
Assim, é fundamental o professor incluir formas alternativas de ensinar esses alunos, trazendo adaptações pedagógicas que consiga fazê-los socializar e interagir a partir de trocas de experiências com seus pares. Proporcionando, assim, um trabalho de desenvolvimento social, efetivo e intelectual do aluno com autismo, além do trabalho interativo de inclusão efetiva.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394). Brasília: 1996.
BRASIL. Lei n° 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências.
______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
LOPEZ, J. C. A formação de professores para a inclusão escolar de estudantes autistas: contribuições psicopedagógicos. 2011. Trabalho final do curso (Especialização em psicopedagogia clínica e institucional) - Universidade de Brasília. Instituto de Psicologia – Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento – PED, Brasília, 2011.
MOUSINHO, Renata et al. Mediação escolar e inclusão: revisão, dicas e reflexões. Rev. psicopedagia. [online]. 2010, vol.27, n.82, pp. 92-108. ISSN 0103-8486.
OLIVEIRA, M. K. de. Vygotsky, aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 1997.
ORRÚ, S. E. A Formação de Professores e a Educação de Autistas. Revista Iberoamericana de Educación (Online), Espanha, v. 31, p. 01-15, 2003.
SANTOS, A. M. T. dos. Autismo: desafio na alfabetização e no convívio escolar. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Distúrbios de Aprendizagem). Centro de Referência em Distúrbios de Aprendizagem (CRDA), São Paulo, 2008.

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